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REDAÇÃO PUBLICITÁRIA DIGITAL
AULA 2

 
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Profª Ana Heck

CONVERSA INICIAL

Olá, nessa aula vamos falar sobre as características e usos da tecnologia, relacionando ao

universo publicitário. Para dar início, pensaremos sobre a evolução da publicidade on-line, desde o

primeiro banner até as possibilidades interativas disponíveis hoje. Depois vamos abordar o
desenvolvimento das possibilidades da web no decorrer da sua evolução até a era mobile e as mídias

digitais. Para concluir, falaremos sobre SEO e a captação, processamento, acumulação, visualização e
exploração de dados virtuais. Ficam aqui algumas questões para você refletir no decorrer dessa aula:

Como pensar aproveitar as possibilidades das novas mídias? Diferentes meios precisam de distintas

abordagens? E como os sistemas tecnológicos podem ser utilizados na mensuração de resultados e


geração de insights?

CONTEXTUALIZANDO

Na aula anterior, vimos como as NTICs modificaram de forma significativa o mundo nas últimas

décadas. Nesse movimento, autores indicam 3 momentos de transformações na web: 1.0, 2.0 e 3.0.

A web 1.0 é o primeiro momento da interação entre as pessoas e a rede mundial de


computadores, no início do uso comercial da internet. Naquela época, a tecnologia permitia pouca

interatividade: os sites, em grande parte, apresentavam estrutura estática e conteúdo apenas para

leitura.

A passagem à web 2.0 acontece ao final da década de 1990, com o aperfeiçoamento tecnológico

e popularização da rede, que produz uma verdadeira metamorfose no ambiente on-line. Novas
apropriações e aplicações por parte dos (as) usuários surgem: a criação de comunidades, as lógicas

de compartilhamento e colaboração etc. A web 2.0 tem como marca o desenvolvimento de serviços e

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produtos que se baseiam na ação colaborativa, com as pessoas produzindo, distribuindo e fazendo

circular conteúdos.

A constituição da web 3.0, também chamada de web semântica ou Inteligente, tem como motor

a formação de uma rede que, ao invés de se guiar por documentos, é caracterizada pelo acesso aos
dados. O aperfeiçoamento da chamada inteligência artificial e a mobilidade dos dispositivos fazem
parte da terceira geração web.

A partir desse contexto, vamos entender o impacto dessas transformações na publicidade. Tenha
em mente que o (a) consumidor (a) mudou de maneira radical, e se antes nossa tarefa era conquistá-

lo (a), o maior desafio agora é interagir e criar uma relação de confiança.

Ao longo dessa aula, pense nas melhores estratégias para atingir o (a) usuário (a) mídia

considerando o panorama exposto, buscando promover o engajamento pelas mensagens que você

escreve.

TEMA 1 – A PUBLICIDADE NOS MEIOS DIGITAIS

Está na hora de pensar nas transformações da publicidade em função do seu uso no contexto
do ciberespaço, sua evolução e formas de atuação na web. Os modelos de publicidade nos meios

digitais são reflexo do desenvolvimento da relação entre sociedade e NTICs e a cultura convergente
contemporânea. A comunicação mercadológica se adapta e readapta neste processo, procurando as
melhores formas para alcançar o público e comunicar de maneira eficaz.

A partir do início dos anos 1990, quando o acesso à rede mundial de computadores foi

permitido para fins comerciais, as empresas começaram a investir em peças de publicidade na web.

Os primeiros anúncios eram estáticos, baseados nos modelos da mídia impressa tradicional. Entre

o final daquela década e início dos anos 2000, com a expansão e popularização da internet, a

publicidade on-line foi construindo um mercado consistente e se ajustando às novidades (cada vez
mais rápidas) da rede.

Os grandes portais – no caso do Brasil, sites como Globo.com, UOL e Terra – tiveram papel de

destaque nesse processo, consolidando visibilidade na sociedade e contribuindo para o

estabelecimento de novos modelos de anúncio. Além disso, o surgimento do e-commerce também


foi um fator de fortalecimento da web.

