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Wife for Hire

Christine Bell

Sinopse:

Ele precisa de uma esposa por três semanas...

Owen Phipps está planejando uma vingança. Sua missão? Expor o homem que
roubou dinheiro e dignidade de sua irmã. Tudo o que ele precisa é de uma —
mulher — que possa jogar junto. Pena que sua última esperança é uma atriz que
tenta maça-lo com perfume, quando ele oferece a ela o papel de uma vida.

Lindy Knight é uma pessoa demais. Ela ama demais, sente muito profundo, e
muitas vezes encontra-se dizendo que sim, quando ela deveria estar dizendo —
Deixe-me pensar sobre isso. — Ela não consegue acreditar em sua sorte quando
Owen lhe oferece dinheiro mais do que suficiente para se manter até que ela possa
encontrar um emprego. Três semanas em um resort, o dinheiro que ela precisa
desesperadamente, e ela poder ajudar a trazer um criminoso à justiça? Com
certeza!

Parece bastante fácil até a primeira vez que um jogo de ligação casais vira íntimo, e
eles percebem o quão perigoso sua atração mútua poderia ser. Eles podem manter
suas mãos para si tempo suficiente para encontrar as provas necessárias para
Owen? Ou é mais tentação do que eles podem lidar?
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Julho/2013
Proibido todo e qualquer uso
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VOCÊ FOI ROUBADO.


Cantinho
Escuro dos Livros
L indy Knight olhou para a

montanha de penas e de pedaços de algodão que costumava ser seu


sofá e tentou não chorar. — Melba? — Ela chamou, esperando que o
desespero que sentia não fosse evidente em sua voz.

— Sim, querida? — Melba veio do canto da cozinha, coberta de


molho, a colher de pau ainda na mão. Ela parou. — Santo Toledo,
está nevando aqui! Existe um buraco no telhado? — Ela treinou seu
olhar azul leitoso para o teto.

Lindy sugou uma respiração pelo nariz e soltou lentamente pela


boca, como aquela senhora no vídeo de yoga. — Isso não é a neve.
Esse é o sofá.

A velha chegou mais perto e se abaixou, olhando para a


bagunça, pingando marinara sobre o tapete creme colorido. — Huh.
Bem, vou ver.

— Parece neve. — Ela se endireitou e deu de ombros. — Pensei


que tinha um buraco no teto. Isso é bom, pelo menos.

Isso foi bom, porque um sofá novo custa menos que um novo
telhado. Mas quando a poupança de uma vida somada com um olhar
no extrato da conta que ela estava lendo quando entrou na casa era
de 263 dólares e 11 centavos, esse cenário não era exatamente o
ideal.

— Onde estão os filhotes?

— Na cozinha comigo. Vamos fazer nhoque. — Um sorriso


encantador se espalhou pelo rosto de Melba fortemente alinhado, e
Lindy não podia deixar de devolvê-lo.

Não havia dúvida de que ela queria o bem e queria ganhar seu
sustento. Não era culpa dela que as tentativas invariavelmente saiam
pela culatra.

— Nós temos que ter certeza de manter a porta fechada, ok,


Melbs? Não coloque os filhotes na sala de estar, a menos que eu
esteja em casa. — Lindy disse gentilmente. — Estou indo ler as
correspondências e limpar essa bagunça. Estarei de volta para ajudar
com o jantar, logo que termine.

— Sem problema. Nós terminamos de qualquer maneira. Estou


no meu caminho para St. Mike, e não se preocupe com a condução de
Fanny. Vou colocar o molho no quente para você. Até mais tarde. —
Melba gorjeou, retornando para a cozinha.

Desde o incêndio na última casa, ela não deveria cozinhar


quando ninguém estivesse em casa, mas Lindy precisava escolher
suas batalhas. Pelo menos o seu vizinho tinha oferecido levar Melba
para a igreja toda sexta à noite para o bingo. Ela não tinha forças
para discutir com idosos ao ficar atrás do volante. Tinha sido uma
semana difícil e ela queria acabar com isso. Talvez depois do jantar
ela se enrolasse com um bom livro.

Ela estava folheando as correspondências, a maioria eram


contas, quando o celular soou as primeiras linhas de “Push It”, de
Salt-n-Pepa. Normalmente a música a animava.

Ela foi duramente pressionada para lembrar-se de um tempo


que não resultou em alguma pressa para pegá-lo, mas hoje ela queria
lançar o telefone no lixo. Ela vasculhou a bolsa e puxou-o para fora
na mesma hora que foi para o correio de voz.

Uma chamada perdida.


Impressionante. Mal, provavelmente, com outra de suas idéias
loucas. Ela enfiou o telefone de volta em sua bolsa sem uma segunda
olhada e abordou a difícil tarefa de limpar os restos de seu sofá.

Demorou quase uma hora, três sacos de lixo e quatro viagens


para as latas de lixo para fora na frente, mas no momento em que
terminou, a sala parecia razoavelmente limpa.

E extremamente vazio, ela notou com uma pontada de


desespero. Ela cortou essa linha de pensamento antes de se tornar
uma locomotiva real, e afundou para uma fresta de esperança. Agora
tinha uma desculpa para redecorar e gostava dos projetos de
inspiração indiana. Seria o momento perfeito para encontrar um
tecido brilhante no brechó e costurar quatro almofadas de assento
lindos para combinar com a mesa de café. Ela ia olhar alguns padrões
e ideias on-line antes de dormir.

Uma batida afiada na porta a tirou de seus pensamentos. Ela


espiou pelo olho mágico e engasgou. O homem em sua varanda era o
mais lindo que já viu. Mesmo distorcido pelo vidro curvo, seu rosto
era uma obra de arte. Lábios cheios, firmes empoleirados acima de
um queixo quadrado, cobertos com as maçãs do rosto angular e uma
barra de um nariz que o impedia de olhar muito feminino. Cabelos
pretos, olhos cinzentos escuros que foram atualmente bloqueados
com ela fixada no olho mágico, e encheu-se de exasperação.

— Olá? — Ele chamou.

— Olá. — ela repetia em silêncio.

— Pode... Posso entrar, ou? — O tom parecia reservado para


crianças ou imbecis e estava em desacordo com o melodioso, quase
sotaque-canção, irlandês. Ela se irritou, apesar do sotaque delicioso,
empurrando seus pensamentos de excelente aparência de volta.

— Eu não tenho certeza. Quem é você? — Disse, cruzando os


braços sobre o peito. Ela descruzou-os quando percebeu que ele não
podia ver seu gesto combativo. Em vez disso, estreitou seus olhos
espreitando, desconfiada, no caso dele se inclinar para olhar.

Alto, moreno e bonito suspirou profundamente. — Owen Phipps.


Temos um compromisso.
Ela fez um resumo mental de sua agenda e fez uma careta. Eles
tinham um compromisso. Para um trabalho, não menos, e isso
claramente não era o melhor jeito de começar. Se não fosse o
maldito... Bem, tudo hoje, ela teria lembrado com certeza. Comparado
com todos os outros anúncios procurados que tinha respondido, este
era excêntrico e se destacou como um polegar gangrenoso. Ela tinha
encontrado no Craigslist1 quando procurou a seção totalmente por
acidente. No topo da página tinha um pequeno estranho anúncio de
Mr. Phipps.

Procuro: Mulher atraente, idade 25-35, com alguma


experiência necessária para a atuação de três atos semanais, a
partir de 25 de janeiro. Não é necessário que seja uma
personalidade famosa de TV/Cinema O pagamento é uma taxa fixa
de US $ 20.000 por três semanas consecutivas, com disponibilidade
24x7. Deve estar disposta a viajar. Owen79@comrex.net, mandar e-
mail para marcar uma entrevista.

Ela realmente bufou uma risada quando viu o anuncio pela


primeira vez, mas por algum motivo releu de novo, enquanto
recalculava. Ela fez a matemática rapidamente em seus dedos, um
milhão de mudanças no restaurante para fazer 20 mil. Essa
quantidade de dinheiro poderia tirá-la do buraco e pagar sua hipoteca
por um ano. Com uma velhinha e sete filhotes contando com ela,
cartões de crédito a rebentar pelas costuras, e tudo de valor já no
prego2, ela era ameixa de idéias brilhantes. Eles tiveram oito semanas
antes do banco chamar. Se o desespero realmente tinha cheiro, ela
tinha cheiro agora.

Então ela enviou o e-mail. Para sua surpresa, ele não respondeu
pedindo-lhe para enviar o seu número de segurança social ou um
cheque para garantir a posição. Nem tinha lhe pedido para enviar
uma foto de seus seios. Não, em vez disso, ele pediu-lhe uma lista de
qualificações e referências, que ela forneceu. Ainda assim, quando ele
contatou perguntando se eles poderiam se reunir em sua casa para

1
Classificados na internet com todo tipo de anuncio, desde empregos, venda de objetos, até anúncio de
acompanhantes.
2
Expressão usada quando se penhora bens como jóias, ao banco, em troca de dinheiro.
uma entrevista, ela hesitou. Embora não houvesse indícios evidentes
de psicose em sua correspondência de e-mail, as chances ainda
tinham que ser muito boas que ele era ou o trabalho de um louco ou
um golpista.

Quando ela estava prestes a apagar seu pedido sem resposta,


seu irmão, Mal, telefonou do escritório do veterinário onde ele tinha
ido pegar Melba.

Melba tinha tentado ligar no telefone celular de Lindy mais cedo


porque Atchim tinha engolido a metade superior de um garfo de
plástico, mas Lindy estava no meio de uma mudança. Quando
ninguém respondeu, Melba tinha tomado um táxi até a clínica
veterinária de emergência em Mount Vernon, uma vez que a clínica
veterinária que a atendia regularmente estava fechada.

Até o momento Mal a trouxe para casa, Melba estava segurando


o cachorro se contorcendo e uma nota de 400 dólares e aconselhada a
procurar os estilhaços dos garfos de Atchim. Lindy depois encontrou o
pedaço de plástico no chão onde estava, provavelmente, o tempo todo.

Ela estava orgulhosa de si mesma, porém não teve um colapso


mental. Em vez disso, ela explicou que compreendia seu desejo de
privacidade, mas, como uma jovem mulher sozinha, ela se sentiria
mais confortável em sua própria casa, talvez com seu irmão na sala
adjacente.

Sua resposta foi quase instantânea. Ele concordou e elogiou sua


vigilância.

Eles marcaram um encontro para a semana seguinte uma vez


que ele estava fora da cidade a negócios. Ela estava bastante certa de
que ele estaria tentando se esquivar do encontro uma vez que ela se
recusou a ir para sua casa. Ela estava errada.

Mas lá estava ele.

E aqui estava ela.

Sozinha.

Ela se preparou e colocou a mão na maçaneta. Nenhum ponto


de pô-lo fora. Se ele a sequestrasse, pelo menos ela não teria que se
preocupar mais com a hipoteca. Ela passou a mão pelo cabelo
desgrenhado e colocou um sorriso capaz de melhorar a aparência em
seu rosto. Depois de uma verificação de fôlego, ela abriu a porta,
deixando entrar uma rajada de ar frio.

— Olá, Sr. Phipps. Pode entrar

— Por favor, chame-me de Owen. — Ele pediu. — Ooh-um. — e


ela reprimiu um desmaio.

— Owen, então. Peço desculpas por fazer você esperar no frio.


Foi um dia agitado e acho que perdi a noção do tempo. — Em seu
nervosismo, ela tinha adotado algum tipo de sotaque estranho,
transcontinental como as atrizes em um daqueles filmes da década de
50, que assistia nas tardes de domingo. Suas bochechas queimaram
com seu olhar intrigado e ela abriu mais a porta para deixá-lo entrar

— De onde você é? — Perguntou ele, as sobrancelhas


levantadas. Ele era ainda mais alto do que percebeu pelo olho mágico
e parecia ter uma enorme quantidade de espaço quando ele passou
por ela, no hall de entrada.

— Aqui. Quer dizer, Westchester.

Ele inclinou a cabeça, mas estreitou os olhos. — O seu sotaque


soa como... em outro lugar.

Ela forçou uma risada. — Desculpe, eu tenho uma audição para


uma produção próxima de teatro comunitário e estou fazendo alguns
testes. — A mentira rolou de sua língua antes que ela pudesse detê-
la, e se encolheu. Ela detestava mentir, mas esse cara tinha-a
totalmente fora de seu jogo. Além disso, a chance minúscula era uma
oportunidade de trabalho real, a última coisa que ela queria era ser
presa falando como Myrna Loy no próximo mês.

— É mesmo? Que produção?

Pego de surpresa com a pergunta, ela destroçou seu cérebro por


uma resposta.

— Os Monólogos da Vagina.
Ele a prendeu com um olhar vazio. Ela não o culpava. O que
havia para dizer? Ele estava obviamente na companhia de uma idiota
dizendo besteiras. Ela lutou contra o desejo fútil de encontrar um
espelho e ver se seu rosto estava literalmente em chamas.

Ele limpou a garganta antes de falar novamente. — Vamos


sentar e depois talvez discutir a posição e as suas qualificações?

Agora era a sua vez de olhar. Que tipo de homem ainda


consideraria a contratação de uma pessoa como ela, quando sua
interação limitada tinha sido nada, além de estranho? O pensamento
enviou as borboletas no estômago e ela deu alguns passos hesitantes
em direção à sala de estar. Era isso, o ponto fulcral em todos os
filmes de terror, o que sempre tinhas as personagens gritando: —
Não, deixe-me seu idiota! — Na tela. E ainda assim, ela continuou
andando. Certamente, um cara bonito que poderia ter uma menina
para viver em seu porão, numa gaiola, apenas por perguntar, certo?
Não há necessidade de ir à caça de uma. Além disso, 20 mil dólares
era muito dinheiro. Ela não estaria recuando até que tivesse certeza
de que não havia nenhum trabalho real. Talvez pudessem colocar isso
em sua lápide. Não recuou... e pagou o preço final

Resistindo ao impulso de genuflexão, ela soltou um suspiro


mártir. — Por favor, sente-se. — disse ela, apontando para o sofá, que
não estava mais lá.

Apertando os olhos fechados, ela engoliu um gemido. Ela


realmente achava que o dia não poderia ficar pior? Como divertido. —
Eu esqueci. Meu sofá foi comido. Talvez devêssemos ir à cozinha.

Ela correu por ele, disfarçadamente agarrando sua bolsa quando


ela passou. Se o pior viesse, talvez ela tivesse como fazer uma ligação
de seu celular, ou no mínimo, ser capaz de conseguir um bom
balanço com a bolsa. Se ela batesse nele, porém, ela apontaria para
estômago. Seu rosto era muito bonito para a ruína. De onde veio isso?
Ele ainda não a tinha raptado ainda e ela já estava sucumbindo à
síndrome de Estocolmo. Que não augura nada de bom para ela. Se o
Sr. Owen Phipps era real, e por algum milagre ela conseguisse esse
trabalho misterioso, como poderia parar de cair loucamente,
completamente em luxúria?
Owen assistiu sua anfitriã um pouco estranha, quase em transe.
O anúncio que ele colocou foi reconhecidamente um pouco
enigmático, por isso foi preparado para encontrar loucos. Ainda
assim, as respostas tinham sido tão estranhas que ele se perguntou
se tinha deslizado através de um espelho em algum lugar. Lindy
Knight tinha sido sua última esperança. Depois de algumas
perguntas nas trocas de e-mail, ele tinha sido cautelosamente
otimista, mas esse otimismo foi desaparecendo rapidamente. Os
Monólogos da Vagina, de fato.

Tempo para determinar se ela era uma mentirosa compulsiva,


ou se toda essa loucura foi o resultado de um caso de nervosismo. O
último ele pode trabalhar.

O anterior era inaceitável. Ele não podia suportar os impostores.

Lindy abriu a porta da cozinha e foi imediatamente cercada por


um bando de filhotes cor de gengibre se contorcendo. Eles quase a
derrubaram, mas ela conseguiu se agarrar a bancada e recuperar o
equilíbrio.

— Jesus, quantos cães você tem?

Ele sabia que seu tom beirava incrédulo, mas a compostura


infame parecia ter abandonado.

— Sete. Eu não vou mantê-los. — disse ela, curvando-se para


coçar atrás das orelhas e cabeças. — Eu estou... guardando-os.

— Guardando-os para o que?

— Você sabe, até encontrar-lhes casas. — Ela encolheu os


ombros.

— Onde estão os pais? — Ele perguntou, olhando o quarto


minúsculo para a evidência de animais maiores.
Ela hesitou, franzindo os lábios carnudos. — Isso é complicado.

— Você está acolhendo um monte de cachorro aqui ou algo


assim? — Perguntou ele, estranhamente desapontado. A mulher era
provavelmente uma maluca de qualquer maneira, e cadê o falso
sotaque quando ele chegou e seu comportamento estranho. Então,
por que incomodava a ele que ela fosse capaz de algo tão repugnante?

Talvez fosse o rosto de querubim, ou os olhos bem azuis


emoldurados pelo corte de cabelo pixie3 que a fazia parecer quase
uma fada.

Aqueles olhos se revolta com ele agora. — Não! Claro que não.
Eu salvei-os. Eu respondi a um anúncio no jornal, porque eu sempre
quis ter um golden retriever. Quando fui lá, eu não poderia deixar o
resto. Então, peguei todos eles. Para guardar. Eu só não tive a
oportunidade de encontrar boas casas ainda. Eu pedi meus amigos
para me ajudar a encontrar lares, então, muito em breve, eles terão
ido embora.

Um dos filhotes, mais gordinho do que o resto, deixou-se cair em


seu pé. O aborrecimento sumiu de seu rosto e ela sorriu. O sorriso
iluminou-a de uma forma que lhe deu o impulso para se aproximar e
absorver o calor. — Vamos agora soneca. — Ela pegou o filhote com
um bocejo. — Esse é o que estou mantendo. — ela sussurrou, e
pressionou o dedo indicador aos lábios.

— Eles são em homenagem anões de Branca de Neve?

— Principalmente. Temos Soneca, Atchim, Doutor, Dengoso,


Zangado, Feliz, e Steve. — No seu olhar questionador, ela encolheu os
ombros novamente soltando a voz baixa. — Nós não queríamos
chamá-lo de Dunga. Poderia prejudicar sua autoestima.

Ele acenou com a cabeça, incapaz de chegar a uma resposta


apropriada para isso.

Ela virou-se para levar os filhotes para um cercado grande que


ocupava a maior parte da cozinha. Uma vez que eles foram abrigados
em segurança, ela apontou para a mesa.

3
Corte de cabelo bem curto
— Posso pegar seu casaco, e você pode sentar. Gostaria de algo
para beber? Eu tenho água mineral, café e chá. Há também nhoque
no fogão, se você estiver com fome.

Apesar de suas palavras serem casuais, ela agarrou a bolsa. O


que ela tem nessa bolsa para ser tão protetora? Ele manteve os olhos
na bolsa e respondeu. — Vou deixar o meu casaco aqui. E não,
obrigado, pela comida. Eu estou bem. — Logo quando ele tirou seu
casaco, o aroma picante de alho e tomates o acertou, e seu estômago
roncou.

Ela deu aquele sorriso novamente. — Você tem certeza? Parece


que seu estômago não concorda.

Irritado consigo mesmo por ter sido sugado por um rosto bonito
e seu estômago traidor inoportuno ele deu uma sacudida de sua
cabeça firme. — Eu não tenho muito tempo, nós também podemos...?
— Ele colocou seu casaco nas costas da cadeira e em seguida,
colocou sua pasta sobre a mesa, olhando-o intencionalmente.

— Com certeza. — A cautela estava de volta, e ela manteve a


mão em seu bolso quando se sentaram em frente um do outro.

Quando seus dedos foram para o gabinete em sua pasta, ele


notou que ela moveu-se para agarrar os lados da bolsa. Ele abriu a
trava e com seu olhar fixo em sua mão, ela desfez o fecho da bolsa.
Ela estava imitando seus movimentos. Que estranho. Ele parou por
um momento e depois abriu sua maleta para olhar dentro. Com
certeza, ela seguiu o exemplo, facilitando-lhe a mão em sua bolsa.
Fascinado, ele mexeu-se para retirar o maço de papéis, mas antes que
pudesse, ela soltou um grito e puxou para fora um pacote de chicletes
Wrigley.

Ambos encararam a goma entre eles. — Srta. Knight?

— C... chame-me de Lindy, por favor. — Ela enfiou-a em direção


a ele e ao pacote de quase bater seu nariz. — Chicletes? — ela chiou.

Ele balançou a cabeça, confuso. — Não, obrigado. — Bom senso


disse que ele deveria ir e esquecer os últimos minutos como uma
perda, mas, considerando o conjunto de candidatos que teve que
entrevistar, ela não estava nem perto do pior. O mais estranho?
Talvez. Mas ela era atraente. Ela alegou alguma experiência de atriz.
Talvez ela pudesse agir um pouco menos estranha, o que seria
melhor.

Ah, bem. Mais meia hora não ia matá-lo.

Ele puxou os papéis de sua pasta e colocou-as sobre a mesa


entre eles. Os olhos arregalados de Lindy se encheram de alívio e ela
caiu para frente.

Deixando escapar um longo suspiro, ela lançou um aperto em


sua bolsa. O que ela estava esperando, uma serra?

— Por que você não me conta um pouco sobre você? Seu


currículo indica que teve alguma experiência com o seu
empreendimento passado. O...

Ele olhou para a folha na frente dele. — Brothers Grim?

Suas bochechas brilhavam uma máscara bonita de rosa, e ela se


contorceu em seu assento. — Bem, não foi realmente um
empreendimento. Quando o mercado imobiliário deu um mergulho e
não poderia vender nenhuma casa, eu tinha que olhar para outras
opções acima da recessão. Gosto de trabalhar para mim mesma, para
que eu possa pôr minha visão sobre a criação de um nicho de
negócio, algo pequeno e diferente que eu poderia trabalhar, talvez um
tempo parcial.

Ele assentiu encorajando. Seu processo de pensamento fez


muito sentido. Um bom sinal.

— Eu andava em torno de fazer listas de coisas que faria minha


vida mais fácil na esperança de tropeçar na próxima boa ideia, como
Google ou post-it ou algo assim. Foi quando eu vim com The Brothers
Grim. Toda a minha vida, eu sempre tive dificuldade em ferir os
sentimentos das pessoas. Uma vez eu namorei um cara por três
meses porque eu não podia romper com ele. Um cara legal e tudo,
mas... úmido, você sabe? Como as palmas das mãos estavam sempre
frias e úmidas. Toda vez que ele me tocava, me lembrava do meu tio
Donny, assustador, e eu ficava toda arrepiada. Mas como dizer isso a
alguém? Então eu comecei a pensar que poderia contratar uma
empresa para dar más notícias para você? Necessidade de despedir
um empregado? Deixar o seu amante? Informar ao seu cônjuge que
você estava indo para a cadeia sob a acusação de fraude? The
Brothers Grim vai fazer isso por você.

Ele arregalou os olhos com força, tentando determinar se ela


estava falando sério ou não, mas ela olhou para trás com a cara
solene.

— Se você odeia dar às pessoas uma má notícia, então, por...

— Oh, Deus, não! Eu não fiz essa parte. Eu marcava com os


clientes, marketing, etc. Meus irmãos, Malcolm e Nathan, eram os
portadores das notícias. Daí o nome da empresa.

— Então, por que você parou?

Ela mudou seu olhar e soltou um suspiro. — Bem, isso é uma


espécie de longa história. Veja, em nosso último trabalho, Mal e Nate,
ambos tiveram uma indisposição de estômago terrível. Tínhamos um
contrato com um cara e ele disse que era um assunto urgente que
não podia ser adiado. Então, eu mordi a bala e concordei em fazê-lo
eu mesma, desta vez. Era para eu dizer a esposa do Sr. Nicholas
McElroy que ele estava deixando ela.

Seus olhos nadaram com lágrimas repentinas e Owen se


encontrava preso, incapaz de desviar o olhar.

— Eu vesti um terno e fui para a casa de MacElroy. Melba


MacElroy veio à porta. Ela era... — Lindy fez uma pausa, escavado em
sua bolsa, e tirou um lenço de papel. Ela soltou um golpe buzinando
muito tempo, antes de continuar. — Ela era tão f.. fofa. Esta senhora
idosa, pequena, em um roupão roxo. Eu queria fugir, mas eu tinha
um compromisso e assinei um contrato, então quando ela me
convidou, eu entrei. Expliquei que eu estava lá em nome de Nicholas,
e ele queria o divórcio. — Seus lábios se curvaram em um meio
sorriso em seguida. — Eu pensei que ela ia chorar, mas em vez disso
ela surtou. “Aquele Bastardo!” — Disse ela. — Provavelmente quer
morar com Roberta Finkelstein. Prostituta. É mais um que vai para
uma jovem indiferente. Olhe para mim, estamos casados há 62 anos e
eu sou uma estatística.
Owen percebeu que ele estava inclinado para frente em sua
cadeira por este conto ridículo, e sentou-se. — O que aconteceu
depois?

— Acabou que Roberta estava com 70 anos e era vizinha dos


MacElroy e Nicholas tinha planos de ficar um tempo com ela uma vez
que se Livrasse da pobre Melba. Longa história curta, Melba decidiu
que não ia ficar na casa um segundo a mais, então arrumou suas
coisas. Ela não tinha nenhum lugar para ir, então veio para casa
comigo. Eu fechei o negócio no dia seguinte. Não tenho coração para
isso. Foi uma má idéia desde o início. As pessoas devem enfrentar a
pessoa que está sofrendo.

A última parte deu-lhe uma pausa e fez dele um pouco


desconfortável. Sra. Knight estava fazendo sentido. Ao mover para
frente, ele esperava fazer que Nico, o vigarista ex-namorado de sua
irmã pagasse, mas ele, na verdade não estava tirando a chance de
sua irmã de enfrentá-lo por si mesma, mas quando ela estaria
pronta? O pensamento desapareceu tão rapidamente como tinha
chegado. No ritmo que ia, sua irmã nunca iria enfrentar o bastardo.
Owen tinha aconselhado-a a conseguir um advogado e pelo menos a
cara de Nico espirraria em todos os noticiários, ganhar ou perder,
mas ela não teve coragem. Alguém tinha que fazê-lo pagar.

Lindy parecia ser da mesma opinião que ele. Se uma pessoa fez
de errado, eles deveriam ter de ir até ele. Ela disse que com tal
convicção, ele se perguntou se talvez ela pudesse trabalhar com ele,
depois de tudo.

— Então o que aconteceu com a velha Melba?

Lindy deu-lhe um olhar envergonhado. — Ela deve estar em casa


em um par de horas.

Isso o deteve frio. — Espere, ela ainda vive com você?

— Uh huh. Faz apenas alguns meses. — Ela liberou o aperto da


morte em sua bolsa para passar a mão pelo cabelo curto e escuro. —
Ela não tem outro lugar para ir agora. Uma vez que o divórcio for
finalizado, a casa será vendida, ela poderá conseguir um lugar por
conta própria.
Owen beliscou a ponte do nariz para afastar a dor de cabeça
que estava em torno de seu crânio, incomodando por toda a manhã.
Até agora, ele estava golpeando mil. Após duas semanas de
entrevistas, que ele conheceu nada além de loucos, e pessoas que
estavam no país ilegalmente. Era como uma versão distorcida de “Os
Doze Dias do Natal”, exceto que sua rendição seria mais como — Seis
prostituta ligaram, cinco bêbados sem-teto! Quatro imigrantes ilegais,
três ex-contras, duas dançarinas exóticas, e um floco de coração mole
com sete filhotes de cachorro.

— Eu tenho alguma experiência atuando, no entanto. Agora,


estou entre empresas, então eu tenho um emprego de garçonete nos
Dias Medievais. Eu gasto meu turno fingindo que a carne de carneiro
é deliciosa.

Ele deve estar se acostumando com suas peculiaridades, porque


desta vez a resposta dela não convencional nem sequer perturbá-lo.
Ele sentiu um sorriso puxando o canto da boca. Olhando para a sua
figura pouco nítida em jeans e um cardigã de lã, ele tentou imaginá-la
em Dias Medievais servindo comida em valas, usando saias longas
com um espartilho. A imagem enviou uma onda de bombeamento de
sangue para o sul, e ele mordeu de volta uma maldição. Ele não podia
dar ao luxo de se distrair agora.

Havia muito em jogo para permitir que a biologia o convencesse


a fazer a escolha certa, mas ela também tinha uma ingenuidade que
poderia vir a ser um grande trunfo. Poderia Lindy Knight
possívelmente ser a escolha certa para o trabalho?

Ele fez um resumo mental dos outros candidatos e fez uma


careta. Ele estava brincando? Com 10 dias procurando, ela era a sua
única opção.

— Srta. Knight, eu preciso de uma esposa e eu gostaria de


contratá-la. Você gostaria de ser minha esposa por três semanas?
O sangue nos ouvidos de Lindy

zumbiam, e ela olhou para ele, espantada. O que ele pensava, as


pessoas estão comprando três semanas de sexo, à la Richard Gere em
Pretty Woman? Ela segurou seu olhar e lentamente deslizou a mão à
bolsa, mentalmente cruzando os dedos para que se ele viesse com
algo mais ameaçador do que o chiclete, desta vez.

— Escute Sr. Phipps. Eu não sei exatamente o que isso quer


dizer, mas uma coisa eu sei. Eu definitivamente não sou menina para
esse tipo de trabalho. Eu quero que você vá agora, por favor.

Sua testa enrugou e ele pegou sua pasta. — Não, não. Isso não é
o que eu...

— Não tire qualquer outra coisa de dentro da sua pasta. — ela


gritou, com o coração batendo freneticamente em seu peito. Agora que
ela recusou seu pedido lascivo, ele estava indo ao clorofórmio ou algo
assim. Ela tinha certeza disso.

Ele a ignorou e continuou vasculhando sua pasta. Ela alcançou


cegamente em sua bolsa e puxou a primeira coisa que ela poderia ter
em suas mãos.

Uma garrafa de spray corporal. Não é o ideal, mas que teria de


servir.
— Eu estou avisando. Pegue suas coisas e vá, agora! — Os
filhotes tinham subido e estavam latindo como loucos, somando-se o
caos.

Owen olhou para cima e franziu a testa. — O que você...

Ele não chegou a terminar a frase porque ela pulverizou-o bem


na boca. Ela tinha apontado para os olhos, mas pelo menos era
alguma coisa.

Cuspindo, ele fugiu para a pia. Quando abriu a torneira, ela


correu para ele por trás, socando as costas musculosas com os
punhos. Ela não podia fugir e deixar os filhotes para trás para
enfrentar sua raiva psicótica iminente, mas parecia que ele nem
mesmo sentiu seus golpes.

— Que diabos? — Ele rosnou, virando-se para segurar-lhe as


mãos, transportando-a em seu peito. Ele fez uma careta para ela, as
sobrancelhas escuras em colapso, em uma carranca ainda mais
escura e ela olhou para ele em terror. Água escorria pelo seu queixo,
gotas geladas em seu pescoço. — Você perdeu a cabeça, porra?

Sua respiração tomou conta de seu rosto, e seu medo derreteu


sob o calor de sua fúria. — N... não. Você? — Disse ela, levantando o
queixo desafiadoramente. Ela não estava fugindo. Seu corpo era como
uma parede de granito, o controle sobre seus pulsos como algemas de
ferro. Não muito apertado, mas totalmente inflexível.

— Não sou eu quem está pulverizando pessoas no rosto com


perfume.

— Sim, bem, eu não sou o único que vem na casa de uma


mulher, fazendo propostas lascivas, e não saio quando solicitado.

Sua carranca se aprofundou por um momento, e depois


desapareceu. — Se você me deixar terminar, conhecerá que a minha
proposta não é nada indecente. O contrato prevê especificamente que,
se você começar o trabalho, nós definitivamente não teremos relações
sexuais. Agora, eu posso deixar você ir ou vai continuar tentando me
bater?
Seu olhar era cauteloso, mas seu aperto já estava afrouxando. —
Eu só quero falar com você.

Ela hesitou.

— Lindy, se eu quisesse te machucar, eu poderia ter feito isso a


qualquer momento. Mesmo agora.

— Isso é para me fazer sentir melhor? — ela perguntou. Mas por


alguma razão, ele fez. Ela tirou suas mãos longe dele e recuou
subitamente consciente de sua proximidade de uma forma totalmente
diferente.

— Eu não sei o que vai fazer você se sentir melhor, mas eu


posso prometer-lhe isso. Eu não vou te machucar.

Seus tempestuosos olhos cinzentos eram sinceros, sua fervorosa


expressão, e ela soltou um suspiro. — Ok, ok. Desculpe por toda a
pulverização em sua boca.

— Eu estava um pouco no limite desde que chegou aqui, e eu


acho que a minha imaginação tem o melhor de mim.

— Está tudo bem. Eu deveria ter explicado de forma diferente.


Podemos começar de novo?

— Claro. — ela disse com um aceno de cabeça. Ele ainda a


deixava assustada, mas agora era diferente. Não tinha medo, mas a
consciência de que era quase tão aterrorizante.

Owen lavou a boca algumas vezes mais e eles se acomodaram


em seus assentos.

— Tudo bem, agora algumas informações importantes. Cerca de


seis meses atrás, minha irmã foi enganada, perdendo a poupança de
sua vida inteira, por um homem chamado Nico Stephanopoulos.
Desde que ela basicamente entregou o dinheiro, suas acusação foram
arquivadas. — Sua mandíbula se apertou e ele continuou. — Mas o
dinheiro dela não era suficiente. Ele agora está fazendo negócios em
Colorado retirando de um casal. Eu acredito que é uma farsa, mas eu
preciso ter a prova para que ele possa pagar o que ele faz com as
pessoas.
Ela assentiu com a cabeça, as peças do quebra cabeça
começando a se encaixar. — Então você precisa de alguém para ir lá
com você e fingir ser sua esposa?

— Esse é o plano. Como eu disse, eu não espero nada de você...


na forma de deveres de esposa. Teremos, no entanto, a necessidade
de manter as aparências em público e participar de atividades que
requerem um nível de intimidade. — Ele ergueu a mão em seu olhar
desconfiado. — Não temos que bajular um ao outro, e eu prometo ser
o mais respeitoso possível, mas há a certeza de ter momentos
embaraçosos para nós dois. As despesas de viagem serão pagas. Não
preciso dizer que, conseguir justiça para a minha irmã vale qualquer
constrangimento para mim.

Seus olhos cinzentos de aço cresceram e ela percebeu que,


embora ele parecesse imperturbável, diante da entrevista mais
estranha do mundo, ele não era um homem que queria atravessar.
Apesar de sua aversão por charlatães, ela sentiu uma pontada de
compaixão por Nico Stephanopoulos. Em seguida, outro pensamento
lhe ocorreu. — O que a sua irmã acha dessa idéia?

— Ela não sabe. Ninguém sabe. É por isso que eu tive que
recorrer a esse anúncio. Normalmente, eu não entrevistaria os
candidatos para um trabalho. Nem iria colocar um anúncio no
Craigslist. Isso tem que ser mantido o mais longe meus círculos
habituais possível.

Pensou em seus próprios irmãos e como ela poderia reagir na


mesma circunstância. — Você acha que é uma boa ideia esconder
isso dela? Ela pode não gostar de você interferir. Talvez ela precise
lamber suas feridas e colocá-lo no passado. Esquecer o que
aconteceu.

— Francamente, eu não dou importância se ela aprecia ou não.


Ela é da família, e eu não vou permitir que seus crimes fiquem
impunes. É mais do que isso, porém. Ele começou como um tubarão
pequeno, e seus crimes só têm aumentado. Se três quartos de um
milhão era seu último interesse, qual será o próximo? Agora que ele
tem um gosto da vida boa, acho que ele vai querer mantê-lo. Se eu
deixá-lo ir embora livre, o que dizer da próxima vítima, que não vai
acabar com algo muito pior do que um coração partido e uma conta
bancária aleijada? Ele precisa ser parado. Diga-me você concorda com
isso?

O homem era um criminoso, e seria realmente uma pena ver


mais pessoas atingidas por ele. Especialmente se Owen estivesse
certo, e seu comportamento fosse crescente. Ainda...

— Você poderia ter um sofá muito legal com 20 mil. — disse ele.

Sua cabeça estava cambaleando. Entre a descarga de adrenalina


e alívio esmagador posterior por não ser um assassino em série, ela
sentiu trêmula e fora de si. Não conhecia uma receita para boa
tomada de decisão.

— Qual é o seu tempo? — Ela perguntou.

— Nós precisamos sair em 10 dias a partir de hoje. As sessões


tem três semanas de duração, mas se eu conseguir o que eu preciso,
mais cedo, então nós naturalmente terminamos a viagem antes. Se
isso acontecer, ainda será pago o valor total acordado.

— Rapaz, você já entrevistou muitos, não?

— Eu comecei o processo de entrevista há algumas semanas. Se


eu não encontrar alguém esta semana, vou ter que cancelar e
encontrar outra maneira. Você é minha melhor entrevista. — Sua
expressão era ilegível, mas havia um toque de desespero em sua voz
que parecia fora do personagem para um homem tão confiante.

Como se ele realmente precisasse dela. Seu coração apertou.

Quando foi a última vez que ela se afastou de alguém em


necessidade? Aqui estava um homem disposto a colocar sua vida em
suspenso, a fim de tentar fazer este sacrifício por sua irmã, gastar
dezenas de milhares de dólares e ficar com um estranho por três
semanas. Ela sabia sobre esse tipo de amor. Isso é como se sentia
sobre Mal e Nate. Não havia nada que não fizesse por seus irmãos.

— Não é sobre o dinheiro que ele tomou. — disse Owen. — Eu


tenho a sorte de ser capaz de ajudá-la a esse respeito. Ele roubou algo
muito mais precioso. Ela era uma alma doce e rara. Acreditava no
amor verdadeiro. Sempre via o melhor das pessoas. Isso se foi agora,
e ele vai pagar por tirar isso dela.
A última frase foi falada com uma firme determinação. Não uma
declaração, mas um voto.

As palavras saíram antes que pudesse detê-las.

— Estou dentro.
O s dez dias passaram como uma

locomotiva e Owen Phipps era o condutor. Uma vez que eles tinham
assinado o contrato, ele tomou as rédeas e antes que ela pudesse se
acalmar para lamentar sua decisão, o dia havia chegado. Eles tinham
se visto apenas duas vezes durante esse tempo: uma vez que lidaram
com o aspecto financeiro das coisas e alguns documentos adicionais e
uma segunda vez para que pudesse informar seu nome na história e
conseguir suas medidas para alguns itens que uma esposa de um
homem de negócios abastado deveria ter. Em ambas as ocasiões, ela
tinha ido para a cama à noite, apenas para ser acordada pelos sonhos
mais, intensamente, eróticos, sussurros de palavras de paixão ditas
com um sotaque irlandês rouco ainda ressoando em seus ouvidos.

Ela sacudiu as memórias e caminhou pelo corredor, à espera de


Owen, mas incapaz de sentar-se um segundo mais. Seis dos filhotes
imitaram seus movimentos, enquanto sonolentos brincando em seus
calcanhares. E que os saltos eram. Ela fez uma pausa para admirá-
los mais uma vez. Jimmy Choo. Suas perninhas curtas pareciam ter
um quilômetro de comprimento com eles e ela estava apaixonada. Ela
amou a roupa toda do casaco de caxemira de chocolate ao jeans que
se encaixava como um sonho. Alguns dias antes, um homem em um
carro preto lustroso tinha deixado duas malas e quatro bolsas cheias
de roupas. Ele entregou a Melba um suntuoso envelope de cor marfim
antes de recuar para fora da porta com um arco.
— Sinta esse documento, Lindy? É mais suave que bunda de
bebê. Aposto que é do seu Sr. Phipps. — ela disse com uma
gargalhada feliz.

— Ele não é meu Sr. Phipps. Eu não quero que você coloque
essas ideias em sua cabeça. Este não é um casamento real, Melba.
Estou ajudando-o com um emprego. Isso é tudo.

A mulher mais velha acenou com ela. — Você continua dizendo.


Ainda assim, é tão romântico. É como ele fosse James Bond ou algo
assim e você é Octopussy4.

Lindy tinha estremeceu. — Por favor, não compartilhe esse


sentimento com Mal ou Nate. — A última coisa que ela precisava era
de um novo apelido.

Melba tinha forçado um desfile de moda improvisado, que para


Lindy era uma dificuldade. Ela nunca tinha possuído essas roupas
lindas e não podia esperar para mostrá-las. Elas devem ter custado o
seu novo empregador uma pequena fortuna. Ela lutou com sua
consciência por recebê-los, mas mais uma olhada em sua nota tinha
tranquilizado-a.

Lindy...

Não me dê qualquer aborrecimento. Você precisa olhar


para o lado. Se isso fizer você se sentir melhor, poderá doar a
metade deles para o abrigo de mulheres sem-teto na Market
Street quando voltarmos.

O.

Ele tinha feito ela se sentir melhor. Ela já tinha feito suas
seleções, e o abrigo seria sua primeira parada, quando voltasse para
cidade. Como ele a conhecia tão bem depois de apenas algumas
reuniões e telefonemas posteriores, ela não conseguia entender, mas
era um pouco inquietante. Agora que seus medos iniciais haviam sido
verdadeiramente esmagados por uma lista de referências e do

4
Nome do 13º filme do James Bond e da Bond Girl do mesmo filme.
processo que ele forneceu, ela tinha que enfrentar sua atração por ele.
Não mais ameaçada pela paranoia, foi uma coisa muito emocionante,
e ela se perguntou se, ao encontrá-lo, ela se distrairia como tinha sido
das outras vezes em que se conheceram.

Ela com certeza esperava que não ou iriam ser longas três
semanas.

Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos e deixou os


filhotes em um frenesi. — Entre. — ela chamou, pegando o casaco da
cadeira quando passou. Seu estômago revirou e ela colocou a mão na
maçaneta. Ele não tinha visto sua transformação. Será que ela seria
aceita na dura luz do dia?

Ela abriu a porta e congelou. Owen estava na porta, seu corpo


largo preenchendo o espaço. Seu cabelo escuro, recém-cortado ainda
estava úmido do chuveiro. Ele usava o casaco aberto sobre uma
jaqueta ajustada, cor de camelo. O conjunto enfatizou a amplitude de
seus ombros e sua cintura magra.

Ele é o seu empregador e marido sem-sexo temporário e você


está em um emprego, ela lembrou a si mesma com firmeza. — É bom
ver você de novo. Venha. — ela disse, abaixando para espantar os
cachorros para trás e abrir um caminho para ele.

