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WEB E DIGITAL
COLETÂNEA DE TEXTOS
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
Acessibilidade Web e Digital . Coletânea de Textos
AUTOR
Carina Rodrigues
Cláudio Esperança
Manuela Francisco
Norberto Sousa
Sandro Costa
EDIÇÃO
Politécnico de Leiria
www.ipleiria.pt
ORGANIZAÇÃO
Unidade de Ensino a Distância
COORDENAÇÃO
Isabel Pereira
IDENTIDADE GRÁFICA
Joana Mineiro
DATA
1.ª Edição Fevereiro 2021
TIPO DE SUPORTE
Eletrónico
O W3C... Tim Berners-Lee cria, em 1994, o World Wide Web Consortium (W3C), com o
objetivo de assegurar a compatibilidade e definir protocolos entre as empresas do setor
informático. Em 1999 este consórcio apresenta um conjunto de diretrizes de
acessibilidade para conteúdo web (WCAG 1.0) que vão sendo adotadas, sem carácter
obrigatório, por vários países. Esta diretrizes vão sendo revistas e em 2008 é
apresentada a versão WCAG 2.0. Em 2018 é feita nova revisão e são publicadas, a 5 de
junho, as WCAG 2.1 que acrescentam à versão anterior 17 critérios de sucesso
relacionados com a acessibilidade móvel e dificuldades sentidas em particular por
pessoas com baixa visão e pessoas com deficiências cognitivas ou de aprendizagem.
A Norma ISO/IEC 40500:2012... Em 2012 as diretrizes WCAG 2.0 são aprovadas pela
International Organization for Standardization (ISO) e pela International Electrotechnical
Commission (IEC).
A RCM Nº 91/2012... Em 2011 o governo português vai mais longe com a Lei n.º
36/2011, de 21 de Junho, que estabelece a adoção de normas abertas nos sistemas
informáticos do Estado, e em 2012, a RCM nº 91/2012, de 8 de novembro, aprova o
Regulamento Nacional de Interoperabilidade Digital, elaborado pela Agência de
Modernização Administrativa, I.P. Este regulamento, atualizado em 2018 através da RCM
nº2/2018, define as especificações técnicas e formatos digitais a adotar pela
Administração Pública.
EM SÍNTESE
Atualmente, de acordo com a EN 301 549 e com o Decreto-Lei n.º 83/2018 (que engloba
a Diretiva EU 2016/2012, a Lei nº 36/2011 e a RCM nº 2/2018) os organismos do setor
público (com exceção das empresas de radiodifusão públicas), estão obrigados a cumprir
o nível “AA” das WCAG para os serviços e nível "A" para a informação e conteúdos
disponibilizados na Internet, devendo os dispositivos e as aplicações móveis garantir os
requisitos de acessibilidade para o acesso à informação ou serviços. Também os ficheiros
disponibilizados devem ser em formato aberto ou PDF.
Para que se compreenda o âmbito das várias diretrizes, propostas pelo W3C, e em
particular as WCAG convém ter presente:
EM SÍNTESE
Os sites e ferramentas web, que são projetadas para pessoas com uma ampla gama de
habilidades, beneficiam a todos, inclusive as pessoas sem deficiência. Portanto, é
importante considerar a ampla diversidade de necessidades funcionais, ao invés de
categorizar as pessoas de acordo com as classificações médicas. Assim, podemos
EM SÍNTESE
Podemos pensar que o Design Universal teve as suas premissas na revolução industrial
por William Maurice com a ideia de servir o maior número de pessoas. No entanto, o
termo associado à inclusão surgiu pela primeira vez após a II Guerra Mundial, nos anos
60, com a exposição “A barrier - Free Design” através do arquiteto Ronald Mace do
Centro para o Design Universal na North Caroline State University (EUA). Este conceito
aplicado inicialmente à arquitetura, foi sendo adotado por outras áreas do design como o
mobiliário, equipamento e produto, até chegar a todas as áreas que envolvem ambientes
e produtos de consumo incluindo as telecomunicações, tecnologia e eletrónica.
Assim, de acordo com o Center for Universal Design (North Caroline State University,
EUA), o objetivo do design universal é simplificar a vida de todos, tornando produtos,
comunicações e os ambientes edificados mais usáveis e pelo maior número possível de
pessoas sem que isso implique custos extra, beneficiando pessoas de todas as idades e
habilidades.
