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Rebecca Jenshak
TRADUÇÃO: IRIS
REVISÃO INICIAL: THANY
REVISÃO FINAL: PATRICIA
LEITURA FINAL: DEA
CONFERENCIA: ISABEL, FRANCINE, LORELAI & IRIS
FORMATAÇÃO: IRIS
Rebecca Jenshak
Se não fosse por uma bebida ... ele poderia não a ter conhecido.
Se não fosse por uma conta bancária vazia ... ela poderia ter
recusado.
Se não fosse por amor... eles poderiam ter ido embora.
January
— Ele vai ligar. Ainda é cedo, então tenho certeza que ele acabou
ficando preso no escritório. O que ele mandou este ano?
1
Happy hour é o nome dado à comemoração informal, feita geralmente por colegas de estudo e
trabalho, após a execução de alguma tarefa ou ao fim de um expediente.
Extremamente alto.
Impossivelmente lindo.
Com a boca ligeiramente aberta, ela olhou para ele surpresa, o que
lhe rendeu uma sobrancelha erguida.
Tomando um gole do vinho fresco que não fez nada para extinguir
o calor que queimava suas bochechas. — Você tem muito sucesso com
essa cantada?
— Então, o que você diz, quer sair para comemorar depois que eu
fechar o bar hoje à noite?
— Eu não acho que estou pronta para isso. Na verdade, acho que
essa coisa toda é um sinal de que estou ficando velha demais para
celebrar meu aniversário.
— Se você acha que eu estou deixando você sair sem celebrar, você
é louca. Você só faz vinte e nove uma vez. — Michael sorriu e saiu
correndo para o outro lado do bar.
— É seu aniversário?
— Sim, — Ela disse, seu tom mais dramático do que ela pretendia.
Ela suspirou e fez uma careta. — Não. Ele escreveu uma boa
recomendação, mas disse que sua tia não estava pronta para deixar
ninguém vasculhar as coisas dela.
— Estou indo para casa. Vejo você em algumas horas. — Ela tirou
algum dinheiro de sua bolsa, que Michael acenou como de costume.
2
Quem é viciado em trabalho; trabalhador compulsivo.
— ESTA FOI UMA BOA IDEIA. — Tina fez um gesto com a inclinação do
queixo para os empregados se misturando na frente dela. —
Especialmente desde que, a partir da próxima semana, eles terão que
trabalhar duas vezes mais para acompanhar o cronograma de
lançamento. — Ela girou um copo de vinho cheio na outra mão,
sorrindo em reconhecimento quando as pessoas acenaram olá ao redor
da sala.
Depois que ele tomou seu lugar no canto, seus olhos procuraram
por January no bar. Ela tinha ido embora, provavelmente para
— Brecken! — Tina chamou depois dele, mas ele não parou. Ele
precisava sair de lá, e ele queria dizer o que tinha dito antes, ninguém
ia se divertir com o chefe por perto.
3
Jell-O é uma marca de sobremesa pertencente a Kraft Foods. Entre as sobremesas instantânea
vendidas, a Jell-O oferece a gelatina, pudim e tortas de creme.
— Que foi?
A maneira como ele disse isso, como se talvez ele estivesse com um
pouco de inveja, a fez querer descascar as muitas camadas de Brecken
Blackstone.
Ela sentiu que ele a avaliava quando ele puxou a rolha e pegou
dois copos antes de colocá-los na frente dela.
Michael riu, mas virou-se para o registro. — Eu não acho que era
isso que ele tinha em mente quando lhe deu cem e disse para você pedir
o que quisesse.
Ele entregou-lhe o troco e ela piscou. — Ele deveria ter sido mais
específico, então.
Ele assentiu e eles olharam para o outro lado da mesa. Seu rosto
não dava nada. Era tão perfeitamente ilegível quanto ela era nova. — O
que você faz em seu trabalho? — ele perguntou depois de um momento.
— Eu não sei, — disse ela, não querendo dizer a ele que sua ideia
de um projeto curto e dela eram muito diferentes. Seu projeto mais
antigo até hoje levara uma semana para terminar.
Papai.
— SE VOCÊ NÃO gosta de ser acordada tão cedo, você sempre pode
ficar em seu próprio lugar. — Brecken nem tentou esconder o
aborrecimento em sua voz.
A verdade é que ele não tinha ideia de que estado o lugar estava. O
gerente do rancho estava cuidando meticulosamente da terra e dos
animais, mas o próprio Brecken não pisou na casa em dezoito anos.
Isso estava prestes a mudar.
— OK. Vamos fingir que vender este lugar agora é uma boa ideia.
Quem é a garota? Como ela joga com isso? Ela é alguém que o corretor
de imóveis recomendou?
Sentado no quarto que outra vez foi a sala de costura de sua mãe,
ele não podia se concentrar em nenhum dos detalhes de sua casa de
infância. Em vez disso, ele se concentrou em Tina e não no bordado
emoldurado que ele conhecia pendurado acima de sua cabeça. Sua mãe
trabalhou nisso por um inverno inteiro. O primeiro e o último, ela disse
orgulhosamente quando a trouxe da loja de molduras.
Tina assentiu. — Tudo certo. Então você quer que eu faça o que,
fique aqui pelas próximas oito semanas e cuide dela? Por que estou
aqui? Isso soa como o projeto perfeito para Nádia, sua assistente. — O
tom de Tina e o olhar descontente em seu rosto o fizeram se sentir um
pouco culpado por arrastar sua melhor funcionária para essa bagunça,
mas não havia como ele deixar Nádia a menos de quinze metros de
January.
Merda.
— Não seja ridícula. Ele é um cara legal. Ele não vai te sequestrar
ou te cortar em pedaços. — Michael apertou os lábios, segurando um
sorriso.
— Como você sabe que ele é um cara legal? Você só o viu por uma
vez.
Uma pontada de raiva atravessou seu coração por ele. Ela tinha
visto o quão duro ele trabalhava abrindo e administrando um bar
lucrativo, e ela odiava pensar que os ternos egoístas e os pretendentes
de esposa de troféu que ele serviu tinham manchado tudo. As pessoas
eram tão críticas quando sua vida não se encaixava no padrão de
sucesso e posição social da sociedade.
4
Theodore Robert Bundy, mais conhecido pela alcunha de "Ted Bundy" foi um notório assassino em
série americano que sequestrou, estuprou e matou várias mulheres jovens na década de 1970 ou antes.
— Sua pesquisa?
Porcaria! Ele a tinha lá. Ela ficara mais encantada com o nome
imponente do cartão do que com as palavras escritas nas costas. —
Sim, mas acho que é seguro assumir que qualquer pessoa na minha
posição teria sido facilmente confundida pela oferta.
— Sim.
Ela se recusou a olhar para Michael, mas ouviu seu riso silencioso
de qualquer maneira. Ela não se desculparia por garantir sua
segurança, nem nunca.
January sorriu de volta quando ela apertou a mão de Tina. Ela não
tinha ideia de como essa mulher poderia se encaixar no mundo da
pecuária. Então, novamente, se os últimos dias lhe ensinaram alguma
— Sim, — Tina disse que isso poderia nos ajudar a manter todos
na mesma página.
Ele não pôde deixar de sorrir. Tina foi minuciosa. Talvez seja
exaustivo nesse caso. — Eu não me importo como você faz isto, em que
ordem, ou qualquer outra coisa. Minha única exigência é que você
tenha esse lugar pronto para eu vender. Tome um par de dias e tera
uma ideia do lugar. A julgar pelo olhar em seu rosto esta manhã, estou
assumindo que você geralmente não é convidada a organizar uma casa
inteira.
Uma pergunta justa e uma que ele se fizera pelo menos uma dúzia
de vezes desde a noite de sexta-feira. A maioria de suas ações nos
últimos três dias ele poderia racionalizar. Ela precisava de um emprego;
ele tinha uma oportunidade. Ele precisava vender o rancho; ela poderia
ajudar. Mas enquanto as taças de vinho oscilavam em suas mãos,
ameaçando derramar, Brecken sabia que havia apenas uma explicação.
Ele gostava de January.
— Bem, agora que você tem esse trabalho, talvez Michael possa
encontrar alguém para ajudar.
Seu rosto ficou tenso com a afirmação dele, mas ela não falou. Sem
outra palavra, ela se levantou e dobrou a colcha. Merda, ele a insultou?
Ela parecia tão bem preparada, mas seu comentário na semana
passada sobre uma viagem ao pronto-socorro sendo cara e o fato de ela
estar trabalhando em dois empregos significava que ela precisaria do
dinheiro.
Não foi, até que eles estavam na estrada que ele decidiu tentar
recuar do silêncio constrangedor que ele havia trazido entre eles. Cada
marcador de milha por onde passavam o deixava mais ansioso para que
ela saísse do caminhão e não desaparecesse de sua vida para sempre.
Ele soltou uma risada baixa. Claro que ela não o deixaria tão
facilmente.
Ela abriu a boca, mas ele cortou o que com certeza seria ela
chamando-o em sua desculpa esfarrapada.
— OK? — Ele se virou, meio que esperando que seu rosto revelasse
o que estava nele.
— Tenho certeza.
Ela o tinha no limite. Pensar antes de falar não era algo que ele
fazia com tanta frequência, mas ele mastigava cuidadosamente cada
palavra antes de falar.
Ela não pode pagar uma viagem para o médico, mas ela mora aqui?
Acho que não sei metade do que há para saber sobre a srta.
January Lyle.
— Eu sinto muito.
— Oi. Eu pensei. . .
Ele acenou para ela antes que ela pudesse terminar a frase. —
Sim, eu não estava esperando estar aqui também, mas tenho negócios
no rancho hoje de manhã antes de ir para o escritório.
Ela deixou seus olhos caírem para o impecável tailor, terno roxo
escuro que ele estava usando. — Bom terno.
— O jeito que você disse me faz pensar que você não aprecia meu
estilo.
— Janta comigo?
— Hmmm.