— Obrigado. — Ele entrou rápido, fechando a porta antes que


qualquer um deles poderia fazer uma pausa para ele. — Rápidos
pequenos insetos, não são?

— É. Mal vai levá-los para sua casa pelas próximas semanas.


Ele deverá estar aqui a qualquer minuto.

Owen olhou ao redor da sala. — E a sua amiga? Sra. MacElroy?

— Melba vai ficar com o Nate. Não queria lidar com os filhotes.
Se você me perguntar, Nate conseguiu o mais difícil do negócio.

— Ela é difícil de conviver?

Ela contemplou por um momento e depois balançou a cabeça. —


Conviver? Não, nesse sentido ela é um sonho. Engraçada, leal,
solidária. É só que as coisas tendem a acontecer... quando ela está
por perto. É incrível como uma mulher tão pequena pode causar caos.
Eu vou sentir falta dela quando ela for embora. É como ter uma mãe
realmente destrutiva ao redor da casa.

Olhar de Owen colidiu com o dela. — E sua mãe?

— Meus pais estão mortos. Acidente de carro quando eu tinha


dez anos. — É melhor dizer claramente, sem frescura, mas dar
informações o suficiente para evitar mais perguntas. Ela tinha muita
prática.

— Eu sinto muito em ouvir isso.

Muitas vezes, especialmente com estranhos virtuais, que era um


lugar comum. As coisas que as pessoas disseram quando não sabiam
mais o que dizer. Mas algo nos olhos de Owen fez acreditar que ele
entendeu e realmente sentiu muito em ouvir isso. — Obrigada. Eu
aprecio isso.

Ele abriu a boca como se quisesse dizer mais, então a fechou


com um estalo, optando por pegar duas das três malas no hall de
entrada. — Eu vou começar a carregar o carro enquanto você espera o
seu irmão. — Ele foi para a porta, mas parou, virando-se para encará-
la. Observando-a da cabeça aos pés com um olhar demorado, ele deu
um breve aceno de cabeça. — Você está ótima, por sinal.

Ele a levou um estilista no salão chique Le Cirque, no dia


anterior, e ela teve o tratamento completo. As meninas de lá eram
realmente uma convenção de fadas madrinhas, e quando ela saiu, ela
se sentiu como uma estrela de cinema. Agora, seu elogio enviou uma
calorosa emoção através dela que se recusou a examinar. Ele saiu
quando Mal corria levemente os degraus para a varanda.

— Ei, irmã. — Sua saudação foi destinada a ela, mas seu olhar
duro estava trancada em seu empregador. — Você deve ser Phipps.

— Eu sou.

— Mal, irmão protetor de Lindy.

Um sorriso de tubarão dividiu o rosto de Owen. Ele tinha alguns


bons centímetros e trinta quilos de músculo sólido que seu irmão
esguio e claramente ela sentia que ele sabia como usá-lo. Ainda
assim, a sua resposta foi educada, considerando que Mal era o
segundo Knight em uma semana a acusá-lo de más intenções.

Ele estendeu a mão e apertou a de Mal cautelosamente. — Você


não precisa se preocupar. Eu não tenho nenhuma intenção de
maltratar a sua irmã. Minha mãe iria voltar dos mortos e chutar a
minha bunda se eu machucasse uma mulher. Especialmente uma
que parece um duende. — Ele falou para Mal e deu uma piscadela,
pegou as malas e foi em direção ao carro.

— Ok, bem ela me deu as informações, por isso se houver um


problema tudo o que precisa fazer é uma chamada, e... — Ele parou,
percebendo que Owen não tinha intenção de se virar para concluir a
conversa. Seu irmão encarou, com preocupação no rosto
normalmente malicioso. — Lin, tem certeza de que quer fazer isto? O
novo trabalho está indo bem, estou batendo todos os meus objetivos
de vendas. Você poderia vender a casa e ficar comigo até encontrar
outra coisa.

— De jeito nenhum. Agradeço a oferta, mano, mas eu amo


minha pequena casa e ainda mais. a minha independência. Vai ser
ótimo, você vai ver. Essa é a primeira férias que eu tive em anos e eu
vou voltar descansada, com dinheiro suficiente para alguns meses até
encontrar um trabalho que eu realmente ame. — Ela puxou uma
mecha de seu cabelo ruivo para que ele visse seu olhar. — Confie em
mim, ok?

Ele concordou sem entusiasmo. — Tudo bem. Mas me chame a


cada dois dias, tudo bem? Eu não vou dormir se não o fizer.

— Fechado. — Ela deu-lhe a chave e pegou a mala restante. —


Eu te amo. — disse ela, dando um beijo levemente na bochecha. — E
lembre a Nate para se certificar que Melba tome os comprimidos todos
os dias.

— Vou fazer.

Ela estampou um sorriso tranquilizador no rosto dela e deu-lhe


uma onda com as mãos antes de começar a descer a escada. Owen
ergueu suas malas, puxando seu casaco apertado em toda a
amplitude de seus ombros, cabelos pretos brilhando ao sol de
inverno. Um chiar passou por ela quando se imaginou arrastando as
mãos sobre os músculos, e o sorriso deslizou de seu rosto. Ele pode
não ser um sociopata, mas uma coisa era certa.

Ela ainda era um perigo de se machucar.

— Respire pelo nariz. — Ele murmurou com um


estremecimento. O jato particular tinha deixado o chão e os dedos de
Lindy cavaram mais fundo em sua palma com cada subida do avião.
Elas eram como garras pequenas. Coisa boa que as unhas não eram
excessivamente longas ou suas mãos teriam ficado picadinhas.

— Tudo bem, tudo bem. — Lindy sussurrou baixinho. A partir


do momento que eles embarcaram dez minutos mais cedo, o mantra
tinha sido quase contínuo. Seus olhos estavam fechados, amassados,
seu rosto tinha sido drenado de todas as cores, e seu corpo estava
enrolado em si mesmo como um texugo que tinha visto uma raposa.

Agora provavelmente não era o momento de perguntar por que


ela não havia lhe contado sobre seu medo de voar. No entanto, a
questão estava queimando em sua língua. Ele poderia ter sugerido
que ela fosse ao médico para acalmar os nervos. Em vez disso, ele
estava brincando de babá.

O avião ganhou altitude sem problemas e, depois de alguns


minutos, Lindy abriu um olho. — Será que estamos fora de perigo,
você acha? — Ela chiou.

— Eu diria que sim, mas não sou um especialista.

Coisa errada a dizer. Seu olho estalou fechado e ela se precaveu


ainda mais em seu assento.

— Eu voei centenas de vezes. — ele disse — E eu nunca sequer


cheguei perto de bater.

— Então você acha provável que aconteça?


Seu aborrecimento desapareceu e ele sufocou uma risada. — Ah,
não. Meu piloto é o melhor, e mesmo se ele não fosse, não acho que é
assim que funciona. Mas você é uma mulher inteligente. Já sabe que
este é o caminho mais seguro para viajar, e provavelmente já disse a
si mesma repetidamente. Não importa o que eu diga, ele não vai fazer
você se sentir melhor, porque o medo não é racional. Em vez de falar
sobre isso, vamos tentar distraí-la. Se você soltar a minha mão eu vou
pedir a Elspeth uma bebida. Talvez um brandy fosse acalmar um
pouco seus nervos.

Ela abriu o outro olho e lentamente abandonou o aperto da


morte em seus dedos. — Talvez.

Eles chegaram à altitude de cruzeiro, e o avião se estabilizou. Ele


apontou para a sua comissária de bordo. — Um conhaque para a
senhora e um uísque puro para mim.

— Certamente, senhor.

Quando ela saiu para pegar suas bebidas, Lindy lutou em uma
posição sentada mais normal.

— Por que não eu te falo algumas coisas sobre o trabalho?


Quando chegarmos lá, vamos ser convidados a preencher alguns
questionários por isso queremos ter a nossa história em linha reta.
Você já teve a oportunidade de olhar sobre o arquivo?

Ela assentiu com a cabeça. — Várias vezes. Quer perguntar-me


sobre a nossa vida juntos?

Ele deu de ombros. — Claro. — Se fazer isso fosse manter sua


mente fora de todos os 20 mil pés, ele estava disposto. — Tudo bem,
então. Qual é o seu nome?

— Belinda O'Neil, mas eu atendo por Lindy. Tenho 28 e vivo em


Great Neck, Long Island.

— E o seu marido?

— Consultor de Gestão. Owen O'Neil. Idade 35. Ele gosta de


Squash e vela. Refeição favorita é steak au poivre, espargos
escaldados, e purê de nabo. — ela recitou ordenadamente.
Ele acenou com a cabeça, satisfeito que ela tinha feito seu dever
de casa. — Tudo isso é verdade, por sinal, além do último nome e o
título do trabalho. Deixei a seção de interesses do seu dossiê em
branco para que pudéssemos preenchê-lo juntos. As melhores
mentiras são perto da verdade. Nenhuma razão para você não
adicionar seus hobbies, desde que possamos ajustá-los para
combinar com nosso estilo de vida jet-set.

— O que você realmente faz para viver, afinal?

— Eu sou um capitalista de risco.

Ela olhou para o avião de luxo, o seu olhar focando nos bancos
de couro amanteigado da cabine, ao tamanho da televisão de tela
plana. — Deve ser interessante.

Ele deu um breve aceno de cabeça. — Sou bastante bom nisso.

— Eu tenho uma pergunta, no entanto. Você não está nervoso


de Nico descobrir quem você é? Tem alguma chance de descobrir que
tem alguém bisbilhotando e ele fique desconfiado? Ou que ele perceba
a semelhança entre você e Cara? Há pessoas que eu vi no
supermercado e disseram “Ah, deve ser a filha de Bill Macullough”
porque são parecem tão parecidos. Além disso, o sotaque...

— Não é uma questão. Eu contratei um amigo que é dono de


uma empresa de segurança para construir nossas identidades. Ele
não sabe os detalhes, apenas que estamos aqui e que eu precisava de
alguns apelidos, ele ficou feliz em fornecer. Eu não acho que Nico tem
o tempo ou os meios para passar por todas as camadas e francamente
por que ele se preocuparia em tentar? Com relação à Cara, ela é
minha meia-irmã. Meu pai deixou minha mãe para ficar com a dela.

Os olhos de Lindy nublaram com simpatia e ele desviou o olhar.


Por que ele disse isso? Não foi de todo pertinente a conversa. Ele
seguiu em frente rapidamente. — De qualquer forma, nós crescemos
em continentes separados, então ela fala como uma ianque. Ele não
me conhece.

— Posso perguntar como vocês ficaram tão próximos se você


vive tão longe?
— Nós não fomos próximos sempre, até cerca de dez anos atrás.
Ela é a única família que me resta e vice-versa. Parte da razão pela
qual eu mudei para Nova York era expandir meu negócio para os
EUA, mas eu não vou mentir. O pensamento de viver mais perto de
Cara foi certamente uma consideração. Especialmente agora, quando
ela precisa de mim. Eu estive aqui há três meses e francamente eu
não posso me imaginar voltando para Belfast agora. Tem sido muito
bom tê-la tão perto.

— Eu me sinto o mesmo sobre os meus irmãos. — disse ela


suavemente. Eles pegaram um trecho de turbulência e ela se
encolheu. — Ugh.

— Concentre-se em mim, tudo bem? Temos trabalho a fazer e


estou pagando um monte de dinheiro para fazê-lo, então se
concentre. — Ele segurou seu olhar enquanto falava, e pegou uma
caneta e bloco de notas pequeno de sua jaqueta esportiva.

— V... você está certo. Vá em frente.

— Quando é o seu aniversário?

— Oito de Maio.

— Passatempos?

— Eu amo cozinhar para as pessoas. Eu tento ir para a casa de


repouso perto da minha casa duas vezes por mês e fazer guloseimas.
Cookies, cupcakes, e amo o meu pudim de arroz.

É claro que eles fizeram. Ele franziu os lábios. — Vamos dizer


que gosta de cozinha gourmet.

Ela riu e um pouco e a cor pareceu voltar ao seu rosto. — Isso é


um exagero, mas eu fico com isso. Eu não sei cozinhar esse tipo de
comida.

— O que mais?

— Vamos ver... — Seus olhos expressivos iluminou. — Ah,


também sou voluntária para as Irmãs Big Brothers Big! Sou mentora
de uma menina chamada Abby. Ela é uma piada.
Ele colocou a caneta no papel novamente. — Então, vamos dizer
“membro do conselho de várias organizações sem fins lucrativos.” —
Ele fez uma pausa e virou-se para encará-la. — Isto é provavelmente
fora de linha, mas tenho uma pergunta para você, Lindy. Você tem
tempo para fazer qualquer coisa para si mesmo?

Ela olhou para ele, perplexa. — O que você quer dizer? Todas as
coisas que faço é para mim. Eu gosto de Abby. E gosto de cozinhar,
também. Algumas das pessoas na casa não tem ninguém, Owen. Eu
poderia ser a única visitante durante todo o mês.

Deus, essa mulher era uma alma doce, sempre dando. Lembrou
de sua irmã. — Mas não há nada que você faz para si mesma? Algo
auto-indulgente, bobo mesmo, o que você faz pelo simples prazer de
fazê-lo?

Ela inclinou a cabeça e parecia meditar mais. Por um longo


tempo, ela não falou. — Eu acho que gosto de cantar. Yoga. E dança.

— Lá vai você. O que você gosta de cantar?

— Antigos, principalmente. Eu adoro música brega dos anos


cinqeenta. Eu e Melba fizemos um dueto de “Baby is Cold Outside”,
na outra noite quando estávamos fazendo o jantar.

— E a dança? Você já teve aulas?

Ela assentiu com a cabeça uma vez e depois desviou o olhar. —


Minha, uh, mãe costumava ensinar dança de salão. Quando eu era
pequena, me levava para o estúdio com ela. Íamos cedo e ela me
girava ao redor até que ficasse tonta. — Ela limpou a garganta. —
Bem, de qualquer maneira, isso foi há muito tempo. Agora eu balanço
quando tenho a chance, mas isso é tudo. — Sua voz soava tão
pequena, quase vazia, e ele sentiu a sua dor de estômago. Ele poderia
ter chutado a si mesmo. Elspeth voltou com suas bebidas, salvando-o
de ter que responder, e ele ficou grato por isso.

Depois que ela se foi, ele ergueu o scotch. — Sláinte.

Ela bateu com a taça com o seu copo e imitou o tradicional


brinde irlandês, cravando a pronúncia. Então, ela beliscou o nariz
entre o polegar e o indicador e bateu-o de volta em um gole.
— Ah, isso é um sipper eu acho. — disse ele muito tarde.

Ela engasgou e tossiu, lágrimas marejaram seus olhos. A


comissária vigilante correu com uma garrafa de água, o que levou
Lindy a erguer os polegares em agradecimento. Ela engoliu um quarto
antes de limpar a boca com a manga da jaqueta 400 dólares. — Tudo
bem. — ela raspou com um sorriso trêmulo.

— Fico feliz em ouvir isso. — Ele voltou seu sorriso. Mais e


mais, ele encontrava-se querendo estar ao seu redor. O sinal apertar
o cinto piscou e ele tomou um gole de sua bebida rápida, então se
levantou. — Você estará bem se ficar sozinha por um minuto? Eu vou
falar com o piloto e, em seguida pegar um pouco de comida.

— Com certeza.

Uma vez que ele conseguiu um ETA5 e alguns lanches, ele voltou
e encontrou as luzes do teto acesas. Lindy estava folheando uma das
revistas masculinas que mantinham em estoque e olhou para cima
quando ele se aproximou. — Eles vendem vibradores. — disse ela em
um sussurro. — Porque um cara precisa de um vibrador? — Seus
olhos estavam embaçados e seu corpo teceu, inclinando-se a
caminho.

Uma bebida e Lindy estava bem e verdadeiramente embriagada,


propensa a dizer coisas bobas. Ele reprimiu um sorriso e arrancou a
revista de seus dedos flácidos, dando-lhe um olhar. — Não, meu
amor. Isso não é um vibrador. Isso é um massageador de pescoço. —
Mas sua suposição lhe deu idéias. Ela olhou para ele, toda sonolenta
e com aparência suave, e a vontade de beijá-la agarrou-o como uma
jibóia.

Não. Isso não iria fazer. Eles tinham uma tarefa para completar.
Havia um tipo de mulher que um homem poderia dar uma risada e se
mover longitudinalmente. Lindy não era esse tipo de mulher.

Sentou-se e colocou o seu cinto de segurança. Antes mesmo de


se aconchegar no assento, a cabeça de Lindy estava enfiada em seu
ombro, seus roncos suaves fazendo cócegas no queixo.

5
Tempo estimado de chegada
Sim, para um homem bem menos cansado do que ele, Lindy era
um desafio.
S eis horas depois, Lindy olhou

para fora da janela do carro e engoliu em seco, tentando trabalhar um


pouco de saliva. Impressionante no seu sono embriagado, ela
conseguiu deixar uma poça gigante de baba na jaqueta de Owen, mas
agora sua boca estava seca como um osso.

— Sente-se bem? — Owen perguntou, poupando-lhe um rápido


olhar antes de treinar o olhar para trás na estrada.

— Não muito. Um pouco tonta e com muita sede. Eu poderia ter


seriamente uma ressaca de uma bebida?

— Foi uma grande quantidade de álcool. Você não é muito de


beber, eu imagino?

— Não. Quer dizer, eu gosto de um vinho gelado, mas outro tipo


de álcool? Não. — Seus lábios se contraíram e ela olhou para ele com
desconfiança. — O que é tão engraçado?

— Absolutamente nada. Você vai ser capaz de saciar a sua sede


em breve. O resort está perto.

Ela seguiu seu dedo e suspirou. Enquanto estava se


lamentando, ela foi perdendo a vista espetacular. A montanha
gloriosa. Dois picos contra o céu da manhã roxo. Situada na parte
inferior de um amplo chateau, cortada para fora na neve espessa e
branca tão intocada, parecia à cereja de um bolo de casamento.

Ela soltou um assobio longo e baixo. — Bom.

O rosto de Owen endureceu e concordou. — Isso me lembra que


o dinheiro da minha irmã foi bem gasto. Na minha mala no banco de
trás, há uma caixa larga e plana. Pegue-a.

Ela virou-se em sua cadeira e fez o que ele pediu, em seguida,


configurá-lo no console entre eles.

— Vá em frente. — disse gesticulando com um empurrão de seu


queixo. — Abra-o.

Ela colocou a caixa grande de couro no colo e puxou a tampa.


Uma amostra de veludo azul real abrigava o conteúdo, e ela
empurrou-a de lado.

Jóias, como algo fora do peito de um pirata, brilharam para ela.


Esmeraldas gloriosas, ricas safiras azuis, opalas de fogo. E os
diamantes... meu Deus, os diamantes. Se alguém tinha dito que ela
era o tipo de mulher a perder o fôlego sobre pedras preciosas, ela teria
revirado os olhos. No entanto, aqui estava ela, positivamente
amedrontada.

— Caramba. — ela sussurrou, estendendo um dedo antes de


empurrar de volta com um aceno de cabeça. — Estou com medo de
tocá-las. Eu me sinto como Patolino em “Ali Baba Bunny” ou Golem
de O Senhor dos Anéis.

— É melhor acabar com isso rápido, porque você vai usar. — Ele
ergueu as sobrancelhas para seu grito de terror. — Você é a mulher
de um empresário rico. Você tem usá-las.

É claro que ele estava certo. Ela estendeu a mão novamente com
um dedo hesitante e cutucou uma pulseira de diamantes.

— Boa escolha. Isso é o que eu estava pensando para uso


diário. Elegância, clássico discreto.

— Todos os dias? Discreto? Isso tem que ter 15 quilates de


diamantes aqui, Owen? Diga-me que não são jóias de sua família.
Ele atirou seu sorriso preguiçoso. — Se você tivesse em suas
mãos as jóias da minha família você saberia, amor.

Ela não tinha dúvidas por um segundo, mas recusou-se a


permitir-se pensar sobre isso por muito tempo. — Você não comprou
tudo isso, não é?

— É empréstimo de um amigo joalheiro.

Agarrando seu ombro, ela deu-lhe um tremor urgente. —


Empréstimo? Meu Deus, se eu perder alguma coisa?

Ele deu de ombros, e ela tentou ignorar como os músculos


agrupados sob sua mão. — Então será uma compra. Não é realmente
um problema, Lindy.

Ela soltou um suspiro profundo e libertou-o. — Ok, isso não me


faz sentir melhor. Por que você não fez seguro?

— Acho o processo tedioso, então eu só asseguro itens que não


posso dar ao luxo de substituir. Espere. — disse ele, tomando a mão
do volante para chegar a seu bolso. — Eu quase me esqueci disso. —
Ele entregou-lhe uma pequena caixa quadrada.

Anéis de casamento. Tinha que ser.

Abriu-a, e suas emoções correram soltas. O anel de noivado era


de princesa, diamante cercado por dezenas de pedras menores
estabelecidos em platina, enquanto a argola era uma fila de canal
conjunto de pedras em um ajuste correspondente.

— Coloque-os antes de chegarmos ao parque para que ninguém


veja.

Tirou-os da bandeja e deslizou-os para o dedo. Ajuste perfeito e


realmente impressionante, mas a deixou fria. Eles não tinham
nenhum caráter. Não há vida para eles. Qual era propósito, uma vez
que esta coisa toda era uma farsa de qualquer maneira. Lágrimas
picaram atrás de suas pálpebras. Ela ficou triste porque o marido
falso que conheceu na semana passada não sabia que ela tinha seu
coração em um anel vintage que conjurava imagens de flocos de neve
em vez de pingentes?
Ela piscou as lágrimas irracionais e sorriu. — Uau, muito bom.
Eu posso pular a academia esta semana, eu acho, né? Vou fazer
todos os exercícios que eu preciso para arrastar esse bad boy. — Ela
lançou um olhar para a mão de Owen. — Onde está a sua?

— Eu não tenho uma.

— O que você quer dizer?

— Eu não acho que é importante. Um monte de homens não


usam anéis de casamento.

— Meu pai usava. — Ela sabia que estava sendo tola, mas de
repente parecia crucial que ele estava tão comprometido com o seu
casamento falso como ela era.

— Assim como a minha mãe, e isso significava menos do que


nada para ele.

A resposta cortada escorria com amargura. Ela fez uma careta.


— Quer falar sobre isso?

— Nem um pouco.

— Tudo bem, então. Este é o seu rodeio, chefe. Você não quer
usar um anel, não use. Mas se algumas prostitutas decidirem que é
um convite, não me culpe quando eu tiver que colocá-las em linha
reta. Os seus assuntos de amor são o seu negócio, mas não vou ser
humilhada em público.

— Assuntos, meu amor? — Seus lábios se curvaram em um


meio sorriso. — Enquanto o pensamento de você lutar por mim é
estranhamente intrigante, tenho certeza que eu posso controlar meus
modos e reduzir meus “amores” por algumas semanas. Se você
lembrar, eu caí vítima desses pequenos punhos antes. Eu não desejo
a meu pior inimigo.

— Eu não estava brava. Você deveria me ver quando eu estou


louca. Você não estaria rindo.

O sorriso torto floresceu em um sorriso largo, e ela se viu


sorrindo de volta. Senhor, ele era bonito. De repente, sua garganta
estava seca por um motivo completamente diferente. Ela rasgou seu
olhar e se ocupou selecionando a pulseira, depois arrumou a caixa
em sua pasta.

Owen puxou o sedan até o lodge. O folheto não tinha exagerado


nenhum pouco. Era lindo. Bancos feitos de troncos grossos em um
marrom rico, de alguma forma eram robustos e elegantes.

— Pronto Sra. O'Neil? — Owen perguntou, deslizando


perfeitamente na linha de carros estacionados em frente ao
estacionamento vazio.

Ela terminou de fechar a pulseira em seu pulso, e ele estendeu a


mão para ela, tomando-lhe a mão para examiná-la. — Parece muito
bom. Você tem a pele bonita. — Ele passou o polegar sobre pulso e ela
engasgou. Seu olhar voou para encontrar os dela, prendendo-a no
lugar. — Lindy?

— S... sim?

— Chegue mais perto. — ele murmurou e inclinou-se para ela,


seus olhos cinzentos aquecendo a prata fundida.

Como se estivesse em transe, ela obedeceu ao seu comando,


chegando inexoravelmente mais próximo. Quando estavam a poucos
centímetros de distância, perto o suficiente para seu hálito quente
fazer cócegas em sua bochecha, ele baixou a cabeça. Com a ponta de
sua língua, ele traçou seu lábio inferior, deslizando sobre a superfície
antes de se aprofundar ainda mais para saborear a carne macia por
dentro. Ela gemeu baixo em sua garganta, seus mamilos apertando
debaixo de sua camisa. Owen levantou a mão até seu pescoço e
aprofundou o beijo, encaixando seus lábios firmes nos dela. Deus,
sua boca era magia pura.

A batida de uma porta próxima a assustou e ela o empurrou de


volta.

— Desculpe por isso, mas tente agir naturalmente. — Owen


disse através de seus dentes. — Nico parou e está nos observando.

O pulso batia em seu pescoço como uma britadeira, mas ela


ficou parada. Ela arrastou em um par de respirações profundas
através de seu nariz, trabalhando um sorriso para seu “marido”.
Ele era falso. A coisa toda tinha sido falsificada. Ali estava ela,
uma massa efervescente de necessidade durante um beijo encenado,
e ele era tão frio como o diamante no dedo dela. Ela socou para baixo
seu desapontamento e se esforçou para maior clareza. Este era um
trabalho, e ele era seu empregador. Ele não tinha interesse nela além
da meta que tinha definido para a sua viagem. Se ela esperava para
passar as próximas três semanas sem jogar-se sobre ele, ela ia ter
que lembrar que, falso ou não, aquele beijo era potente. Mesmo agora,
ela encontrou-se com vontade de repetir o desempenho.

— Pronto. — ele perguntou, dando-lhe um aperto de mão


reconfortante.

Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, respirou


firmando e assentiu. — Ok, vamos fazer isso.

O que diabos ele estava pensando? Nada. Esse era o problema.


Um toque em sua pele sedosa, um suspiro sexy da boca cheia, e todo
o pensamento tinham fugido. Se Nico Stephanopoulos não tivesse o
puxado para cima e o trazido de volta para a Terra, ele teria
alegremente consumado seu “casamento” no banco da frente do carro
de aluguel, à vista dos transeuntes e Lindy teria deixado. Ele perdeu
seu foco em uma maneira grande. Não era bom. Foco era o seu limite,
a qualidade que o separava do pacote. Isso lhe permitiu construir um
império de bilhões de dólares em Belfast que ele estava pronto a se
expandir globalmente. Mas antes que ele pudesse fazer isso, tinha
mais uma coisa para cuidar.

Stephanopoulos.

Ele parou por alguns momentos mais, fingindo procurar algo no


bolso de sua jaqueta para dar tempo da sua ereção furiosa diminuir,
em seguida, estendeu a mão para a maçaneta da porta. Até o
momento que ele saiu do carro e respirou o ar da montanha gelada,
sua cabeça estava muito mais clara. Ele lançou um olhar para o
Porsche 911 que Nico havia saído, mas ele já deve ter entrado no
edifício. Bom. Melhor que o primeiro encontro fosse adiado até que ele
estivesse totalmente no controle de si mesmo. Entre o choque da
necessidade de seu beijo com Lindy e a fúria que corria por ele
quando Nico tinha investido no passeio caro com dinheiro que sua
irmã tinha, sem dúvida, financiado, ele era suscetível a matá-lo.

Da entrada da pousada, um porteiro apressou em direção a eles


com um sorriso acolhedor. — Olá, Sr. O'Neil! — Ele chamou,
estalando uma saudação irritada antes de ir para a porta em torno de
Lindy e balançando-a aberta.

— Sra. O'Neil. — Ele tirou o boné. — Bem-vindos ao The Place


Cura. Estamos tão felizes em ter vocês. Posso levar isso para você?

Ele estendeu a mão para a pasta, mas Owen balançou a cabeça,


agarrando-se. — Não, obrigado, mas você pode levar o resto. — Ele
abriu a mala antes de deslizar para o cara 20 dólares e as chaves.

— Obrigado, senhor. Estarão em seu quarto em breve. Você


pode fazer o check in no lobby, seguindo diretamente pela porta da
frente, mesa à direita.

Lindy dobrou-se para trás em sua pelagem longa de lã e fez seu


caminho de volta para conhecê-lo. Ela passou o braço pelo seu com a
graça casual de uma amante de longa data. — Vamos querida? —
Qualquer sinal de sonolência ou sua mini-ressaca tinha caído no
esquecimento. Ela estava polida, elegante e encantadora.

Ele engoliu um suspiro de alívio. Ela poderia ser peculiar e um


pouco neurótica, mas quando o impulso vinha empurrando, ela tinha
a vontade e a capacidade de comprometer-se com o papel e fazer essa
coisa um sucesso. Pela primeira vez desde que eles fizeram o seu
negócio não convencional, ele se sentia como eles pudessem
realmente fazer.

Ele estava tão perto, quase podia provar o sabor, rico inebriante
da vingança. Ainda mais de uma razão para não complicar as coisas
com sexo. Nada poderia fazer tudo desabar mais rápido do que uma
mulher com delírios de amor e felizes para sempre em sua mente.
Com determinação renovada, ele segurou a mão delgada ao
redor de seus bíceps e impulsionou para frente. — Certamente,
querida.

Um porteiro saiu para cumprimentá-los e conduziu-os para a


recepção, onde uma loira deslumbrante esperava. — Sr. e Sra. O'Neil,
bom dia! Sou Miranda. Eu serei sua concierge6 pelas próximas
semanas. — Ela estendeu um cartão de visita e Owen o pegou. —
Qualquer coisa que você precisar, ligue para esse número. Vou me
certificar de você conseguir.

Seus penetrantes olhos verdes ficaram trancados mais tempo do


que o necessário, e puxou de volta em surpresa. Não por causa do
seu apreço feminino. Mesmo os homens pouco atraentes em sua
posição tinham seu quinhão. Não, o que o deixava surpreso foi a sua
total falta de resposta. Ele deixou sua viagem de olhar de seus olhos
para os lábios carmesins e encontrou-se pensando que os lábios de
Lindy eram muito mais sexy e que não lhe custavam um centavo. Sua
mandíbula ficou tensa com a lembrança de quão suave era sua boca
contra a sua. Jesus, o que estava errado com ele?

A boca vermelha de Miranda na portaria se curvou em um


sorriso e mais uma vez ele encontrou seu olhar. — Eu sei que você
teve um vôo longo, de modo que não precisa lidar com toda a
papelada agora. Por que você não vai até o seu quarto para que possa
se instalar? Às onze horas, nós teremos um brunch7 de boas-vindas
na sala grande. Você vai conhecer e cumprimentar os outros casais e
alguns dos nossos especialistas em relacionamento, em seguida,
conhecer nosso itinerário.

— Parece adorável. Estamos animados, não estamos, querido?


— Lindy se aconchegou contra ele, seus seios pressionando contra
seu braço.

— Mal posso esperar. — disse ele com um aceno de cabeça,


colocando o cartão no bolso.

6
Profissional que fica em um balcão na entrada dos hotéis, sendo responsável por assistir aos hospedes em qualquer
pedidos que eles tenham, dos mais extravagantes aos mais simples, como chamar um taxi, dar informações sobre o
hotel, a cidade, pontos turísticos, venda de passeios, reserva de carros, etc.
7
Refeição comum nos EUA que combina café da manhã com almoço, feita no meio da manhã.
Miranda entregou-lhe uma chave, escovou os dedos bem
cuidados contra a palma de sua mão antes de liberá-lo. — Direto
subindo as escadas, segunda porta à direita.

— Nenhum cartão magnético? — Perguntou ele, com cuidado


para manter seu tom leve.

— Não. Nós tentamos manter as coisas menos high tech quanto


possível. Dependência da tecnologia é um dos maiores problemas
entre os casais de hoje. Muito tempo no computador, telefone celular,
ou jogar vídeo game, significa menos tempo de realmente estar
presente para o seu parceiro. — Ela se inclinou para frente, exibindo
uma quantidade espetacular de decote. — Nossa esperança é fazer
com que nossos casais reorientem as suas energias para o
relacionamento.

Chaves reais, sem cartão magnético. Seu raciocínio parecia


plausível, mas até que ele tivesse uma certeza sobre exatamente o que
acontecia aqui, tudo parecia suspeito. Por enquanto, ele tomaria nota.

No momento em que chegou no quarto, não havia necessidade


para a chave. O porteiro estava em seu caminho e segurou a porta. —
Tudo pronto para o senhor. Sua bagagem está no quarto. Meu nome é
André, se você precisar de qualquer outra coisa.

O momento em que a porta se fechou atrás dele, Lindy retirou o


casaco e caiu no sofá. — Ufa. — Ela tocou a mecha de cabelo de seu
olho.

— Estou emocionalmente cansada, estava tensa, pelos últimos


20 minutos. Mais ou menos como quando eu saio do dentista, só que
desta vez, em vez de esperar por ele para bater um nervo, eu estava
esperando por alguém apontar e gritar “Impostor!” Ou algo assim. Eu
estava tão nervosa.

— Você foi incrível. Muito natural. O produtor de Monólogos da


Vagina seria um tolo ao deixá-la escapar por entre os dedos.

Suas bochechas viraram uma máscara bonita de rosa. — Sim,


bem, ele pode ligar para você para pegar uma referência.
— O que eu vou ficar feliz em dar. Você quer uma garrafa de
água agora? — Ele perguntou, dando um passo até o abastecido mini-
bar.

— Por favor. — Ela pulou em seus pés novamente,


aparentemente consciente de seu entorno, pela primeira vez. Ela
rondava a sala, olhando tudo. — Uau. É lindo, não é? A madeira é tão
rica. Quanto dinheiro que ele roubou que poderia pagar um lugar
como esse?

— Setecentos mil de Cara, mas quem sabe o que mais ele


arrecadou de outras pessoas. O amigo que estava falando da empresa
de segurança? Ele fez algumas pesquisas, e Nico não possui este
lugar. É um contrato de arrendamento de um ano por cerca de 500
mil. Contudo outra razão pela qual estou convencido de que este não
é negócio legítimo. Por que despejar todo esse dinheiro em algo tão em
curto prazo se o proprietário poderia pegar de volta a coisa toda em
doze meses? Porque você não tem intenção de ficar por mais tempo do
que isso.

— Ele pegou uma excelente localização. É fantástico. Luxuoso,


mas ainda quente e convidativo. É um equilíbrio difícil de manter. E
você notou o pessoal? Eles são ridiculamente atraente, cada um
deles. É como o Stepford8 ou algo assim. Não que eu esteja
reclamando do cara doce, mas as mulheres estão me dando um
complexo. Olhei para um dos quartos e havia uma mulher nos
tapetes de yoga. Ela era realmente absolutamente linda. E aquela na
recepção... Miranda? Você viu seus peitos? Eles são uma obra de arte.
— Ela deu um olhar desamparado em seus próprios recursos mais
modestos, e ele sorriu.

Ele pegou uma garrafa de água do mini-frigobar e abriu para ela,


colocando-a sobre o balcão. — Se você está tão impressionado com
eles, você pode conseguir um par para si mesma, por cerca de 20 mil,
o que, aliás, você deve ter em breve.

Ele tirou seu olhar do dela, focando na linha elegante de sua


garganta e as ondas suaves de seus seios sob a blusa com decote em
V. Ele teve de refrear o impulso súbito de pegar a taça em suas mãos
8
Faz referência ao filme Stepford Wives, com Nicole Kidman, em que a personagem principal se muda com a família
para uma nova cidade, onde as mulheres são donas de casa exemplares, passivas, belas.
e testar a sua suavidade. — Embora, eu ache que você está muito
bem nesse departamento. Não mudaria nada, não que eu tenha um
voto. — Luxúria tinha feito a sua voz rouca, então ele virou-se para se
servir de uma bebida. — De qualquer forma, eu não percebi a
tendência.

— S.. Sim. O porteiro. Heck, todos nós já conhecemos até agora.


— Ela atravessou a sala e pegou a garrafa de água com a mão
trêmula, tomando um gole.

Ficando feliz pela distração, ele voltou a pensar no sujeito que


pegou suas malas. Jovem, vinte e tantos anos, em boa forma. Pele
mais escura, espanhol talvez. Bom cara. O porteiro foi justo, mas
igualmente bonito e definitivamente em forma.

— Agora que você mencionou, eu acho que é verdade. Nos locais


cinco estrelas você não vai encontrar um monte de pessoas não
atraentes de trabalhando. Não se misturando com os convidados, em
qualquer caso. Toda a parte da ilusão de que tudo é grande.

O grunhido de Lindy foi mais claro do que quaisquer palavras


que ela poderia ter falado e ele concordou.

— Eu sei. É uma merda, mas é assim que é.

— Sim, bem, se destacou para mim como dentes salientes sobre


a Mona Lisa. A maioria dos recepcionistas nos lugares onde eu fiquei
não iriam ganhar nenhum concurso, e certamente nunca me
impediram de verificar se o lugar tem acesso Wi-Fi gratuito, e muffins
pela manhã, e não alugar quartos por hora é bom o suficiente para
mim. — Ela encolheu os ombros.

Ele jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada. — Faz-me


querer estender nosso contrato só assim eu posso levá-la para
algumas festas comigo e ver a reação das pessoas quando você diz
coisas assim. Eu tenho contatos com pessoas que não têm ideia do
que é viver uma vida normal, onde o dinheiro não é um dado. É um
alívio estar perto de alguém normal de novo.

Ela sorriu. — Você quer me mostrar em eventos como uma


espécie de macaco tocando acordeom para a diversão de seus amigos
milionários? — Ela brincou.
— Mais para minha própria diversão, na verdade.

— Nesse caso, estou dentro e me sentindo magnânima agora


que você finalmente admitiu que sou normal.

— Talvez tenha sido um pouco precipitado. Eu quis dizer mais


pé no chão.

— Vou aceitar. Ao final desses três semanas, estou esperando


para arrastá-lo aqui comigo.

Imagens de Lindy arrastando-o para cobrir seu corpo o


assaltaram. Felizmente, ela virou-se para terminar de explorar a suíte
e não presenciou sua luta pela compostura. A atração estava ficando
fora de mão, e ele amaldiçoou-se por não quebrar o hiato sexual antes
que eles deixassem Nova York.

Nos últimos dois meses, ele tinha estado tão ocupado com o
planejamento que ele não estava namorando. Sem a tentação lá e com
outra coisa para apontar suas energias, o período de seca não o
incomodava muito. Agora que ele foi forçado a ficar em um quarto
fechado, com uma mulher atraente, era natural que sua libido se
recuperasse. Se ele não colocasse um punho sobre ele rapidamente,
iria embaraçar a si mesmo e Lindy, ou ele iria começar algo que não
podia terminar. Pelo menos, não na forma que uma mulher como
Lindy gostaria.
L indy pressionou as rugas

imaginárias de sua manga e tentou se concentrar no alto-falante. Nico


Stephanopoulos parou bem na frente do fogo crepitando alegremente
dando seu discurso de boas-vindas. Não é que ele fosse chato. Ele era
pecaminosamente bonito. Um Adônis de pele morena. Cachos escuros
emoldurando um rosto angelical, e seus olhos profundos eram negros
como a noite. Cada palavra rouca que saiu de sua boca parecia ser
sincero. Quase como o bate-papo de lareira de um político
carismático. Não havia dúvida de que ele tinha o que quer que ele
quisesse.

E ainda, “ele” não era o suficiente para manter sua atenção.


Tudo o que podia pensar era o momento em que ela abriu a porta de
seu quarto e de Owen e viu sua cama king-size suntuosa. Era quase
uma parede inteira, e era enquadrada por um dossel de organza
lindo. Sua cama dos sonhos. Owen não estava ajudando as coisas,
também. Com sua ardente boa aparência e sensualidade bruta,
mesmo o comentário mais inócuo ou olhar inocente sentia
abertamente a energia sexual.

Então, novamente, talvez ela estivesse apenas com tesão. Ela


tentou se lembrar da última vez que fez sexo e foi há dois anos atrás,
antes de parar com um gemido interior. Foi deprimente, mas deu-lhe
alguma esperança de que não se tratava de Owen em tudo. Tinha lido
na Cosmo9 que as mulheres atingiam seu pico sexual na casa dos
trinta. Então, estava a um par de anos antes do seu aniversário de
trinta anos? Talvez ela já tenha atingido o ponto alto mais cedo e o
interesse de Owen, fingido ou não, tinha despertado algo nela que
esteve adormecido por tanto tempo. Isso tinha que ser ele. Não é o
homem exatamente, mas um cara bonito e sexy no lugar certo, na
hora certa.

— Preste atenção. — disse Owen.

— Estou prestando. — disse ela, um pouco mais alto do que o


necessário. A mulher sentada à sua direita deu-lhes um olhar rude e
a boca de Lindy fez um pedido de desculpas envergonhado.

— Miranda estará vindo por aí com uma caixa e alguns rótulos.


Pedimos que, por favor, escreva o seu nome em uma etiqueta, afixe-a
em seu celular e coloque-o na caixa. — Nico riu dos gemidos e
levantou uma mão. — Eu sei que alguns de vocês precisam para os
negócios, e isso não é obrigatório, mas ele simboliza para o seu
parceiro como você está empenhado no processo. Alternadamente, a
partir deste ponto em diante, nós pedimos que você se abstenha de
levar telefones celulares para quaisquer atividades de casal. Você terá
várias pausas durante o dia para voltar para o seu quarto e fazer
chamadas.

— Agora — seu anfitrião concluiu — desfrutem de um brunch,


para conhecer os outros, um pouco. Em seguida, cada casal vai se
reunir com um conselheiro que lhe dará os seus questionários e criar
uma agenda para você. Hoje à noite o grupo voltará a se reunir aqui
para jantar e jogar alguns jogos. Até então, tratem o outro com
respeito, e sempre falem com amor em seu coração.

Owen gemeu sob sua respiração, e ela lhe deu uma cotovelada
nas costelas.

— Ele é um idiota perfeito, não é? — Suas narinas se alargaram


e seu sotaque engrossou.

— É melhor relaxar. Ele está vindo para cá e você está indo para
explodi-lo.

9
Cosmopolitan – Famosa revista feminina.
Nico estava trabalhando a pequena multidão, apresentando-se a
cada um dos casais assim sucessivamente. Ele chegou a eles e
colocou um sorriso largo.

