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SUMÁRIO

SUMÁRIO ......................................................................................................................................... 1
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO......................................................................................................... 2
Dicas de Interpretação: ................................................................................................................................... 2
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ............................................................................................................. 4
APROFUNDANDO NO QUE CAI ..................................................................................................... 5
QUESTÃO EXTRA ........................................................................................................................... 9
GABARITO ..................................................................................................................................... 11
RESUMÃO LJORTANO: O QUE EU NÃO POSSO ESQUECER?.................................................. 12

ENTÃO VAMOS LÁ, LJORTANOS!

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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Dicas de Interpretação:

 Identifique a teoria por trás de cada questão:


Muitas questões que parecem se referir a “objetivo do texto” ou “objetivo do autor do
texto”, na verdade querem saber sobre função textual, tipologia textual, escola literária,
características dos gêneros do discurso etc. Por isso, ao dominar conteúdos interpretativos
como esses, a interpretação fica muito mais rápida e fácil na hora da prova. Lembre-se de que
existem modelos de questão e modelos de prova, logo, se você dominar esses modelos, será
mais fácil acertar com mais rapidez e segurança.

 Identifique as alternativas que representam a mesma resposta e elimine-as:


Na hora da prova, muitas questões costumam apresentar como alternativas respostas
que remetem a um mesmo conceito, ou seja, se uma opção estiver certa, a outra também teria
de estar. Isso faz com que essas alternativas sejam excludentes entre si, pois a validação de
uma ou outra naturalmente anularia a questão. As respostas corretas são únicas e não podem
ter sinônimos ou equivalentes em outras opções.

 Nas questões com textos não verbais, procure relacionar a resposta a cada detalhe
da imagem:
Na maioria das questões que envolvem texto verbal (palavras) e não verbal (imagens),
os alunos costumam ter dificuldade, pois acham que a resposta só pode estar nas palavras, o
que representa um engano. Uma mesma frase, dependendo da imagem, pode ser uma
declaração sincera ou uma ironia, um elogio ou um deboche, por exemplo. Portanto, muitas
vezes, a charge, a caricatura, as expressões do personagem ou os detalhes de um cartaz
podem contribuir mais para a localização da resposta certa do que o que se lê nas frases
materializadas no texto.

 Em questões que envolvem texto literário, procure ter sempre em mente a escola a
que pertence a obra ou o autor:

A poesia e a prosa quando caem numa questão, em geral, reforçam marcas comuns de
determinados períodos da literatura brasileira. Portanto, se você conhece as características do
Romantismo, por exemplo, ao se deparar com um poema dessa fase, já será possível inferir
determinados objetivos, intenções, sentimentos ou critérios na escolha de determinados
recursos expressivos.

 Em questões de texto jornalístico ou publicitário, tenha atenção às características do


gênero:
Os gêneros textuais, de modo geral, apresentam características particulares
relacionadas ao objetivo comunicativo de cada um. O tipo de linguagem, o vocabulário, a maior

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ou menor subjetividade, a ideia de interlocutor, o tamanho do texto, tudo isso configura as
mensagens e costuma aparecer em forma de pergunta na prova. Por exemplo, qual o objetivo
de se usar uma linguagem mais simples e objetiva num texto jornalístico? Atingir um maior
número de interlocutores. Qual o objetivo de se usar humor numa propaganda? Persuadir
determinado público a comprar determinado produto, ou seja, cada gênero costuma já
apresentar suas respostas específicas de acordo com a pergunta que é feita ao candidato na
hora do exame.

 Conheça o estilo de prova interpretativa do concurso pretendido:


Cada banca tem seu estilo de criar suas questões de interpretação. Por isso, não basta
estudar o conteúdo das matérias apenas. Você precisa, na verdade, praticar o máximo de
questões em cada área. Muitas vezes, você vai perceber que pode errar uma questão, mesmo
dominando seu conteúdo, o que ocorre pois o problema não está na teoria do assunto, mas na
sua prática de resolução. Nesse sentido, é muito importante, resolver muitas questões e não
desanimar com os erros. Errar é natural e faz parte do processo de aprendizagem, portanto
valorize seus acerto e use suas respostas erradas como roteiro para avaliar-se, traçar
estratégias para melhoria e maior capacitação.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Mercadinho em Pernambuco tem prateleira com alimentos para quem tem fome
O estabelecimento diminui o desperdício e mata a fome dos mais necessitados.

