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Instituto Superior de Engenharia do Porto – Engenharia Electrotécnica – Área de Máquinas e Instalações Eléctricas
EDITORIAL
ARTIGOS TÉCNICOS
EUTRO À TERRA
06| Desempenho Energético dos Edifícios e a sua Regulamentação
Engº Roque Filipe Mesquita Brandão
Instituto Superior de Engenharia do Porto
12| Segurança em Edifícios
Sistemas de Circuito Fechado de Televisão
Engº António Augusto Araújo Gomes
Instituto Superior de Engenharia do Porto
EVENTOS
FICHA TÉCNICA
DIRECTOR: Doutor José António Beleza Carvalho
Caros leitores
A publicação “Neutro à Terra” volta novamente à vossa presença, com novos e interessantes artigos na área da Engenharia
Electrotécnica em que nos propomos intervir. Os assuntos relacionados com as instalações eléctricas, a domótica, os sistemas
de segurança, as telecomunicações e a eficiência energética, particularmente na utilização da força motriz, merecem particular
destaque nesta edição.
O desempenho energético dos edifícios é hoje uma questão incontornável que, de uma forma directa ou indirecta, a todos nos
afecta actualmente. Nesta edição, apresenta-se um artigo que faz o estado da arte relativamente à legislação Europeia e
Portuguesa aplicável à certificação energética de edifícios, fazendo-se uma análise sintética ao Regulamento dos Sistemas
Energéticos e de Climatização de Edifícios (RSECE) e ao Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos
Edifícios (RCCTE).
Outro assunto de grande interesse apresentado nesta publicação, tem a ver com necessidade de garantir a segurança das
pessoas e dos bens. Este assunto é actualmente de grande importância, sendo objecto de legislação recentemente publicada,
que o tornam obrigatoriamente considerado no âmbito da concepção e projecto das instalações eléctricas. No artigo
apresentado faz-se um enquadramento geral sobre os sistemas de circuito fechado de televisão (CCTV), abordando-se as
estruturas mais comuns destes sistemas e referindo-se os principais aspectos tecnológicos inerentes a estes sistemas.
No âmbito das telecomunicações, apresenta-se um artigo relacionado com o fornecimento de novos serviços nesta área da
engenharia. A tecnologia das fibras ópticas tem-se imposto de uma forma cada vez mais consistente, verificando-se que
paulatinamente os operadores têm substituído os cabos de par de cobre e coaxiais pela fibra óptica. No artigo que é
apresentado analisa-se as novas infra-estruturas de telecomunicações em fibra óptica, na maior parte das vezes disponibilizada
por iniciativa particular dos operadores privados, de forma a oferecer serviços e soluções a velocidades de transmissão cada vez
maiores.
Nesta terceira publicação, pode-se ainda encontrar artigos relacionados com outros assuntos reconhecidamente importantes e
actuais, como o dimensionamento e utilização eficiente de equipamentos de força motriz, o dimensionamento da secção
técnica versus secção económica em redes de distribuição de energia eléctrica, e a domótica, com uma abordagem detalhada à
gestão técnica de edifícios baseado no sistema KNX.
Estando certo que esta terceira publicação da “Neutro à Terra” vai novamente satisfazer as expectativas dos nossos leitores,
apresento os meus cordiais cumprimentos.
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Engº António Augusto Araújo Gomes
EM DESTAQUE Instituto Superior de Engenharia do Porto
A regulamentação de segurança contra incêndio em edifícios foi recentemente objecto de revisão, através da publicação em
Diário da República de um conjunto de diplomas legislativos, que vieram revogar o anterior enquadramento de segurança
contra incêndio em edifícios, constituído por todo um conjunto de Regulamentos de Segurança Contra Incêndio, Normas de
Segurança Contra Incêndio e Medidas de Segurança Contra Incêndio, que embora volumoso, mesmo assim era incompleto, no
espaço e no tempo, repetitivo, de manuseamento complicado e, por vezes, de interpretação problemática. Justifica-se assim a
pertinência desta revisão, que consolida toda a legislação de segurança contra incêndio em edifícios num único regulamento, e
define o novo regime de credenciação de entidades envolvidas ao nível de projecto, execução e exploração dos edifícios.
Aprova e publica o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios (SCIE), dando cumprimento ao disposto
no artigo 15.º do Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro, que aprovou o regime jurídico de segurança contra
incêndio em edifícios, que determinava que seriam regulamentadas por portaria do membro do Governo responsável pela
área da protecção civil as disposições técnicas gerais e específicas de SCIE referentes às condições exteriores comuns, às
condições de comportamento ao fogo, isolamento e protecção, às condições de evacuação, às condições das instalações
técnicas, às condições dos equipamentos e sistemas de segurança e às condições de autoprotecção.
Estabelece o regime de credenciação de entidades para a emissão de pareceres, realização de vistorias e de inspecções das
condições de segurança contra incêndio em edifícios (SCIE), motivado pelo novo enquadramento definido pelo Decreto -Lei
n.º 75/2007, de 29 de Março.
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Engº Roque Filipe Mesquita Brandão
ARTIGO TÉCNICO Instituto Superior de Engenharia do Porto
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ARTIGO TÉCNICO
Os requisitos devem ser sujeitos a revisão e actualização adequação da sua capacidade em função dos requisitos de
regulares. Para os novos edifícios com área superior a 1000 aquecimento pretendidos. Os peritos devem fornecer aos
m2, devem ser estudadas formas alternativas de utilizadores recomendações sobre a substituição das
fornecimento de energia eléctrica, baseadas em energias caldeiras por outras mais eficientes ou a adopção de outras
renováveis ou co-geração e privilegiado o uso de sistemas soluções alternativas.
urbanos ou colectivos de aquecimento ou arrefecimento.