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Nesse contexto, segundo Zeff e Aronson (2000), a publicidade na internet é motivada por
quatro principais possibilidades: interatividade, focalização, monitoramento e flexibilidade e

rapidez.  

De maneira geral, o investimento (guarde isso na sua mente: publicidade é investimento e não
gasto!) na publicidade em meios digitais apresenta vários pontos positivos, estruturados ao longo do

desenvolvimento das relações entre público e novas mídias.

Alguns deles são: modificação da relação entre o polo emissor e o receptor da mensagem,

trazendo o (a) consumidor (a) ao centro da relação, de maneira com que os processos interativos

influenciem no processo de criação publicitária; difusão de produtos e serviços e produtos


publicitários de forma ágil e flexível; relação entre custo do investimento e benefícios alcançados;

aprofundamento da segmentação, de maneira a melhor alcançar as expectativas do consumidor;

maior precisão na mensuração de resultados.

Mas, é claro, você precisa saber gerir sistemas informáticos de registro e transmissão de

informações. Um exemplo importante é a identificação da atividade do usuário quando este se

conecta a um determinado site. Neste processo, o sistema cria um arquivo log, que coleta dados

acerca do acesso, tais como páginas visitadas, tempo de duração da visualização, horários, rotas

seguidas na hiperlinkagem, número de cliques, navegador de preferência etc. Vamos falar mais sobre

isso a seguir, no quarto tema dessa aula.

Entre invenções específicas e readaptações, podemos definir o grupo dos principais modelos

(formas gráficas em conjunto com estratégias de ação) utilizados na rede:


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Imagens desenvolvidas em formato GIF e JPG e animações produzidas por meio de softwares de
Banner
animação como Java, Flash e Shockwave. A interatividade fortalece o branding.

De espaço reduzido, em geral se constitui como um retângulo que exibe uma logomarca em formato
Botão (button)
retangular.

Anúncio em forma de janela que surge de maneira repentina e não demandada na tela do dispositivo

Pop-up utilizado pelo usuário quando este acessa uma página. Desagrada considerável parte do público, e

muitos navegadores trazem softwares para barrar sua exibição.

Assim como o pop-up, surge na tela sem ser requisitado. Contudo, ocupa espaço atrás da página que
Pop-under está sendo visualizada, não obstruindo a percepção do usuário e se tornando perceptível após o

encerramento do navegador.

Janelas de anúncios publicitários que ocupam espaço “flutuando” na tela assim que o usuário se
Anúncios
conecta a determinado site, dificultando a visualização do conteúdo originalmente pretendido. Na
flutuantes
maioria dos casos, costumam durar até 30 segundos e possuir elemento gráfico para ser encerrado.

Produtos audiovisuais de curta duração similares a comerciais veiculados na televisão que possuem
Anúncios unicast
ligação hipertextual com o site pretendido pelo anunciante.

Visíveis em sites de buscas, surgem quando o usuário realiza uma pesquisa e costumeiramente
Links
ocupam espaço na parte superior da página. Muitas vezes, são relacionados às temáticas da pesquisa
patrocinados
empreendida, mas essa não é uma regra.

Utilizam bancos de dados para enviar informações via endereço de e-mail aos usuários, com os quais
E-mail marketing
busca constituir relacionamento. Deve ser usado de maneira a não constituir SPAM (envio massivo de
e newsleter
e-mails publicitários, produto que causa irritação à maioria dos usuários da rede).

Sistema que exibe anúncios junto a resultados de pesquisa feita em sites buscadores (Google, Bing,

AdWords (Search Yahoo etc.), relacionando, no processo de segmentação, a consulta empreendida pelo usuário a
Engine palavras-chave dos materiais publicitários. Estruturado pelos formatos “Custo por Clique” (CPC),

Advertising) relativo ao número de vezes que os usuários clicaram no link de uma publicidade e “Custo por
Impressões” (CPM), no qual a remuneração se dá pelo número de visualizações do anúncio.