Diariamente, desperdiçamos alimentos – muitas vezes, por causa de sua aparência, porque
estão “feios” – que poderiam alimentar pessoas que passam fome. O fato é que nunca produzimos
tanto alimento como hoje. Mesmo assim, famílias inteiras convivem com a despensa e a geladeira
vazias.
É por isso que estamos aplaudindo de pé a iniciativa da Maíra Mousinho e do Jackson
Moura, proprietários de um mercadinho em Petrolina, no agreste de Pernambuco. Eles decidiram
doar os alimentos que ficam parados nas prateleiras para os mais necessitados. Maíra e
Jackson colocaram uma prateleira especial na entrada do estabelecimento, onde são
disponibilizados, gratuitamente, arroz, feijão, frutas, pão, legumes e verduras para pessoas em
situação de vulnerabilidade social. E uma placa no local informa que se a pessoa tiver fome pode
pegar o alimento de forma consciente, pois mais pessoas têm fome.
A iniciativa tem dado muito certo e atraído novos colaboradores. Alguns clientes passaram a
trazer eles próprios alimentos para manter a estante sempre cheia. Nessa corrente do bem, todo
mundo ganha. A comunidade diminui o desperdício de alimentos e mais pessoas terão o que
comer! Cada cidadão tem ajudado como pode!
Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2017 (Adaptação).

1) De acordo com o texto, ao disponibilizar alimentos gratuitamente em suas prateleiras, o


mercadinho não:
A) aumentou sua quantidade de clientes.
B) tem dado de comer a mais pessoas.
C) diminuiu o desperdício de alimentos.
D) tem atraído novos colaboradores para a iniciativa.

2) Releia o trecho a seguir. “Eles decidiram doar os alimentos que ficam parados nas
prateleiras para os mais necessitados.”

A palavra destacada refere-se a:


A) Pernambuco.
B) necessitados.
C) Maíra Mousinho e Jackson Moura.
D) autores do texto.

3) Assinale a alternativa em que as palavras destacadas representam uma ação e uma


qualidade, nessa ordem.
A) “O estabelecimento diminui o desperdício e mata a fome dos mais necessitados”
B) “Eles decidiram doar os alimentos que ficam parados nas prateleiras para os mais necessitados
[...]”
C) “Maíra e Jackson colocaram uma prateleira especial na entrada do estabelecimento [...]”
D) “Alguns clientes passaram a trazer eles próprios alimentos para manter a estante sempre
cheia.”.

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APROFUNDANDO NO QUE CAI

O estupro

Estupradores despertam em mim ímpetos de violência, a custo contidos.


