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ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ FERNANDES MACHADO

8º ANO
PROFESSOR: DJALMA MACIEL DA CONCEIÇÃO

COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA

ROTEIRO DE ESTUDOS – ROTINA 18 (AVALIAÇÃO)

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES:

● Caro aluno, neste bloco de atividades estudaremos a rotina 18

● Leia atentamente os textos: (contido na rotina 18 ) e em seguida responda as 5 questões da rotina

● Organize seu tempo para não deixar atrasar suas atividades

VAMOS ESTUDAR O SEGUINTES CONTEÚDO:

• Lógica e proposições
• Paradoxos

ESTUDANDO ATENTAMENTE OS CONTEÚDOS DESTA ETAPA VOCÊ IRÁ APRENDER:


• O que seja lógica e suas proposições
• O que sejam paradoxos

ATIVIDADES QUE VOCÊ DEVERÁ REALIZAR:

ATIVIDADE/DIA COMO FAZER RECURSOS


NECESSÁRIOS
ROTINA 18 (07/06/2022) Ler atentamente os Texto, celular com
textos, copiar as internet, computador,
Texto: Lógica e proposições, questões no caderno de caderno, caneta etc
paradoxos filosofia, responder e
depois tirar foto para
Responder as 10 questões da enviar ao professor
rotina 18

COMO VOCÊ SERÁ AVALIADO?

Frequência
Participação
Atividades respondidas
CONTEÚDOS DA ROTINA 11

Classificação das proposições lógicas: Simples ou compostas

Proposições é um termo que possui enunciados que podem ser tomados como verdadeiros ou falsos. Podem
ser classificadas em dois tipos: Proposições simples ou compostas.

Exemplo:

• “O sol é o maior astro da via Láctea” estamos diante de uma proposição de valor verdadeiro. Mas se
eu disser “Bom dia!” não estarei diante de uma proposição, pois, não posso atribuir um valor lógico.

Não existem proposições que possam ser ao mesmo tempo verdadeiras e falsas. Sempre será ou verdadeira
ou falsa, nenhum outro valor diferente.

Classificação das proposições lógicas

Proposições simples: São aquelas que vêm sozinhas. São geralmente representadas pelas letras latinas
minúsculas.

Exemplo:

• O Lula já foi presidente do Brasil.


• Marcelino é estudante.
• João é solteiro.

Proposições compostas: Quando duas ou mais proposições vêm conectadas entre si. São indicadas
geralmente, pelas letras maiúsculas.

Exemplo:

• Carlos é eletricista e Paulo é pedreiro.


• Maria é professora e Pedro é mecânico.
• Se o carro é novo, então está em boa condição de uso.

Representação das proposições lógicas

Exemplos:

• p: Rosa é manicure.
• q: 6<2

Na linguagem usada pela lógica matemática, ao afirmarmos que é verdade que Rosa é manicure (proposição
acima), representaremos isso apenas com: VL(p)=V, ou seja, o valor lógico de p é verdadeiro.

No caso da proposição q, que é falsa, diremos VL(q)=F


CONTEÚDOS DA ROTINA 12

Fonte de pesquisa: https://mundoeducaca.uol.com.br/gramática/paradoxo.htm

O paradoxo ou oxímoro, é uma figura de pensamento, baseada na contradição.

Muitas vezes, o paradoxo pode apresentar uma expressão absurda e aparentemente


sem nexo, entretanto, ele expõe uma ideia coerente e fundamentada na verdade.

Por isso, o paradoxo é fundamentado na contradição lógica das ideias, como se


tivéssemos duas ideias numa frase, e uma está se contrapondo à outra. No entanto, a
contraposição dos termos utilizados cria uma ideia lógica.

Do latim, o termo paradoxo (paradoxum) é formado pelo prefixo “para” (contrário ou


oposto) e o sufixo “doxa” (opinião), que literalmente significa opinião contrária.

