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1.

O QUE SÃO DROGAS:

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no


organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de
determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do
café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC
tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em
laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a
várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância
proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as
sensações, o humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três
categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades
mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos,
tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As
psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso
Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas
podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral,
injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório).

Droga (do francês drogue, 'ingrediente de tintura ou de substância química e


farmacêutica', de origem controversa; provavelmente derivado do neerlandês
droge vate, tonéis secos, de onde, por substantivação, droge passou a
designar o conteúdo, o 'produto seco'; ou do árabe dúrawá, 'bala de trigo'1 ),
em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de
substâncias - desde o carvão vegetal à aspirina.

Em medicina, refere-se a qualquer substância com o potencial de prevenir ou


curar doenças ou aumentar o bem-estar físico ou mental; em farmacologia,
refere-se a qualquer agente químico que altera os processos bioquímicos e
fisiológicos de tecidos ou organismos. Portanto, droga é uma substância que é,
ou pode ser, incluída numa farmacopéia.2

Contudo, em um contexto legal e no sentido corrente (fixado depois de quase


um século de repressão ao consumo de certas drogas), o termo "droga" refere-
se, geralmente, a substâncias psicoativas e, em particular, às drogas ilícitas ou
àquelas cujo uso é regulado por lei, por provocarem alterações do estado de
consciência do indivíduo, levando-o eventualmente à dependência química
(haxixe, ácido lisérgico, mescalina, álcool etc.). Certos fármacos de uso médico
controlado, tais como os opiáceos, também podem ser tratados como drogas
ilícitas, quando produzidos e comercializados sem controle dos órgãos
sanitários ou se consumidos sem prescrição médica.
2. DROGAS MAIS COMUNS:

-NICOTINA:
Nicotina é o nome de uma substância alcalóide básica, líquida e de cor
amarela, que constitui o princípio ativo do tabaco. Seu nome se deve ao
diplomata francês Jean Nicot que foi o difusor do tabaco na Europa. Provoca
cancro nos pulmões devido à metilização que ocorre no DNA (liga um radical
metila, CH3). Por ser uma amina, a nicotina tem caráter básico e se apresenta
(à temperatura ambiente e na sua forma pura) de um modo líquido oleaginoso
e incolor. Porém, em contato com o ar, esse líquido se oxida, ficando pardo-
escuro. É solúvel em água e muito solúvel em solventes orgânicos como o éter
e o álcool.

Assim, como os demais alcaloides, a nicotina possui gosto amargo e é muito


tóxica. Ela se encontra nas plantas de tabaco, a partir das quais se produz o
fumo, em uma concentração que varia de 2% a 8%.

Ela é produzida na queima do cigarro e é a principal causadora da


dependência que o fumante apresenta. Isso ocorre porque, ao se tragar o
cigarro, a nicotina chega em cerca de 9 segundos ao cérebro e atua sobre o
sistema nervoso central, causando uma sensação de bem-estar agradável. No
entanto, essa sensação é passageira e quanto mais a pessoa fuma mais o
organismo se adapta à droga e o vício aumenta, necessitando de mais doses
de nicotina no organismo, ou seja, aumentando-se a quantidade de cigarros
consumidos. É por isso que quando alguém tenta parar com o vício,
suspendendo repentinamente o consumo de cigarros, ela costuma ter uma
síndrome de abstinência.

Além disso, no momento do consumo, a nicotina também causa no sistema


nervoso central uma ação estimulante e, como consequências, há o aumento
da pressão arterial, da frequência dos batimentos cardíacos, da
frequência respiratória e da atividade motora, além da redução do apetite.
Ao se tragar o cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída pelos tecidos e é
absorvida pelo pulmão.
-ÁLCOOL:
Embora seja uma droga, freqüentemente o álcool não é considerado como tal,
principalmente pela sua grande aceitação social e mesmo religiosa. Pode-se
observar nas obras gregas, mitos sobre a criação do vinho. Com destaque para
as figuras de Dioniso, Icário e o Rei Anfictião protagonizando a visão grega
sobre o uso do vinho (álcool). Nos dias de hoje, é prática em muitas famílias a
"iniciação" das crianças no consumo do álcool. A permissividade ao álcool leva
à falsa crença de inocência do uso do álcool, mas o consumo excessivo tem se
tornado um dos principais problemas das sociedades modernas.

O álcool contido nas bebidas é cientificamente conhecido como etanol, e é


produzido através de fermentação ou destilação de vegetais como a cana-de-
açúcar, frutas e grãos. O etanol é um líquido incolor. As cores das bebidas
alcóolicas são obtidas de outros componentes como o malte ou através da
adição de diluentes, corantes e outros produtos. No Brasil, há uma grande
diversidade de bebidas alcóolicas, cada tipo com quantidade diferente de álcool
em sua composição.

O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é


antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma
vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas
alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.

Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser


estimulado pela sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema
nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.

Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde,


já que esse excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e
alcoolismo (quadro de dependência).

Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro


que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no
segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os
efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado,
coração, vasos e estômago.

Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da


abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e
convulsões.
- MACONHA:
Cannabis (aportuguesado como cânabis ou canábis ), também conhecida por
vários nomes populares, refere-se a várias drogas psicoativas e medicamentos
derivados de plantas do gênero Cannabis. Farmacologicamente, o principal
constituinte psicoativo desse tipo de planta é o tetrahidrocanabinol (THC), um
dos 400 compostos da planta, incluindo outros canabinoides, como o canabidiol
(CBD), canabinol (CBN), e tetrahidrocanabivarin (THCV).

A forma herbácea da droga consiste de flores e folhas maduras que subtendem


das plantas pistiladas femininas. A forma resinosa, conhecida como haxixe,
consiste fundamentalmente de tricomas glandulares coletados do mesmo
material vegetal. A cannabis é frequentemente consumida por seus efeitos
psicoativos e fisiológicos que podem incluir bom humor, euforia, relaxamento e
aumento do apetite. Entre os efeitos colaterais indesejados estão a diminuição
da memória de curto prazo, boca seca, dificuldade motora, vermelhidão dos
olhos e sentimentos de paranoia ou ansiedade.

O consumo humano da cannabis teve início no terceiro milênio a.C. e seu uso
atual é voltado para recreação ou como medicamento, além de também ser
usada como parte de ritos religiosos ou espirituais. A Organização das Nações
Unidas (ONU) estima que cerca de quatro por cento da população mundial
(162 milhões de pessoas) usam cannabis pelo menos uma vez ao ano e cerca
de 0,6 por cento (22,5 milhões) consomem-na diariamente.

A posse, uso ou venda da cannabis começou a se tornar ilegal no início do


século XX em diversos países ocidentais, principalmente nos Estados Unidos.
A proibição do consumo da erva se tornou global após a Convenção
Internacional do Ópio, assinada em 1912 na cidade de Haia, quando diversas
nações decidiram proibir o comércio mundial do "cânhamo indiano". Desde
então, as leis que regulamentam a proibição da planta se intensificaram ao
redor do mundo. Na últimas décadas, no entanto, surgiram diversos
movimentos pela legalização da cannabis, enquanto alguns países e regiões
passaram a permitir o uso do psicoativo sob certas circunstâncias, como foi o
caso dos Países Baixos.
- COCAINA:
Cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzóico é um alcalóide
usado como droga, derivada do arbusto Erythroxylum coca, com efeitos
anestésicos e cujo uso continuado, pode causar outros efeitos indesejados
como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. A produção
da droga é realizada através de extração, utilizando como solventes álcalis,
ácido sulfúrico, querosene e outros.