Para os sistemas de ar condicionado com potência nominal
Estes estudos, que contemplarão aspectos de viabilidade útil superior a 12 kW deve ser feita uma avaliação do
técnica, económica e ambiental, deverão ser tomados em desempenho do sistema e a adequação da sua potência em
consideração antes de se iniciar a construção. Quanto aos função dos requisitos de climatização do edifício. Os peritos
edifícios existentes e com área superior a 1000 m2, sempre deverão também fornecer aos utilizadores recomendações
que sofram obras de renovação importantes deve ser sobre possíveis melhorias ou a substituição do sistema de ar
melhorado o seu desempenho energético, desde que condicionado, ou soluções alternativas. Com estas medidas
possível do ponto de vista técnico, económico e funcional. pretende-se uma redução do consumo de energia e a
limitação das emissões de dióxido de carbono pelos Estados-
Um dos objectivos que também faz parte da Directiva é o da Membros.
criação de um certificado energético do edifício, necessário
aquando da construção, venda ou arrendamento e fornecido A Directiva impôs a data de 4 de Janeiro de 2006 para que os
ao proprietário ou por este ao potencial comprador ou Estados-Membros colocassem em vigor as disposições legais,
arrendatário. Com este certificado deve ser possível aos regulamentares e administrativas necessárias para dar
consumidores comparar e avaliar o desempenho energético cumprimento à referida Directiva, devendo dar
do edifício. Deve ser parte integrante do certificado um conhecimento à Comissão desse facto. O prazo poderia ser
conjunto de recomendações que visem a melhoria da alargado por mais 3 anos se os Estados-Membros não
eficiência energética bem como o estudo de viabilidade dispusessem de peritos qualificados em número suficiente.
económica da sua aplicação. Estes certificados deverão ter
um prazo de validade nunca superior a 10 anos. Por forma a cumprir o imposto pela Directiva 2002/91/CE e
também como forma de adequação da anterior
Por último esta Directiva impôs a necessidade de inspecção regulamentação, Portugal aprovou no conselho de ministros
regular de caldeiras e instalações de ar condicionado nos de 26 de Janeiro de 2006 a nova regulamentação para o
edifícios e, complementarmente, avaliação da instalação de Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade
aquecimento quando as caldeiras tenham mais de 15 anos. do Ar Interior nos Edifícios (SCE), o Regulamento das
Todas as caldeiras com potência nominal útil, isto é, com Características de Comportamento Térmico dos Edifícios
potência calorífica máxima fixada e garantida pelo (RCCTE) e o Regulamento dos Sistemas Energéticos e de
construtor, de 20 a 100 kW e alimentadas por combustíveis Climatização dos Edifícios (RSECE). Em 4 de Abril de 2006
não renováveis, devem ser sujeitas a inspecção periódica. foram publicados em Diário da República os respectivos
Para caldeiras com potência nominal útil superior a 100 kW a Decreto-Lei.
inspecção deve ser feita de 2 em 2 anos, podendo o prazo
ser aumentado para 4 anos se o combustível usado for o gás
natural. Todas as caldeiras com mais de 15 anos e com
potência nominal útil superior a 20 kW devem ser alvo de
inspecção que deverá analisar o rendimento da caldeira e a
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ARTIGO TÉCNICO
2. Sistema Nacional de Certificação Energética e da SCE foi atribuída à Agência para a Energia (ADENE), que tem
Qualidade do Ar Interior os Edifícios (SCE) como objectivos o de assegurar o funcionamento do sistema,
aprovar o modelo de certificados de desempenho
Através do decreto-lei nº 78/2006 de 4 de Abril, Portugal energético, criar uma bolsa de peritos qualificados do SCE e
transpôs parcialmente para ordem jurídica nacional a disponibilizar, online, o acesso a toda a informação relativa
Directiva nº 2002/91/CE, cumprindo assim os prazos aos processos de certificação aos peritos.
O SCE tem 3 finalidades principais sendo que a primeira mesmo DL define ainda as taxas a pagar pelo registo dos
delas é a de assegurar a correcta aplicação das disposições certificados na ADENE, contra-ordenações, coimas e sanções
contidas no Regulamento das Características de acessórias a pagar sempre que haja incumprimentos dos
Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) e no regulamentos. As sanções acessórias podem passar pela
Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos suspensão de licença ou de autorização de utilização;
desempenho energético e a qualidade do ar interior nos actividade de perito qualificado. Quanto ao produto das
edifícios. Por último fazer a identificação de medidas coimas é repartido entre os cofres do Estado (60%) e a
correctivas ou de melhoria de desempenho energético nos entidade que instruiu o processo de contra-ordenação e
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ARTIGO TÉCNICO
3. Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Define ainda as condições de manutenção dos sistemas de
Climatização dos Edifícios (RSECE) climatização, as condições de monitorização e de auditoria
de funcionamento dos edifícios em termos dos consumos de
Em Portugal já existia um regulamento dos Sistemas energia e da qualidade do ar interior e especifica os
Energéticos e de Climatização dos Edifícios desde 1992, requisitos a que devem obedecer os técnicos responsáveis
aprovado pelo decreto-lei nº 156/92, de 29 de Julho e que pelo projecto, instalação e manutenção dos sistemas de
nunca chegou a ser aplicado. climatização.
Seis anos volvidos, foi aprovado o decreto-lei nº 118/98, de 7 O novo RSECE impõe uma limitação efectiva dos consumos
de Maio que veio substituir o decreto-lei anterior e que se energéticos globais do edifício, entrando em consideração
manteve em vigor até 2006, ano em que Portugal reviu o com os consumos da climatização, iluminação, entre outros,
RSECE tendo como objectivo, também, ir ao encontro das quer para os edifícios novos quer para os existentes. Para os
exigências da Directiva nº 2002/91/CE, que como já se edifícios novos o projectista é ainda obrigado a detalhar os
referiu impunha aos Estados-Membros a revisão periódica métodos de previsão dos consumos energéticos, na fase de
dos regulamentos. projecto. Após a verificação da conformidade regulamentar
na fase de projecto e no final da obra, são passadas as
A revisão do anterior RSECE impunha a definição de licenças de construção ou de utilização.
condições de conforto térmico e de higiene nos diferentes
espaços dos edifícios, melhorar a eficiência energética global Para os edifícios existentes a verificação dos consumos será
dos edifícios, impor regras de eficiência aos sistemas de feito através de auditorias energéticas periódicas. Sempre
climatização e monitorizar periodicamente as práticas de que sejam verificadas inconformidades regulamentares,
manutenção dos sistemas de climatização. Neste sentido é deverão ser propostas e implementadas medidas
aprovado o Regulamento dos Sistemas Energéticos e de correctivas, desde que seja garantida a viabilidade
Climatização dos Edifícios (RSECE) que é publicado como económica das mesmas.
anexo ao decreto-lei 79/2006, de 4 de Abril.
