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Gravata Vermelha

Jardson silva

I. 1996
O contraste alaranjado do pôr do sol, criava um ambiente totalmente harmonioso. A
cadeira de balanço de Maria ia para frente e para trás vagarosamente enquanto encarava a
paisagem. A mulher parecia perdida em meio a suas muitas memórias da vida, memórias
essas que lhe atormentavam constantemente, mas vendo esse pôr do sol, vinha a mente um
dia que marcou sua vida por completo, melhor dizendo, o dia que colocou à prova seu caráter.
Era uma noite de 1996. O céu estava carregado por nuvens escuras que traziam uma
certa tristeza para o ambiente, mas isso não impediu Rosa de ir trabalhar com muita
empolgação naquele dia, talvez pelo fato de ainda estar excitada com o sucesso de sua
primeira parceria de negócios.
Rosa e seu melhor amigo da época, João, haviam aberto a algumas semanas um clube
noturno, batizado de gravata vermelha, porém logo ficou conhecido em meio a sociedade,
como o principal antro da depravação de Fortaleza. O local mal havia aberto suas portas e já
se tornou o ambiente mais badalado da cidade, todos queriam conhecê-lo para poder
aproveitar todas as maravilhas sexuais que eram contadas fora das paredes do gravata
vermelha.
Já era bem tarde, quando um carro branco estacionou próximo da entrada do clube.
Rosa ao ver o movimento pega seu pequeno estojo de maquiagem, tira um pequeno espelho,
encara seu belo rosto e arruma seu batom vermelho, precisava manter a boa impressão da
recepção. Ela fecha o pequeno espelho e observa o movimento dentro do carro, tinha a
sensação de já conhecer o dono daquele automóvel, mas não tinha plena certeza.
Os faróis do carro desligam, um homem loiro desce o vidro da janela do carro, dá uma
tragada em seu cigarro e encara Rosa ao longe, nesse momento a jovem logo o conheceu, era
o senador Otto. O homem joga a bituca de cigarro pela janela, em seguida abre a porta e sai
correndo do carro tentando evitar as gotas do sereno que havia começado a poucos minutos.
Assim que Rosa percebe que ele estava se aproximando, ela coloca sua máscara de
raposa, encara o senador e pergunta:
- Qual sua peça de roupa favorita, senhor?
- Uma gravata vermelha - responde o homem com um sorriso de canto.
A porta dá um estalo e abre automaticamente. O senador adentra o estabelecimento e
sua visão logo é dominada pela luz avermelhada do local, ele sentia uma mistura de excitação
e medo por estar ali, mas isso apenas o deixava mais empolgado. Rosa, antes que pudessem
prosseguir pelos corredores, entrega para o homem uma máscara de serpente e em seguida os
dois começam a caminhar em direção ao salão principal.
- Vai querer o de sempre, senhor?
- Não… - responde o homem colocando sua máscara. - Hoje vou querer algo novo,
algo que possa me surpreender, senhorita Rosa. Acha que consegue?
- Pra sua sorte, eu tenho a peça perfeita - responde Rosa rindo. - Ele é carne nova.
- Perfeito, estou ansioso para prová-lo.
O salão principal estava extremamente lotado, pessoas mascaradas transitavam para
todos os lados aproveitando a sensualidade dos dançarinos nos pole dances, ou simplesmente
aproveitando um bom whisky. O senador encarava tudo com muita empolgação, ele sempre
se sentia livre estando ali, não precisava mais viver o seu faz de contas, estava protegido,
ninguém nunca o iria reconhecer naquele local. Ao perceber a empolgação de seu cliente
Rosa segura seu braço discretamente e chama sua atenção:
- Senhor? Aproveitando a vista?
- Sempre é bom observar um pouco - pondera o homem.
- O quarto 69 o está esperando - Rosa mostra uma chave para o homem e a balança no
ar. - Divirta-se.