Tive o desprazer de entrar em contato com muitos deles nos presídios. No antigo
Carandiru, cumpriam pena isolados nas celas do último andar do Pavilhão Cinco, única maneira de
mantê-los a salvo do furor assassino da massa carcerária.
Ao menor descuido da segurança interna, entretanto, eram trucidados com requintes de
crueldade. As imagens dos corpos mutilados trazidos à enfermaria para o atestado de óbito até
hoje me perseguem.
Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a Secretaria da Administração
Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no interior do estado. Nas áreas das
cidades em que a justiça caiu nas mãos dos tribunais do crime organizado, o estuprador em
liberdade não goza da mesma benevolência.
Assinada pela jornalista Claudia Collucci, com a análise de Fernanda Mena, a Folha
publicou uma matéria sobre o aumento do número de estupros coletivos no país.
Os números são assustadores: dos 22.804 casos de estupros que chegaram aos
hospitais no ano passado, 3.526 foram coletivos, a forma mais vil de violência de gênero que uma
mente perversa pode conceber. Segundo o Ipea, 64% das vítimas eram crianças e adolescentes.
O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É
um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade, ao subjugar pela
violência. Não é por outra razão que esses crimes são filmados e jogados na internet.
Oficialmente, no Brasil, ocorrem 50 mil registros de estupros por ano, dado que o Ipea
estima corresponder a apenas 10% do número real, já que pelo menos 450 mil meninas e
mulheres violentadas não dão queixa à polícia, por razões que todos conhecemos.
Em 11 anos atendendo na Penitenciária Feminina da Capital, perdi a conta das
histórias que ouvi de mulheres estupradas. Difícil eleger a mais revoltante.
Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na calada da noite em becos
escuros e ruas desertas, está equivocada. Há estimativas de que até 80% desses crimes sejam
cometidos no recesso do lar. Os autores não são psicopatas que fugiram do hospício, mas homens
comuns, vizinhos ou amigos que abusam da confiança da família, padrastos, tios, avós e até o
próprio pai.
A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser
ameaçada de morte caso denuncie o algoz. O predador tira partido da ingenuidade infantil, das
falsas demonstrações de carinho que confundem a menina carente, do medo, da impunidade e do
acobertamento silencioso das pessoas ao redor. Embora esse tipo de crime aconteça em todas as
classes sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico, sem que a sociedade se
digne a reconhecer-lhe existência.
A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida. A
liberdade de andarem com biquínis mínimos nas praias ou seminuas nos desfiles de Carnaval
fortalece esse mito. A realidade é outra, no entanto: somos um povo machista que trata as
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mulheres como seres inferiores. Consideramos que o homem tem o direito de dominá-las, ditar-
lhes obrigações, comportamentos e regras sociais e puni-las, quando ousarem decidir por conta
própria.
Há demonstração mais contundente da cultura do estupro em nosso país do que os
números divulgados pelo Ipea: 24% dos homens acham que “merecem ser atacadas as mulheres
que mostram o corpo”. Ou, na pesquisa do Datafolha: 42% dos homens consideram que “mulheres
que se dão ao respeito não são atacadas”.
Não se trata de simples insensibilidade diante do sofrimento alheio, mas um deboche
descarado desses boçais para ridicularizar as tragédias vividas por milhares de crianças,
adolescentes e mulheres adultas violentadas todos os dias, pelos quatro cantos do país.
O impacto do estupro sofrido em casa ou fora dela tem consequências físicas e
psicológicas terríveis e duradouras. O estuprador pratica um crime hediondo que não merece
condescendência e exige punição exemplar. Uma sociedade que cala diante de tamanha violência
é negligente e covarde.
VARELLA, Drauzio. O estupro. Drauzio Varella. 4 set. 2017. Disponível em: . Acesso em:
12 set. 2017 (Adaptação).

1). Analise as afirmativas a seguir.

I. Um dos motivos apontados como causa dos estupros é o excesso de confiança.


II. Para a maioria dos entrevistados, a mulher é atacada por mostrar excessivamente o
corpo.
III. Os estupros mencionados nas pesquisas se referem apenas aos cometidos contra
as mulheres.

De acordo com o texto, estão incorretas as afirmativas:

A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.

2) São características citadas pelo autor sobre a maioria dos estupros, EXCETO:
A) Proximidade entre o agressor e a vítima.
B) Presença em todas as classes sociais.
C) Cometidos em locais que fazem parte do cotidiano da vítima.
D) Constante reincidência da agressão.
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3) Analise as afirmativas a seguir.

I. O convívio liberal entre homens e mulheres não condiz com os fatos apresentados
nas pesquisas.
II. Crianças e mulheres, maiores vítimas dos casos de estupro, são abusadas, em sua
maioria, por familiares.
III. Ter a liberdade de andar com pequenos biquínis ou seminuas no Carnaval faz com
que as mulheres tenham uma falsa ideia de segurança no convívio com os homens.

Estão de acordo com a opinião do autor as afirmativas:

A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.

4) São fatores que beneficiam o comportamento do estuprador, EXCETO:

A) A conivência das pessoas próximas.