Ele era louco. Eles não podiam jantar. Certo? Ela pode não estar
trabalhando diretamente com ele, mas ele ainda era seu chefe e ela
precisava desse emprego.
— Diz, quem mesmo disse que nunca teria feito uma propriedade
inteira.
— Não é negociável.
— Certo. — Seu sorriso foi lento quando ele se virou para ela. —
Que tal eu te buscar para o jantar às sete. Eu prefiro dirigir em meus
encontros de qualquer maneira.
Tina fez uma pausa, fita na mão. — Quase cinco anos. Comecei
como engenheira e trabalhei o meu caminho.
— Sim.
— Desculpe?
— Eu não teria tanta certeza. Ele tem sido nada além de amigável
comigo. Nada de brincadeira ou flertar como ele faz com você.
— Eu acho que ele vê você como fora dos limites. Conte-se com
sorte.
— Brecken não tem mais laços com este lugar. A fazenda ficará
melhor com um dono que esteja comprometido em tornar esse lugar o
melhor possível. Tudo o que uma vez foi. Tina ficou de pé, mantendo os
olhos perfurados nos dela. — Quanto a trazer você e toda essa charada
de um projeto, achei que era óbvio. Ele gosta de você.
Ela se moveu para dobrá-las para o lado, mais longe do olhar dele,
e ele colocou a mão em seu joelho esquerdo. — Não se atreva a se
esconder de mim. Pernas como essas merecem ser cobiçadas.
— Então, por que me trazer aqui, em vez de algum lugar que você
realmente gosta da comida?
— E…
Ela ergueu o queixo e sentou-se um pouco mais ereta, algo que ele
estava percebendo que fazia frequentemente. — Diga-me sobre o
rancho, por que você não disse ao rancho... pessoas. — Ela balançou a
cabeça como se estivesse tentando descobrir como chamá-los.
— Por que você não disse aos wranglers quando você está
vendendo o rancho?
— Tem certeza de que não quer outra bebida? Eu sinto que mal
arranhamos a superfície.
— Esta noite não foi nada como eu planejei, ele admitiu enquanto
caminhavam em direção ao seu carro.
— Hoje à noite tem sido ótima. Mesmo. Mas você ainda é meu
chefe.
Era o suficiente para deixá-lo saber que havia algo entre eles,
mesmo que ela não estivesse pronta para admitir isso. Ele recuou e
passou os dedos pelo queixo dela. — Vamos para casa.
— Bom dia, Edward, — disse ela e entregou seu café por cima do
assento.
— Você disse que seu pai era senador em Chicago, é onde você
cresceu?
— Mm-hmm.
Ele não fez uma pergunta, mas ela sabia no que ele estava
chegando.
— OK tudo bem. Mais uma vez, e depois deixarei você saborear seu
café em silêncio.
Ele sorriu, mas fiel à sua palavra, ficou em silêncio durante o resto
do passeio.
— Isso é delicioso.
— Nós somos. Henry tem sido a luz da minha vida, disse ela,
olhando ao redor da cozinha e soltando um suspiro pesado. — Eu acho
que é melhor eu voltar a isso.
— E a sua mãe?
Louisa fez uma pausa e colocou a mão no quadril. — Isso deve ter
sido difícil crescer sem uma mãe.
Ela descartou a ideia de que, se sua mãe ainda estivesse viva, sua
vida seria de alguma forma dramaticamente diferente.
— Bem, eu acho que você ficou adorável, então ele fez algo certo. —
Ela sorriu antes de virar as costas, ocupando-se em limpar os balcões.
Tomando isso como sua sugestão de que era hora de voltar ao trabalho,
ela lavou seu prato e garfo na pia e então deixou Louisa em seu
santuário.
— Eu não posso acreditar que você foi para Tres Amigas e nem
ficou por perto para as pessoas assistirem. — Michael balançou a
— Tarde, depois das três, mas não me importo. Eu vou voltar para
a cama depois de você ir embora na sua limusine, — ele disse com uma
voz sonhadora e jogou uma piscadela para ela. — Além disso, queria te
pegar antes de fazer outros planos. Nós vamos sair hoje à noite.
Ela gemeu ao pensar em outra noite fora. Ela não estava com
humor para estar em público. Grey's Anatomy, sorvete de manteiga e
Franzia eram os únicos itens em sua lista para esta noite.
Ela murmurou olá para Edward com o que ela esperava que fosse
um sorriso. Seus membros se moviam automaticamente e rigidamente,
robóticos, e sua cabeça flutuava a milhões de quilômetros de distância.
O toque de seu celular quando o carro se afastou a obrigou a voltar à
realidade.
Por mais que ela tentasse esconder o sorriso bobo em seu rosto, ela
não podia. Ela realmente imaginou ele a observando, o que era uma
pequena possibilidade, mas ela não colocaria nada além dele. Talvez ele
tivesse uma câmera no carro, talvez Edward repetisse a manhã toda em
detalhes para ele, talvez ela estivesse um pouco demais para ele e
pensando demais em uma mensagem de texto.
Ela sabia que era ridículo ficar chateada por ele não ter pedido
para vir quando esse era o tipo de coisa intrusiva e direta que ela teria
jogado de volta nele como sendo inapropriado, dado que ela era sua
funcionária. Sua resposta foi perfeita. Teria sido rude e indelicado se
convidar. E de repente, ela estava desejando que o Sr. Manners voltasse
a ser o homem rude que a assediava a semana inteira para sair com ele.
Ele deveria sair pela porta e deixá-la curtir uma noite com os
amigos, mas Deus o ajude, ele não suportaria terminar o dia sem vê-la.
Ele observou os homens ao seu redor enquanto esperavam por uma
abertura, todos a observando com o mesmo olhar voraz e hesitante que
ele tinha certeza que estava em seu próprio rosto.
Tudo muito estúpido para perceber que eles tinham que fazer sua
própria abertura com uma garota como ela.
Antes que seu cérebro pudesse convencê- lo, ele avançou no meio
da multidão. Não havia um plano, e ele com certeza não tinha nenhuma
intenção de dançar, mas ele não tinha nenhuma intenção de deixá-la
dançar com mais ninguém, também.
Ela gritou algo que soou como: — O que você está fazendo aqui? e
ele a puxou para fora da pista de dança e para a área VIP que ele
reservou para a festa. Pequenos detalhes que ela não precisa saber.
Ela agarrou-se a ele com tanta força que suas curvas estavam
niveladas contra ele. Sua adolescência seria tão arrogante e ciumento
também.
— Você está realmente aqui, — ela exclamou uma vez que eles
estavam sentados em uma mesa com vista para a pista de dança. Talvez
fosse o álcool ou a atmosfera, ou uma combinação de ambos, mas ela
parecia feliz em vê-lo. Mesmo em êxtase.
Michael riu. — Deus, você estava tão brava comigo naquela noite e
depois me culpou pelo idiota, Clark ou Clint...
— Sim, tanto faz, você me culpou por ele beber tanto que ele
desmaiou no banheiro no bar.
— E você estava?
Ela se inclinou para ele. Seu corpo estava relaxado, e ele teve a
sensação de que ela estava a poucos minutos de não ser capaz de sair
do clube.
— Mágica, hein?
Ele riu baixinho. Ela estava uma bagunça, mas era difícil não rir
dela. January bêbada era irresistível e muito menos preocupada com
regras e convenções. Fez o melhor que pôde para envolver o braço sobre
os ombros e, lentamente, desceu as escadas com ela nos pés dele.
Brecken era uma visão. Ele foi chutado para trás em um sofá preto
de moletom e uma camiseta preta, seus pés descalços estavam apoiados
sobre a mesa de vidro na frente dele, e uma grande tigela de cereal
descansou em seu colo. Ele estava assistindo CNBC como uma criança
esparramada na manhã de sábado assistindo seu desenho animado
favorito.
Ele dirigiu sua atenção para ela enquanto colocava uma grande
mordida de cereal em sua boca.
— Sim. Realmente.
— Eu poderia, mas então eu não teria sido capaz de ver você esta
manhã.
— Eu conversei com Michael esta manhã. Ele sabe que você está
viva e bem. Tenho algumas roupas que você pode usar e tenho certeza
de que posso usar uma escova de dentes de reserva. — Ele desapareceu
no corredor e voltou um momento depois segurando uma escova de
dentes com um olhar orgulhoso no rosto. — Quando eu chegar em casa,
vou levá-la ao seu lugar para mudar de roupa antes do jantar.
— Por que você quer que eu fique aqui quando você nem vai estar
em casa? Eu poderia te encontrar para jantar depois.
O que eu me meti?
— BRECKEN?
— Hmmm?
— Sim, eu sei que você não está a bordo com a ideia, mas eu quero
pelo menos ouvir Dan.
Ela olhou para ele com curiosidade. — Não. Que tipo de pergunta é
essa?
Eu quero mais.
Engraçado, ele não tinha pensado sobre aquele conselho por anos,
mas ele deixou a memória continuar a gaguejar de volta enquanto
vagava pelos corredores da loja de flores, tentando arrumar um arranjo.
Ele zombou suavemente. Aquela noite foi a última vez que ele deu
flores a uma garota também.
— Melhor?
Ela pegou o Pad Thai enquanto Brecken pegou dois pratos. Seus
olhos se demoraram nele quando ele tirou o paletó e afrouxou a gravata.
— Você com certeza sabe como tratar uma garota. Quase faz esta
ressaca valer a pena. — Ela colocou o prato para baixo e gemeu quando
seu estômago revirou.
— Eu não vou voltar. Eu vou ficar bem aqui. Ele pegou o telefone,
colocou-o na mesa de café e, em seguida, puxou-a para perto dele
quando ele se recostou no sofá.
Desta vez, ela se virou para olhar para ele, que colocou os rostos
tão perto que ela podia sentir sua respiração. Ele se inclinou para frente
e a beijou levemente no nariz. Com uma risada, ela se virou e relaxou
em seu abraço.
— Onde você pensa que está indo? — ele murmurou em uma voz
brincalhona.