— Sra. O'Neil. Sr. O'Neil. Prazer. — Ele apertou a mão de Owen,


em seguida, tomou a dela e deu um beijo nos nós dos dedos.

— Stephanopoulos. — disse Owen com um aceno de cabeça,


embora o sorriso que o acompanhasse era mais parecido com dentes
descobertos.

— Estamos entusiasmados em ter vocês aqui. Estou ansioso


para trabalhar com você, tanto como seus progressos. Você quer
entregar seus telefones? — Ele levantou um dedo para cima
chamando Miranda, preparado para chamá-la de novo.

— Não. — disse Owen categoricamente. Ela pegou seu olhar e


lhe deu um olhar bravo. Ele pareceu descongelar um pouco e
acrescentou: — Eu tenho negócios, mas é uma ótima ideia para
aqueles que podem.

— Vamos deixá-los no quarto durante as sessões. Não é


querido? — Lindy disse, sorrindo radiante para Owen.

— É claro.

— Isso é bom. — disse Nico, aparentemente inconsciente de


mau humor inicial de Owen. — E, por favor, se você precisar de
alguma coisa, não hesite em me perguntar.

As palavras eram inofensivas, mas o brilho de calor em seu olhar


direto para Lindy enviando sordidez.

Owen a pegou pelo braço e levou-a a uma longa mesa que gemia
sob a variedade de alimentos espalhados. — Eu acho que ele gosta de
mim. — disse ela através do lado de sua boca enquanto ela enchia
seu prato.

— Talvez esse seja o seu modo de operar. Ele seduz esposas


infelizes afortunadas de seus maridos.

— Ou talvez ele goste de mim. — ela rebateu piscando os olhos.


Eles tinham acabado de chegar à mesa de frutas quando uma
voz masculina cresceu — Oi! — Um homem robusto em cinqüenta e
poucos anos pegou uma costela. — Meu nome é Calvin Cedarhurst.
Esta é minha esposa, Bitsy.

Bitsy Cedarhurst era a pessoa que Lindy teve o maior prazer em


conhecer. Ela tem um sorriso doce, tímido que Lindy aqueceu
imediatamente por ela.

— Prazer em conhecê-los. Deixe-me adivinhar. Texas?

— É isso aí, moça bonita. — Ele deu uma piscadela e voltou-se


para Owen. — Que tal vocês?

— Long Island é nossa casa agora.

— Nunca estive. Vale uma viagem?

— É adorável na primavera, mas você pode querer passar esta


época do ano. — Lindy disse com um sorriso educado.

— Eu vou manter isso em mente. — Ele levantou um chapéu


imaginário e chamou Bitsy para o bar de massas. — Foi um prazer
conhecê-los. Eu e minha esposa estamos indo pegar um pouco de
comida.

Ela e Owen sentaram-se com seus pratos, mas antes dela ter
uma mordida, outro casal se aproximou deles, desta vez conduzida
pela mulher que visualmente “silenciou” o seu discurso de boas
vindas durante a fala de Nico. Lindy colou um sorriso educado.

— Se importam de nos sentarmos com vocês? — Ela não


esperou por uma resposta, estabelecendo-se na cadeira em frente a
Owen. — Todos os outros assentos estão ocupados. Eles realmente
deveriam ter planejado melhor. — ela se queixou, mal respirando
antes de continuar. — Este lugar é muito menor do que eu esperava,
também. A secretária de Marty nos indicou, e acredite, ela vai ouvir
de mim, uma vez que voltarmos.

Marty sentou-se ao lado de sua esposa e deu a ambos um aceno


de saudação. Ele não poderia ter mais do que 40 anos, mas o cansaço
geral que usava era como um manto dando-lhe uma antiga vibração.
Ele tinha um rosto bonito, do tipo que se o visse na rua e precisasse
de instruções você se sentiria segura para perguntar a ele.

— Sou Lindy. — disse ela, engolindo em seco antes de


continuar: — E este é o meu marido Owen.

— Ele é Marty e eu sou a Jordan.

Lindy arquivou os nomes. Marty poderia não ficar na sua


cabeça, mas Jordan a lembrava de um famoso goleiro.

— Eu estive pensando que é hora de deixá-la ir de qualquer


maneira. — Jordan confidenciou. — Sempre que eu o chamo ela me
coloca em espera para sempre. Marty é o meu marido, e se eu
precisar falar com ele, tem que ser imediatamente. Eu sempre digo,
uma boa ajuda é difícil de encontrar. Você não concorda?

Marty não reagiu muito mais do que desviar o olhar. Sua esposa
era um rolo compressor absoluto, e Lindy resistiu ao impulso de
abraçá-lo. Ela soltou uma risada nervosa, pesando sua resposta. O
que gente rica quer dizer aqui? — Na verdade, eu estava dizendo para
Owen no outro dia, precisamos nos livrar de todo o lote e começar de
novo, não é querido? — Sua voz tinha caído em modo Myrna Loy e ela
viu o estremecer de Owen do canto de seu olho.

— Não... não. Não que... — ele murmurou baixinho com uma


vibração quase imperceptível de cabeça.

Ela sentiu o rosto corar e limpou a garganta antes de continuar


em um tom mais normal. — Como eu estava dizendo, é uma batalha
constante.

Jordan acenou simpaticamente enquanto Marty apareceu para


contemplar uma bala.

— Então, Marty, que tipo de trabalho que você faz?

Ele abriu a boca, mas o rolo compressor foi mais rápido. — Ele é
um cirurgião especializado em reconstruções faciais. Diga-lhes,
Marty. — disse ela. Foi um fora falso, porém. Ela não tinha nenhuma
intenção de deixá-lo falar. Ela tomou o palco, dizendo-lhes histórias
sobre cães selvagens atacando crianças e uma mesa sangrenta que
viu. Desde o momento que eles sentaram, Lindy mal havia tocado a
sua comida, mas não tinha apetite. Ela estava considerando fingir
uma dor de cabeça para fugir deles quando uma loira atraente com
uma trança conservadora aproximou de sua mesa com um sorriso.

— Sr. e Sra. O'Neil? Eu sou Sarabeth e vou ser sua orientadora.


Se vocês terminaram com a alimentação, por que não ir a uma das
salas de conferências para uma pequena sessão de introdução?

Lindy e Owen quase derrubaram o outro na pressa de fugir de


seus companheiros.

— Nós vamos segurar um assento no jantar! — Jordan falou a


eles quando seguiram Sarabeth para a sala grande.

Owen passou o braço em torno do ombro de Lindy e se abaixou.


— Mate-me primeiro. — ele murmurou.

O sopro de ar quente acariciando p lóbulo de sua orelha enviou


um arrepio para baixo em sua coluna, mas ela conseguiu forçar um
sorriso.

— Bem aqui — Sarabeth disse, acenando-os em uma pequena


sala de conferências.

Eles se sentaram em torno de uma mesa de vidro e sua


orientadora colocou um maço de papéis na frente de cada um deles.
— Como vocês sabem vamos atender três vezes por semana para
trabalhar em comunicação e quaisquer problemas que vocês possam
estar tendo agora. A primeira coisa que tentamos fazer aqui no centro
é estabelecer algumas metas. Eu gostaria que vocês anotassem o que
esperam desta experiência. Em seguida, na mesma folha, quero que
vocês escrevam a única coisa que é inegociável no seu relacionamento
com o outro. Alguma pergunta?

Ambos balançaram a cabeça.

— Vão em frente, então.

Lindy e Owen tinha falado sobre o motivo que daria para estar
no resort, concordando em manter vago, de modo que não foi um
problema. Foi a outra pergunta que a pegou desprevenida. Ela
arriscou um olhar para Owen. Ele já tinha colocado seu lápis para
baixo e estava olhando pela janela. O que ele disse antes? Era mais
fácil manter uma mentira quando estava perto da verdade. Com um
encolher de ombros, ela se voltou para sua escrita.

Mais um minuto se passou antes que Sarabeth falou de novo. —


Ok, isso basta por agora. Virem suas cadeiras e enfrente um ao outro.

Ambos fizeram como ela pediu, mas Owen não conseguiu


esconder seu desdém para a tarefa.

Sarabeth bateu a mão suavemente. — Não se preocupe, não é


tão ruim. Você ficaria surpreso. Ao final de uma semana, muitos
homens estão felizes em compartilhar pensamentos íntimos com suas
esposas face a face.

Ele deu uma risada irônica. Lindy tentou imaginar como ela se
sentiria se ela fosse, de fato, a Sra. O'Neil. — Realmente, Owen. Será
que vai matá-lo ter a mente aberta uma vez?

Ele enviou-lhe um olhar de aviso sob os cílios pretos grossos,


mas não teve o efeito desejado. A emoção de antecipação correu
através dela. Isso poderia ser divertido.

— Eu estou aqui, não estou? — Ele rosnou.

— Assim como um homem pensa que é o suficiente, estou certo,


Sarabeth? — Disse ela com um rolar de olhos cúmplice. — Tudo que
você tem que fazer é mostrar-se, e você está fora do gancho. Eu
poderia deixá-lo deslizar com essa atitude na cama, senhor, mas eu
vou ser amaldiçoada se eu vou deixar você fazer isso aqui. É hora de
reparar alguns dos danos que você fez com sua apatia, você não
acha?

Os olhos de Owen se arregalaram antes de estreitar e assumir


um brilho diabólico. De repente, todos os nervos de seu corpo estão
em atenção, e seu cérebro em silêncio gritou — Abortar! Abortar!

— Não quer dizer que eu sou p... perfeita. — ela gaguejou,


tentando freneticamente recuar. Um olhar e sorriso letal de Owen, e
ela sabia que era muito, muito tarde.

— Apatia? Querida, eu não sou apático, estou exausto. Seus


apetites são... nada convencionais, para dizer o mínimo, e pelo tempo
que os adereços são postos de lado, eu preciso descansar. Por mais
que eu queira agradar você, é razoável esperar que três e quatro vezes
por dia. — Ele inclinou-se, deixando seu olhar sobre os lábios e para
baixo para passar sobre os seios como uma carícia. — E,
francamente, algumas de suas solicitações de me fazem sentir... — ele
torceu o nariz e baixou a voz para um sussurro — tão sujo.

Lindy apertou os olhos fechados, que arruína seu cérebro para


uma resposta coerente, mas ela não conseguiu mais do que sufocar
com a saliva antes de Sarabeth interceder.

— Isto é tudo. Muito bom. — Ela limpou a garganta e empurrou


os óculos de volta até a ponte de seu nariz. — Obrigado tanto por sua
disposição em compartilhar suas verdades comigo, e com o outro. O
que acha de colocar um pino uma vez que trabalhar com alguns dos
princípios básicos que podemos revisitar este tema mais tarde na
semana, hein?

A sala positivamente cantarolava com a tensão, mas seu sorriso


nunca vacilou. Ela guardou algumas notas no arquivo na sua frente
antes de continuar. — Ok, de volta para o exercício. Owen, por que
você não vai primeiro? Diga a Lindy como você espera sair desta
experiência, e a única coisa que você espera dela em seu casamento,
acima de tudo.

Ela olhou cegamente para a folha de papel em sua mão trêmula.


Ela podia sentir o olhar de Owen a perfurando. Antagonizar com ele
tinha sido um equívoco fundamental da parte dela e não tinha ideia
de como voltar para um terreno mais seguro. Ela cutucou a fera, e
agora ele estava acordado e à espreita.

Além de breves lampejos que foram rapidamente mascarados,


como quando ela pulverizou-o na boca com perfume, ou quando tinha
o beijado antes, ele tinha se depararado tão confiante, mas afável a
maior parte do tempo. Jogada inteligente da sua parte. Se ela tivesse
visto mais esse lado dele - o lado mais selvagem, ela nunca teria pego
o trabalho. Era bastante difícil ficar perto dele quando estava em uma
coleira. Sem o verniz civilizado no lugar, ele iria comê-la viva.

Quando ela encontrou seu olhar, calor chiou entre eles,


construindo uma dor no baixo ventre, e ela não podia recuperar por
que seria uma coisa tão ruim.
Owen não conseguia tirar os olhos de Lindy quando ela olhou-o
com uma mistura inebriante de desejo e ansiedade. Bom. Ela deve
estar com medo. Inferno, ele estava tão perto da borda que estava
assustando a si mesmo. Ela umedeceu a boca inteligente com a ponta
da sua língua e ele olhou encantado. Seu corpo ficou em alerta
máximo, e levou toda a sua força de vontade para não se lançar sobre
ela.

Sarabeth novamente pigarreou delicadamente, quebrando o


feitiço. — Owen?

Foco.

Ele voltou à realidade com um baque e desviou o olhar de uma


Lindy aliviada. — Desculpe, sim. — Ele olhou para o pedaço de papel
em seu colo.

— Estou aqui para me conectar com minha esposa da maneira


que costumava ser anteriormente em nosso casamento. — Um pouco
de verdade, não disse nada, mas ele não podia imaginar muitos dos
outros homens chegando com nada melhor.

Sarabeth assentiu encorajando. — Muito bom Owen. Durante as


visitas seguintes, vamos tentar identificar as coisas que você sente
mais falta, tudo bem? Agora diz-nos uma coisa que você espera de
Lindy em seu casamento, acima de tudo.

— Lealdade — disse ele instintivamente. Lindy lançou-lhe um


olhar perplexo. Que não tinha sido o que ele tinha escrito e ela sabia
disso. É melhor ele aprender a separar Owen Phipps de Owen O'Neil,
ou ele estava em perigo de revelar mais a sua cúmplice do que ele já
tinha revelado a ninguém.

— Agora você, Lindy.

— Eu estou aqui porque a vida é muito curta para ser infeliz,


mas nós fizemos um compromisso. Eu apenas não quero fazê-lo de
“trabalho”. Para mim, isso significa resolver... até que ele funcione.
Isso não é o que estou procurando sempre em meu relacionamento.
Eu quero corrigi-lo até que esteja certo e realmente... bom. — Sua voz
soou com sinceridade, e Sarabeth deu-lhe um sorriso radiante.

— Excelente. — disse ela, escrevendo furiosamente em seu livro.

Com certeza foi. Uma bonita abordagem de um relacionamento.


Por que uma pessoa se contentaria com “mais ou menos” se, com um
pouco de atenção, o verdadeiro contentamento poderia ser alcançado?
Talvez uma reavaliação de seus próprios pensamentos sobre a escolha
de um parceiro estava em ordem.

Arquivou a apresentação de Lindy para examinar mais tarde, ele


considerou Lindy com novos olhos. Seu charme excêntrico era em
alguns aspectos engraçado. Ele encontrou-se não só desfrutando de
sua companhia imensamente, mas também respeitava as suas idéias
cada vez mais a cada hora que passa.

— E qual é o inegociável para você?

— Eu quero um homem cujo rosto se ilumina quando eu entro


em um quarto.

Os olhos de Sarabeth ficaram desconfiados por um segundo, a


terapeuta a incentivou com uma máscara vacilante. — Sim — ela
respirava. — É exatamente isso, não é?

Algo intangível passou entre a mulher e Lindy assentiu


lentamente. — Simples assim.

Bem quando ele deu a ela o crédito para ser sensato ela teve que
ir e desfilar em torno de alguns disparates. — Não estourando sua
bolha, senhoras, mas isso não é nada mais do que disparates de um
romance. Na vida real, você dá a alguém algum tipo de poder e você
está deixando-se aberto para o mundo de dor. Mais da metade dos
casamentos não duram, e aqueles que o fazem, a maioria
provavelmente não são felizes. Se o seu sol nasce e se põe sobre uma
pessoa e ele se vai, onde isso deixa você?

As mulheres trocaram um olhar nervoso, mas não responderam.

— Eu vou te dizer onde. Sozinho no maldito escuro.


— I sso foi bom. — disse Lindy,

forçando entusiasmo tanto quanto ela conseguiu reunir em seu tom.

— Será que foi? — A voz de Owen era enganosamente suave e


ele fechou a porta do apartamento atrás dele.

Desde o início da tarde, quando ela sugeriu que ele era fraco na
cama, ele estava exalando uma energia tão no limite, que ela mal
podia suportar. Felizmente, após a sua sessão com Sarabeth, eles
foram separados para algum “tempo sozinho” e workshops. Um foi
voltado para os maridos, e outro para as mulheres. Tinha sido um
alívio abençoado. Ela esperava pelo tempo que eles ficassem sozinhos
novamente, todo o jogo da sessão de terapia tivesse sido esquecido.

Não teve sorte.

— É. Especialmente a sessão para ganhar confiança com as


outras mulheres. Eu acho que fiz algumas boas ligações com um
casal de mulheres que eu posso começar durante os próximos dias e
ver se elas foram abordadas sobre oportunidades de investimento ou
qualquer coisa. — Ela retirou os sapatos e caminhou sobre o tapete
macio para o bar para pegar uma água com gás, determinada a não
olhar para ele.

— Eu concordo. Os homens eram bastante falantes na minha


também, mas eu não estou interessado nisso agora. Estou muito
mais interessado em discutir o nosso encontro com Sarabeth. Você
acha que foi bem, Lindy?

Ela tomou um gole de refrigerante e coloque-o sobre a barra. —


Foi a nossa primeira consulta e tudo, por isso temos que trabalhar
algumas torções. — Ela encolheu-se na escolha de palavras,
recordando “confissão” de Owen sobre seus “apetites” para Sarabeth.
— Ma... mas não, apesar de tudo, não foi ruim. Ela definitivamente
acreditava que éramos um casal, que é tudo o que importa certo?

Owen sustentou seu olhar, avançando mais perto. — Em um


mundo perfeito, sim. — Ele continuou vindo para ela, com passos
lentos, propositalmente.

Seus dentes batiam e ela deu um passo hesitante para trás. —


Legal. Então, todos nós estamos bem aqui. — Ela levantou os dois
polegares e virou, indo para o quarto. — Eu vou tomar um banho,
provavelmente um longo. Sinta-se livre para, você sabe ir a algum
lugar ou o que quer... — ela chamou por cima do ombro.

— Lindy?

Ela virou-se para encontrar-se olho no queixo com ele e quase


saltou fora de sua pele. — O que você é, um vampiro? Como você
chegou aqui tão rápido? — Ela agarrou a mão sobre o coração
galopante.

— Não importa. Eu acho que nós precisamos ter uma pequena


conversa, hein?

— Sobre o quê? — Ela esticou a cabeça para trás para fazer


contato visual e se arrependeu imediatamente. Seus olhos estavam
quentes, mas não com a raiva que ela esperava. Ele parecia em parte
divertido, tipo de... Excitado? E completamente aterrorizante.

— Como eu estava dizendo, em um mundo perfeito, Sarabeth


caindo para o nosso ardil seria suficiente para me fazer feliz. Mas eu
me encontro estranhamente ferido por seu retrato de nossa vida
sexual.

— V... você está?


Ele levantou um dedo para varrer a mecha de cabelo de sua
testa. — Eu estou. E eu não sou normalmente o tipo de homem que
se importa com o que os outros pensam, então isso é preocupante.

Ela deu outro passo para trás e bateu na parede. — Eu só estava


brincando, e você virou o jogo em cima de mim de qualquer maneira.
Tenho certeza que Sarabeth não acha que você é ruim em...

— Não é opinião de Sarabeth que me interessa. — disse ele,


pressionando perto que ela podia sentir o calor saindo de seu corpo.
— Por alguma razão bizarra, é sua.

— A minha? — Ela engoliu em seco. — Não, não se preocupe


com isso, ok? Eu aposto que você é um garanhão de verdade. — Ela
estendeu a mão para dar um tapinha no ombro, mas quando ela
sentiu o músculo encolheu a ponta dos dedos, e pegou a mão dela de
volta.

Seus olhos ardiam ainda mais brilhantes e ele balançou a


cabeça lentamente. — Não está bem. Isso é serviço de bordo. Eu
quero fazer de você um crente. — Ele baixou a cabeça, fechando o
último pedaço de espaço entre eles, sua boca roçando a dela
enquanto falava. — Você quer ser um crente, Lindy?

Ela não podia responder a isso, mas não podia se afastar


também. Por um momento, ela resistiu a investida sensual. Então,
com um gemido baixo, ela saltou nas pontas dos pés e esmagou seus
lábios nos dele. Ele estava fora de controle, e ela sabia que era
estúpido, mas ela não teve coragem de parar. Sua língua escorregou e
deslizou contra a dela em uma dança primitiva que ela nunca quis
terminar. Seus mamilos apertaram em picos duros e ela apertou
mais, seu corpo ao dele.

Ele rosnou baixo em sua garganta, um som cru que enviou uma
emoção vibrando por sua espinha e ela se aproximou, dando ao
impulso de bater os quadris dela contra o dele. Porra, todo o seu
corpo estava duro e apertado. Ela levantou uma mão tentativa de
colocá-lo em seu abdômen. Os músculos agrupados sob os dedos,
ondulando sob sua carícia.
Seu beijo se tornou mais exigente, até o bater do seu coração foi
eclipsado por suas respirações compartilhadas, curtas. Os dedos
fechados sobre seus quadris, amassando-os, enviando ondas de calor
entre as pernas. Ele era o sol e ela era um picolé, derretendo em uma
poça para ele.

Não era bom.

Ela puxou de volta. — Nós temos que parar. — Sua voz soava
rouca de necessidade, minando suas palavras completamente.

Ele a olhou com os olhos tão escuro que parecia ser preto. — Por
que isso? Eu pensei que as coisas estavam indo muito bem.

— Eu... eu preciso entrar no chuveiro agora, no entanto.

— Sentindo-se suja, amor?

— Sim. Não. Quer dizer, não particularmente. Dessa forma. —


Os dedos nos quadris continuaram a sua massagem hipnotizante e
ela foi rapidamente perdendo a luta pela sanidade. Seus lábios
perfeitos ainda estavam a centímetros do dela. Se ela inclinasse a
cabeça para trás, um pouquinho, ela poderia...

Não.

Esse cara estava fora de seu alcance de toda forma possível. Ela
piscou rígida e depois fez o que sempre fazia quando ela se sentia
confusa e sobrecarregada. Ela abriu a boca e falou. — Eu sou uma
novidade para um cara como você. Eu entendo isso. Isto é um pouco
diversão do jogo do gato e do rato, e ele aciona o seu desejo de
conquistar. Eu entendo isso também. — Ela reuniu sua coragem e
olhou para ele agora. — Mas eu não sou você, Owen. Eu não posso
fazer isso... quando não há chance de que ele possa se transformar
em algo mais.

Os olhos claros olhos azuis de Lindy cortaram através da névoa


de luxúria como dois lasers alimentados por honestidade, pura. Na
primeira, o peso dele fez a recuar tão rápido que ela teve que agarrar
na porta para o equilíbrio, mas ele socou para baixo a culpa. Por que
não podia duas pessoas desfrutarem um do outro fisicamente sem
complicar as coisas com mentiras e promessas que nunca poderia
manter? Em vez disso, ele optou por dar a ela exatamente o que ela
tinha dado a ele.

Total honestidade.

— Eu entendo. — disse ele.

Ela assentiu com a cabeça, aparentemente apaziguada por sua


resposta, mas antes que ela se virasse, ele a segurou, com uma mão
no ombro.

— No entanto, tudo o que posso prometer é isso. Eu não vou


mentir para você para fazer do meu jeito, e eu nunca vou fazer nada
que você não queira. Mas não me peça para ser forte o suficiente nós,
quando você olha para mim do jeito que você faz. Nós somos
diferentes, você e eu somos uns bastardos egoístas e eu levo o que eu
quero. Agora, eu não posso pensar em nada que eu queira mais do
que você. E se eu tiver a chance de afundar-me em seu corpo doce, eu
vou pegá-la.

Ela suspirou, cruzando os braços sobre o peito, mas ele seguiu


em frente. — Outra coisa. Da próxima vez que você se oferecer em
“detalhes íntimos” sobre a nossa vida amorosa, você faria bem em
lembrar este momento. Cada vez que você desafiar minha
masculinidade em público, vou-me sentir obrigado a provar que está
errada em privado. Está no meu DNA.

— Isso foi um erro. Isso não vai acontecer de novo. — ela


murmurou.

Ele deu um passo para trás, dando-lhe algum espaço. — Talvez


depois do jantar esta noite devêssemos trabalhar algumas questões
mais profundas para conversar com o terapeuta. Dessa forma, não
deixaríamos a nossa imaginação correr com a gente e acabarmos
sendo inconsistente.

— Parece bom. — Ela abriu a boca para dizer mais, mas, em


seguida, fechou-a com um estalo. Com um dedo trêmulo pressionado
em seus lábios, ela entrou no banheiro e fechou a porta atrás dela.
Ele sentia-se estranhamente desprovido uma vez que ela tinha
ido, tendo a esperança de mais beijos com ela. E o que tinha sido o
beijo? Sua virilha latejava com uma dor não aliviada. Ela era tão
sensível, tão sexy, ele só podia imaginar o que teria sido se ela tivesse
lhe permitido ir mais adiante. Foi como uma antecipação que ele
ainda não tinha conhecimento, que foi drenada de uma só vez.

O que diabos estava errado com ele? Ela era linda, um doce, a
garota da casa ao lado, mas ele tinha estourado sua cota de mulheres
bonitas. Ele não era nenhum santo. Ele gostava de companheirismo e
um pouco de sexo suado, tanto quanto os outros caras. Mas não, ele
agora estava distraído. Até agora. Era perturbador para dizer o
mínimo. Em nenhum momento, ela enterrou seu caminho sob a pele
com seu sotaque pateta e suas expressões animadas. Ele queria ver
seu movimento e a ouvir falar quando o que ele precisava fazer era
prestar atenção aos acontecimentos no Lugar de Cura.

Contudo outra razão pela qual ele não deveria se envolver com
ela. Ele tinha um trabalho a fazer e toda essa energia que estava
gastando em Lindy era melhor gastar descobrindo o jogo de
Stephanopoulos.

Foco. Ele tinha que se concentrar.

Ele entrou no quarto, determinado a se preparar melhor para a


sessão seguinte. Ele não estava lá para a terapia, para melhorar uma
relação, ou ganhar uma nova compreensão da mulher que amava. Ele
estava lá para se vingar. Se em algum momento Lindy viu as coisas à
sua maneira e queria ter um pouco de diversão à noite, enquanto eles
estavam nele, ele estava mais do que no jogo, mas não podia deixá-la
ficar em sua cabeça mais do que já tinha.

Quando ele desfazia as malas, fez um retrospecto mental do que


eles aprenderam até agora. Doze casais estavam hospedados no
resort, que de acordo com sua pesquisa, era a média desde a sua
abertura, há alguns meses. No brunch, ele e Lindy tinha encontrado
um cirurgião, um agente imobiliário, marido e mulher em equipe de
consultoria de gestão. Até o momento, não parecia ter um traço
comum entre os outros convidados do que um desejo de melhorar
seus casamentos. Eles também correram a serie financeiramente,
variando os seis tipos de figuras salariais aos multimilionários. Na
superfície, o que parecia ser um conjunto aleatório de indivíduos
abastados, o que significava que Stephanopoulos estava lançando
uma ampla rede. Ele pegou um pequeno caderno de sua pasta e fez
algumas anotações de suas impressões, terminando com — pode
estar olhando para os lotes de menores pontuação de $, em vez de a
baleia branca?

Com isso, ele arrumou suas notas e pôs-se à tarefa de escolher a


roupa para usar à noite. Ele tinha acabado de selecionar uma
gravata, quando o chuveiro parou de correr. Seu olhar foi atraído para
a porta do banheiro. Imagens de uma Lindy, molhada e nua o
assaltaram. Sua pele estaria limpa e rosa do chuveiro quente. Água
seria pérola sobre seus seios nus, uma gota errante poderia estar
presa à ponta de um mamilo escuro. Então, ele poderia se inclinar
para frente e capturá-lo com a língua.

A dor que finalmente cedeu voltou com uma vingança, lutando


contra o zíper de suas calças. Ele ainda estava falando-se com a linha
de pensamento quando a porta do banheiro se abriu alguns minutos
mais tarde.

— Isso é bom ou muito vistoso também?

Lindy ficou na porta, seu corpo pouco apertado envolta em um


mini-vestido da cor do doce de maçã vermelha que se encaixava nela
como um sonho. Pernas nuas, em cima de saltos plataforma nude fez
suas pernas parecem incrivelmente longas, apesar de sua pequena
estrutura. Ele não podia se segurar ao imaginá-la, vestido agrupado
em seus pés, em pé diante dele sem nada, apenas os saltos. Em uma
palavra, ela parecia incrível. Quando ele contratou a personal stylist
na Sacks, ele deu a ela uma lista com as medidas que Lindy havia
fornecido a ele e uma descrição da sua coloração e penteado. Do que
ele tinha visto até agora, ela fez um trabalho espetacular.

Ele fez uma nota mental para enviar um sinal de agradecimento.

— Você está linda.

Ela brincava com seus anéis de casamento e deu-lhe um sorriso


autoconsciente. — Obrigada. Eu ainda tenho que fazer maquiagem e
escolher a jóia.
Ele apenas acenou com a cabeça, incerto de como ficaria a
braguilha se ela conseguisse melhorar ainda mais este aspecto.

— Você está muito bem, também. Precisa de ajuda com a


gravata? — Ela empurrou o queixo para o pano pendurado em seu
pescoço.

Ele quis dizer que não. Ele realmente quis, mas a oportunidade
de chegar perto dela, respirar o doce aroma de sua pele cancelou a
objeção débil de seu cérebro. — Claro.

Ela se aproximou e brincou ao redor em seu colar. Os saltos


deram-lhe alguns centímetros, e sua respiração era quente de menta
em seu queixo. Pode ter sido sua imaginação, mas ele jurou que podia
sentir o calor vindo de seu corpo, tão perto dele. Se ele desse um
passo a mais para frente, eles estariam se tocando. Peito a peito. Coxa
com coxa.

— É de seda? — Sua voz soava esganiçada e ela continuou a


brincar com a gravata. — Parece seda.

— Sim.

— Realmente escorregadia.

— Lindy? — Ele tentou manter o sorriso de sua voz.

— Sim?

— Você sabe como amarrar uma gravata?

Ela balançou a cabeça e soltou um suspiro. — Não, não


realmente. Eu tenho visto pessoas fazê-lo na TV para seus maridos e
eu pensei, o quão difícil pode ser?

— Vamos colocá-lo em você e eu posso te mostrar, se quiser.


Então, quando encontrar seu príncipe encantado e se casar você vai
saber como fazer.

— Não. — ela deu um passo atrás. — Eu ainda tenho que fazer


a minha maquiagem, e vamos nos atrasar para o jantar. Vá em frente
e faça e você pode me mostrar outro dia. — As maçãs de suas
bochechas coraram o que fez ele se sentir um pouco melhor. Pelo
menos ele não estava sofrendo sozinho.
Ele assistiu sua saída e arrancou a gravata desarrumada.
Estava enrugada além do reparo após sua tentativa do que parecia
ser um nó marinheiro. Ele sorriu e atirou-a na mesa, cruzando o
quarto para pegar outra. Com Lindy em mente, ele escolheu uma
vermelha e prata listrada. Ele ficaria ótimo ao lado de seu vestido. Por
mais que tentasse, ele não conseguia parar a voz em sua cabeça que
sussurrou, ele ficaria ainda melhor enrolado em seu tornozelo, ou as
imagens carnais do que ele faria com ela, uma vez amarrada. Todo o
seu sangue correu para o sul, e ele gemeu.

Deus, ele estava ferrado.


Q uando eles chegaram lá embaixo,

o jantar estava em pleno andamento, e duas das três grandes mesas


já estavam preenchidas com os casais e funcionários.

Jordan acenou descontroladamente da última mesa.

— Lindy! Aqui. Nós guardamos um assento.

— Naturalmente. — Owen murmurou.

— Seja legal.

Ela passou o braço em sua cintura, e eles atravessaram o piso


de madeira do grande salão. Ela estava determinada a ignorar o
frisson de consciência que serpenteava através dela ao seu toque. Ela
precisava olhar para ele como terapia de exposição. Quanto mais eles
se tocassem, pelo menos em público, menos a afetaria. Em breve,
seria como andar como asa de galinha com Melba na rua ou algo
assim. Depois de seu pequeno discurso de volta ao quarto, ela
definitivamente precisaria reforçar suas defesas, porque ele era um
pedaço potente de homem.

Marty estava educado enquanto se aproximavam da mesa. Um


momento depois, Owen puxou sua cadeira.
— Nós esperamos por você para pegarmos a comida. — disse
Jordan, atirando um olhar aguçado para o relógio. — Nós estamos
morrendo de fome.

Lindy esmagou uma pontada de irritação. — Nós estávamos


apenas cinco minutos de atraso, e realmente, você não deveria ter
esperado. Da próxima vez, sinta-se livre para começar sem nós. —
Marty sorriu. — Eu disse a ela que devemos ir à frente e...

— O que é você, criado por lobos? — Jordan retrucou. Ela se


levantou e fez sinal para que todos sigam o exemplo. — Vamos lá, é
melhor irmos antes que não haja nada, apenas um monte de sucatas
de frio.

— Quer uma lição? — Owen murmurou ao ouvido de Lindy. —


O dinheiro não compra classe.

Felizmente para eles, a estimativa da Jordan sobre a comida foi


fora da base. A comida estava fresca, e abundante. Lindy selecionou
uma xícara fumegante de sopa de abóbora e colocou em seu prato
costeletas de cordeiro e carne refogada. Owen foi com o filé e batatas.

Eles voltaram aos seus lugares, conversando durante a refeição.

— Então, como vocês conheceram esse lugar? Conhecem


alguém que recomendou para vocês? — Lindy perguntou.

Marty sacudiu a cabeça. — Não realmente. Jordan sugeriu que


minha secretária me desse uma lista de lugares que caberiam na
nossa conta. Escolhemos este porque Jordan ama Colorado.

Lindy não poderia imaginar Jordan amar qualquer coisa.


Conforme a noite avançava, porém, apesar da persona abrupta da
mulher, ela pareceu relaxar um pouco. Depois de sua segunda taça
de vinho, ela riu de uma anedota que Owen compartilhou. A mudança
em sua aparência era impressionante. Lindy tinha inicialmente dado
a ela em torno de 45 anos, mas agora ela reavaliou. Com um corte de
cabelo menos sério e roupas que não parecessem com algo que ela
roubou da Rainha Mãe, ela poderia até passar por trinta e poucos
anos.
Jordan tornou-se mais confortável, assim como Marty, como se
reconhecesse um alívio. Sua dinâmica era fascinante, e Lindy teve de
lembrar a orientar a conversa de volta para o retiro.

— Há quanto tempo vocês dois estão casados? — Ela


perguntou.

— Dez anos. Marty começou a trabalhar na prática do meu pai


logo depois de sua residência. Ele foi parceiro depois que nos
casamos, e esteve lá desde então. — Sua postura relaxada ficou rígida
novamente e ela virou-se para Marty. — Você terminou? Eu quero
tomar um café.

Ele colocou o prato de lado e se juntou a ela na mesa de


sobremesa enquanto Lindy e Owen ficaram para trás.

— Devemos tentar nos misturar quando o jantar estiver


terminado. Eu gostaria de conversar com alguns dos outros
convidados e ver se algum foi recomendado por um amigo em comum,
ou se eles tiveram relações com Stephanopoulos no passado. — disse
Owen em voz baixa.

— Boa idéia. Tenha em mente que estamos no início do jogo.


Nós não queremos sair do portão. Devemos recolher o que nós
podemos a partir de uma conversa normal e então conforme a
semana progride ver se não podemos cavar um pouco mais, talvez
levar a conversa para o financiamento e riscos de negócio.

— Não há necessidade de conduzi-la, amor. Homens ricos


sempre voltam a falar sobre dinheiro e como eles fazem. — Ele riu, e
pulso de Lindy acelerou com o aparecimento de uma covinha e flash
de fortes dentes brancos.

— Vou levar sua palavra para ela.

Uma garçonete se aproximou e eles rapidamente reverteram


para conversa fiada.

Uma vez que os pratos foram limpos, Stephanopoulos apareceu.


— Todos estão aproveitando as acomodações até agora? — Ele
perguntou de seu local favorito no centro da sala.
O grupo murmurou sua aprovação, e ele sorriu. — Maravilhoso.
Hoje à noite nós planejamos um incrível e terapêutico jogo de casal
que chamamos de compromisso. Aqui no Lugar de Cura, sentimos
que uma das melhores coisas que um marido e uma esposa podem
fazer para tornar seu relacionamento mais forte é o trabalho em sua
capacidade de se comunicar e se comprometer. Dr. Lucking vai lhe
dizer como funciona.

Sarabeth tomou a palavra, dando uma piscadela amigável para


Lindy, e Nico derreteu em segundo plano. — Olá a todos. Eu comecei
a trabalhar com alguns de vocês hoje, mas, eventualmente, ao longo
das próximas três semanas, vou ter o prazer de torturar a cada um de
vocês. — Um sorriso iluminou seu rosto bonito, e Lindy não pode
deixar de sorrir volta.

— Ela não está brincando — Owen resmungou. Os outros


casais riram, e alguns dos caras deram-lhes acenos de comiseração.

— Mas, por enquanto, eu vou pegar leve com todos vocês, e este
vai ser principalmente indolor. Eu sei que tem sido um longo dia,
então vou dar-lhe uma pequena lista de perguntas. Vocês vão
respondê-las juntos. A chave é trabalhar com isso até chegar a um
consenso e dar uma resposta entre os dois de vocês.

Fácil, não é? — As senhoras concordaram com a cabeça, mas os


homens eram totalmente não comprometedores.

— Soa como uma armadilha. — disse Owen.

Sarabeth lhe deu um sorriso paciente, mas não respondeu. Ela


fez seu caminho ao redor da sala distribuindo papéis, lápis e uma
folha de perguntas para cada casal. Depois que ela terminou, colocou
um temporizador em cada mesa.

— Vocês tem cinco minutos para negociar a melhor resposta a


quatro perguntas e anotá-las. Vou ler a primeira em voz alta.
Prontos? Pergunta. Se você pudesse ser qualquer super-herói o que
você seria?

Lindy virou seu temporizador e a conversa encheu a sala. —


Homem-Aranha. — disse ela, sem hesitar.
As sobrancelhas de Owen subiram no alto da testa. — Ridículo.
Batman é muito mais frio do que o Homem-Aranha.

— Batman — ela zombou. — Eu odeio a idéia de acabar com


suas ilusões, irlandês, mas Batman não é um super-herói real. Ele é
só um cara rico, com um monte de coisas. Mesmo seus músculos são
feitos de fibra de vidro.

— Homem-Aranha é algum idiota que foi picado por uma


aranha radioativa. Como isso faz dele melhor?

Ela revirou os olhos em desgosto. — É assim que todos os


melhores super-heróis nascem. Resíduos tóxicos, produtos químicos
perigosos, picadas de aranha. Quer dizer, eu acho que você poderia
fazer um argumento para Superman, mas ele é realmente mais um
estrangeiro do que um super-herói. — Ela contemplou por um
momento e depois deu de ombros. — Não, fico com o Homem-Aranha.
Próxima pergunta.

— Eu vou deixar você ter essa, mas só porque me recuso a


discutir sobre algo tão ridículo. E porque tenho que responder a
número três. — Ele olhou para o cartão e leu em voz alta. — Se o
mundo estivesse prestes a acabar, e você tivesse um dia, como você o
gastaria? — Owen deu um sorriso sedoso em seguida, colocou o lápis
no papel.

Ela esticou o pescoço para ver a resposta de uma única palavra.

Transando.

— Todos os dias? Sério? — Ela olhou para ele, incrédula.

— Eu também faria uma pausa para comida, é claro — disse


ele. — Será que faz você se sentir melhor se eu acrescentar? — ele
perguntou colocando o lápis sobre seu caderno.

Ela soltou um suspiro. — Não. Será que não podemos mudar


isso para a metade do dia? Certamente, depois de 12 horas,
estaríamos entediado... — Ela parou quando seu olhar caiu para a
boca e suas narinas.

— Estou certo de que não seria o caso.


Calor floresceu entre suas coxas e ela se contorcia na cadeira. —
Como você poderia saber isso? Nós nunca...

— Como disse, estou feliz em remediar esse triste estado das


coisas. Diga a palavra, amor. — Sua expressão estava brincando, mas
havia uma nota de desejo que intensificou a construção dor em seu
estômago.

Alguém já tinha vencido a partir de necessidade não


correspondido? Talvez quando ela voltasse para casa ela entraria em
um caso de uma noite com um cara que ela não gostava a metade do
que gostava de Owen. Sem chance de ficar ligado, mas talvez ela
conseguisse o que era tão claramente necessário.

Olhar de Owen queimou, e ela voltou com um clarão. — Eu já


lhe disse, não vai acontecer.

— Entendido. Mas eu quero deixar registrado, que caso isso


acontecesse... — A ludicidade evaporando sob a tensão de um desejo
tão forte, que foi gravado em seu rosto. — Eu faria tão bem para você.

A promessa sensual reverberou por ela, e ela apertou as coxas


para aliviar a dor que crescia mais nítida a cada hora que passava.

Ela pegou o papel da mão dele, silenciosamente amaldiçoando-


se por não aproveitar o chuveirinho em seu banheiro, e leu a próxima
pergunta.

— Pergunta dois, que você tão convenientemente ignorou. Se


você estivesse preso em uma ilha deserta por um ano e pudesse trazer
três coisas com você, assumindo que já havia abundância de
alimentos e água disponível, o que seriam?

— Um cooler cheio de cerveja.

— Meu Kindle.

Ele franziu a testa. — O seu Kindle? Por que, assim você poderia
me ignorar todo o dia e noite? Eu poderia te manter entretida. — A
nota de provocação estava de volta, e ela quase caiu com alívio. O
ataque de sua atenção, cheio de energia sexual era demais para
suportar.
— Ou, se quiser manter-se entretido e eu podia ler meu Kindle.

— Bom. Bem, você pode ter o seu Kindle eu posso ter a minha
cerveja. O que é uma ilha deserta, se você não pode relaxar ao sol e
possuir uma cerveja?

— Ok, concordo. Agora que penso nisso, talvez a terceira coisa


deva ser mais prático. Como cerca de protetor solar?

— Cara, você é uma moça inteligente. — Ele concordou e


escreveu as suas respostas, e ela tentou não pensar sobre o tremor de
prazer que dançou com ela em seu louvor.

— O último. Se a sua casa estivesse em chamas, qual é o


primeiro item que você iria pegar acima de tudo — ela perguntou.