Neste regulamento são ainda definidos os requisitos para a
Este novo regulamento estabelece as condições a observar manutenção da qualidade do ar interior, nesse sentido os
aquando do projecto de novos sistemas de climatização, novos edifícios a construir e que se encontrem abrangidos
definindo os requisitos em termos de conforto térmico e de pelo RSECE, devem ser dotados de meios naturais,
qualidade do ar interior, bem como os requisitos mínimos de mecânicos ou híbridos que garantam as taxas de renovação
renovação e tratamento de ar que devem ser assegurados de ar de referência fixadas. Aos edifícios de serviços
em condições de eficiência energética; Os requisitos em existentes, abrangidos pelo RSECE e que possuam sistemas
termos da concepção, instalação e do estabelecimento das de climatização devem ser efectuadas auditorias à qualidade
condições de manutenção a que devem obedecer os do ar interior (QAI). Nestas auditorias devem ser medidos os
sistemas de climatização; A observância dos princípios da agentes poluentes no interior dos edifícios. Sempre que nas
utilização racional da energia como forma de auditorias sejam detectadas concentrações acima das
sustentabilidade ambiental. permitidas, o proprietário, ou locatário ou arrendatário do
edifício deve preparar um plano de acções correctivas da
No novo RSECE são ainda definidos os limites máximos de QAI, no prazo máximo de 30 dias após a conclusão da
consumo de energia nos grandes edifícios de serviços auditoria. Este prazo pode ser reduzido se a QAI estiver
existentes; No cálculo dos consumos de energia para todo o gravemente comprometida, podendo, em casos extremos,
edifício deve ser dada especial atenção à climatização. ser decretado o encerramento imediato do edifício.
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ARTIGO TÉCNICO
Nos edifícios de serviços, ou fracções autónomas, abrangidos Com o aumento significativo do uso de equipamentos de
pelo RSECE, deve existir um técnico responsável pelo bom climatização, em especial dos sistemas de ar condicionado,
funcionamento dos sistemas energéticos de climatização, mesmo no sector residencial e também devido às
incluindo a sua manutenção, e pela qualidade do ar interior. imposições decorrentes da Directiva 2002/91/CE, é aprovado
em Portugal o Regulamento das Características de
O referido técnico é ainda responsável pela gestão da Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), que é
respectiva informação técnica. As qualificações do técnico publicado em anexo ao decreto-lei nº 80/2006, de 4 de Abril.
estão definidas no decreto-lei nº 78/2006 de 4 de Abril.
Neste decreto-lei estão também definidas as qualificações O RCCTE estabelece as regras a observar no projecto de
dos técnicos de instalação e manutenção de sistemas de todos os edifícios de habitação e dos edifícios de serviços
climatização e QAI, bem como todas as coimas e sanções sem sistemas de climatização centralizados de modo a que,
aplicadas em caso de incumprimentos regulamentares. sem dispêndio excessivo de energia, sejam garantidas as
exigências de conforto térmico e de ventilação necessárias
4. Regulamento das Características de Comportamento para a qualidade do ar interior, bem como as necessidades
Térmico dos Edifícios (RCCTE) de águas quentes sanitárias.
O primeiro instrumento legal que em Portugal impôs Para a garantia deste último aspecto, o novo RCCTE impõe a
requisitos ao projecto de novos edifícios e de grandes obrigatoriedade do recurso a sistemas solares para
remodelações, com o objectivo de salvaguardar a satisfação aquecimento de água em edifícios que tenham cobertura
das condições de conforto térmico sem necessidade de com exposição solar adequada. Podem ser usados outros
recorrer ao uso excessivo de energia, foi aprovado pelo sistemas renováveis, alternativos aos colectores solares,
decreto-lei nº 40/90 de 6 de Fevereiro. desde que sejam mais eficientes.
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Engº António Augusto Araújo Gomes
ARTIGO TÉCNICO Instituto Superior de Engenharia do Porto
Segurança em Edifícios
Sistemas de Circuito Fechado de Televisão
1. Enquadramento 2. A Videovigilância como Valência de Segurança em
Edifícios
Para que os ocupantes e operadores possam usufruir na
plenitude dos edifícios, estes devem satisfazer requisitos É cada vez mais frequente o recurso à videovigilância através
arquitectónicos, funcionais, ecológicos, económicos e de de sistemas de circuitos fechados de televisão (Closed Circuit
segurança. Television – CCTV), quer como elementos isolados de
vigilância, quer como elementos de complemento dos
O fim e a utilização a que se destina cada edifício sistemas de segurança, em geral, e, em particular, dos
determinam a selecção, instalação e implementação de sistemas de detecção automática de intrusão e controlo de
diferentes medidas de protecção e segurança, de forma a acessos.
assegurar e controlar os aspectos de segurança das diversas
valências das instalações, equipamentos e ocupantes. Embora existam dispositivos pertencentes ao CCTV que
podem realizar a detecção automática de intrusão, os
Independentemente do risco ou complexidade de cada sistemas de CCTV não são, habitualmente, designados de
instalação, deverão ser estudados, desenvolvidos e sistemas de segurança, mas sim, sistemas de vigilância. Não
implementados sistemas de protecção e segurança, capazes tendo por isso, normalmente, uma missão de vigilância com
de garantir o conforto e a segurança dos ocupantes e a detecção automática de intrusão, mas sim a vigilância como
protecção de bens. elemento de suporte ao controlo e à intervenção humana.