Administrado pelo Google, funciona a partir de lógica similar ao AdWords. Exibe anúncios (banners,
AdSense material audiovisual e interativo etc.) em sites e blogs de forma segmentada com base em seus

conteúdos, possibilitando a monetização das páginas.

SEO (Search Metodologia que objetiva dar visibilidade a páginas e conteúdos baseado na maior exposição dos

Engine sistemas de busca on-line, constituindo-se como os primeiros resultados a serem encontrados

Optimization) quando o usuário realiza uma pesquisa orgânica.

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TEMA 2 – MOBILE FIRST

A publicidade em dispositivos móveis está muito ligada à estruturação do consumo na web. O

cada vez mais disseminado uso de smartphones, tablets e outras tecnologias wireless (“sem fio”) nos
fazem buscar novas formas “encontrar” o público, em um contexto de ubiquidade e interatividade.
Chegamos à era do “mobile first” (“aparelhos móveis primeiro”), e é preciso considerar tanto as
estratégias de segmentação quanto as possibilidades e limites para a produção e transmissão das

mensagens.

No Brasil, o acesso à internet via celular ultrapassou a conexão via computador pessoal

desde 2016, de acordo com dados do IBGE. Essa situação representa um enorme desafio a nós
publicitários e publicitárias, pois indica que os meios digitais móveis serão uma das principais formas

de conexão à rede.

Em sua maioria, usuários (as) de smartphones são heavy users (pessoas que usam com

muuuuuuita frequência) de redes sociais, assistem muitos vídeos, fazem download de aplicativos
relacionados a distintas atividades e pesquisam serviços diariamente, especialmente quando

possuem interesse em realizar alguma compra, entre outras características.

Entre as possibilidades dos dispositivos móveis, você deve estar atento (a) às lógicas do uso

locativo pois é cada vez mais comum a busca por produtos e serviços via smartphone. Os resultados

de busca levam em conta o local onde a pessoa está e apresenta resultados nas proximidades.
Nesse contexto, surgem as mídias locativas.

O conceito é resultado da combinação entre tecnologias e serviços baseados em localização.

  Segundo Lemos (2008), as mídias locativas empreendem uma junção do espaço físico e do
ciberespaço, e são classificadas de acordo com suas funções:

Mapeamento e monitoramento de movimento: funções locativas dos aparelhos móveis

orientadas a modos de mapeamento (mapping) e monitoramento de movimento (tracing);

Geolocalização: constituição de informações digitais em mapas acessíveis via dispositivos

móveis, com a possibilidade de compartilhamento de tags;


Realidade móvel aumentada: visualização de informações a partir dos dispositivos móveis,

expondo informações que criam efeito de “aumento” da realidade via hiperlinks que utilizam

tecnologia MARA (Mobile Augmented Reality Applications);

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Anotações urbanas: escritas eletrônicas (indexação de mensagens) realizadas pelos usuários

por meio dos dispositivos móveis, constituindo formas de apropriação do espaço urbano.

Dessa maneira, é estreitado o intercruzamento entre o domínio do ciberespaço e o espaço

urbano, a “vida real”.   É antagônico, assim, falar sobre a existência de uma divisão “mundo real-
mundo virtual”, já ambas as esferas fazem parte do que entendemos como realidade.

TEMA 3 – MÍDIAS SOCIAIS E O USUÁRIO-MÍDIA

Quando pensamos em mídias sociais, uma das imagens que nos vêm à cabeça é a de pessoas

acessando sites como o Facebook ou enviando mensagens pelo WhatsApp pelo smartphone.

Estamos tratando das plataformas midiático-comunicacionais que possibilitam a interconexão


dos (as) usuários (as), consumo e difusão de informações e que, de modo geral, são bem diferentes

das mídias de massa, como a TV, por exemplo.

