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🤯 O mundo digital pode ser um tanto assustador

quando olhamos para os infinitos termos e definições


que surgem a todo momento.

Neste módulo, vamos nos aprofundar nos


fundamentos do que é o DIGITAL.
Digital podem ser dados, tecnologias e novas formas de trabalho que surgem
para maximizar o valor percebido de um negócio, produto ou serviço.
No workplace, criamos
um artigo introdutório
para explicar alguns
dos termos que
compõem o Digital,
dá uma olhada
na íntegra. ;)
Ao longo da história da humanidade, muitas inovações
permitiram que a sociedade atingisse o nível de avanço
que atualmente experimentamos em nossas vidas diárias.
Isso decorre da combinação de ciência e tecnologia.

A seguir está um breve histórico do desenvolvimento


constante da tecnologia por meio do uso de tecnologias
fundamentais para permitir a inovação.
Por exemplo, a grande revolução industrial mudou Nos últimos 10 anos entra em cena a indústria
a forma de fabricação que resultou no sistema fabril. digital (ou indústria 4.0 apelidada pelos alemães)
O mesmo vale para a invenção do telefone que expandiu que é a aplicação de diversas tecnologias digitais
as fronteiras da tecnologia de comunicação de massa para aumentar produtividade, transformar a
e finalmente permitiu a criação da internet. experiência dos clientes e gerar novos modelos
de negócio (como serviços a partir de dados)
A internet enquanto tecnologia de uso geral na indústria.
(general purpose technology) se tornou esse incrível
facilitador de inovação digital dentro das chamadas
TICs (tecnologias de informação e comunicação)
e há 30 anos vem possibilitando mudanças
substanciais nas formas de produzir, consumir,
trabalhar, aprender e viver na sociedade.
A Web 2.0 é chamada de economia de leitura e
gravação, web social e plataforma. A Web 2.0 facilita
as interações entre usuários e sites e/ou plataformas
que permitem a comunicação com outros usuários.
Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0 são marcos significativos
As redes sociais foram o seu principal fenômeno.
na evolução da internet. Exploraremos quais foram
essas mudanças e como elas influenciarão o futuro.
Os usuários podem produzir conteúdo que pode ser
amplamente distribuído. O Facebook é um excelente
exemplo disso, com os usuários postando seu próprio
conteúdo, que é compartilhado na plataforma e
A Web 1.0 é o primeiro estágio da evolução da World
disponível para outros usuários interagirem
Wide Web. A Web 1.0 é conhecida como a Web estática
somente leitura e reflete a economia da informação.
O papel do usuário limitava-se à leitura das informações
fornecidas pelos produtores de conteúdo, portanto apenas
consumiam o conteúdo sem poder comunicar de volta.
Conhecida como a economia de leitura-gravação-confiança, Na Web 3.0 os computadores podem interpretar
verificável e dos ativos digitais. Este é o futuro da web que já informações como humanos por meio de inteligência
está crescendo de forma exponencial e na essência se baseia artificial e aprendizado de máquina.
nas comunidades, empoderando os usuários não só com
informações como acontecia na web1 e web2 mas sobretudo Já o blockchain que é um protocolo (que surgiu junto
habilitando que as pessoas sejam proprietárias de ativos com a criptomoeda blockchain) permite que os ativos
digitais. digitais sejam rastreados pelos próprios usuários
possibilitando as finanças descentralizadas (DeFi)
Para ter uma ideia um dos mantras da web3 é o WAGMI e os contratos inteligentes independente das
(we are all gonna make it) ou seja “todos nós vamos fazer instituições (ex: como bancos comerciais
acontecer”. Basta seguir o que marcas como Nike ou e banco central dos países ou cartórios).
Starbucks vem fazendo ao lançar produtos digitais
(utilizando a tecnologia NFT-Non Fungible Tokens).
A web3 está ainda configurando uma nova forma de organização
chamada DAO (organização descentralizada autônoma) e dando
origem à fenômenos como a DeSci (Ciência Descentralizada)
em que os cientistas desenvolvem e são remunerados
independente das instituições e a diversos
modelos de negócio de impacto.
O caso da Nike durante a Copa do Mundo de 2006 em
parceria com o Google é exemplar neste sentido. A Nike
construiu uma rede social, o Joga.com, que convidava as
pessoas a filmarem suas habilidades no futebol, fazer o
upload dos vídeos que mostravam seu talento e depois
Os clientes não precisam mais ser meros receptores deixar que a comunidade da rede comentasse, avaliasse
passivos de produtos e serviços oferecidos pelas e compartilhasse o conteúdo gerado pelo usuário.
empresas. Com o digital eles estão cada vez mais
informados, conectados, em rede e habilitados em
uma escala como nunca graças a mecanismos de
busca e plataformas de engajamento como o Google,
ao crescimento de comunidades e redes sociais
e à difusão do digital.