A segurança contra incêndios, nas áreas de redução e Além da visualização de imagem, em tempo real, os sistemas
protecção do risco, são a principal vertente da segurança em de CCTV permitem a gravação e arquivo dessas mesmas
edifícios. A segurança contra intrusão, controlo de acessos, imagens, que posteriormente poderão ser consultadas, se tal
videovigilância e alarmes técnicos são outras vertentes for necessário.
fundamentais no garante da segurança em edifícios.
A instalação de sistemas de CCTV é, assim, hoje em dia, um
facto generalizado motivado, por um lado, pela necessidade
de proceder ao controlo e à protecção de pessoas e bens e,
por outro, pelo reduzido custo destes sistemas.
Fonte: www.siemens.com
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ARTIGO TÉCNICO
3. Áreas de Intervenção dos Sistemas de Videovigilância - Vigilância de veículos de transporte público (comboios,
metro, barcos, …);
A utilização dos sistemas de videovigilância através de - Vigilância de zonas públicas em hotéis, casinos;
sistemas de Circuito Fechado de Televisão encontra-se, - Vigilância de parques de estacionamento;
actualmente, generalizada a todas as áreas de actividade, - Vigilância de zonas pedonais;
desde a comercial, industrial, serviços, recintos desportivos, - Análise facial para identificação de pessoas;
estabelecimentos de ensino, actividade portuária e - Sondas médicas;
aeroportuária, vias de circulação até à área residencial.
4. Arquitectura de um Sistema de Videovigilância
De entre as inúmeras vantagens da utilização de sistemas de
CCTV, podemos destacar A arquitectura de um sistema de videovigilância pode ser
- Aumento da segurança física das instalações; dividida em quatro grupos principais:
- Aumento da segurança e do conforto dos utilizadores
das instalações; - Recolha de imagem
- Facilidade no controlo dos acessos de pessoas internas e
externas às organizações; Corresponde às unidades que fazem a transformação do
- Facilidade no controlo de viaturas próprias e externas às sinal óptico (imagem) em sinal eléctrico, sendo constituída
organizações; pelos elementos de conversão da zona visualizada num sinal
- Supervisão de pontos de venda e atendimento a clientes; de vídeo.
- Controlo e gestão eficaz em processos produtivos;
- Controlo mais eficaz das instalações; É composto essencialmente pelas câmaras, lentes, suportes
- Possibilidade de acesso remoto via internet, de qualquer e caixas.
ponto do mundo, em tempo real;
- Flexibilidade na utilização do sistema. - Transmissão do sinal
Como utilização mais comum dos sistemas de CCTV, Responsável pelo transporte do sinal recolhido pelo grupo
podemos destacar a vídeo vigilância e segurança em: anterior, até à zona de processamento, controlo e comando
- Estabelecimentos comerciais; e monitorização da imagem.
- Bancos;
- Oficinas; A transmissão do sinal é realizada, essencialmente, por cabo
- Edifícios públicos; coaxial, par troçado ou cabo de fibra-óptica.
- Portos e aeroportos;
- Moradias. - Processamento do sinal, controlo, comando e gravação
da imagem
Outras aplicações, mais específicas da utilização de sistemas
de CCTV são: Constituído pelo conjunto de equipamentos responsáveis
- Monitorização de tráfego em pontes e estradas; pelo processamento, controlo e comando e gravação da
- Monitorização de processos industriais; imagem, proveniente do grupo de recolha.
- Vigilância de áreas interditas à presença humana tais
como: fornos, zonas tóxicas, submersas, etc. É composto essencialmente selectores, multiplexadores e
- Vigilância de sítios sem iluminação; gravadores.
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ARTIGO TÉCNICO
vídeo, que voltam a fazer a transformação do sinal eléctrico o Íris manual ou automática
- Tipos de Câmaras
o Fixas
o MiniDome
o SpeedDome
Figura 1 – Vista Geral de uma Sala de Segurança
- Tipo de Sistemas
o Analógico
o Digital
Fonte: www.siemens.com
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ARTIGO TÉCNICO
Os suportes são os elementos de fixação das câmaras. É o elemento responsável pela gravação das imagens, para
posterior visualização.
As caixas são os elementos de protecção e, por vezes, de
dissimulação das câmaras. o Gravadores Analógicos
- Monitores
Figura 6 – Gravador analógico
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ARTIGO TÉCNICO
De seguida apresentam-se alguns exemplos de configurações gerais de sistemas de CCTV, envolvendo as diversas tecnologias
anteriormente descritas.
- Sistema tradicional
Quadri
Câmaras Multiplexer Gravador
Sequenciador
Monitor
Sequenciador
Câmaras Monitor
Gravador
Sequenciador
Câmaras Monitor
Gravador
ADSL
ISDN
PSTN
Ethernet
Acesso
Remoto
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ARTIGO TÉCNICO
7. Conclusão
Os sistemas de videovigilância são cada vez mais uma importante valência na segurança dos edifícios, de forma a garantir a
segurança de pessoas instalações e bens.
A instalação de sistemas de Circuito Fechado de Televisão é, hoje em dia, um facto generalizado motivado, por um lado, pela
necessidade de proceder à protecção de pessoas e bens e, por outro, pela flexibilidade e baixo preço destes sistemas.
Actualmente os sistemas de Circuito Fechado de Televisão estão presentes em todas as áreas de actividade, desde o comércio,
industria, até ao sector habitacional.
