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MÍDIAS SOCIAIS
AULA 2
Prof. Alexandre Correia dos Santos
CONVERSA INICIAL
Após nos atentarmos aos diferentes conceitos da criação textual e os diferentes formatos da
diferentes tipos e formas, conhecer as principais redes sociais e seus públicos, avaliar e entender os
formatos e atuações dos algoritmos nas mídias e a reconfiguração da experiência do leitor ou dos
usuários que formam o público da redação publicitária digital: tudo isso configura como o nosso
maior desafio.
Vamos conhecer novos conceitos e as principais áreas da redação publicitária digital. Bons
estudos! Divirta-se!
CONTEXTUALIZANDO
As mídias digitais vêm ganhando, anualmente, mais espaço nas criações e planejamentos
publicitários. Basicamente, porque todos nós estamos cada vez mais conectados, utilizando o mobile
em larga escala, demandando às empresas e marcas um investimento cada vez maior nas estratégias
Uma primeira vantagem em relação a todos os outros meios é o baixo custo de produção e
veiculação. Importante: baixo custo se forem veiculações simples, sem a exigência de grandes
recursos. Como em todas as mídias, caso exijam alta performance, o uso de uma personalidade, trilha
praticamente just in time a mensagem entra no ar. Sua penetração é muito consistente em ambientes
empresariais e comerciais, pela sua agilidade e praticidade de uso.
Hoje, são milhares de aplicativos que estimulam o uso em larga escala do on-line que conta,
ainda, com o constante crescimento de acesso por parte dos usuários (há muito o que crescer ainda).
dispositivos, cada vez mais poderosos e ao mesmo tempo de prática usabilidade da parte dos
indivíduos.
As redes sociais, por exemplo, permitem uma prática adequação editorial, ou seja, qualquer
empresa – de qualquer segmento – pode estabelecer uma conversação com seu público, seja ela
interno ou externo, facilitando os meios e as formas de comunicação. As redes permitem, ainda, uma
Hoje, existem incontáveis redes sociais que versam praticamente sobre todas as discussões
possíveis para o ser humano. Temos do Facebook ao TikTok, passando pelo Instagram e WhatsApp –
entre outras inúmeras opções de interação e possibilidades – possíveis das marcas com seus públicos.
Lembrando: essas são redes sociais, por reunirem diferentes “tribos” e grupos de pessoas. Mídias
É indiscutível ou ponto pacífico a importância que a internet ganhou em nossas vidas. Impactou
relações, hábitos, consumos e valores individuais proporcionando, principalmente, novas formas de
interação e sociabilidade. Assim, todas as dimensões da sociedade foram aos poucos criando forma
Por uma questão de conceito precisamos diferenciar as mídias sociais de redes sociais. As redes
sociais são os diferentes grupos de pessoas conectadas e/ou conexões e relações que temos com
outros usuários. As mídias sociais são os recursos tecnológicos e plataformas que garantem essa
conexão e dão suporte para essa interação. É muito comum as pessoas confundirem essas duas
instâncias.
Portanto, as redes sociais são todas as estruturas, aplicativos ou programas que reúnem pessoas
com um fim próprio de relação e/ou interação ou, ainda, que possuem valores comuns. As mídias
sociais (ou digitais) derivam uma multiplicidade de aparatos ou plataformas on-line que servem como
suporte ou canais de criação, distribuição e promoção de conteúdos para sites, blogs, redes sociais,
Hoje, quando falamos por conversão, custos por clique, buscas por tags, tempo de permanência
etc., estamos discutindo variáveis de mídias sociais que também fazem parte do intrincado e
tempo que estes passam a perceber os retornos do meio e diminuem suas incertezas com o
investimento na rede.
Para o site do CENP-Meios[1], a publicidade digital no Brasil cresceu 5,2% no ano de 2020 em
relação ao de 2019 – movimentando mais de 2 bilhões e 161 milhões de reais apenas entre as 217
Neste bolo, todos os meios acabaram perdendo share, até pela mudança no cenário, provocada
pela Covid-19.
As empresas – de forma geral – não podem renegar ou virar as costas para essas mudanças que
atingem os dois lados do balcão. É fundamental adequar-se cada vez mais, buscando novas soluções
comunicacionais, dentre os múltiplos recursos midiáticos que dispomos para criação de um bom
planejamento de comunicação.