- Muito obrigado. Vou aproveitar cada segundo - o senador agarra a chave e sai em
direção aos quartos particulares.
Rosa caminha em direção ao bar do recinto, seus saltos ecoavam a cada passo que a
mulher dava, ela olhava atentamente para tudo tudo ao seu redor, sempre vendo se tudo
estava no seu devido local. Quando chega ao bar, Rosa senta no balcão, pega uma caixa de
cigarros que estava lá, tira uma unidade, a coloca na boca e pega seu isqueiro para acendê-lo,
Rosa dá uma tragada na droga, levanta o olhar e encontra uma jovem oriental sorrindo.
- Quer beber algo, chefe? - pergunta a jovem segurando uma garrafa de tequila.
- Não… - Maria sopra a fumaça para cima. - Mas queria falar com você.
- Sim?
- Queria saber se pode me substituir na entrada.
- Claro que posso - responde Dany pegando alguns copos sujos e os colocando no
balcão que ficava atrás dela. - Acho que Marcos pode assumir aqui.
- Certo…qualquer problema vou estar no meu escritório.
Dany tira o avental, solta o seu longo cabelo preto e sai andando em meio aos
corredores vermelhos. Rosa a olha por um momento, achava aquela menina super atraente,
mas sabia que não poderia misturar amor com trabalho. Após Dany sumir de sua vista, Rosa
pega seu cigarro e o afunda em um copo de tequila que estava abandonado no balcão.

II. Candidatos
João toma um gole demorado de seu whiskey, em seguida coloca o copo sobre uma
pequena mesa que estava ao seu lado e encara a grande janela de seu escritório. Ele estava
contente com tudo o que estava acontecendo no gravata vermelha, a cada dia o lugar ficava
mais movimentado, era simplesmente o melhor negócio que ele já havia investido em toda
sua vida. Agora ele não precisava mais se humilhar em um escritório tóxico ou voltar a viver
na vida medíocre que sua família tanto prezava.
Desde cedo João teve que trabalhar e se provar constantemente para sua família, ele
nunca teve regalias ou pode aproveitar todas as maravilhas que a vida possui, simplesmente
levava um dia por vez, sendo humilhado constantemente pelo pai alcoólatra e por uma mãe
abusiva. Mas agora ele havia ganhado na vida, finalmente havia provado seu valor. João era o
dono de um dos lugares mais famosos de Fortaleza e estava faturando rios de dinheiro.
O homem volta seu olhar para a pequena mesa de vidro novamente, pega uma garrafa
de whisky que já estava pela metade, enche seu copo e coloca algumas pedras de gelo dentro,
João encara o gelo derreter em meio ao líquido quente antes de dar o primeiro gole.
A porta do escritório abre e Rosa adentra o cômodo.
- Pensei que ficaria a noite toda na recepção - comenta João virando para a amiga e
dando um gole mais demorado em sua bebida.
- Algo muito importante precisou da minha atenção - fala a cacheada retirando sua
máscara do rosto.
- Tem alguma coisa haver com o mascarado que estava com você?
- Sim e você não vai acreditar - fala a mulher caminhando até João e pegando o copo
de whisky de sua mão. - Era o senador Otto novamente.
- Três vezes seguidas. Isso é um bom sinal - João dá um sorriso. - Quem você
entregou para ele dessa vez?
- Helton… - Rosa encara o amigo.
- Acha que seu irmão está preparado para aquele homem?
- Ele precisa dar conta - Rosa bebe todo o whisky do copo de uma só vez. - Se não
desse, não teria concordado com o trabalho.
- Vou acreditar nisso então - João caminha até a escrivaninha. - Precisamos contratar
mais alguns rapazes.
- Mais? Já não temos… - Rosa conta nos dedos - Uns quatro?
- Do jeito que os negócios andam, my dear. Tenho certeza que vamos precisar de
mais. Tenho algumas fichas de candidatos - João aponta para a pilha de papéis sobre a
escrivania.