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Engº Sérgio Filipe Carvalho Ramos
ARTIGO TÉCNICO Instituto Superior de Engenharia do Porto
Se há poucos anos não imaginávamos as nossas vidas sem o Esta nova oferta de serviços de telecomunicações apenas
conforto proporcionado pela iluminação artificial, fruto do tem sido possível pelos enormes investimentos realizados
desenvolvimento e proliferação da produção, transporte e pelos operadores, de forma a dar uma resposta cabal às
distribuição de energia eléctrica, seguramente que nos dias necessidades de operabilidade e de inovação de serviços aos
de hoje é indissociável juntar a esse mesmo conforto e estilo consumidores domésticos e empresariais.
de vida a utilização dos meios de telecomunicações actuais. Tem-se assistido a uma estratégia comum por parte dos
diversos operadores em fornecer aos seus clientes “pacotes”
Com efeito, a vulgarização do uso de telemóveis, a recepção de serviços de telecomunicações. A oferta desses serviços,
e transmissão de dados a velocidades cada vez maiores, o denominados por “Triple Play”, disponibiliza numa única
aparecimento de televisão de alta definição (TVAD) em plataforma: telefone, internet de banda larga, “vídeo on
substituição do actual formato PAL, a surgimento de ofertas demand” e televisão. Do ponto de vista económico estes
de novos serviços como o Vídeo on Demand a par da serviços disponibilizados pelos operadores poderá ser
emergente televisão digital terrestre constituem, vantajoso na medida em que os clientes, tendencialmente,
seguramente, uma nova revolução nas infra-estruturas de pagarão menos pelo conjunto de todos os serviços do que
telecomunicações domésticas e profissionais. pagaria por eles em separado.
Assim, e para que estes serviços possam chegar ao
O sector das telecomunicações tem sido aquele que se consumidor final, no seu potencial máximo de exploração, é
encontra em pleno crescimento, com os fabricantes e necessário criar e dotar as infra-estruturas de
operadores a lançarem novos produtos e soluções de forma telecomunicações que suportem tais serviços.
continuada, bem como uma atenta e perspicaz reacção por A crescente inovação tecnológica no sector das
parte dos legisladores. Assiste-se verdadeiramente na telecomunicações origina, forçosamente, mudanças
indústria das telecomunicações a um movimento sucessivas ao nível das redes e dos serviços dos operadores,
relacionado com a convergência para as redes IP (“Internet e ainda nas infra-estruturas individuais (dentro das fracções
Protocol”, ou Protocolo de Internet). autónomas). De facto, é necessário dotar as fracções de
novos meios que possibilitem recepcionar os novos serviços
de telecomunicações. A par da utilização de cabos em par de
cobre de classes cada vez maiores, e da utilização de cabos
coaxiais de maiores frequências, a utilização de fibra óptica
poderá constituir uma nova realidade para dotar as infra-
estruturas de telecomunicações interiores.
Dada a crescente tendência dos operadores chegarem a casa
dos clientes em fibra óptica para disponibilização de serviços
“Triple Play”, a extensão desta tecnologia poderá, pois,
entrar pelas nossas casas de forma a dinamizar e
proporcionar cada vez mais melhores serviços de
telecomunicações.
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3. “Fiber To The Home ” Pelo facto de serem redes passivas apresentam como grande
vantagem a redução com os custos de exploração e
Fiber To The Home (FTTH) é uma tecnologia de interligação manutenção, quando comparadas com as redes de CATV e
de residências através de fibras ópticas para o fornecimento xDSL (tecnologia avançada de transmissão analógica a qual
de serviços de comunicação de dados, TV digital, internet e permite transportar informação digital a elevadas
telefone, conforme ilustrado na a figura 1. velocidades através de pares de cobre, mediante sistemas de
modulação-desmodulação complexos).
Paulatinamente, os operadores têm substituído os cabos de
par de cobre e coaxiais (no caso de serviços de “Community A rede GPON é uma rede óptica ponto-multiponto que
Antenna Television” – CATV) pela fibra óptica, levando-a até compartilha numa única fibra óptica diversos pontos finais
às nossas casas. usuários. Uma rede GPON consiste na ligação de
As residências são ligadas a um ponto do operador (ponto 3 equipamentos OLT, de um lado, e do outro lado conectados
da figura 1), designada por terminal de fibra ou “Tap em vários outros equipamentos ONT, conforme a figura 1, e
Closure”. que poderão estar localizados em condomínios (ONU –
“Optical Network Units”) ou residências (ONT). O sinal óptico
Os operadores têm apostado na instalação das redes FTTH é, pois, transmitido pelo OLT por uma única fibra e nessa
cuja tecnologia mais utilizada é a GPON (“Gigabit Passive mesma fibra são feitas derivações mediante a utilização de
Optical Network”). Neste tipo de redes a distribuição de sinal divisores ópticos passivos de forma a possibilitar a sua
é feita por equipamentos sem qualquer electrónica, conectorização às ONT's ou ONU’s. Cada ONT transmite e
passivos, portanto, conforme a figura 1. Usualmente, os recebe um canal óptico independente e disponibiliza para o
equipamentos activos encontram-se localizados no edifício cliente final entre 1Mbit/s e 1Gbit/s, para as aplicações de
técnico central (ponto 1 da figura 1 – “Central Office” – OLT – voz, dados e vídeo.
“Optical Line Terminal”). Na fracção respeitante ao cliente
encontra-se instalado o ONT – “Optical Network Terminal”.
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ARTIGO TÉCNICO
Existe, ainda uma outra possibilidade de projecto para FTTH, Com o FTTH, a rede de acesso será baseada na fibra e capaz
denominada FTTH em modo dedicado (D-FTTH). Num de promover velocidades de 100Mb/s, 1Gb/s, podendo
projecto FTTH em modo dedicado a fibra óptica funciona mesmo chegar-se aos 40Gb/s. Com certeza que tal feito
directamente de centro técnico a um cliente final. A fibra criará uma rede de acesso com inúmeras possibilidades e
dedicada fornece a maioria de largura de banda uma vez que potencialidades. Esta tecnologia suportará um modelo
entrega toda a largura de banda de uma única fibra. aberto completo pelo qual o consumidor terá total liberdade
Contudo, o custo de D-FTTH é ainda considerado por grande de escolha do seu fornecedor de serviço contribuíndo,
parte dos operadores como altamente proibitiva. decisivamente, para a solidificação da livre concorrência
neste sector.