Cada vez que as mídias sociais (aqui representada por internet) recebe mais investimentos em
publicidade, as mídias tradicionais perdem importantes fatias de mercado, ficando com um budget
menor e, por consequência, levando o seu setor ou segmento a perder ainda mais audiência. Ano a
ano é notório o índice de declínio dos investimentos nas mídias que não estão se reinventando. Isso
se dá pelo crescimento do digital no qual mais empresas e pessoas têm acesso e permanência nos
resultados de exames de saúde, passando pelas mais diferentes aplicações disponíveis em termos de
meios sociais. Porém, ao fazermos um recorte menos amplo, percebemos a mídia social (enquanto
um recurso de marketing), como importante suporte para um planejamento comunicacional.
Ainda que algumas empresas insistam em investir pouco na sua imagem e reputação na rede, os
resultados alcançados com verbas menores que a da televisão e do rádio, por exemplo, têm obrigado
criar novas formas de estabelecer maiores pontos de contato e, por consequência, melhor
Talvez a fase de maturação na qual as empresas investiam por necessidade e para conhecer
melhor os efeitos do digital esteja passando, fazendo com que os planejamentos cada vez mais
foquem em alternativas de mídias sociais. Como vimos, as mídias sociais são plataformas ou canais de
criação, produção, promoção e distribuição de conteúdo dos clientes na rede e o seu mix de
ferramentas é extenso: de e-books promocionais, posts e impulsões nas redes, banners patrocinados
de diferentes formas e meios, veiculações de anúncios no Google ADS, inbound, outbound, landing
pages, cada vez mais atinge um público selecionado e passa a gerar leads importantes como
resultados.
a. mídia paga;
b. mídia espontânea;
c. mídia própria.
Vamos conhecer cada uma dessas formas, começando pela mídia paga, pela sua óbvia
semelhança com as formas mais tradicionais de veicular publicidade e propaganda: assim como um
cliente que avalia, escolhe, veicula e checa as veiculações, no digital não é diferente. Profissionais de
mídia avaliam entre milhares de possibilidades de exposição da marca em plataformas como Google
ADS, Google ADSense, facebook ADS e Instagram ADS, entre outras muitas possibilidades.
No Google ADS, por exemplo, por meio de palavras-chave, pagamos mídia para que o site do
cliente seja listado e figure nas primeiras posições de resultados de busca dentro próprio Google.
Já no Google ADSense, pagamos mídia de forma que por meio de ações do Google, um banner
do nosso cliente seja veiculado ou exibido em milhares de páginas parceiras comerciais do Google,
principalmente dentro de redes sociais. Se o trabalho for bem-feito nessas escolhas, como resultados,
teremos o aumento no alcance de perfis, páginas e posts dentro de aplicativos das redes, ainda que
muitas vezes concorram dentro de um mesmo espaço, como no Facebook que também oferece
A grande vantagem dessa forma de comunicação paga é a velocidade com que a marca é
exibida, uma vez que por meio de alguns cliques e verba, já é possível impulsionar e gerar ampla
O maior problema é que pela demanda e oferta, muitas vezes, as marcas entram literalmente em
um grande leilão comercial, como Google ADS, onde quem for mais rápido e tiver maiores
gerada pelas diferentes estratégias alavanca esse tipo de disputa pela melhor mídia paga.
Por outro lado, o número de pessoas impactadas por essas formas de comunicação é cada vez
maior, justamente promovendo o aumento dos pontos de contato e visualização para as marcas.
Em seguida, vem as mídias espontâneas, nas quais podemos dar um exemplo prático: o mais
importante jornal televisivo da noite tem seu espaço publicitário (comerciais, dentro dos breaks do
programa), classificado com um dos mais caros do Brasil. Isso se dá pela quantidade de audiência que
mesmo após mais de cinquenta anos, essa forma de jornalismo ainda entrega para a mídia. Assim,
uma das três maiores marcas do mundo, a Apple, não raro tem conseguido repercussão e mídia
espontânea durante o jornal (muitas vezes nas falas dos apresentadores), justamente porque ao
lançar novos produtos (pela sua amplitude e números de clientes) é notícia importante e relevante
para esse jornal. Hoje, os grandes meios de comunicação se amparam em pesquisas qualitativas e
sabem com precisão quem são seus públicos. Assim, apoderam-se de notícias relevantes geradas por
assessorias das marcas, veiculando chamadas e matérias sobre essas marcas, porque isso é bom tanto
para o cliente Apple como para o programa – nesse caso, o Jornal Nacional da Rede Globo.