Obar e Wildman (2015) afirmam que as mídias sociais englobam quatro características
principais: 1) são aplicações de internet surgidas na era da Web 2.0; 2) sua essência é o conteúdo

gerado pelo (a) usuário (a); 3) as pessoas criam perfis específicos para o site ou aplicativo que são
projetados e mantidos nos parâmetros da organização da mídia social; 4) facilitam o

desenvolvimento de redes sociais on-line. Ainda sobre o assunto, segundo Terra:

A mídia social tem como características o formato de conversação e não de monólogo; procura

facilitar a discussão bidirecional e evitar a moderação e a censura; tem como protagonistas as

pessoas e não as empresas ou marcas, isto é, quem controla sua interação com as corporações são
os próprios usuários; tem como principais valores a honestidade e a transparência; e privilegia a

distribuição em vez da centralização, uma vez que têm diversos interlocutores que tornam a
informação heterogênea e rica. (Terra, 2010, p. 7)

As mídias sociais estão no centro da transição da web 2.0 a web 3.0. Diversas atividades

ganharam impulso com sua popularização: a criação de perfis em sites de redes sociais, o acesso a

vídeos, músicas e rádios on-line, a ampla utilização e visibilidade dos blogs e a proliferação do envio

de vídeos e fotos pessoais por meio de plataformas de compartilhamento. As mídias sociais

envolvem diversos interesses que as identificam e para os quais a tecnologia que possuem e

desenvolvem é direcionada.

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De maneira geral, as mídias sociais partem da lógica de compartilhamento e colaboração, os

elementos multimídia e a ubiquidade. Temos assim sites de rede sociais como o Facebook e
LinkedIn; blogs em Wordpress ou no Tumblr; microblogs como Twitter, Plurk e Snapchat (este,
bastante híbrido com a dimensão audiovisual); envio de mensagens por dispositivos móveis, como

WhatsApp e Telegram; redes de compartilhamento de fotos (Instagram, Flickr e Picasa), vídeos


(YouTube, Vimeo) e livecasting (Periscope, Twitcam); notícias e contribuição coletiva, como Reddit e
Digg; consumo cultural, como Skoob e Filmow; geolocalizadores, tais como Foursquare e Google
Maps; um universo quase infinito de jogos virtuais etc.

A pesquisadora Raquel Recuero (2015; 2017) diz que os (as) usuários (as), em suas ações e
reapropriações das mídias sociais impulsionam novas formas de relação com as redes. Nesse

processo, as instâncias de produção e recepção de mensagens se misturam, reestruturando todo

o processo de comunicação que havia sido instituído pelas chamadas mídias massivas.

O esvaziamento do sentido de “massa” faz uma revolução na área publicitária. Ao invés do (a)

antigo (a) receptor (a) passivo (a), surge um (a) consumidor (a) que também produz conteúdo, de

forma direta e indireta, como na ação dinâmica com outros.

E tem mais: o êxito da comunicação publicitária passa a depender fortemente da interação das

pessoas e sua influência nas redes. Assim, os indivíduos passam a ser referidos como prosumers e
produsers (Montardo, 2009), usuários-mídia (Terra, 2010), entre outros. Indivíduos, grupos e
organizações utilizam as ferramentas sociais on-line para a disseminação de conteúdo de todo tipo,

procurando influenciar a visão geral sobre diferentes temas.

As empresas perceberam a necessidade de estarem presentes nesses “locais”, ganhando

visibilidade junto ao target e em função dele. A comunicação via mídias sociais se constitui como

uma zona de intersecção entre a produção de conteúdo e o relacionamento com o público.

Como cada plataforma possui suas particularidades – como estrutura de usabilidade (elementos

técnicos) e lógicas sociais próprias (relativas a questões como idade, localização e gênero da maior

parte dos usuários, formas de apropriação e hábitos relacionados etc.) – é essencial analisar o que faz

uma mídia mais relevante que a outra para sua estratégia.