A figura 2 apresenta uma ilustração esquemática de como a
arquitectura de uma FTTH varia relativamente às distâncias Em virtude das suas características, as fibras ópticas
de fibra óptica utilizada entre o centro técnico e o cliente apresentam vantagens inquestionáveis sobre os demais
final. sistemas, nomeadamente:
• Apresentação de dimensões reduzidas;
Fiber to the Home é a tecnologia de banda larga para o • Capacidade para transportar grandes quantidades de
mercado de massa do futuro, em termos de informação num par de fibra óptica;
telecomunicações. O FTTH disponibiliza o transporte • Atenuação muito baixa, o que promove grandes
simultâneo de uma série de serviços, tais como internet com distâncias entre regeneradores de sinal, com distância
acesso cada vez mais rápido, telefone e televisão através de entre regeneradores superiores a algumas centenas de
uma única fibra óptica. quilómetros;
• Excelente imunidade às interferências
electromagnéticas;
• Matéria-prima abundante;
• Custo cada vez mais reduzido,
• Material que não sofrem qualquer inconveniente a
descargas eléctricas e/ou atmosféricas.
Legenda:
FTTN - Fiber to the node / neighborhood
FTTC – Fiber to the curb
FTTB – Fiber to the building
FTTH – Fiber to the home (FTTH)
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ARTIGO TÉCNICO
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Engº Domingos Salvador Gonçalves dos Santos
Instituto Superior de Engenharia do Porto ARTIGO TÉCNICO
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ARTIGO TÉCNICO
O que também contribui para escolha do KNX, é que um - Inglaterra, Heathrow Airport, Terminal 5
produto que é colocado no mercado, é totalmente testado e
certificado por um organismo regulador independente e só No terminal 5 do aeroporto de Heathrow, o KNX controla a
depois é que o produto pode ter o logótipo KNX. gestão dos sistemas de iluminação, de forma a proporcionar
aos passageiros um ambiente bem iluminado nas diversas
A KNX Association é o organismo internacional responsável áreas do terminal, incluindo o terminal ferroviário, o pátio
pela certificação. Este processo, garante total confiança na principal do edifício e a ligação dos passageiros (TTS -
fiabilidade e interoperabilidade dos produtos KNX, Tracked Transit System) entre o edifício principal e os
independentemente dos dispositivos e fabricantes. edifícios utilizados para o embarque.
O novo paradigma da gestão energética, faz com que seja Também controla a iluminação dos vários andares do parque
extremamente importante tornar mais eficiente a utilização de estacionamento, do centro climatização e da torre de
da energia. controlo de tráfego aéreo.
Hoje em dia, o KNX é uma tecnologia adoptada em todo Esta solução permite à manutenção acompanhar a evolução
mundo, desde da China aos Estados Unidos, bem como da dos sistemas de iluminação em todo o terminal e
Austrália ao Médio Oriente. rapidamente identificar eventuais falhas através do Sistema
Central de Gestão Técnica, incluindo a sua localização
Seguidamente apresentam-se alguns exemplos que precisa. Desta forma, garante-se que todas as áreas do
representam alguns dos projectos mundiais realizados com terminal estão constantemente bem iluminada, facilitando
KNX. ainda a sua manutenção.
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ARTIGO TÉCNICO
Figura 2- China, Estádio Olímpico de Pequim O novo e luxuoso Hotel Kempinski, “The Dome”, na
paradisíaca praia de Antalya na Turquia, apresenta-se como
No espectacular "Ninho de Pássaros", o todo sistema de um sonho das 1001 Noites. A arquitectura de um complexo
iluminação é controlado por KNX, incluindo a deslumbrante edifício moderno faz lembrar o estilo Seljukian.
iluminação exibida durante a abertura e encerramento da
29.ª edição dos Jogos Olímpicos de Verão.
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ARTIGO TÉCNICO
O complexo hoteleiro com 157 quartos, 16 moradias, seis - Áustria, Cidade de Salzburgo
restaurantes e três bares está localizado sobre uma área de
aproximadamente 1.250.000m². A cidade de Salzburgo cobre uma área de 65,65km² e tem
150.269 habitantes (conforme dados de 2007).
Os quartos foram concebidos com base nas cores
Mediterrâneas e estão equipados com o mais recente O sistema de iluminação pública da Cidade de Salzburgo
tecnologia. Não existem os típicos sinais "Por favor, não inclui 19.000 luminárias com um total de 2,9 MW de
perturbar" em qualquer lugar do Kempinski. Esta potência e uma rede de 600km de comprimento.
informação, é por sua vez exibida na porta por um display
LED, que pode ser convenientemente controlado pelo Os custos da energia por hora de funcionamento (0,11€ por
hóspede junto à cama. kW/h) são 319 euros.
Quartos com Pensamento - Conforto Funções O novo sistema KNX liga as luzes quando a luminosidade
baixa os 180 lux e desliga a 40 lux na parte de manhã.
Uma tecnologia avançada e normalizada, sem um Comutações devido ao mau tempo (tempestades, neve,
compromisso de um único fabricante e que proporciona-se nuvens) são ultrapassadas através do modo de longo tempo.
conforto elevado ao utilizador e eficiência energética, foram
as razões que levaram os investidores e operadores do Os algoritmos do KNX verificam o desenvolvimento da luz
Kempinski Hotels a optar pela tecnologia KNX. Durante o natural em Salzburgo e só permitem que as luzes se liguem
check-in dos hóspedes, a recepção poderá activar as após um alargado período de escuridão, poupando assim
seguintes funções do quarto seleccionado: A climatização uma grande quantidade de energia. A alta estabilidade do
definida para modo de conforto, luzes de boas-vindas e TV sistema KNX garante a segurança do sistema.
ligada. Todas as outras funções estarão operacionais mal o
hóspede introduza o cartão no leitor do seu quarto. O sistema está construído em redundância. Existem dois
sistemas idênticos a correr em paralelo, segundo o qual o
Ajuda Rápida em Caso de Emergência sistema o primeiro sistema é executado como sistema
primário. Se este sistema entra em modo de erro, o segundo
Todas as casas de banho estão equipadas com um sistema de sistema assume o controlo. Cada sistema auto verifica-se
chamada de emergência. Isso garante que a recepção será através da transmissão cíclica de mensagens de todos os KNX
alertada através do sistema KNX com um alarme sonoro e a componentes para detectar avarias.
exibição do número do quarto no caso de uma emergência.