— Meu laptop — disse Owen. — Eu tenho tudo nele, o que seria


uma merda para substituir.

Lindy balançou a cabeça. — Sério? Isso é... uma coisa. Um


pedaço de metal.

— O que você levaria?

— As minhas imagens. As fotos de minha mãe e meu pai


comigo, Mal e Nate.

Owen franziu os lábios e assentiu a contragosto. — Você está


certa. Risque o laptop. — Ele escreveu em sua resposta, e seu coração
se sentiu um pouco mais leve.

Um momento depois, Sarabeth chamou, — Ok, acabou o tempo!

— Nós ainda não terminamos. — disse Calvin Cedarhurst.

Jordan entrou na conversa atrás dele. — Nós também não.

— Está tudo bem. A maioria dos casais não terminaram o


primeiro tempo. É muito legal ver, no final das três semanas, como
muitos de vocês serão capazes de completar sua tarefa no tempo
previsto. É uma ótima maneira de medir o progresso. Alguém
completou todas as quatro respostas?

Lindy levantou a mão. — Nós fizemos.


Sarabeth sorriu para ela. — Grande começo, O'Neils. Vocês
ficam com a estrela de ouro para o dia.

Ela lançou um olhar a Owen e ele deu de ombros. Era triste que
o único casal que não era realmente casados no resort tinha se saído
melhor do que todos os casados.

Sarabeth coletou suas folhas e encheu-os em atividades do dia


seguinte. — Hoje nós temos que vê-los interagirem como casais.
Amanhã vamos fazer algum trabalho de um-contra-um. Vestidos com
conforto de preferência, e vamos nos encontrar aqui às oito horas
para os itinerários da manhã.

Lindy ficou de pé e pegou sua bolsa.

— Eu estarei de volta. — disse Owen. Seu olhar estava focado


em Stephanopoulos sentado sozinho na mesa de canto.

— Então o que você acha? — Jordan perguntou, deslizando até


Lindy enquanto Owen foi direto para Nico. — Eu pensei que era
interessante. Marty e eu só tínhamos um a mais a fazer. Nós temos a
resposta, mas não tivemos tempo para escrevê-lo. — disse ela com
um sorriso de satisfação.

Lindy não estava surpresa. Era provavelmente um jogo muito


mais fácil quando uma pessoa tinha todas as respostas certas, mas
ela deu a outra mulher um sorriso encorajador. — Ótimo trabalho.

— Obrigado. Ei, vocês querem ir para o bar com bebidas hoje à


noite? Marty e eu estamos pensando em tomar uma bebida antes de
dormir.

— Eu vou perguntar a Owen, mas eu estou acabada. A


mudança de horário e tudo, tem sido um urso de um dia.

Uma mão grande e quente cobriu baixo em suas costas e ela se


assustou, girando ao redor. Owen estava lá com um sorriso duro. —
Ei, querida, tudo bem?

Seu coração desacelerou para um ritmo mais normal. — Sim.


Sim, está tudo bem. Jordan estava perguntando se queríamos beber
com eles.
Owen balançou a cabeça, mas conseguiu uma expressão
lamentável lindamente. — Eu acho que nós vamos para o quarto e
descansar. Outra noite, porém, não é?

Jordan estreitou os olhos para ele, mas acenou com a cabeça. —


Isso é bom.

— Eu vou dizer boa noite para Marty e Calvin e nós podemos ir.
— disse Owen a Lindy.

Jordan olhou para a sua forma de se retirar antes de se virar


para enfrentar Lindy. — Por que você vacilou quando ele te tocou? —
Ela perguntou, seus olhos duros enchendo com preocupação. — Essa
é a segunda vez que eu percebi. Ele não... bate em você, não é? Eu
não quero me intrometer, mas se ele te bateu uma vez, ele vai bater
de novo. Se Marty me bater, ele iria se arrepender.

— Não é nada assim. Owen nunca iria colocar a mão em mim


com raiva. Sou eu. Estou me sentindo estranha ultimamente sobre a
intimidade. — disse em cima da sua cabeça, lamentando que tivesse
que dizer isso. Owen ia ficar puto, mas no calor do momento, em
função de suas ações inadvertidas, ela não conseguia pensar em nada
melhor. — Isso é parte do motivo que viemos aqui. Estamos passando
por uma fase difícil.

— Será que ele te enganou? — Jordan sussurrou.

Será que ele? Ela parou por um tempo, tentando descobrir se


isso era uma boa direção para levar as coisas. Era melhor do que
dizer que ele não tinha sido amoroso.

— Sim. Ele é extremamente viril. Eu não poderia manter-me,


então ele encontrou uma mulher... na verdade, era mais, três...

Os olhos de Jordan se arregalaram, e ela colocou a mão no peito


de surpresa. — Bastardo!

— Está tudo bem. Estamos trabalhando nisso. Precisamos de


tempo, no entanto. Eu ainda tenho dificuldade de saber onde suas
mãos estiveram, se você sabe o que eu quero dizer. — Ela balançou as
sobrancelhas e Jordan franziu o nariz em desgosto.
— Eu acho que sim. Você parece estar levando isso muito bem.
Eu mataria Marty.

— Os primeiros meses foram os piores. Uma vez que tomei a


decisão de ficar, eu percebi que tinha que perdoá-lo. Agora é hora de
consertar o que foi quebrado.

Jordan deu-lhe um olhar dúbio, mas Lindy deve ter soado


convincente, pois ela deixou o assunto morrer. Elas haviam mudado o
rumo da conversa e para discutir atividades de amanhã, quando
Owen voltou.

— Tudo pronto, amor?

— Mais do que pronta. Estou exausta. Jordan, vamos nos ver


amanhã?

Jordan se inclinou e puxou Lindy em um abraço forte, que Lindy


teve relutância. Quando ela soltou, deu a Owen um — Boa noite. —
gelado antes de retornar a seu marido.

— Que diabos foi isso? — Perguntou.

— Você não quer saber.


— I sso foi um desastre. — Lindy

gemeu, colocando sua bolsa sobre a bancada de granito da cozinha de


sua suíte. — Eu realmente sinto muito.

Ela falou de sua discussão com a Jordan no caminho de volta


para o quarto. Ele não estava exatamente feliz sobre sua mais recente
invenção. Haviam poucas coisas que ele odiava mais do que uma
fraude, mas ela parecia tão miserável, que não podia chutá-la,
enquanto ela estava tão para baixo.

— Não seja dramática. Não foi perfeito, mas certamente não é


um desastre. Nós temos que estar mais bem preparados da próxima
vez. Sarabeth está vinculada por sua posição para não mencionar o
que discutirmos com ela, mas a Jordan não. Estou pensando se
alguém perguntar, a história da traição é a que vamos trabalhar
daqui por diante. É tão boa quanto qualquer outra. O importante é
estarmos consistentes. Se conseguirmos isso, não deve ser um
problema.

— O problema é comigo. Eu não sou rápida, quando se trata de


mentir, e quando eu tento, é como se eu não tivesse controle sobre o
que sai. — Ela tirou o salto e esfregou o pé descalço distraidamente
contra sua panturrilha. Seus pés eram adoráveis, como o resto dela, e
ele foi atingido com o desejo fútil de pressionar um beijo no peito do
seu pé, talvez deslizar para a parte superior do seu tornozelo magro, a
parte de trás de seus joelhos, o vinco...

— Você não acha?

Ele atirou o seu olhar ao encontro dela e ela olhou para ele com
expectativa. O que ele tinha perdido?

Ela estreitou os olhos para ele com desconfiança — Você está


bêbado ou algo assim?

— Eu tomei só um copo de vinho.

— Por que você está agindo de modo estranho, então?

Ele perguntou o que ela diria se ele lhe dissesse a verdade. Eu


estava perfeitamente são antes de te conhecer, mas a necessidade de
lamber-lhe da cabeça aos pés está, lentamente, me deixando louco.

— Foi um longo dia.

— Você está me dizendo. — disse ela com um suspiro de


escárnio. — Eu tive o mesmo dia que você, mas eu fiz isso tudo em
dois diferentes pares de saltos de dez centímetros. — Ela escorregou
seu outro sapato e gemeu, amassando a ponta dos dedos no tapete
grosso.

— Por que você não me deixe esfregar seus pés? — A oferta


estava fora antes que ele pudesse detê-la, mas o olhar no rosto dela o
impediu de retirá-los. Vontade misturada com cautela, e a
combinação o obrigou a convencê-la. — Eu namorei uma garota que
servia mesas quando eu era mais jovem, então eu sou muito bom
nisso. E talvez este seja o tipo de coisa que precisamos fazer de
qualquer forma. Você está prestes a saltar de sua pele cada vez que
eu te toco. Isso vai quebrar um pouco o gelo, deixar-nos um pouco
mais confortável com o contato casual em público.

Ela sacudiu a cabeça pesarosamente. — Eu sei. Esta noite foi


ruim. Engasguei muito no momento que você veio atrás de mim. Tem
sido um longo tempo desde que eu estive como um casal, e nossa... —
ela enumerou citando dois dedos no ar. — ...o namoro foi um
vendaval. Eu acho que o meu corpo não está alinhado com o meu
cérebro ainda. Quando você está sozinha e alguém chega por trás,
sua primeira reação é “perigo!” “Estranho!” “Não”, “marido falso”,
sabe?

Ele não entendeu, mas balançou a cabeça de qualquer maneira.


— Está tudo bem. Isto é um retiro de casal. Nós não precisamos
parecer felizes, mas temos que estar à vontade um com o outro.

Ela jogou seus sapatos no canto e saiu mancando para o sofá. —


Ok, estou dentro, mas você poderia tentar não ser... — Ela piscou os
olhos e fez uma exagerada fricção com as mãos em câmera lenta. —
Todo sexy sobre isso?

Ele engoliu um sorriso e deu a honra de um solene aceno de


escoteiro. — Eu me esforçarei para fazer exatamente isso. Embora,
sendo tão viril como eu sou...

O ar saiu de seus pulmões quando ela jogou o travesseiro


atingindo-o no intestino liberando uma atração sexual.

— E Jordan pensou que eu era o único abusivo? Se ela


soubesse.

Ela riu, colocando-se em um canto do sofá, enquanto ele tirou o


paletó e afrouxou a gravata. Ele sentou-se na extremidade oposta e
bateu em sua coxa. — Coloque aqui.

Ela pegou o lábio inferior entre os dentes, em seguida, lançou-o


e colocou o pé no seu colo. Ele fez o seu melhor para ignorar a coxa
tonificada e bem torneadas da panturrilha a poucos centímetros de
distância. Em vez disso, ele segurou seu tornozelo em sua mão
dando-lhe uma carícia ocasional antes de pressionar os dois
polegares em seu peito do pé. Ela gemeu e enrijeceu
instantaneamente, seu olhar voando ao seu.

— Desculpe sobre os efeitos sonoros. Mas é que isso é tão bom.

— É esperado, e não há problema em fazer barulhos


apreciativos. Eles permitem-me saber que estou fazendo um bom
trabalho.

Seus olhos se arregalaram curiosos. — Ah. Ok, então. Mark


nunca quis que eu fizesse barulho, você sabe, qualquer coisa. — Ela
engoliu audivelmente e brincava com seu anel de casamento. —
Então, estou acostumada a tentar mantê-lo baixo.

Owen não tentou esconder seu desdém. — Eu não posso dizer


que eu sei quem Mark é, mas ele é claramente um idiota.

Ela riu, aquela risada gostosa que o fez querer inchar o peito por
ser a causa dele.

— Mark é meu ex. Nós namoramos por um par de anos na


faculdade.

Ele tinha acesso a tudo isso e, obviamente, não tinha idéia do


que fazer com ele, Owen pensou, com uma onda irracional de ciúme.

Ele não comentou mais sobre a estupidez de Mark, e retomou a


massagem, esfregando a palma da mão na sola de seu pé. Desta vez,
o som que ela fez foi mais como um zumbido, no fundo de sua
garganta. E foi direto para sua virilha, e ele se virou contra as
almofadas do sofá, tentando abrir espaço para o que estava se
preparando para ser a ereção do século. Ele prometeu que no
segundo que terminasse, iria para o chuveiro e cuidaria dele mesmo.
Haveria insônia, se não o fizesse.

Ele a olhou com os olhos a meio mastro, e ela finalmente parecia


estar se deixando relaxar e desfrutar. A tensão drenada de seu corpo,
deixando-a suave e flexível. Parte dele estava feliz, mas a outra parte,
a maior parte, onde vivia a testosterona, não queria ela relaxada. Ele
queria que ela se sentisse do mesmo jeito que ele. Na borda. Excitada.
Selvagem.

— Troque os pés.

Ela fez, levantando a cabeça da almofada do sofá para lhe dar


um sorriso sonolento.

— Isso é maravilhoso.

— Estou contente.

Desta vez, ele segurou seu tornozelo na mão, traçando a forma


de seus ossos delicados com as pontas dos dedos. A pele macia era
como cetim e ele se viu em transe, a necessidade de dobrar e explorá-
lo com a língua tão forte que ele quase gemeu.

— Owen? — Lindy quebrou o feitiço com a voz rouca.

Ele a olhou fixamente, levando toda a sua força para terminar.


Querendo deslizar suas mãos, fazê-la gritar até que sua garganta
estivesse em carne viva. Despi-la para sua boca e língua. Abrir as
pernas o suficiente para acomodar seus quadris e empurrar
profundamente. Mas ele não o fez.

— Sim?

— N... nada.

Sua respiração tinha ido do superficial para o martelar de


sangue em seus ouvidos, ele poderia jurar que ouviu seu mantra
sussurrado “Tudo está bem. Tudo está bem”, quando colocou a
cabeça no travesseiro.

Só que desta vez ela estava errada. Tudo definitivamente não


estava bem. Ele estava tão duro como uma pedra, e seu parceiro no
crime estava obviamente lutando com sua própria atração a ela. O
que era tudo muito bom, exceto que ela pediu especificamente a ele
para não seduzi-la. E de repente a ideia de usar a sua experiência
para convencê-la o fazia sentir-se sujo. Ele gostava dessa mulher. Ela
foi a primeira verdadeiramente boa que ele conheceu em um tempo
muito longo, e a última coisa que ele queria fazer era machucá-la.
Sem mencionar que tinha um trabalho importante a fazer. A decisão
se fez, realmente. A menos que algo mudasse, ele iria sofrer.

Quando Lindy soltou outro sexy, ronronar como uma gatinha,


ele perguntou se havia um lago agradável gelado em algum lugar nas
instalações que ele pudesse pular dentro.

Lindy tentou ficar quieta quando Owen usou suas mãos grandes
e fortes para trabalhar sua carne cansada como um mestre escultor,
mas ela nunca tinha sentido algo tão sublime.
Ela observou-o através de seus cílios e reconheceu que seu foco
sozinho era um afrodisíaco. Ele estava absorvido em sua tarefa. Ela
imaginou que esse tipo de obstinação era um grande trunfo no seu
negócio. Provavelmente não machucaria as mulheres. Ela poderia
facilmente se ver como destinatário de atenção, porém passageira,
poderia ser viciante. A última coisa que ela precisava era ser viciada
em alguma coisa em tão curto tempo depois da oferta de Owen
Phipps. Inferno, já que ela estava a um toque de distância de lançar-
se para o seu colo e vergonhosamente se contorcer contra seu corpo
rígido. Seus dedos tropeçaram levemente sobre o tornozelo de novo e
ela estremeceu antes de relutantemente se afastar.

— Obrigada. — disse ela, desejando que sua voz estivesse um


pouco menos ofegante.

— O prazer é meu. — Seu próprio tom era calmo, mas havia


tensão em seu rosto. Ele a queria, e ela não tinha dúvida de que ele
seria generoso com o resto dispensando a mesma atenção que ele deu
a seus pés. Tudo o que tinha a fazer era dizer a palavra.

Ela se levantou enquanto ainda tinha coragem de fazê-lo e alisou


o vestido em torno de seus quadris. Com um olhar culpado no sofá
pequeno, encheu-se de coragem. Eles eram ambos adultos.
Certamente eles conseguiriam se... — Eu sei que você se ofereceu
para dormir no sofá, mas não há nenhuma maneira que você se
encaixe confortavelmente. A cama é enorme. Mesmo se houvesse
quatro de nós lado a lado, nunca teríamos de nós tocar.

Ele não respondeu, seu olhar encapuzado seguindo suas mãos


inquietas.

Sua reação silenciosa foi demais para suportar e ela correu. —


Se você está preocupado com a sua virtude, pode até colocar algumas
almofadas no centro para fazer uma barreira.

Ele sorriu então, e o Owen afável estava longe de ser encontrado.


— É o sofá para mim. — ele disse com uma nota de tensão em sua
voz. Ele se levantou e caminhou pelo quarto, parando na porta para
enfrentá-la. — A maneira como as coisas estão entre nós, agora, uma
linha de almofadas não vai resolver. Na verdade, se você continuar me
olhando desse jeito, não posso prometer que o muro entre nós irá
segurar a noite toda. Eu vou tomar banho. E provavelmente será
melhor se você estiver na cama quando eu sair.

O segundo em que a porta se fechou atrás dele, ela caiu para


trás nas almofadas do sofá com um gemido. Vinte dias ainda. Ela
nunca conseguiria. No segundo que ela olhou através do olho mágico
e o viu ali, ouvi aquele sotaque delicioso, ela deveria ter colocado a
trava e corrido como o inferno. Melba estava certa. Ele é semelhante a
James Bond, apenas mais quente, e ele estava atraído por ela. Ela
tinha que ser forte, mas ela não tinha ideia de como fazer isso. Afinal,
ela era apenas humana.

O chuveiro ligou, interrompendo seus pensamentos. Owen


estava certo sobre uma coisa. Seria mais seguro se ela estivesse na
cama antes dele sair. Ela empurrou-se a seus pés, agora indolores e
fez seu caminho para o quarto. Ela tirou as roupas novas,
pendurando-as cuidadosamente antes de colocar sua camisola do
Charlie Brown. De olho na enorme cama, ela quis afastar a imagem
de um Owen nu, deitado sobre ela. Talvez ela encarasse um sacrifício
e quebrasse sua própria regra, deixando os cobertores dobrados em
torno de suas pernas. Dessa forma, com as pernas presas poderia
impedi-la de pular da cama e saltar de seus ossos.

Ela fechou os olhos e engoliu um gemido.

Ah, sim, ia ser uma semana longa.


O wen acordou na manhã

seguinte rígido da cabeça aos pés. E algumas áreas estavam mais


duras do que as outras, ele reconheceu com tristeza, poupando um
olhar para a tenda no lençol cobrindo suas coxas. Mesmo depois de
fazer isso sozinho no chuveiro, na noite anterior, tinha sido um sono
profundo, cheio de sonhos de pernas entrelaçadas, línguas duelando,
e seios macios. Os gritos que tinha ouvidos em seus sonhos, Deus,
como um homem poderia pedir para uma mulher como ela ficar
quieta? Não ele.

Pelo contrário, ele iria fazê-la gritar até que ela quebrasse o
vidro, isso que é o que ele faria.

Ele olhou para o teto. Esta mulher com cara de querubim ia ser
a sua morte. Ele sentou e se inclinou para frente, esticando os
músculos das costas apertadas.

— Eu lhe disse que era pequeno demais para você.

Lindy estava na porta do quarto vestida com calças de yoga


preta e um top esportivo azul-turquesa. A extensão de ouro de seu
estômago plano o fez feliz que ele estava curvado. Infelizmente, agora
ele tinha que ficar assim ou arriscar uma apresentação estranha
entre ela e o Sr. Pau.

— É um pouco apertado. Eu vou me acostumar com isso.


— Não, não vai. Esta noite você vai dormir na cama. Vou ficar
com o sofá. — Ele abriu a boca para protestar, mas ela o cortou. —
Essa cama é muito grande para mim de qualquer maneira. Eu
continuei sonhando que estava no Titanic, e estava prestes a bater
um iceberg. O sofá é grande o suficiente para mim, então não discuta.

Ele considerou sua lógica e decidiu que era mais fácil ceder, por
enquanto. Se ela ficasse tão dolorida como ele no dia seguinte, ele
lutaria contra isso.

A ironia de discutir com uma mulher para colocar seu conforto


antes dela não foi perdida por ele. Desde que ele fez seu primeiro
milhão, parecia que cada companhia que ele teve era uma corrida
para ver exatamente o quanto ela poderia ficar com ele. Lindy
realmente foi uma lufada de ar fresco, de muitas formas.

— Hoje começa a atividade de um “tempo sozinho”, então estou


descendo. Você quer que eu espere por você?

— Não, vá em frente. Eu tenho uns telefonemas para fazer e


então eu vou descer. Quero entrar em contato com Gavin e dar-lhe
alguns dos nomes dos outros casais e ver se alguma coisa aparece.

— Ele não pergunta por que você quer saber?

— Não. Ele pesquisa e controla os contatos de negócios para


mim o tempo todo. Ele não teria muito tempo para trabalhar se
perguntasse de cada cliente cada vez que é chamado. Ele sabe que se
eu quisesse que ele soubesse dos detalhes, eu daria a ele.

— Eu entendo, Excelência.

Ele ergueu as sobrancelhas e sorriu. — Eu aprovo. Se você


quiser me chamar assim a partir de agora, não vou me opor.

— Bah! Não é provável. — Ela atravessou a sala para a porta,


passando perto do sofá, dando-lhe um vislumbre da mais perfeita e
espetacular bunda, deste lado da cidad4e.

— Eu te vejo mais tarde. — Ela fechou a porta atrás dela


enquanto ele acenava para ninguém.
Soltando um suspiro, ele se levantou devagar e avaliou o
estrago. A parte inferior das costas gemeu em protesto, mas bateu a
forma que ele estaria se tivesse passado a noite ao lado de Lindy. Ele
foi para o quarto, despiu-se, e depois vestiu uma calça de moletom e
um casaco com capuz. Pegou o celular da mesa de café, e se dirigiu
para o banheiro. Ele escovou os dentes enquanto rapidamente
digitava suas mensagens. Principalmente negócio, mas dois de suas
mensagens de textos eram de Cara.

Irmão? Ainda não fechou o negócio?

Falta dois dias para o aniversário da Tia Lena, por isso, se


ela ligar para você agradecendo pelas flores, dê-lhe seu amor,
diga que você sabe que orquídeas são suas favoritas. Não se
preocupe, eu comprei em sua conta. Amo você, mano.

Ele teve uma reação, sentindo uma imensa e incômoda culpa. Já


era ruim o suficiente mentir para ela através de mensagens e e-mail.
Ele não tinha estômago para fazê-lo cara a cara, de modo que ele a
evitava por quase duas semanas. Ele tinha certeza de que ela estava
ficando desconfiada. Era melhor assim, no entanto, e uma vez que ele
tivesse terminado o que se propôs a fazer, ele lhe diria a verdade.

Ele abriu seu aplicativo de e-mail enviando a Gavin uma lista de


pessoas que queria executar uma verificação, incluindo os membros
do staff que conheceu.

Feito isso, ele tomou uma decisão em frações de segundo, e


decidiu ir para a academia antes de ir para o café da manhã. Os
exercícios poderiam ajudar, e Deus sabia que precisava queimar
energia.

Dez minutos depois, ele entrou pela porta de vidro do ginásio top
de linha. O barulho revelador de halteres batendo no chão ecoou pela
sala. Ele olhou na direção do som para ver Nico Stephanopoulos
fazendo flexão no espelho.
— Bom dia. — disse Owen.

— Bom dia para você, Owen. — Nico disse com um sorriso.

Porra.

Nico mudou sob o olhar de Owen. — Eu posso terminar mais


tarde se você quiser o lugar para você. — disse ele, apontando para a
porta.

Owen deu uma respiração profunda. Se ele não dominasse as


suas reações a este homem, e logo, toda a viagem seria um fracasso.
Por mais que a mera presença de Nico fizesse a pele de Owen
arrepiar, esta era uma grande oportunidade para experimentar e ver
para que lado o vento estava soprando. Será que ele tentaria trazer
algum tipo de oportunidade de investimento obscuros? Ou talvez
lançaria as bases para uma situação futura? Ele puxou um meio
sorriso do coração em seu rosto. — Nem um pouco. Por favor, vá em
frente.

Nico parecia pensar sobre isso, então balançou a cabeça,


inclinando-se para pegar os halteres novamente.

Em vez de se aquecer na esteira do outro lado da sala, como era


seu hábito, Owen optou pelos pesos livres para incentivar a
conversação.

Ele fez um alongamento rápido e foi direto para o seu trabalho


de braço. Depois de um minuto ou assim, como um anfitrião
esmerado, Nico quebrou o silêncio.

— Então, Owen, você veio ao Colorado antes?

— Sim, muitas vezes para negócios, nunca por prazer.

— E o que você considera isso?

— Sinceramente? Nenhum dos dois. Minha esposa queria vir,


por isso estamos aqui. Não quero ser grosseiro, estou certo que você
tem grandes resultados, mas não é algo que eu teria escolhido para
fazer. Dito isso, ele poderia funcionar no final. Eu fiz uns contatos de
negócios que já mostram algumas promessas. Se der certo e a esposa
estiver feliz, já terão sido três semanas bem gastas. — Isso foi uma
abertura se ele precisava de alguma.

Nico moveu-se para a máquina de prensar a perna. — Para o seu


bem, espero que ele funcione dessa maneira.

Por alguns minutos, o único som era a sua respiração pesada


alimentada através de seus treinos. Owen esperou Nico puxar a isca,
mesmo um pouco, mas não foi. Interessante.

— Você é casado?

Nico balançou a cabeça. — Eu era... — Ele olhou para longe, sua


garganta trabalhando sem fazer barulho. — Minha esposa faleceu há
dois anos.

O cara era bom. Sua voz realmente embargou um pouco no


final.

— Sinto muito por ouvir isso.

— Foi um momento difícil, tínhamos um grande casamento e eu


acredito na santidade. Eventualmente, eu vou mergulhar de novo,
mas estou muito envolvido com este lugar agora para levar alguém a
sério. É nobre o trabalho que estamos fazendo aqui, e não estou
pronto para a sua anulação ou entregar as rédeas ainda.

Owen lutou para não lançar-se no bastardo piedoso e sacudi-lo


até que seus dentes saltassem de sua boca.

— Quando eu me casar de novo, vou me certificar de que posso


me comprometer cem por cento. Você tem que fazer isso, se você quer
que ele funcione. Se não, é impossível ficar com apenas uma pessoa,
até a morte os separe, você não acha? — Seus olhos escuros fechados
para Owen.

Owen pensou muito antes de responder. Ele e Lindy tinham


decidido que a consistência era fundamental, apesar do fato de que
ele aparecer como um trapaceiro doía, depois de ver a dor da
infidelidade que seu próprio pai havia feito.
Concentre-se no fim do jogo, ele se lembrou severamente. — Eu
não sei. — disse ele depois de uma longa pausa. — Isso é parte da
razão pela qual estamos aqui. Eu fui infiel.

Nico assentiu. — Eu entendo. Espero que o Lugar de Cura possa


fazer a diferença para vocês dois. E não se culpe por isso. Os nossos
terapeutas lidam com esta questão constantemente. Eu acho que a
monogamia está em oposição direta à verdadeira natureza de um
homem. É uma luta constante, e se ela está disposta a perdoá-lo, você
precisa perdoar-se também. A medida de um casal forte não é a
ausência de erros, é a capacidade de trabalhar com eles e sair do
outro lado intacto.

Agora, apesar de ser um “crente na santidade”, era como se Nico


estivesse absolvendo-o da sua infidelidade. Mas, novamente, isso era
como um vigarista agia, não é? Eles assistiam, ouviam, aprendiam, e
então dizia às pessoas exatamente o que elas queriam ouvir.

Enquanto Owen fingiu contemplar os conselhos “profundos do


outro homem”, Nico levantou-se, com a toalha em seu rosto. — Eu
vou tomar um banho rápido e preparar-me para as sessões da
manhã. Foi bom conversar com você.

— Foi bom.

Nico saiu e Owen ficou a olhar para ele, tentando juntar as


peças. Mesmo que tenha dado a ele a abertura para discutir negócios,
Nico não tinha mordido. Ele manteve o foco no retiro. Nico estava
jogando lento com ele? Eles teriam três semanas. Talvez a sutileza era
o seu jogo? Ou talvez...

Não. Ele se recusou a considerar a ideia de que este era um


negócio genuíno. Os sinais de todos apontados contra ela. O contrato
de arrendamento de curto prazo, a maneira rápida e descuidada em
que ele colocou junto a empresa. Depois de algumas pesquisas, ficou
claro que ele nunca tinha realizado um trabalho legítimo em sua vida.
Por que começaria agora? Inferno, se ele estava sendo honesto, não
havia mais do que isso. Não poderia ser um negócio legítimo, porque
se fosse, Owen teria falhado com sua irmã.

E isso era inaceitável.


Lindy sentou-se em um tapete no centro da sala, tentando não
cochilar. Os Sons da Natureza vindos do CD estavam fazendo o seu
melhor para acalmá-la em um estado de estupor privado de sono.

Isso seria um feito bacana, considerando que ela estava


enroscada como um pretzel. Talvez ela tivesse ajudado se as luzes não
estivessem tão fracas, mas a instrutora de yoga, Liza, preferiu
trabalhar próximo ao escuro.

— Respire profundamente pelo nariz, depois expire, whoosh.


Muito bom, Lindy. Bitsy, deixe seu corpo relaxar um pouco mais.
Você está tensa. Sinta o movimento da respiração através de você,
alongando os músculos.

O farfalhar do vento através de uma floresta de bambu


desapareceu, apenas para ser substituído pelo chamado lamentoso de
baleias e ondas quebrando. Os olhos de Lindy se fecharam
novamente. Tinha sido uma noite brutalmente longa. Depois de seu
beijo em Owen e a massagem nos pés mais impressionante na
história, ele habilmente usurpou Ryan Gosling como protagonista em
seus sonhos. E que sonho. Imagens deles juntos emaranhados ficou
tatuado nas costas de suas pálpebras.

— Lindy? Você ainda está com a gente?

— Sim. — Ela deu a bela morena um polegar para cima e


poupou um olhar para o relógio. Mais vinte minutos. Liza mudou-se
para o outro lado da sala para endireitar o lótus de Jordan que ela
insistiu que estava perfeitamente bem do jeito que estava.

— Eu não vou fazer isso. — Bitsy sussurrou.

Todas as mulheres optaram pela classe dos novatos em yoga, o


workshop “Lidar com o stress através da meditação”, e parecia que a
pobre Bitsy estava lamentando a decisão. Alguém poderia pensar que,
com tal estrutura pequena, ela teria levado como um peixe na água.
Em vez disso, o queixo tremia quando ela falhou, mais uma vez, ao
contorcer seu corpo para a próxima pose.
— Está tudo bem. — disse Lindy pelo canto de sua boca. Ela
recordou seu próprio primeiro tempo fazendo yoga. Ela
acidentalmente se inscreveu para uma classe intermediária e foi uma
ameaça absoluta na esteira. Ela caiu como um tijolo durante a “pose
dançarina” e levou dois outros alunos com ela no caminho,
resultando em uma exposição humilhante de dominós humanos.
Desde então, ela tinha furado os DVDs de casa.

— Depois disso, você nunca terá que fazer yoga novamente.


Vamos falar sobre o que vamos ter para o almoço, ok? Ouvi alguém
dizer algo sobre frutos do mar. Espero que eles tenham salmão. Você
come frutos do mar?

Bitsy assentiu. — Marisco apenas. Talvez haja camarão. — Ela


se concentrou na conversa em vez dos movimentos e seus olhos
derrotados assumiram um brilho especulativo. — Você viu que mais
tarde eles estão oferecendo dança de salão? Calvin nunca dança, mas
parece divertido.

— Parte deste retiro é ter certeza que você encontre o que te


faça feliz, além de ser parte de um casal. É sobre duas pessoas se
sentindo realizadas e conseguir o que precisa, certo?

A outra mulher assentiu hesitante.

— Então, vá sem ele. — disse Lindy.

Ela tremulou o lábio inferior com os dentes por um momento. —


Talvez. É engraçado você mencionar isso, porque Nico estava dizendo
a mesma coisa.

A porta se abriu, deixando entrar uma enxurrada de luz solar.


Como se convocado pelas palavras de Bitsy, Nico estava imóvel por
um longo momento, quase como se ele soubesse que parecia vistoso.

— Senhoras. — disse ele, caminhando em direção a elas, com


as mãos estendidas. — Como estão às coisas aqui hoje? Todas estão
flexíveis?

Liza atravessou a sala e deu-lhe um sorriso acolhedor. — O que


é um deleite! Você vai fazer uma demonstração para as senhoras ou
está apenas de passagem por aqui?
— Pensei que eu iria ver como todas estavam progredindo, e se
havia outras alunas que poderiam lidar com uma classe mais
avançada. — Seu olhar varreu a sala, o desembarcou em Lindy e
exploração. — Belinda, a sua forma é excelente. Você quer intensificar
a sua?

Bitsy soltou um grito de protesto, e Lindy hesitou, mas apenas


por um segundo. Vinte minutos a sós com Nico era muito tempo com
um verme para deixar passar.

— Desculpe Bitsy. Vai ficar tudo bem, eu prometo. Continue a


pensar sobre salada de camarão e salmão. Vejo você na hora do
almoço. — ela sussurrou e se levantou.

— Claro, mas vá com calma. — ela disse a Nico. — Eu sou boa


no trabalho de chão, mas uma vez que estou de pé, é arriscado. —

Seus dentes brancos brilhavam contra sua pele morena e ele


estendeu o braço. — Fechado. Vamos para o menor estúdio. Eu
prefiro o mais brilhante. Está tudo bem com você?

— Perfeito. — Apesar do fato de que ele era um trapaceiro e ela


a caçadora neste cenário, quando ela deslizou o braço no dele e saiu
da sala, ela não podia deixar de sentir uma “mosca” na sua “aranha”.

Entre na minha sala de estar...


— C omo está sendo sua estadia até

agora? — Nico conduziu-a pelo pequeno corredor, levando-a para a


sala adjacente.

— Muito boa. Desconectar e estar longe do telefone está sendo


adorável e a localização é impressionante.

— Fico feliz em ouvir isso. — Ele abriu a porta e acenou para


entrar — Depois de você.

Ele acendeu as luzes, e ela fez um balanço da área. Espelhos


cobriam as paredes e uma barra de ballet corria o perímetro da sala.
— Este também é o estúdio que usamos para dança de salão. Você
deveria tentar. É muito divertido.

— Eu acho que eu vou. — Seria a primeira vez que ela dançaria


em um ambiente como este desde que sua mãe faleceu, mas de
repente parecia imperativo que ela fizesse. Quem sabe? Talvez
descobrisse algo, e ela odiaria perder a oportunidade de descobrir
alguma coisa que poderia potencialmente promover sua investigação.

Ele caminhou até um sistema de som ladeado por duas colunas


gigantes e brincava com os botões. Um momento depois, música new
age encheu o espaço. — Esta tudo bem para você?

— Tudo bem. — ela disse, com um aceno de cabeça.


— Acabei de sair do ginásio, por isso estou quente também.
Podemos começar logo.

Ele ficou na frente da sala, fazendo sinal para ela se juntar a ele.
Ele levou-a através de uma série de movimentos, fazendo a ponte
entre eles até que ele estava apenas a alguns metros de distância.

— Quer experimentar como um casal mais experiente? Eu vou


ajudá-la.

— Eu sou do jogo — disse ela com um sorriso.

— Sinta queimar. — Suas mãos pressionando em sua parte


inferior das costas, obrigando-a para frente, ainda mais no
alongamento. — Você pode sentir isso?

Sua voz era baixa... Perto de seu ouvido. Ela socou para baixo o
desejo de se afastar. Se ele estava indo para seduzi-la e, em seguida,
tentar através dela investir em alguma empresa falsa, era crucial que
ela permitisse a ele pensar que ele estava conseguindo, até certo
ponto.

— Sim. Sinto-me bem. Ela combinava o seu tom ao seu,


tentando antecipar sua próxima jogada. Mas não havia nenhum
movimento seguinte. Cada vez que parecia que iria cruzar a linha, ele
se afastava. Interessante.

— Agora sobre a sua volta.

Ela obedeceu, rolando sua espinha até que estava sentada e


depois, lentamente afundando para baixo, usando os músculos de
seu núcleo para controlar a sua descida.

— Amável. Você está em forma. O seu treino é de yoga, ou você


faz outros tipos de exercício, também?

— Treino? Sim. Meu treino é. — ela limpou a garganta — Ah,


você sabe, tenho um treinador para várias coisas, basicamente. Nós
fazemos um monte de coisas. Yoga. Jazz. — Merda, o que mais tinha?
Sua mãe costumava fazer isso quando ela era criança, e se a memória
não falhasse havia um monte de polainas e bandanas envolvidos.
Ele parecia impressionado. — Mantendo os exercícios da velha
escola. Eu gosto. Tudo bem. — Ele bateu seu joelho. — Levante as
pernas para cima e faça o passo arado.

Ela balançou tanto as pernas para cima perpendicular ao seu


corpo de bruços e usou suas mãos para ancorar de volta. Ele ajudou,
incentivando-a suavemente até que suas pernas estavam por trás de
sua cabeça. — Muito bom Belinda.

— Lindy. — ela o corrigiu em um suspiro, tentando falar, apesar


de seu diafragma estar contraído.

— Lindy, então. É um nome adorável.

Ela se esforçou para ouvir algo ameaçador ou lascivo em seu


tom, mas não havia nada. Eles mudaram os passos, e ele continuou a
ajudá-la, mas enquanto ele a tocava muitas vezes, nunca escalou a
um ponto que ela poderia tê-lo chamado inadequado. Se ele planejava
seduzi-la, ele não iria tentar hoje.

Depois de alguns trechos mais, ele a puxou para seus pés. —


Surpreendente. Mesma hora na quarta-feira? Nenhuma chance que
você possa assistir a classe das novatas.

— Claro, parece ótimo.

— Você acha que seu marido gostaria de se juntar a nós? — Ele


levou-a da sala. — Se você fizerem isso em casa juntos, nenhuma
razão para desafiar a tradição.

— Ele não faz yoga comigo.

— Sério? Eu assumi... ele está em grande forma.

Será que ela não sabe disso. — Ele trabalha muito, mas ele não
gosta de yoga.

O belo rosto de Nico escureceu em uma carranca. — Você está


decepcionada com isso? Devo dizer, existem milhares de homens que
se sentem retiradas de seus próprios planos para suar ao lado de
uma linda mulher. Não deixe que a sua falta de interesse em seu
passatempo abale sua confiança. Tenho certeza que se ele não fosse
um homem tão ocupado, ele teria toda a oportunidade.
Isso foi um elogio indireto se ela já tinha ouvido um, e ela
ruminou sobre ele antes de responder. — Obrigada. Você está certo
sobre ele ser ocupado. Eu tenho sorte, se ele puder fazer um encontro
mensal.

Nico estalou a língua em desaprovação. — Eu tenho certeza que


ele desejaria que pudesse estar lá. — Mas o tom indicado algo
totalmente diferente.

Havia algo de seu comportamento, ou era apenas um idiota? Ela


teria que cavar um pouco mais da próxima vez que o visse.

— Eu realmente apreciei. Grande sessão.

— O prazer foi meu. — Ele parou de andar e fez um gesto em


direção a uma porta de carvalho grande. — Esta é a minha parada.
Eu tenho alguns negócios fora daqui para apresentar hoje à noite, por
isso, se eu não ver você amanhã, eu vou te ver na yoga quarta-feira?

— Não perderia por nada.

Ela deu-lhe um aceno alegre, continuando pelo corredor em


direção ao grande salão. Ela entrou, seus olhos imediatamente
digitalizando a área para Owen, que não demorou muito a encontrar.
Ele estava sentado sozinho em uma mesa lendo o jornal e olhou para
cima quando ela se aproximou.

— Ei você aí. Como foi o seu dia? Ainda doído do sofá? — Ela
tentou manter seu olhar treinado em seu rosto, mas nunca o tinha
visto vestido tão casualmente, e a roupa esportiva parecia fantástica
nele. Se todo seu empreendimento acabasse ele poderia facilmente
capturar corações e a imaginação das mulheres se estivesse
estampado em um outdoor assim na Times Square. Ou, melhor
ainda, ele poderia ser capaz de substituir David Beckham em nada
mais do que um par de cuecas.

— Eu estou bem, um pouco dolorido, mas não terrível. — Ele


olhou em volta para se certificar de que ninguém estava por perto. —
Passei algum tempo com Nico no ginásio, o que foi bom. Eu pulei as
sessões da manhã para tomar notas e fazer algumas chamadas.

— Como foram as coisas com Nico?


— Tudo bem. Abri um diálogo, coisas que eu quero manter um
olho em cima, mas nada sólido ainda. Vou desvendar lentamente, eu
acho que, por isso foi um bom começo. Como foi a yoga?

— Ótimo. — disse ela, deslizando para a cadeira em frente a ele.


— E engraçado você mencionar Nico, porque eu passei algum tempo
com ele também. Ele entrou na metade da classe para ver se havia
alguma aluna avançada que queria mais um desafio. Acabamos tendo
uma aula particular ao lado.

Owen estabelecido o papel e olhou para ela. — Sério?

— É. Nós vamos fazer isso de novo na quarta-feira. Eu não


posso dizer que aprendi alguma coisa particularmente útil, mas acho
que o fato de que ele agendou comigo poderia significar alguma coisa.
Talvez ele esteja me preparando para algum tipo de movimento mais
tarde?

— Ele tocou em você?

O rosnado na voz de Owen juntamente com seu olhar duro a fez


recuar. — Shh! E o que você quer dizer? Ele tocou-me da maneira que
você toca em alguém quando está ensinando-lhe na ioga. Mas de uma
forma sexual? Não. Eu pensei que você estaria feliz que ele estava
querendo passar um tempo comigo. Então, qual é o problema?

Ele afrouxou sua mandíbula, baixando a voz a um murmúrio. —


Estou feliz. Você fez muito bem. Ele é um canalha e, às vezes, faz o
pensamento racional ir para fora da janela. Você é uma mulher
casada a seus olhos. Como é que ele vai buscá-la, ficar em um quarto
sozinha e tocar em você?

— Quando você diz isso dessa forma, soa muito mais nefasto do
que foi. Eu sou uma garota crescida. Eu sabia o que eu estava me
metendo quando assinei para fazer isso. Se o seu jogo exige sedução,
ambos sabíamos que eu teria que dar-lhe algum incentivo para
encontrar o seu jogo final. Você quer que eu lide com isso de forma
diferente?