— Você pode manter o fio dental. Eu gosto disso, — ele disse antes
de beijá-la sobre o laço macio. Ele trabalhou seu caminho até o corpo
dela, deixando uma trilha quente da marca de seus lábios, e devorou
Bom Deus, eles deveriam ter parecido ridículos, mas não pareciam.
Ela duvidou naquele momento que qualquer coisa pudesse parecer
menos que magnífica contra o seu corpo.
Magnífico.
— Esse pode ser o meu novo sorriso favorito. — Ele roçou seus
lábios contra os dela suavemente.
— Mm-hmm.
— Mentirosa.
Antes que ela pudesse encontrar as palavras para falar, ele pegou
um preservativo da gaveta do criado-mudo e rasgou o pacote. Ela viu as
mãos dele se encaixarem e tentou estabilizar sua respiração irregular.
Michael olhou para ela e deu uma olhada. — Uau, Jan. Belo
vestido. — Ele riu e inclinou a cabeça para o lado com um olhar
curioso.
Passando a mão pelo material de seda, ela olhou para ele quando
ele olhou para ela novamente com o canto do olho.
ATÉ ONDE IAM OS SEIOS, ele sempre achara que, embora todos fossem
igualmente divertidos de se olhar e brincar, ninguém jamais se
compararia aos grandes e alegres peitos falsos que a internet e as
revistas espalhavam. Até que ele conheceu January, foi isso. Ela o
arruinou para todos os outros peitos. Os dela estavam cobertos, apenas
o topo de suas ondas visíveis sobre o vestido estampado de leopardo
que ela usava, mas ele estava duro com a lembrança de seus momentos
perfeitos em suas mãos e os doces gemidos que ela tinha feito enquanto
ele a chupava nos mamilos.
Ele seguiu o olhar dela pela sala até a iluminação fraca e o interior
gasto.
— Minha mãe era grega. Este era seu lugar favorito para comer
quando entramos na cidade.
Uma sacudida lenta de sua cabeça fez seu cabelo cair sobre um
ombro enquanto ela se aproximava, seus saltos estalando no chão.
Foi o único convite que ele precisava. Ele atravessou a sala para
encontrá-la no meio do caminho. Passando as mãos pelos cabelos
macios, ele esmagou a boca na dela e gemeu quando a língua dela saiu,
ansiosa para invadir sua boca.
Antes que ele pudesse apoiá-la contra a ilha da cozinha, ela tinha
as calças desfeitas e as empurrava ao redor de seus quadris. Brigando
com o zíper na lateral do vestido, ele xingou baixinho e se afastou do
beijo e olhou ao redor da cozinha.
Ele abaixou o corpo e, antes que ela entendesse sua intenção, ele a
colocou no ar, jogada por cima do ombro.
Ela não esperava que ele atendesse às suas exigências, mas ele riu
suavemente e a preencheu completamente, batendo em um ritmo
brutal. Seu corpo subiu com cada beijo de pele contra a pele, e ela
convulsionou ao redor dele com o nome dele em seus lábios.
— Nós vamos precisar fazer isso quatro ou cinco mais vezes para
ter certeza, mas eu tenho certeza que você é a mulher mais incrível que
eu já conheci.
Ele deu a cada um deles outra carta, esta com a face para baixo, e
então colocou o baralho entre eles. — Tantos quantos você quiser, mas
lembre-se que você não quer passar de vinte e um. — Ele acenou para
as cartas dela e pegou as suas. — Vá em frente e olhe para as suas
cartas.
— Isso teria sido uma boa mão, — disse ele e jogou suas cartas
sobre as dela, revelando porra do vinte e um. — Para o meu prêmio, eu
quero foder seus peitos lindos.
Ela podia dizer que ele estava prestes a gozar e ela coçou levemente
as unhas nas costas dele.
— Foi muito boa. Foi uma vida mais simples. Nunca fui obrigado a
ajudar muito com o rancho. Eu fiz tarefas básicas, alimentar cavalos e
limpar barracas. . . coisas que eu não poderia estragar. Minha mãe
queria uma vida diferente para mim. Eu acho que foi um pouco
diferente do que meu pai queria para mim, mas ele não lutou com ela
sobre isso. Pelo menos não na minha frente. Fui enviado para as
melhores escolas que eles podiam pagar, e eu adorei. Matemática,
ciência, leitura, escrita, música. Eu amei tudo. Aprender foi divertido e
eu fui bom nisso.
Ele riu e ofereceu a garrafa para ela. Quando ela recusou, ele
inclinou a garrafa de vinho, terminando o último gole.
— Sim, você realmente faz o resto de nós ficarmos mal com a sua
ambição e dedicação, — ela brincou, empurrando-o de brincadeira com
a ponta do pé. — Meu pai adoraria que eu tivesse esse tipo de direção.
— Justo. É fácil ver o quão próximos vocês são. Vocês dois já...
esperem, ele é hetero, não é? Brecken franziu as sobrancelhas como se
estivesse considerando se Michael poderia ser gay.
— E seu pai?
— Eu não sei. Nunca mais falei com ele depois que saí de casa
para a faculdade.
Olhando para ele e para a janela, ela notou que o céu escuro
estava começando a clarear. — Que horas são?
— Quatro e meia.
Ela balançou a cabeça. Era ridículo, mas ela queria cada minuto
que pudesse ficar com ele. Ele era intrigante e ela não se sentia como se
tivesse uma boa leitura sobre ele ainda, o que parecia inquietante. —
Na verdade, eu não estou muito cansada.
Considerando que ela só estava dormindo por três horas, ele mal
podia segurar seu comportamento nesta manhã contra ela. Eles ficaram
escondidos em seu apartamento durante a maior parte de três dias, e
ainda assim ele não estava pronto para voltar ao mundo lá fora.
Ela espiou debaixo do braço, e ele estava quase certo de que ela
olhou para ele com uma expressão de desapontamento. Contente que
pelo menos ela não gostou da ideia dele abandonando-a, ele a beijou
levemente e então se forçou a sair para o trabalho.
Por mais que ele gostaria de tirar outro dia de folga, ele não podia.
Havia muito o que fazer para se preparar para sua reunião em Kansas
City, e Tina teria sua pele se ele deixasse cair a bola. O telefone de
Brecken zumbiu no bolso quando saiu do apartamento. Sem ter que
Ele e Nadia não eram uma coisa, nunca tinham sido. Ele não
sentia como se precisasse explicar alguma coisa para ela. Ainda assim,
ele sabia que teria que ter uma conversa com ela de qualquer maneira.
Ele checou o e-mail e criou uma lista de coisas que ele precisava
fazer quando Edward dirigiu para o escritório, já se perguntando se ele
seria capaz de sair cedo e ver January antes que ele voasse amanhã de
manhã.
— Seu ponto?
— Não tem sido tempo suficiente para você realmente sentir minha
falta.
Sua honestidade foi recompensada com uma leve risada que fez
seu coração disparar.
— É isso aí?
— É isso que você diz a si mesma? Bem, você não pode mentir para
mim. Você gosta de Brecken. Eu posso dizer.
— Bem, eu sei tudo o que o Google sabe sobre ele, então mande
embora.
— Ok, primeiro de tudo ele não é o príncipe Harry. Sim, dentro dos
limites de Denver, ele é um grande negócio, mas fora disso, ele é apenas
mais um cara rico e bonito.
Ela riu, certa de que era verdade. Michael jogou. Ela tinha visto em
ação o suficiente para questionar os padrões de todo o seu gênero.
— Sim. E você?
— Seis.
— Obrigada.
— Desculpe desapontar.
— Rosa.
— Olá?
Uma ligeira pausa e depois uma voz familiar que ele não ouvia há
anos falava. Brecken, como está indo, irmãozinho?
Alguns achavam que era uma boa ideia, outros não, mas estavam
todos lá porque sabiam que, se pudessem, isso significaria um grande
negócio em contratos futuros para todos os envolvidos. No entanto,
decidir os detalhes de como isso afetou suas empresas atuais,
funcionários e suas próprias posições foi um pouco mais complicado.
Um homem sugeriu uma compra total, onde eles iriam abandonar
completamente seus negócios atuais, mas ele era minoria. A maioria
das pessoas queria se apegar a um pedaço do que construíram,
incluindo Brecken.
Fazia anos desde que Brecken tinha visto Henry. Ele fez a
matemática em sua cabeça rapidamente, parando no meio da calçada
quando percebeu que tinha sido quase duas décadas desde que ele
tinha sido no mesmo quarto que seu melhor amigo de infância. Deus,
parecia ontem de algumas maneiras. Ele se recusou a admitir em voz
alta, mas também parecia uma vida inteira.
Sentindo-se brincalhão, ele tirou uma foto rápida e enviou para ela
antes de pular no chuveiro. Por algum pequeno milagre, a mulher
parecia ser seu lugar pessoal e feliz, elevando seu humor sem sequer
estar na mesma sala.
— Não seja tão dura consigo mesma. Você vai fazer isso. Michael
olhou para a porta quando o sinal da entrada tocou e seus olhos se
arregalaram. Mudando desconfortavelmente de um pé para o outro, ele
amaldiçoou em voz baixa enquanto Jan virou para ver o que estava
acontecendo.
Ela olhou para fora, mas January não se importou. Ela precisava
falar com Michael.
— Olá linda. — Sua voz era rouca e ele era visível na luz fraca do
telefone.
— Oh, isso não foi sexting, querida. Isso foi um lembrete. Eu não
quero que você se esqueça de mim enquanto eu estiver fora.
Chance gorda.
— Isso não é uma coisa boa que seus dois amigos estão juntos?
— O que?
— Eu acho que sim, mas Michael sempre ficou longe dos meus
amigos antes. Não é como ele dormir com alguém que corre no nosso
círculo.
Desta vez ela não concordou com ele, mas ainda não comentou.
Uma batida de silêncio passou antes que ele perguntasse: — Então, o
que você vai fazer com o Michael?
— Acho que vou esperar por ele esta noite e tentar falar com ele.
Eu: obrigada! Você alegrou minha manhã. Espero que você tenha um
bom dia.