Quando falamos do governo federal, por exemplo, tais veiculações são ainda maiores e mais
efetivas, quando suas assessorias de comunicação emplacam ainda mais notícias que interessam o
Outro exemplo de mídia espontânea recente é o quadro Solidariedade S/A, no qual o Jornal
Nacional divulga empresas que vêm colaborando com verba e doações às instituições que combatem
o coronavírus. Segundo a assessoria do próprio Jornal da Globo, as empresas não pagam por esses
espaços.
É sabido o quanto uma veiculação de notícia como essa pode trazer de patrimônio de
consciência de marca, gerando uma espécie de memória afetiva à audiência desses programas.
A grande diferença entre mídia paga e espontânea reside na boa relação entre as assessorias de
imprensa dos clientes com os veículos de comunicação. Enquanto a mídia paga entrará na pauta ou
nos espaços comerciais obrigatoriamente dos programas, a mídia espontânea depende muito da
relação das assessorias (e do trabalho do redator digital) ao pensar um release que seja muito
atraente para os produtores dos veículos a ponto de serem veiculados em seus programas.
Por fim, a mídia própria ou institucional que engloba todas as formas e meios de comunicação
geridos pela própria empresa ou organização. Nisso contemplamos o site corporativo, blogs, páginas
em redes sociais, e-commerce ou aplicativos exclusivos das marcas que são alimentadas e
administradas pelas assessorias ou departamentos de comunicação das empresas.
A mídia própria, obviamente, pode trabalhar em conjunto com a mídia paga e a mídia
espontânea uma vez que dentro de uma rede social, por exemplo, podemos promover a página da
empresa, ou ainda trabalhar recursos de SEO que ajudem a marca a ganhar boas posições nos
sociais como o Facebook e Instagram, por exemplo, é sabido que as políticas de veiculação dessas
empresas mudam radicalmente de uma hora para outra, podendo prejudicar a entrega de resultados.
Finalmente, como vantagens dessas formas de comunicação (mídias sociais), devemos citar os
seguintes diferenciais: preço, porque as verbas destinadas às mídias digitais (ou sociais) são
metricamente inferiores aos valores destinados a mídias tradicionais, por exemplo, tornando os
Em segundo lugar – óbvio – pela flexibilidade de veiculações que se bem administradas podem
destacar a segmentação promovida pelos canais digitais. Assim, concentramos esforços para veicular
em canais cada vez mais acessados e assistidos pela audiência ou pelo nosso público-alvo,
Monitoramento e mensuração de resultados são mais algumas das vantagens para escolher esses
canais. As ferramentas de métricas e medições estão cada vez mais precisas, entregando relatórios
imprescindíveis para uma análise dos resultados dos investimentos.
Por fim, podemos citar o relacionamento que as mídias sociais estabelecem com seus diferentes
O Facebook é uma rede social que permite que as pessoas se reúnam em pequenos ou grandes
grupos e que administra conversas e compartilhamento de mensagens, fotos, links e vídeos.
Considerada – hoje – a maior rede social do mundo, abriga mais de 2.7 bilhões de contas ativas,
Outra rede social que está mudando a forma como as pessoas se comunicam é o WhatsApp, que
não por um acaso também é uma operação do mesmo grupo do Facebook. Equivocadamente, muitos
brasileiros tratam o WhatsApp como se fosse a verdadeira “internet” ora por desconhecimento, ora
por utilizar uma parcela muito pequena de tudo o que a rede pode entregar. A sua principal atividade
dele também uma rede social. Uma estimativa recente apontou que apenas no Brasil, o WhatsApp
O YouTube apesar de ser uma plataforma de streaming de vídeo também pode ser considerada
uma rede social, por permitir a interação de pessoas ou grupos por meio dos chats em mensagens
enviadas no corpo de cada uma das postagens em vídeo. Conta com mais de 2 bilhões de pessoas[3]
(usuários ativos) e mais de 1 bilhão de horas de vídeo visualizados diariamente, colocando em risco a
própria audiência das televisões abertas e fechadas. E esse é um fenômeno sem volta (disponível em:
<www.youtube.com>).