A Erythroxylon coca é uma planta encontrada na América Central e América do


Sul. Essas folhas são utilizadas, pelo povo andino, para mascar ou como
componente de chás, com a função de aliviar os sintomas decorrentes das
grandes altitudes. Entretanto, uma substância alcaloide que constitui cerca de
10% desta parte da planta, chamada benzoilmetilecgonina, é capaz de
provocar sérios problemas de saúde e também sociais.

Na primeira fase da extração do alcaloide, as folhas são prensadas em ácido


sulfúrico, querosene ou gasolina, resultando em uma pasta denominada sulfato
de cocaína. Na segunda e última, utiliza-se ácido clorídrico, formando um pó
branco. Assim, neste segundo caso, ela pode ser aspirada, ou dissolvida em
água e depois injetada. Já a pasta é fumada em cachimbos, sendo chamada,
neste caso, de crack. Há também a merla, que é a cocaína em forma de base,
cujos usuários fumam-na pura ou juntamente com maconha.

Atuando no Sistema Nervoso Central, a cocaína provoca euforia, bem estar,


sociabilidade. Pelo fato de que nem sempre as pessoas conseguem ter tais
sensações naturalmente, e de forma intensa, uma pessoa que se permite
utilizar esta substância tende a querer usar novamente, e mais uma vez, e
assim sucessivamente.

O coração tende a acelerar, a pressão aumenta e a pupila se dilata. O


consumo de oxigênio aumenta, mas a capacidade de captá-lo, diminui. Este
fator, juntamente as com arritmias que a substância provoca, deixa o usuário
pré-disposto a infartos. O uso frequente também provoca dores musculares,
náuseas, calafrios e perda de apetite.

Como a cocaína tende a perder sua eficácia ao longo do tempo de uso, fato
este denominado tolerância à droga, o usuário tende a utilizar
progressivamente doses mais altas buscando obter, de forma incessante e
cada vez mais inconsequente, os mesmos efeitos agradáveis que conseguia no
início de seu uso. Dosagens muito frequentes e excessivas provocam
alucinações táteis, visuais e auditivas; ansiedade, delírios, agressividade,
paranoia.
- CRACK:

O crack é preparado a partir da extração de uma substância alcaloide da planta


Erythroxylon coca, encontrada na América Central e América do Sul. Chamada
benzoilmetilecgonina, esse alcaloide é retirado das folhas da planta, dando
origem a uma pasta: o sulfato de cocaína. Chamada, popularmente, de crack,
tal droga é fumada em cachimbos.

Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também


relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada
vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e
carcerários, como há alguns anos. Ele está, hoje, presente em todas as classes
sociais e em diversas cidades do país. Assustadoramente, cerca de 600.000
pessoas são dependentes, somente no Brasil.

Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações
de prazer, euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo. Outra
faceta da dopamina é a capacidade de provocar sintomas paranoicos, quando
se encontra em altas concentrações.

Perseguindo esse prazer, o indivíduo tende a utilizar a droga com maior


frequência. Com o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à
substância, fazendo com que seja necessário o uso de quantidades maiores da
droga para se obter os mesmos efeitos. Apesar dos efeitos paranoicos, que
podem durar de horas a poucos dias e pode causar problemas irreparáveis, e
dos riscos a que está sujeito; o viciado acredita que o prazer provocado pela
droga compensa tudo isso. Em pouco tempo, ele virará seu escravo e fará de
tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime, por
tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o
comportamento violento é um traço típico.

Neurônios vão sendo destruídos, e a memória, concentração e autocontrole


são nitidamente prejudicados. Cerca de 30% dos usuários perdem a vida em
um prazo de cinco anos – ou pela droga em si ou em consequência de seu uso
(suicídio, envolvimento em brigas, “prestação de contas” com traficantes,
comportamento de risco em busca da droga – como prostituição, etc.). Quanto
a este último exemplo, tal comportamento aumenta os riscos de se contrair
AIDS e outras DSTs e, como o sistema imunológico dos dependentes se
encontra cada vez mais debilitado, as consequências são preocupantes.
- MORFINA:
A morfina é um fármaco narcótico de alto poder analgésico usado para aliviar
dores severas. Pertencente ao grupo dos opióides, foi isolado pela primeira vez
em 1804 por Friedrich Sertürner, que começou a distribuir a droga em 1817. A
morfina passou a ser comercializada em 1827 pela Merck, que à época era
uma pequena empresa química. A nome da substância tem origem no deus
grego dos sonhos, Morfeu (em grego: Μορφεύς) .

Com a invenção da agulha hipodérmica em 1857, o uso da morfina


generalizou-se para o tratamento da dor. Foi utilizada na Guerra Civil
Americana, resultando em 400 mil soldados com síndrome de dependência
devido ao seu uso impróprio.

A heroína, cujo nome científico é diacetilmorfina, foi derivada da morfina em


1874.

A morfina é a primeira droga, ou podemos chamar um fármaco narcótico,


derivada do ópio. Foi criada em 1803, pelo farmacêutico alemão Friedrich
Wilhelm Adam Serturner, o mesmo deu nome ao remédio em homenagem ao
Deus grego do sono, Morfeu.

Esta substância foi e é produzida em laboratórios, é usada para aliviar dores.


Seu uso foi mais difundido a partir de 1853, com a invenção da seringa. É uma
droga perigosa, pois pode causar dependência, por de seus sintomas
colaterais citando, por exemplo, a euforia, e bem estar.

Também serviu para o tratamento alcoolismo e consumo de ópio, verificando-


se mais tarde, que não existia efeito para estes tipos de tratamentos, e sendo
altamente perigosos por levar uma nova dependência por esta droga, que
poderia ocorrer com os que a utilizavam.

Na guerra Civil Americana, quatrocentos mil soldados, voltaram para suas


casas com síndromes de dependência a Morfina, resultado de uso impróprio.

A morfina pode deixar o usuário dependente tanto psicológica quanto


fisicamente. Como qualquer droga, os usuários precisam de doses cada vez
maiores para poder chegar ao ápice.
- HEROÍNA :
Heroína, cujo nome científico é diacetilmorfina, é uma droga opióide
semissintética obtida a partir de plantas da espécie Papaver somniferum de
onde é extraído o ópio. Durante o processamento do ópio origina-se a morfina
que então é transformada em heroína. Trata-se de um entorpecente, muitas
vezes obtido em laboratórios clandestinos, que provoca diminuição da atividade
do SNC ou seja é uma substância depressora.

Produz sensações de prazer intenso, muitas vezes comparados com um


orgasmo. Após essa fase de euforia ocorre um período de sedação. A droga
causa tolerância de forma rápida e o indivíduo busca maiores doses para obter
o mesmo efeito. Também produz dependência física.

A heroína é uma droga derivada da papoula, sintetizada a partir da morfina:


substância bastante utilizada no século XIX pelas suas propriedades
analgésicas e antidiarreicas. Como outras drogas originárias desta planta, a
heroína atua sobre receptores cerebrais específicos, provocando um
funcionamento mais brando do sistema nervoso e respiratório.