Ela hesitou por tempo suficiente para que ele pensasse que ela se
recusaria a jogar bola. — Francamente, eu não sei porque você está
considerando isso. As outras empresas têm algo a ganhar. Eles
precisam disso. Você não! A Blackstone Software está indo bem.
Estamos prosperando. Nós já assinamos nosso terceiro cliente este ano.
Ele levantou uma sobrancelha para ela, mas ela continuou sem
deixá-lo responder.
— Um minuto.
Isso levou a sua atenção, e ele pôde ver sua respiração engasgar e
suas bochechas corarem. — Volto já, — ela disse e desapareceu de volta
enquanto ele deixou um sorriso de satisfação em seus lábios.
Sua boca caiu para seu decote quando ele puxou a frente de seu
sutiã até que seus mamilos se soltaram. — Seu gosto. — Ele lambeu
uma trilha de um bico para o outro. Tão foda doce. fodasticamente
doce.
Ela ficou na frente dele com apenas calcinha e sutiã, que não
estava fazendo nada para cobrir os seios, e ele recuou, dizendo: — Deite
na cama— Sua voz era baixa, mas não havia como negar o tom
autoritário.
January fez o que ele pediu. Ela teria se posto em chamas se ele
pedisse, o que não teria sido muito difícil, considerando que ela já
estava queimando de desejo.
— Você está tão molhada. Porra. — Seu cabelo caiu para o rosto e
fez cócegas em sua pele enquanto suas palavras faziam seus músculos
apertarem.
— Fodidamente perfeito.
Sim, foi. Sim, ele era. Ela não conseguia encontrar sua voz para
lhe dar o elogio que ele merecia, mas isso não importava, porque ele não
terminou com ela. A boca de Brecken estava na sua, tomando e
exigindo, e então seu braço serpenteou sob ela, e em um movimento
rápido, ele rolou, puxando-a para cima dele.
Com as mãos dele guiando seus quadris, ele a moveu para baixo
sobre seu longo eixo. Seu corpo sacudiu a atenção quando ele a encheu
completamente e cada nervo em seu corpo respondeu em espécie.
Ela estava desamparada quando ele a ergueu até que ela estava
quase completamente vazia, e então a puxou devagar para que ela
pudesse sentir cada centímetro deslizando dentro dela.
Ela estava diante dele completamente nua, e ele não fez nenhuma
tentativa de esconder sua apreciação de sua figura fina.
— Cães.
— Desculpe?
Bem, tudo bem, — disse ela, seu tom dizendo que não ia ser
facilmente dissuadido. Eu posso pedir o jantar. Uma noite tranquila,
com apenas nós dois, parece divina.
— Talvez uma noite tranquila com nós três, então, — disse ela, e
seu estômago saltou para sua garganta.
Sua voz era mais baixa quando ele continuou, mas seus olhos
olharam para o corredor vazio em vez do quarto. — Qualquer coisa que
não pode ser doada, apenas jogue fora.
Ele deu um suspiro de alívio. Não que ele não gostasse do cara, era
que ele não queria compartilhá-la hoje à noite. Ele nem planejara ir até
a inauguração, mas sabia que, se não saíssem ao burburinho da
cidade, as inevitáveis perguntas os sufocariam. Talvez fosse por isso
que ele evitou se envolver nesse ponto antes. Ele não queria deixar
alguém entrar naquela parte de sua vida. Foi feito e acabou. Sua vida
recomeçou quando ele completou dezoito anos, e ele considerou cavar
Ela sorriu pela primeira vez desde que eles deixaram o rancho e
puxou a gravata dele. — Então você não pode usar isso. Vai parecer que
você está jogando comigo.
Ela bateu nele de brincadeira, mas ele pegou seu pulso e puxou-a
contra seu peito. Que tal gastarmos um pouco de tempo fazendo
barulho agora mesmo? ele sussurrou contra o ouvido dela.
Uma vez que eles estavam de volta ao seu carro, seu exterior rígido
e frio voltou ao lugar enquanto Brecken dirigia pelo centro para a A La
Mode Gallery. Ele não esperava que seu pênis apagasse magicamente
suas perguntas sobre seu passado, mas esperava que isso os
mantivesse afastados por mais algum tempo. O vinco adorável entre os
olhos dela estava de volta enquanto olhava para frente pela janela em
silêncio.
— Incrível, hein?
Ele olhou em volta para a obra de arte, que cobria quase todas as
polegadas livres disponíveis das paredes cor de laranja.
Brecken abriu a boca para falar. Para dizer... o que? Ele não tinha
certeza, mas sentia que ela merecia alguma coisa. Ela colocou um dedo
nos lábios dele para detê-lo. Não essa noite. Não diga nada hoje à noite
apenas. . . eu estou em casa.
January puxou as mãos para trás, mas não deu nenhuma outra
indicação de que fora afetada pelo insulto velado de Nádia. Ele ouvira
muitas mulheres serem malucas em eventos para ver o que era, e isso
fazia com que ele quisesse colocar distância entre as duas mulheres.
Victor pegou a mão dela e levou-a aos lábios. — Acho que entendi
porque você foi MIA, Brecken. — Ele beijou a mão dela e piscou de volta
para Brecken.
Quando teve certeza de que era capaz de falar com calma, virou-se
para encará-lo.
— Você está dormindo com ela? — Ela colocou as mãos para detê-
lo enquanto ele dava um passo à frente.
Um lampejo de culpa passou por seu rosto, mas sua voz ficou
firme e clara. — Não mais.
Ela já sabia a resposta, então não feriu tanto, mas a torção em seu
intestino era tão dolorosa que doía para respirar.
— Eu devo ir.
Ela olhou para ele e bufou pelo nariz. Ela sabia que no fundo ela
estava sendo irracional. Claro que ele namorou outras mulheres.
Inferno, ela namorou outros homens. Não era justo que ela agisse
assim. Ela o deixaria consumir sua vida, seus pensamentos, todo o seu
mundo, e lá estava ela, agindo como uma adolescente que não podia
lidar com o mundo real.
Ela tentou segurar sua raiva, mas quando ele estendeu a mão e
tocou seu dedo mindinho com o dele, nada disso importava. Aquele
toque lhe disse que ela já estava muito profunda.
Ele a puxou para ele e se inclinou para beijá-la, mas ela virou o
rosto para o lado.
— Admita.
— Admitir o quê?
Que ela estava com ciúmes? Sim. Que ela gostava dele? Oh sim.
Ela não respondeu, e sua boca pairou logo acima de seus lábios
trêmulos. Ele baixou a mão para o peito dela, de modo que sua palma
estava plana sobre o coração dela.
— Eu estou aqui.
Michael não estava atrás do bar como ela esperava. Não havia
ninguém atrás do bar. Ímpar.
— Obrigado.
— Oh vamos lá. — Ela colocou o copo para baixo. Seu rosto tinha
desaprovação por todo o lado. — Ok, você está certo. Vou ligar e pedir
desculpas depois, mas vocês dois me surpreenderam. O que eu deveria
fazer? Convidar ela para sentar e tomar uma bebida depois disso?
— Eu não sei o que deu em mim. Colocar meu nariz onde ele não
pertence e entrar em fúria com ciúmes não é o meu estilo.
— Você faz. Ele está forçando a entrada e você quer deixá-lo entrar.
Mas você está com medo.
— Não, eu não acho que é o status social dele que tem isso
funcionando. Eu acho que você tem medo de se machucar. Não saber o
que há em seu passado te assusta, assim como o pensamento de que
ele tem outras opções.
— Claro, ele tem outras opções. Ele é rico e lindo. — Uma imagem
clara de seu sorriso fácil e confiante surgiu em sua mente, fazendo seu
coração apertar.
— Uma coisa é saber que outras mulheres estão por aí. Vê-las
bajular sobre ele é outra coisa totalmente diferente. Vocês dois
passaram a maior parte do tempo juntos, provavelmente na cama.
Levar a público é um grande passo.
— Sim, eu acho que sim. Venha, vamos para casa. É tarde e você
precisa do seu sono de beleza por toda a humilhação que terá que fazer
amanhã.
22 de maio de 2000.
Querido filho,
Amor,
Papai
— Olá, — ela respondeu, sua voz soando tensa até para seus
próprios ouvidos.
Henry não era tão grande quanto ele se lembrava. Talvez porque
Brecken tivesse crescido uns três centímetros e colocado vinte quilos
desde a última vez que o viu, ou talvez porque o construíra tanto
quanto mais em sua memória.
— Oi. — Ela olhou para Brecken antes de voltar sua atenção para
Henry e Louisa. Seus olhos se iluminaram enquanto estudava o rosto
de Henry. — Oh meu Deus, você deve ser o Henry. Louisa me contou
sobre você. É maravilhoso conhecê-lo.
— O que é que foi isso? Você foi muito rude lá atrás. — A decepção
em sua voz doeu, mas sua raiva era mais forte.
Abrindo sua bolsa, ela inclinou seu corpo para o dele. — Eu tenho
algo para você.
— Não.
A verdade era que ele não contara a ninguém a história que ela
estava tão ansiosa para ouvir. Ele nunca tinha sido tentado, se ele fosse
— Sim, eu sei que você não entende minha raiva contra meu pai
ou a razão pela qual deixei o rancho e nunca mais voltei, mas foi um
bom motivo. Eu não fiz isso de ânimo leve, e isso não muda quem eu
sou. Não é isso que é realmente importante?
Ele sorriu para ela. A tensão havia se dissipado, mas ele percebeu
que se ele fosse mantê-la em sua vida, ele teria que contar a história,
que era a última coisa que ele queria falar.
— Em breve.
— Para que serve isso? — Seus olhos estavam quase parados com
os dele e ele olhou para os sapatos altos que acentuavam cada
centímetro de suas pernas nuas. Esses sapatos. Ele tinha planos para
esses sapatos.
— É lindo.