O Instagram – também do grupo Facebook – foi uma das redes que se iniciaram com meios
próprios e que era exclusivamente mediada para acesso via celular, por conta do seu formato,
quarta rede social mais acessada no Brasil, contando com mais de 95 milhões de pessoas gerando
conteúdo e interagindo diariamente (disponível em: <www.instagram.com>).
O TikTok é o verdadeiro novo fenômeno das mídias sociais, que cativou pessoas das mais
diferentes idades (mas principalmente crianças e mais jovens), está em franco crescimento no Brasil.
Seu grande diferencial é o formato do menu “descobrir” que mostra as hashtags mais populares do
mundo e que não raro são protagonizadas por famosos e webcelebridades.
usuários da rede que se multiplicam e disseminam rapidamente devido à sua interface interativa e
em: <www.tiktok.com>).
Ainda de acordo com o report da WAS, o que eles chamam de “estado digital”, em outubro de
São números globais que não podem e nem devem ser ignorados por ninguém que trabalhe
com marketing e comunicação. São pessoas (ou usuários), na sua maioria, sedentos por novidades e
que certamente em um futuro muito próximo deixará de interagir com pessoas ou empresas que
Com a entrada em cena e agora com o protagonismo da rede, pensar o digital passa a ser a
nossa tarefa diária, conhecendo e abarcando múltiplas formas de interação e buscando diferentes
níveis de conhecimento não apenas enquanto recursos tecnológicos. Castells (2010 p. 287) definiu a
internet como uma rede que faz processar a virtualidade e transformá-la em nossa realidade,
constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que vivemos. E, mais uma vez, reforçamos a
empresas percam importante espaço de contato com seus públicos, diminuindo a exposição e a
lembrança de marca das organizações, estratégia crucial em tempos de múltiplas interações entre os
clientes e as marcas.
TEMA 4 – ALGORITMOS
Também é papel de quem escreve e gera conteúdo on-line conhecer a fundo os algoritmos das
Cada vez mais desenvolvidos e complexos, têm como função principal compreender os hábitos,
algoritmos são fáceis de entender pela sua estrutura que nada mais é do que uma sequência lógica
de raciocínios, operações e instruções geradas com objetivos claros de resultados ao seu final.
Vamos a exemplos para que fique mais claro: quando compramos um jogo de montar, por
exemplo, precisamos primeiro compreender o que – de fato – iremos montar ao final do uso de todas
as peças e sequências de montagem. Isso feito, iniciamos a separação das peças (dados de entrada),
para, em seguida, iniciar a construção do objeto seguindo um manual passo a passo para começar a
gerar o objeto (processamento ou instruções lógicas), com o fim de atingir uma meta ou objetivo (o
objeto completamente finalizado). Ficou claro? Vamos a uma segunda explicação: qualquer receita de
comida precisa dos ingredientes certos para que o prato fique perfeito; então, separamos os melhores
ingredientes (dados de entrada), iniciamos o preparo e a mistura dos ingredientes, sempre seguindo a
paripassu a receita (processamento ou instruções lógicas) para, ao final, se tudo correu bem termos
Uma vez isso compreendido, fica claro que o algoritmo tem como característica própria, entradas
(input) e saídas (output) de informações importantes que são explicadas e/ou mediadas pelas
instruções.
Assim como em uma fórmula simples de planejamento, todo algoritmo precisa de um objetivo a
ser alcançado ou uma meta. Dessa maneira, uma sequência simples de informações pode se tornar
extremamente complexa, segundo aquilo que desejamos alcançar. Quando uma receita ou montagem
de um objeto dá errada, foi porque receberam informações que não estavam preparados para
processar.
Por isso mesmo que devemos seguir uma sequência lógica (lendo minuciosamente linha por
linha) até o atingimento do objetivo. Se, porventura, eu pular ou trocar (a gosto) qualquer uma dessas
sequências, certamente não alcançarei o objetivo desejado. Pelo menos, não igual ao que eu buscava
Assim, com os algoritmos acontecem os mesmos fenômenos. Se pular algum passo, ou modificar
algum comando, o resultado pode ser desastroso. Todo algoritmo tem uma sequência de estruturas:
a. as variáveis – são todas as informações carregadas no sistema, que informam justamente aonde
se quer chegar ou quais os resultados que almejados. Assim, as variáveis mais comuns são:
b. os comandos de repetição – quando lançamos mão de comandos como “se” e “enquanto” para
que o algoritmo saiba como processar quando determinados processos iniciarem e ao mesmo
Com o uso dessas duas estruturas, o algoritmo é capaz de se tornar completo e de englobar
múltiplas situações que permitem com que o resultado seja obtido a contento. Entre os principais
No início, poderíamos conceituar as mídias como estruturas fechadas em si, mas o que
experimentamos (e vivenciamos hoje) é que esses meios têm claras aplicações técnicas para, segundo
Dentro desse escopo, devemos pensar a internet como exemplo de mídia de convergência
estritamente técnica (que alia texto, som e imagem) e que conta com diferentes possibilidades de
rasa: interação tem múltiplos sentidos e formas para diferentes áreas do conhecimento. Para a
psicologia interação assume uma forma; para a análise de sistemas – outra – completamente diferente
e para a comunicação enquanto formas e processos comunicacionais.