Descoberta sua potencialidade em causar dependência química e psíquica de


forma bastante rápida, sua comercialização foi proibida na década de vinte.
Entretanto, principalmente no sudeste asiático e Europa, essa substância é
produzida e distribuída para todo o mundo clandestinamente.

Apresentando-se em sua forma pura como um pó branco de coloração


esbranquiçada, é utilizada mais frequentemente de forma injetável, após
aquecimento. Além disso, alguns usuários a inalam ou aspiram.

Seus efeitos duram aproximadamente cinco horas, proporcionando sensações


de bem-estar, euforia e prazer; elevação da autoestima e diminuição do
desânimo, dor e ansiedade.

Como esta droga desenvolve dependência e tolerância de forma bastante


rápida, o usuário passa a consumi-la com mais frequência com o intuito de
buscar o mesmo bem-estar provocado anteriormente, e também de fugir das
sensações provocadas pela abstinência. Essa, que surge aproximadamente
vinte e quatro horas após seu uso, pode provocar diarreia, náuseas, vômitos,
dores musculares, pânico, insônia, inquietação e taquicardia.

Assim, formas de obtê-la passam a ser o foco de suas vidas, gerando


consequências sérias. Constantes vômitos, diarreias e fortes dores abdominais,
perda de peso, depressão, abortos espontâneos, surdez, delírio,
descompassos cardíacos, incapacidade de concentração, depressão do ciclo
respiratório, colapso dos vasos sanguíneos; além de problemas relacionados
às interações sociais e familiares são algumas consequências que o usuário
está sujeito, em médio prazo. Além disso, no caso de pessoas que a utilizam
na forma injetável, há chances de ocorrer necrose de tecidos e de se adquirir
diversas doenças, como AIDS, hepatites e pneumonias, em decorrência da
utilização de seringas compartilhadas.
- LSD:
LSD é o acrônimo de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do
ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas.

O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre


naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps
purpurea, relacionado especialmente com os alcalóides produzidos por esta
cravagem. Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico
suíço Albert Hofmann, enquanto trabalhava na Sandoz, acidentalmente
descobriu os seus efeitos, de que se tornou entusiasta até sua morte aos 102
anos. Causa alterações sensoriais de variação inesgotável e imprevisível, um
dado facilmente verificável em relatos da literatura médica de sua fase de
testes iniciais adiante. Hoffman, também responsável por isolar diversos outros
princípios ativos de medicamentos até hoje amplamente utilizados, sempre
condenou o uso irresponsável e/ou ignorante dessa substância por indivíduos
despreparados, que erroneamente crêem tratar-se de uma droga meramente
prazerosa ou recreativa. Em seu livro LSD, My Problem Child, o químico
explorou importantes questões sociais que levaram a droga à completa
ilegalidade na maioria dos países, inclusive para pesquisas científicas e
clínicas, conjecturando que talvez essa vetação não ocorresse tão
bruscamente, caso pessoas predispostas a desordens psiquiátricas, entre as
demais em que a droga pudesse desencadear efeitos adversos, não fossem
facilmente expostas ao composto. Timothy Leary foi o grande disseminador do
uso irrestrito e consequentemente descomedido da droga, por muitos também
considerado o grande responsável pelo banimento da mesma.

A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada a partir da cravagem de um fungo


do centeio (Claviceps purpurea). Extremamente diluída, apresenta-se
comumente em barras, cápsulas, tiras de gelatina, líquidos, micropontos ou
folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose
média é de 50 a 75 microgramas. Visto ser baixíssima a dose ativa, em
microgramas, ou seja, frações milésimas de um miligrama, sua toxidade é
irrisória; nem um potente veneno faz mal ao corpo nessa concentração
microscópica - álcool e tabaco são, literalmente, milhares de vezes mais
nocivos ao corpo em geral e ao cérebro em particular. Em contrapartida, caso a
experiência individual não seja boa, os efeitos psicológicos durante e após o
uso do LSD podem ser devastadores (pânico, desencadeamento de psicose,
estresse pós traumático, síndrome serotoninérgica entre outros). É consumido
por via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada. A substância age sobre
os sistemas neurotransmissores serotononérgicos e dopaminérgicos. Ademais,
inibe a atividade dos neurônios do rafe (importantes em nível visual e
sensorial), no entanto há hiperatividade e alteração de todos os sentidos. Hoje
é menos utilizada clinicamente, posto haver dificuldade em conseguir
permissão dos governos, mas já foi extensivamente usada e pesquisada em
décadas passadas. Há pesquisas quanto a sua administração em pacientes
terminais de câncer em alguns países desenvolvidos - acredita-se que a
substância pode ajudá-los a lidar com a idéia do óbito e também funcionar
como potente analgésico. Aldous Huxley fez uso de LSD pouco antes de
morrer, possuía câncer na língua.
- SPECIAL K:
Também chamada de quetamina, cetamina e special K, seu uso recreativo
provoca um estado mental alterado e psicodélico; em doses elevadas, ela
produz delírios e alucinações vívidas. Sintetizado pela primeira vez em 1962
por Calvin Steves, que o batizou inicialmente de CI581, o anestésico foi
originalmente desenvolvido para soldados nos campos de batalha durante a
Guerra do Vietnã. Hoje em dia, a droga dissiociativa encontrou seu espaço na
medicina veterinária como tranquilizante para cavalos. Graças ao aumento de
seu uso ilegal entre humanos, o governo norte-americano classificou a
quetamina como um narcótico classe A em 2005, colocando-a no mesmo
patamar que a heroína e o craque.

A maioria dos usuários considera a quetamina uma droga retroativa, mas para
alguns a dependência psicológica domina suas vidas. Quando se consome
muito, a mente é desligada do mundo exterior e o indivíduo sofre uma
experiência fora do corpo ou de quase morte. Neste estado, você não tem mais
noção de identidade: não lembra o próprio nome, não sabe que é humano --
nem o que significa ser humano.

O special K afeta seriamente seu desempenho cognitivo e a percepção do


próprio corpo, do tempo e da realidade. Seus principais efeitos incluem
ansiedade, alterações da percepção (perda da noção do perigo, perturbações
visuais), comprometimento da função motora e efeito analgésico. Embora seja
vendida nas ruas como um pó branco, que normalmente é cheirado, alguns
usuários preferem injetá-la.
Apesar de ser apontada como a descoberta mais decisiva para o tratamento de
depressão da atualidade pela revista Science em 2012, a quetamina pode
comprometer para sempre o funcionamento do sistema urinário. Há relatos de
pessoas que perderam a bexiga e os rins por conta do vício.

Mais barata que a cocaína, a droga cuja popularidade dominou a noite no


Canadá, sai por 40 dólares o grama. Bem acima dos 8 bilhões da
metanfetamina, o mercado do alucinógeno movimenta incríveis 320 bilhões de
dólares por ano entre seus usuários, traficantes, distribuidores, médicos e
policiais. A Índia é o segundo maior produtor de quetamina do mundo, onde a
substância é fabricada para usos lícitos em hospitais e pela medicina
veterinária. Gangues de criminosos suprem a demanda internacional desviando
a quetamina para o mercado negro, que acaba contrabandeando a droga para
traficantes ao redor do mundo.
- ÊXTASE:
Também chamado de droga do amor, o ecstasy é uma droga psicoativa,
conhecida quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviada
por MDMA. O ecstasy foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de
1914 com o intuito de ser utilizado como supressor do apetite, mas nunca foi
utilizado para essa finalidade. Nos anos 60, começou a ser utilizado por
psicoterapeutas para elevar o ânimo de pacientes; e na década de 70 passou a
ser consumido recreativamente, sendo disseminado principalmente entre
estudantes universitários. O uso dessa droga é proibido em vários países,
inclusive no Brasil.

