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Dodd (1974, p. 31) acredita que a parábola tem caráter argumentativo e provoca
o leitor a refletir sobre os acontecimentos. É uma história que muitas vezes,
mesmo sem uma explicação moral, já impacta as pessoas, fazendo com que elas
pensem, julguem e respondam as questões levantadas.
Jesus criou as parábolas? Não, por mais que Jesus tenha se utilizado de parábolas,
tornando-se um grande disseminador destas, elas já existiam no Antigo Testamento.
Na Septuaginta - também conhecida como LXX, a mais antiga versão da Bíblia hebraica
traduzida para o grego - parabolê é sinônimo do substantivo mârshâl ou do verbo
mâshal. Como substantivo, significa ditado. Os rabinos também usavam este método de
ensino, mas suas parábolas só se assemelham às de Jesus no formato.
Os rabinos usavam parábolas para explicar a Lei, os versículos das Escrituras ou uma
doutrina, ou seja, para falar de questões que haviam sido estabelecidas, enquanto Cristo
utilizava as parábolas para ensinar novas verdades.
01 Rejeição:
as pessoas se voltam contra o ensinamento (Marcos 3:6; 12:12);
02 Transformação:
as pessoas aprendem o ensinamento, passam a enxergar que
podem mudar de vida e seguir Jesus.
Em Marcos 4:12, Jesus diz: “aos de fora, tudo se ensina por meio de
parábolas, para que vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam,
e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os
pecados.” Possivelmente, isso se trata das pessoas que demonstraram
incredulidade e endureceram o coração perante os ensinamentos. Dessa
forma, não conseguem extrair a lição das parábolas, mesmo que as
escutem.
Zuck (1994, p. 229) aponta que, ao usar parábolas, Cristo não estava
interessado em provocar o ensino de coisas profundas e místicas, mas sim
em levar as pessoas a decisões de arrependimento, esperança, fé e amor.
- Ênfase final: o mais importante das Parábolas de Jesus sempre surge no final.
- Perguntas retóricas: usadas para confrontar o ouvinte e fazê-lo refletir sobre o assunto
tratado sem esperar uma resposta direta.
- Hipérbole: as histórias que parecem ser situações comuns no início revelam algo
surpreendente e fora do comum no final.
- Exagero: por mais que as histórias retratem o cotidiano, algumas apresentam detalhes
exagerados. Por exemplo, dez mil talentos é uma soma astronômica de dinheiro (Mateus
18:24).
John Drane (1982, p. 119 - 124) classifica as parábolas de Cristo em quatro temas:
1. A sociedade e o soberano: parábolas que revelam o caráter de Deus;
2. A sociedade e o indivíduo: parábolas sobre as atitudes dos homens para entrar no
Reino de Deus;
3. A sociedade e a comunidade: parábolas sobre a relação do povo de Deus com o
mundo;
4. A sociedade e o futuro: parábolas sobre o Reino futuro.
O Prof. Dr. Clainton Kunz, em seu livro “As Parábolas de Jesus e seu Ensino sobre o Reino de Deus”,
propõe uma classificação de ordem cronológica em três grupos:
1. Inauguração do Reino: 14 parábolas que tratam de como o Reino de Deus foi implantado neste mundo;
2. Dimensão do Reino: outro grupo de 14 parábolas que tratam de como o ser humano pode entrar no
Reino de Deus;
3. Consumação do Reino: mais 14 parábolas que tratam das coisas a respeito do Reino de Deus que ainda
estão por vir.
DODD, C. H. AS PARÁBOLAS DEL Reino. Tradução de Alfonso de La Fuente. Madrid: Cristiandad, 1974.
DRANE, John. Jesus: sua vida e seu evangelho para o homem de hoje. Tradução de Alexandre
Macintyre. 2. ed. São Paulo: Paulinas. 1982.
KUNZ, Claiton. As Parábolas de Jesus e seu ensino sobre o Reino de Deus. Curitiba: A.D. Santos
Editora, 2014.
Referências
THAYER, Joseph Henry. Greek-English Lexion of the New Testament. Grand Rapids, Michigan:
Zondervan: 1974.
TRENCH, Richard Chevenix. Notas sobre las parábolas de nuestro Señor. Tradução de Alejandro
Aracena y Guilhermo Serrano. Grand Rapids, Michigan: TELL, 1987.
ZUCK, Roy B. A interpretação bíblica: meios de descobrir a verdade da Bíblia. Tradução de César
Bueno Vieira. São Paulo: Vida Nova, 1994.
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