— Boa. Eu sempre gostei dela. Ela fala tanto que não tenho que me
preocupar em levar a conversa. — Suas mãos fizeram o trabalho rápido
de seu sutiã e calcinha, jogando-os para se juntar ao vestido e jaqueta a
seus pés.
Sua risada ecoou no quarto, e ela lutou para falar através dos
suspiros. — Oh meu Deus. Você realmente acabou de arrancar sua
camisa como o Incrível Hulk?
A sala girou quando ele espalmou seus seios e colocou seu peso
pesado em cima dela. Ela lutou contra a escuridão que brilhava na
frente dela enquanto ele sussurrava palavras doces e beijava seu corpo
nu. Sua garganta queimava enquanto tentava engolir o ar ao seu redor,
virando a cabeça de um lado para o outro.
— Você aguenta?
— Shh. . .
O som de uma garrafa pop ping registrou acima da água que flui
ao redor da face dela e então as mãos dele estavam nela, enquanto
deslizando o sabão em cima do corpo dela refrigerado. — Um banho
rápido, e nós vamos levá-la para a cama. Você é totalmente leve, a
propósito.
Ele riu suavemente contra seu ouvido. — Pare de olhar para o meu
pênis.
— Nem eu posso.
SEU BRAÇO FORMIGAVA e seu ombro doía sob o peso dela. January
estava dormindo com ele pela última hora. Ouvindo-a respirando e
sentindo a suave expiração contra o peito dele, ele se sentiu
completamente em paz. Seu braço poderia estar a caminho de cair, mas
ele seria o mais feliz de um braço só .
Ele pensou no diário descoberto de seu pai. Não que ele realmente
tivesse esquecido, esteve no fundo de sua mente a noite toda. Olhando
do outro lado da sala para onde estava na cômoda, ele viu o livro
encadernado que combinava com o que seu pai lhe dera na formatura.
Talvez ele não quisesse perdoá-lo. Não tinha ocorrido a ele antes,
mas como ele estava sentado lá com um livro que possivelmente
continha todas as respostas para as milhões de perguntas que ele havia
feito a si mesmo nos últimos dezoito anos, ele não conseguiu lê-lo. Essa
era apenas sua versão, o lado de seu pai da história não incluía o modo
como seus erros mudavam a vida de Brecken.
Seus olhos se abriram e seu rosto olhou para ele, o queixo apoiado
em seu peito.
— Eu não fazia ideia de que você era tão fã de esportes, mas jogou
como se tivesse feito antes. Voleibol? Futebol? Ah, por favor, me diga
que você gosta do futebol de mulheres inteiras de lingerie e todos os
meus sonhos se tornaram realidade.
— Isso tem algo a ver com o motivo de você ter insistido em ficar
aqui ontem à noite?
Pela primeira vez desde que ele esteve em seu apartamento, eles
não levaram o elevador para o primeiro andar. Em vez disso, pararam
no segundo. Ele assumiu que eram mais apartamentos, mas quando
eles entraram no espaço aberto, ele percebeu que eram todas as salas
de conferência. As pessoas já estavam na grande sala em que Jan
estava caminhando, e ele seguiu atrás dela, imaginando em que ele se
meteu.
Ele lançou um olhar confuso para January, mas ela apenas sorriu
e ficou para trás, observando a comoção. Brecken assentiu e se afastou
da multidão. Sentindo-se claustrofóbico, ele a pegou pelo braço. —
Posso falar com você por um minuto?
Ela nunca mencionou o desejo de ter filhos, mas eles mal haviam
arranhado a superfície ao falar sobre o que eles queriam para o futuro
deles. Seus futuros separados que ele começou a ver muito mais
entrelaçados. Ele poderia ser um marido e pai? Considerando seu
modelo, parecia improvável. Mas com January ao seu lado, ele não
estava descartando nada.
— Você teria?
— Hoje não.
Ele trouxe seus lábios até os dela, fazendo cócegas em sua boca,
mas não aplicando qualquer pressão. — Você vai ter que esperar e ver.
— Vamos ao rancho?
— Sim.
— Este é o Mestre, e ele está chocado que você não percebeu que
ele é um garanhão.
— Você tem agora. Estamos indo para a clareira. Ele apontou para
o local familiar.
Seu lugar.
Rindo, ele levou os cavalos para sua velha árvore de escalada. Sua
expressão mudou de ansiosa para assombrada quando ela virou um
círculo, olhando para a paisagem ao redor deles. — O que é este lugar?
Olhando para o maciço galho de árvore, que era tão grande que as
mãos dele não cabiam em volta dele, ele assentiu. — Estou aqui em
cima.
— Você e Henry?
— O que? — Ela se mexeu tão rápido que ele teve que pegá-la para
não cair.
— Henry descobriu no seu último ano. Ele deu uma longa olhada
em seus olhos castanhos escuros e se perguntou como seus pais de
olhos azuis tinham concebido um bebê de olhos castanhos. — Deixando
escapar uma respiração profunda, ele continuou: — Eu não sabia. Ele
ficou mais distante no final de seu último ano do ensino médio. Eu
notei, mas pensei que ele estava se preparando para a faculdade. Ele já
havia decidido que queria ser médico e aceito em Stanford. Não me
lembro de quando ou como começou, mas eventualmente ele nem
sequer me reconheceu na escola. Ele saiu uma semana depois da
formatura e nunca mais ouvi falar dele.
— Nada. Eu não deixaria ela falar. Toda vez que ela tentou falar
sobre isso, eu a interrompi. — Doeu respirar quando ele imaginou todas
as coisas que ela queria dizer a ele e não teve a chance de dizer. — Eu
era um idiota.
Ela se virou para ele com olhos grandes que ele queria se perder e
esquecer a dor em seu peito de investigar o passado. — Eu realmente
sinto muito o que aconteceu com você.
— Quatro?
— Oh sim?
Corte-o com a lima para a tequila de merda que esta festa estava
tomando como água, ele estava feito.
Ele a amava.
Ele andou por trás dela e se inclinou para que seus lábios mal
tocassem sua orelha.
Ela virou.
— Fico feliz em saber que minha ajuda é apreciada, mas não é isso
que eu estava me referindo, — disse ele, inclinando-se contra ela para
que ela pudesse sentir sua frustração pressionando contra suas costas.
Seguindo Michael para o outro lado do bar, ela olhou de volta para
Brecken. De alguma forma, ele assumiu o controle da situação e, em
vez do momento tenso que ela havia testemunhado antes, todas as
— Mmm, de chantilly.
Puxando para trás, ela olhou para ele intrigada. — Você nunca viu
alguém fazer um boquete?
— Não. Foi mais que isso. Elas não estavam olhando para você
como se quisessem arrancar suas roupas, elas estavam maravilhadas.
Elas olhavam para você como se você tivesse restaurado a fé em tudo o
que era bom.
— Ok, então o que você disse que as divertiu tanto com a sua
resposta? Você as cortejou com sua palestra de ternos personalizados
ou o fascinante mundo da codificação de software?
Não. Isso não estava acontecendo. Ele tinha sido cuidadoso toda
vez. A risada de Nádia encheu sua cabeça e ele fechou os olhos com
força e respirou em January. Sentiu seu molde macio para o dele. Tinha
que haver algum tipo de erro. Ele cuidaria disso logo de manhã. Sem
chance de dormir, ele se instalou e fez uma prece silenciosa pela
primeira vez em talvez para sempre, implorando para que essa coisa
toda não passasse de um pesadelo quando o sol surgisse no horizonte.
Ele passou a mão pelo cabelo, querendo puxá-lo com as pontas dos
dedos. — Você está falando sobre eu ser o pai do seu feto. Vou
perguntar o que diabos eu preciso ser.
Ela está bem. — Não jogue isso como se fosse tudo culpa minha.
Você foi um participante muito disposto.
Ele retornou seu foco para seu computador. Não havia chance de
ele conseguir qualquer trabalho hoje, mas quanto mais cedo Nádia
saísse do escritório, mais cedo ele poderia chafurdar em sua própria
desgraça.
— É isso?
— Não é isso que acabamos de fazer? — Seu tom era frio, mas ele
precisava definir as expectativas. Um bebê não mudou como ele se
sentia em relação a ela.
— Porra! — Ele gritou depois que Nádia fechou a porta. Ele sabia
que deveria ser mais sensível a ela, mas se ele não liberasse um pouco
da tensão que estava carregando, ele explodiria.
Passando as mãos pelo cabelo grosso, ele puxou os fios até que o
couro cabeludo dele ficou cheio de dor, e ele acolheu o desconforto e
deixou-o entorpecer um pouco a dor no peito.
— Seu compromisso de nove horas está aqui. — Sua voz era alegre
e doce. — Devo mandar o Dr. Dulce?
Henry entrou, seus passos casuais. Vestido com uma calça cinza e
uma camisa branca de botões que ele deixara de lado e enrolado nas
mangas, Henry tinha um ar da Califórnia a seu respeito, embora, para
ser justo, ele sempre tivesse uma maneira fácil e casual sobre ele.
Depois de todos esses anos, ele permaneceu inalterado. O mesmo
cabelo loiro, ainda que um pouco mais curto, ainda pairava em torno de
suas orelhas, fazendo-o parecer mais esperto do que ele.
Henry assentiu.
Foi muito foda demais. Ele quebrou. Ele fodeu totalmente aberto.
— Depois de todo esse tempo, você entra aqui e pede a única coisa
que ele me deu que você ainda não tirou? Foda-se você. Saia já daqui.
— Sua voz ecoou pelo escritório enquanto ele se levantava e se movia
em torno de sua mesa e uma gota de suor se formava na parte de trás
de seu pescoço.
ELE ME AMA.
Bens profundos , você pode fazer isso. Ele te ama. ELE TE AMA!
Agora vá pegá-lo.
Ela bufou. — Você diz isso como se tivesse tentado tantas vezes
antes.
— Saia daqui enquanto eu ainda estou falando com você. — Ele fez
uma careta de brincadeira. — Oh, seu pai ligou para o telefone fixo
novamente. Ele tentou em seu celular?