Note que esse conceito é também utilizado em outras áreas do conhecimento, tais
como: filosofia, psicologia, retórica, linguística, matemática e física.

Exemplos de alguns paradoxos


Para entender melhor alguns paradoxos, observe as frases abaixo:

• Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar. (Caetano Veloso)

• Já estou cheio de me sentir vazio. (Renato Russo)

• A novidade que seria um sonho/O milagre risonho da sereia/virava um pesadelo tão medonho.
(Gilberto Gil)

• Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. (Sarah Westphal)

• O amor é ferida que dói e não se sente. (Luís Vaz de Camões)

• Sendo a sua liberdade/Era a sua escravidão. (Vinicius de Moraes)


• Bastou ouvir o teu silêncio para chorar de saudades. (Reinaldo Dias)

• Estou cego e vejo/Arranco os olhos e vejo. (Carlos Drummond de Andrade)

• Eu fujo ou não sei não, mas é tão duro este infinito espaço ultra fechado. (Carlos Drummond de
Andrade)

O paradoxo emprega ideias opostas, da mesma maneira que a antítese, entretanto,


essa contradição ocorre entre o mesmo referente do discurso.

Para entender melhor essa diferença veja os exemplos abaixo:

• Dormir e acordar está difícil. (antítese)

• Estou dormindo acordado. (paradoxo)

Note que ambos os exemplos utilizam os opostos “dormir” e “acordar”. Entretanto,


o paradoxo propõe uma ideia, supostamente absurda, mas que faz sentido, pois enquanto
dormimos não podemos estar acordados.

Nesse caso, a união dos termos contrários gerou um significado metafórico


coerente à expressão “dormir acordado”. O enunciado significa que a pessoa está acordada,
entretanto, com muito sono.

Tipos de paradoxo

• Paradoxo verídico

É aquele que, com base em um raciocínio lógico correto, leva a resultados


improváveis.
Como exemplo, citamos o paradoxo do hotel de Hilbert, que afirma: “Mesmo
que um hotel com infinitos quartos esteja completamente cheio, ele ainda pode receber mais
hóspedes”. A princípio, é paradoxal, contraditória essa afirmação, não é mesmo?
No entanto, se você considerar que o hotel possui “infinitos quartos”, é possível
aceitar que ele ainda pode receber mais hóspedes. É só deslocar o hóspede do quarto 1 para o
quarto 2, o hóspede do quarto 2, para o 3, e assim por diante, de forma simultânea. Nesse
exemplo, um experimento mental da matemática, temos um paradoxo verídico, já que, apesar
da contradição, a afirmação pode ser comprovada com base no raciocínio lógico.

• Paradoxo falsídico
É aquele que, com base em um raciocínio falso, leva a resultados incorretos.
Como exemplo, citamos o paradoxo do enforcamento inesperado, que ocorre na seguinte
situação. Imagine que, no sábado, é decretado que determinado prisioneiro será enforcado na
semana seguinte, ao meio-dia, e que o enforcamento acontecerá em um dia inesperado.
O prisioneiro, então, chega à conclusão de que sua morte não pode acontecer no
sábado seguinte, pois, na sexta-feira, depois do meio-dia, ele saberá o dia do seu enforcamento,
ou seja, sábado, o que impede que o fato seja inesperado. Parece coerente, não? No entanto,
seguindo esse raciocínio, ele conclui que seu enforcamento, pelo mesmo motivo, não pode
acontecer em nenhum dia da semana. Afinal, em todos os dias, após o meio-dia, ele esperará
que o ato aconteça no dia seguinte, o que eliminaria o caráter inesperado do fato.
Isso faz com que o prisioneiro, baseado nesse raciocínio, fique confiante de que
não será enforcado. No entanto, na quinta-feira, ele é pego de surpresa quando o diretor da
prisão decide que o enforcamento acontecerá nesse dia, já que, segundo o raciocínio falso do
condenado, isso não poderia ocorrer. Consequentemente, seu raciocínio equivocado leva a
um resultado incorreto, isto é, o seu enforcamento, que, segundo toda a lógica descrita, não
aconteceria.