|26
ARTIGO TÉCNICO
Os algoritmos de controlo foram implementados módulos de O navio tem mais de 100 cabines em diferentes categorias e
funções KNX. Dois sensores luz estão localizados numa caixa tem capacidade para mais de 200 passageiros.
metrológica aquecida e com a temperatura controlada. O
circuito de equipamentos sensíveis à luz envia à noite um Para além do elevado conforto, um grande navio de cruzeiro
pré-aviso de 4 quatro minutos para a companhia eléctrica. deve satisfazer todas as exigências no que diz respeito à
Este pré-aviso é necessário para que o arranque e segurança. A comutação da iluminação nos quartos, salões e
sincronização de um gerador de 4 MW. Todas as comutações corredores para a energia de emergência tem de ser
seguintes serão desfasadas em 10 minutos para evitar picos efectuado num tempo muito curto. A tripulação do navio
de arranque e prevenir religações de iluminação. deve ter o controlo sobre esta funcionalidade em qualquer
momento. Sendo a tecnologia KNX um sistema
Cada sistema permite um controlo manual, que se sobrepõe descentralizado, é o ideal para este tipo de aplicação.
ao modo normal, durante a manutenção ou em
circunstâncias especiais. 4. Conclusões
- França, Cruzeiro MS Belle de l’Adriatique climatização, monitorização entre outras são soluções de
integrantes do KNX.
27|
28|
Doutor José António Beleza Carvalho, Eng.º Roque Filipe M. Brandão
Instituto Superior de Engenharia do Porto ARTIGO TÉCNICO
Eficiência Energética
em Equipamentos de Força Motriz
1. Introdução Também a nível Europeu, os motores eléctricos representam
uma das fontes mais consumidoras de energia: 70% do
A produção de energia mecânica, através da utilização de consumo eléctrico na indústria e cerca de 1/3 do consumo
motores eléctricos, absorve cerca de metade da energia eléctrico no sector dos serviços.
eléctrica consumida no nosso País, da qual apenas metade é
energia útil. Este sector é, pois, um daqueles em que é Nos últimos anos, muitos fabricantes de motores investiram
preciso tentar fazer economias, prioritariamente. O êxito fortemente na pesquisa e desenvolvimento de novos
neste domínio depende, em primeiro lugar, da melhor produtos com o objectivo de colocarem no mercado motores
adequação da potência do motor à da máquina que ele mais eficientes.
acciona. Quando o regime de funcionamento é muito
variável para permitir este ajustamento, pode-se equipar o 2. Eficiência dos Motores
motor com um conversor electrónico de variação de
velocidade. Outra possibilidade é a utilização dos motores Os motores eléctricos convertem a energia eléctrica em
“de perdas reduzidas” ou de “alto rendimento”, que energia mecânica. No entanto o rendimento desta conversão
permitem economias consideráveis. não é de 100%. A energia eléctrica é convertida em energia
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ARTIGO TÉCNICO
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ARTIGO TÉCNICO
3. Classificação da Eficiência Energética para metade até 2003. Este objectivo foi alcançado e a venda
de motores EFF3 terminou pouco tempo depois.
Na Europa a classificação dos motores CA (Corrente
Alternada) de baixa tensão foi estabelecida em 1998 com o Todos os fabricantes que assinaram este acordo estão
acordo dos principais fabricantes de motores Europeus. autorizados a colocar a etiqueta de eficiência nos motores e
em toda a documentação que os acompanhe, o que torna
De uma forma resumida, o acordo estabelecido entre a mais fácil a identificação da classe do motor.
Comissão Europeia (CE) e o Comité Europeu de Fabricantes
de Máquinas Eléctricas e de equipamentos e sistemas de
Electrónica de Potência (CEMEP) estabelecia que os motores
de 1,1 a 90kW de potência nominal, 50 ou 60Hz, com 2 e 4 Figura 4 – Etiquetas de eficiência dos motores.
pólos magnéticos, serão classificados de acordo com os
valores dos respectivos rendimentos. Com base no acordo voluntário anteriormente referido, foi
também criada uma base de dados europeia EuroDEEM, que
As classes de rendimento estabelecidas foram as seguintes: foi projectada pelo centro de pesquisa da Comissão Europeia
o EFF1: Motores de elevado rendimento; (CE/JRC), com o objectivo de reunir num só suporte as
o EFF2: Motores de rendimento melhorado; informações mais importantes sobre os motores eléctricos
o EFF3: Motores de rendimento normal. disponíveis no mercado. Desta forma pretende-se que os
utilizadores desta ferramenta possam fazer uma escolha
No acordo CE/CEMEP ficou ainda estabelecido que as bem fundamentada em termos técnicos e económicos dos
vendas, na União Europeia, de motores EFF3 diminuiriam seus sistemas (CARLOS GASPAR, 2004).
31|
ARTIGO TÉCNICO
A tabela I mostra o rendimento dos motores para cada uma Os construtores aumentaram a massa de materiais activos
das classes de eficiência estabelecidas. (cobre e ferro) de forma a diminuir as induções, as
densidades de corrente e, assim, reduzir as perdas no cobre
4. Características dos motores de elevado rendimento e no ferro. Utilizam chapas magnéticas de perdas mais
reduzidas, entalhes especiais em certos casos e
Actualmente, encontra-se já disponível no mercado os reformularam a parte mecânica, com especial incidência
chamados motores de “perdas reduzidas”, ou de “alto sobre a ventilação, para reduzir a potência absorvida por
rendimento”, mais caros que os motores clássicos, mas cuja esta e diminuir o nível de ruído. Daí resulta, para idêntica
utilização se revela rentável quando o seu tempo anual de dimensão, um aumento de peso da ordem de 15%, e de
utilização for suficientemente longo. Basicamente, o preço da ordem de 20 a 25%. Contudo, a melhoria do
acréscimo de eficiência dos motores está associado a uma rendimento, compreendida entre 2 e 4,5%, e do cosφ,
redução das suas perdas, que foi conseguida à custa, quer da permite amortizar rapidamente este aumento de preço. As
utilização de materiais construtivos de melhor qualidade e melhorias típicas que são efectuadas a nível construtivo da
com melhores acabamentos, quer por alteração das suas máquina podem ser visualizadas na figura seguinte e são
características dimensionais. resumidas na Tabela II.