Para tal, foram definidos 7 princípios que devem ser seguidos para que se cumpra com
este objetivo:
6: Baixo esforço físico - o design pode ser usado eficiente e confortavelmente e com
um mínimo de fadiga.
[Vejamos:]
1: Percetível - toda a informação e interface deve ser legível e percebida por todos.
EM SÍNTESE
Obs: Nas WCAG 2.1, são propostas mais 1 diretriz e 17 critérios de sucesso.
As diretrizes podem ser entendidas como os pontos fundamentais que compõem cada
princípio.
As técnicas indicam o quê e como fazer, sendo do tipo suficiente (para que se atinja
determinado nível de conformidade) e do tipo aconselhado (o que se pode fazer para ir
mais longe e antecipar o surgimento de barreiras).
o nível intermédio (AA) que não garantindo a acessibilidade total, permite a mais
utilizadores interagirem e acederem aos conteúdos;
e o nível máximo (AAA) que garante uma plena acessibilidade a todos os conteúdos, a
todas as tecnologias do momento e a quase todos os perfis de utilizadores.
Para que uma página web esteja em conformidade com um dos 3 níveis, é fundamental
que todos os critérios de sucesso desse nível sejam atingidos (caso se apliquem ao
conteúdo e interação da página).
OBSERVAÇÃO:
Nas WCAG 2.1, dos 17 novos critérios de sucesso: 5 são do nível de conformidade A, 7
do nível AA e 5 do nível AAA
1.5.3. OS PRINCÍPIOS
Apesar de já conhecermos os 4 princípios das WCAG 2.0 vamos revê-los.
1.5.4. AS DIRETRIZES
Para o Princípio 1 (Percetível) temos 4 diretrizes:
1.1 Alternativas em Texto (Fornecer alternativas em texto para qualquer conteúdo não
textual permitindo, assim, que o mesmo possa ser alterado noutras formas mais
adequadas à necessidade da pessoa, tais como impressão em caracteres ampliados,
braille, fala, símbolos ou linguagem mais simples).
1.3 Adaptável (Criar conteúdos que possam ser apresentados de diferentes maneiras
sem perder informação ou estrutura).
2.1 Acessível por Teclado (Fazer com que toda a funcionalidade fique disponível a partir
do teclado).
2.2 Tempo Suficiente (Fornecer tempo suficiente aos utilizadores para lerem e utilizarem
o conteúdo).
2.3 Ataques Epiléticos (Não criar conteúdo de uma forma conhecida por causar ataques
epiléticos).
3.2 Previsível (Fazer com que as páginas Web surjam e funcionem de forma previsível).
Assim, para cada princípio é apresentada 1 tabela com a coluna das diretrizes que dizem
respeito a esse princípio, uma coluna com os respetivos critérios de sucesso e uma
coluna com o nível de conformidade. Estas tabelas incluem a nova diretriz e os 17 novos
critérios de sucesso das WCAG 2.1, identificados com *.
Nível de
Diretriz Critério de sucesso
conformidade
1.1 Alternativas em
1.1.1 Conteúdo Não Textual A
Texto
1.2.1 Conteúdo só de áudio e só de vídeo (pré-gravado) A
1.2.2 Legendas (pré-gravadas) A
1.2.3 Audiodescrição ou Alternativa em Multimédia (pré-
A
gravada)
1.2.4 Legendas (em direto) AA
1.2 Média Dinâmica ou
Contínua 1.2.5 Audiodescrição (pré-gravada) AA
1.2.6 Língua Gestual (pré-gravada) AAA
1.2.7 Audiodescrição Alargada (pré-gravada) AAA
1.2.8 Alternativa em Multimédia (pré-gravada) AAA
1.2.9 Só áudio (em direto) AAA
Nível de
Diretriz Critério de sucesso
conformidade
2.1.1 Teclado A
2.1.2 Sem Bloqueio do Teclado A
2.1 Acessível por Teclado
2.1.3 Teclado (Sem Exceção) AAA
* 2.1.4 Caracteres das teclas de atalho A
2.2.1 Tempo Ajustável A
2.2.2 Colocar em Pausa, Parar, Ocultar A
2.2.3 Sem Temporização AAA
2.2 Tempo Suficiente
2.2.4 Interrupções AAA
2.2.5 Nova autenticação AAA
*2.2.6 Tempos limite AAA
2.3.1 Três Flashes ou Abaixo do Limite A
2.3 Convulsões 2.3.2 Três Flashes AAA
* 2.3.3 Animação das interações AAA
Nível de
Diretriz Critério de sucesso
conformidade
3.1.1 Idioma da Página A
3.1.2 Idioma de Partes AA
3.1.3 Palavras Invulgares AAA
3.1 Legível
3.1.4 Abreviaturas AAA
3.1.5 Nível de Leitura AAA
3.1.6 Pronunciação AAA
3.2.1 Ao receber o Foco A
3.2.2 Ao entrar num campo de edição A
3.2 Previsível 3.2.3 Consistência de Navegação AA
3.2.4 Consistência de Identificação AA
3.2.5 Alteração a Pedido AAA
3.3.1 Identificação de erros A
3.3.2 Etiquetas ou Instruções A
Nível de
Diretriz Critério de sucesso
conformidade
SÍNTESE
A atualização semântica, trazida pela versão 5 das especificações do HTML, muito veio
ajudar à questão da construção de interfaces acessíveis. O HTML 5 mantinha a
retrocompatibilidade, simplificando as estruturas de metadados e introduzindo novos
elementos semânticos como o <section>, o <article> ou o <nav> para descrever
componentes comuns.