• Paradoxo condicional
É aquele que depende da relação entre causa e consequência e gera, muitas
vezes, um problema de difícil resolução, pois um fato originaria outro, que, por sua vez, originaria
aquele, como se pode ver na pergunta: “O que surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?”. Se o ovo
depende da galinha para existir, e a galinha depende do ovo para existir, o que surgiu primeiro?
Outro exemplo é o chamado paradoxo da predestinação. Ele se refere à viagem
no tempo. Imagine que um viajante do tempo volte ao passado e acabe tendo uma filha com sua
jovem avó, sem saber quem ela era. Essa filha é a mãe do viajante. Então, se o viajante não
voltar ao passado, a sua existência torna-se impossível. Assim, ele depende de sua própria
existência para existir. Se ele não existe no presente, não pode engravidar sua avó, no passado,
e existir no futuro desse passado.

Filósofo Zenão de Eleia (489 – 430 a.C) e seus paradoxos


Os paradoxos de Zenão, atribuídos ao filósofo pré-socrático Zenão de Eleia, são
argumentos utilizados para provar a inconsistência dos conceitos de multiplicidade, divisibilidade
e movimento.
Sabemos pouco sobre a vida de Zenão de Eléia e dos seus pensamentos foram
conservados poucos fragmentos. Das suas concepções conhecemos algumas coisas graças,
sobretudo ao que contém nos diálogos platônicos Parmênides, no livro Vida dos Filósofos de
Diógenes Laércio e nos escritos de Física de Aristóteles.

Ele é conhecido, sobretudo, pelos paradoxos formulados basicamente sobre a tese da


impossibilidade do movimento que hoje são conhecidos como paradoxos de Zenão. Seguindo as
pegadas de seu mestre Parmênides, através da dialética, ele tenta afirmar a teoria da
imutabilidade do ser reduzindo ao absurdo o seu contrário. A tese contestada por Zenão é a tese
dos Pitagóricos
que acreditam na multiplicidade do ser em relação ao seu número.

Os paradoxos mais famosos de Zenão são os que buscam demonstrar a inexistência


do movimento. Eles são descritos por Aristóteles nos seus estudos sobre Física. O método de
Zenão consiste em assumir como certas as hipóteses das teses dos seus adversários e partindo
dessas hipóteses ele chega a conclusões contraditórias e inaceitáveis, buscando assim
desacreditar os argumentos de seus antagonistas.

Dos paradoxos, ou aporias (estradas sem saída), criadas por Zenão o mais famoso é
o de Aquiles (um dos mais fortes e rápidos guerreiros gregos) e a tartaruga. Mesmo sendo um
rápido corredor Aquiles não poderá jamais numa corrida ultrapassar uma lenta tartaruga que está
correndo à sua frente, pois ao se aproximar da tartaruga esta já percorreu um certo espaço,
quando Aquiles percorre esse espaço, a tartaruga percorreu outro espaço menor, quando Aquiles
percorre essa segunda distância, a tartaruga já andou um percurso menor ainda e assim
sucessivamente em movimentos infinitos e cada vez menores.

Conclusão de Zenão: Aquiles pode se aproximar cada vez mais da tartaruga, mas
não a ultrapassa jamais. Um argumento similar a esse é o da dicotomia (divisão por dois):
Quando existe um movimento de um corpo de um ponto A em direção a um ponto B, antes de o
corpo atingir B ele deve percorrer metade do caminho entre A e B, depois deve chegar até a
metade da metade do caminho de A a B e assim o corpo segue numa divisão infinita entre as
duas distâncias sem nunca chegar ao ponto B como ilustrado abaixo.

