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OLIVEIRA MARTINS
HISTÓRIA
DA _
CIVILIZAÇAO
IBÉRICA
Sétimo volume
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CíRCULO DE LEITORES
Capa de: Ali/unes
Impresso e encademado por Prirl/er Portuguesa
1/0 mês de De�embro de mil llovecm/os e oi/m/a e se/e
Número de edição: 2212
Depósi/o legal llúmero: 17463/87
A
D. JUAN VALERA
o TERRITÓRIO
, V. Raças Humanas, I, p. X I I I .
2 V. História de Portugal ( 3 . ' ed.), I, pp. 25-27 e 3 7 .
3 lbid., pp. 33-36.
12 OLIVEIRA MARTINS
«Pues esta Espana que deximos, tal es como ele parayso de Dias:
carriga-se con cinco rios cadales, que san Duero, e Ebro, e Taj o e
Guadelquivir e Guadiana; e cada vno delles tiene si e eI otro gran
des montanas e sierras; e los valles e los lIanos san grandes e anchos:
H I STÓRIA DA CIVI LIZAÇÃO I BÉR ICA 17
afinidades, essa causa não basta para que, acima d e tais di
ferenças, a história nos não mostre a existência de um pensa
mento ou génio peninsular, carácter fundamental da raça,
fisionomia moral comum a todas as populações de Espanha;
pensamento ou génio principalmente afirmado, de um lado
no entusiasmo religioso que pomos nas coisas da vida, do
o utro no heroísmo pessoal com que as realizamos. Daqui,
provém o facto de uma civilização particular, original e no
bre.
II
A RAÇA
o CARÁCTER E A H I STÓRIA
I Gades (Cádis) era, como se sabe, a mais ocidental das feitorias fenícias
(V. Raças Humanas, II, 206-209) e as Colunas de Hércules passavam por ser as
portas do Mundo. Este monumento subistiu até 1 1 45. Constava de uma
estrutura de pilares de pedra sobrepostos, formando como que uma torre
levantada na praia, ou já no mar. Cada pilar tinha 5 côvados de circunferên
cia e 10 de altura. O conjunto, que media de 60 a 1 00 côvados de alto, estava
solidamente ligado por barras de ferro, chumbadas. Sobre esta lorre, em que
todavia não havia portas nem câmaras interiores, levantava-se uma estátua
de bronze de Melkarth, o Hércules fenício, da altura de 6 côvados, represen
tando o deus sob a figura de um homem barbado, com um cinto e manto que
lhe descia até o joelho. A estátua era doirada. Com a mão esquerda apanha
va as dobras do manto contra o peito, e, no braço estendido, a mão segurava
uma chave ao mesmo tempo que o indicador apontava para o Estreito.
Os Cruzados e os piratas normandos chamavam ao Estreito Karlsar, as
águas do homem; e Isodoro de Beja, sob o domínio árabe, atribuía uma
significação profética à atitude da dextra de Melkarth: a chave que empu
nhava era o s ímbolo de que essa era a porta do país, e o dedo apontando
para o Estreito queria dizer o caminho por onde vieram os exércitos de
Musa.
As Colunas de Hércules foram destruídas em 1 1 45 pelo almirante árabe Ali
-ibn-Isa-Ibn-Maimun, que se sublevava em Cádis. Corria a tradição de que
a estátua era de ouro puro e por isso o árabe a abateu: era dourada, (TIas
ainda assim a douradura produziu 1 2 000 dinares. V. Dozy, Hirl. ti Lili.
d'Espagne, I I , p. 328 e o app. LXXXIX.
30 OLIVEIRA MARTINS
A CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
I
)
HISTORIA DA C IVILIZAÇÃO I BÉRICA 51
CONSTITUIÇÃO DA MONARQU IA
VISIGODA
I V. Sistema dos Mitos Religiosos, pp. 267 e segs. ad fill. e Teoria da História
Universal lias Tábuas de Cronologia, pp. XV-XVI, introd.
76 OLIVEIRA MARTINS
A OCUPAÇÃO ÁRABE'
OS MOÇÁRABES
FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE'
DESENVOLVIMENTO ESPONTÂNEO
DAS NAÇÕES PENINSULARES
Barcelona
Urgel
Aragão
nos.
1 238 -Conquista de Valência aos Sarracenos.
1 276 -Separação do senhorio de Maiorca por herança.
1 344 -Conquista do senhorio de Maiorca.
1 469 -União a Castela-Leão por casamento.
1 504 -Fusão, por morte da rainha Isabel, do Aragão e Cas
tela na cabeça de Fernando, o Católico.
Sobrarve
Maiorca
Castela
Zamora e Toro
Leão
Portugal
1 09 7 - Criação do condado.
1 1 40 - Constituição da monarq uia; i ndepend ência de
Leão.
1 1 39- 1 250 Conquista do Alentejo e Algarve aos sarrace
-
nos.
Oviedo
Biscaia
1 3 79 - Submissão a Castela-Leão.
Galiza
Fernando I de Castela.