Era a primeira vez que ela tinha ido ao escritório de Brecken, mas
parecia que poderia tê-lo escolhido mesmo sem a grande placa preta
que ficava pendurada na lateral do prédio.
Ela sabia que deveria ter esperado ver Nadia, afinal, a mulher era
sua assistente, mas ainda estava um pouco desequilibrada quando
virou a esquina e encontrou a mulher sentada atrás da grande mesa.
Seu cabelo estava empilhado em cima de sua cabeça em um coque
chique que fazia seu pescoço parecer longo e delicado. Reunindo toda a
sua coragem, ela caminhou em direção a ela.
— Eu vou esperar.
— Não, obrigado.
Sua voz era tão quieta que ela ouviu sua resposta. — Sim.
— Quando?
Ela esperou que ele dissesse alguma coisa. Qualquer coisa. Ele
tinha um olhar chocado no rosto que ela queria dar um tapa.
— E agora?
Ela não quis dizer o que era o próximo para eles, mas sua resposta
colocou um ponto de interrogação sobre o futuro de seu
relacionamento. O que diabos ela deveria dizer sobre isso? Se ela o
corrigisse, ela sairia parecendo uma mulher de coração frio que não se
importava com o bebê, mas se não o fizesse, então corria o risco dele
pensar que ela estava bem com qualquer espaço que ele precisasse.
colocar entre eles. Que ela não estava disposta a ficar ao lado dele por
qualquer reviravolta que esse bebê colocasse na frente deles.
Ele passou a mão pelo cabelo e ela quase sentiu uma pontada de
compaixão por ele. Quase.
— Eu não vejo como isso tem algo a ver com a gente. A menos,
claro, que você tenha decidido que realmente quer estar com ela.
— Eu não sou meu pai. Eu não vou ter um bebê e cagar minhas
responsabilidades.
Ele passou as duas mãos pela crina escura desta vez e soltou um
suspiro. — Eu só preciso de um tempo para descobrir isso.
ELE A ASSISTIU SAIR. Conhecida ela se foi. Sentiu sua ausência até os
ossos dele. O que diabos ele fez?
Ela olhou para cima de sua mesa com uma expressão que dizia
que ela sabia que estava em apuros.
Ela assentiu.
— E aquilo que você fez com January? — Seu tom não deixou
espaço para dúvidas. — Puxe essa merda de novo, e eu vou demitir
você.
Nos cinco dias desde que January saiu de seu escritório, seu
apartamento se tornou seu santuário, seu esconderijo de Nádia e
decisões que ele não se sentia capaz de fazer. Pressionando em silêncio
o seu celular, ele enviou a terceira ligação de Tina para o correio de voz,
assim como as outros. Ele não estava em condições de conversar com
ela ou com qualquer outra pessoa. Ele lidou com a pilha de trabalho
que veio em cada dia com um foco singular para abafar o resto do
mundo, mas se não pudesse ser tratado via e-mail ou texto, então ele
não estava interessado. Derrubando o líquido âmbar, ele evitou a
queima da primeira bebida enquanto cobria suas entranhas.
Querido filho,
Amor,
Papai
Ele realmente não era melhor que seu pai. Depois de tudo o que ele
fez, ele se encontrou na mesma situação que seu pai tinha anos atrás
com uma decisão impossível. Amor ou responsabilidade?
Responsabilidade.
Ele aceitou seu destino, mas não foi corajoso o suficiente para
enfrentá-lo. Ele não podia ir ao escritório e ver Nádia. Vê-la iria lembrá-
lo do que ele perdeu, e isso não era justo para ela.
Quando ele a colocou de volta em seus pés, ela sorriu de volta para
ele. Ela ia sentir falta desse lugar e dessas pessoas, mas estava feliz por
ter ido embora antes que Brecken pudesse vender o lugar. Ela
realmente tinha se apegado a isso.
— Vou sentir sua falta também. Cuide-se, — ela disse enquanto ele
a ajudava na parte de trás do carro da cidade e entregou a pequena
caixa que ela ainda precisava cuidar.
Brecken era uma criatura de hábitos. Qual foi a única razão pela
qual January se viu andando até a porta do apartamento dele com a
caixa de papelão na mão. Era no início da tarde, e ela sabia que, com
base em sua rotina habitual, ele não estaria em casa por pelo menos
duas horas.
Não havia nota, mas havia poucas chances de que ele não
soubesse quem a havia deixado.
Ela ainda estava lá, desejando que o homem que morava dentro
abrisse a porta e a tomasse em seus braços e dissesse a ela que os
últimos dias nunca aconteceram, quando a porta se abriu e Brecken
apareceu.
— Eu sei que você disse para jogar tudo fora, mas eu não podia
fazer isso. — Ela apontou para a caixa a seus pés. — Se você quiser se
livrar dos últimos itens pessoais de seus pais, então você terá que fazer
isso sozinho.
Quanto mais ele falava, mais irritado ficava. Ela acolheu a raiva.
Isso a empurrou além do ponto de polidez. — Eu não pedi para você. Eu
nunca pediria isso a você.
Ela não fingiria se sentir mal por ele ter estragado sua assistente e
karma ter lhe mordido o traseiro, mas lá estava ele diante dela,
tentando lidar com uma situação impossível. A única bússola que o
guiava era a que o levara nos últimos dezoito anos. Aquele que mentiu e
disse a ele que tudo ficaria bem desde que ele fizesse coisas diferentes
de seu pai.
— Por que você está me dizendo isso? Se você quer ficar com a
Nádia, tudo bem. Mas não finja que você está fazendo isso por um bem
maior. Você está trocando uma mentira por outra.
— Martin diz que ele parece terrível se isso faz você se sentir
melhor, — Sylvie disse calmamente.
— Eu sinto muito.
Isso aconteceu. Ela desejou que não. Ela também desejou que as
circunstâncias fossem diferentes. Se eles fossem, talvez ela não tivesse
Ainda assim, ela não tinha ideia do que ele esperava que ela
dissesse. Ela já havia dito a ele que nunca pediria a ele para escolher, e
ela o lembrou que nunca exigiu nada dele. Ela não ia contar a ele
novamente.
— Não. Não é.
Um casal passou pela porta e foi até o bar. Ela se aproximou deles.
— Eu não posso falar agora.
Você faz isso, ela disse baixinho antes de se voltar para seus
novos clientes.
O trabalho estava firme nas duas horas seguintes, mas ela sentiu
os olhos dele nela a cada movimento que ela fazia.
— Eu vou ficar na casa da Carrie hoje à noite. Você vai ficar bem
com ele? Michael perguntou quando apagaram as luzes e se dirigiram
para a porta.
— Não, obrigado.
Ela estava jogando duro. Atuando Bem, ela era durona, só não
quando se tratava dele. Ele era sua criptonita da mesma maneira que
ela era dele. E essa foi a sua estratégia.
Ela olhou da calça dele para a blusa molhada, e quando ele teve
certeza de que ela ia ficar de pé e se apressar para pegar uma toalha ou
repreendê- lo por fazê-la derramar sua bebida, ela riu. Começou
pequeno e depois construído. Em segundos, ela estava rindo tanto que
nenhum barulho estava saindo. Ele riu com ela, mas quando começou
a gotejar, ele olhou para a blusa dela e afinou seus mamilos claramente
definidos que passavam pelo material úmido. Seus olhos seguiram o
olhar dele. Ele não fez nenhuma tentativa de esconder seu desejo por
ela. Ele foi dolorosamente duro em uma fração de segundo.
Ela riu através de seus beijos, e cada parte disso parecia certa. Ele
empurrou toda a merda que aconteceu tão longe de seus pensamentos
Ele provou da Diet Coke, que de repente era sua bebida favorita de
todos os tempos, e ele queria se afogar nela.
Nada jamais se sentiu tão bem, ele tinha certeza disso com cada
fibra de seu ser. Sua boca perfeita. Se ele morresse naquele instante,
ele sairia na nota mais alta de sua vida. Foi um momento tão
perfeitamente congelado no tempo que ele teve medo de pará-lo, mas se
não o fizesse, a noite terminaria muito mais cedo do que ele planejara.
— Eu te amo.
Não mais.
Com um último olhar, ele saiu pela porta, sabendo que sair seria o
maior arrependimento de sua vida.
— Sinto muito por entrar tão tarde. Eu teria ligado, mas nem sabia
que ia chegar até passar pelo antigo posto de gasolina vazio.
— Parece que você entendeu tudo. Por que você está batendo na
porta da frente no meio da noite, então?
— Eu quero entender por quê? Por que você deixou ele sair dessa?
Você deixa ele sair completamente jogando sua responsabilidade. Ele
teve outro filho!
— Seu pai sempre fez tudo por mim. — Louisa riu baixinho. —
Odeio nossa decisão de manter isso de você e Henry, se você quiser,
mas não odeie seu pai por algo que ele não fez.
— Mas ele se casou com minha mãe enquanto você estava grávida!
— Por quê? Quero dizer, você não queria que ele estivesse lá para
você e seu filho? Ele imaginou como seria dizer a Nádia que ele se
casaria em January. Um calafrio de pavor percorreu sua espinha pela
ira que ocorreria. Como era possível que Louisa não sentisse essa raiva
por seu pai?
— Foi a minha escolha de sair. Você terá que me culpar por isso.
Eu não queria me casar com alguém que não amava, e certamente não
queria impedir que seu pai se casasse com alguém que ele amava. Nós
dois concordamos que era melhor assim. Ele não veio por essa decisão
levemente. Tenho quase certeza de que isso o assombrava todos os dias
de sua vida.
— Cartas. Depois que meus pais ficaram menos que felizes com a
filha de dezoito anos que estava grávida e solteira, saí do Colorado e
mudei para o Novo México. Consegui um emprego em troca de uma
cama e café da manhã cozinhando e limpando, que foi onde eu conheci
Stephen. De qualquer forma, seu pai me escreveu toda semana,
implorando para que eu voltasse.