- Deixe-me ver - Rosa caminha até a mesa, coloca seu copo sobre ela e encara as
fichas. - Todos se enquadram no padrão, são jovens, bonitos e possuem um corpo de dar
inveja.
- Isso faz a escolha ser mais difícil ainda - João encara as fotos.
- Vamos levar alguns pontos em consideração - Rosa espalha três fichas sobre a mesa.
- Para qual deles você daria até não aguentar mais?
- Esse é o pior método de escolha do mundo - fala João rindo - Mas o número três, ele
parece ser bem mais interessante que os outros.
- Eu também deixaria ele me comer facilmente. Contratado - Rosa separa a ficha. -
Quantos mais precisamos?
- Dois.
Os sócios continuam a escolher os futuros contratados por mais alguns minutos, até o
telefone fixo do escritório começa a tocar, João solta uma das fichas e o atende sem delongas.
Enquanto ouvia a ligação a expressão de João vai mudando.
- O que houve? - pergunta Rosa preocupada.
- O senador Otto…está morto - responde o homem desligando o telefone.
- Porra! O que a gente vai fazer?
- Vamos ter que resolver isso silenciosamente - responde João. - Não podemos chamar
atenção.

III. A máscara da serpente


Helton olhava completamente assustado para o corpo sem vida do senador no chão,
ele sabia o que havia feito, sabia que não poderia mudar aquilo e teria que sofrer as
consequências. Uma voz em sua cabeça dizia que ele era um assassino de merda e que nunca
iria passar disso, o jovem então muda seu olhar para a lareira do local, buscando distrair a
mente de tudo, mas era impossível esquecer o que fizera. Helton então percebe que suas mãos
estavam completamente ensanguentadas, não sabia em que momento aquilo havia acontecido,
nem lembrava de ter tocado no corpo do senador.
Sua respiração começa a ficar ofegante e sem saber o que fazer, Helton simplesmente
se põe a andar pelo quarto.
- Porra, cala a boca! O que eu fiz? PORRA! - grita Helton batendo as mãos contra
alguns enfeites que estavam sobre a lareira do quarto.
Helton observa as pequenas estátuas caírem sobre o chão, ele se senta sobre o carpete,
pega uma delas e a encara.
- Por que eu só faço merda? - logo após o questionamento Helton começa a chorar.
O jovem aperta firmemente a pequena imagem e a joga contra um espelho que estava
no outro lado do cômodo. Ele levanta, encara o grande espelho quebrado, vê as lágrimas
descendo pelas suas bochechas e sem pensar muito passa as mãos trêmulas sobre o rosto
fazendo assim com que suas bochechas se enchessem de sangue. Helton encara seu refleto
ensanguentado e percebe que ele finalmente havia se tornado alguém na vida, não era mais a
porra de um fracassado e sim um assassino, igual a voz em sua cabeça dizia repetidas vezes.
Helton caminha até sua mochila que estava sobre a cama, pega alguns comprimidos e
vai até a lareira, amassa alguns dos compridos do pote e os cheira sem pensar duas vezes. Ele
coloca a cabeça para trás e então começa a respirar de forma aliviada.
A porta do quarto abre repentinamente e Rosa e João adentram no ambiente, ambos
estavam aflitos e possuíam um olhar preocupado, o futuro do negócio deles estava em jogo,
talvez aquilo fosse o fim de tudo. Mas então eles percebem Helton perto da lareira e junto
dele os comprimidos.
- Você tá drogado, porra? - questiona João.
- Eu não sabia o que fazer…
- Relaxa, João - fala Rosa tentando defender o irmão. - Vamos resolver isso.
- Ele tem que ajudar a resolver isso também, caralho - fala João começando a se
exaltar. - Pelo menos me fala como essa merda aconteceu.
- Eu não sei…Foi tudo tão rápido - Helton começou a contar com dificuldade. - Ele
queria fazer umas coisas estranhas…ai eu me assustei e empurrei ele…
- Ei, olha para mim - Rosa segura o rosto do jovem. - Respira…
- Deixa ele continuar - interrompe João. - Que tipo de coisa estranha ele tentou fazer?