1 073 Incorporação na monarquia de Castela-Leão sob o
-
J
1037 (5) CaSlda L--J
1041 (4) I Aragão
�
1065 (8)
1073 (4)
Galiza, Leão, Zamora, Toro, Ca,!teJa
Castda I
1076 (3)
1077 (4)
�
Aragão, Urgcl
1082 (3) Aragão
1 109 (4) Portugal, Caste a I
1 109 (3) Aragão
1 1 26 (4) Castela, Aragão
1 1 35 (5) Castela, Aragão, Navarra
1 1 37 (4) I Aragão
1 1 57 (5)
L
CaSlda, LCãO
1 1 58 (4) Castela
1 1 70 (5) Castela, Leão
1230 (4) Castela
1276 (5)
I
Aragão, Maiorca,
1344 (4) Ara. ão
1458 (3) Aragão
1469 (4) Aragão, Navarra
1504 (3) CaSlela I
1 5 1 2 (2) Portugal Espanha
1580 (I) Espa nha
1640 (2) Portugal Espanha
H I STÓRI A DA C I V I LIZAÇÃO I BÉRICA 1 33
I V. Hstória
i de Portugal (3.' ed.), I, pp. 8-2 1 .
H I STORIA DA CIVILI ZAÇÃO I BÉRICA 1 35
OS ELEMENTOS NATURAIS
OS ELEMENTOS TRADICIONAIS
Estas cuatro cosas son na turales ai seÍÍorio dei rey que non las
debe dar a nigund orne, nin las partir de si, capertenescern á el por
razon de seÍÍorio natural; Justicia, Moneda, Fonsadera é suyos yan
tares.
A MONARQUIA CATÓLICA
o IMPÉRIO DA ESPANHN
o GÉNIO PENINSULAR
o M ISTIC ISMO
, «Mais parlava S. M. e della natione spagnola che non gli ohiarasse erec
tici, scismatici e maledetti de Dio, seme de Giudei e de mori, feccia deI
mundo, deplorando la miseria d'Italia, che fosse astretta e servire gente cosi
abjetta e cosi vilel). Navagero.
v
I V. História de Portugal (9.' ed.) , I, pp. 1 6 1 - 1 64, 204-2 1 5 e 1 83- 1 92; O Bra
sil e as Colóllias Portuguesas (4.' ed.), pp. 1 -6 e Tábuas de Crollologia, p.413.
H I STÓRI A DA C I VI LI ZAÇÃO IBÉRICA 219
CAMÕES
Que q uieres que infiera, Sancho, de todo lo que has dicho? dijo
Quij ote. Quiero decir, dijo Sancho, que nos demos a ser santos y
alcanzaremos mas brevemente la buena fama que pretendemos: y
advirta, senor, que ayer ó antes de ayer canonizaron ó beatifi
caron dos freilecitos descalzos, cuyas cadenas de hierro con que
ceniam y atormentaban sus cuerpos se tiene ahora á gran ventura
eles besarlas y tocarias y estan en mas veneracion que está, segun
dije, la espada de Roldan en la armeria dei rey nuestro seno r, que
Dios guarde. Asi que, senor mio, mas vale ser humilde freilecito
de cualquier orden q ue sea, que valiente a andante caballero: mas
alcanzan con Dios dos docenas de disciplinas que dos mil lanza
das.
O que diz Santiquatro he que o nom levem estes Judeus tão sa
broso, e que lhes penitencia de vinte ou trinta mil cruzados, ou os
que V. A. ouver por bem, e que partaes co papa para suas necessi
dades.
AS RuíNAS
I
.
, V. História de Portugal (9.' ed. ) , I, pp. 256 e segs. e Portugal Contemporâneo
(4.' ed.), I, pp. 56-92.
H IST 6 RIA DA C I V I L I ZAÇ Ã O I B É RICA 275
I - O território . ..
. . . . . . . . . . . .. . . . . .
. . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . 9
I I - A raça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
I I I - O carácter e a história . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 29
LIVRO PRIMEIRO
LIVRO SEGUNDO
LIVRO TERCEIRO
LIVRO QUARTO
O IMPÉRIO DA ESPANHA
I - O génio peninsular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 1 85
I I - O misticismo . . . . . .. .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . 1 92
I I I - Santo Inácio de Loyola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 1 97
IV - Carlos V e o Concílio de Trento . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
V - A descoberta das índias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 216
VI - Camões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
VII - Causas da decadência dos povos peninsulares . . . . . . . . . . . . 232
LIVRO QUINTO
AS RuíNAS
I - A Península nos séculos XVII e XVIII . . . • • • • . . . . • • . . . . . • . . . • 253
I I - O absolutismo. Carlos I I I eJosé I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 259
I I I - A Espanha contemporânea . ...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 281
A GERAÇÃO DE 70
Primeiro volume
«A Geração de 70»
por Álvaro Manuel Machado
Antero de Quental: Textos Doutrinários e Correspondência
Segundo volume
Antero de Quental: Sonetos
Terceiro volume
Teófilo Braga: História do Romantismo
em Portugal I
Quarto volume
Teófilo Braga: História do Romantismo
em Portugal II
Quinto volume
Oliveira Martins : Portugal Contemporâneo I
Sexto volume
Oliveira Marti ns : Portugal Contemporâneo II
Sétimo volume
Oliveira M artins: História da Civilização Ibérica
Oitavo volume
Oliveira M artins: Portugal nos Mares ( antologia)
Nono volume
Ramalho Ortigão: Holanda
Décimo volume
Ramalho Ortigão: As Farpas I (antologia)
Décimo primeiro volume
Ramalho Ortigão: As Farpas II (antologia)
Décimo segundo volume'
Gomes Leal: Poemas Escolhidos (antologia)
Décimo terceiro volume
Fialho de Almeida: Contos
Décimo quarto volume
Fialho de Almeida: Os Gatos (antologia)
Décimo quinto volume
Conde de Ficalho: Uma Eleição Perdida
Décimo sexto volume
Eça de Queirós: Os Maias
Décimo sétimo volume
Eça de Queirós: Correspondência de Fradique Mendes
Décimo oitavo volume
Eça de Queirós: Notas Con temporâneas
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