Quando ele saiu alguns minutos depois, ele parou ao ver Mestre e
Sable juntos na escuridão da manhã. Calma e quieta, o ruído do
cascalho sob os pés de Henry era o único som.
Olhando para trás, Henry fez uma pausa enquanto passava a mão
pelo lado de Sable. — Eu percebi que havia uma chance melhor de
conseguir que você concordasse dessa maneira.
— Envergonhado? Você?
— Por que algum de nós faz alguma coisa? Tomamos uma decisão,
rezamos pelo melhor e tentamos viver nossas vidas. Nossos pais fizeram
uma ligação ruim, e todos nós pagamos por isso. Você está procurando
uma explicação que simplesmente não existe.
Ele assentiu.
— Sim, essa seria sua resposta. Ter meu bolo e comer também?
— Desde que você está decidido a fazer isso sobre o seu desejo de
não se transformar em papai, pense em como a vida teria sido diferente
se minha mãe tivesse se casado com ele. Eles teriam sido ambos
infelizes e você nunca teria nascido. Eles deveriam ter nos contado a
verdade desde o começo. Ele não teve que escolher entre sua mãe e a
minha, ou entre eu e você, ele só precisava ser honesto.
— Não. Quero dizer sim. Se você quiser, então não vejo nenhum
motivo para não ir até você, mas vendê-lo a você parece errado. Deveria
ter sido metade seu. Ele apertou as rédeas na mão e praguejou baixinho
em voz baixa. — O homem não poderia fazer direito por você em seus
últimos desejos.
Não era o que ele esperava. Como era possível para Henry não se
sentir como se ele merecesse esse lugar tanto quanto ele? Inferno,
depois de tudo, Henry merecia mais.
— E a segunda condição?
Ela parou uma risada escapar de seus lábios. Se ela voasse para
Chicago toda vez que ele estivesse indisponível, ela seria uma
passageira frequente de status platina. Eu sinto muito. Acabei de
terminar um grande projeto. Estive um pouco preocupada com isso,
suponho.
— Entendo.
— Eu sinto muito.
— Está bem. Estou bem. Mesmo. Mas obrigada por vir aqui para
me verificar.
Ela não sabia o que dizer. Seu pai raramente namorava e nunca
havia falado em se casar novamente.
— Eu não fiz por um longo tempo depois que sua mãe morreu.
Parecia uma traição de alguma forma, para ela e para você.
— Eu sei que isso não é verdade, mas era algo que eu precisava
trabalhar no meu próprio tempo. Eu estou finalmente pronto. Só me
levou mais de vinte anos. — Ele riu baixinho.
— Claro.
Ela estava enchendo Michael de seu café da manhã com seu pai
enquanto folheava a internet, vasculhando cada informação que
pudesse encontrar sobre Brecken.
Michael lavou pratos atrás dela. Ele parou com um prato molhado
na mão quando ela lhe contou sobre as próximas núpcias de seu pai .
— Uau.
— Ai! Isso doí. Tudo bem, você ganhou, mas precisa ser um
usuário responsável do Google. Você não iria pesquisar o cara o tempo
todo que você estava namorando, e agora, aqui você está ficando
— Sim, bem, eu deveria ter feito isso mais cedo. Ele estava
namorando ela há mais de um ano. Ela está em quase todas as fotos
dos paparazzi. Olhe para esta aqui. — Ela apontou para a tela onde
Brecken estava em um terno de carvão com um braço enrolado em volta
da cintura pequena de Nádia. — Isso foi tirado apenas uma semana
antes do meu aniversário.
Claro que ele fez. Foi tudo o que ela disse que os oito milhões de
vezes que ele perguntou como ela estava indo desde a noite em que
Brecken tinha saído.
Seu comentário a fez pensar em Brecken. Soou como algo que ele
diria.
Ela não queria nada mais do que ficar de mau humor com um litro
de sorvete e reality shows, mas desistir e ficar deprimido era como
deixar Nádia ganhar. Ela se recusou a deixar aquela mulher ganhar
mais nada.
Sua atenção foi para dentro e para fora quando ela se sentou,
sorrindo e assentindo, mas perdeu em seus próprios pensamentos.
Balançando a cabeça, ela tentou concentrar toda a sua atenção em
Michael e Carrie. Eles realmente eram um casal fofo. Michael gostava
dela como fazia com todas as mulheres, fazendo-a sentir como se o
mundo inteiro girasse em torno dela, e Carrie devorou a atenção, seu
sorriso de orelha a orelha nunca deixou seu rosto.
Quando ela estava prestes a lhe dizer que Nádia tinha apostado em
Brecken e que ela deveria estar com ele e não com o dublê, o garçom
parou para deixar o cheque.
— Tudo bem, tudo bem, — disse ela, soltando o braço uma vez que
estavam fora.
— Braxta o que?
Sua mão voltou para seu estômago, e ela olhou para baixo,
respirando lenta e profundamente. — Eu acho que talvez eu deva sentar
por um momento.
— Você diz isso agora, mas quando esse anjinho sair, você estará
cantando uma música diferente.
— Eu sei que você não vai gostar disso, mas acho que Michael está
certo. Você está descontando na pessoa errada. Eu não gosto mais da
garotinha do que você, mas ela é quem ela é. Brecken é aquele que
estragou tudo, não ela.
— Estou animada por você. Mal posso esperar para conhecer meu
amiguinho, — disse ela, falando com a barriga de Sylvie.
Ela olhou para Sylvie, imaginando o que no mundo lhe dava essa
ideia. — Minha bolsa acabou de estourar.
5 de novembro de 2013.
Querido filho,
Eu ouvi que você finalmente fez isso, começou sua própria empresa.
O jornal local tem coisas boas a dizer sobre você e sua visão para o
futuro do software. Eu não tenho certeza do que tudo isso significa, mas
estou muito orgulhoso de você. Sua mãe ficaria orgulhosa também. Você
excedeu todo sonho que ela teve para você. Eu, bem, eu acho que eu
realmente só tive um sonho para você desde que você saiu de casa, que
você encontraria a felicidade. Não tenho certeza se você encontrou isso ou
não. Tenho certeza que os outros verão a sua foto no jornal e acham que
significa que você tem tudo o que você sempre quis, mas eu o conheço
melhor. Eu era esse homem. Eu tinha tudo que sempre quis, uma casa,
uma esposa, um trabalho que eu amava, mas carreguei os erros do meu
passado comigo de uma maneira que era difícil de se livrar e me permitir
ser feliz.
Com sorte, isso não mancha suas lembranças dos bons momentos
que tivemos. Houve dezessete anos de felicidade, onde me permiti
acreditar que as coisas tinham funcionado exatamente como deveriam.
Eu acho que você acha que foi míope, sabendo o que você sabe
agora, mas eu vi a verdadeira felicidade pairando diante de mim, e em
vez de questionar isso, eu agarrei e segurei o mais perto que pude.
Amor,
Então, ele viu o que precisava ser feito. Ele estava pronto para
seguir em frente com sua vida e tentar salvar o que sobrou de seu
relacionamento com Henry. Ele era a única família que ele havia
deixado.
22 de outubro de 2017.
Querido filho,
Eu sinto sua falta. Eu tenho todos os dias desde que você saiu de
casa. Eu não culpo você e estou orgulhoso do que você realizou. Espero
que esteja feliz e espero que tenha encontrado a paz. Se você não tem e
você está lendo isso agora, então saiba que eu encontrei a minha.
Isso não significa que eu goste, e isso não significa que eu não me
arrependa das decisões que me deixaram um velho sozinho em uma casa
grande e vazia. Mas estou em paz.
Sua mãe foi minha heroína. Deus descanse sua alma, ela era a
mulher mais valente e forte que já conheci. Eu a amava no minuto em que
a vi. Ela estava de pé atrás do balcão da loja de comida de seu pai
quando eu entrei pela porta, e meu coração caiu no chão. Seu cabelo
estava solto nas costas e quando ela se virou, nossos olhos se
encontraram, e eu nunca mais fui o mesmo. Eu não a merecia então, e eu
não merecia o jeito que ela ficava ao meu lado todos esses anos, mas eu
não sou bobo. Eu sabia, mesmo assim, que sorte eu tinha.
É raro encontrar uma mulher que o ame e aceite para a pessoa que
você está no fundo de seus ossos. Ela fez. Ela viu as partes mais escuras
de mim e me amou de qualquer maneira.
Ela me deu tudo que era bom neste mundo, e sem ela, parece que
não consigo encontrar o mesmo gosto pela vida. Se a morte não me
trouxer mais nada, espero que me leve de volta para ela.
Amor,
Amor.
— BRECKEN! Abra a maldita porta. Eu sei que você está aí. — Nem
a batida na porta ou a voz irritada de Tina o perturbaram. Cobrindo os
olhos com um travesseiro, ele bloqueou o sol da tarde entrando pelas
janelas e voltou a tentar dormir um pouco. As batidas cessaram e ele
relaxou, satisfeito por Tina tê-lo deixado quando ele rolou de lado no
sofá.
— Que porra é essa? — Ele trancou os olhos com Tina, que estava
de pé sobre ele, segurando o travesseiro e par— ecendo pronta para
bater nele com ele.
— Merda.
— Sim, precisamente.
Tina sorriu e assentiu. — Sim, eu disse a ele que você foi levado
para uma emergência, mas que nós o encontraríamos para um almoço
tardio, — ela virou o pulso e olhou para o relógio, trinta minutos.
Ele cambaleou e pegou suas roupas. Quando foi a última vez que
ele tomou banho ou mudou de roupa? — Dê-me quinze minutos.
Vinte minutos depois, ele estava vestindo seu terno, o que ele
usava na noite em que conhecera January. Esperançosamente, seria
um amuleto de boa sorte como naquele dia.
Tina se levantou e eles foram até a porta. Ele abriu-a para ela e ela
saiu para o corredor. — Isso significa que eu posso dizer pelas bolsas
sob seus olhos e pelo triste olhar em seu rosto que você ainda está uma
bagunça por dentro, independentemente da maneira como você
preenche a roupa.