B) O medo das vítimas e das pessoas próximas.
C) A improbabilidade da punição.
D) A divulgação dos vídeos de estupro.

5) Releia o trecho a seguir. “Para livrá-los da sanha dos companheiros de prisão, a


Secretaria da Administração Penitenciária foi obrigada a confiná-los num único presídio, no
interior do estado.” São sinônimos da palavra destacada, EXCETO:

A) Sangria.
B) Fúria.
C) Ira.
D) Desejo de vingança.

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6) Assinale a alternativa em que a ideia expressa entre colchetes não está presente no
respectivo trecho.

A) “Uma sociedade que cala diante de tamanha violência é negligente e covarde.”


[DESATENÇÃO]
B) “A fama do convívio liberal do homem brasileiro com as mulheres é indevida.”
[NOTORIEDADE]
C) “[...] o estuprador em liberdade não goza da mesma benevolência.” [ASSASSINATO]
D) “A vítima típica é a criança indefesa, insegura emocionalmente, que chega a ser
ameaçada de morte caso denuncie o algoz.” [DESUMANIDADE]

7) A principal característica de gêneros textuais como este é:

A) informar o leitor sobre um determinado acontecimento ou situação.


B) expor a opinião do autor acerca do tema.
C) apresentar, de forma resumida, um determinado tema.
D) retratar, explicando, um determinado fenômeno social.

8) Releia o trecho a seguir. “Embora esse tipo de crime aconteça em todas as classes
sociais, é na periferia das cidades que adquire caráter epidêmico [...]”

Assinale a alternativa em que a substituição da palavra destacada nesse trecho altera


seu sentido original.

A) Contanto que esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia
das cidades que adquire caráter epidêmico.
B) Ainda que esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das
cidades que adquire caráter epidêmico.
C) Posto que esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das
cidades que adquire caráter epidêmico.
D) Conquanto esse tipo de crime aconteça em todas as classes sociais, é na periferia das
cidades que adquire caráter epidêmico.

9) São recursos argumentativos utilizados no texto I, EXCETO:


A) Argumento de autoridade.
B) Dados estatísticos.
8
C) Argumentação consistente.
D) Ironia.

10) Releia o trecho a seguir. “Se você, leitora, imagina que as vítimas são atacadas na
calada da noite em becos escuros e ruas desertas, está equivocada.” A palavra destacada é um:

A) sujeito, por isso faz parte dos termos integrantes da oração.


B) aposto, por isso faz parte dos termos integrantes da oração.
C) vocativo, por isso faz parte dos termos acessórios da oração.
D) sujeito, por isso faz parte dos termos acessórios da oração.

QUESTÃO EXTRA

Leia o texto a seguir.


Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode
determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas,
rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência
da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e
benéfico da guerra.
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para
alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente,
onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo,
não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a
outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas
e todos os demais efeitos das ações bélicas.
Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de
que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de
que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou
compaixão; ao vencedor, as batatas.
(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.)

Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da vírgula marca a supressão
(elipse) do verbo:

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A) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.
B) A paz, nesse caso, é a destruição (…)
C) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os
demais efeitos das ações bélicas.
D) d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…)

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GABARITO

Exercícios de Fixação
1. A
2. C
3. C

Aprofundando no Que CAI


1. C
2. D
3. B
4. D
5. A
6. C
7. B
8. A
9. D
10. C

Questão Extra

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RESUMÃO LJORTANO: O QUE EU NÃO POSSO ESQUECER?

• Ao ler o texto, atente-se:


- Ao autor do texto;
- Ao contexto artístico em que o texto foi composto;
- Aos aspectos formais do texto;
- Aos possíveis diálogos que esse texto tem com outras obras;
- Aos elementos verbais e não verbais do texto.
- À data e ao instrumento de publicação.

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LJORTANO, QUAL É SUA MISSÃO?
IR PARA O CONCURSO E TRAZER APROVAÇÃO!
LJORTANO, O QUE É QUE VOCÊ FAZ?
NÓS DEIXAMOS A CONCORRÊNCIA PARA TRÁS!

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