Embora esse modo de utilização não seja mais empregado, o ecstasy pode ser
injetado via intravenosa. Atualmente o consumo ilegal de ecstasy tem sido
realizado na forma de comprimidos via oral.

O efeito do ecstasy pode durar em média oito horas, mas isso varia de acordo
com o organismo. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas
metabolizadoras, o efeito do ecstasy pode durar menos tempo. À medida que
as enzimas do organismo metabolizam as toxinas, elas produzem também
metabólitos ativos que continuam exercendo atividade psicoativa, como se
fosse a própria droga, mas com efeitos não muito agradáveis, que podem durar
por mais algumas horas.

Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse


sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e
aumento da sociabilização e extroversão.

Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da


tensão muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal,
enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar,
dores de cabeça, náuseas, perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia,
grande oscilação da pressão arterial, alucinações, agitação, ansiedade, crise
de pânico e episódios breves de psicose. O aumento no estado de alerta pode
levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias seguintes ao uso da droga o
usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de concentração, ansioso e
fatigado.

O uso a longo prazo do ecstasy causa muitos prejuízos à saúde. O excesso de


serotonina na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas
células nervosas irreversíveis. Essas células, quando lesionadas, têm seu
funcionamento comprometido, e só se recuperam quando outros neurônios
compensam a função perdida.

Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga comprovam a


perda da atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar
perturbações mentais e comportamentais, como dificuldade de memória, tanto
verbal como visual, dificuldade de tomar decisões, ataques de pânico,
depressão profunda, paranoias, alucinações, despersonalização,
impulsividade, perda do autocontrole e morte súbita por colapso cardiovascular.
- ANFETAMINAS:

Anfetaminas são substâncias simpatomiméticas que têm a estrutura química


básica da beta-fenetilamina. Sob esta designação, existem três categorias de
drogas sintéticas que diferem entre si do ponto de vista químico. As
anfetaminas, propriamente ditas, são a dextroanfetamina e a metanfetamina. A
anfetamina é uma droga estimulante do sistema nervoso central, que provoca o
alteração das capacidades físicas e psíquicas, prejudicando a memória e a
capacidade assimilação.

As anfetaminas são drogas estimulantes, ou seja, estimulam o sistema nervoso


central, provocando aumento das capacidades físicas e psíquicas. Os efeitos
que podem ser sentidos no corpo são: dilatação da pupila, aumento da pressão
sanguínea, aumento do número de batimentos cardíacos.

Anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório. Foi sintetizada


pela primeira vez em 1887, na Alemanha. Quarenta anos mais tarde começou
a ser usada pelos médicos para aliviar fadiga, alargar as passagens nasais e
branquiais e estimular o sistema nervoso central. Em 1932, a droga foi lançada
na França com o nome de Benzedrine, na forma de inalador indicado como
descongestionante nasal. Em 1937, foi comercializada na forma de comprimido
para elevar estados de humor. Durante a Segunda Guerra Mundial foi utilizada
pelas tropas alemãs para reforçar a resistência e eliminar a fadiga de combate.

O controle da comercialização iniciou por volta do ano de 1970, quando as


anfetaminas passaram a ser consideradas drogas psicotrópicas, por causar um
estado de grande excitação e sensação de poder, dependendo da dosagem.
As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, o uso freqüente pode
ocasionar tolerância à droga e diante da suspensão poderá ocorrer também a
síndrome de abstinência.

As anfetaminas são facilmente encontradas em farmácias e usadas


principalmente em regimes de emagrecimento e como estimulante, pois inibe a
fome e proporciona euforia, maior resistência e melhor concentração, porém as
farmácias são obrigadas a vendê-las sob prescrição médica.
3.EFEITOS DAS DROGAS NO ORGANISMO

- NICOTINA:
A nicotina age sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina. Em pequenas
quantidades, estimula estes, o que causa uma libertação de adrenalina e
emoção. Em grandes quantidades, bloqueia-os, sendo esta a causa da sua
toxicidade e eficácia como insecticida.

O seu efeito, quando consumida como tabaco, manifesta-se de duas maneiras


distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem
efeito tranquilizante, bloqueando o stress. Seu uso causa dependência psíquica
e física, provocando sensações desconfortáveis na abstinência. Em doses
excessivas, é extremamente tóxica: provoca náuseas, dor de cabeça, vômitos,
convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de 0,4 mg/kg em
adultos.

Na indústria, é obtida através de toda a planta Nicotiana tabacum, e é utilizada


como um inseticida respiratório (na agricultura) sob a forma de sulfato de
nicotina e vermífugo (na pecuária). Pode ainda ser convertido para o ácido
nicotínico e, então, ser usado como suplemento alimentar.

A nicotina, presente no tabaco, também está associada à redução da ingestão


alimentar e peso por meio da ativação, no hipotálamo, de um grupo de
neurônios que controlam a saciedade. Por isso, muitos fumantes resistem em
largar o vício.

Dados estatísticos indicam que há uma clara correlação entre o número de


cigarros fumados diariamente e o risco de morte por câncer no pulmão e
doenças cardiovasculares. De acordo com a American Cancer Society, "...mais
pessoas morrem todos os dias por doenças relacionadas ao fumo do que por
AIDS, álcool, acidentes de carro, incêndios, drogas, assassinatos e suicídios
juntos." Numerosos estudos comprovam que o consumo de tabaco causa
diversos males à saúde, mas, mesmo assim, todos os dias milhares de jovens
e adolescentes começam seu caminho à dependência química da nicotina.
Embora existam muitos centros de apoio à recuperação dos drogados (muitos
mesmo na internet), e uma enorme campanha educativa para a prevenção ao
vício, o número de fumantes não diminui com o passar dos anos. As pessoas
assumem, conscientemente, o risco real de contrair inúmeros males, tanto pelo
efeito de dependência criado pelo tabaco como por vontade própria.
- ÁLCOOL:
Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos: um de estímulo e outro
de depressão. No primeiro período, o usuário se torna eufórico e desinibido. No
segundo momento, ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono.

Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer a síndrome da abstinência,


caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.

Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o


fígado, coração, vasos e estômago. Segundo a OMS, o consumo de álcool
quando superior a 60 gramas por semana é considerado abusivo e
extremamente nocivo para a saúde. No mundo, 11,5 % dos consumidores de
álcool bebem em excesso semanalmente. Estima-se que pelo menos 2,5
milhões de pessoas em todo o mundo morrem por ano por causa do consumo
inadequado de álcool.

Quando ingerimos o etanol, ele é rapidamente absorvido no trato


gastrointestinal, sendo uma quantidade substancial já absorvida ao nível do
estômago. Atinge concentração sanguínea máxima em 1 hora e depois é
oxidado no fígado por enzimas chamadas desidrogenases alcoólicas,
transformando-se em aldeído acético. Ao atingir o sangue, circula até o sistema
nervoso que inclui o cérebro, medula espinhal e nervos periféricos.