— Não tenho certeza. Algo sobre oitenta por cento dos homens
desmaiando quando veem a agulha para a epidural.
Ele parou de andar e olhou para cima, seu rosto ficando pálido.
— Ela vai ficar bem. Sylvie é um soldado. Você deveria tê-la visto
no caminho para hospital. Legal como um pepino.
— Ele está passando por alguma merda agora. Dê-lhe algum tempo
para descobrir.
Seu rosto deve ter dito tudo porque Bob riu, segurando a porta
aberta para eles. — Martin e eu estávamos jogando squash no YMCA
quando ele recebeu a ligação.
— Uau, alguém está pulando de volta, — disse ela com uma risada.
— Você realmente acha que o Dan vai fazer isso? Comprar sua empresa
é um grande passo, você está pronto para isso?
— Eu não faria isso se não fosse. Vou checar mais tarde, disse
Brecken antes de entrar no carro e entrar no trânsito.
— Oi. — Sua voz era um som bem-vindo quando ela deu a volta no
corredor que os separava, e ele deixou-a pairar no ar um momento
antes de responder.
— Eu devo ir.
Ele assentiu, incerto de como ela reagiria se ele pedisse para ela
ficar.
O jeito que ela disse o nome dele o fez querer gritar. Ela disse isso
tão formalmente. Nenhuma das brincadeiras foi deixada.
— Janta comigo?
— Que ele sentia muito e sentia minha falta. Que ele me amava, —
disse ela mais baixinho.
— Eu entendo, mas você está pedindo para ele ser algo que ele não
é. Nádia está grávida e ele vai ser pai de seu filho, então o que você quer
não é algo que você possa ter.
— Você já sabe a resposta para isso. É por isso que você está tão
zangada. Você está bufando como se estivesse chateada com ele ou com
Nádia, mas realmente está chateada consigo mesma por desejar que
fosse você.
— Sim, mas primeiro eu preciso ligar e checar com meu pai. Hoje é
o casamento dele. Ela se levantou, levando o garfo com ela quando se
aproximou da porta.
Ele gritou e pulou para fora do caminho. — Foi uma pi— ada.
— Uma muito ruim, — ela disse, mas ainda riu, apesar de sua
melhor tentativa de não rir.
Ela empurrou. Talvez porque ela sabia que não havia nada a
perder, ou talvez porque ela queria vê-lo se contorcer um pouco por
tudo que ele havia feito. — Vamos. Ele não vai morder. — Ela se
aproximou de Brecken, ignorando o cheiro da sua lavagem do corpo e
do jeito que seu corpo vibrava com eletricidade sempre que ele estava
perto.
— Seja bem-vindo.
— E quanto a Nádia?
Seu rosto endureceu. — Ela não estará lá. Eu estava errado sobre
ela. Sobre você. Sobre tudo isso. Eu não deveria ter te empurrado. Você
virá?
— Eu não acho que seja uma boa ideia, Brecken. — Ela queria
dizer sim. Ela quase já tinha terminado de perguntar a ela, mas quanto
mais ele falava, mais incerta ela estava.
— Porque?
— E eu de você.
Ela riu e voltou sua atenção para Henry. — Ouvi dizer que você
está de volta para sempre e assumindo o rancho.
— Sim, agora tudo que eu preciso é uma mulher para casar e ter
meus filhos. Tem alguma amiga solteira?
— Essa foi a ideia. — Ele puxou-a para mais perto contra seu
corpo duro e se inclinou até que sua boca roçou sua clavícula nua. Ela
fechou os olhos e deixou a sensação se espalhar por seu corpo. O tempo
sem o seu toque a deixara necessitada e vulnerável.
Ela ficou fora do centro esta noite, em vez disso, mudou-se para o
canto mais distante entre a parede dos fundos e a multidão de pessoas
movendo seus corpos no ritmo da música.
Ela curvou um dedo para ele se juntar a ela, mas ele balançou a
cabeça, sem se mover. Determinada, ela usou a parede para sua
vantagem, dançando contra ele, onde ele não tinha mais para onde ir.
— Tudo o que você tem que fazer é ficar lá, garanhão, — ela
chamou a música.
Com as duas mãos na parede acima de sua cabeça, ele moveu seus
quadris, imitando seus movimentos de momentos antes, em seguida,
esmagando seu corpo contra o dela. Ele se enterrou nela, atingindo o
local que estava doendo sem ele. Círculos lentos e movimentos bruscos
Uma mão caiu para a coxa dela, subindo e descendo pelo vestido
até que os dedos dele roçaram a costura da calcinha.
Ela desabou, movendo seu corpo para lhe dar melhor acesso.
Depois de dar o último passo para a área VIP, ela deu uma
segunda olhada na bela e nova adição que estava casualmente sem
equipamento de cowboy. — Oh meu Deus, Timothy. O que você está
fazendo aqui? — Ela começou a dar um passo à frente para abraçá-lo e
Ele ligou as mãos e puxou-a contra ele. — Eu sei. Eu não sei o que
dizer, exceto que sinto muito. Eu juro que nunca farei nada para te
machucar novamente. Eu te amo. De agora em diante, serei um perfeito
cavalheiro.
Porra. Ele a levou de volta ao seu lugar, apenas para dar um tapa
no rosto dela com lembretes de Nádia.
— Não, — ela disse um pouco alto e virou a cabeça para trás para
encontrar seus olhos. — Está bem. Você vai ser pai. Se vamos fazer
isso, então preciso me acostumar com isso.
— O que?
Ele balançou sua cabeça. — Eu acho que fiz isso comigo mesmo.
Pedi-lhe para morar comigo e ela saiu como um morcego do inferno.
Seu estômago queimava com a lembrança.
— Para sempre, embora? Você pediu a ela para morar com você
para sempre e não como um arranjo temporário?
Ele assentiu. Claro para sempre. Ele não estava brincando. Se ela
desse a ele a chance, ele não a deixaria ir novamente.
Merda. O compromisso que ele exigiu que ela fizesse, e ele nem se
lembrava. — Obrigado, disse ele, saindo pela porta. Ele checou sua
agenda em seu telefone e dirigiu Edward ao consultório do médico a
alguns quarteirões de distância.
— Ela está com o médico agora. Deixe-me ter uma das enfermeiras
para acompanhá-lo.
— O que você quer dizer, por que eu vim? — Sua voz subiu com
cada palavra. — Eu sou o pai, Nádia. Eu te disse que estaria aqui por
você.
— Brecken. . .
Ela balançou a cabeça para cima e para baixo e limpou o nariz. Ele
se virou, caminhando com o propósito para fora do quarto e pelo
labirinto de escritórios.
— Eu sei que deveria ter ligado, — disse ele, mas ela jogou os
braços ao redor de seu pescoço, e sua voz sumiu.
— Abra.
A mãe dele.
O pai dele.
— É perfeito. Obrigado.
— Acho que talvez a parte mais difícil de ler seus diários fosse
encarar o quanto eu era egoísta. Eu posso não ter gostado de suas
decisões, mas eu deveria ter voltado mais cedo e feito as pazes com ele e
com ele enquanto ele ainda estava vivo. Agora eu nunca terei essa
chance. Eu não quero mais ter arrependimentos. Especialmente não
com você. Eu também te amo muito para deixar qualquer coisa entre
nós. Nós vamos tomar este novamente , fazer certo desta vez.
— Eu vou para o rancho para ver Henry esta tarde. Quer vir?
— Olhe para mim, — disse ele em voz suave, uma contradição com
a maneira como seu corpo se movia.
Ela encontrou os olhos dele e neles viu amor. Mais amor do que ela
jamais imaginou ser possível. Ela manteve os olhos abertos pelo maior
tempo que pôde, observando a maneira gloriosa como o rosto dela
mudava quando o orgasmo se aproximava. Então a magnitude de seu
clímax forçou seus olhos a se fecharem. Seus gemidos vieram, seguidos
pelo doce som de seu nome em seus lábios.
— Quero dizer… eu não amo o fato de que Nádia sempre será parte
de sua vida, mas sim. O jeito que ele está tão determinado a estar lá e
ser um bom pai só me faz amá-lo mais. O homem é um berço, Michael.
Ela revirou os olhos para ele. — Não vamos nos antecipar. Ele me
pediu para morar, — o que ela tinha totalmente soprado, não havia
proposta ou conversa sobre bebês. Apenas dizendo as palavras colocam
borboletas em seu estômago. É para onde eles estavam indo? Ele disse
amor e mencionou o futuro, mas eles nunca discutiram se casar ou ter
filhos juntos.
— Oh sim? Parabéns.
Ela não cometeria esse erro duas vezes, ela prometeu. Da próxima
vez ela estaria pronta. As maneiras são condenadas.
Ele chamou sua atenção e avançou. Droga. Ela queimar cada naipe
que tinha para vê-lo vestido daquele jeito todos os dias.
— O que você está vestindo e por favor me diga que você tem mais?
— ela perguntou quando eles estavam do lado de fora.
Ela ficou congelada e a única coisa que registrou em sua mente foi
que Nádia não estava grávida. Ela mal ouviu uma palavra depois disso.
— Eu sinto muito, — disse ela, sem saber o que a coisa certa era
dizer em tal situação.
— Os seis de nós?
— Eu, você e as quatro crianças que vou lhe dar assim que você
disser sim.
— Eu tenho certeza que a palavra 'pau' não deve ser parte de uma
proposta de casamento.
— Isso é tudo que você tem a dizer? Estou suando balas por aqui,
mulher.
— Uma condição, — disse ela, seu coração batendo tão alto que
mal ouviu suas próprias palavras enquanto falava.
— Mais disso, — disse ela, acenando com a mão para cima e para
baixo na frente dele. — Eu quero o Mister Cowboy pelo menos uma vez
por semana.
Sua mãe diz que este verão foi mais quente que uma pimenta
fantasma. O verão mais quente já registrado, na verdade. Você com
certeza vai ouvi-la reclamar sobre o quão quente foi o ano em que você
nasceu, então estou apenas avisando agora.
Amor,