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OS PILARES DA REFORMA

PROTESTANTE
Joi / 31 de outubro de 2017

ESTES SÃO OS PILARES DA REFORMA PROTESTANTE,


CINCO SOLAS:
1- Sola Scriptura (do Latim: Somente as Escrituras):
Quando foi pedido que Lutero se retratasse, ele disse: “A
menos que eu seja convencido pelo testemunho das
Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu
seja persuadido por meio das passagens que citei; a
menos que assim submetam minha consciência pela
Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me
retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a
consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra
coisa; Deus me ajude. Amém”. Martinho Lutero disse isso
pois a opressão dos líderes católicos era massante. A
Igreja Católica colocava a tradição como equivalente ou
superior às Escrituras. Segundo a igreja católica, ela tinha
canonizado os livros que julgava serem santos,
revelados, ela reproduziu a Bíblia, por isso tinha este
domínio. A Reforma veio para dizer que somente a Bíblia
e toda a Bíblia é a via de fé e prática de todo cristão,
sendo a Palavra de Deus e estritamente ligada à sua
Pessoa, sendo assim, superior a qualquer tradição e a
pura verdade. É através das Escrituras que Cristo para
nós hoje se torna revelado.

2- Solus Christus (do Latim: Somente Cristo):


Afirma que não há salvação fora de Cristo, ele é o nome
dado pelo qual devamos ser salvos, é o Verbo Divino, A
Esperança de Israel, O Renovo de Jessé, O Messias, O
Caminho, a Verdade e a Vida. A reconciliação entre Deus
e os homens. Somente Cristo Salva pela graça redentora.
“Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu
não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual
devamos ser salvos” (At 4.12). “Eu sou o caminho, a
verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por
mim” (Jo 14.6). “Pois há um só Deus e um só mediador
entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (1 Tm
2.5). Sola Scriptura só existe por causa do Solus
Christus. Ou seja Deus em Seu eterno propósito,
escolheu Jesus Cristo, Seu Filho unigênito, para ser o
Mediador entre Deus e os homens (Isaías 42g1; 1 Pedro
1g19-20), o Profeta (Atos 3g22), o Sacerdote (Hebreus
5g5-6), o Rei (Salmos 2g6; Lucas 1g33), o Cabeça e
Salvador da Igreja (Efésios 1g22-23), o herdeiro de todas
as coisas (Hebreus 1g2) e Juiz do mundo (Atos 17g31); a
quem, desde toda a eternidade, deu um povo para ser
Sua posteridade e para ser por Ele, no tempo, remido,
chamado, justificado, santificado e glorificado. (Isaías
53g10; João 17g6; Romanos 8g30)

3- Sola Gratia (do Latim: Somente a Graça):


Quer dizer favor imerecido, misericórdia que se prolonga
de eternidade a eternidade, capaz de salvar o indivíduo
não por méritos, não por indulgências, compras de
pedaços dos céus, confissões ao sacerdote, nada disso.
Graça é graça, de graça, pra salvar independente das
obras àquele que atende ao convencimento do Espírito
Santo de que Cristo é a salvação, e o produto disto é a
graça! Favor que nos salva de nós mesmos! “Somos
como o impuro – todos nós! Todos os nossos atos de
justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas,
e como o vento as nossas iniquidades nos levam para
longe” (Is 64.6).“Pois vocês são salvos pela graça, por
meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não
por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9). Ou
seja, o homem não pode salvar a si mesmo, nem fazer
qualquer coisa para merecer o perdão. É da livre graça de
Deus. Depende do amor e da misericórdia de Deus,
manifestos no sacrifício de Jesus e confirmados na sua
ressurreição.