— Não. — Ele soltou um suspiro e bateu os dedos sobre a mesa.


— Você faz exatamente isso. Certifique-se de manter a sua guarda.
Eu não tenho nenhuma indicação de que ele poderia ser perigoso ou
violento, mas ele pode ser persuasivo, e sua visão do que é apropriado
pode não alinhar com a sua. As coisas não precisam ficar melosas.
Enquanto ele acha que a tem mentalmente, certamente você pode
parar no lado físico das coisas.

— Concordo. Acredite, eu não tenho nenhuma intenção de


deixá-lo chegar muito perto.

Várias outras pessoas chegaram, e Owen olhou para o relógio. —


É hora de casal, em 20 minutos. Qual é o plano? Você quer fazer a
dança de salão ou construção da equipe?

Ela apertou os lábios. Por um lado, ela se sentia um pouco mal


por deixar Bitsy na mão e queria estar lá para apoiá-la no caso de ela
tomar coragem para ir à aula sem Calvin. Por outro lado, o
pensamento de estar envolta nos braços fortes de Owen pelas
próximas duas horas a aterrorizava. Ainda assim, eles teriam que
ficar mais confortáveis com o contato casual. Pelo menos assim eles
teriam acompanhantes para dissuadi-la de jogar ele no chão e ter seu
caminho com ele. — Eu já estou suada, por isso, poderia muito bem
fazer aula de dança e deixar a equipe de construção para outro dia.

— Parece bom. — Owen levantou-se e tirou o capuz, revelando


uma segunda camiseta preta. Seus dedos coçaram para traçar a linha
de seus peitos muito bem definidos e ombros arredondados.

Quando ela engoliu em seco para evitar a baba, ela percebeu que
estava redondamente errada.

Beckham não chegava aos pés de Owen Phipps.

Meia hora mais tarde, Owen se amaldiçoou. Por que ele deixou-a
escolher a sua atividade? A Lindy suada em seus braços espelhava
seus sonhos da noite anterior tão completamente que ele mal
conseguia pensar direito.

Ele tinha começado bem o suficiente. Três casais tinham


aparecido junto com um solo de Bitsy Cedarhurst. Ao invés de
emparelhá-los por casal de imediato, os homens trabalhavam com a
instrutora, Talia, enquanto as mulheres trabalhavam com o instrutor
Marcel. Eles aprenderam alguns passos básicos de salsa, e as coisas
estavam indo bem, até que se mudaram para praticar os movimentos
com seus cônjuges. Bitsy ficou com Marcel e, se não fosse totalmente
estranho e inadequado, Owen teria solicitado a fazer o mesmo com
Talia. Em vez disso, Lindy estava enrolada em volta dele como uma
estrela do mar em um molusco, e ele mal conseguia pensar direito,
não dando a mínima de executar os movimentos da dança.

— Queixo para cima. — disse Talia, tocando o dedo indicador de


sua mandíbula. — Saia de sua cabeça, Owen. Você tem que sentir a
dança. — A loira legal deu-lhe um sorriso encorajador. — Deixe-se
levar. Finja que é você e sua linda esposa, sozinhos em um quarto
onde ninguém está olhando.

Pior ideia do mundo, então em vez disso, ele fez exatamente o


oposto, imaginando que estavam em uma sala cheia de pessoas.
Toneladas de pessoas. Com bebês gritando.

Dois velhos rabugentos. Sua irmã. Inferno, qualquer coisa para


distraí-lo da sensação de seu corpo apertando Lindy, balançando
sinuosamente contra o seu com a batida pulsante Latina.

— Seus quadris devem estar se tocando. — Talia disse, batendo


levemente Lindy no flanco até que ela encostou mais nele.

Seus corpos estavam juntos agora, nada separá-los, apena duas


finas camadas de algodão que, na metade inferior, não ia cortá-lo com
o seu interesse constantemente aumentando. Cada espasmo, cada
giro, enviou um raio de luxúria para sua virilha. Felizmente, quando
ele passou por toda a gama de ereção desviando as imagens, Talia
juntou as mãos e falou.

— Ok, todos bom trabalho. Vamos ficar separados em grupos e


vamos demonstrar um mergulho básico.

Embora ele fosse grato pelo adiamento, foi de curta duração.


Depois de dez minutos de prática de mergulho, Lindy estava de volta
em seus braços, quente e corada, os olhos brilhantes de alegria.

— Você consegue, irlandês? — Ela perguntou, com as


sobrancelhas levantadas no desafio brincalhão.
— Eu acredito que eu consigo, sim.

Marcel mudou a música, e eles começaram a dançar. Lindy


realmente era natural. Seus movimentos eram tão fluidos e sensuais,
ele poderia sentar e ver sua dança durante todo o dia. Em vez disso,
ele tinha que estar bem perto enquanto ela girava e deslizava contra
ele. Ele lutou a boa luta, realmente o fez, mas foi uma batalha
perdida, e sua ereção apontou sob o algodão de suas calças de
ginástica. Os olhos azuis expressivos de Lindy arregalaram-se quando
a evidência de seu desejo se tornou muito poderoso para ignorar, que
se projetava para frente para se aninhar no berço de suas coxas. Ela
molhou os lábios com a ponta da sua língua, e ele lutou contra a
necessidade de se inclinar para frente e capturá-lo com a sua.

A música chegou ao fim, e ele inclinou-a de volta em um


mergulho baixo, colocando sua bochecha firme e redonda, em sua
palma. Ele olhou para o pulso em seu pescoço, pulando
descontroladamente debaixo de sua pele dourada. Tempo se movia
devagar até que lentamente, propositadamente, ela arqueou a pélvis
para cima, esfregando nele.

Um estrondo ecoou em seu peito e ele a puxou para cima. Ele


deixou suas mãos trilharem a parte inferior, fechando-as sobre a
curva de seus quadris, ancorando-a contra ele.

— O... Owen — ela sussurrou, sua respiração engatando.

— Parece que alguém finalmente conseguiu algo mais sobre


isso, sim? — Talia disse com um sorriso brilhante. — Trabalho
Fabuloso, O'Neils. Eu amo a paixão. Na mesma hora, quarta-feira, se
alguém estiver interessado.

As pessoas pegaram suas toalhas e garrafas de água, em


seguida, saíram da sala. Lindy mudou em seus braços e ele se
inclinou para seu ouvido e murmurou: — Eu gostaria que você
pudesse ficar perto por um minuto até eu poder melhorar... situação.

Seu rosto já ruborizado, ficou um tom mais escuro de rosa, e ela


balançou a cabeça.
— Nós vamos ficar para trás por um segundo e praticar nossos
mergulhos se estiver tudo bem. — ela falou para os instrutores que
tinham começado a fazer as malas.

Marcel deu a Owen um sorriso e riu. — Ótima ideia. Vamos


voltar depois para trancar. — Ele conduziu Talia para fora da sala, e
no momento seguinte, ele e Lindy estavam sozinhos.

— Isso não enganou a ninguém. — disse ele com um sorriso


tímido e soltou.

Lindy riu nervosamente e recuou. — Isso? Estamos em retiro de


um casal. Certamente que é exatamente o resultado que eles estão
esperando, estou certa? É biologia básica. Esfregue duas pessoas, e
essas coisas vem à tona.

Ele inclinou a cabeça e observou-a recolher suas coisas. Seus


movimentos eram bruscos, e suas mãos tremiam. Ele não podia negar
a parte mais escura dele inchou com a satisfação com a visão. Ele
adorou em fazê-la nervosa.

— É isso que você acha? — Ele perguntou, aproximando-se de


onde estava, toalha do rosto. Ele estendeu um dedo e brincou com a
mecha de cabelo úmido agarrado a sua testa. Seu olhar voou para o
dela, e ela segurou a toalha na frente dela como um escudo.

Continuou ele. — Você acha que se tivesse sido Bitsy e eu, as


coisas teriam... chegado? Ou mesmo Talia e eu? — Ele balançou a
cabeça com firmeza. — Você não se dá crédito suficiente. Eu não
tenho 19, Lindy. Eu consigo me controlar em torno de uma mulher
bonita. É você que está me dando um momento difícil. Eu não consigo
me comportar, não importa o quanto meu cérebro me diz que eu
deveria. Agora, a questão é o que fazer sobre isso?

Ela deixou cair à toalha e encontrou seu olhar. — Quanto mais


estou perto de você, menos eu quero a saber a resposta. Tire isso da
sua cabeça. — disse ela cautelosamente.

Eles se enfrentaram por um momento elétrico, até que ele


inclinou a cabeça para ela. O aroma de pêra a assaltou. — Se você
não me quer, diga a palavra. — Ele chegou perto... mais perto, até
que seus lábios...
— Desculpe. — uma voz guinchou da porta. — Eu deixei minha
garrafa de água para trás. — Bitsy correu mais, dando-lhes um —
não se importem comigo — acenando com suas mãos. — Eu vou estar
fora do seu caminho em um segundo. — Ela pegou a garrafa em um
flash e correu de volta por eles, as mãos protegendo os olhos. — Por
favor, não me deixe pará-lo seja o que for estão fazendo.

Owen encostou a testa em Lindy. — Salva pelo gongo, hein?

Ela se afastou e chamou Bitsy depois. — Espere-me! Eu estava


indo encontrá-la. Quer dar para um mergulho rápido antes do
almoço?

Bitsy hesitou, pesando o clima no salão. Quando se tornou claro


que o que ela tinha interrompido havia morrido abruptamente, ela
balançou a cabeça se desculpando. — Ok, então. Se você não estiver
muito ocupada.

Owen assistiu-as irem, olhos fixos nos quadris balançando de


Lindy envoltos em elastano, ele não pôde resistir, chamando por ela.

— Carne de pescoço.
— C arne de pescoço, minha bunda.

— Lindy murmurou para si mesma quando Owen tirou o carro para


fora do estacionamento um par de horas mais tarde.

Depois de nadar com Bitsy, elas tinham ido para a sala grande
para o almoço apenas para descobrir que não havia um camarão à
vista. E tinha sido claramente a última gota para a pobre Bitsy. Seu
rosto tinha amassado, e ela parecia à beira das lágrimas.

— Fiz a maldita aula de ioga, nadei 30 voltas, e dançei com


minha bunda e agora não há sequer um camarão?

Lindy sentiu muita pena dela, e sugeriu que elas fossem para o
Rusty Scupper na cidade. Bitsy iria comer alguns camarões, e ela iria
conseguir algum espaço. Chamaram Calvin e Owen, e agora a dupla
acolhedora era um quarteto irritante.

— O que você disse? — Bitsy perguntou com um olhar


interrogativo na direção de Lindy. — Você não quer pedir a galinha?

Lindy estremeceu. Ela não percebeu que tinha falado em voz


alta. Felizmente, Calvin havia estava no banco do passageiro da frente
e falando poeticamente a sua visão de negócios em sua voz de trovão,
de modo que era improvável que um dos homens tenha ouvido falar
dela. — Sim, uh, frango é uma merda. Eu estou tão cansado disso...
— Pelo menos espere até ver o menu para decidir. — Bitsy lhe
deu um tapinha amigável nas mãos.

Lindy acenou com a cabeça e concordou em fazer exatamente


isso. Para o restante do pequeno passeio, ela se permitiu ensopado.
Owen tinha um monte de nervo chamando-a de carne de pescoço
quando ele nem sequer permitia-se considerar uma ligação emocional
com uma mulher. Pelo menos ela estava disposta a assumir o risco.
Mas, novamente, ela teve um belo exemplo. Seus pais tinham 20 anos
incríveis juntos antes de seu acidente, e Lindy e seus irmãos sabiam
de uma coisa com certeza. A vida era muito curta para não gastar
cada minuto precioso do que rodeado por pessoas que você amava.
Ela que se dane se estava indo para ignorar essa lição por causa de
Owen. Ela faria o trabalho que tinha sido contratada para fazer, e
então ela iria voltar para a sua vida com os seus irmãos, seus filhotes
e sua Melba. Então, um dia, quando o tempo estivesse certo, ela
gostaria de encontrar um cara que fosse amá-la do jeito que ela
merecia ser amada... Do jeito que ela gostaria.

No momento em que chegaram ao Scupper e estabeleceu-se em


sua mesa, ela conseguiu conversar baixo. Ela passou mais de seu dia
irritada com Owen com seu pequeno golpe do que fazer o seu trabalho
e seu trabalho era coletar informações. Com um renovado sentido de
propósito, ela se concentrou na conversa dos Cedarhurst. Owen tinha
dado uma olhada quando ele e Calvin pediram para se juntar a ela e
Bitsy, então ela tinha certeza que ele pretendia usar o tempo para
obter algumas informações do homem. Enquanto eles discutiam
mercados de touro e corretores, ela voltou sua atenção para Bitsy.

— Então vocês já foram a outros retiros de casal?

Bitsy balançou a cabeça e se inclinou para sussurrar. — Não.


Eu tive sorte porque Cal concordou com esse. Ele só está fazendo isso
para me agradar, mas neste momento, eu vou levar o que eu posso,
você sabe o que eu quero dizer?

Levou toda a sua força para não balançar a mulher e gritar: —


Não! Eu não tenho ideia do que você quer dizer. Por que você nunca
toma o que você pode deste homem? — A mulher é tão doce, mas tão
irritante. Bitsy Cedarhurst merecia muito mais do que Calvin dá a
ela, mas até que a mulher descobrisse isso por si mesma, nada
mudaria entre o retiro falso ou não.

Ela fez mais perguntas, mas em um ponto eles se sentiram mais


como pura curiosidade, e Bitsy parecia um pequeno molusco. Quando
seus pratos vieram um pouco mais tarde, Lindy estava agradecida
pelo adiamento, especialmente quando Owen tomou as rédeas.

— Então, o que você acha até agora do nosso anfitrião?

— Stephanopoulos? — Calvin perguntou. — Ele está bem para


um garoto bonito, eu acho. Um pouco demais com as tolices paz e
amor, mas parece ser um cara legal o suficiente.

— Ele é muito carismático. — Bitsy acrescentou com um sorriso


tímido.

— Ele é certamente. — disse Owen. Parecia como se ele fosse


dizer mais, mas então congelou, o olhar colado a um ponto sobre a
cabeça de Lindy.

— Querido? — ela disse, na esperança de agarrá-lo de seu


comportamento estranho.

— Eu acho que eu vi... — Ele não tinha terminado a frase,


quando ela se virou para ver a porta do restaurante aberta e uma
jovem loira em um elegante casaco Burberry e botas pretas em
direção a sua mesa.

— Owen?

Sua voz de soprano melodiosa estava em desacordo com sua


expressão de fúria chocada. Ela ficou a poucos metros de sua mesa,
aborrecimento acrescentado a dureza de seus traços suaves.

— Posso falar com você, por favor? — Ela assobiou através de


seus perfeitos dentes brancos.

Três cabeças se viraram para Owen, aguardando a sua resposta,


que no momento, parecia o silêncio parecia atordoante. Lindy estava
muito chocada, também.

Quais eram as chances deles encontrarem alguém que


conheciam a um tempo que deixassem o retiro? Bastante elevado,
aparentemente, porque aqui estava uma mulher... Uma amante
desprezada, talvez?Que claramente o conhecia bem o suficiente para
estar zangada com ele.

— Cara, isso é uma agradável surpresa...

Cara. Irmã de Owen. Toda a razão para a sua charada, e aqui


estava ela na frente deles, exatamente onde ela não deveria ser. Lindy
pensou em uma explicação, para dizer alguma coisa, mas Calvin
Cedarhurst vencê-la.

— Olá, moça bonita. Calvin Cedarhurst, prazer em conhecê-lo.


— Seu olhar viajou o comprimento do corpo de Cara de uma forma
que só poderia ser descrito como assustador, e ele lutou para manter
em seus pés. — Gostaria de se juntar a nós?

A miséria de Bitsy era tão absoluta que mesmo através de


neblina de pânico de Lindy, ela ainda conseguiu sentir uma pontada
de empatia para com a mulher.

Cara ignorou Calvin e concentrou em seu irmão. — Você disse


que estava em Houston.

— Lindy e eu estávamos passando por um momento difícil, e


nós decidimos sair para retiro de casal. Nós sentimos que era melhor
manter os detalhes do nosso destino entre nós. Você entende o que
acontece com os casais. Perdoe-me?

A questão pesava uma tonelada e pairava no ar como um


caminhão suspensa por um cabo. Os olhos de Owen pediam a sua
irmã, mas ela claramente não sabia o que ele estava pedindo.

— E Lindy é...

A derrota no rosto de Owen incentivou-a a ação. — Isso mesmo,


seu bobo! Isso é o que sua mana mais nova faz? Estava preocupada,
você sabe como sua irmã tem essa coisa de Dorothy Hamel. Não me
reconhece, não é?

Cara finalmente parecia conseguir, ou pelo menos parte dela, e


acenou com a cabeça lentamente. — É. Parece bom. Hum, Owen, você
vai se juntar a mim por um segundo no bar? — Ela não esperou por
sua resposta, voltando-se para dar o resto da mesa um aceno de
dedo. — Foi bom te conhecer, Calvin e... você também. — Ela deu um
sorriso a Bitsy. — Cunhada, eu vou dar-lhe uma chamada mais
tarde, tudo bem?

Este último foi destinado a Lindy, que estava muito ocupada


engasgada com seu alívio fez nada mais do que dar Cara um perfeito
e sorriso brilhante.

Owen se levantou e limpou a boca com o guardanapo. —


Desculpe-me por um momento.

Ele seguiu sua irmã no salão, deixando Lindy para lidar com
dois conjuntos de olhos curiosos.

Ela colocou sua voz a sussurrou improvisando. — A Irmã de


Owen é uma viciada em drogas, pobre menina.

— O que diabos está acontecendo aqui?

Os braços de sua irmã estavam cruzados, e seus olhos cuspindo


fogo verde. Regra número um quando se trata de uma mulher
irritada? Desviar. — Como você me encontrou?

— Não puxe essa merda comigo. Eu não deveria ter “encontrado


você”. — Ela falou a última frase com o que parecia mais ar do que as
aspas no ar. — Você deveria estar no Texas, onde disse que estaria.
Imagine minha surpresa quando fui para Chelsea para deixar o terno
que eu comprei e vi isso no seu armário. — Ela segurou um panfleto
amassado em sua mão, e Owen suspirou.

Sua irmã tinha livre acesso em todas as suas casas, incluindo


seu apartamento Midtown. Ela aparecia quando ele estava em viagem
de negócios... Quase nunca. Ele chegou a considerar a interrogá-la
sobre seu súbito interesse, mas descartou. Ela era a única família que
tinha. Ele nunca quis que ela se sentisse como se não fosse bem-
vinda. Eles passaram um punhado de anos construindo este vínculo,
e ele não estava prestes a perdê-lo. Ele tinha sido descuidado.
Muitas vezes ela comprava-lhe roupas em suas viagens, se ela
encontrasse algo que adorava. Desde que Nico havia esmagado o seu
espírito, ela mal tinha deixado o apartamento, não importando mais
com as compras. A Lei de Murphy ditava que a tendência seria
começar de novo.

A importância de optar de sair outra vez não foi perdida por


Owen. Nem o fato de que ela tinha feito a maquiagem e tinha trocado
sua maratona Häagen-Dazs para alguma roupa elegante. Ela parecia
melhor do que tinha sido em meses. — Você foi fazer compras para
mim?

Parte da raiva parecia escorrer para fora dela, e ela deu de


ombros. — É. — Ela mordeu o lábio e desviou o olhar para longe
antes de continuar. — Bem, foi em parte, porque você estava me
evitando e agindo de modo estranho. Você não vai me ligava de volta,
em seguida, uma vez que você me disse que estava indo para Houston
e, depois você disse Austin. Eu sabia que algo estava acontecendo.
Então, talvez eu não seja totalmente inocente aqui. Eu queria dar
uma olhada no apartamento e me certificar de que tudo estava bem.

Compreensão estalou em sua mente, e ele podia praticamente


ouvir a lâmpada clicar. — Espere um segundo, eu não deixei o
panfleto na minha cômoda. Você bisbilhotou as minhas coisas!
Cara...

Ela o cortou. — Você acha que somente você pode se preocupar?


Eu me preocupo com você, também. E eu pensei que algo estava
seriamente errado. Você não pode imaginar os cenários que eu havia
pintado em minha mente. Você estava doente, sua empresa estava
tendo problemas, você se juntou a um culto. Fosse o que fosse, eu
sabia que você ia tentar me proteger, então eu pensei em fuçar um
pouco. Eu odeio que tive que chegar a isso, mas eu não sinto muito.

Ele abriu a boca para revidar, mas depois levou um momento


para realmente olhar para ela. O dedo do pé com raiva batendo, as
bochechas coradas. Ela não estaria aqui pronta para enfrentar-lhe se
não estivesse melhorando. A sensação de calor encheu o peito. — Eu
te perdoo.
— Mas isso não absolve-o deste show que você criou. — Ela
empurrou o queixo em direção à sala de jantar. — O que você está
tentando fazer? Fale-me sobre Nico e este Lugar de Cura. Por favor.
Eu preciso saber o que está acontecendo.

As lágrimas encheram seus olhos, e ele se inclinou para frente


para puxar seu corpo rígido para um abraço. — Eu vou dizer-lhe
tudo, eu juro. Mas não podemos fazer isso aqui. Eu ligo para você
hoje à noite e vamos nos encontrar em algum lugar seguro para falar.

— Será que é mesmo legal? Droga, você não vai ter que ir para a
prisão por mim, Owen. Nada é mais importante. Tudo o que quero é
que você volte para casa. — Ela deu um passo para trás, seu olhar
suplicante.

Ele sacudiu a cabeça. — Eu não posso voltar. Não até que isso
seja feito.

Sobre o ombro de Cara, ele viu Calvin Cedarhurst vindo em


direção a eles. Owen inclinou a cabeça em direção à porta. — Eu não
posso falar mais nada. Estamos prestes a ter companhia. Por favor.
Confie em mim. Eu prometo que não estou em perigo. Se, depois de
falar esta noite, você ainda quer que eu volte para casa, eu vou. Tudo
bem?

Ela assentiu com cautela. — Tudo bem. Eu vou ficar no hotel ao


lado para encontrar você às sete na sala de 2-12.

Ela pendurou sua bolsa por cima do ombro quando Calvin


chegou até eles.

— Aonde você vai, mocinha? Juntando-se a nós para o almoço?

— Desculpe, não poder. — Ela virou e dirigiu-se para a porta, o


olhar de Calvin trancado em seu traseiro por todo o caminho.
Bastardo.

— Ela é um espetáculo, O'Neil. Muito ruim ela ser uma viciada.

Nada tinha sido fácil a este ponto e, com a chegada de sua irmã,
não importava como tudo acabasse, as coisas tinham ficado muito
mais complicado. A tensão partilhada na parte de trás do seu
pescoço, e ele concordou.
— Sim, muito ruim sobre isso.
— E ntão você acha que ele está

planejando um golpe maior usando o retiro? — Cara perguntou.

Lindy sentou-se à mesa da sala de jantar de Owen e sua irmã


em seu quarto de hotel mais tarde naquela noite, maravilhado com
suas semelhanças. Apesar da diferença de coloração e insistência de
Owen, que eles não são parecidos, ela estava chocada. Eles tinham os
mesmos maneirismos, a mesma inclinação arrogante de suas
cabeças, e até mesmo franziam os lábios da mesma forma quando
estavam pensando profundamente.

— Eu não acho que é isso, eu tenho certeza. — disse Owen.

— O que você encontrou até agora?

— Não muito. — disse ele. — Mas nós não estamos aqui há


muito tempo, e não ter visto algumas coisas estranhas acontecendo
não quer dizer nada. Nós apenas não fomos ainda capazes de juntar
todos os pedaços.

— O que você acha, cunhada?

Cara voltou seu olhar laser verde para Lindy, mas apesar da
pouca compreensão, ela parecia genuinamente interessada em sua
resposta.
Lindy pensou sobre isso por um longo momento, se ela estivesse
no lugar da outra mulher gostaria de uma resposta honesta. — Eu
acho que Owen está certo. Algo está... errado. Eu sei que soa
esquisito ou o que seja, mas essa é a melhor maneira que posso
descrevê-lo. Algo não está certo. — Lindy passou a descrever a
sensação que teve de Nico, e as informações que Owen tinha
desenterrado sobre a concessão do retiro. Cara ouviu atentamente até
Lindy ficar sem ter o que dizer, o que aconteceu muito rapidamente
mais do que ela esperava. Ela meio que esperava que Cara mantivesse
Owen de cumprir sua promessa e o fazer desistir, mas ela não o fez.

— Ok, então suponho que você encontre alguma coisa? Então


vai fazer o que?

— Nós chamaremos a polícia.

— A violência não? — Ela inclinou a cabeça e prendeu-o com o


olhar, como se pudesse aferir a veracidade de sua resposta com o
poder dela. Ele foi espetacular, e Lindy quase podia acreditar que era
o caso. Foi difícil conciliar a mulher antes dela com a casca de uma
pessoa Owen havia descrito apenas algumas semanas antes.

— Se você se machucar, eu nunca me perdoaria. — acrescentou


ela em voz baixa.

— Você não agiria se alguém se machucasse? Então, como você


se sentiria?

Ela se encolheu. — Horrível. — Ela cobriu a boca com a mão e


balançou a cabeça. — Eu tenho sido fraca e cega. Eu não deveria o
ter deixado sair tão facilmente. E se ele já...

— Não faça isso com você mesmo. — Owen inclinou-se para sua
irmã e inclinou o queixo para enfrentá-la. — Nada disso é culpa sua,
mas é nossa responsabilidade fazer isso direito. Fique aqui.
Mantenha-se no Colorado para que você possa estar aqui quando
tudo terminar. Então, podemos enfrentá-lo juntos, e ele poderá ver
que você é um inferno de muito mais forte do que ele já lhe deu
crédito.
A emoção encheu a garganta de Lindy, e ela engoliu em seco.
Para alguém que não acredita no amor romântico, com certeza que
Owen não tinha um bloqueio sobre como amar a família.

Até o momento eles a deixaram uma hora mais tarde, eles


fizeram um pacto de falar pelo telefone menos duas vezes por dia e a
promessa que Cara ficaria segura no seu quarto de hotel e ficaria
quieta.

Owen deslizou no assento do motorista e soltou um longo


suspiro. — Jesus, quase fodeu tudo.

Lindy sorriu. — Você a trata bem.

— Obrigado. Estou pensando no final, isso pode funcionar para


o melhor. Algo que você disse em sua entrevista ficou comigo por um
longo tempo. A pessoa deve enfrentar a outra que a machucou. Se
você pudesse ver a minha irmã há um mês, não iria reconhecê-la
hoje. É como se ela descobrisse que eu estando no Colorado para
lidar com Nico também viria a ser uma parte dela dando-lhe um
sentido de propósito ou algo assim. Ela parece... viva novamente. Ela
não conseguiu por um tempo, e isso me assustou como uma merda.

— Eu posso imaginar. — Ela não sabia como iria lidar com isso
se Nate ou Mal tivessem sido tratados da maneira que Nico tinha
tratado Cara. Esse pensamento combinado com o atendimento a
mulher em si esta noite reforçou sua resolução dez vezes. Ela ia ter
que começar a cavar um pouco mais duro com Nico, mesmo que isso
significasse elevar o fator de risco. Não havia nenhuma maneira que
eles fossem para casa de mãos vazias.

Ela olhou para o homem por trás do volante, perdido em seus


próprios pensamentos, e fez um voto. Antes de saírem de Colorado,
ela teria certeza de que Cara teria a chance de enfrentar seu algoz.

De uma forma ou de outra, Nico Stephanopoulos seria


interrompido.
Até o momento que Owen deitou na cama naquela noite, a
tensão que havia segurando seu pescoço no momento em que viu o
rosto de Cara finalmente cessou, apenas para ser em substituídos por
dores em sua consciência. O que sua mãe diria se pudesse vê-lo
agora, deixando uma moça dormir no sofá desconfortavelmente,
enquanto ele estava deitado, esparramado nesta cama suntuosa como
fosse o rei? Sua Excelência, de fato.

O dia tinha sido um redemoinho com Lindy e ele saltando de


atividade para atividade, fazendo conexões e coleta de informações
quando havia alguma. No momento em que eles retornaram para o
quarto após seu encontro com Cara, ele pediu para falar na manhã
seguinte.

Quando ela não tinha colocado qualquer resistência, ele sabia


que ela estava tão cansada quanto ele, o que significava que precisava
dormir, e o sofá não era adequado para dormir.

Ela não deveria sofrer pelas as próximas semanas. O problema


era, ele a conhecia bem o suficiente para saber que ela nunca iria
concordar com troca.

Havia uma alternativa.

Apesar de mais cedo no estúdio e sua certeza de que iria fazer os


dois bem, ele não tinha planos de seduzi-la. Pela primeira vez, suas
intenções eram inteiramente altruístas. Quando lembrou a imagem de
Lindy ofegante em seus braços durante a sua dança, alguns podem
chamá-los de masoquista. De qualquer maneira, a culpa não
permitiria que ele tivesse uma boa noite de sono, quando sabia que
ela não estaria recebendo uma.

Ele rolou para seus pés e vestiu uma camiseta antes de ir para a
sala. Lindy estava enrolada no sofá. Seus olhos estavam fechados,
mas ele poderia dizer por sua respiração que ainda estava acordada.

— Vamos, mentirosa, posso dizer que você não está dormindo.


Levante-se fale comigo.

Ela suspirou e empurrou-se em uma posição sentada. — Eu sei


o que você vai dizer, e a resposta é não. Você dormir no sofá é como
um touro tentando se espremer em um ninho de pássaro.
— Eu concordo, mas isso é bobagem, também. — Ele fez um
gesto para ela no sofá. — Você estava certa sobre a cama antes. Não
há nenhuma razão pela qual não podem dois adultos fazer este
trabalho. Nós podemos fazer a coisa com os travesseiros se isso te faz
sentir melhor.

Seus olhos se estreitaram. — Você disse que não iria cortá-los.

— Eu sei o que eu disse, mas nós irlandeses tendemos a


exagerar. Eu não vou mentir para você, Lindy. Eu quero você. Eu
também sei que você me quer. Mas você já disse isso, você fez a sua
mente sobre nós, e tenho bastante autocontrole para manter minhas
mãos para mim. Se for desconfortável para qualquer um de nós,
vamos dizer assim, chegaremos a outra solução amanhã. O que você
acha?

Ela empurrou o cabelo dos olhos e acenou com gratidão. — Tudo


bem. Foi um longo dia. Para um lugar tão pomposo, você acha que
eles têm mobiliário confortável. Essa coisa é como deitar em sacos de
farinha, pelo amor de Deus.

Ela levantou-se e o cobertor que estava cobrindo seu corpo caiu


no chão. Ele gemeu. Em vez de pijama, ela usava um short curto de
Mulher Maravilha que abraçava seus quadris de uma forma que o
seduziu. A camiseta não era sedutora, exceto o material que mostrava
o suficiente dos seios quando ela se arrastou em direção a ele. Ele
atravessou a sala para o armário e pegou os travesseiros extras. Sem
alarde, atirou-os no centro da cama.

— Faça a sua parede de penas, e vamos dormir um pouco.

Ela tirou as cobertas e os travesseiros e definiu uma linha no


centro da cama enorme, então se afastou com um aceno de
satisfação. — Nate e Mal usavam isso em volta do acampamento de
verão, quando eles eram jovens. — Seus olhos se iluminaram com a
memória. — Foi definitivamente eficaz, porque nenhum deles teve que
receber tratamento para piolhos.

Ele sorriu. — Isso é tranquilizador. A última coisa que eu preciso


é de outro caso teimoso de piolhos.
Ela riu e arrancou os cobertores, fazendo sinal para ele pegar a
outra metade. Eles colocaram o lençol e ele foi atingido pelo prazer
que teve nessa tarefa caseira. Ele não tinha feito a sua própria cama,
em dez anos, mas não podia imaginar que estivesse sorrindo quando
tinha terminado. Essa era Lindy. Pouco drama, descomplicada, sem
frescura, tinha diversão ao redor de Lindy.

Eles subiram na cama, e Lindy suspirou de prazer. — Isso é


tããããooo melhor. — disse ela.

— Eu estou contente. — O silêncio se estendeu entre eles e ele


estendeu a mão para desligar a luz. — Eu programei o alarme para
sete para que pudéssemos comparar as notas antes do café da
manhã, tudo bem?

— Por mim tudo bem. Eu sou uma madrugadora de qualquer


maneira.

Ele sufocou um riso por isso. Ele havia colocado o telefone no


bolso para vibrar as 10 para sete, na esperança de levantar-se e ir
para o banheiro antes que ela acordasse e conseguisse dar uma boa
olhada na sua parte de baixo. Ele não estava reclamando. Ela era um
soldado, e ele não poderia ter pedido uma melhor parceira no crime.
Tê-la feliz e bem descansada era uma prioridade.

Ela se mexeu inquieta sob os cobertores, se entrincheirando e


ficando confortável. Em uma tentativa de pensar em algo diferente do
que a perna flexível que o tinha cutucado em torno do edredom, ele
tentou passar por tudo o que ele aprendeu hoje. Então, Nico tinha
dito que ele foi casado, o que a menos que Gavin tivesse perdido
alguma coisa, era uma mentira. Era importante que de alguma forma
ou que ele fez isso para dar credibilidade ao seu negócio...

— Esses travesseiros são tão suaves. — Ronronar de Lindy o


atraiu como um ímã para metal. Agora sua bunda deliciosa estava
mexendo e apoiou-se fora do edredom. Oito centímetros de distância e
ele estava construindo uma ponte que poderia fechar a lacuna...

Nico. Casamento. Pense.

Graças a Deus ela finalmente resolveu estender o braço


tonificado desligando a luz. — Noite.
— Boa noite.

Ele olhou para o teto cegamente, encontrando-se estranhamente


melancólico. Se eles não podiam desfrutar um do outro fisicamente, a
parte dele que estava atraído por ela queria que eles pudessem ser
amigos quando tudo estivesse acabado. Depois de apenas oito dias de
conhecê-la, a ideia de nunca mais vê-la novamente não estava
correta. Ele não se sentia certo em tudo.

O sono era um bom tempo.

Do seu ponto de vista nas árvores, ele podia distinguir o perfil


dela no luar. As palmas balançavam na brisa amena, como se no
tempo da música que derramado de uma varanda próxima. Ela
aproximou-se da água, e ainda mais perto, até que as ondas que
chegam agitou em torno de seus tornozelos em uma espuma
borbulhante. Ela levantou a mão para a corda atrás de seu pescoço que
levantou seu vestido, e um momento depois ela caiu, deixando as
pontas de seus seios nus por um momento sem fôlego antes de
descobrir em volta dos quadris. Ela se moveu para tirá-lo, mas ele se
adiantou, sua consciência formigando.

— Não faça isso. — A palavra foi arrancada de sua garganta


porque, na realidade, não havia nada que ele queria mais de que ela
continuasse. Ele sofria com o pensamento dela parar.

Ela parou por um breve segundo antes de dobrar seu corpo em


direção a ele, dando-lhe uma visão desobstruída dela, nua da cintura
para cima. — Por que você não vem e ajuda?

A percepção de que ela sabia que ele estava lá desde o início


enviou uma onda de adrenalina batendo em suas veias. Ele caminhou
pela areia, sem tirar os olhos de cima dela. As dezenas de metros de
distância... Pé... centímetros, e então ele estava em cima dela,
esmagando-a com seu tronco duro, seus mamilos duros cutucando seu
peito. Ele sentia o sangue espesso, fluindo para seu pênis, agora
totalmente rígido contra sua barriga. Ele espetou a mão pelo cabelo
curto, deleitando-se com seu suspiro. — Diga-me que você quer isso —
ele gemeu.

— Eu quero isso — ela sussurrou, os olhos inflamados com


chamas azuis. — Eu quero isto tanto.

Ele se inclinou para capturar sua boca, mordiscando o lábio


inferior suculento antes acariciado com a língua. Ela gemeu e enterrou
mais perto, envolvendo os braços em volta de seu pescoço. Segurando o
algodão em sua cintura, ele desenhou passando a curva de seus
quadris, as coxas para baixo até que as ondas famintas o comeram.
Ele afastou-se, desesperado para ver o que tinha descoberto. Mamilos
escuros estavam em atenção como frutos maduros à espera de sua
boca. Ele lutou contra a vontade de tomar um entre os dentes, deixando
seu olhar viajar sobre a extensão plana de estômago, o umbigo que
implorava por sua língua. Inexoravelmente para baixo, para o V de
suas coxas.

Ele levantou a cabeça e pegou o seu olhar, deixando-a ver quando


ela arrancou-o à parte, deixando-o ser testemunho da profundidade de
sua necessidade. Com uma maldição, ele desceu, capturando um
mamilo, lambendo-o com a língua. Ela arqueou as costas em um
gemido abafado, as unhas marcando os ombros em uma carícia sem
sentido.

— Owen, por favor.

O aroma de pêra o atacou, e ele respirou profundamente. Ela era


tão presente, tão real. As fantasias que o assolava desde que a
conheceu nunca tinham o consumido tanto e ele saudou esta nova
tortura, tanto quanto ele amaldiçoou. Ela cercou de todas as formas,
com as pernas sinuosas em torno de sua coxa, quadris inquietos
pulsando contra seu comprimento distendido. Sua mão deslizou entre
eles, colocando-o através de suas calças, os dedos embrulhados em
torno dele, apertando em uma carícia sublime.

— Porra, Lindy, não pare. — Seu corpo todo enrijeceu ao seu


toque, o desejo de gozar com a necessidade. Ele não iria sem ela, nem
mesmo em seus sonhos. Ele estendeu a mão na junção das coxas dela.
Fogo líquido. Tão quente. Vagamente, ele percebeu que havia uma
barreira de tecido fino, entre eles. Se não estivesse nu?
Ela agarrou sua mão e empurrou-o dentro de sua calcinha com
um grito impaciente e seus pensamentos se afastaram aa brisa do
mar. Foi então que, com seus dedos molhados, seus olhos voaram
abertos e seu coração saltou de seu peito.

Não era um sonho. Lindy tinha mudado de ideia.


E la não queria acordar, mas algo

estava atraindo-a para a superfície da consciência. — Eu estou tão


perto. — disse ela, seu corpo pairando no fio da navalha de um
orgasmo alucinante.

— Shh, eu sei. Deixe-me chegar lá, amor.

Ela congelou com o sotaque da voz e tudo soou em seu ouvido.


Owen estava ali, em carne e osso. Sua boca bem próxima a dela.
Então ela percebeu onde sua mão estava. — Oh meu Deus! — Ela
tiro-o longe como se estivesse hospedando um ninho de víboras em
seu colo. Riso histérico borbulhou de seus lábios. Talvez não ninho de
víboras, mas houve um grande, com certeza.

— E... — Ela não poderia dizer uma palavra única e racional.


Ela rolou para longe dele, apenas a bunda traidora contra os
travesseiros. Um coquetel potente de desejo, de pânico, e pura
mortificação teve-a semi-incapacitada, e ela lutou para ter um
pensamento coerente.

— Eu sinto muito. Pensei que você estava acordada. — Sua voz


era crua com o sono e sexo, sua respiração ainda dura. Ela sentiu um
puxão da necessidade na parte baixa de seu estômago.

— Não se desculpe. A culpa foi minha. — Ela puxou para baixo


sua camiseta e arrumou seus shorts com um estremecimento. Eles
estavam úmidos, agarrando-lhe a carne insatisfeita inchada, e ela não
queria nada mais do que rasgá-los e subir a bordo do trem.

Não!
Era um bilhete só de ida para seu desgosto. Ela tinha que ficar
lúcida e sair dessa situação antes que fizesse algo que se
arrependeria. Com um rolo poderoso ela foi capaz de escalar
Almofadas Mount e chegar ao outro lado. A distância e a barreira
deu-lhe algum conforto. Ela respirou firme.

— Eu não sei o que aconteceu. Eu pensei que era um sonho, e


eu sinto muito por isso.

Ele reajustou-se na cama, e os lençóis sussurravam, mas foi um


longo tempo antes de falar. — Eu estou tentando o meu melhor para
pensar com a minha cabeça de cima agora, mas mesmo assim, é um
acéfalo. Estou sonhando com você enquanto você está sonhando
comigo. Somos saudáveis, maduros, adultos. Lembre-me novamente
por que nós não estamos fazendo isso. Eu prometo a você, eu posso
fazer essa dor ir embora.

Levou tudo o que ela não tinha para mergulhar sobre a parede
falsa e levar a oferta, mas o mais ínfimo grão de auto-preservação que
não tinha derretido sob brilho de sua gostosura pura elevou sua
pequena cabeça.

— N... não. Eu não queria... — Ela engoliu o repentino nó na


garganta — ... se era uma provocação. Mas agora estou acordada e
consciente, eu não posso fazer isso. Você não está procurando um
relacionamento. — Ela odiava a nota de desespero que insinuou sua
voz, mas ela continuou, porque estava desesperada. Desesperada
para se salvar da miséria certa. Se ela ia fazer isso, precisava sair
rápido. Um homem como Owen, que parecia dobrar suas emoções em
um congelador, havia uma maneira infalível para levá-lo a deixá-la ir
sem uma luta.

— Eu quero um cara para ficar. Eu quero muitos e muitos


bebês com ele. E, sim, eu quero o seu rosto para iluminar o inferno
quando eu entro em um quarto. Se você já sabe que nunca poderia
ser esse cara, então pare. Pare com esses olhares. Por favor... pare.
Eu não tenho certeza que vou ter a força para continuar a dizer não,
se você não fizer.

Ela fugiu antes que o último resquício de disciplina a


abandonasse, e pegou um dos travesseiros. Em alguma parte, um
pequeno segredo do seu coração, ela esperava que talvez ele fosse
impedi-la... diria a ela que poderia ser esse cara. Mas, quando ela
atravessou a sala em silêncio ensurdecedor, a espera morreu.

Ela enxugou as lágrimas do rosto com as costas da mão e saiu


pela porta, fechando-a atrás dela com um boom retumbante. Não
havia nada para chorar. Ela havia se salvado de um mundo de dor ao
caminhar para longe, isso ela tinha certeza.

Então, por que ainda doía estupidamente?

— Vocês são os próximos. — disse o instrutor de esqui,


apontando para as pequenas cadeiras arredondadas na curva fechada
do outro lado do elevador.