- Ele não precisa responder isso.
- Sei que ele é seu irmão, mas precisa parar de defender ele. PORRA! - grita João.
- A gente tem que ligar para a polícia - fala Helton.
- Nada de polícia, idiota - fala João. - Vamos limpar essa bagunça sem envolver eles.
- Como a gente vai fazer isso? - questiona Rosa olhando para o amigo.
João tira seus óculos do rosto, massagea as têmporas, observa toda a cena e demora
alguns minutos antes de responder a pergunta de Rosa.
- Você e Helton cuidam da limpeza desse quarto. Não podemos deixar nenhum
vestígio do que aconteceu aqui - João aponta para o corpo e algumas peças de roupa que
estavam espalhadas pelo local. - E enquanto isso, eu faço a pior parte: sumir com o corpo do
senador.
- Certo.
João pega um grande tapete que fica na entrada do quarto e leva até próximo do corpo
do senador, ele o empurra com certa dificuldade, mas mesmo assim consegue posicionar o
cadáver sobre o tapete.
- Espero que esse tapete não seja muito caro - João limpa a testa com um pequeno
lenço azul que estava em seu palito.
- Eu diria que aí tem alguns reais investidos - responde a mulher vendo o sangue se
espalhar pelo tapete. - Quer ajuda?
- Sim. Vamos enrolar ele.
- Helton? - chama Rosa.
Os três centralizam o corpo e começam a enrolá-lo dentro do tapete como se fosse
Cleópatra, mas nesse caso um pouco morta. Depois disso, eles amaram o tapete com alguns
lençóis e o arrastão até uma porta de saída secreta, que ficava dentro do guarda roupa do
quarto.
- Você dá conta disso? - pergunta João a socia.
- Sim… Eu é que te pergunto, dá conta de tudo isso?
- Eu preciso - João olha para a amiga, ajeita os óculos sobre o nariz e dá um sorriso
reconfortante.
João atravessa a porta deixando Rosa para trás com sua missão. A jovem sabia que
precisavam fazer muita coisa e que precisavam ser rápidos, os clientes e funcionários não
poderiam sentir a falta deles. Teriam de terminar a limpeza urgentemente e depois fingir
como se nada tivesse acontecido.
- Então…Preparado? - pergunta Rosa olhando para o irmão.
Ela não recebe nenhuma resposta. Pergunta uma segunda vez:
- Helton? - Rosa então percebe que Helton estava sentado no chão, imovel e chorando
novamente.
- Helton? Você está bem?
- Eu não sei…Estou com muito medo.
Rosa caminha até o irmão, senta ao seu lado e segura seu ombro.
- Desculpa por meter você nisso - Rosa fala segurando o rosto do irmão.
- Não é sua culpa… - fala Helton abraçando a irmã. - Eu escolhi isso, você não fez
nada de errado.
- Eu te amo - Rosa enxuga as lágrimas de Helton com um pequeno lenço limpando
assim o sangue de seu rosto. - Mas agora precisamos limpar tudo isso, ninguém pode saber o
que aconteceu.
- Tá bom, irmã - Helton se levantando e acendendo a lareira. - Vamos queimar tudo
que tá sujo de sangue.
- Boa ideia.
Rosa levanta, pega a colcha da cama, joga sobre o sangue e começa a enxugar o chão.
Helton se ajoelha ao seu lado da irmã e lhe ajuda, após isso ele pega os lençóis utilizados e os
joga na lareira, nesse momento Helton olha para a irmã e dá um sorriso de canto.
Por último, Rosa pega a máscara de serpente do senador que estava no chão, a encara
por alguns segundos, a joga no fogo e olha ela ser completamente consumida pelas chamas.