Mesmo a fé que temos não procede de nós mesmos,


mas é o resultado da operação do Espírito em nós. Como
Paulo bem disse em Ef 2.8,9: “Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé, não vem de vós, é dom de Deus,
não de obras, para que ninguém se glorie”. Portanto não
há nenhuma obra que o homem possa fazer para ganhar
a sua salvação. Segundo as escrituras, todos nós
pecamos (Eclesiastes 7g20, Romanos 3g23, 1 João 1g8).
Como resultado do pecado, todos nós merecemos a
morte (Romanos 6g23) e julgamento eterno do lago de
fogo (Apocalipse 20g12-15). Com isso em mente, todo dia
que vivemos é um ato de misericórdia de Deus. Se Deus
nos desse tudo que merecemos, todos estaríamos,
agora, condenados por toda a eternidade. No (Salmo
51g1-2), Davi clama: “Tem misericórdia de mim, ó Deus,
por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas
transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-
me de meu pecado.” Um apelo a Deus por misericórdia, é
pedir a Ele que suspenda o julgamento que merecemos
e, ao invés, conceder perdão que não merecemos. Não
merecemos nada de Deus. Deus não nos deve nada. E
qualquer coisa boa que tivermos em nossas vidas é um
resultado da abundante graça de Deus (Efésios 2g5). A
salvação é pela graça de Deus.

4- Sola fide (do Latim: por fé somente):


Também conhecida, historicamente, como doutrina da
justificação pela Fé, é a doutrina que distingue o
protestantismo das outras igrejas, tais como Católica
Romana, Igreja Ortodoxa e outras seitas quem ensinam
uma justificação por intermédio das obras. Ela afirma que
a fé é a razão de Deus manter comunhão com o homem.
Ela é suficiente e a base de uma vida Cristã. É o escudo e
a espada, onde nos possibilita a caminhar por esperança,
amor, sem ver, sem vistas, mas por ela e somente por
ela… pela fé! “O justo viverá pela fé” (Rm 1.17). “Tendo
sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por
nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). “Sem fé é
impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima
precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles
que o buscam” (Hb 11.6). Ela deve estar assegurada e
muito bem fundamentada nos ensinos do Sola Scriptura.

A fé genuína sempre se submeterá alegremente ao


senhorio de Cristo. Ela irá crer e confiar na palavra dEle.
Isso também quer dizer que a fé irá necessariamente
levar ao arrependimento. Ela não irá persistir numa
atitude de desafio e rebelião contra o Senhor, mas irá
reconhecê-lo como Senhor em todas as áreas de sua
vida. Ela irá carregar o fruto do amor por Cristo e pelo
povo dEle. Acreditar na justificação somente pela fé, é
acreditar que somente Cristo salva. Paulo afirma: “Não
aniquilo a graça de Deus, porque, se a justiça provém da
lei, segue-se que Cristo morreu em vão” (Gálatas 2g21).
Os que não acreditam na doutrina bíblica da justificação
pela fé; na verdade não estão confiando somente em
Cristo para sua justiça, e, portanto, estes não estão
salvos. Isto não é para sugerir que alguém deve ter
capacidade de articular todas as nuanças da justificação
para ser salvo, apenas que em seu coração, ele deve
acreditar na doutrina bíblica da salvação.

5- Soli Deo glória (do Latim: Glória somente a Deus):


É o princípio segundo o qual toda a glória é devida a
Deus por si só, uma vez que salvação é efetuada
exclusivamente através de sua vontade e ação. Não só o
dom da expiação de Cristo na cruz, mas também o dom
da fé, criada no coração do crente pelo Espírito Santo. Os
reformadores protestantes acreditavam que os seres
humanos – mesmo santos canonizados pela Igreja
Católica Romana, os papas, e as autoridades eclesiástica
– não eram dignos da glória que lhes foi atribuída.
Enquanto a Igreja Católica Romana buscava a glória dos
papas e seus liderados, dos imperadores, da prata e
ouro, Deus nos faz lembrar aqui que não divide sua glória
com ninguém, e como Jesus respondeu na tentação no
deserto: Somente a Deus adorarás e só a Ele prestarás
culto. “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome! Não darei
a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor” (Is
42.8). “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam
qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”
(1 Co 10.31).

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