• Use as tags de título (h1 – h6) sempre que possível para criar uma
navegação uniforme e consistente. Evite saltar entre níveis, isto é, respeite a
ordem hierárquica dos cabeçalhos, para não confundir os leitores de ecrã e os
utilizadores.
• Use a tag alt para uma descrição sumária de imagens; se as imagens não são
meramente decorativas, coloque nesta tag o equivalente textual.
• Escolha as cores com cuidado; utilize ferramentas como o colorsafe para verificar
se o contraste entre cor de texto e fundo é o melhor, e teste os seus esquemas de
cores com o funkify para garantir que a informação é percetível (por exemplo a
pessoas com daltonismo).
Em 2009, o Decreto-Lei n.º 93/2009, de 16 de abril, vem alterar esta terminologia assim
como o sistema de atribuição de produtos de apoio (SAPA). Assim, o termo "Ajudas
Técnicas" é substituído por "Produtos de Apoio" e é definido como "qualquer produto,
instrumento, equipamento ou sistema técnico usado por uma pessoa com deficiência,
especialmente produzido ou disponível que previne, compensa, atenua ou neutraliza a
limitação funcional ou de participação" (Artº 4). Apesar desta alteração, o termo
Tecnologias de Apoio continua a ser utilizado, sendo por isso aceitáveis ambas as
terminologias.
O INR1 disponibiliza um catálogo de produtos de apoio, que pode ser consultado online.
SÍNTESE
SÍNTESE
W3Schools https://www.w3schools.com/
Para cada função, são dadas indicações relativas aos atributos HTML a utilizar e à
informação textual que deverá acompanhar a imagem. Estas indicações aplicam-se
também a documentos digitais que, apesar de não apresentarem os mesmos atributos
HTML, apresentam campos e funcionalidades semelhantes, dependendo de cada
software.
3.2. LEGENDA
O que é e para que serve
A legenda é, geralmente, composta por uma frase curta que transmite o sentido da
imagem no contexto onde é inserida. Como tal, o seu papel é fornecer informação que
relacione o conteúdo da imagem ao tema abordado no documento ou parágrafo escrito,
ou seja, a legenda funcionará como “ponte” ou elo entre o objeto pictórico e o conjunto
verbal escrito.
Onde é afixada
Quando a imagem é combinada com o texto verbal (conteúdos bimodais), deverá ser
utilizada uma legenda que poderá estar afixada antes ou depois da imagem.
3.3. TÍTULO
O que é e para que serve
O título é constituído por uma ou duas palavras que indicam o tema principal da imagem.
A sua função é fornecer informação textual orientadora e que, na web, fica visível
quando o cursor do rato passa sobre a imagem, não sendo lido pela maioria dos leitores
de ecrã.
Onde é afixada
O texto colocado no campo título poderá ser ou não visível (depende das configurações
definidas nos navegadores). Quando está visível o texto surge sobre a imagem.
Onde é afixada
A função do texto alternativo, afixado no atributo HTML (em contexto web) ou no campo
Descrição em programas como o MS Word ou LO Writer, é fornecer informação textual
ao leitor de ecrã.
No entanto, numa página web, o texto alternativo é colocado no lugar da imagem, caso
esta tenha sido removida ou não seja mostrada por incompatibilidade tecnológica. Em
ficheiros PDF o texto alternativo é mostrado quando o cursor do rato passa sobre a
imagem.