Os clientes aprenderam a usar essas novas


ferramentas para fazer suas opiniões e ideias serem
ouvidas e se envolver no processo de criação de valor.

Adaptado de Venkat Ramaswamy "Co-creating value through customers’ experiences: the Nike case"
Charlie Denson, presidente da marca Nike, diz que a
ele conta uma história que vai ressoar
reação do mercado a essas iniciativas ajudou a persuadir
com os espectadores de todo o mundo,
a empresa a traduzir o Joga.com em um esforço contínuo
ao mesmo tempo em que apresenta os
para desenvolver relacionamentos com os clientes, algo
produtos mais recentes da Nike.
que a empresa não conseguia fazer no passado.
Junto com o Footballverse a Nike
No passado, o produto era o ponto final da experiência
também lançou .Swoosh uma nova
do consumidor. Agora é o ponto de partida. Além disso,
plataforma baseada no metaverso
a Nike pode aproveitar a criatividade coletiva de sua base
e destinada a promover uma
de clientes, construindo uma relação como nunca antes.
“comunidade digital inclusiva”
para atletas e consumidores
da Nike.

O Nike FC lançou seu último anúncio para a Copa do


Mundo da FIFA 2022 no Catar intitulado “Footballverse”
apresentando alguns dos melhores jogadores de futebol
do mundo fazendo o que fazem de melhor em um universo
paralelo. Viajando pelo multiverso do futebol,
As plataformas digitais são serviços que propiciam
as interações entre dois ou mais conjuntos distintos
e interdependentes de usuários (empresas ou
indivíduos) que interagem por meio da internet.
De forma geral, elas integram os diversos serviços
disponíveis na internet, como e-commerce, mídias
sociais, mecanismos de busca, aplicativos, sistemas
de pagamento e economia colaborativa, entre outros.
Plataformas como Amazon, Spotify, Uber, Netflix
Este tipo de mercado tem potencial de alcançar o valor
são cada vez mais consideradas marcas inovadoras da
global de US$ 30,4 bilhões até 2030. A previsão de
sociedade e desenvolvimento de ecossistemas
crescimento é resultado de investimentos das
empreendedores.
organizações no mercado digital, a partir das
oportunidades observadas na última década e,
principalmente, durante a pandemia de Covid-19.
A estratégia adotada pelas plataformas digitais
é conhecida como “lock in” (trava) que significa
perpetuar as interações e transações dos clientes
de forma recorrente na plataforma oferecendo
experiências significativas e o máximo de valor
possível para que os clientes não saiam dela.

A estratégia de plataforma faz com que


os clientes tenham tantos serviços
associados à experiência (conveniência,
acesso, inteligência, entre outros
benefícios) gerado nas plataformas
que o custo de troca (mudança)
para a plataforma de outro
concorrente é muito alto.
Por isso o "lock in".
As plataformas operam:

1. Alavancando os efeitos da rede. Dessa 3. Fortalecendo a dinâmica de path


forma, quanto mais usuários dentro de uma dependency (trajetória de dependência)
única plataforma, esta torna-se valiosa ou seja uma vez que a plataforma começa
para todos e os concorrentes existentes a ganhar força, os custos para os usuários
e potenciais caem no esquecimento; de mudar para um plataforma alternativa
começam a aumentar.
2. A capacidade de extrair, acumular,
gerenciar e analisar dados. Portanto,
mais dados podem ser acessados e
transformados em conhecimento digital,
mais a empresa consegue cortar custos,
satisfazer clientes e melhorar seus
produtos em relação aos concorrentes.
A Amazon é um ótimo exemplo de como o acúmulo de
dados sobre bilhões de clientes (perfi, padrão e comportamento
dos clientes) e oportunidades de novos negócios no mercado
permitindo não só uma personalização de massa nos atendimentos
mas também uma inteligência que indica para a empresa
quais são os novos produtos e mercados a serem explorados.

Separamos uma palestra completa com o porta-voz


sobre o tema Economia de Plataforma, além do link
para o livro Platform Revolution.
Arquitetura de dados
Arquitetura de dados é o design das estruturas de
dados dentro da organização. Isso inclui
como os dados são gerados, armazenados,
compartilhados e integrados dentro
da organização.
Uma abordagem holística dos dados inclui os cinco
componentes a seguir: estratégia de dados, arquitetura
Gestão de dados
de dados, governança de dados, cultura de dados
Governança de dados são os mecanismos em
e ética de dados. Vamos ver?
vigor para gerenciar dados e garantir a qualidade.