Owen olhou para Lindy, cujos olhos estavam fechadas para a


última hora. — Tem certeza que quer fazer isso? Se você não quiser
podemos fazer cross-country.

Ela lhe deu uma sacudida vigorosa na cabeça, e ele resistiu à


vontade de beliscar o nariz vermelho. Estranho que ela nunca tinha
ido esquiar antes, o equipamento lhe combinava perfeitamente, e ela
parecia muito confortável usando. O boné desleixado cereja no final
tinha sido sua adição a elegante calça preta e jaqueta de esqui que ele
tinha comprado para ela naquela manhã na loja de esqui. Ele teve
que admitir, foi um toque agradável. Se ela iria passar zunindo por ele
em uma pista de diamante negro. Além do aspecto do esporte em ficar
ereta. Pelo que ele tinha testemunhado de suas aulas antes ele tinha
tomado alguns passeios rápidos na montanha, ela passou a maior
parte do tempo em suas costas. Não que ele estivesse propenso...

Fazia cinco dias desde que ele tinha mentalmente apelidado o


ocorrido de “incidente”, e se ele pensou que as fantasias eram ruins
antes, pensou errado. Ela tinha voltado a dormir no sofá aquela noite,
mas imaginar os dois juntos se tornou um ritual. Ela conseguiu evitar
um monte de contato próximo, ignorando a dança de salão e indo
para a equipe de construção de oficinas destinadas a ensinar-lhes
sobre o trabalho em conjunto, onde decorou um quarto fictício de
uma casa, tentando fazê-los refletirem o seus estilos. Ele sabia que
ela não tinha tanto interesse nessa turma tanto quanto ele na classe
escrita de poesia, mas era muito mais seguro para ambos. Por mais
que o irritasse, ela estava certa sobre uma coisa. Ele nunca seria o
cara que se iluminaria por uma mulher e era exatamente isso que
pretendia mantê-lo.

— Esta é a inclinação do coelho, certo?

O rubor que cobria seu rosto não se estendia aos lábios e ele
percebeu que ela estava realmente apavorada. — Lindy, sério, não há
necessidade de fazer isso se você não quiser. Podemos ficar no pub da
montanha e esperar que os outros venham. Nós não estamos
perdendo algo importante. Esquiar é esquiar. Ninguém vai dizer nada.
O pub é o lugar perfeito para ficar. É onde as bocas vão estar
ocupadas. Vamos. Podemos ter um lanche e café enquanto
esperamos. — Ele segurou seu cotovelo e tentou levá-la para longe do
elevador, mas ela empurrou o braço de distância.

— Não. Eu não vou.

Ele reconheceu a inclinação teimosa do queixo e suspirou. Ela


iria esquiar. Sua determinação poderia ser chata se não fosse tão
malditamente admirável.

— Tudo bem, então. Vamos levá-la agradável e lento.

A cadeira diminuiu, chegando por trás deles. Ele pegou a mão


dela e puxou-a para a posição. — Quando ela atingir a parte de trás
de seus joelhos, sente-se. — disse ele.

Um momento depois, ele apertou a mão dela e ela fez


exatamente o que ele disse. Eles começaram a subida lenta. Ela
soltou um grito exultante. — Eu consegui! E isso foi uma coisa fácil.

— Certo, mas não olhe para baixo, tudo bem?

O segundo que disse, ela se inclinou para frente e olhou para o


chão coberto de neve cada vez mais distante. Ela sentou-se rápido, o
que fez a cadeira balançar. Seus olhos se arregalaram, e ela agarrou
sua mão. — Tudo está bem. — ela murmurou baixinho.
— Tudo está bem — ele assegurou. — Tente sentar e vai se
sentir muito mais estável, ok?

Seu aceno desta vez foi nada mais do que uma ligeira inclinação
da cabeça. Ela estava levando em sua palavra.

— Estamos quase lá?

— Quase. — Ele afagou-lhe a mão e tentou pensar em algo para


tirar sua mente fora do passeio. Eles estavam longe de olhares
curiosos e ouvidos. Momento perfeito para conversar.

— Como foi a yoga, esta manhã? Nico estava brincalhão ainda


ou o que? — Ele manteve o tom leve, mas cada vez que pensava no
desgraçado com as mãos sobre ela o fazia querer quebrar coisas... ou
seja, os dedos de Nico.

— N... não. Ele, uh, tem sido muito bom com limites. — Seu
rosto tenso relaxou um pouco, e ela liberou o aperto de morte que ela
tinha em sua mão para meditar sobre a sua pergunta. — Uma coisa
que eu tenho notado, no entanto, se eu disser alguma coisa sobre
você em tudo que possa ser interpretado como negativo, é como se ele
tentasse atiçar as chamas. Ainda esta manhã, ele perguntou se nós
tínhamos filhos e eu disse que não, que queria esperar para ter filhos.
Ele me deu este olhar intenso e disse: — E o que você quer Lindy,
provocar problema?

Outra onda de raiva o percorreu ainda menos racional. Ela não


era sua atual esposa. Por que ele, possivelmente importaria que Nico
estivesse tentando azedar sua relação inexistente? Era provavelmente
menos sobre as manipulações e ele estava exercendo-os no fato de
que ele estava fazendo isso em tudo. Depois do que ele fez com Cara,
o homem precisaria ser interrompido.

Só fazia sentido que as brasas da raiva tivessem florescido em


chamas desde que eles chegaram. Elas eram nada mais do que o
resultado de ter que enfrentar o homem que machucou todos os dias
sua irmã e ter que vê-lo tentar fazê-lo a outra pessoa. Não tinha nada
a ver com Lindy.

— Você acha que é isso? — Ela perguntou interrompendo seus


pensamentos. — Ele dirige um atrito entre nós para que ele possa
colocar as jogadas em mim mais tarde. Talvez me oferecer uma
grande oportunidade de investimento, com a promessa de que, uma
vez que ele estiver concluído, ele vai enviar para mim, ou alguma
bobagem? Eu não sei, mas estas pequenas descobertas são
definitivamente uma parte disto. Agora que eu já trabalhei com ele,
estou convencida. Vou começar a reclamar muito sobre você. E ver se
isso o faz dizer alguma coisa.

Ele não tinha dúvidas de que seus instintos estavam certos. Ele
fez uma nota mental para ver se algumas das outras esposas estavam
tendo um tempo com Nico. Que o lembrou que tinha que verificar seu
e-mail para ver se Gavin tinha respondido as verificações sobre essa
lista de nomes.

— Os Cedarhursts mencionaram qualquer outra coisa sobre o


encontro de Cara? — Embora Calvin tivesse feito alguns comentários
a ele sobre sua aparência e perguntou se ela estaria vindo para visitá-
los a qualquer momento, uma vez que Owen tinha acrescentado
transtornos mentais provocados pelo vício, ele parou e desistiu.

— Não, nem uma palavra. Eu não acho que foi tão importante
para eles quanto foi para nós.

— Falando nisso, lembram-me de chamá-la com uma


atualização quando voltarmos. Ela está ficando inquieta, e eu acho
que o seu sentimento sobre Nico vai dar-lhe algo para mastigar por
alguns dias.

Quando chegaram ao topo da montanha, ele se virou para ela. —


Pronta?

Ela olhou para cima com um sobressalto. — Uau, isso foi rápido.
Eu nem percebi... — Ela voltou seu olhar grata a ele. — Obrigada.
Você é muito bom nisso.

A eletricidade sempre presente que estava bem abaixo da


superfície arqueou entre eles e, no momento, acolhedor e confortável
chiou distância. Que estava acontecendo mais e mais desde o
incidente, e, embora ele tentasse o seu melhor, era difícil de ignorar.
Mas suas palavras, esse tom, com medo desesperado, preso com ele.
Se você já sabe que nunca poderia ser esse homem, então pare.
Então ele parou. E desde então ele parou antes de começar de
novo.

— Obter o seu pólo pronto ao seu lado. Incline-se para frente


um pouco, e quando seus esquis tocarem o chão, dobre os joelhos um
pouco. Não deixe as pontas atravessarem.

Ela assentiu com a cabeça, a testa enrugada em concentração.


Um momento depois, eles estavam fora do elevador, para baixo na
pequena inclinação, e no topo da encosta do coelho olhando para
baixo. Lindy ainda estava de pé e positivamente radiante de orgulho.
Ela era tão bonita.

— Grande começo. Agora nós vamos fazer esta primeira viagem


para baixo. Vamos fazer agradável e lento. Fazer padrões em
ziguezague largos, e a qualquer momento se você quiser parar, aponte
suas pontas...

Ele não chegou a terminar. Lindy tinha parado de ouvir e estava


protegendo seus olhos quando ela olhou para baixo do morro. Antes
que ele viu o que tinha capturado a atenção dela, ela empurrou e foi
descendo a ladeira em uma posição curvada, ganhando velocidade a
cada segundo.

Caralho.

— Devagar. — ele a chamou, imitando a sua postura, esperando


que seus esquis fossem rápidos e lhe desse tempo suficiente para
recuperar o atraso e fazer o quê? O que ele poderia fazer? Ela estava
rasgando sua bunda para o lado da montanha, seus esquis iniciantes
praticamente gritando todo o caminho. Não havia nenhuma maneira
para ele parar sua descida. O melhor que podia fazer era chegar perto
o suficiente para falar com ela e orientá-la para abrandar antes de
bater no fundo. Ele visualizava a paisagem no final da colina, e o
pavor apertou em seu estômago. Após o elevador e a cabine, havia,
talvez, 10 metros de terra plana, em seguida, uma parede de
pinheiros. Se ela não conseguisse parar antes, então...

Ele aprofundou a curva em seus joelhos e apertou os cotovelos


perto de seu lado. Centrando-se nas bandeirinhas vermelhas batendo
atrás dela como um farol, ele forçou-se a ir mais rápido. Quinze
metros ficaram 10, 10 tornaram-se cinco. Logo ele quase podia tocá-
la. Quase.

— Lindy, eu estou bem atrás de você. Tudo bem, mas você tem
que me ouvir. — Ela nem olhou para o seu caminho. O inferno,
mesmo que ele não estivesse certo que o barulho tinha vindo de seus
lábios enquanto suas palavras foram sugadas por sua velocidade e os
ventos da montanha.

Ele desviou do flanco. — Lindy! — Ele gritou com toda sua força,
e desta vez ela olhou para cima, seus olhos selvagens e aterrorizados.

— Levante-se mais. Tente mover para a esquerda, depois volta


novamente. Ele vai ficar mais lento.

Ela endireitou as pernas, mas um de suas pontas voou de sua


mão e ela começou a balançar. Ele poupou um olhar para a parte
inferior da colina que estava se aproximando rapidamente. Eles
estavam fora de tempo.

Antes que ele pudesse fazer outra jogada, aconteceu. Seus


braços moveram, e ele assistiu com horror. Ela bateu no convés,
braços e pernas abertos em ângulo aparentemente não natural. Um
de seus esquis voou e veio para ele como um míssil. Conseguiu evitá-
lo quando o outro vôo na direção oposta. Diminuiu a velocidade e
rastejou. Ela caiu derrapando até parar a poucos metros da linha das
árvores. Com o coração na garganta, ele respirou profundamente,
chutando a neve em sua frente. Ele jogou seus polos de lado e
arrancou seus esquis.

— Lindy, Deus. Por favor, diga alguma coisa. — Ele se


aproximou, o medo subindo para terror miserável.

Ela não estava se movendo.


G ritos frenéticos penetraram

estridentes em seus ouvidos, e ela levantou a cabeça. Owen estava de


pé sobre ela, dizendo seu nome mais e mais. Um momento depois, ele
foi acompanhado pela menina da cabine de elevador e uma multidão
começou a se reunir.

— Querido Deus, Belinda, você está bem? — Uma voz


masculina murmurou. Nico.

Depois de saírem do elevador e se dirigirem para a ladeira, ela


podia jurar que era ele no meio da colina, com seus braços em volta
de Jordan, o diretor como um amante, mas ela não podia ter certeza.
Em sua pressa de chegar mais perto, ela perdeu o equilíbrio, e é aí
que a merda bateu no ventilador.

Agora os dois estavam perto dela, a preocupação gravada em


seus rostos. — Diga alguma coisa, Lindy. Você está me assustando.
— disse Jordan, caindo de joelhos ao lado dela.

Ela respirou fundo e tentou um sorriso. — Está tudo bem. É


assim que eu gosto de parar. — ela brincou, esperando que os
espectadores não ouvissem o tremor em sua voz. — Tudo está bem.
Não há nada para ver aqui. — Ela rolou para o lado e tentou se
levantar, mas uma dor latejante emanava da parte inferior das costas,
e ela reconsiderou.
— Deite-se até que o médico possa olhar você. Você pode ter
quebrado alguma coisa. Cristo, Lindy, em que diabos você estava
pensando?

Olhar furioso de Owen perfurou dentro dela, e a casca fina de


compostura que ela agarrou-se uma vez na outra noite quebrou-se.
Tinha sido um dia duro, e seu não intencional declive havia
assustado a merda fora dela. — Q-q-que tipo de qu-qu-pergunta é
essa? Não foi no pp... propósito. — Ela fungou, lágrimas quentes
escorrendo pelo seu rosto congelado. Ela bateu a mão enluvada sobre
seu nariz, esperando a Deus que não tivesse que se parecer ainda
mais patética por ter manchas em todo o rosto. — Eu estava ficando
pronta e a próxima coisa que sabia que eu estava descendo a
montanha. Eu tentei me lembrar do que o professor disse-me, mas a
minha mente ficou em branco.

— Deixem-me passar, por favor. — Um cara robusto ostentando


uma barba negra intensificou, tirando Owen do caminho e apontando
para Jordan se mover. Lindy lembrou de um urso amigável, e seus
olhos castanhos quentes digitalizando ela rapidamente antes de
encontrar seu olhar. — Fale comigo. Qual é o seu nome?

— Belinda Kn... — Ela engoliu em seco e olhou de relance para


Owen. Ele ainda usava a mesma carranca estrondosa. — O'Neil.

— Eu sou Mike, e eu vou cuidar muito bem de você, Belinda. —


Ele se movimentava em torno, procurando coisas através de um saco,
enquanto fazendo perguntas sobre a dor e se ela bateu a cabeça, o
que, felizmente, ela não tinha. Depois de testar a amplitude de
movimento em todos os seus apêndices e verificar seus sinais vitais,
ele finalmente se levantou. — Você quer tentar se levantar?

— Sim. Estou me sentindo muito melhor agora. — disse. Ele


estendeu as mãos e inclinou-se para estabilizá-la. Ela levantou-se,
maravilhada com o quão fácil foi comparado com as vinte vezes ela
tinha caído na prática. Então ela percebeu que não estava mais
usando esquis.

Quando se endireitou completamente a pontada na parte inferior


das costas piorou. — Ugh. Não é incrível.
— Sim, você vai ficar dolorida. Tenho que te dizer, isso é uma
vitória. Pelo que disse o operador de elevador, temos sorte que não
estamos lidando com um fêmur quebrado ou pior.

Ela recusou-se a pensar sobre o que o “ou pior” poderia ter sido.

— Que bom que você está tão em forma. Eu acho que poderia
ter salvado um monte de danos. Você está bem em suas próprias
duas rodas? — Mike, o urso perguntou.

— Sim. Eu prefiro essas. Meus músculos estão ficando duros, e


eu acho que vou me sentir melhor se caminhar um pouco.

Ele balançou a cabeça apontou para Owen. — É este o seu


namorado?

— Marido. — ela corrigiu com uma pontada de culpa. Ela não


gostava de mentir de qualquer maneira, mas mentir para alguém que
a tinha ajudado a fazia se sentir como um chiclete preso ao fundo de
um sapato.

— Certifique-se de sua esposa tenha o dia mais leve. — ele


disse, virando-se para Owen. — Ela não parece ter uma concussão,
mas para estar no lado seguro, atente para...

— Eu joguei rúgbi durante anos, eu sei o que fazer. Acordá-la a


cada hora, olhar para o vômito. Vou ficar em cima dela.

Lindy quis chutá-lo na canela. Mike estava tentando fazer o seu


trabalho, e Owen estava sendo um idiota, e sem uma boa razão. Ela
apertou a mão do médico e deu um sorriso caloroso. — Eu realmente
aprecio você ter vindo, Mike. Eu estava pirando por um minuto e
saber que você veio para verificar-me, ter certeza que eu estava bem,
fez toda a diferença. Somos muito gratos por sua resposta rápida, não
estamos, querido?

Ela enviou Owen o olhar de morte e ele lançou uma respiração


reprimida. — Sim. Realmente somos. — Ele estendeu a mão enluvada
a Mike a pegou com um breve aceno de cabeça.

— Só estou fazendo o meu trabalho.


Mike fez o seu caminho de volta para sua moto de neve, e ela
teve um momento de alívio que ela não estava sendo puxada no trenó
ligado a ele.

— Eu tenho que voltar. — O operador do elevador aliviado


gesticulou para a cabine e enviou Lindy um olhar questionador. — Se
você tem certeza que está bem?

— Eu estou bem.

Nico e Jordan aproximaram-se quando os outros espectadores


dispersaram. — Essa foi a coisa mais assustadora que eu já vi. —
disse Jordan. Ela torcia as mãos nervosamente e olhou Lindy da
cabeça aos pés. — Você bateu tão difícil.

— Sim, eu tenho que confessar, eu temi o pior. — disse Nico. —


A Jordan pediu para uma aula de esqui particular, e nós estávamos
passando por cima com o slalom usando seus quadris quando este
flash passou. Eu juro, eu senti a brisa quando você passou, foi tão
rápido.

— Sim, bem, como eu disse, meus esquis tinham conseguido o


melhor de mim.

— É esta sua primeira vez? Com a casa em Stowe que Owen


mencionou assumi que eram esquiadores ávidos. — Seus olhos
escuros procuraram os dela, estreitando com o que poderia facilmente
ser suspeita, e naquele momento, ela só precisava sair de lá.

— Minha esposa prefere snowboard, mas concordou em tentar


esquiar como um favor para mim.

— Ah, bom ter um cônjuge que é tão interessado em suas


atividades e disposto a experimentar coisas novas para fazer você
feliz.

Quando Owen endureceu ao lado dela, ela prendeu a respiração,


esperando por ele explodir. Esta foi a primeira vez que ele tinha visto
Nico em ação, efetivamente tentando cavar um fosso entre eles. Ele
insinuou que Owen não iria fazer as mesmas concessões para ela.

Nico parecia alheio à ira de Owen, colocando a mão suavemente


no ombro de Lindy, em vez de dar o fora do alcance de Owen.
— Por favor, venha me ver mais tarde. Estou certo de que
possamos estabelecer um tratamento de spa especial de cura para
você uma vez que nós recebemos de volta ao palácio, se você quiser.
— Ele voltou sua atenção para Owen. — E você mencionou que tinha
experiência com concussões? Certifique-se de ter um cuidado
especial, e se ela tiver algum problema durante a noite, não hesite em
contactar-me. Eu vou chamar um médico de imediato. Ela passou por
um grande susto. Por um segundo, ela até esqueceu seu sobrenome.

Ambos agradeceram-lhe, e ele e Jordan esquiaram, deixando


Lindy sozinha novamente com Owen. Ele calmamente recolheu a
parafernália de esqui que, aparentemente, foram tiradas de seu corpo
com o impacto. Ele não precisava dizer nada, porém. Seu rosto pálido
e maxilar cerrado disse tudo.

— Desculpe, eu estraguei tudo. — ela murmurou. — Mas eu


acho que vai ficar tudo bem. Ele estava um pouco desconfiado, mas
enquanto não fizermos tud...

Seus movimentos se tornaram conciso e, em vez de andar, ele


ficou todo tenso como homem das cavernas. — É isso que você acha
que está me incomodando? Mesmo que fosse suspeito, é baseado em
quase nada, e ele vai superar isso. O que está me incomodando é que
você quase morreu. Qual é o problema com você, correndo dessa
maneira? Por que você não esperou por mim?

Sua culpa secou mais rápido do que um verme em uma rodovia


do Texas. — Eu repito, eu não sabia que ia acontecer. Nossa, eu
quase quebrei meu adorável pescoço tentando obter alguma
informação para você que poderia acrescentar, e você está com raiva
de mim? — Sua voz estava estridente. Ela considerou suavizar, mas
estragaria isso.

— Eu deveria era deixá-lo sem saber por gritar comigo. — Ela


estendeu a mão e bateu bruscamente no pescoço com seu punho. —
Tem alguém em casa? — Ela chamou alto em seu ouvido.

Seus olhos, brilhando com fúria anteriormente, se arregalaram


em choque. Ela atingiu Owen Phipps. Ela sabia do seu
arrependimento por seu ato precipitado. Até seus ombros sacudiram
com o riso.
Naquela noite, Owen olhou Lindy dormir e tirou uma mecha
brilhante de cabelo da sua testa. Ela estava bem. Tudo estava bem.

A memória de sua queda se repetia em sua cabeça em um loop


contínuo, e foi tornando-se mental. Ele tinha que obter um controle.
Talvez amanhã, quando ela acordasse e parecesse melhor, a cãibra
em seu estômago melhoria e ele se sentiria bem. Não havia como
escapar da dura verdade, porém. O longo tempo para admitir que, em
algum momento, ele começou a se preocupar com ela. Claro, parte do
que era um senso de responsabilidade. Ele a trouxe aqui, depois de
tudo, e se ela não estivesse tentando ver o que Jordan e Nico estavam
fazendo, ela provavelmente nunca teria perdido o controle. Mas havia
mais do que isso. Por um segundo, ele não sabia se ela estava viva ou
morta. Uma vez que o pânico diminuiu, ele percebeu que o mundo
seria pior se ela já não estivesse nele. Quando ela começou brincar
com ele, e querido Deus, o alívio foi enorme.

Ela se mexeu e ele puxou o cobertor maior sobre os ombros. Ele


tinha acordado quatro vezes, e estava confiante de que ela não teve
uma concussão.

Outro obstáculo concluído. Seu celular vibrou no bolso e se


arrastou para sala para atender.

— O que você tem para mim?

— Estou bem, obrigado por perguntar. — Gavin resmungou. —


Fico feliz em ver que mesmo estando acompanhado não melhorou
suas maneiras de moleque de rua.

Não havia um monte de gente que fosse tolerar esse tipo de


conversa, e sorte para Gavin, ele estava na pequena lista. Ambos
tinham ido para a escola. Owen e sua mãe tiveram que juntar moedas
suficientes apenas para comer, quando seu pai os tinha despejados, e
a mãe de Gavin havia sido uma prostituta e, eventualmente o deixou
com sua tia louca com a idade de nove anos. Eles não se encontraram
até que eram adultos e bem sucedidos. — Desculpe, eu não sabia que
você era tão sensível. Você quer que eu envie-lhe flores, também?

Gavin soltou uma risada curta. — Eu não aceitaria flores de


uma cara feia mesmo se eu ganhasse uma aposta, por isso não fique
todo quente e incomodado com o pensamento. Agora, ao que
interessa. Tem uma caneta à mão?

Owen abriu a gaveta da mesa e tirou uma caneta e um bloco. —


Vá em frente.

— Sarabeth Lucking. Vinte anos de idade formou em primeiro


lugar da sua turma na Loyola. Foi para a escola de pós-graduação e
conseguiu seu doutorado em psicologia. Desde o ano passado,
trabalhou em consultório particular, agora é empregada do local de
Cura, LLC. Sem antecedentes, sem bônus... Sem nada.

Gavin continuou a recitar os nomes e informações, mas nada


disso foi desencadeando os sinos de alerta. — Eu tenho o seu e-mail
de ontem sobre Marcel Goudreaux, mas eu não recebi os relatórios de
volta. E por último, mas não menos importante, Liza Ingram.
Instrutora de fitness licenciada e nutricionista, formada pela
Universidade de Connecticut. Sem antecedentes, sem justificatica.
Tinha uma ordem de restrição contra um namorado em 2008.
Trabalhou para a Cura, LLC. E...

Houve uma longa pausa. — Sim, e? — Owen perguntou,


impaciência afiando seu tom.

— E, Liza Ingram morreu a três anos em um acidente de carro.

Um silêncio pesado crepitava por telefone. A adrenalina pulsava


por ele, mas manteve seu tom uniforme. — Tem certeza?

— Claro que tenho. Eu segui a sua carteira de motorista é o


mesmo número da mulher morta de segurança social. Eu vou escavar
mais um pouco, ver se posso encontrar alguns cartões de crédito,
buscar dados anteriores, uma foto recente ou uma impressão digital
realmente ajudaria. Se você puder consegir, eu tenho uma chance
muito melhor de descobrir quem realmente é o impostor.
Eles trocaram despedidas, com Owen prometendo uma foto ou
impressão nos próximos dias. Depois que ele desligou, se serviu de
um uísque e sentou-se no sofá com suas últimas notas. Liza fingindo
ser outra pessoa não significava necessariamente que ela estava
envolvida em qualquer jogo de Nico, mas isso não parecia bom. Ele
tentou manter a calma. Havia muito que eles ainda não sabiam.
Ainda assim, seu sangue zumbia com a emoção da caçada.

Ele pegou o número de Cara na discagem rápida e preparou-se


para um bate-papo. Eles encontraram um fio, e se puxasse
corretamente, a coisa toda se desvendaria. Ele podia sentir isso em
seus ossos.
— E u não entendo. Por que não

posso pegar sua impressão digital? Estou na sua turma, três vezes
por semana antes de ir com Nico. Seria tão fácil. Eu vou pegar sua
garrafa de água como um acidente.

Eles tinham discutido sobre o tema várias vezes e não tinha


conseguido chegar a um acordo, principalmente porque Owen estava
sendo um grande idiota, o que parecia estar acontecendo mais e mais.
Desde seu acidente no dia anterior, ele estava sendo
insuportavelmente super protetor. Se ela não soubesse melhor,
poderia pensar que ele preferia tê-la passar o resto da viagem
trancada em seu quarto como uma tia demente que tinha vergonha
ou algo assim.

Quando ela o acusou exatamente isso, ele acenou com a cabeça.


— Sim. Soa quase certo.

Ela bateu um travesseiro sobre sua boca e abafou um grito. —


Por que você está agindo dessa maneira?

— Porque eu posso assumir a partir daqui. Estamos no retiro,


nós já conhecemos as pessoas, já sentimos o terreno. Agora Gavin
tem uma liderança e posso trabalhar com isso, enquanto você fica em
segundo plano e se mantenha mais discreta. Além disso, quero dar a
Nico algum tempo para esquecer o acidente de esqui e mantê-la fora
de seu radar.

Ela desviou o olhar e não respondeu.

Owen soltou um suspiro longo de angustia. — Basta dar-lhe


alguns dias, tudo bem? Não faz sentido você ir para as aulas de
ginástica agora, quando ainda está se recuperando. Falando com os
suspeitos.

— Recuperando-me de quê? Do constrangimento que eu quase


perfurei o meu bilhete na encosta do coelho? E que raio de nome é
esse, afinal? Inclinação do Coelho. Completamente humilhante. — Ela
soltou um suspiro tão grosseiro que teria dado a boa esposa de um
homem como Owen Phipps um ataque dos nervos.

Os lábios de Owen tremeram. Ele se sentou na cadeira em frente


a ela. — Você parece muito melhor. — disse ele com cautela. — Que
tal eu fazer alguma coisa hoje, e amanhã se você estiver sentindo-se
bem, e se nós precisarmos de uma cópia de um dos outros membros
da equipe, ele é todo seu? E hoje à noite, podemos ir para a noite de
jogos de casal, se você estiver se sentindo impaciente. Talvez
possamos tentar iniciar uma conversa com Margie e Steve.

Foi uma oferta tentadora. Margie era um osso duro de roer.


Super distante e ela cuidadosamente evitava todas as tentativas de
fazer amigos. Isso fez Lindy ainda mais determinada a conquistá-la
Além disso, enquanto não iria admitir isso para Owen, ela se sentia
um pouco atropelada por um ônibus. Tudo estava ferido.

O Ibuprofeno ajudou, mas provavelmente não o suficiente para


torná-lo através de uma aula de ioga sem algum desconforto maior.

— Tudo bem, mas antes de entrar na sala de aula amanhã,


temos que ter certeza que você tenha um bom motivo para finalmente
fazer ioga em um dia que eu não estou lá, assim comece a pensar
sobre isso. E não volte para tomar conta de mim hoje. Você tem que
chegar lá, tomar as aulas diurnas, ficar no loop. Se você não fizer
isso, eu vou literalmente expirar de culpa e vou estar na sua cabeça.
Eu me recuso a deixar a minha falta de jeito estragar isso por você,
Owen. Não quando nós chegamos tão longe. — Seus olhos escuros
estavam suaves de uma forma que não tinha desde a noite em que
quase fizeram feito amor. Ele tinha estado um pouco distante nos
dias seguintes, e então, desde o acidente, ele tinha vacilado entre
raiva e irritação. É triste dizer, ela preferia o último para o primeiro.
Pelo menos se ele estava louco, ele estava sentindo algo por ela. Quão
patética ela era?

— Tudo bem. Eu vou parar, mas volto mais tarde para lhe
trazer o almoço e verificar você. Então, se estiver se sentindo bem,
vamos fazer uma aparição no jantar e ir para o evento da noite.

— Parece bom.

No momento em que ele saiu alguns minutos depois, o drama


das últimas 24 horas tinha pegado ela. Ela colocou a cabeça no
travesseiro, seus últimos pensamentos de vigília saltando entre dois
homens, semelhantes em muitos aspectos. Ambos dispostos a
fazerem de tudo para conseguirem o que querem. O que os
diferenciam? Nico alcançado seus objetivos à custa de outros,
enquanto Owen paga o próprio preço. Qualquer investimento
emocional que ela tenha feito tinha sido por sua própria escolha.
Agora ela tinha que encontrar uma maneira de terminar o trabalho,
enquanto ainda tivesse alguma moeda deixada no banco.

— Boa noite, casais. Temos um jogo divertido chegando que


também enfatiza a necessidade de estar presente um para o outro.
Nós vamos roubar os maridos por um momento. — Brandi com um —
eu — fechou um olho falso de cílios em um piscar de olhos amplos. —
Mas nós prometemos dá-los de volta.

Os homens saíram da sala e outro membro da equipe veio para


distribuir os tapa-olhos para as esposas. Lindy tomou a dela e olhou
em torno do quarto. Todo mundo tinha vindo exceto Nico. Ela
perguntou se ele iria fazer uma aparição. Parecia que ele estava
sempre sob o pé até agora.
Owen tinha ido a academia esta manhã e não tinha visto o
proprietário geralmente onipresente durante todo o dia. Ela arquivou
seus pensamentos e focou em sua anfitriã.

— Em um minuto, os homens entrarão com roupa diferente do


que eles usavam aqui esta noite. O objetivo do jogo de hoje é para ver
se você pode identificar seu marido baseada no sentimento de uma
determinada parte do corpo. — Ela esperou os risos antes de
responder. — Não aquela parte senhoras. Agora vamos colocar os
nossos olhos vendados e um membro da equipe vai levar você para a
linha dos maridos.

Lindy colocou a venda sobre os olhos e percebeu, com um início


que era um breu. Ela não podia dizer que era totalmente feliz com a
sensação. Uma mão fria e seca fechou suavemente sobre seu pulso.
— Ei, você. — Sarabeth sussurrou.

— Ei, é você mesmo. — ela respondeu com um sorriso genuíno.


Ela esperava que com todo seu coração, e não pela primeira vez, que
o jovem médico não fosse uma parte de tudo o que estava
acontecendo aqui.

— Nós estamos indo a pé para frente. — disse ela. Lindy seguiu


sua liderança até que a outra mulher a puxou para uma parada.

— Tudo bem. Traga-os — Sarabeth chamado para alguém na


sala adjacente.

Steve, o banqueiro rabugento, vociferou um pouco, mas a partir


do que ela podia discernir a maioria dos homens pareciam
brincalhões e estavam prontos para algumas risadas.

— Certifique-se que vocês não fiquem muito doce comigo,


senhoras. — Calvin Cedarhurst de trovejou alto através da sala.

Lindy esforçou para ouvir a voz de Owen, mas sem sucesso. Ela
se perguntou o que ele estava achando dessa brincadeira. Isso estava
muito fora de sua zona de conforto, mas poderia ser exatamente o
quebra-gelo que precisavam para quebrar com algumas pessoas que
estavam distante.
— Senhoras, estamos embaralhando os homens ao redor agora.
Homens fiquem quietos para que suas esposas não traiam seguindo
suas vozes.

Um casal de senhoras recuaram bem-humoradas com a


acusação, mas logo elas estavam em linha. — Bitsy Cedarhurst, você
está em primeiro lugar.

Bitsy deu uma risada autoconsciente, como ela foi levada para
longe.

— Esta é a parte divertida. — disse Brandi, com uma risadinha.


Lindy mentalmente adicionou uma piscadela para ela. — Todos os
homens vão deixar você sentir os seus ombros, nada além de uma
regata. Depois de ter testado os seis homens, você vai passar de volta
e ficar atrás do que você acha que é o seu marido. Isso é fácil, certo?

O tom suave Sarabeth interveio agora. — O que nós descobrimos


é que, apesar de ter estado com alguém muito tempo, talvez não o
conhecemos, bem como pensávamos. Quando você está com o seu
marido... seu amante, nós queremos que você seja focado no
momento. Isso leva a interações mais significativas, menos tomar o
outro como certo e, francamente, melhor é fazer amor.

Um dos homens soltou um assobio estridente e a sala irrompeu


em gargalhadas. Houve momentos, como agora, que Lindy ficou
maravilhada com os critérios e jogos interessantes que alguns dos
funcionários planejaram. Ela pediu a Deus que alguns desses casais
se saíssem melhores, apesar das intenções de Nico.

— Número um. — Brandi chamou.

Presumivelmente, Bitsy tocou o marido de pé na primeira fila. —


Vamos lá, não seja tímida, chega mais!

Mais risadas até Bitsy disser. — Ok, podemos continuar. — Eles


fizeram o seu caminho através do monte até Brandi falar.

— Isso é tudo. Você acha que é esse?

— Eu sei que é. — Bitsy disse com um sorriso na voz.


— Ok, eu vou levar você de volta do jeito que veio e parar
quando chegar ao seu homem.

Passos soou por alguns passos e depois parou.

— Em seguida, Lindy O'Neil.

Calor rastejou até suas bochechas. Ela ia começar a tocar os


ombros nus de Owen. Não havia dúvida de que ela o conheceria
quando ela o tocasse.

Ela tocou seus músculos mil vezes em seus sonhos. A única


questão era, ela seria capaz de parar de tocá-lo uma vez que ela
começou?

— Número um. — disse Brandi, impondo as mãos de Lindy


sobre os ombros do primeiro cara na linha.

Com apenas um golpe superficial de suas mãos, ela sabia. Não


era ele. Muito curto. Ela mal teve de se esticar para alcançar seus
ombros.

— Tudo bem, continue.

— Número Dois.

Esse cara era a altura certa, mas ele tinha a musculatura um


pouco mole. Nada como os músculos magros que Owen tinha. Ela
deixou cair os braços para o lado dela e balançou a cabeça.

— Avance.

Depois de passar mais dois, Brandi anunciou o número quatro.


Lindy sabia antes mesmo de tocá-lo. O calor emanado dele, o cheiro
de seu xampu atacando suas narinas. Ela balançou em direção a ele.
Brandi não tinha que levá-la a tocá-lo. Incapaz de conter-se, ela
estendeu a mão e apertou as mãos contra a pele de Owen. Um
suspiro de prazer escapou dela, e se permitiu seus dedos para vagar
livremente, deslizando sob o algodão fino, testando os músculos com
fio ao longo de sua parte superior das costas e ombros. Ela ficou tão
sugada nas sensações, levou um puxão em seu vestido de Brandi
antes que ela voltasse de seus sentidos.

— Próximo. — disse Brandi, um sorriso em sua voz.


Lindy atravessou os movimentos tão rapidamente quanto
possível, e então Brandi a guiou para ficar atrás de Owen.

Lindy mal prestou atenção no restante do tempo. Ela não podia


tirar a sensação do corpo de Owen fora de sua mente. Eles tiveram
mais de uma semana juntos nessa farsa, e ela já estava tão fundo, ela
não tinha chance de sair ilesa. Toda vez que pensava que tinha uma
alça sobre as coisas, algo mais acontecia para lembrá-la de quão bons
eles poderiam estar juntos.

Mas essa era a dificuldade, não era? Owen não queria estar
junto. Ele queria estar em sua cama, enquanto eles estavam no
Colorado, e quando fossem embora queria ficar sozinho novamente. A
voz de Sarabeth arrastou-a de seus pensamentos.

— Tudo bem! Todo mundo já fizeram suas escolhas. Gente, se


virem e enfrentem suas mulheres. Senhoras, tirem a venda dos olhos!

Lindy arrancou a tira de pano e olhou para um Owen com rubor


nas faces e as outras duas mulheres que estavam diante dele.

— Margie, Bitsy, Jordan e Lindy, você pegaram os seus rapazes!


Parabéns. Jana e Estelle, ambos selecionaram incorretamente.
Estelle, diga-nos, o que fez você escolher Owen?

Seu marido Lester, o aposentado de cabelos prateados a


encarou, e disse em voz inexpressiva — pensamento tendencioso?

Lester franziu a testa e deu um longo olhar para Owen. Então,


com um encolher de ombros relutantes, ele concordou. — Sim. Acho
que não posso culpá-la, boneca.

Lindy não a culpava também.

— Você tem certeza que isso vai ajudar? Tenho que te dizer,
parece uma ideia terrível. — disse Lindy em dúvida, olhando a
banheira quente ao ar livre.
— Não diga isso até que você tente. É ruim somente o tempo
que leva caminhar e cair na água. Menos de um minuto, a não ser
que você desista.

Ela respirou fundo, abriu a porta do pátio e correu pela varanda.


Um segundo depois, ela tirou o roupão branco macio. Ele olhou o
biquíni branco e seu cérebro deu curto-circuito. Dois triângulos de
tecido em forma de xícara em seus seios, cujas pontas haviam
firmado a apertados pequenos pontos na temperatura abaixo de zero.
Antes que ele pudesse explorar mais, ela virou-se e colocou um pé na
banheira. Ele estremeceu, avistando-a de costas. Deliciosamente
perturbadora, sua bunda era curvilínea, o hematoma gigante
manchando seu quadril e cerca de um lado da parte inferior das
costas.

Ele fechou a porta do pátio atrás dele e atravessou a varanda


para ficar ao lado dela. — Isso parece tão doloroso, Lindy. Cristo, eu
não sabia que estava tão ruim assim.

Ela riu autoconsciente, e esticou o pescoço por cima do ombro


para dar uma olhada. — Eu vi isso no espelho. Acredite em mim,
parece muito pior do que é na verdade. É feio, mas só dói se eu bater
nela ou a pressionar. Aqui fora no frio é mais excruciante. O último a
entrar é ovo podre!

Com isso, ela deu a volta para o outro lado da banheira, tirou os
chinelos e entrou. — Sim. — ela gemeu, seus olhos vagando fechados,
iluminando seu rosto com prazer. Ela foi emergindo aos poucos,
fazendo um barulho novo, até que seus ombros estavam submersos.

Sua respiração veio em baforadas geladas, e ela enviou-lhe um


sorriso largo. — Isso é incrível. É muito frio, mas o ar parece
revigorante porque o resto do meu corpo está envolto em todo este
calor delicioso.

Ele olhou para longe, desejando se lembrar por que eles estavam
lá. A água quente faria maravilhas para os músculos rígidos.
Qualquer gemido sensual ou observações sobre ser envolto em
delicioso calor foram inteiramente coincidentes e não significava
nada. Ele enviou seu pênis — garoto para baixo! — Ele tinha tomado
seu doce tempo acariciando-o na grande sala mais cedo antes do jogo
de Esposo. Ele se perguntou o que disseram sobre ele, mesmo que
não tinham anunciado que estavas se tocando, ele saberia
imediatamente Ele havia sentido antes que ela colocasse a mão sobre
ele, sua química era a mais tangível.

— Eu disse que você iria gostar. Está realmente quente,


portanto, não podemos ficar por muito tempo. Quinze minutos mais
ou menos. Mais tempo e nós vamos começar a sentir tontos.

— Eu não me vejo deixando este local voluntariamente,


desculpe. Ei, antes de entrar, você pode desligar a luz da varanda? Eu
quero ver as estrelas na escuridão.

Ele fez o que ela pediu e voltou para a banheira de


hidromassagem. Por um longo momento, ele só olhava. As pequenas
luzes embutidas ao redor da banheira ainda estavam acesas, e se
banhavam em uma luz prateada. Ela sentou em um dos bancos com
a cabeça inclinada para que pudesse observar estrelas. O que lhe
mais pareceu foi um maldito olhar feliz. Ele adorava isso nela. Ela
sentia prazer em tudo. Ele se perguntou se tudo era novidade para
ela, mas percebeu rapidamente que não era o caso. As coisas mais
simples, a partir de uma pastelaria, O esquisito cheiro de uma grande
xícara de café ou um pôr do sol seria especialmente brilhante para
ela. Não havia desinteresse fingido ou tentativa de conter suas
reações. Se algo era engraçado, ela ria. Difícil. Em seus círculos
atuais, as pessoas tendem a esconder suas reações, e o entusiasmo
era muitas vezes considerado pouco elegante. Essas pessoas tinham
tudo errado.

— Você vai entrar ou o quê? — Ela desviou o olhar das estrelas


para ele. — Você vai pegar uma pneumonia.

Ele tirou os sapatos e roupão e desceu na água espumosa,


ofegando com o contraste do calor penetrando em sua carne
refrigerada, aquecendo-o completamente. Movendo-se para o lado
oposto da banheira, ele se sentou de frente para Lindy.

— Quando voltar, vou instalar uma dessas. — ela proclamou,


batendo no lado da banheira com a mão aberta.

— Bom investimento. — disse ele com um aceno de cabeça.


Seu rosto tornou-se sério. Ela mudou-se do banquinho para o
centro da banheira, e deslizou mais profundo sob a água, até que
apenas a cabeça estava saindo. — Então você está pronto para
amanhã? — Ela sussurrou, olhando em volta furtivamente.

— Estou. Eu me inscrevi na da manhã. Será que você aceita eu


mudar de opinião sobre a yoga? Talvez pudesse dizer depois de sua
queda que eu queria fazer algo que iria animá-la?