Assim, o texto alternativo deve variar de acordo com o objetivo de utilização da imagem
(contextual ou informativa, funcional, decorativa ou estética, ou ainda imagens de mapas
e de fundo), considerando que, no caso de imagens decorativas ou de fundo, deve ser
fornecido um texto alternativo nulo (sem texto) e no caso de imagens complexas o texto
alternativo deverá dar apenas a indicação do que é abordado na imagem devendo a
descrição pormenorizada ser colocada em atributo próprio ou como informação adicional
(podendo ficar visível a todos ou apenas a leitores de ecrã).
TOME NOTA!
O texto alternativo não deverá exceder os 150 caracteres, sendo o ideal 80 caracteres
(incluindo espaços).
Onde é afixada
A descrição longa geralmente é fornecida à parte. Pode ser colocada numa nova página
HTML e o URL dessa página é afixado no atributo HTML <longdesc>. Outra hipótese, é
colocar no elemento HTML <figure>, como parágrafo, posicionado numa zona não
visível ou criar um grupo em HTML e colocar o URI no atributo <longdesc>. Nestas
situações apenas os leitores de ecrã têm acesso à descrição longa.
Como consideramos importante que todos tenham acesso à descrição longa, uma vez
que é sempre a leitura de quem descreve, sugerimos a sua colocação visível a
todos, através de formatação de destaque, ou no elemento HTML <div> ou no elemento
<figcaption>. Existe também a possibilidade de descrever a imagem no corpo de texto
e no contexto onde a imagem foi colocada. Pode ainda ser colocado, adjacente à
imagem, a letra "D" e associar a esta letra a hiperligação para uma página web com a
respetiva descrição longa.
Algumas ferramentas que permitem criar e alojar páginas de texto simples, ou seja,
descrições longas: GitHub, WriteURL
TOME NOTA!
Como a descrição longa, por norma, não fica disponível para todos - apenas a leitores de
ecrã - não deve conter informação não visível na imagem (interpretações, intenções,
significados secundários, contextualizações, etc.) que podem ser úteis a todas as
pessoas.
(Descrição longa) A primeira figura tem escrito Igualdade. Apresenta uma árvore com
frutos e 3 pessoas de tamanhos diferentes, cada uma em cima de uma caixa. As caixas
são todas iguais em tamanho e posição. A pessoa mais alta acede aos frutos sem
dificuldade, a pessoa de tamanho médio acede apenas aos frutos que se encontram nos
ramos mais baixos e a pessoa mais pequena não consegue aceder a nenhum fruto. A
segunda figura tem escrito Equidade. Apresenta o mesmo cenário com a diferença no
número e tamanho das caixas sobre as quais estão as pessoas. A pessoa mais alta está
com os pés no chão, a pessoa de tamanho médio está sobre uma caixa e a pessoa mais
pequena está sobre 2 caixas. Todos acedem aos frutos dos ramos mais baixos.
TOME NOTA!
Cada campo de texto ou atributo HTML deve ter um texto único. A informação
colocada na legenda ou no título não deverá ser repetida no texto alternativo, assim
como a descrição longa não deve repetir o texto alternativo.
Thompson, T. (2014, junho 30). Converting Word to PDF or HTML: Options for
Accessibility. Terril Thompson [Blog]. http://terrillthompson.com/blog/517
W3C. (2017, outubro 3). HTML5: Techniques for providing useful text alternatives. In S.
Faulkner (Ed.). World Wide Web Consortium [Website].
https://www.w3.org/TR/html51/semantics.html#alt
WebAIM (2013, agosto 29). Alternative text. Web Accessibility in Mind [Website].
http://webaim.org/techniques/alttext/
Em termos do conteúdo, quer dos documentos, quer das páginas web, devem ser
garantidos 3 fatores estruturais:
Espaçamento - Entre linhas: 1,5; Entre parágrafos: mínimo 1,5 vezes maior do que o
espaçamento entre linhas. Porque as linhas próximas umas das outras dificultam a
leitura.
Estilos - utilize sempre um estilo Cabeçalho (ou Título nas versões mais recentes do MS
Word) para os títulos e subtítulos. Porque a utilização de estilos (Cabeçalho 1,
Cabeçalho 2, ...), ajuda a compreender a estrutura do conteúdo e facilita a navegação.