Estratégia de dados Ética de dados


A estratégia de dados é a abordagem geral para A ética de dados é a política e os regulamentos
gerenciar dados dentro da organização, incluindo em vigor para garantir a aquisição,
as estruturas e o formato. Isso inclui ter um plano armazenamento e uso ético de dados,
para criar recursos de dados. especialmente dados confidenciais.
Cultura de dados
A cultura de dados é a mentalidade em
torno dos dados e como eles são usados
na organização. Em uma cultura orientada
a dados, os dados geralmente são usados
para conduzir a tomada de decisões de um
nível estratégico para um nível de processo.

Os dados no século 21 são como


o petróleo no século 18: um ativo valioso
imensamente inexplorado. Dados e
aprendem a extraí-los e utilizá-los,
haverá grandes recompensas.
Usado pela primeira vez no romance de ficção científica
de Neal Stephenson, Snow Crash, o 'metaverso' é...
bom, difícil de definir.

Você pode vê-lo referido como o mundo do espelho, a


nuvem AR, a internet espacial, a internet social, a internet
incorporada ou até mesmo o magicverse.

Há muito debate entre a comunidade de tecnologia


sobre o que o metaverso é e o que não é. A ideia básica
é que o metaverso será uma convergência de realidade
física, aumentada e virtual em um espaço
online compartilhado.
Como potencial sucessor da internet, imagina-se
que o metaverso será um lugar onde as pessoas se
encontram para socializar, participar de reuniões de
trabalho remotas, participar de eventos como shows,
conferências ou jogos e um avatar digital individual
que os represente.

No entanto, afirma-se que não será apenas um lugar


digital onde as pessoas apenas 'vão'. O metaverso estará
ao nosso redor no mundo físico com o uso de IoT, AR, VR
e tecnologia emergente. Pode haver, por exemplo, uma
replicação digital de tudo no mundo físico, de modo que,
quando você colocar um par de óculos AR, as lojas (locais
de trabalho, parques, qualquer coisa realmente) pelas
quais você passa em sua rua física possam ter
uma presença digital, por exemplo.
A Indústria digital
ou 4.0 é um conceito
que representa a automação
industrial e a integração
de diferentes tecnologias
como inteligência artificial,
robótica, internet das coisas
e computação em nuvem
com o objetivo de promover
a digitalização das atividades
industriais melhorando
os processos
e aumentando
a produtividade.
Hoje vivemos em um mundo digital, e a maioria de nossos
relacionamentos mudou para chats, mensageiros, mídias
sociais e muitas outras formas de comunicação online.

Não nos vemos, mas compartilhamos nossos dados;


não falamos uns com os outros, mas damos nossas
opiniões liberalmente.

Então, como esses princípios devem evoluir para


um mundo tão online e globalizado? E como seria
o processo de identificação desses princípios?
A exclusão comum de mulheres como cobaias em
muitas pesquisas médicas resulta na falta de dados
À medida que as tecnologias digitais se tornam relevantes sobre a saúde da mulher. A doença cardíaca,
cada vez mais incorporadas em nossas vidas, por exemplo, tem sido tradicionalmente considerada
a necessidade de um novo ethos de dados uma doença predominantemente masculina. Isso levou
compartilhados torna-se mais urgente. a doenças cardíacas diagnosticadas incorretamente
ou subdiagnosticadas em massa em mulheres.
Sem princípios compartilhados, corremos o risco
de exacerbar os vieses existentes que fazem
parte de nossos conjuntos de dados atuais. Um estudo das ferramentas de IA que as autoridades
usam para determinar a probabilidade de um criminoso
Vamos ver alguns exemplos a seguir… reincidir descobriu que os algoritmos produziram
resultados diferentes para pessoas negras e brancas
nas mesmas condições. Esse efeito discriminatório
resultou em fortes críticas e desconfiança
do policiamento preditivo.
A Amazon abandonou seu programa de contratação
de IA por causa de seu preconceito contra as mulheres.
O algoritmo começou a treinar nos currículos dos candidatos
a vagas de emprego nos dez anos anteriores. Como a maioria
dos candidatos eram homens, desenvolveu-se um viés para
preferir os homens e penalizou as características
associadas às mulheres.

Todos esses exemplos contribuem para a desconfiança ou


rejeição de novas soluções tecnológicas potencialmente benéficas.
Que princípios éticos podemos usar para lidar com as falhas nas
tecnologias que aumentam preconceitos, perfis e desigualdade?

Essa questão levou a um crescimento significativo no interesse


pela ética dos dados na última década. E é por isso que muitos
países estão desenvolvendo ou adotando princípios, padrões
ou diretrizes éticas. Veja nas figuras ao lado.
Leia os artigos completos em inglês sobre
o papel da ética no mundo digital.

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