Braga (2011, p. 31) justifica que a comunicação conta com dispositivos interacionais: matrizes
elaboradas na prática social justificam (e viabilizam) episódios interacionais e são tensionados por
estes.
Além disso, a rede (internet) serve ainda como norte ou parâmetro para diferentes meios, uma
vez que suas aplicações vêm servindo como indicadores para os antigos meios de comunicação de
massa se reestruturarem, buscarem novos caminhos, ajustarem suas condutas, formas e meios de
comunicar.
Sodré (2002, p. 37) infere sobre as novas tecnologias como modos que transformam a pauta
normal, costumeira em direção a uma qualificação virtualizante da vida. O autor ainda conceitua
transmiti-los e fazê-los circularem, Sodré (2002). É exatamente esse processo de produção, acúmulo,
tecnológicos.
Podemos verificar, assim, que há, hoje, uma forte tendência de mistura entre as velhas e boas
mídias tradicionais ou analógicas com os suportes digitais.
Dispositivos já usados em larga escala como o GPS, como as smartTVs, como os celulares, por
exemplo, que misturam diferentes tecnologias para servir aos intentos do usuário, deixando claro que
fixação e energia elétrica (na maioria dos casos), também pode ser veiculada em totens, em celulares,
em tablets, veículos automotores etc.
A experiência, nesse caso, acaba de ser reconfigurada. Na televisão aberta, por exemplo,
podemos além de também assistir a esses canais, receber demandas de vídeos produzidos por
indivíduos. Fato é que a atual audiência assiste a TV, simultaneamente conectada com dispositivos
móveis, talvez para complementar aquilo que assistem, interagindo com o mesmo programa em
redes sociais, mudando completamente os antigos modelos de experiência. Sodré (2002) afirma que
na mídia tradicional ou linear, prevalece uma realidade construída, sob efeito irradiativo do sujeito
que construiu e produziu a informação. No digital, o usuário adentra a mídia, em que o tradicional é
O que experimentamos é – sem dúvida – uma espécie de nova figura que se liberta dos
territórios, autorizando e reforçando identidades e laços por meio de redes globalizadas. Enquanto
dão aos usuários maior flexibilidade e maior controle sobre as condições de seu uso”.
Quando falamos dessa importante relação de tempo e espaço, podemos usar como exemplo as
novas gerações de usuários que já não têm mais tempo, nem paciência de esperar uma simples
resposta via e-mail, por exemplo: há muito pouco tempo era muito comum usarmos o correio para o
envio de Curriculum Vitae. Era necessário no final de semana comprarmos o melhor jornal da cidade
Depois, era necessário envelopar e enviar via correio a carta para que o próprio jornal distribuísse
em “caixas postais” destinadas a cada um dos clientes que ofereciam a vaga. Era comum levar
pessoalmente tais documentos à Editora para a distribuição nas caixas, para garantir a sua entrega.
organização, para só então, passados mais alguns dias, receber algum retorno da Empresa que
ofertava a vaga. Detalhe: uma das formas desse contato das empresas (ou o feedback) já era via e-
mail, (aquela ferramenta que hoje, já não usamos mais com tanta frequência). Vire-se a página: hoje,
os mais jovens ao enviar um e-mail ou mensagem, por exemplo, ficam aguardando ansiosamente
pela resposta, dando F5 constantemente para que as páginas atualizem as informações em busca de
relações de troca, além – obviamente – da forma com que administramos e estocamos esse grande
volume de dados e que influenciam as formas de transmissão e recepção instantânea que se
Nesse novo formato, ou como alguns pesquisadores denominam de bios, a mídia ganha um
poder quase simultâneo, instantâneo e global manifestado por diferentes e múltiplas tecnologias da
mundo, cada vez mais conectados. A rápida fluidez das informações e os processos de comunicação e
interatividade (como a internet, por exemplo) desafiam não somente os agentes organizacionais ou
estudos da Comunicação Social, afinal, os processos de emissão e recepção estão ganhando novos
midiatização cada vez mais emergente que submete todas as audiências a uma espécie de sensações
sem projeção temporal, o que distancia cada vez mais o indivíduo de uma experiência mais concreta.