Fundo simples - Não utilize marcas de água ou imagens de fundo. Porque os fundos
com elementos gráficos ou marcas de água dificultam a leitura e podem alterar o sentido
do texto.
Idioma - deve estar identificado o idioma geral de verificação e o idioma específico (se
existir). Porque a definição do idioma permite a pronunciação no respetivo idioma pelos
leitores de ecrã.
Listas - sempre que tiver uma lista de itens utilize a funcionalidade “Marcas” ou
“Bullets”. Caso não pretenda ter este grafismo visual, dê um enter entre os itens.
Porque este automatismo é lido pelos leitores de ecrã e ajuda a compreender onde
começa e acaba a lista.
Quebra de página - insira sempre uma quebra de página (deixando uma linha em
branco) quando pretende iniciar um capitulo ou uma nova secção no documento.
Porque desta forma os leitores de ecrã posicionam-se na página seguinte. Se utilizar
vários Enter até se posicionar na página seguinte serão lidos vários espaços em branco
que poderão ser interpretados como não existindo mais informação.
Hipertexto e hiperligações - com termos claros e únicos. Não utilize “clique aqui”, nem
coloque na mesma página termos com o mesmo nome (“seguinte”, “ok”, “cancelar”).
Porque a clareza e singularidade do texto de uma hiperligação facilita a sua
identificação. Os leitores de ecrã facultam teclas de atalho para listar e saltar
diretamente para as hiperligações existentes no conteúdo.
ATENÇÃO!
Libre Office (s/d). How to Create Accessible LibreOffice files. [Website] (Documentação
não disponível em português)
Se for um vídeo falado, o texto deve ser escrito previamente. Se este texto for seguido,
poderá ser usado para as legendas.
5.2. LEGENDAS
Em contexto de vídeo, cinema, TV ou multimédia, as legendas são a versão textual do
discurso oral, portanto, do que é falado, e a legendagem é a tradução audiovisual,
podendo conter, além do texto falado, informação relativa a outros aspetos sonoros,
como por exemplo, o bater de portas, passos, buzinas, etc. ou a elementos visuais
importantes, como por exemplo expressões faciais.
Em inglês, e para efeitos de acessibilidade, existe uma clara distinção entre "subtitles" e
"captions":
5.3. TRANSCRIÇÕES
Texto Transcrito ou Transcrição
A transcrição refere-se à passagem das legendas que acompanham o vídeo, para formato
de texto, ou seja, as legendas são apresentadas sem o vídeo.
5.4. DESCRIÇÕES
As descrições apresentam um relato da componente visual do vídeo. Se o vídeo
apresentar elementos sonoros estes devem ser também referidos.
5.5. RECOMENDAÇÕES
Conhecidos os conceitos, vamos ver algumas recomendações e a forma como são
apresentadas (afixação) no vídeo e no contexto onde o vídeo é inserido.
5.5.2. DESCRIÇÃO
A descrição deve apresentar frases curtas relativas a elementos visuais importantes e
que não são referidos do discurso oral. Deve ser o mais objetiva possível, devendo o
descritor evitar interpretações que não são visualmente percetíveis. Exemplos de
elementos visuais que, de acordo com o contexto do vídeo e do discurso falado (caso
exista), podem ser relevantes para a compreensão do vídeo:
TOME NOTA!
Para que um vídeo seja acessível ao maior número de utilizadores, devem ser
apresentadas todas as soluções - legendas e respetiva transcrição, descrição
textual ou audiodescriçao, interpretação para Língua Gestual - cabendo aos
utilizadores escolher A ou AS opções que melhor se adaptam às suas necessidades.
Atualmente o YouTube garante essa interação, uma vez que o player, desenvolvido em
HTML 5, permite que os utilizadores de leitor de ecrã (ou os que navegam apenas por
teclado), na sua maioria, acedam às legendas que estão a ser visualizadas sobre a
imagem (desde que tenham sido criadas no YouTube) assim como às restantes
funcionalidades.
O YouTube disponibiliza ainda uma página com informação de apoio aos utilizadores de
leitor de ecrã, com indicações relativas a teclas que permitem controlar as
funcionalidades do player - Use YouTube with a screen reader
5.7. EXEMPLOS
Descrição do vídeo
Descrição do vídeo
Transcrição do áudio
Neves, J. (2007). Guia de Legendagem para Surdos "Vozes que se vêem". Leiria:
Instituto Politécnico de Leiria e Universidade de Aveiro.