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Novena Permanente

Santo Antonio de Pádua e Lisboa


Todo dia 13 do mês

JANEIRO DE 2023
Oração Inicial
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo. Amém!

Se milagres desejais
Contra os males e o demônio
Recorrei a Santo Antônio
E não falhareis jamais
Pela sua intercessão
foge a peste o erro a morte
Quem é fraco fica forte
mesmo o enfermo fica são
Rompem-se as mais vis
prisões
recupera-se o perdido
Cede o mar embravecido
no maior dos furacões
Penas mil e humanos ais
se moderam, se retiram
Isto digam os que o viram,
os paduanos e outros mais.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.


Como era no princípio, agora e sempre, amém.
Breve história de Santo Antônio
Batizado como Fernando, Santo Antônio nasceu em Lisboa,
no ano 1195. Era filho de um cavaleiro do rei de Portugal,
Martim Afonso Bulhão, que teria ajudado Afonso I a
expulsar os muçulmanos de Lisboa, em 1147, e sua mãe se
chamava Maria. Recebeu sua primeira formação intelectual
dos cônegos da catedral de Lisboa. Com aproximadamente
quinze anos, ingressou no convento agostiniano de São
Vicente, nas imediações de Lisboa, ali vivendo por
aproximadamente dois anos. Em seguida, foi morar na
comunidade dos cônegos agostinianos de Coimbra, então
capital do reino de Portugal, sendo ordenado sacerdote aos
25 anos de idade. Com os agostinianos, teve uma formação
de excelência em teologia e filosofia patrística, sobretudo
no pensamento de Santo Agostinho.
Com os agostinianos, teve uma formação de excelência em
teologia e filosofia patrística, sobretudo no pensamento de
Santo Agostinho. Em 1219, conheceu os franciscanos que
estavam a caminho da África, enviados pelo próprio
Francisco de Assis a evangelizar os mouros. Os frades
italianos tiveram de parar em Coimbra, recebendo da rainha
Urraca hospedagem na ermida de Santo Antônio de
Olivares.
Segundo a tradição, é provável que Fernando fosse
responsável pela hospedaria do mosteiro agostiniano de
Santa Cruz, motivo pelo qual teria tido contato com os freis
mendicantes, que costumavam bater às portas dos
conventos em busca de alguma esmola ou comida. Esse
primeiro encontro com os franciscanos despertou nele uma
inquietação pela vida de pobreza e total dedicação ao
anúncio do Evangelho e à prática de amor ao próximo.
(Santo Antônio de Pádua. Sermões do Domingo de Septuagésima a
Pentecostes. Vol 1. Ed. Paulus)
Contexto Histórico dos
Sermões de Santo Antônio
Santo Antônio redigiu seus Sermões, basicamente, nos
últimos dez anos de sua vida, marcados, sobretudo, por
uma intensa atividade missionária e apostólica; assim como
outros pensadores e religiosos medievais, ele foi um
pregador itinerante, percorrendo cidades como Messina,
Assis, Bolonha, Forlívio, Montpellier, Toulouse, Le-Puy,
Bourges, Arles, Vercelli, Roma, Pádua, Camposampiero e
Arcella, onde faleceu.[17] Segundo Francisco da Gama
Caeiro, que redigiu a biografia intelectual de Antônio, os
Sermões foram escritos nos últimos quatro ou cinco anos
de sua vida.
(Devocionário de Santo Antônio. Ed. Canção Nova, SP, 2007)

Meditação I: Sermão de Santo Antônio


“Um cego estava sentado à beira do caminho e gritava: ‘Filho de
Davi, tem piedade de mim’ (Lc 18,35.38). Assim lemos em 1Sm
(10,1): “Samuel tomou um pequeno frasco de óleo e derramou-o
sobre a cabeça de Saul”. Samuel, interpretado, quer dizer
“pedido”, indicando o pregador, que foi pedido nas orações da
Igreja, que foi pedido por Jesus Cristo, que diz no Evangelho:
“Rogai ao Senhor da messe que envie operários à sua messe”
(Mt 9,38). Nesse ponto, devemos tomar o frasco de óleo, que é
um recipiente quadrado, ou seja, a doutrina dos Evangelhos, a
qual é chamada de quadrangular, por causa dos quatro
Evangelhos. E desse frasco devemos derramar o óleo da
pregação sobre a cabeça de Saul, isto é, sobre a mente do
pecador. De fato, Saul é interpretado
“aquele que abusa”, e indica com certeza o pecador, que
despreza o dom da graça e da natureza. E notemos que o
óleo unge e ilumina. Da mesma forma, a pregação unge e
prepara para o tratamento a pele (cf. Dn 13,52) envelhecida
do pecador, isto é, sua consciência nos dias maus,
endurecida pelos pecados. Ou ela unge e envia para a luta o
atleta de Cristo, contra as potestades do ar, que devem ser
repelidas. Por isso se diz, no Primeiro Livro dos Reis (1,45),
que Sadoc ungiu Salomão em Gion. Sadoc, traduzido, quer
dizer “justo”, e significa pregador, que, enquanto sacerdote,
oferece o sacrifício de justiça no altar da Paixão do Senhor.
Sadoc ungiu Salomão, que traduzido significa “pacífico”, em
Gion, que por sua vez significa “luta”. Assim o pregador deve
ungir o pecador convertido com o óleo da pregação, para a
luta, para que não consinta com as sugestões do diabo,
esmague a carne aduladora e despreze o mundo enganador.
O óleo ilumina, porque a pregação ilumina o olho da razão,
para que possa ver o raio do verdadeiro sol. Portanto, em
nome de Jesus Cristo, tomarei o frasco desse santo
Evangelho, e dele derramarei o óleo da pregação, para que
sejam iluminados os olhos desse cego, a respeito do qual se
diz: “Estava um cego assentado” etc.
(Santo Antônio de Pádua.
Sermões do Domingo de Septuagésima a Pentecostes. Vol 1. Ed. Paulus.
Sermão aos pregadores. Tema: Um cego assentava-se ao lado do caminho)
Milagres em vida:
Santo Antônio Prega aos Peixes
Conta a história que quando pregava aos hereges em Rimini,
estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem
desanimar, Santo Antônio foi até à beira da água, onde o rio
conflui com o mar, e chamou os peixes para escutá-lo, já que
os homens não queriam ouvi-lo. Deu-se então o milagre:
multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora da
água, em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão
impressionados que logo se converteram. Este milagre
encontra-se citado por diversos autores, tendo sido
mesmo objeto de um sermão do Pe. Antônio Vieira, que é
considerado uma das obras-primas da literatura
portuguesa.

(Devocionário de Santo Antônio. Ed. Canção Nova, SP, 2007)


Meditação II: Momento de Deserto

1. O que a vida de Santo Antônio tem a me ensinar?

2. Quais são as cegueiras da minha alma?

3. Sendo eu o pregador, o que este sermão fala ao meu


coração no dia de hoje?

4. Sendo eu o pecador, o que este sermão fala ao meu


coração no dia de hoje?
Oração Final

Glorioso Santo Antônio, pai dos pobres e consolador


dos aflitos, que com tanta solicitude viestes em meu
auxílio e assim me consolastes; eis-me a vossos pés
para vos trazer o meu agradecimento. Aceitai-o
junto com a promessa, que vos renovo, de viver
sempre no amor de Jesus e do próximo. Continuai a
me conceder vossa proteção e obtende-me a graça
final de poder entrar um dia no céu para cantar
convosco as divinas misericórdias. Assim seja.

Comunidade católica Novo Ardor

www.novoardor.com.br

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