Hoje, a impressão que temos é que acompanhar uma novela, um documentário ou um telejornal,
parece ter o mesmo valor, uma vez que a internet catalisa tais sensações promovendo a interação dos
indivíduos fazendo com que “programas” tão distintos na sua forma de produção e geração se
pareçam muito, ressaltando suas poucas diferenças em termos de tempo e espaço. Basta notarmos
que nesses exemplos, a novela, o telejornal e os documentários possuem marcos temporais
completamente distintos.
Os mapas das mediações proposto por Martín-Barbero (2001, p. 20), no seu contínuo esforço de
analisar as relações constitutivas entre comunicação, cultura e política, ajudam a refletir sobre “novos
sentidos do social e novos usos sociais dos meios” – alterando também as formas de produção e
distribuição de bens e serviços. Assim, o que experimentamos é uma nova forma de produzir
“confusamente associada a um novo modelo de comunicar, transformando o conhecimento em força
produtiva direta” (Martín-Barbero, 2001, p. 20).
deixamos de viver experiencialmente um tempo linear e sim um tempo circular, no qual nosso
Esse novo compreender do subjetivo ou das culturas é cada vez mais presente e mais forte nos
meios de comunicação. Ao passo que a sociedade valida novas práticas, também se desfaz de outras,
uma vez que os processos midiáticos reconfiguram decisivamente os modos e práticas atuais.
Novos sentidos sociais para o espaço e para o tempo, reorganiza as culturas, nessa nova
ambiência comunicacional, seja para o trabalho, para a diversão ou para a convivência em grupo,
sujeitando o indivíduo a novas experiências, tramas e formas de perceber e reagir aos processos do
real.
TROCANDO IDEIAS
disponíveis para produção textual. Cabe a você procurar qual das áreas mais se enquadram nas suas
intenções e sonhos de publicitário(a), dentro dessa função. Deve criar e desenvolver novas
campanhas? Deve escrever roteiros on-line? Deve produzir, curar ou mediar conteúdos importantes
para os meus clientes? Essa é uma agradável escolha para quem está começando agora e vai acabar
NA PRÁTICA
Quais habilidades e competências você pode desenvolver? Do que você mais gosta? Ler? Criar?
Escrever? Procure realizar alguns testes vocacionais (físicos ou on-line) para, minimamente, ter um
norte para suas escolhas. Não omita, nem aumente a alimentação dos dados. Também não leve a
ferro e fogo o resultado, porque ele não é final. É apenas o seu começo. E se desejar realizar todas
FINALIZANDO
Mais uma vez afirmamos que se existe um caminho ou uma “chave” para o sucesso,
independentemente do que você entenda por sucesso, é fazer ou trabalhar naquilo que lhe dá prazer.
Pergunte para as pessoas a sua volta se são felizes com aquilo que trabalham no dia a dia. Você se
surpreenderá com as respostas e perceberá que nem todos(as) são felizes dentro de suas áreas de
atuação.
Reafirmamos também que a busca pela área da redação não necessariamente cessará as escolhas
futuras por outras áreas. Pode ser que você ame escrever, mas prefira ser um diretor de arte e
trabalhar com as imagens, com a construção de layouts. A dica aqui é você conhecer todas as áreas,
buscar mais informações, conversar com diferentes profissionais desses setores. Ouça seu coração,
E não tenha pressa. Busque se especializar. Quer redação? Vá a museus, leia muito, compreenda
os significados dos textos e palavras, estude linguística, entenda de redação e seus diferentes estilos.
Aos poucos, você está moldando (divertidamente) um profissional apto ao mercado e preparado para
REFERÊNCIAS
BRAGA, J. L. Circuitos versus Campos Sociais. In: MATTOS, M. Â.; MARTIN-BARBERO, J. Dos meios
2021.