O documento discute como o documentário "Grizzly Man" ilustra conceitos antropológicos como etnografia e cultura. O protagonista tentou viver como os ursos e aprender sobre sua cultura através da imersão, ilustrando etnografia. Embora alguns questionem se animais têm cultura, o filme mostra os ursos tendo seus próprios hábitos e costumes. Apesar de se sentir próximo dos ursos, o protagonista permaneceu humano e acabou sendo morto por um deles.
Descrição original:
Resenha do filme relacionado com alguns textos da antropologia.
O documento discute como o documentário "Grizzly Man" ilustra conceitos antropológicos como etnografia e cultura. O protagonista tentou viver como os ursos e aprender sobre sua cultura através da imersão, ilustrando etnografia. Embora alguns questionem se animais têm cultura, o filme mostra os ursos tendo seus próprios hábitos e costumes. Apesar de se sentir próximo dos ursos, o protagonista permaneceu humano e acabou sendo morto por um deles.
O documento discute como o documentário "Grizzly Man" ilustra conceitos antropológicos como etnografia e cultura. O protagonista tentou viver como os ursos e aprender sobre sua cultura através da imersão, ilustrando etnografia. Embora alguns questionem se animais têm cultura, o filme mostra os ursos tendo seus próprios hábitos e costumes. Apesar de se sentir próximo dos ursos, o protagonista permaneceu humano e acabou sendo morto por um deles.
Tendo como base a discussão realizada em sala de aula, leitura do texto de
SEGATA (2011) e breve pesquisa realizada sobre alguns conceitos básicos da antropologia, percebo que o documentário dialoga bem com a antropologia e fica visível a apresentação de alguns conceitos básicos dessa ciência no filme. Primeiro percebemos o protagonista tentando fazer parte da vida dos ursos. Ele vive em um tipo de imersão e de certa forma começa a se apropriar dos costumes e cultura desses animais, o que podemos chamar de etnografia, já que existiu um contato entre o homem e o seu objeto de pesquisa, os ursos. Ao falar em cultura nos deparamos com outro conceito antropológico que diz respeito as crenças, costumes, hábitos, etc. que é adquirida pelo pertencimento a um determinado grupo. No caso do documentário esse conceito pode ser bem questionável de acordo com a concepção de cada um, já que nem todos acreditam que entre os animais exista cultura. No entanto eu parto da concepção de que essa exista, uma vez que como mostrado no filme, os ursos especificamente possuem seus próprios hábitos, seus costumes e assim vivem à sua forma.
O etnocentrismo culturalista permite somente aos homens a possibilidade de
diferenciação, e em sua definição naturalista acredita que os demais animais são iguais e seguem programações genéticas (p. 91). O protagonista do documentário teve a capacidade que a maioria de nós humanos não teríamos, ele conseguiu enxergar as singularidades dos demais animais não – humanos, fato este que o fez se aproximar dos ursos e de certa forma tentar protegê-los. Para a análise das relações entre humanos e animais é preciso pensar que a vida social faz parte da vida biológica e as diferenças culturais ocorrem pelas habilidades biológicas que são socialmente desenvolvidas (p.98). A partir de um período vivendo com os ursos, o homem começa a se sentir urso, desenvolvendo certas características que só são possíveis de se desenvolverem socialmente. No entanto o fator biológico existe e na minha percepção o humano é diferente do não-humano, nesse sentido, fato este que resultou na morte do rapaz, sendo comido por um dos ursos. Referência Bibliográfica: SEGATA, Jean. “Pessoas, coisas, animais e outros agentes sobre os modos de identificação e relação entre humanos e não – humanos” In: Revista Caminhos, Rio do Sul, a.2, n.1, p. 87 – 119, jan./mar.2011.