IV. Solução
Dany havia sido requisitada por João, a jovem não quis saber o motivo do pedido
abrupto, porém sabia que algo de errado deveria ter acontecido. Assim que chega aos fundos
do clube encontra João, completamente suado arrastando um grande tapete ensanguentado.
- Precisamos limpar uma grande bagunça - revela João.
Eles colocaram o corpo dentro do carro de João e dirigiram até uma floresta
totalmente deserta, onde as pessoas geralmente iam para se livrar de corpos. Dany agora
olhava para João cavando um buraco raso em meio aquele lugar assombroso, ela sabia que
aquilo que estavam fazendo era errado, mas simplesmente não podia se dar ao luxo de pensar
sobre isso, pois sabia muito bem o que estava em jogo naquele momento.
- Pronta? - pergunta João jogando a pá para fora do buraco.
- Totalmente.
- Vamos pegar o corpo - João fala saindo de dentro do buraco.
João caminha até o carro, abre a parte traseira e pega desajeitadamente em um dos
lados do tapete e o puxa para fora, fazendo os mesmo cair sobre o chão. Dany se aproxima,
segura no outro lado e os dois carregam o pacote até a vala onde o jogam.
- Será que vamos sair impunes? - questiona Dany.
- Claro que sim, nós vamos - responde João olhando para ela - Desculpa por te meter
nisso.
- Tudo bem. Acho que no fundo já esperava por algo assim.
- Você sempre me surpreende garota - João dá um sorriso. - Vamos acabar logo com
isso.
João pega um galão de gasolina e derrama todo o líquido dentro da cova, encara um
pouco a grande tapeçaria, acende um fósforo e o joga dentro do burraco. Uma grande
labareda de fogo logo toma conta de tudo. Dany pega em sua bolsa os documentos do
senador e os joga dentro do fogo, os últimos vestígios daquele homem estavam indo embora,
só faltava um único item, o carro dele, mas Dany sabia o lugar certo para se livrar daquilo.
- Pode deixar que eu cuido do carro - Dany fala olhando fixamente para o fogo.
- Vou contar com isso.

V. Gravata Vermelha
O sol já estava nascendo, havia sido uma longa noite, mas João e Rosa ainda estavam
de pé, encarando aquele momento. Ambos haviam passado por muita coisa naquela noite,
fizeram coisas horríveis, porém coisas precisas e sabiam que não seria a última vez.
Deveriam sempre estar preparados para esse tipo de coisa.
João agita uma garrafa de champanhe e a abre, fazendo uma grande explosão. Em
seguida, enche uma taça cuidadosamente e entrega para Rosa, os dois se olham, dão um
sorriso cansado e brindam. Rosa bebe todo o líquido de um só gole, olha para a garrafa, a
agarra e enche a taça novamente e então pergunta:
- Como foi? Como foi se livrar de um corpo?
- Digamos que foi mais fácil do que imaginei.
- Isso é bom…Eu acho. Agora só precisamos fugir dos olhos da polícia.
- E isso vai ser o mais difícil - confessa João. - Temos que ter cuidado para Helton não
falar nada. Sabe que ele é o elo mais fraco, né?
- Pode ficar tranquilo, ele não vai fazer nada - fala Rosa terminando mais uma taça de
champanhe. - Conheço muito bem o meu irmão e sei que ele não vai ultrapassar seus limites.
- Espero que sim… - fala João encarando o nascer do sol. - Não podemos perder o
gravata vermelha.
Todas as palavras trocadas e ações feitas naquela noite atormentaram os pensamentos
de Rosa por toda a sua existência, mas vendo o pôr do sol pode finalmente conquistar o
descanso eterno de todas essas lembranças ruins. Já era noite, o corpo de Rosa estava frio e
imovel na cadeira de balanço, uma enfermeira se aproxima, encosta no ombro da idosa e
então percebe que ela havia partido.
- Emy! A senhora Mendes morreu - a jovem enfermeira entra para dentro da casa. -
Precisamos avisar os filhos dela.

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