— Eu estava pensando, e se você dissesse que só gosta de fazer


coisas em que você é bom? Pelo que tenho visto, isso é mais
verdadeiro e se você disser isso dessa forma arrogante que você tem,
vai ser totalmente plausível. — Antes que ele pudesse retrucar sobre
suas “maneiras arrogantes”, ela continuou. — Explico que eu já era
muito boa nisso quando nos conhecemos e você não queria fazer
papel de bobo na minha frente. Agora, que eu não estou na aula,
achei que você ia dar uma chance para ver se você pode fazê-lo, e se
você tiver jeito, você vai fazer com mais freqüência.

Ele se mostrou indignado com a ideia de expor mais uma falsa


falha de caráter, mas engavetou sua reticência. Sua explicação foi boa
o suficiente para que a maioria das pessoas não pensaria duas vezes
sobre ele. Um monte de homens não queriam ser mostrados por suas
esposas, embora ele não fosse um deles. No entanto Lindy tinha o seu
número na contagem de outro. Ele não gostava de fazer coisas que
não era bom. Na verdade, ele evitava a todo custo. E se não pudessem
ser evitados? Bem, ele conseguiria ser bom. Isso não era arrogância.
Isso era um fato.

— Ok, mas não me surpreenda se no momento em que você for


capaz de voltar para a aula, eu estiver na sua sessão intermediária
com Nico. — Isso jogaria o bastardo sorrindo para um laço.

Ela balançou a cabeça. — Não. Você tem que ser ruim para ele.
Minhas sessões com Nico estão indo muito bem. Eu tenho aula com
ele por mais de uma semana e agora eu acho que estou chegando
perto. Ele está prestes a fazer algum tipo de mudança, eu posso sentir
isso. Eu não vou deixar você ser todo presunçoso com ele. Eu sei que
você não agrada da idéia de humilhar-se, mas você vai ter que
recolher seu ego, Owen.
Seu tom prosaico e expressão facial irritou-o profundamente. —
Não é sobre o meu ego. Pelo menos, não neste momento. — disse ele,
empurrando para fora do banco para ficar na frente dela. — Desta vez
é sobre você. Eu sei que você não quer ouvir isso, mas o pensamento
dele fazer um movimento em você, qualquer tipo de mudança em
tudo, me faz querer picar o filho da puta. — Ele deu um passo mais
perto e ela não o fez recuar. — E honestamente não gosto de me
sentir pequeno. Não que isso mude alguma coisa.

Ele se elevou sobre ela, o ar gelado levantando arrepios em sua


pele. Ela inclinou a cabeça para trás para olhar para ele. — Não que
isso mude alguma coisa. — ela concordou em voz baixa. — Eu aprecio
a sua honestidade. No entanto, ainda precisamos fazer o que é certo
para Cara. Depois de você aceitar, eu sei que vai concordar, então não
vamos discutir sobre isso agora.

— Tudo bem.

Um silêncio pesado caiu, muitas palavras não ditas que


aglomeram o espaço entre eles. Ele estendeu a mão e passou o dedo
sobre seus lábios, à necessidade irresistível de tocar sua pele
consumia cada pensamento racional. Os cílios dela vibraram por um
momento e ela suspirou. O calor de sua respiração banhado a mão, e
ela prendeu-o com o olhar. Ela não desviou o olhar, em vez disso
mergulhou o rosto para ele e fechou os dentes sobre a ponta de seu
dedo polegar. O movimento o eletrificou, cada nervo em seu corpo
iluminou. Suas bolas apertaram contra seu corpo, seu comprimento
espesso subiu entre eles.

Naquele momento, ele precisava tanto dela que ele poderia até
uivar com a decepção de saber que ele tinha que ir embora. Ela era
tão abnegada, tão boa. Ela pediu apenas uma coisa dele, e caramba,
ele estava indo para cumprir.

Ele limpou a sua garganta e recuou. — Certifique-se de sair nos


próximos cinco minutos. Vejo você lá em cima.
L indy ficou observando Owen, mil

pensamentos conflitantes dispararam em sua mente. Ela abriu a boca


para chamá-lo de volta, mas fechou com um estalo. O que havia para
dizer? Ela pediu-lhe para ter força pelos dois, e ele estava sendo bem
sucedido por ela. Então, por que não se sentia aliviada?

Ela mergulhou na piscina, molhando-se completamente,


deixando o redemoinho de água sobre seu rosto e cabelo. Nunca, em
todos os seus 28 anos, tinha se sentindo tão... muito. Tão feliz, tão
triste, tão irritada, tão com medo. A torrente de emoções estava
deixando-a louca. Era como...

Uma onda de tontura tomou conta dela e ela caiu para frente,
segurando o lado da banheira. Santa mãe de Deus, ela estava
apaixonada. Por Owen Phipps. Como pode ser isso? Seu cérebro
freneticamente tentou refutar a teoria de que o seu coração já havia
aceitado-o sem questionamentos.

Ele não quer um relacionamento.

Ele está muito fora de seu alcance.

Eles só conheciam há algumas semanas.

Ele não quer um relacionamento. Pelo menos, não o tipo que ela
queria. Ela se recusava a entreter a ideia de que ela poderia mudar
sua mente. Ele prometeu que nunca mentiria para ela e ele não tinha.
Ela precisava chegar a acordo com o fato de que não ia acontecer.

Mas será que isso significa que eles não poderiam estar juntos,
aqui e agora? Tanto quanto ele queria. E quando suas três semanas
acabassem, ela iria para casa de coração partido.

Isso seria tão diferente se eles não fizessem amor?

Ela nadou até a escada e subiu, deixando o choque do ar frio


clarear sua cabeça. Água fria exposta ao ar, escorria por seu corpo.
Ela pegou o roupão e puxou-o com as mãos trêmulas. Um momento
depois, ela correu os degraus para o seu quarto.

Eles só trouxeram um conjunto de chaves para a banheira


quente, então Owen tinha deixado a porta aberta. Ela entrou e deixou
seus chinelos no chão perto da porta. Ouviu o tamborilar da água
caindo contra o vidro no pequeno corredor e deu um passo hesitante
nessa direção. Owen já estava no chuveiro.

Será que ela se atreveria?

Ela pensou nas suas opções e determinou que, se ia fazer isso,


agora era o momento. Antes que perdesse a coragem e acabasse indo
para casa sem saber como era fazer amor com ele. Isso seria uma
tragédia. Ela marchou o resto do caminho para o banheiro e levantou
a mão para bater na porta, mas fez uma pausa. Isso não era sexy. Se
você queria seduzir um homem, você não bateria e perguntaria se
você pode entrar, você entrava e levava o que queria.

Ela virou a maçaneta e abriu a porta com um murmurou, —


Tudo está bem.

Apenas sua silhueta era visível por trás do vidro fosco do


chuveiro. Ele tinha as duas mãos apoiadas contra uma parede e sua
cabeça sob o jato. Desta vez não houve hesitação. Ela desamarrou o
roupão e tirou-o de seus ombros, em seguida, chutou no canto.
Alcançando atrás de seu pescoço, ela puxou as cordas de seu biquíni.
Vapor se levantou e girou em torno da sala quando ela deslizou-o e
jogou sobre a banqueta.
A calcinha do biquíni teria que esperar. Se ele se recusasse, ela
não sabia se teria a coragem de ir embora sem ela. Como se aquele
pequeno pedaço de tecido de alguma forma, contivesse um pouco de
dignidade.

Ela deu os últimos passos em direção ao chuveiro, tentando


controlar sua respiração. Com um puxão firme, ela abriu o box. Ela
olhou, apaixonada, na forma magnífica de Owen nu. Se houvesse
quaisquer dúvidas, se desintegrou em cinzas.

O ar mais frio que tinha permissão para entrar na sala cheia de


vapor deve ter o alertado porque ele se afastou da ducha e limpou a
água de seus olhos. Ele se virou, e seu olhar atordoado encontrou o
dela. Ela soltou as quatro palavras que claramente nunca esperava
ouvir.

— Eu mudei de ideia.

Os lindos olhos azuis de Lindy estavam tão cativantes em seu


desejo, tão encantadores em sua honestidade, que ele quase perdeu o
fato de que ela estava seminua. A longa linha de seu pescoço,
enfatizada pelo corte de cabelo curto, atraiu o seu olhar para baixo. A
curva suave de seu peito, ainda menor. Sua garganta se apertou até
que ele mal podia espremer as palavras.

— O que você está dizendo?

— Eu quero ficar com você. Por quanto tempo você quiser.

A necessidade de tocá-la foi tão grande que ele teve que fechar
os olhos para bloquear a sua visão alucinante. — Lindy, tanto quanto
eu quero você... e Deus sabe, eu quero... não é uma boa ideia. Você
disse...

— Eu sei o que eu disse. — ela sussurrou, o barulho de pés


descalços no chão de ladrilhos molhados do chuveiro obrigando-o a
abrir os olhos. — Mas eu voltei atrás. — Ela puxou uma respiração
estremecendo e se colocou entre os joelhos, fechou a porta do box
atrás dela. — Retiro o que disse.

A frente nua de seu corpo pressionado ao dele, e o sangue


pulsava para sua virilha. Ele soltou um gemido torturado. Lutando
por alguma sensação de controle antes que ele fosse longe demais, ele
disse — Eu não quero te machucar.

— É muito tarde para isso. Era muito tarde, quase desde o


inicio. — Ela cobriu o peito com as palmas das mãos e alisou-os sobre
o seu abdômen, parando no momento em que seus quadris
encontraram suas coxas. — Mas eu sou uma mulher adulta, e se
estou indo para casa com dor, eu quero tirar algum prazer para
lembrar, também. Não vou pedir mais.

Cada movimento, cada palavra vacilou a sua decisão até que ele
foi deixado em frangalhos. Com um murmurou de maldição, ele a
pegou pelos ombros e puxou-a para si, consciente de sua contusão. —
Isso eu posso garantir.

Sua respiração engatou e ele tomou sua boca em um beijo


quente, alimentado por três semanas de necessidade constante. Ela
entrelaçou os braços ao redor de seu pescoço, seu corpo tremia. Ele
soltou um rugido e meio arrastando, meio levantando-a para o
chuveiro. A água quente escorria sobre ela, e ela ofegou contra seus
lábios. O som fez seu sangue pulsar para baixo, preenchendo o seu
comprimento para estourar. Ele se separou, desesperado para provar
mais dela, lamber e chupar cada centímetro. Ele se inclinou para seu
peito, sacudindo a língua para cutucar o mamilo endurecido e ela
curvou as costas, oferecendo para ele.

Sua pélvis vibrou contra a dele, como se seu corpo estivesse


buscando alívio e sabia onde encontrá-lo. O movimento foi selvagem,
a necessidade de sentir seu calor apertado estava crescendo fora de
controle.

Espaço. Ele precisava de um pouco de espaço para ter um pouco


mais de controle. Ele tinha uma promessa a cumprir. Ele se afastou e
Lindy gemeu, contorcendo-se para se aproximar novamente. Ele
segurou-a, deslizando as mãos molhadas entre eles, para baixo em
sua barriga lisa, parando na calcinha do biquíni. Ele agarrou o
material encharcado em sua mão, com o instinto incitando-o a rasgá-
la. No último segundo uma parte, pequena, racional dele se lembrou
de seu quadril machucado, e ele conseguiu controlar-se. Gentilmente,
ele enfiou os polegares sob as tiras. Ele tocou o tecido lentamente
sobre seus quadris, para baixo em suas coxas. Não era sua intenção
de permanecer por lá, ainda não. Ele iria devagar, acariciá-la de volta,
beijaria seu pescoço. Eles tinham toda a noite. Mas quando ele
descobriu sua buceta doce, suas melhores intenções foram desfeitas.
Ele não podia mais recuar sem sentir o seu gosto, se ele não fizesse,
poderia até cortar sua própria mão.

Ele pegou seus joelhos, o corpo tremendo. Ele abriu suas coxas
de seda e a visão de sua buceta inchada com a necessidade quase o
derrubou. Ela colocou suas mãos em seus ombros, tentando atraí-lo
para cima e voltar para seus braços, mas ele resistiu.

— Eu preciso colocar minha boca em você. — Sua voz era


gutural, tão crua, ele parecia um estranho. Lindy não pareceu se
importar quando ela olhou para ele, seus olhos nebulosos com
luxúria.

— Sim. — ela gemeu e as mãos que estavam puxando-o para


cima, agora arrastou-o para mais perto.

Ele abriu seu sexo liso, sem fôlego. Seus dedos se tornaram
garras, cavando em sua pele. — Jesus, Owen. Por favor.

Ela não precisou perguntar de novo porque um segundo depois,


ele estava em cima dela. Ele lambia o botão apertado, lambia e
chupava. Ela resistiu contra a sua boca, e ele passou um braço em
torno de suas coxas para estabilizá-la enquanto ele devorava a carne
macia.

Ele trabalhou, e seus movimentos tornaram-se frenéticos. Logo


ela estava segurando em seus cabelos, gritando seu nome. Sim. Ele
deslizou um dedo sobre sua fenda e empurrou profundamente,
enquanto chupava rígido. Ela congelou por um momento e depois se
desfez em seus braços.

— Owen, eu... oh Deus...


Ela segurou-o profundamente com um sensual aperto e soltou
de seu corpo em seu dedo, e seu próprio sexo latejava. Ele queria...
não, precisava... sentir isso de novo, mas da próxima vez ele
enterraria até o cabo dentro dela. Tremores a assolaram e ele a
segurou firme até que a tempestade passasse. Sua respiração estava
áspera quando ele finalmente levantou-se para encará-la.

— Linda — ele murmurou. — Tão bela. — Ele desligou o


chuveiro e abriu a porta, pegando uma toalha. Ele esfregou-o sobre
seu cabelo, então a secou completamente, apesar de seus protestos
débeis.

— Eu quero tocar em você agora. — disse ela, ainda ofegante.

— E você vai, assim que secar e entrar no quarto. Temos toda a


noite, amor.

Ele deu um beijo na ponta de cada mamilo antes de secar


superficialmente seu próprio cabelo e corpo. Jogando a toalha no
chão, ele não perdeu tempo em carregá-la em seus braços.

Ela gritou em uma gargalhada. — Eu posso andar!

— Certo. E eu posso te carregar. Agora que nós discutimos


nossas habilidades, talvez você me permita seduzi-la corretamente,
sem argumento, hein?

Ela olhou fixamente para sua boca e seus olhos macios. — Se


isso não fosse uma boa sedução, eu tenho medo de ver o que é. — Ela
procurou seus lábios para um beijo.

Uma coisa tão pequena, mas combinada com a suavidade de


seus seios contra o peito dele, ameaçou-o mandá-lo sobre a borda.
Ele cruzou o chão e deitou na cama. Ele ajeitou e respirou fundo para
a sua imagem. As faces estavam coradas e ela levantou os joelhos
para cima, tentando proteger-se de sua visão.

— Não se esconda de mim agora. — ele sussurrou.

Ela mordeu o lábio inferior exuberante e levantou o queixo. Ela


sustentou o olhar e deixou cair às pernas abertas. Seu sangue
zumbia e o último fio de controle que tinha acabou. Com um gemido,
ele se inclinou para ela, apertando a borda de seus dentes sobre o
mamilo mesmo quando ele correu um dedo na sua fenda cremosa.
Ela passou as mãos sobre o peito, lutando para chegar mais baixo.

— Owen. — ela respirava. Ele esfregou o broto que tinha


descoberto em pequenos círculos. Ela gritou, ondulando contra ele.
Soltá-la, ele recuou.

— Camisinha. — ele murmurou. — No meu kit de barbear. —


Ele girou para ir, mas ela estendeu a mão para sua coxa, puxando-o
para a cama.

— Eu quero...

Ela parou, molhando os lábios, olhando para sua ereção. —


Posso?

Seus joelhos bloqueados, e ela rolou para o lado. Maldição, ela


era sexy como o inferno quando deslizou mais baixo na cama.
Chegando mais perto. Ele olhava para frente. Na parede, qualquer
coisa, em vez de vê-la levá-lo, cobri-lo com os lábios macios, com
certeza...

Seus lábios de veludo molhados enrolados em torno dele.


Arrastando-o dentro da sucção tão sublime... — Foda-se. — A caverna
de fogo de sua boca banhando sua carne dura e dolorida. Mais e
mais, ela trabalhou nele. Interminável tortura. — Eu não posso. Você
tem que parar.

Ela cantarolou baixo em sua garganta, abrindo mais. Tomando-o


mais profundo. A respiração serrada dentro e fora de seus pulmões e
seu coração bateu contra suas costelas.

Ele tentou ganhar algum controle. O desejo de gozar se tornou


uma necessidade arranhando, raivosos e todo o seu corpo se
enrijeceu com o esforço de reter. Ele mergulhou os dedos em seus
cabelos e segurou-a firmemente antes de puxá-la para longe. Ela
lançou-lhe um gemido.

— Por que você me parou? Você tem um gosto tão bom. — Seus
olhos ficaram fechados em sua virilha e ele lutou contra a vontade de
deixá-la terminar. Ele olhou para seu corpo bem feito, um lembrete
vermelho-quente de por que ele queria esperar.
— Eu quero estar dentro de você e ver seu rosto quando
estivermos juntos.

Foi um sonho? Ela observou-o em pé, de costas os músculos do


V levando a uma pequena cintura, seu traseiro glorioso, apertados e
firmes, coxas grossas que ela tinha testado com os dedos. Tinha que
ser um sonho. Mas todo o seu corpo zumbia, como se ela tivesse sido
iluminada por dentro por alguma carga elétrica invisível.

Isso era Owen.

Ele voltou para o quarto, seu olhar intenso enviando um jorro de


umidade entre suas coxas. Ela rolou para o centro da cama, dando
espaço para ele subir. Então ele estava em cima dela. Seus dentes em
seu pescoço, os dedos acariciando-a. Sussurros em suas orelhas,
professando a sua necessidade. Ele separou suas coxas, e a
antecipação quase a fez gozar, seus músculos tremendo para a
liberação que somente ele poderia fornecer. Ele sondou seu calor
inchado com a cabeça larga de seu eixo, pressionando, apenas para
retirar muito cedo. Muito cedo.

— Por favor. Mais fundo. — ela implorou, sacudindo a cabeça


no travesseiro, agarrando seus quadris, desesperados por ele para
enchê-la.

— Não me teste, Lindy. Seu quadril. — disse ele, sua voz um


gemido de dor.

— Eu nem mesmo sinto isso. Eu preciso de você... tanto.

Ele se afastou para olhar profundamente em seus olhos e dirigiu


seus quadris implacavelmente para frente, sua espessura esticou
centímetro por centímetro. A intensidade roubou-lhe o fôlego, e ela
lutou para manter os olhos abertos para que pudesse ver seu rosto.
Sua mandíbula trabalhou silenciosamente quando ele se moveu,
empurrando longo e duro. Ela o encontrou com um arco de seus
quadris, esfregando sua pélvis contra ele.
— Merda. Eu não posso...

Ele parou, deixando escapar um grito gutural. As veias de seu


pescoço estavam tensas, e ele explodiu. A sensação dele empurrando
e se contorcendo dentro dela a mandou voando, nas ondas do prazer
balançando-a da cabeça aos pés. Seu nome era uma ladainha
arrancada de seus lábios mais e mais.

Ela estava deitada debaixo dele, ofegante, lutando para manter o


medo. Era hora de viver o momento, e neste momento em que ela
estava com o homem que amava, seria passageiro e ela não ia
desperdiçar um segundo.

Ela o empurrou de cima dela e ele rolou de costas com um


gemido abafado. — Só isso? — Disse ele com uma risada sem fôlego.
— Você está farta de mim e quer dar o fora?

Ela subiu em cima dele e traçou círculos preguiçosos em seu


estômago com os seios. — Nem perto. — ela sussurrou e, em seguida,
mergulhou em sua boca.
— E u tenho.

As bochechas de Lindy estavam queimando. Ela olhou por cima


da revista que estava fingindo ler para ver Owen em pé sobre ela, com
um sorriso triunfante iluminando seu rosto bonito. Ela estava tão
perdida nas lembranças eróticas da noite anterior não tinha sequer
ouvido ele.

— Tem o que?

— A impressão digital.

Claro. Ela tinha estado tão presa em seu devaneio impertinente


sobre ele, que não se lembrava que hoje era o dia. Ele não tinha tido a
oportunidade de roubar a garrafa de água durante a sua primeira
aula de yoga, então ele decidiu tentar a turma de meditação de Liza.
Ele argumentou que teria menos chance de ter uma distensão na
virilha. Ela não se importava. O atraso deu-lhes três noites incríveis
juntos, que ela não teria trocado por nada.

— Isso é uma boa notícia.

— Também acho. Eu já peguei uma carona até o escritório da


FedEx e se tivermos sucesso, logo estará com Gavin. Se tudo correr
bem, saberemos amanhã.
Ela deu-lhe um sorriso encorajador, mas por dentro, estava
morrendo um pouco. Eles teriam mais uma semana, mas, se eles
fossem capazes descobrir as coisas mais cedo, seria menos do que
isso. Menos tempo para estar com Owen, beijando e tocando e
vivendo. Ela limpou a garganta. — Impressionante. Eu sei que você
está ansioso para acabar com isso.

Ele sentou-se na cadeira em frente a ela e parecia lutar consigo


mesmo por um momento. Ele deu uma olhada rápida ao redor do
grande quarto e se aproximou. — Liza fez um passe para mim.

Ela largou a revista, chocada com a fúria quente que a inundou.


— Realmente?

— Foi sutil, mas estou bastante certo. A coisa é, quando eu a


rejeitei, ela fez como se eu tivesse entendido mal de alguma forma. Foi
estranho para dizer o mínimo. Estou pensando que sua teoria sobre
Nico pode ser aplicado para Liza também. Vai ser interessante ver o
que Gavin descobriu, mas eu sinto que a resposta está logo ali, quase
ao nosso alcance.

Ela tentou compartimentar. As ações de Liza provavelmente não


tinham nada a ver com Owen. Ela estava fazendo o seu trabalho, o
que quer que isso implique. Como eu deveria estar fazendo, lembrou-
se com um sobressalto de culpa. Ela estava aqui para ajudar Owen, e
tudo o que ela tinha feito para os últimos dias era moer seu chefe. As
coisas estavam chegando a um rápido fim. Se ela tivesse alguma
esperança de sair inteira, ela precisaria se afastar.

— Eu tenho uma sessão com Sarabeth em cinco minutos, mas


podemos conversar mais quando eu voltar. Você vai estar aqui mais
tarde?

— Se você vai estar por perto, eu vou ter certeza disso. — Ele se
levantou e estendeu a mão para ajudá-la a ficar de pé. — Tenho
certeza que Sarabeth não se importaria se você atrasar um pouco
hoje. — Puxando-a de volta em seus braços, ele inclinou a boca sobre
a dela em um beijo ardente. Colocando seu pescoço, ele desenhou
padrões preguiçosos sobre o queixo com o polegar, e sua língua
deslizou entre seus lábios para um gosto.
Seria tão fácil fingir que sua ternura significava algo. Que isso
era mais do que uma aventura sexual para ele. Mas isso não
aconteceu. E não era.

Ela se afastou e se endireitou. — Eu não posso. Eu realmente


tenho que ir. Vou te ver hoje à noite.

Ele deu-lhe um olhar perplexo, mas não tentou impedi-la.

Até o momento que ela chegou ao escritório de Sarabeth, ela


recorreu a morder os lábios para conter as lágrimas. Quando a outra
mulher abriu a porta com um sorriso caloroso, Lindy não poderia
ajudá-lo. Ela começou a chorar.

Sarabeth puxou-a para o escritório e passou um braço em torno


de seu ombro. — Sente-se. Vamos, sente-se.

Lindy se sentou no sofá e, em vez de sentar-se em frente a ela


como era seu costume, enrolado em Sarabeth ao lado dela. — Por
favor, Lindy, diga-me o que está errado. Estou aqui para ajudar.

A preocupação em seus claros olhos verde foi tão genuína que só


fez Lindy chorar mais. Nossa, ela esperava que Sarabeth não fizesse
parte dessa bagunça. Lindy realmente gostava da jovem médica. Em
circunstâncias diferentes, elas teriam certamente sido amigas. Houve
uma tempestade num copo de água, e ela odiava vê-la no meio dela. A
culpa sobre seu engano enviou suas lágrimas na borda e ela soltou
algumas secreções nasais patéticas para ir junto com elas.

Ela abriu a boca e percebeu estava um fio de cabelo para


derramar suas entranhas. Não estava bem. Ela bateu a mão sobre os
olhos e tentou pensar no que dizer que iria aliviar um pouco essa
turbulência emocional, mas não falaria nada que comprometesse.

— Eu amo o meu marido, mas eu tenho certeza que ele não me


ama. — ela desabafou.

Lindy disse a ela o que realmente sentia.

Os olhos de Sarabeth se arregalaram e ela recuou. — Espere, o


que? Não. — Ela balançou a cabeça enfaticamente. — De jeito
nenhum. Eu vejo a maneira como ele olha para você. Como ele está
tentando a cada momento ter autocontrole para não violentar você.
Francamente, isso me faz um pouco de inveja. — disse ela com uma
risada. — Lembra do olhar que falamos em nossa primeira sessão? É
assim que ele está ao seu redor.

O coração de Lindy gaguejou um pouco antes de ela tem um


porão de si mesma. — Você está o interpretando mal. O lado físico
das coisas é bom, eu não vou mentir. Mas o material emocional? Não
existe.

— Isso é porque ele traiu?

Lindy estremeceu. Ela tinha esquecido que era seu ardil. — Não.
Eu já passei por isso. Trata-se de aqui e agora. Eu acho que ele
nunca me amou. E acho que ele nunca vai se permitir amar alguém.
— Ela enterrou o rosto nas mãos. — Ele nem mesmo usa o seu anel
de casamento. — ela murmurou. Não tinha sido sua intenção ir para
lá, mas agora que ele estava fora, ela percebeu o quanto aquilo a
incomodava. O dedo nu de Owen era um lembrete gritante que ela
tinha chance zero de um feliz para sempre com ele. Um símbolo de
sua absoluta convicção de que amar equiparava a dor, e ela não tinha
ideia de como mudar de ideia.

Sarabeth soltou um suspiro. — Eu não deveria dizer isso. É o


meu trabalho ouvir, não falar. Mas na outra noite quando jogamos
esse jogo da venda? Você deveria ter visto seu rosto quando você o
tocou. Foi como mágica. Se vocês dois não fossem tão presos um no
outro, você teria percebido. A sala inteira ficou em silêncio, e todos os
outros homens estavam olhando para Owen que ele era o cara mais
sortudo do mundo. Agora eu não sei sobre o anel, ou os seus motivos
por trás disso, mas eu sei de uma coisa. Que o homem te ama.

Lindy esfregou distraidamente em seu templo, tentando


desesperadamente afastar a construção da dor de cabeça lá. E se ela
estivesse certa? E se Owen a amasse, mas não estivesse pronto para
enfrentá-lo ainda? Ela tentou não deixar a esperança se construir,
mas era uma força a ser contada, florescendo em seu peito antes que
ela pudesse esmagá-lo.

— Eu tenho uma ideia. — Sarabeth tinha revertido a sua voz


profissional, e que de alguma forma deu conforto a Lindy. Certamente
um médico seria capaz de chegar a uma boa solução.
Sarabeth se levantou e foi para a sua mesa. Depois de um
momento de baralhar ao redor, ela voltou com um baralho de cartas.
— Leve-o para o seu quarto esta noite e veja se ele joga com você.

Lindy pegou e leu a parte de trás. Verdade ou Desafio do casal.

— Eu dou a casais quando eles precisam de um empurrão para


se comunicar. Os homens gostam porque alguns dos desafios são
realmente impertinentes — disse ela com um meio sorriso. — Mas há
também um monte de alma... descobrindo perguntas na pilha da
verdade. Eu tive muitas pessoas me dizendo que ele levou alguns
verdadeiros coração para coração. Talvez Owen precise apenas de
uma abertura para dizer-lhe como ele está se sentindo.

Com certeza não poderia machucar. A menos, claro, que ele


estava sentindo exatamente o que ela temia que ele estivesse...

Nada.

Owen entrou pela porta da suíte procurando Lindy no quarto


escuro. Ela ignorou o jantar alguns minutos mais cedo, dizendo que
precisava fazer uma ligação. Será que ela realmente fez sua ligação e
já estava adormecida e disse boa noite? Ele não esperava. Seu tempo
estava se esgotando, e ele achava que não poderia ter o suficiente
estes últimos dias. Ele empurrou de volta a sensação ruim que
aparecia na boca do estômago sempre que pensava nisso, porque no
final do dia, não importa. Uma vez que eles deixassem Colorado, não
havia nenhuma maneira que pudesse continuar.

Claro, ele provavelmente poderia convencê-la do contrário, mas


Lindy merecia ser amada e ele não tinha nada disso para dar.

— Ei. — ela chamou da porta do quarto. Ela estava em um


baby-doll pêssego que ele nunca tinha visto antes, e a explosão da
necessidade chiou através dele.
— Você parece deliciosa. — Ele atravessou a sala e parou a
poucos metros de uma inspeção mais próxima. — Absolutamente
deliciosa. — Ele estendeu a mão e traçou o decote com o dedo,
maravilhado com a suavidade de sua pele. O pulso em seu pescoço
tremeu, e ele enviou uma sacudida direto para sua virilha. Ela era tão
sensível.

— Eu tenho um jogo para nós jogarmos. — disse ela, dando um


passo atrás para o quarto à luz de velas.

— Vou jogar qualquer jogo que você quiser. — ele rosnou,


seguindo-a. — CEO e secretária. Médico e enfermeira. Ou, se quiser
levá-lo para o século XXI, cientista e cientista igualmente inteligentes
e altamente respeitados.

Ela riu, como ele esperava, e ele tentou não examinar por que
colocar esse jogo. — Nenhum desses, embora eu não descarte-os.

Ela pegou um baralho de cartas da mesa de cabeceira e os


lançou em direção a ele. — Sarabeth deu para mim, e parecia
divertido.

Ele não se preocupou em olhar. Se houvesse um jogo de sexo, e


esta mulher linda queria jogar com ele, ele certamente não estava
prestes a discutir.

— Vamos fazer isso.

Ela se sentou na cama e preparou as cartas enquanto ele tirava


a gravata, sua camiseta e boxer. Ele se estabeleceu em frente a ela,
olhando para as pilhas organizadas empilhadas em uma bandeja de
café da manhã. As pilha de cartões vermelhos tinha a palavra Desafio
estampada sobre elas, a Verdade, azul. Ela inclinou-se e entregou-lhe
um dado com três lados vermelhos e três azuis. O tecido cobria os
seios mergulhados, e ele se viu momentaneamente fascinado pelo vale
entre eles.

— As regras são simples. Rolar e pegar um cartão.

Ele pegou o dado e soprou de brincadeira antes de jogá-lo. Ele


deslizou através da bandeja e caiu no azul. Ele fez uma careta para os
cartões. — Eu quero fazer mais um.
— De jeito nenhum, amigo. — Ela arrancou um cartão e limpou
a garganta. — Qual é a parte mais sexy do corpo do seu oponente? —

Ele tomou seu tempo com isso. Não havia muito para escolher.
Seus seios. Suas pernas. sua bunda. — Seus lábios. — disse ele,
fechando o seu olhar sobre a peça em questão. Ela corou com prazer,
molhando nervosamente e ele sorriu.

— Sua vez.

Ela parecia quase tonta quando rolou. — Azul, ela disse, e riu
quando ele gemeu.

Ele pegou um cartão azul e leu. — Se você pudesse engarrafar


um dos traços da personalidade de seu oponente, o que seria?

Ela olhou-o para o segundo, e respondeu sem hesitar. — A


lealdade.

A resposta dela o pegou de surpresa e ele esqueceu sobre as


misteriosas cartas vermelhas por um segundo. — Sério?

Ela assentiu com a cabeça. — Eu acho que porque você valoriza-


o tão bem nos outros, você certifique-se de incorporar essa
característica também. O que você está fazendo aqui para Cara é
notável. A maioria das pessoas teria lhe entregado um cheque, talvez
levado para sair e ficar bêbada, e depois prosseguir com suas próprias
vidas. Não você.

Seus olhos brilharam. Para ele. Ela parecia tão animada e


bonita, doeu. Ele limpou a garganta, olhando para longe. — Eu
aprecio isso.

Ela entregou-lhe o dado. — Jogue para cima.

Ele rolou, de repente, perguntando se isso era a melhor ideia. As


coisas poderiam ficar pegajosas, se mantivesse nesse patamar...

— Azul. — ela disse com uma risada. Ela pegou o cartão e leu.
— Diga ao seu oponente um segredo que nunca contou a ninguém.

Ele ficou lá, debatendo como lidar com este. Ele se preocupava
com Lindy e claramente o jogo era importante para ela. Mas, merda,
ele não queria fazer isso. Ele preparou-se. — Quando eu tinha nove
anos, eu quebrei a cesta da bicicleta de Mary Callahan. Colei-a, e a
cesta caiu no dia seguinte. Eu nunca confessei.

Lindy sorriu, mas seu coração não estava nele. Esperava outra
coisa, menos isso. Antes que ele pudesse pôr fim ao seu jogo e sugerir
algo menos sangrento, ela rolou.

— Vermelho. — disse ela, enviando-lhe um olhar tímido em


seus cílios.

Graças a Deus. Ele selecionou uma placa e leu. — Finja que


você está em um clube de strip e dê a seu adversário um striptease
sexy. — Prêmio principal. Certamente iria quebrar a tensão estranha
entre eles e conseguir um novo tipo de tensão.

Ele pegou a bandeja e colocou sobre a mesa de cabeceira, antes


de sustentar os travesseiros e recostando-se sobre a cama.

— Que tipo de música você gosta? — Perguntou ele. Seus olhos


estavam arregalados e ela brincava com sua aliança de casamento.
Ele perguntou brevemente se ela negaria, mas ela levantou o queixo e
enviou-lhe um sorriso atrevido.

— Lenta, talvez?

O vício que tinha se apoderado do seu peito se soltou. Ele


pensou que tudo estava acabado. Que ela estava indo para tentar
empurrá-lo em algum lugar que ele não estava indo.

Mas aqui estava ela, sua Lindy prisioneira. Sua por enquanto,
pelo menos.

Ele pegou o controle remoto de som e procurou até encontrar


uma estação de clássico de R&B. A música de Otis Redding
derramando do alto-falante do som surround.

Ela subiu na borda da cama e fez seu caminho de volta para seu
lado. Seus quadris balançavam enquanto se movia, mantendo o
tempo sensual com seus passos.

A menina estava no jogo. Ela sustentou o olhar e levantou uma


mão elegante para o seu pescoço, arrastando-a lentamente, tão
lentamente, para baixo. Passando por sua clavícula delicada,
escorregando para o vale suave de seu decote. Ela correu o polegar
sobre o mamilo, puxando-o para um pico duro. Sua respiração ficou
presa na garganta.

Ela torceu, girou, girou, e tremeu. O tempo todo, ele ficou


encantado. No clube de strip no mundo sempre esteve tão bom. Ela se
virou e se abaixou, olhando para ele a partir da V entre suas coxas.
Deitado as palmas das mãos nas bochechas da bunda dela, ela deu
um aperto assim como ele queria tanto fazer. Sua língua colada ao
céu da boca e ele puxou a gola de sua camisa.

Ela virou-se para encará-lo e estendeu a mão para a bainha de


sua camisola. — Você está pronto, irlandês? — Ela sussurrou.

— O inferno, sim. — Seu corpo foi levantado e preparado para


explodir. Ele não tirava os olhos de cima dela quando ela puxou a
seda para revelar sua barriga e os seios bonitos. Ela jogou a camisola
de lado e mudou-se para rastejar em cima dele.

— Você não está esquecendo-se de algo? — Ele murmurou.

Ela fez uma pausa, e ele colocou um dedo sob o elástico da


calcinha. — Menino, você é ganancioso, não é?

Ele não respondeu com palavras, optando por fechar o punho


em torno do tecido de cetim e fazer o que ele queria fazer naquela
semana. Ele arrancou em suas mãos e ela engasgou. Ele não esperou
por ela para recuperar o fôlego. Ele estendeu sua cintura e a arrastou
em cima dele. Seu corpo moldou instantaneamente ao seu, suas
partes moles alinhadas com as duras, seu centro liso pressionando
contra seu eixo inchado. Graças a Deus ela estava tão ligada quanto
ele. Ele a queria, agora, duro e sujo.

— Umm — ela gemeu, inclinando-se com beijos de sucção sua


mandíbula e pescoço, contorcendo os quadris para chegar mais perto,
para levá-lo em seu calor.

— Camisinha. — ele gemeu.

— Eu uso pílula, se você quiser...


— Ah, foda-se, sim, eu quero. — O fato de que ela confiava que
ele nunca iria colocá-la em perigo enviou um sentido primordial de
orgulho.

Ele rolou de costas em um movimento fluido, espalhando seus


joelhos com o seu. Ele enfiou a mão entre eles para verificá-la, mas
ela empurrou-o de lado.

— Dentro de mim. Agora. — ela disse, envolvendo os dedos ao


redor de seu comprimento, trabalhando-o contra o nó sensível entre
suas coxas.

Ele recuou e empurrou para frente. Ele gemeu o nome dela,


afundando, sem restrições, em profundidade no canal apertado,
emocionante. Ela arqueou contra ele e abraçou.

No segundo em que ela o soltou ele se moveu, deslizando em seu


calor indo e recuando, o arrasto sensual de carne tenra destruindo o
que restou de sua compostura. Ele bateu nela, seus quadris
movendo-se como pistões levando-os a beira do abismo.

— Sim. Sim. Sim. — ela cantou, com a cabeça jogando para


frente e para trás sobre o travesseiro. A tempestade quebrou e ela
soltou um gemido, seu corpo sugando o dele, puxando-o com ela. Seu
corpo inteiro tremeu e ele a seguiu ao longo da borda.

Ele caiu para frente, enterrando seu rosto na pele doce do


pescoço. — Incrível. — ele sussurrou.

Ele provavelmente deveria ter mantido isso para si mesmo, mas


era a verdade. Ele rolou para o lado, puxando-a com ele. Aninhando-a
para a curva de seu braço, ele se perguntava como ele iria voltar à
sua vida regular.

Uma vida incrível.

Lindy agitou-se quando um frio passou sobre ela. Ela


aprofundou no calor do ombro de Owen e ouviu a sua respiração.
Porra, ela perderia isso. O jogo quase tinha sido um grande fracasso,
mas ela puxou-o para fora no final. Talvez ele não tivesse dito que a
amava, mas ela podia ver isso em seus olhos. Se tivessem mais
tempo. Tempo para que ele pudesse perceber o que ela já sabia.

A emoção brotou dentro dela e não podia ser contido. — Eu te


amo. — ela sussurrou, pressionando um beijo em sua clavícula. — Eu
te amo tanto.

Owen endureceu e sua respiração parou. Ela congelou, com


medo de falar, no caso se estar errada. Talvez ele só estava mudando
em seu sono. Mas seus músculos tensos mais a cada segundo que
passava, como se ele não pudesse esperar para se mover. Ela engoliu
a bile que subiu em sua garganta. — V... você está acordado?

— Estou. — Seu tom foi cortado, e ele puxou o braço de baixo


da cabeça dela para sentar-se, afastando-se dela. Seu estômago se
apertou. A decepção foi esmagadora, embora ela soubesse que este
momento chegaria. Esperava um pouco mais, mas ela trouxe um fim
prematuro com as suas palavras descuidadas. A senhora gorda foi se
aquecendo, e não havia nada que Lindy pudesse fazer para impedi-la.
Ela nunca tinha conhecido tal desamparo.

— Lindy. — disse ele, mas parou quando ela atirou a seus pés.

Ele podia arruinar o que eles tinham se quisesse, mas ela não
estava disposta a ouvir alguma palestra sobre como ele era o certo
para fazê-lo. — Eu sei que você não quer ouvir. Eu pensei que você
estivesse dormindo, mas na verdade, isso não muda nada.

— Droga, Lindy, isso muda tudo. Tudo.

Ela procurou seu rosto tempestuoso e desejou a Deus que seus


olhos se abririam. Que ele parasse de olhar para ela como se nunca a
tivesse visto antes. — Não. Dito ou não dito, eu te amo do mesmo
jeito, e eu não me arrependo. — Sua voz tremeu, mas ela se manteve
firme.

— Eu me arrependo.

As duas palavras cortadas por ela, dura e profunda, e ela não


poderia manter o soluço de quebrar livremente. — Por favor, não diga
isso.
Ele atirou a seus pés e encarou, com os braços cruzados sobre o
peito. — Não coloque a culpa por isso a meus pés. Eu nunca pedi por
seu amor. Você sabe, o rosto de minha mãe se iluminava como um
asteróide no céu cada vez que meu pai entrasse na sala? E quando ele
saiu, pela última vez, ele a matou.

Sua mandíbula estava apertada, seus olhos frios. Dois pedaços


de sílex, gritante contra sua pele. Ele falou em um tom monótono, sua
voz dando nenhum sinal de sua agitação interna. Mas ela conhecia
este homem agora e sabia de sua dor, assim como se fosse a sua
própria. Sua raiva drenada de uma só vez, e lágrimas quentes
encheram seus olhos. Ela piscou com força para afastá-los.

— Foi um processo lento. Levou alguns anos. Centenas de dias


cheios de debilitante depressão, insônia, porque toda vez que ela
adormecia, ela sonhava que estava de volta. E cada vez que ela
acordava, ela tinha que reviver tudo de novo. Eu estava lá tentando
pegar as peças. Faz você crescer rápido... ver as coisas claramente.
Eventualmente, o corpo dela quebrou, pouco a pouco, e um dia ela se
foi. Eu tinha quinze anos. — Ele balançou a cabeça, a finalidade em
seu tom como uma faca em seu coração. — Eu nunca vou deixar
alguém ter esse tipo de poder sobre mim.

— Owen, por favor... — Ela se levantou e andou em direção a


ele, mas ele levantou a mão para ficar.

— Eu não posso ser o que você quer que eu seja. Eu não tenho
isso em mim.

— Não tem que ser assim. — protestou ela. — A depressão é


uma doença. Ela deveria ter pedido ajuda. Ele estava errado por
deixá-la nessa condição. Mas o amor, amor verdadeiro, pode ser tão
bonito.

— Como você sabe?

— Meus pais tiveram. Eu já vi isso.

— Uma vez? Eu assisti falhar mil vezes. Olhe para Cara.