A produção voltada às características do meio e do público e a utilização das mídias sociais

devem ser acompanhadas do processo de métricas dos resultados alcançados. A medição precisa

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ser realizada em acordo com os objetivos definidos previamente, envolvendo elementos como

número de visitantes que acessam a página e características desse acesso (novos usuários, aqueles
que visitam pela primeira vez, aqueles que retornam), comportamento do consumidor (tempo médio
gasto na página, taxa de rejeição/bounce rate) e interação com o conteúdo (assistir vídeos, postar

comentários, inscrever-se em canais disponibilizados). A análise das métricas, sendo um diagnóstico


de atuação e resultados, deve servir como auxílio no planejamento das estratégias publicitárias –
especialmente, no que tange à questão do engajamento, dimensão que expõe de maneira
qualitativa a relação dos usuários com o conteúdo.

Um estudo de Haven (2007) aponta os parâmetros para compreensão do engajamento:


envolvimento e interação, mensurados a partir das métricas; nível de intimidade, vista com base

em processos interativos, de maneira a entender as opiniões e sentimentos relativos à organização; e

influência do material produzido, sua reverberação nas redes e fora delas. A busca por

engajamento derivou na constituição do chamado branded content, que falaremos na quarta aula.

Por meio das mídias sociais, as pessoas estabelecem relacionamento com as marcas o tempo

todo via distintos meios e formas, com ou sem seu consentimento. E é necessário estar atento (a) aos
resultados, investigando dados de navegação para descobrir as melhores formas de interagir.

TEMA 4 – BIG DATA

Big Data pode ser explicado como um macro complexo que relaciona captação,

processamento, acumulação, visualização e exploração de enormes quantidades de dados.

As estruturas que possibilitam a constituição dos processos de Big Data são fontes de dados

que apresentam características em comum conhecidas como “3 Vs”: volume, velocidade e

variedade. Mas, alguns autores vão além e propõem mais dois “Vs”: veracidade e valor.

Estes paradigmas indicam: a) volume de captação e geração de dados; b) velocidade de


captura, sistematização e análise dos dados; c) variedade dos dados obtidos e sua não linearidade; d)

veracidade, a autenticidade dos dados com os quais se lida; e) valor, o entendimento sobre os

conjuntos de dados para a atuação da organização e os benefícios que estes podem gerar.

Nós podemos dividir o material de Big Data em 3 grupos:

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a. dados estruturados: apresentam comprimento e tipo definido, como números, datas e bancos

de dados.
b. dados não estruturados: não possuem formato definido, como redes sociais, produtos
audiovisuais, fotografias, PDF, documentos de texto etc.

c. dados semiestruturados: não são aderentes a campos específicos, mas possuem marcadores
de separação de elementos; apresentam metadados auto definidos, como as linguagens HTML,
XML e JSON.

Mas, afinal, para que servem esses dados? Podem (e vão!) te ajudar a entender o
comportamento dos (as) consumidores (as), sendo uma das chaves da publicidade centrada cada
vez mais nas pessoas. Big Data é um processo de cruzamento dos dados recolhidos à medida que

as pessoas acessam sites, preenchem formulários, realizam pesquisas e compras, fazem check-ins em

locais ou “curtem” conteúdos em mídias sociais. Nos dá informações como localização geográfica e

padrões de interação com outros (as) usuários (as), constituindo um verdadeiro “escaneamento” da
vida on-line, ou uma leitura – que depende da interpretação!

Todo esse cenário influencia o trabalho publicitário, que precisa desenvolver novas formas de
se comunicar com os (as) consumidores (as) – agora usuários-mídia, que têm uma enorme fatia do

poder nessa relação. A redação publicitária tem obrigação de construir entrelaçamento com os
usuários-mídia e refletir os novos tempos.