O etanol possui ação puramente depressora sobre as células nervosas,


diminuindo os impulsos nervosos. Pode causar efeitos mínimos quando a
concentração sanguínea é mínima, em torno de 46 mg / 100 ml de sangue,
pode levar ao coma com concentrações em torno de 300 mg / 100 ml e até
mesmo à morte quando atinge concentrações em torno de 500 mg / 100 ml.

Porque em pequenas quantidades o etanol inicialmente possui efeito depressor


sobre os neurônios dopaminérgicos do sistema límbico ( região do cérebro
responsável por nossos sentimentos e emoções). Esses neurônios inibem
algumas de nossos sentimentos e emoções e portanto ação depressora do
álcool sobre neurônios inibitórios leva à excitação, desinibição, euforia. Ao
continuar ingerindo álcool o mesmo atinge também outras áreas do cérebro,
com ação predominantemente excitatória e a partir daí começa haver inibição,
sonolência, torpor e até coma.

O álcool tem ação depressora sobre o cérebro e pode causar sonolência,


desatenção, desconcentração e eventualmente desmaios o que pode acarretar
tragédias no trânsito caso a pessoa dirija após ingestão de bebidas alcoólicas.
Em um estudo realizado nos eua em motoristas urbanos, envolvidos ou não em
acidentes de trânsito, concluiu-se que:
– com dosagens sanguíneas de 80 mg / 100 ml há aumento de 4 vezes na
probabilidade de ocorrer acidentes;
- MACONHA:
A cannabis causa alguns efeitos psicoativos e fisiológicos quando é consumida.
Entre os efeitos imediatos do consumo de cannabis estão o relaxamento e a
leve euforia, enquanto alguns efeitos colaterais indesejáveis imediatos incluem
uma diminuição passageira na memória de curto prazo, boca seca, habilidades
motoras levemente debilitadas e vermelhidão dos olhos. Além de uma subjetiva
mudança na percepção e, sobretudo, no humor, os efeitos físicos e
neurológicos de curto prazo mais comuns incluem aumento da frequência
cardíaca e do apetite, além da diminuição da memória de curto prazo, da
memória de trabalho, da coordenação psicomotora e da concentração. Efeitos
a longo prazo são menos óbvios. Nos seres humanos, além de danos
respiratórios quando fumada, poucos efeitos nocivos sobre a saúde foram
documentados pelo uso crônico de cannabis.

Dr. Jack E. Henningfield, do National Institute on Drug Abuse (NIDA),


classificou a dependência relativa de seis substâncias diferentes (cannabis,
cafeína, cocaína, álcool, heroína e nicotina) durante um estudo. A cannabis foi
considerada a menos viciante, sendo a cafeína a segunda menos viciante. A
nicotina foi classificada como a substância que causa maior dependência entre
as avaliadas.
- CRACK:
Os efeitos iniciais do crack são mais rápidos e intensos que os experimentados pela
injeção endovenosa de doses equivalentes.A duração dos efeitos do crack é muito curta,
em média cinco minutos, enquanto a cocaína, depois de injetada ou usada por via
intranasal, provoca efeitos com duração em torno de 20 a 45 minutos. Os efeitos
causados pelo crack são:

 euforia
 agitação
 sensação de prazer
 irritabilidade
 alterações da percepção e do pensamento
 taquicardia e tremores
 perda de apetite
 extrema auto-confiança
 insônia
 estado de alerta
 aumento de energia/disposição física

Grandes quantidades podem induzir tremores, vertigens, espasmos musculares,


paranóia, ou com doses repetidas, uma reação tóxica muito parecida com intoxicação
por anfetamina. O uso regular do crack pode provocar alucinações e causar
comportamentos violentos, episódios paranóicos e inclusive impulsos suicidas.

Abuso de drogas estimulantes (principalmente anfetaminas e cocaína) podem levar a


"parasitose delirante" (síndrome Ekbom: a crença equivocada de que se está infestado
de parasitas). Essas ilusões também estão associados a febre alta ou abstinência do
álcool, muitas vezes, juntamente com alucinações visuais sobre insetos. Pessoas que
vivem essas alucinações podem arranhar-se e causar danos cutâneos graves e
sangramento, especialmente quando estão delirando.

Grandes quantidades (várias centenas de miligramas ou mais) intensificam o efeito do


crack para o usuário, mas também pode levar a um comportamento bizarro, errático e
violento. Grandes quantidades podem induzir tremores, vertigens, espasmos
musculares, paranoia ou, com doses repetidas, uma reação tóxica muito parecida com a
reação do uso das anfetaminas. Alguns usuários de crack relataram sentimentos de
agitação, irritabilidade e ansiedade. Em casos raros, morte súbita pode ocorrer no
primeiro uso do crack ou de forma inesperada depois. As mortes relacionadas ao crack
são, muitas vezes, resultado de parada cardíaca ou convulsões seguida de parada
respiratória.

Pode-se desenvolver uma tolerância considerável ao uso do crack, é quando os viciados


procuram atingir o mesmo prazer de sua primeira experiência. Alguns usuários
aumentam a frequência das doses para intensificar e prolongar os efeitos eufóricos.
Embora a tolerância a altas doses possa ocorrer, os usuários poderão também tornar-se
mais sensíveis (sensibilização) para efeitos anestésicos e convulsivante do crack, sem
aumentar a dose tomada. Aumento de sensibilidade pode explicar algumas mortes que
ocorrem após doses aparentemente baixas de crack.
- MORFINA:

Efeitos clinicamente úteis

 Analgesia central com supressão da dor.


 Sedação na anestesia.

A morfina é um farmaco que alivia dores extremas.

Efeitos adversos

Comuns:

 Euforia pode conduzir à dependência.


 Sedação
 Miose: constrição da pupila do olho
 Depressão respiratória: em overdose constitui a principal causa de
morte. Há alguma diminuição da respiração mesmo em doses
terapêuticas.
 Supressão da tosse: pode ser perigosa se houver infecções pulmonares.
 Rigidez muscular.
 Vasodilatação com calores na pele.
 Prurido cutâneo.
 Ansiedade, alucinações, pesadelos.
 Vómitos por activação da zona postrema medular centro emético
neuronal.

-Incomuns:

 Libertação de hormona prolactina com possível ginecomastia


(crescimento das mamas) nos homens e galactorreia (secreção de leite)
nas mulheres.
 Prolongamento do parto.
 Redução da função renal.