Inferno, olhe ao seu redor. Os casais aqui são uma bagunça do
caralho. Eu deveria confiar que vamos ser um casal que faz isso?
Minhas chances de ser atingido por um raio são melhores. — Seu
rosto estava apertado com determinação sombria. — Eu nunca menti
para você, Lindy. Você sabia que não tinha futuro, e você fez a sua
escolha.

Amargura ameaçou sufocá-la, e ela balançou a cabeça, a raiva


crescendo novamente. — Você está absolutamente certo. E você fez a
sua. — Ela levantou-se e caminhou em direção ao banheiro,
desesperada para mantê-los juntos por mais um minuto. — É
engraçado, concordar com você e pensar em mim como uma galinha,
porque tudo me assusta. Eu tenho medo de aviões, teleféricos e esqui,
e sim, estou até com medo de me apaixonar. Mas você sabe o que? Eu
faço tudo isso, apesar do meu medo. E por quê? Isso me deixa mais
corajosa do que você.

Ela não esperou por uma resposta antes de fechar a porta do


banheiro na cara dele.
O wen olhou para o líquido âmbar

em seu copo. Era um dia triste quando até Tullamore Dew10 tinha
gosto de mijo.

— Olá, O'Neil! — Calvin Cedarhurst explodiu, dando-lhe um


tapa caloroso na parte de trás. — Onde você estava?

Ele passou as últimas 18 horas no hotel de Cara, enquanto


Lindy disse a todos que ele estava cuidando de uma distensão
muscular. Uma vez que ele e Lindy tiveram a noite anterior, ele achou
melhor para eles obter algum espaço. Cara tinha ficado feliz de ser
atualizada cara a cara. Ela sabia que algo o estava incomodando, mas
não tinha pressionado, e por isso ele era grato.

Ele optou por ignorar a pergunta de Cedarhurst e deu um aceno


de cabeça e um cumprimento conciso. — Olá, Calvin. — Owen não
olhou para cima, esperando que talvez ele fosse reconhecer quando
um homem não está disposto a conversar. Sem chance.

— Volta aqui meu amigo com outro, e eu vou tomar um dos que
ele está tendo. — Arrastou-se para o banco mais próximo de Owen
com um chiado. — Eu preciso de uma cadeira de homem de tamanho,
você sabe o que quero dizer? Eles são maiores no Texas. — Ele riu de

10
Whisky Irlandês
sua própria piada, mas parou quando Owen não se juntou a ele. —
Você está horrível filho. Calma. A senhora está dando-lhe sofrimento?

Ele deu de ombros e golpeou outro gole de uísque com as


palavras de Lindy se repetindo em sua mente. Dito ou não dito, eu te
amo do mesmo jeito. E o que levou de sua honestidade? Mágoa, como
o amor sempre fez.

Seu coração deu um baque oco, e ele colocou a bebida no bar.


Pelo menos tudo terminaria em breve. Gavin havia chamado pela
manhã informando que ele recebeu o pacote. Owen esperava uma
chamada nas duas horas próximas para ajudá-lo a desfazer o
esquema de Nico.

Cara estava em modo de espera pronta para vir, quando a


polícia fosse chamada.

Ele olhou para o relógio e soltou um suspiro exasperado. Ele mal


teve paciência para o falastrão em um bom dia, e hoje definitivamente
não era. — Este lugar não é exatamente a minha xícara de chá. Eu
estou ansioso para voltar para Long Island.

— Até a noite passada, eu teria concordado com você, parceiro.


Bitsy e eu temos sido bem piores do que de costume.

Algo em seu tom chamou a atenção de Owen, e ele olhou para


cima. Apesar de suas palavras, Cedarhurst parecia satisfeito como
um pombo. Ele inclinou-se para Owen, modulando sua voz para o
que ele considerou claramente um sussurro.

— Você quer queimar um pouco de calorias, faça um favor e se


inscrever para a “sessão de meditação”. — Ele piscou um olho
lacrimejoso e lambeu os lábios carnudos.

Owen engoliu sua repulsa, fingindo um sorriso casual. — Ah, é?


Relaxar, não é?

— Não no início, mas eu estava realmente relaxado quando


acabou, se você sabe o que quero dizer.

Agora não havia dúvida, e todos os sentidos de Owen ficaram em


atenção. — Quem foi sua instrutora?
— Liza.

Adrenalina explodiu nele como mais uma peça do quebra-cabeça


escorregando no lugar. Ela era uma grande jogadora em qualquer
desses esquemas, e sedução era sua especialidade. Mas era o fim do
jogo? Hora de colocar os parafusos para Gavin e obter uma resposta.
Agora. — Eu vou pagar sua bebida. — Ele bateu Cedarhurst no
ombro um pouco mais difícil do que se justificava e se levantou. — Eu
acho que vou fazer essa nomeação agora. Estou me sentindo um
pouco tenso.

A barriga do outro homem sacudiu com o riso. — Homens têm


suas prioridades. Vá se divertir, filho.

Ele reprimiu um grunhido e resistiu ao impulso de socar o filho


da puta. Uma tristeza pela doce Bitsy Cedarhurst o inundou. Não só
tinha o marido a traindo, ele acrescentou insulto à injúria, gabando-
se a um estranho próximo. Mas ele não podia pensar sobre o que
tinha feito o canalha mulherengo.

Era tudo sobre Cara agora, e a admissão de Cedarhurst tinha


posto um prego no caixão proverbial de Nico.

Ele bateu em um sorriso. — Estou pensando sobre ela. — Isso


não era mentira. Nico arrebentando ia ser muito divertido. Ele levou
as escadas de dois em dois tempo e entrou no quarto.

— Lindy? — Ele chamou. Nenhuma resposta. Ele deu uma


olhada rápida ao redor, mas ela se foi. Decepção guerreou com alívio.
Ele queria compartilhar o que tinha aprendido sobre Liza, mas ele
não estava pronto para enfrentá-la novamente. Suas emoções
estavam por todo o lugar, e a tristeza pesada que ele sentiu desde que
ele saiu poderia levá-lo a fazer algo que ele ia se arrepender. Ele
precisava de tempo longe dela, e em breve ele estaria de volta a sua
forma original. Sozinho e feliz.

Ele vasculhou sua pasta em busca de seu celular, mas estava


difícil de encontrar. Um zumbido baixo a partir do canto da sala
chamou sua atenção.

O telefone dele estava na mesa de cabeceira, e ele tinha um texto


de entrada. Ele atravessou a sala e agarrou-a. Gavin.
Essa coisa de telefone não é besteira. Chame-me o mais rápido
possível.

Ele apertou o botão de chamada de retorno e Gavin pegou. — Já


não era sem tempo.

Owen fez uma careta. — Você mandou uma mensagem dois


segundos atrás. Quanto mais rápido eu poderia ter sido?

— Eu tenho tentado há horas.

— Espere — Owen puxou o telefone de seu rosto e olhou para


baixo. Apenas um texto lido. Um sentimento de medo desfraldado na
barriga. Foi a partir de Lindy.

Este o atingiu como um soco no estômago.

O telefone imbecil estava enlouquecendo. Estava preocupada que


houvesse uma emergência e vi o texto de Gavin. Eu acho que eu
percebi o resto. Fora w / Nico e esperamos voltar w / prova.

-L

Ele rolou para mais baixo no texto de Gavin, na esperança de


obter algum contexto.

Tenho a resposta dessa bobagem falsa de Liza Ingram. Muuuito


interessante. Que tipo de merda você está envolvido que precise se
misturar com a prostituta de Vegas? Ligue para mim.

Mais um prego no caixão para Stephanopoulos. Tudo estava


caindo perfeitamente no lugar. Em pouco tempo, Nico seria
perfeitamente aprisionado. Só tinha um problema. Há poucas coisas
mais perigosas do que um animal encurralado. Ele tomou uma
decisão e pegou o telefone.

— Cara, você pode vir agora? Eu preciso de você para me ajudar


a encontrar Lindy.

Ela ficou fora da porta do escritório de Nico e bateu hesitante.


Ninguém respondeu, mas então, ela não esperava que ninguém
abrisse. Ela observou Nico sair de sua porta do quarto a menos de dez
minutos. Ela olhou ao redor de novo, então deslizou a chave na
fechadura. O barulho parecia tão alto no corredor deserto, ela
estremeceu. Mas havia destrancado.

Quando ela viu pela primeira vez a chave, ela não tinha certeza
do que seria. O lodge, embora opulento, tinha um monte de toques
rústicos, e as portas de carvalho pesados com as fechaduras
antiquadas tinha sido um deles. Quando ela viu a chave na mesa de
Sarabeth pela manhã, ela sabia que tinha que furtá-la se ela tivesse a
oportunidade. Quando ela viu a mensagem de texto de Gavin,
esperando por Owen se fez a oportunidade. Depois de sua briga com
Owen, essa coisa ter terminado era crucial. Ela precisava conseguir o
inferno longe dele antes que se humilhasse mais do que ela já tinha.
Então, rodeada por seus filhotes e Melba e seus irmãos bobos, ela
choraria pelo próximo mês ou assim como era suposto que uma
menina faria por amor não correspondido.

Ela colocou a chave no bolso, matando-a de culpa, o que a


incomodava sobre o seu método de aquisição. Ela só esperava que
Sarabeth iria perdoá-la quando descobrisse. Com um último olhar
para cima e para baixo no corredor, ela deslizou para dentro e fechou
a porta suavemente atrás dela. A lua estava brilhante, e uma grande
janela entrava luz suficiente para fazer a lanterna no bolso
desnecessário.

Ela olhou ao redor da sala, focando em seu conteúdo. A


escrivaninha de nogueira gigante pegava uma grande parte da sala,
mas ela não estava interessada nisso.

O que manteve a sua atenção foi à baía de monitores contra a


parede oposta. Seu coração batia, e ela se aproximou. Ela sempre
pensou que era estranho que Nico nunca a tivesse convidado a
entrar, sempre optando por ficar de fora da porta até que ela fosse
embora. Quando ela se aproximou dos monitores, que já não parecia
estranho.

O estúdio de dança de salão iluminado em uma das telas. Vazio


e em sombras, parecia bastante inócuo. Mas outra fonte, era uma das
sala de massagem, a encheu de medo frio. Ela tinha estado no quarto,
quase nua. Seis telas em todas, cada uma transmitindo as saídas em
todos os quartos privados do hotel. Jogando um palpite, ela bateu o
botão Rewind, um com a sala de meditação. Dois minutos mais tarde,
ela assistiu a uma reprodução de Liza, pedindo a Owen para deitar.
Para relaxar.

A porta se abriu, e Lindy empurrou a mão dela com um suspiro.

— Nico, eu estava esperando que eu fosse encontrá-lo.

— Deixe-me adivinhar. A porta estava aberta, e você pensou em


dar uma olhada? —

— S... sim. Eu estava prestes a sair, quando vi que você não


estava aqui.

Seu sorriso gelado não alcançou seus olhos, e ela sabia que
estava presa. É claro que ele não tinha acreditado nela. Quem pode
farejar um charlatão melhor que o outro charlatão?

— Ceeerto. Então você não aconteceu de vê-los, eu tenho


certeza. — Ele gesticulou para os televisores com arma em punho.

Arma.

Seu coração batia forte, e sua visão ficou turva. Merda pense
Lindy, pense! — Eu não me importo com nada disso. — disse ela
friamente, esperando que ele não ouvisse o tremor em sua voz. — Eu
quero saber se meu marido canalha está me traindo de novo.

Ele acenou com a arma para ela, com um sorriso gelado. —


Sente-se.

Ela sentou-se na poltrona perto da baía de monitores, e ele se


inclinou para mexer com os botões. A cara de Calvin Cedarhurst
subiu na tela.

A câmera mostrou amplamente, e Liza entrou no quadro


deslizando sinuosamente sobre seu corpo inchado. Calvin apertou a
cabeça entre as partes de carne e apertou o rosto para baixo em
direção a virilha. Lindy virou, agitando a bile no estômago, e Nico deu
um pause.

— Esse é o tiro ali mesmo. Eu estive no negócio por menos de


seis meses e você sabe quantos que eu fiz? Sessenta. Esse foi o nosso
último encontro antes da Cura acabar. — Seu rosto esticado em um
sorriso malicioso, e ela se perguntou como tinha pensado que ele
bonito. — Diga-me, Lindy, quanto você acha que Calvin Cedarhurst
pagaria para manter Bitsy longe desse vídeo? Um milhão? Dois?
Esses são preços irrisórios em comparação com o que ela entraria em
um divórcio num tribunal.

— Você está doente. O que você está fazendo para as pessoas é


terrível.

— O que estou fazendo? — Desta vez, a ironia cruel de seus


lábios não poderia ser chamado de um sorriso. — Tudo o que estou
fazendo é dando-lhes uma oportunidade. Eles podem optar por irem
embora.

— Você tem as pessoas no seu pior estado, mais fraco.


Casamentos em crises. E você os engana com suas turmas falsas,
funcionários atraentes e astutos comentários.

— As aulas são muito reais. — disse ele bruscamente. Ele teve a


ousadia de olhar ofendido. — Tivemos de fazer parecer legítimo. A
maioria do pessoal não sabe nada sobre isso. Nós somos uma
pequena operação. Menos pessoas para compartilhar a torta.

— Por que você está me dizendo isso?

Ele deu de ombros. — Por que não? Não há mal nenhum nisso
agora. Vocês dois já sabem do básico, e você deve dividir com alguém
do lado de fora, no momento em que fizer um movimento, vamos estar
muito longe.

E onde ela e Owen estariam? Ela olhou fixamente para a arma.


— Owen não sabe. — disse ela. — Eu não lhe disse das minhas
suspeitas. Eu queria ver se ele morderia a isca com Liza, e estava
indo enfrentá-lo depois.

Nico agradeceu a ela e se inclinou para frente. Ele apertou outro


botão, fazer backup do vídeo quadro a quadro até que Owen piscou
na tela, e ela cobriu a boca para segurar o grito. Ela observou com
crescente horror quando ele espalmou a garrafa água de Liza e
colocou-o no bolso do short da academia, em seu caminho na saída.
— Agora, então, — Nico murmurou. — Para que você acha que
ele iria precisar disso?

Náusea ameaçou sufocá-la, e ela se debateu por algo... qualquer


coisa para dizer.

— Não sei? — Ele perguntou em voz baixa. — Não importa.


Acho que deu certo. Eu sabia que algo estava errado quando eu vi
você nas pistas. Vocês não são marido e mulher, não é? De alguma
forma, você conseguiu tropeçar na minha máquina de fazer dinheiro e
queria negociar uma parte. Ou talvez você tenha decidido jogar com
os heróis e precisava de alguma prova irrefutável. Os porquês não são
importantes. O que é importante é que você sabe, e eu não posso me
locomover. Então, você e eu estamos indo para um pequeno passeio e
você vai esperar que Owen se preocupe o suficiente sobre você, a fim
de levá-la de volta viva.

Seu cérebro capotou em vôo ou modo de luta. Cada crime real


que já tinha visto tinha a mesma mensagem. Não deixe que um
atacante te levasse de um local para outro. Se ele vier com isso, lute
com unhas e dentes se ele tem uma arma ou não. Se você não fizer,
você certamente será morta. Ela preparou-se e empurrou a cadeira
para trás.

— Eu não vou a lugar nenhum com você. — Ela foi para a


porta, mas ele a agarrou pela camisa e bateu-a na parede. Sua mão
se fechou sobre sua garganta, cortando as vias respiratórias antes
que ela pudesse gritar.

— Por que você vai fazer isso? Eu detesto violência — ele


murmurou, mas a forma como o seu olhar febril ficou bloqueado na
dela, ela não acreditava nele. Ela lutou, arranhando suas mãos,
tentando obter alguma alavancagem e empurrá-lo para fora. Sua
visão turvou, e então de repente ele se foi. Chupando em uma
respiração, ela gritou tão alto quanto pôde, lutando para a porta. —
Alguém me ajude!

— Vá, Lindy, vá! — Era a voz de Cara, exortando-a a correr.

— Que porra é essa? — Nico rosnou. Lindy virou-se para vê-lo


deitado de costas, com a irmã de Owen de pé sobre ele em uma
posição de autodefesa pronta. A arma estava a poucos metros de
distância.

— Eu tenho esse imbecil, Lindy, Você vai esperar no corredor


por Owen. Ele estava te procurando, também. Ele deve ter ouvido
seus gritos e vai encontrar-nos a qualquer minuto.

Nico parecia impassível por suas palavras. — O que aconteceu,


Ursa Care? Queria ver o que seu dinheiro me deu? — Sua provocação
a atingiu e Cara se encolheu.

— Não me chame assim, idiota.

— Ah, não seja tão má. Talvez o dinheiro não funcionou tão bem
para você, mas eu fiz-lhe certo antes disso, não foi? Certamente seis
meses fodendo uma cadela frígida valesse alguma coisa.

Enquanto ele falava, sua mão avançava lentamente em direção à


arma. Lindy abriu a boca para alertar Cara, mas depois parou. Se o
fizesse, ele ia jogar a precaução ao vento, o que levaria ele e Cara
correndo para pegar a arama.

Cegamente, ela chegou por trás dela para pegar algo pesado
para jogar tentando distraí-lo ou fazer algum dano e dar a Cara uma
vantagem. Ela só fechou a mão sobre um peso de papel de vidro
quando uma raiva ecoou pelo corredor. Owen estava perto agora, um
fato que Nico claramente notou também.

A urgência da situação obrigou-o a agir, e ele rolou, lançando-se


para a arma.

— Não! — Lindy gritou, cambaleando em direção a ele. Cara se


moveu com a intenção de chutar a arma, mas ela não foi rápida. Ela
caiu no chão e Nico pulou de pé, com a arma na mão, assim que
Owen entrou.

Um tiro ecoou, lascas da parede explodiram entre eles, e Lindy


gritou. Nico ajustou seu objetivo e puxou o gatilho novamente, mas
desta vez, não havia nada além de um clique suave.

Não havia mais balas.


Se a situação não fosse tão terrível, a expressão horrorizada de
Nico teria sido cômica. Ele recuou um passo, mãos no ar. — O que
você conhece do outro, é disso que se trata? Escute, eu sinto muito.
Eu posso pagar. Aquela coisa com ela foi um erro.

— Oh, era a porra de um erro, tudo bem. — A voz de Owen era


nitrogênio líquido, e enviou um arrepio pela sala. Ele não abrandou a
sua marcha até que ele estava no comprimento de um braço de Nico,
que fez um balanço selvagem para ele. Um sorriso gelado se espalhou
sobre o rosto de Owen, e com um golpe atordoante para a mandíbula,
enviou Nico contra a parede, onde ele deslizou para o chão em um
monte. Owen cutucou a perna para se certificar de que ele estava frio,
então se virou, vasculhando as gavetas, obstinado.

Lindy caiu de joelhos ao lado de Cara e pegou sua mão. — Você


está bem?

— Estou. — ela suspirou. — Na verdade, nunca estive melhor.


— Seu sorriso era tremulo, mas orgulhoso enviou um pouco de
sangue no coração congelado de Lindy.

— E você?

Lindy concordou — Bem. Estou realmente bem, agora.

Uma sombra caiu sobre elas que olharam para cima. Owen
estava emperrando duas balas na arma. Ele tirou o peso de papel da
mão mole de Lindy e empurrou a arma para ela. — Se ele se mover,
mate-o. — Ele caminhou até o telefone e discou. — Eu preciso de um
oficial em 5301 Alpine Road imediatamente.

Nico mexeu em um murmúrio, mas não se levantou. Owen deve


ter realmente o machucado, ela pensou com satisfação. Ela segurou a
arma tão firme quanto pôde enquanto esperava Owen para terminar a
chamada para a polícia.

Um momento depois, dedos suaves puxaram a arma de sua


mão. — Vocês fizeram muito bem, senhoras. Estou insuportavelmente
orgulhoso de ambas. Nós o pegamos. — Owen murmurou e sentou-se
no chão, envolvendo um braço em torno de cada um delas. Lindy
mudou-se para afastar-se, mas não conseguiu reunir a força. Ela
poderia muito bem deixá-lo abraçá-la, já que seria a última vez. O
choque desapareceu e sons de passos bateram no corredor.

— O que está acontecendo aqui? Foi um tiro? — Sarabeth


estava na porta, ladeada pela Jordan e por Marty, vestidos com traje
cocktail.

Lindy afastou Owen e ficou de pés. Eles tinham algumas


explicações a dar.
S arabeth ficou na frente dos

monitores sacudindo a cabeça. — Eu não posso acreditar. — ela


sussurrou. — Essas pessoas que eu venho tentando ajudar...

Lindy esfregou seu ombro. — Não é culpa sua. Como você


poderia saber?

— E você?

Lindy tinha estado tão focada na pobre Sarabeth, ela ainda não
tinha pensado em Jordan e Marty. Mas agora, a outra mulher olhou
para o marido em tom acusador.

— Você foi a uma sessão de meditação. E uma massagem.

Ela estendeu a mão para o botão Play e Owen fez uma garra
para ela, pegando-lhe o pulso. — Não faça isso. Nada de bom pode vir
disso. Cortaram os para fazê-los parecerem ruins, e...

Ela puxou o braço, acalmando-o com o olhar gelado. — Eu vou


assistir a esse clip, Owen ou quem quer que seja... e se eu fosse você,
eu não iria tentar me parar.

Owen deu uma olhada para Marty, que estava na porta. — Isso
não importa. Deixe-a vê-lo — disse ele, com o rosto sombrio.
Owen se afastou, e Jordan clicou o mouse. Lindy fechou os
olhos, desejando que ela estivesse em qualquer lugar. O áudio saiu e
um timbre rouco encheu a sala. — Um homem de sua estatura
precisa queimar algum vapor. Quando sair daqui, você vai estar tão
relaxado, seus pés vão se sentir como geleia. Deixe-me fazer isso por
você, Marty?

— Isso seria ótimo.

Jordan empalideceu, seu rosto ficou como osso branco. Ela


estendeu a mão para o mouse.

— Deixe-o. — A voz de Marty rachou em toda a sala como um


tiro e Jordan congelou.

— Espere. Pensei que você significou uma massagem profunda.


— Cobertores farfalharam. — Eu não posso fazer isso, embora eu
aprec...

A gravação parou, e a sala ficou em silêncio. Lindy abriu os


olhos para ver Jordan andando para Marty em estado de choque.
Seus olhos reunidos com lágrimas não derramadas. — V... você não
fez isso? — Ela sussurrou.

Marty recuou, como se ela lhe deu um tapa. — Jesus, claro que
não.

— Por que não?

Ele colocou os óculos mais para cima no nariz. — Porque eu sou


um homem casado.

— Eu aprecio a sua contenção. — Ela lhe deu um sorriso


aguado e acariciou sua bochecha, mas havia um toque de resignação
e desespero em seus olhos.

Marty era alto e parecia reunir sua coragem antes de


acrescentar: — E porque eu amo minha esposa. — Ele agarrou a mão
dela para pressioná-la a seus lábios. — Eu realmente aprecio isso se
você quiser tornár um pouco mais fácil de fazer de vez em quando.
— Não é nenhum segredo que meu pai o subornou com a
parceria. A família nunca deixa de me lembrar que não iria mesmo se
casar se não fosse por isso.

Ele deu de ombros impotentes. — Isso pode ser como eles veem
isso, mas eles estão errados. Eu tenho toda a experiência necessária
para começar a minha própria prática de sucesso agora. Eu não
preciso mais de seu pai. — Ele segurou seu queixo com uma mão
suave. — Mas eu ainda preciso de você.

— Você realmente me ama? — O desejo no rosto de sua mulher


era tão cru, Lindy olhou para longe.

— Sempre amei.

As lágrimas corriam livremente pelo rosto de Jordan agora, e


Lindy engoliu o nó entalado na garganta. Quem teria pensado que ela
iria acabar invejando os dois?

— Estou muito feliz por vocês, eu realmente estou. — Cara


disse suavemente — mas eu vejo um monte de CSI e nós vamos
entrar em grandes problemas por adulteração de provas, de modo que
podemos limpar este quarto antes dos policiais aparecerem?

Até o momento que a polícia foi embora, Lindy era um zumbi


ambulante. Eles ficaram lá por horas, repetindo a sua história mais e
mais, enquanto os técnicos registraram provas e arrastou dentro e
fora saquinhos de marcação. Liza e Nico tinham sido presos enquanto
Brandi, Marcel, e vários outros membros da equipe foram levados
para a delegacia para interrogatório. Aparentemente, não foi só os
homens que foram enganados no Lugar da Cura. Depois que Marty e
Jordan tinha falado, ela também concordou em dar uma declaração
sobre como Nico tinha sido excessivamente físico com ela e admitiu
que ela havia se preocupado há algum tempo que algo estava errado.

Uma vez que todas as declarações foram tomadas, o resto da


equipe e os hóspedes foram libertados, mas pediram para não sair da
cidade por alguns dias até que tudo estivesse em ordem. Pobre
Sarabeth estava inconsolável. Lindy não teve a chance de falar com
ela, porque eles tinham enviado os convidados e o pessoal para
diversos hotéis após lacrarem o edifício. Em sua exaustão, ela seguiu
o exemplo de Owen. Não foi até as quatro da manhã, quando passou
pelo limiar da sala ao lado do quarto de Cara, que ela reavaliou seus
arranjos para dormir.

— Você deve ficar com a sua irmã. — ela disse, não


encontrando seus olhos.

— Nós precisamos fazer isso agora? — Ele puxou-a para ele,


respirando um longo suspiro em seu cabelo. — Ela está bem, na
verdade, melhor do que eu a vi em muito tempo. Tem sido um inferno
de uma noite para todos nós. Eu quero dormir com você em meus
braços e esquecer toda a feiúra por um tempo. Será que não podemos
fazer isso? Prometo que vou falar quando acordar.

Ela tentou reunir a luta, mas veio um vazio. A necessidade de


fechar os olhos era insuportável e ela assentiu. Amanhã seria outro
dia. Ele a puxou para a cama empurrou os cobertores e ajudou-a
subir. Ela não esperou por ele se juntar a ela antes de dormir em um
sono sem sonhos felizmente.

— Vá Lindy, vá!

Ele podia ouvir os gritos de Cara do outro lado da casa, mas


sabia em seu intimo que Lindy não ia. Pavor apertou seu coração,
quando ele entrou pela porta. Ela virou-se, de olhos arregalados, para
enfrentá-lo, peso de papel na mão, pronta para assumir Nico em
diante, sua própria segurança em segundo plano se fosse um
pensamento.

Estouro!

Um tiro. Uma mancha vermelha se espalhando ao longo da


frente de sua camisa.
Owen acordou empurrou seu corpo encharcado de suor. Seu
coração galopava em seu peito enquanto acendia a lâmpada de
cabeceira. Um olhar para o relógio disse a ele o que já sabia. Duas
horas da manhã no mesmo bat-sonho, mesma bat-hora, mesmo bat-
canal. Quem disse que as pessoas não sonham em cores poderia se
danar. O vermelho... Toda a porra de vermelho... Assombrando.
Passando a mão pelo cabelo úmido, ele balançou as pernas para o
lado da cama e olhou cegamente para fora da janela.

Tinha passado uma semana desde que ele voltou. Uma semana
que sua irmã havia chutado no estômago o homem que uma vez
dissera amá-la. Uma semana que ele tinha visto Nico Stephanopoulos
com uma arma apontada para Lindy. E uma semana que tinha
acordado em seu quarto de hotel sozinho. Ele estava mais perto de
conseguir ficar com ela do que o dia em que aconteceu e ele reviveu o
pesadelo do que poderia ter sido a cada vez que fechava os olhos. A
necessidade de punir Stephanopoulos deixou seu sangue quente.
Cara, como lembrou a ele, estava nas mãos do promotor agora, e tudo
o que podiam fazer era esperar.

Ele se levantou, sabendo por experiência própria que se deitasse


não haveria descanso mais para ele. Ele não havia conseguido
encadear duas horas de sono ininterrupto desde que ele tinha
voltado. Deslizando em suas calças e tênis de corrida, ele estendeu,
em preparação para uma corrida. Esgotamento era a ordem do dia.
Talvez, então, ele pudesse conseguir uma ou duas horas de sono.

Ele se arrastou para baixo nas escadas e em seu ginásio em


casa. Limpando sua mente, ele na esteira e foi de zero a seis de
intensidade sem se preocupar em aquecer. Uma hora depois, ele saiu
encharcado e ofegante. Ele queria exaustão, ele tinha conseguido.
Ainda assim, a última milha poderia ter sido empurrando-o. Foi
provavelmente um exercício de futilidade, independentemente, porque
ele estava muito cansado quando ele tinha ido para a cama pela
primeira vez. Não importa o quão longe ele corresse, ele não poderia
fugir da realidade que ele tinha estragado tudo.

Grande momento.
Ele passou o braço sobre a testa e caiu no chão. Deus, ele sentia
falta dela. Sua risada, suas piadas bobas, do jeito que ela olhava para
ele.

Tudo era sugado sem ela. Mas dane-se, ele quase perdeu o real.
E se ele der a ela o que ela queria, o que ela merecia, e realmente
deixaria a si próprio? Abriria as comportas e a amaria tão duro como
ele sabia que poderia, e alguma coisa acontecesse? Ele não sabia se
ele poderia suportar.

Amor significa dor.

Ao contrário do que você está fazendo agora, gênio? Ele estava


sobrevivendo, porém, não estava? Passando o dia. Atravessando os
movimentos.

Talvez ele até encontre uma mulher agradável, eventualmente, e


que iria gostar de ter um caso. Ela se encaixaria direito em sua vida, e
tudo ficaria bem. Muito bem.

Com essas palavras reverberando em sua cabeça, sentiu como


se um raio o atingisse quadrado no peito. Pela primeira vez, ele
percebeu algo com a máxima clareza. Que a vida era uma merda.
Nada como uma vida cheia de amor e Lindy. Ela poderia machucá-lo?
Quebrar seu coração? Seus pensamentos se voltaram
momentaneamente para os outros casais no retiro. Bastava olhar
para Bitsy Cedarhurst. E o pobre Marty. Inferno, até mesmo o diretor
tinha sido triste para a maioria de seu casamento. Sua irmã Cara.
Sua mãe. Nada além de dor. Exceto que Lindy não era Calvin
Cedarhurst, ou Jordan, ou seu pai. E nem era ele. Eles não se
tratavam assim. Se ele estivesse errado, e as coisas desmoronassem,
seria devastador. Mas ao contrário de sua mãe, ele era um
sobrevivente. E olhe Cara agora. Ela tinha o poder e mais feliz do que
ele tinha visto em mais de um ano. Ela fez isso e saiu do outro lado
mais forte do que nunca.

Não havia garantias. Sem contratos, sem resmas de dados ou


trituração de números para determinar se ele estava fazendo um
negócio sólido. Amor era um pulo, selvagem e louco de fé. Um risco. E
Lindy estava disposta a tê-lo, sem reservas. Ela merecia nada menos
do que o mesmo.
Ele se levantou, um grão de esperança derreteu parte do gelo
que se instalara em seu coração. Era hora de tentar consertar o que
ele tão descuidadamente tentou quebrar. Ele com certeza não merecia
isso, mas que ia pedir-lhe outra chance. Ele pensou nas coisas que
disse a ela na noite horrível. A noite que ela disse que o amava. A
noite, que ele tinha jogado de volta em seu rosto, e seu estômago
doeu. Ela poderia perdoá-lo?

E se ela não o fizesse, ele poderia perdoar a si mesmo?

Lindy olhou para a pilha de sedas com desgosto. Ela estava de


volta há uma semana. Certamente, agora ela deveria ser capaz de
lidar com a tarefa simples de fazer um par de almofadas. Ela começou
bem, mas em algum momento durante o processo, ela costurou a
peça de volta do travesseiro vermelho para a parte frontal do
travesseiro turquesa. Parecia estúpido, como tudo que ela fazia
ultimamente. Exceto a torta de cereja que ela comprou na noite
anterior, no mercadinho.

Ela jogou o tecido arruinado na pilha de sucata quando


caminhou para a cozinha. Era hora da torta. Essas semanas com
Owen poderiam ter arruinado-a por outros homens, mas pelo menos
não tinha estragado o seu amor por alimentos de baixa qualidade.

O telefone tocou, assustando-a. Ela aproximou-se lentamente,


como estava fazendo recentemente. Esperando que fosse Owen.
Sabendo que não era. Ela olhou para baixo, o identificador de
chamadas. Sarabeth. Ela considerou pegar, mas depois deixou ir para
o correio de voz. Ela não estava com vontade de falar agora. Nas
semanas desde o incidente, ela manteve contato próximo com a jovem
médica. Sarabeth ainda estava em choque sobre Nico e o Lugar de
Cura, e Lindy certamente precisava de um ombro para chorar depois
de seu golpe com Owen. Elas ficaram notavelmente perto, à noite elas
conversavam de coração para corações que muitas vezes acabavam
em lágrimas, mas, por vezes, terminava em risadas. Se nada mais,
apesar de seu coração partido e carreira dizimada de Sarabeth, cada
uma tinham se afastado de suas experiências com uma nova
amizade. E Deus sabia que ela precisava de uma agora.

Decidiu que a chamaria mais tarde, Lindy na ponta dos pés


andou para a cozinha, tentando não acordar os filhotes. Espiou o bolo
em cima do balcão, e estremeceu quando viu que ele estava meio
sumido. Ela fez uma promessa silenciosa de passar um extra de 30
minutos na esteira, pegou a caixa, e arrancou um garfo da gaveta. Por
que se preocupar em cortar uma fatia? Ela estava sozinha e as
pessoas que viviam sozinhas poderiam comer direto da caixa, se
quisessem. Oba para regalias.

Lágrimas quentes correram pelos olhos. Ela olhou para o relógio


e pensou em chamar Melba novamente. Quando Lindy tinha ficado
para trás, a mulher mais velha confessou que ela e o açougueiro de
Nate, Russell, tinham se apaixonado depois de uma briga sobre a
espessura do seu pão de azeitona. Ele a convenceu de que eles
deveriam discutir o assunto durante o jantar, e três semanas depois,
ele pediu-lhe para viver em pecado com ele em seu apartamento em
Great Neck. Apesar das preocupações de Lindy, Melba tinha dito sim.

— Eu tenho tido um tempo, e eu sei o que eu sei. Stanley é um


homem bom e eu não vou brincar de tímida, enquanto outra mulher
pode agarrá-lo. Eu não tenho muito tempo e o que me resta eu quero
aproveitar cada segundo dele.

Os lábios de Lindy tremeram em um sorriso aquoso na memória.


Melba era a melhor. Ela deu um novo significado à expressão — tirar
a vida pelas bolas — e não era como se elas nunca fossem se ver
outra vez. Elas estariam reunidas no restaurante na semana seguinte
para o início do peru laminado especial.

Tudo estava bem e essa festa de piedade tinha que parar.

Assim ela terminou a torta.

Ela enxugou as lágrimas de suas bochechas e soltou uma


sonora fungada em voz alta antes de cavar uma garfada de massa
gosmenta em sua boca. A gelatina adocicada e levemente azeda
dobrada sobre sua língua, e ela se viu desejando que pudesse ser
usada para colar seu coração despedaçado.

O estrondo do que poderia ser um motor diesel interrompeu


seus pensamentos sentimentais. O que diabos estava acontecendo lá
fora? Ela se arrastou até a janela e viu um caminhão gigante parado
em sua garagem coberta por lonas. Deveria estar na casa errada. Ela
debateu-se para sair e dizer-lhes que não tocassem a campainha para
não acordar os cães, mas então olhou para ela vestida de camiseta de
moletom do Scooby Doo manchada de cereja e decidiu não sair.
Esperemos que eles percebam isso quando virem o número da casa
na porta.

Em seu caminho de volta para a cozinha para colocar o que


restava da torta, um pensamento inquietante ocorreu a ela. E se não
fosse a casa errada? E se Mal havia se envolvido em mais um
absurdo, com esquema de enriquecimento? Todos os tipos de imagens
aterrorizantes correram através de sua mente e um frisson de medo
deslizou por sua espinha. E se ele queria abrir uma funerária e essas
lonas cobriam uma dúzia de caixões? Ou pior, uma dúzia de
clientes...

Ela virou-se e correu para a porta. Torta na mão, ela desceu as


escadas para a garagem a tempo de ver um homem saltar para baixo
da cabine do caminhão. — Ei, o que é tudo is... — As palavras
morreram em seus lábios enquanto Owen virou-se para encará-la.

— Ei você aí.

Seu corpo ficou dormente, mas não tinha nada a ver com a
temperatura gélida. Ela agarrou a torta mais perto de seu peito,
tentando aliviar a dor que tinha soprado em uma dor aguda ao ver
seu rosto. Seu olhar vagou sobre ela da cabeça aos pés, e ela resistiu
à vontade de virar as costas e correr.

Todo mundo sabia que a primeira vez que você esbarrasse em


um ex você deveria fazê-lo lamentar por te perder, e agora parecia
algo que o gato teria optado por não arrastá-la. Ela tinha cometido
um karma ao longo do caminho em algum lugar porque a moça
inconstante decidiu recentemente pagar-lhe de volta em espadas.
Para adicionar insulto à injúria, ele estava lindo em seus jeans e
suéter, como sempre.

— O... o que você está fazendo aqui? — Disse ela, quando


finalmente foi capaz de falar após o choque de vê-lo novamente.

— Eu vim para ver você.

— Há algo de errado? Eu recebi o cheque. Espero que esteja


tudo bem. Achei uma vez que pegamos Nic...

— Eu não estou aqui sobre o cheque.

— E então?

Apesar do fato de que ele parecia lindo, algo estava diferente. A


confiança que ele normalmente usava como um campo de força
estava longe de ser encontrado quando caminhava em sua direção.

Seus passos estavam hesitantes, sua linguagem corporal


inseguro. — É tarde demais?

A questão parecia que estava rasgado dele contra a sua vontade.


Ela tentou descobrir o seu significado, mas quando ele se
aproximava, ela notou que seu rosto parecia cansado, exausto.

— Você está doente? — Meu Deus, e se fosse algo horrível?


Ansiedade agarrou-a e ela estendeu a mão para tocá-lo antes de
lembrar que ele não era dela para tocar. Ela pegou a mão, e magoou
seus olhos nublados.

— Não. Sim. Não, não a maneira que você quer dizer. Eu só


preciso saber a resposta para a pergunta. É tarde demais?

— Tarde demais para quê? — Ela pediu em silêncio, ainda


procurando seu rosto em busca de pistas.

— Para nós? Para mim, percebe isso? — Ele caiu de joelhos na


frente dela.

Poderia isto realmente estar acontecendo?

— Lindy, eu estraguei tudo. Eu fiz tudo ruim. Eu não sabia, é


verdade, até que você se foi. Tudo era cinza. Parecido o que aconteceu
com minha mãe mais uma vez. Isso me aterrorizava até que eu
percebi uma coisa. Eu poderia viver sem você. Eu poderia me jogar no
meu trabalho, socializar e esculpir algum tipo de vida para mim. E,
algum dia, quando a sua memória diminuísse um pouco, eu poderia
estar contente com a minha sorte. — Seus olhos a implorou. — Então
percebi que eu não quero. Eu quero iluminar quando você entrar em
um quarto. Eu quero brigar com você, e ficar com raiva quando você
descer a montanha muito rápido. Eu quero arriscar. Porque eu te
amo.

Ele puxou uma caixa de veludo do bolso e estendeu-o para ela.


— Eu sei que não sou tão corajoso como você, mas estou disposto a
melhorar todos os dias. Se você me quiser. — Ele abriu a tampa e
olhou diretamente nos olhos. — Case-se comigo, Lindy. Por favor.

Ela olhou cegamente para a caixa, lágrimas obscurecendo sua


visão. — Eu estou segurando uma torta.

Um pouco de cor voltou ao seu rosto austero em sua declaração


tola. — Eu vejo isso.

— Posso colocá-la para baixo?

Ele gentilmente tirou a caixa de seus dedos, sem resistência, e a


colocou no chão.

— Pergunte-me novamente. Sem o bolo. — ela exigiu, com


lágrimas em seus olhos e afofando o cabelo dela.

Um lento sorriso em seu rosto. — Lindy, você quer casar


comigo?

— Eu aceito. Absolutamente aceito. — Ela caiu de joelhos e


jogou os braços em volta dele em um soluço. — Eu também te amo.
Tanto.

— Me desculpe, estou terrível. Esta semana foi um inferno, e eu


só posso imaginar como foi para você. — Ele dirigiu um olhar aguçado
para a torta agora esmagado na calçada entre eles.

— Isso não importa agora. Nada disso importa.

Ele se inclinou para trás e segurou a caixa de joias de novo. —


Você não quer ver o anel?
WFHCB003
Ela assentiu com a cabeça e olhou para ver uma banda de ouro
puro. — É lindo, mas parece meio grande. Eu não poderia me
importar menos, no entanto. — Ela pegou o anel colocando-o fazendo
uma nota mental para tirá-lo na hora de dormir até que ele se
encaixasse. Antes ela conseguisse passar da primeira articulação, ele
pegou a mão dela para impedi-la.

— Eu faço — ele murmurou baixinho, puxando-o de seu dedo.


O peso dessas palavras não se perdeu em seu e a fábrica começou
produzir lágrima em tempo duplo.

— Eu te amo mu...i...to. — Os soluços viraram um semi-


histérico riso quando ele removeu o estofamento de veludo da caixa
para revelar um diamante oval em um cenário de ouro branco antigo.
Ele colocou-o no dedo e um beijo para o local certo acima dela.

— Agora, vamos lá, eu tenho uma surpresa para você. — Ele a


puxou para seus pés e levou-a em direção ao caminhão. — Eu não
poderia pedir-lhe para ser a rainha do meu castelo sem ter certeza
que os vira-latas reais tinha um lugar para chamar de seu. — Ele
retirou a lona com um floreio, revelando sete minúsculas casas de
cachorro, cada uma pintada à mão com nomes dos filhotes.

— Nós podemos mantê-los? Todos eles? — Ela estava tão certa


de que ela seria capaz de deixá-los ir quando chegasse o momento.
Quando ela olhou para as pequenas casas vermelhas, ela percebeu
que Owen sempre soube que ela não seria. Doar um deles a teria
devastado.

Seu coração estava tão cheio. Ela acariciou o peito, murmurando


leve para si mesma quando Owen a puxou para perto.

— Tudo está melhor do que bem. — ele sussurrou em seu


cabelo. — Tudo está incrível.

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