TEMA 5 – SEO

Um elemento de grande importância na produção textual publicitária é a necessidade de

publicar conteúdo que seja, efetivamente, encontrado pelo público. Como o universo constituído

pelas redes é virtualmente infinito, tornar-se visível aos (às) usuários (as) é tarefa difícil. Caso seu

conteúdo não chegue ao target, “alguma errada não está certa”.

Sua atividade enquanto web redator (a) é produzir material que seja persuasivo e, ao mesmo

tempo, engajador. Por isso, é preciso ter em mente que o processo de redação on-line se inicia na

forma pela qual as ideias serão inseridas no ciberespaço – e isso começa antes mesmo de redigir!

Ainda na etapa de planejamento, o material deve ser escrito de acordo com determinados

parâmetros que o farão se destacar nos chamados buscadores ou motores de busca – como Google

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ou Bing, por exemplo. É o posicionamento nesses sistemas que dá visibilidade ao conteúdo.

Saiba mais

Conheça os buscadores mais usados no mundo.

Enge (et al., 2015) explicam que os buscadores são sistemas robóticos (bots) que fazem varredura
do conteúdo das redes por meio dos links que se entrelaçam e formam o ciberespaço. Quando faze

isso, coletam e armazenam dados para construírem um “mosaico informativo” que é acessado pelas
pessoas quando realizam pesquisas para encontrar algum site ou conteúdo específico na internet.

Por meio de plataformas como o Google, os buscadores disponibilizam uma Página de Resultados

do Motor de Busca – Search Engine Results Page (ou SERP).

Esse conjunto de resultados é definido de acordo com parâmetros preestabelecidos que se

combinam aos indicativos fornecidos pela busca realizada pelo indivíduo, o que você digita – e sim,
os buscadores estão monitorando você! Então, vale dizer que o histórico de pesquisas e sites

visitados pelo (a) usuário (a) é um dado de muito valor e entra na dinâmica de big data que falamos

antes. Além disso, os padrões que cada motor de busca utiliza são, geralmente, um elemento não
divulgado pelas empresas.

Aqui entra a importância de escrever conteúdo de acordo com alguns dos critérios que foram
“destrinchados” por especialistas em otimização de mecanismos de busca, técnica conhecida como

Search Engine Optimization, ou SEO.

Estudos de monitoramento do movimento dos olhos realizados por Rhodes (2009) indicam que

a maioria das pessoas vai acessar as opções que primeiro aparecem na SERP, e, dessa forma, o (a)

webwriter precisa produzir conteúdo que apreça entre os primeiros resultados, especialmente

como resultado orgânico (quando o link da página aparece na pesquisa sem que seja necessário
pagar anúncio na plataforma).

O SEO pode ser entendido como uma metodologia de marketing que utiliza procedimentos de

análise para avaliar as melhores opções na produção e disponibilização/exposição do conteúdo. É

baseado em investigação do funcionamento das tecnologias de pesquisa, como o algoritmo

utilizado pelos sistemas dos motores de busca, e das características que compõem a experiência do
usuário (user experience, ou UX – inclusive, vamos falar sobre UX writing na próxima aula!).
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Agoira você vai conhecer os aspectos que influenciam a constituição do ranking do Google.

Existem parâmetros on page, e off page a serem considerados – ou “dentro” e “fora” da página:

ON PAGE

Qualidade do conteúdo Perceptível pela popularidade/repercussão

Conteúdos precisam sanar as dúvidas do público (melhor média costuma ser de 2.500
Tamanho do conteúdo
palavras)

Títulos internos (title


Título que será visto pelo usuário assim que entrar na página
tag)

SEO Title Título visível em SERPS, deve guiar o usuário ao conteúdo

URLs eficientes Endereços, devem usar palavras-chave e fazer sentido

Heading tags Códigos-marcadores de hierarquia da importância do conteúdo

Palavras-chave Uso inteligente das palavras-chave (de acordo com posição na página e dimensão semântica).