Efeitos tóxicos

Os narcóticos sendo usados através de injeções dentro das veias, ou em doses


maiores por via oral, podem causar grande depressão respiratória e cardíaca.
A pessoa perde a consciência, fica de cor meio azulada porque a respiração
muito fraca quase não mais oxigena o sangue e a pressão arterial cai a ponto
de o sangue não mais circular direito: é o estado de coma que se não for
atendido pode levar à morte. Literalmente centenas ou mesmo milhares de
pessoas morrem todo ano na Europa e Estados Unidos intoxicadas por heroína
ou morfina. Além disso, como muitas vezes este uso é feito por injeção, com
freqüência os dependentes acabam também por pegar infecções como hepatite
e mesmo AIDS. No Brasil, uma destas drogas tem sido utilizada com alguma
freqüência por injeção venosa: é propoxifeno (principalmente o Algafan®).
Acontece que esta substância é muito irritante para as veias, que se inflamam
e chegam a ficar obstruídas.
- HEROINA:
Efeitos imediatos

 Euforia e disforia: São necessárias maiores doses do que antes para


causar analgesia. Consiste num sentimento de estar no paraíso. A
euforia após um período de tempo de aproximadamente 10 minutos, é
substituída pela disforia, um estado de ansiedade desagradável e mal-
estar. A euforia produzida pela droga transforma-se em depressão e
ansiedade após passarem os efeitos.
 Analgesia (perda da sensação de dor física e emocional): pode levar à
inflicção de ferimentos no heroinómano sem que este se dê conta e se
afaste do agente agressor, pode levar a um infarto do miocárdio.
 Sonolência, embotamento mental sem amnésia
 Disfunção sexual em altos graus.
 Sensação de tranquilidade e de diminuição do sentimento de
desconfiança.
 Maior autoconfiança e indiferença aos outros: comportamentos
agressivos.
 Miose: contracção da pupila. Ao contrário da grande maioria das outras
drogas de abuso, como cocaína e anfetaminas (metanfetamina e
ecstasy) que produzem midríase (dilatação da pupila). É uma
característica importante na distinção clínica da overdose de heroína
daquelas produzidas por outras drogas
 Obstipação ("prisão de ventre") e vómitos. Só são sentidos na primeira
semana de consumo continuado, depois o corpo habitua-se e torna-se
adicto.
 Depressão do centro neuronal respiratório. É a principal causa de morte
por overdose.
 Supressão do reflexo da tosse: devido à depressão do centro neuronal
cerebral da tosse.
 Náuseas e vómitos: podem ocorrer se for activado os centros
quimiorreceptores do cérebro.

Efeitos a longo prazo e potencial da dependência

Tendência para aumentar a quantidade de heroína auto-administrada, com o


fim de conseguir os mesmos efeitos que antes eram conseguidos com doses
menores, o que conduz a uma manifesta dependência. Passadas várias horas
da última dose, o viciado necessita de uma nova dose para evitar a síndrome
de abstinência provocada pela falta dela. Desenvolve tolerância em relação aos
efeitos de euforia, de depressão respiratória, analgesia, sedação, vómitos e
alterações hormonais. Não há desenvolvimento para a miose nem para a
obstipação. Estes efeitos, junto com a diminuição da libido, a insónia e a
transpiração, são os sintomas dos consumidores crónicos. Há alguma
imunossupressão com maior risco de infecções, principalmente aquelas
introduzidas pelas agulhas partilhadas (SIDA/AIDS, Hepatite B) ou por
bactérias através da pele quebrada pela agulha. A síndrome de privação pode
levar à cegueira, dores, epilepsia, enfarte do miocárdio ou AVCs
potencialmente fatais.
- LSD:
Os efeitos variam conforme a psiqué do sujeito, considerando sobretudo seu
estado psicológico momentâneo e o contexto físico em que se insere
(ambiente), podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. A maioria dos
estudos apontam que "impurezas" na substância não são importantes, por
serem inativas, e nas doses tradicionais (minúsculas) não há espaço para
outros psicoativos. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e
visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de
sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia,
alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado,
despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar,
experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade,
dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má
viagem” (bad trip). Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas,
aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade motora, sonolência,
aumento da temperatura corporal durante a atividade da droga. Esses efeitos
são atribuídos à alteração temporária do sistema nervoso central e não à ação
da substância sobre a massa corpórea como um todo.

Ações consecutivas do LSD

 Latência, de 30 minutos a 3 horas


 Frio ou calor, dor de cabeça ou completa analgesia, agitação mental ou
relaxamento, insônia e, necessariamente, dilatação da pupila.
 Languidez, fraqueza, necessidade de descanso e de redução de
estímulos sensoriais.
 Sensações de extrema alegria e felicidade, ou de muito medo e
angústia.
 Alterações temporais, espaciais, visuais, táteis, gustativas, olfativas e
auditivas.

Físicos
A dilatação das pupilas é uma das reações físicas ao LSD.

As reações físicas ao LSD são marcadamente temporárias, extremamente


variáveis e podem incluir o seguinte: contrações uterinas, hipotermia ou
hipertermia, níveis elevados de glicemia, piloereção (na pele), aumento da
frequência cardíaca, mandíbula presa, transpiração, pupilas dilatadas,
produção de muco, insônia, parestesia, euforia, hiperreflexia, tremores e
sinestesia. Os usuários de LSD relatam hipoestesia, fraqueza.12 Todos os
efeitos físicos são passageiros e em vista da sua variabilidade, estima-se que
alguns dependam da experiência psicológica pela qual passa o indivíduo, ou
seja, que são psicossomáticos.
- SPECIAL K:

O special K afeta seriamente seu desempenho cognitivo e a percepção do


próprio corpo, do tempo e da realidade. Seus principais efeitos incluem
ansiedade, alterações da percepção (perda da noção do perigo, perturbações
visuais), comprometimento da função motora e efeito analgésico. Embora seja
vendida nas ruas como um pó branco, que normalmente é cheirado, alguns
usuários preferem injetá-la.
Apesar de ser apontada como a descoberta mais decisiva para o tratamento de
depressão da atualidade pela revista Science em 2012, a quetamina pode
comprometer para sempre o funcionamento do sistema urinário. Há relatos de
pessoas que perderam a bexiga e os rins por conta do vício.

Mais barata que a cocaína, a droga cuja popularidade dominou a noite no


Canadá, sai por 40 dólares o grama. Bem acima dos 8 bilhões da
metanfetamina, o mercado do alucinógeno movimenta incríveis 320 bilhões de
dólares por ano entre seus usuários, traficantes, distribuidores, médicos e
policiais. A Índia é o segundo maior produtor de quetamina do mundo, onde a
substância é fabricada para usos lícitos em hospitais e pela medicina
veterinária. Gangues de criminosos suprem a demanda internacional desviando
a quetamina para o mercado negro, que acaba contrabandeando a droga para
traficantes ao redor do mundo.
- ÊXTASE:
Encontrado praticamente no mundo inteiro, o Êxtase é a segunda droga mais
popular nos países da União Européia, perdendo apenas para a maconha.
Essa popularidade deve-se ao fato de ser uma droga mais violenta e mais
barata que a cocaína. Seus efeitos começam a ser sentidos entre 20 e 60
minutos. A primeira sensação é de euforia, seguida de dilatação da pupila,
elevação da pressão, desidratação, espasmos musculares e falta de apetite.
Em alta dose, causa ansiedade, pânico, confusão, insônia e alucinações
visuais e auditivas.

O Êxtase tornou-se a droga da moda quando foi intensamente usada por


milhares de jovens, reunidos na famosa praia de Ibiza, na Espanha, nas noites
de verão de 1987. Durante vários dias, rolou o maior "barato", provocado pelo
ritmo de bandas improvisadas, que produziam os mais incríveis sons. Os
jovens eram levados ao delírio e, num imenso palco de madeira, começavam a
praticar "strip-tease", terminando em sexo explícito, sob o aplauso
enlouquecido da multidão. Ao final daquele verão e de todos os que vieram
depois, restou saldo fortemente negativo. Milhões de pastilhas consumidas,
numerosas mortes por overdose, além de milhares de jovens com lesões
graves, especialmente no cérebro, coração e fígado.