A--------------------A1----------A2-----A3-----B
Este paradoxo exposto por Zenão se baseia sobre o conceito de divisão infinita do
espaço, segundo essa divisão podemos decompor o espaço em um número infinito de pontos.
Ele igualava o espaço real e físico ao espaço abstraído pela nossa mente. O filósofo não fazia
distinção entre esses dois planos. Para ele o plano ideal do nosso pensamento era diretamente
relacionado à realidade, criando assim uma relação confusa entre o espaço físico e o espaço
geométrico. A visão virtual da geometria é diretamente relacionada com a matéria física, criando
assim os paradoxos.

Assim, o paradoxo gera estranhamento no receptor da mensagem.

Outros exemplos de paradoxo:

• Estamos vivendo uma guerra pacífica.

• O prazer é doloroso para aqueles que amam.

• Estou cansado de ouvir essas verdades mentirosas.

• A sua sinceridade falsa enganava muita gente.

• Não me esquecerei do ódio amoroso que ele sentia por mim.

• Ela demonstrava sua humildade arrogante em palavras de suposta sabedoria.

• A covardia do herói nunca mais foi esquecida.

• A confiança dos céticos é inabalável.

• O som do silêncio, para algumas pessoas, é perturbador.

• Ela acreditava na vida após a morte.

Nas imagens seguintes podemos identificar os paradoxos, com clareza.


ATIVIDADE AVALIATIVA

01) Podemos afirmar que na filosofia o termo proposições é


a) ( ) Um cálculo matemático qualquer
b) ( ) Uma sentença
c) ( ) um enunciado unicamente verdadeiro
d) ( ) É um termo que possui enunciados que podem ser falsos ou verdadeiros

02) Assinale a alternativa que tenha um enunciado que seja proposição verdadeira
a) ( ) Bom Dia
b) ( ) Boa Noite
c) ( ) O sol é o maior astro da Via Láctea
d) ( ) Nenhuma das alternativas

03) Com relação à classificação as proposições podem ser


a) ( ) Simples somente
b) ( ) Simples e compostas
c) ( ) Compostas somente
d) ( ) Todas estão corretas

04) Identifique a alternativa que tenha uma proposição lógica composta


a) ( ) Carlos é eletricista e Paulo é pedreiro
b) ( ) Paulo é pedreiro de mão cheia
c) ( ) Lula já foi presidente do Brasil
d) ( ) Nenhuma das alternativas

05) Tendo como base o texto, escreva duas proposições, uma simples e outra composta. Pode retirar do próprio
texto se quiser

Proposição simples _______________________________________________________________

Proposição composta ___________________________________________________________________

06) Pode-se considerar como paradoxo falsídico, aquele que:

a) É chamado de premissas maiores e premissas menores.


b) É chamado paradoxo da predestinação.
c) É aquele que, com base em um raciocínio falso, leva a resultados incorretos
d) É aquele que depende da relação entre causa e consequência .

07) O paradoxo do hotel de Hilbert pode ser considerado como:

a) Paradoxo Condicional.
b) Paradoxo Verídico.
c) Paradoxo Falsídico.
d) Paradoxo do Mentiroso.

08) O termo paradoxo (paradoxum) apresenta o significado de:


a) Opinião contrária.
b) Opinião semelhante.
c) Opinião idêntica.
d) Opinião aproximada sobre os enunciados.

09) O paradoxo pode apresentar uma expressão absurda e aparentemente sem nexo, mas:

a) Expõe apenas uma ideia próxima da realidade


b) Não é fundamentado na contradição lógica das ideias
c) Serve para fundamentar conceitos que não entendemos.
d) Expõe uma ideia coerente e fundamentada na verdade.

10) Marque a alternativa incorreta em relação ao texto.

a) Os paradoxos mais famosos de Zenão de Eleia são os que buscam demonstrar a


existência do movimento
b) A tese contestada por Zenão é a tese dos Pitagóricos que acreditam na multiplicidade
do ser em relação ao seu número.
c) Dos paradoxos, ou aporias (estradas sem saída), criadas por Zenão o mais famoso é o
de Aquiles
d) A visão virtual da geometria é diretamente relacionada com a matéria física, criando
assim os paradoxos.

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