Tempo de permanência Quanto mais tempo o usuário passa à página, melhor a avaliação do Google

Upload de imagens deve ter nome do arquivo com palavras-chave unidas por hífen e
Otimização de imagens
apresentar texto alternativo de descrição (alt text)

Tamanho de imagens Imagens pesadas são carregadas devagar e diminuem valor

Linkagem interna Autodestaque do conteúdo

Design responsivo Páginas mobile-frendly (adaptadas aos dispositivos móveis)

Tempo de carregamento Velocidade do acesso a uma página (demora impacta negativamente por irritar os usuários)

Meta description Código que serve à explicação do conteúdo da página

Botões de
Prática de otimização que facilita a navegabilidade
compartilhamento

OFF PAGE

Link building Entrelaçamento da página a links externos

Advém da combinação entre links externos, antiguidade da página e constância de produção


Autoridade
de conteúdo

Localidade Influência da localização geográfica

Engajamento e menções Envolvimento dos usuários e compartilhamento de conteúdos

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Considerando as estratégias de SEO, você precisa verificar dos resultados alcançados,

conhecidos geralmente como Key Performance Indicator (“Indicadores-Chave de Desempenho”) ou


KPIs. Para isso, são utilizadas técnicas de orientação quantitativa e qualitativa. Resumindo: são
métricas usadas para verificar influência do conteúdo produzido, engajamento nas publicações,

alcance e adequação do material ao público – indicadores para verificar se o conteúdo teve bons

resultados.

Cada rede possui KPIs adequados às suas características. No entanto, é importante que sejam
facilmente entendidos e fáceis de aplicar. No Facebook, por exemplo, a taxa de engajamento de
determinada publicação (postagem) pode ser medida pela fórmula:

O resultado dessa conta é um índice chamado de envolvimento com a publicação, que deve

ser comparado ao mesmo cálculo realizado em outras postagens, de forma a indicar o alcance do

material produzido.

TROCANDO IDEIAS

Nessa aula, falamos sobre as mudanças na publicidade influenciadas pelo aperfeiçoamento


tecnológico e as transformações sociais resultantes disso. Entre as principais modificações,

destacamos a metamorfose da relação mídia-consumidor, pois agora o (a) usuário (a) é peça

fundamental para a comunicação, tanto pela influência sobre outros (as) quanto pelo fornecimento

de dados sobre si e seus círculos sociais.

Acesse o fórum da disciplina e comente: as novas formas de relação entre consumidores (as)

e empresas constituem uma mudança positiva para a comunicação publicitária? Quais podem

ser seus efeitos sobre a área a longo prazo?

NA PRÁTICA

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Você deve propor ação de mídia locativa para a Gol Linhas Aéreas com um digital influencer.

Considere a área de atuação da companhia e escolha uma pessoa que considere adequada para isso
– lembrando que tal indivíduo deve representar os valores da marca e sua escolha não é à toa.
Explique sua ideia, motivações, bem como de que maneira funcionará a ação publicitária

Para compreender um pouco mais sobre as possibilidades, leia a matéria A revolução da


segmentação geolocalizada, escrita por Ailton Cesar (Supervisor de mídia da CPB+) no site Meio e

Mensagem.

FINALIZANDO

Você percebeu como a relação entre novas tecnologias e publicidade fomentou uma revolução
no relacionamento entre consumidores (as) e empresas?! O (a) usuário (a), antes percebido (a) como

passivo (a), torna-se um (a) personagem cada vez mais necessário (a) na publicidade, e participa

ativamente da constituição da mensagem. Essas mudanças, permitidas sobretudo pela utilização de


aparelhos móveis, têm como consequência a difusão de dados pelos nós da rede mundial. Nesse

contexto, as empresas precisam conhecer a fundo e poder prever o comportamento dos (as)

consumidores (as), de maneira a tornar a experiência on-line cada vez mais personalizada e o
conteúdo adequado.

REFERÊNCIAS

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