Depois das loucuras praticadas naquelas noites de verão, o Êxtase passou


também a ser conhecido por "droga do amor", isso porque, aparentemente,
estimula a prática do sexo. Em verdade, acontece um descontrole
psicoemocional, que leva à prática de taras sexuais, não praticadas em estado
normal. Afirmam ainda, e é absolutamente falso, que o Êxtase aumenta o
desejo sexual, a potência masculina e o tempo de ereção. As mulheres tornam-
se desinibidas, perdem o pudor e demonstram acentuado desejo para o sexo,
de preferência em grupo e com diferentes parceiros. Em altas doses, podem
sentir o que os viciados chamam de "flash", um leve orgasmo em todo
organismo, parecido com o causado pela heroína. Em realidade, não estão
fazendo sexo, mas, sob a ação da droga, em frenética agitação, despidos e
abraçados, rolam uns sobre os outros até a extenuação. Ao contrário do que
afirmam, o Êxtase provoca, com o tempo, nos homens, impotência sexual e,
nas mulheres, frigidez e apatia sexual. Em ambos, a libido torna-se cada vez
mais uma hipótese remota.
RECUPERAÇÃO DE VICIADOS:
O processo varia muito pouco nas casas de recuperação.
O Esquadrão da Vida de Marília já existe há trinta anos e tem se adaptado às
novas normas.
Fui recebido nessa instituição em Julho/1992, quando era morador de rua
devido ao vício de álcool, e lá encontrei tudo o que precisava para minha
recuperação.
Também é interessante que, durante a internação do drogadito, sua família
também busque ajuda, pois, em muitos casos, ela também precisa ser
"curada".
Existem programas excelentes, como o AMOR EXIGENTE, o programa
CELEBRANDO A RECUPERAÇÃO, que existe em algumas igrejas
evangélicas.
O importante é não se desesperar.

Deus a abençoe, e à sua família.

Veja a metodologia (copiei do site acima):

Considerando que o ser humano é constituido de CORPO, ALMA e ESPÍRITO,


o ESQUADRÃO DA VIDA DE MARÍLIA desenvolve e aprimora a cada dia seu
sistema de tratamento fundamentado nessas três áreas. Primeiro, por que há
uma necessidade de aprimoramento a cada dia. Entendemos que o mundo em
que vivemos é dinâmico e a todo instante impõe grandes influências sobre as
pessoas. Influências estas que atingem de forma direta e fortemente o usuário
de drogas. De modo que a METOLOGIA DE TRATAMENTO necessita de um
pensar constante sobre estas variáveis, adequando o tratamento às
necessidades particulares de cada dependente químico que nos procura,
considerando o momento que está vivenciando em seu aspecto, FÍSICO,
PSICOLÓGICO (estagiário do 4º ano com supervisão)e ESPIRITUAL.

TRATAMENTO:

Certos disso, o tratamento ao usuário de drogas no ESQUADRÃO DA VIDA


consiste em: Regime de internação NO SITEMA biopsicosossialespiritual, com
o uso de medicamentos (conforme exige a SENAD - Secretaria Nacional
Antidrogas - Resolução 101, ) por um período de seis meses, divididos em
quatro fases.

Primeira Fase: Período de adaptação e desintoxicação que varia de 0 a 45 dias


dependendo do caso.

Segunda Fase: Período em que o usuário irá conhecer de forma técnica


através de palestras, reuniões de grupos e aconselhamentos indivíduais o que
são Drogas e suas implicações na vida do ser humano, considerando esse ser
BIO-PSICO-SOCIAL-ECOLÓGICO-ESPIRITUAL.

Terceira Fase: É apresentado ao usuário ainda através de palestras, reuniões


de grupo e aconselhamentos individuais, acrescido de leitura de livros que
tratam do assunto pertinente à necessidades específicas de cada um, com
discussão posterior sobre os seus conteúdos.

Quarta Fase: Período em que o usuário passa a fazer visitas à família nos
finais de semana, intensificando o contato e preparando para o retorno ao lar.
Essas visitas visam, principalmente, avaliar os graus de dificuldades
encontrados num ambiente fora da Comunidade Terapêutica, em especial o lar.
Essas visitas proporcionam oportunidade de tratar essas dificuldades enquanto
o recuperando ainda encontra-se internado. Com esse contato gradativo e
devidamente tratadas as áreas que se mostrarem deficientes, o residente
recebe alta e volta a sua vida secular.

O dia a dia:

O dia do residente consiste na seguinte dinâmica: palestras técnicas sobre


drogas, estudos baseados em princípios Bíblicos, educação física, lazer,
laborterapia, reuniões de grupos, aconselhamentos individuais e
acompanhamento psiquiátrico (dependendo do caso), fora do ESQUADRÃO
DA VIDA, mas com acompanhamento da entidade.
ISTITUTOS DE RECUPERAÇÃO:

CONCEITO DE SISTEMA DE DIREITO

Analisar o conceito de sistema de direito, perpassando por suas duas fases –


o Direito como sistema fechado e a evolução para um sistema aberto –, é
pressuposto indispensável para se alcançar a definição contemporânea de
função social. Isso porque, como está posta hoje, a expressão função social
exige uma técnica legislativa que somente é possível em um sistema aberto de
direito.

Etimologicamente, a palavra sistema[1] possui diversas acepções, destacando-


se, dentre elas, a acepção jurídica – que será o foco do estudo a ser
desenvolvido neste ponto. Analisado sob tal espectro, o termo consigna as
noções de ordem, conjunto, coerência e unidade, o que leva Carin Prediger [2] a
afirmar que a Ciência do Direito é sistemática, pois as suas normas estão
conectadas entre si, facilitando a aplicação dos seus princípios, conceitos e
regras gerais, e assegurando uma certa previsibilidade dos seus efeitos
jurídicos.

O DIREITO COMO UM SISTEMA FECHADO

A idéia de sistema no âmbito jurídico surge na Europa por volta no século


XVIII. Até então, na Idade Média, coexistiam direitos provenientes de diversas
fontes, cada qual aplicado a um determinado grupo, em virtude das
desigualdades que eles guardavam entre si. Como decorrência desse modelo,
a justiça terminava sendo particularizada, de modo que os juízes tratavam
situações iguais de forma distinta, concedendo privilégios para uns em
detrimento de outros. Não havia, por isso, qualquer parâmetro de justiça, o que
era ainda acentuado pela intervenção constante da aristocracia e da Igreja nas
querelas jurídicas. [3]

Diante desse quadro de desigualdade, a burguesia, classe então emergente,


passou a lutar pela criação de um modelo que proporcionasse maior segurança
jurídica nas decisões judiciais. Para tanto, era necessário desenvolver uma
técnica legislativa que dispensasse as valorações dos aplicadores do direito, de
modo a tornar o juiz, como bem expressou Montesquieu, a “boca da lei”. Com o
surgimento do Estado Moderno e a conquista do poder pela burguesia, tal
intento foi concretizado, e os ideais burgueses foram levados à codificação, em
um sistema completo e harmônico, cuja relevância das normas era ponderada
com base em critérios meramente formais, sem atenção específica ao seu
conteúdo implícito[4].

A codificação que surgia nesse período era dominada por uma pretensão de
plenitude lógica e de completude legislativa, excludente de tudo o mais que
nela não estivesse contido. Tratava-se, nas palavras de Judith Martins-Costa[5],
de um fenômeno típico da modernidade oitocentista chamado “códigos totais”,
totalizadores e totalitários, que, pela conexão sistemática de regras casuísticas,
aspiravam cobrir a plenitude dos atos possíveis na esfera privada, prevendo
todas as soluções necessárias às mais variadas questões da vida civil. Era,
pois, um sistema fechado, exatamente porque, visando a alcançar essa
regularização totalitária, utilizava-se de uma linguagem que não permitia uma
efetiva comunicação com a realidade, sendo irrelevantes, por isso, quaisquer
discussões acerca de postulados e de valores extrajurídicos. Tratava-se de um
modelo completamente fechado de Direito.

A TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA ABERTO

A complexidade da vida moderna, contudo, mostrou que os “códigos totais”


não estavam aptos para regular todos os problemas da vida civil, tornando
constante a necessidade de intervenção legislativa para suprir as lacunas que
começavam a aparecer no sistema. Por esta razão, surgiram diversas leis
extravagantes para regular as novas relações que despontavam na
sociedade[6], o que terminou por desmitificar a idéia de que o Código poderia
cobrir todas as situações da vida. Este quadro fez “esmorecer a noção do
Código Civil enquanto expressão de um sistema único, em face da pluralidade
de sistemas ora surgida, a neutralizar a centralidade antes existente,
representada pela Codificação Civil”[7].

Retratando o dilema que pôs em cheque as premissas do sistema fechado de


direito, Leandro Martins[8] assevera:

A ciência do direito vê-se às voltas com um permanente dilema, sem o qual ela
nem mesmo existiria na forma como a entendemos hoje: o de encontrar a
solução justa em cada caso concreto.

Com isso, o estudo dos sistemas jurídicos passou a ser orientado pelos
sistemas sociais, reconhecendo-se, finalmente, o Direito como uma ciência
humana. O caráter estático do positivismo jurídico foi, então, substituído pela
complexidade inerente às relações sociais[9].

Desponta, assim, o sistema aberto do direito civil, o qual, em virtude da


linguagem que emprega – conceitos cujos termos têm significados
intencionalmente vagos e abertos, chamados “conceitos jurídicos
indeterminados” –, permite uma constante incorporação de novos problemas. O
juiz passa a assumir uma função integralizadora diante do caso concreto, e o
legislador é progressivamente chamado a complementar o sistema com a
criação de novas leis. Se, por um lado, foi reconhecida a incompletude do
sistema, por outro, foi consolidada a sua capacidade de evoluir, admitindo
modificações, eis que “um Código não totalitário tem janelas abertas para a
mobilidade da vida, pontes que o ligam a outros corpos normativos – mesmo os
extrajurídicos – e avenidas, bem trilhadas, que o vinculam, dialeticamente, aos
princípios e regras constitucionais”[10].

Essas “janelas” – que possibilitam uma constante adaptação do direito à


realidade – são constituídas por cláusulas gerais, partes móveis que compõem
o sistema, complementando e acomodando as previsões normativas rígidas [11].
Segundo leciona Judith Martins-Costa[12], tais cláusulas podem ser definidas
como uma técnica legislativa que conforma o meio hábil para permitir o
ingresso, no ordenamento jurídico codificado, de princípios, valores, standards,
de direitos e deveres configurados de acordo com diretivas econômicas, sociais
e políticas, “viabilizando a sua sistematização e permanente ressistematização
no ordenamento positivo”. Destarte, por também contemplar as cláusulas
abertas, incorporando valores e princípios ao ordenamento jurídico [13], que o
sistema aberto – e apenas ele – torna possível a definição contemporânea da
fórmula “função social”.

A FUNÇÃO SOCIAL

O termo função[14], quando aplicado juridicamente, significa “a finalidade de um


modelo jurídico, certo modo de operar um instituto, ou seja, o papel a ser
cumprido por determinado ordenamento jurídico”[15]. Segundo José Diniz de
Morais[16], o termo função pode ser definido como a satisfação de uma
necessidade e se, assim é, a função social será a satisfação das necessidades
sociais ou da sociedade. Dizer que algo tem ou é função social significa que
algo é ou desenvolve suas atividades visando ao social.
CONCLUSÃO:
Ao longo da História, muitos conflitos ocorreram por causa da droga. De 1830 a
1860 as Guerras do Ópio foram travadas entre ingleses e chineses, que não
queriam mais permitir a entrada do entorpecente extraído da papoula em seus
territórios. Derrotada, a China teve de aceitar a legalização da importação para
o país até 1949 e lidar com o crescente problema de saúde decorrente da
dependência química.

A descoberta dos efeitos alucinógenos do LSA foi acidental, quando o médico


suíço Albert Hoffman manipulava ácido obtido a partir do alcaloide de um fungo
em seus estudos. Durante o trabalho, ele percebeu que se sentia tonto. Além
disso, teve vertigens e era capaz de ver luzes coloridas intensas ao seu redor.

Em alguns países a maconha é liberada para fins medicinais, estimulando o


apetite e diminuindo a dor de pacientes com câncer terminal, glaucoma,
portadores de HIV ou doenças que causam espasmos musculares, como o
Parkinson. O consumo recreacional da maconha é popular na Holanda,
Bélgica, Suíça e Canadá.

A quantidade necessária de cocaína para provocar uma overdose – situação


em que o organismo é incapaz de metabolizar as substâncias, causando um
quadro grave de intoxicação – varia de um indivíduo para o outro. A morte pode
ocorrer após o consumo de 0,2 a 1,5 grama de droga pura. Esse risco é maior
se houver injeção direta no sangue.
- BIBLIOGRAFIA:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicotina
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cannabis_%28psicotr%C3%
B3pico%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crack
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#Efeitos
ANEXOS:
QUÍMICA

COLÉGIO: Afonso Andrade

NOME: Rodrigo Cipriano Nº: 19

SÉRIE: 3º Ano – Médio DATA: 03/10/2013

PROFESSOR: Ricardo Pina


- INTRODUÇÃO:

Vício (do latim "vitium", que significa "falha" ou "defeito" ) é um hábito repetitivo
que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.

Seu oposto é a virtude.

A acepção contemporânea está relacionada a uma sucessão de denominações


que se alteraram históricamente e que culmina com uma relação entre o
Estado, a individualidade, a ética e a moral, nas formas convencionadas
atualmente. Além disso, está fortemente relacionada a interpretações
religiosas, sempre denotando algo negativo, inadequado, socialmente
reprimível, abusivo e vergonhoso. Porém, em termos genéricos, é interessante
a abordagem de Margaret Mead:

“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício, é quando se tem o


prazer seguido da dor”

Faltando porém, um detalhe: os períodos onde a dor e o prazer se inserem


variam, sendo que o segundo é sempre mais longo e permanente que o
primeiro, em ambos os casos. Daí a relação que se cria também com o
trabalho, como processo doloroso que gera prazer posterior permanente, e que
portanto, eleva(m) o homem, através do orgulho e da vitória. Fatalmente, o
vício relaciona-se também com a perda, a derrota, e portanto, a queda,
fechando um ciclo conceitual que interliga o social, o biológico, o religioso e a
ética-moral laica.

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