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ARTIGO TÉCNICO
Apesar de este tipo de motores possuir uma eficiência correctamente, por um motor de elevado rendimento se
melhorada, quando inseridos num sistema, a eficiência total torna economicamente vantajosa. Essa hipótese poderá ser
do mesmo sistema depende de todos os outros considerada se o motor tiver um elevado número de horas
componentes que o compõem. Por este motivo, não se deve de funcionamento anual.
apenas investir na compra de um motor de elevada
eficiência, quando existirem problemas de eficiência nos A equação seguinte permite calcular a poupança que se
outros componentes do sistema. obtém com um motor de elevado rendimento em
comparação com um motor standard.
5. Estudo económico, em motores de elevado rendimento
1 1
Poupança = − × PN × N × € (2)
η STD η EE
kWh
Como foi referido anteriormente, a opção por motores de
elevado rendimento acarreta custos de investimentos em que,
sempre superiores ao investimento em motores standard. η EE representa o rendimento do motor standard
Por esse motivo só se torna economicamente vantajosa a η STD representa o rendimento do motor de elevada
aposta neste tipo de motores quando existe a necessidade eficiência
de substituição de um motor ou quando se está a PN representa a potência nominal do motor
dimensionar uma nova instalação. Quase nunca a
N indica o número de horas de funcionamento anual
substituição de um motor standard, a funcionar €
kWh traduz o preço da energia eléctrica.
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ARTIGO TÉCNICO
O acréscimo de custos dos motores de alto rendimento é Apesar de este ser apenas um exemplo e que usa
recuperado através da economia de energia eléctrica que pressupostos previamente estabelecidos, os valores
proporcionam. O tempo de recuperação N do investimento encontrados são da mesma ordem de grandeza dos valores
suplementar devido à instalação de motores de alto que se podem atingir na realidade. Para qualquer
rendimento, pode ser calculado através da seguinte investimento em motores eléctricos efectuado, pelo menos,
expressão: para 10 anos, os modelos de perdas reduzidas são
fortemente competitivos.
∆Ι
N= (3)
∆Ρ.Κ.t 6. Controlo de velocidade dos equipamentos de força motriz
Ligação
DC linkDC
Inverter:
DC to
Rectificador Inversor
3φ CA AC
para CC variable
CC para CA
to DC Filtro voltage
AC
Alimentação Filter com Motor
input
trifásica converter & e
Frequência
frequency
tensão variável
AC
Motor
|34
ARTIGO TÉCNICO
As principais vantagens inerentes à utilização de um VEV são Os acoplamentos directos no veio são o tipo de transmissão
as seguintes: mais utilizado (cerca de 50% das aplicações).
o Elevado rendimento (96 a 98%) e elevada fiabilidade
o Elevado factor de potência Acoplamentos directos:
o Adaptação do motor à carga , em binário e velocidade Os acoplamentos directos, se forem alinhados com precisão,
o Arranques suaves (poupança de energia) e frenagem possuem um rendimento muito elevado (99%).
controlada
o Protecção do motor contra curto-circuitos, sobrecargas, Engrenagens:
sobretensões, falta de fase, etc. Vantagem técnica e As engrenagens simples ou redutoras, são tipicamente
económica utilizados em cargas que requerem velocidades baixas
o Poupança substancial de energia e tempo de retorno do (abaixo de 1200 rpm) e binário muito elevado (que utilizando
investimento reduzido, especialmente em aplicações de correias poderia resultar em escorregamento). Existem
controlo da caudais de bombas, ventiladores e vários tipos de engrenagens: helicoidais, de dentes direitos,
compressores centrífugos cónicas e com sem-fim.
o Menor desgaste de componentes e equipamentos
mecânicos. Correntes:
Tal como as correias síncronas, as correntes não têm
7. Transmissão Mecânica nos Equipamentos de Força deslizamento. Normalmente são usadas em aplicações onde
Motriz é requerido uma velocidade reduzida e binário elevado,
suportam ambientes com temperaturas elevadas e cargas de
Tipicamente são usados 3 tipos de transmissão mecânica: choque e têm um tempo de vida elevado se forem
o Acoplamentos directos no veio; apropriadamente lubrificadas. O seu rendimento ascende
o Engrenagens; aos 98% se forem sujeitas a uma manutenção periódica.
o Correias.
(c)
(a)
(d) (e)
(b)
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ARTIGO TÉCNICO
|36
Henrique Jorge de Jesus Ribeiro da Silva, António Augusto Araújo Gomes, Eng.ºs
Instituto Superior de Engenharia do Porto ARTIGO TÉCNICO
Põe-se, portanto, também neste domínio a questão da 3. A Secção Económica dos Condutores Calculada a Partir
eficiência energética. da Norma CEI/IEC60287-3-2
Assim, o responsável pela concepção de uma instalação Os métodos de cálculo económico dos condutores levam em
eléctrica deverá procurar não somente a solução técnica linha de conta não somente o custo inicial dos mesmos e da
funcional da mesma mas preocupar-se que essa solução seja sua instalação mas também os custos associados à
igualmente eficiente do ponto de vista energético. exploração, isto é, os custos das perdas por efeito Joule.
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ARTIGO TÉCNICO
A norma CEI/IEC 60 287-3-2 – Electric cables – Calculation of A norma considera uma temperatura média igual a:
the current rating –Economic optimization of power cable θ − θa
size (CEI, 1995) apresenta duas metodologias de cálculo – θm = + θa (3)
3
uma baseada na determinação de gamas económicas de
corrente, para diferentes cabos empregados, e uma outra, Onde:
conhecida a corrente de projecto, que determina a secção
θ = temperatura correspondente a Iz
que minimiza a função custo total.
θa = temperatura ambiente
50
Onde:
40
Imax – corrente de pico do diagrama
30
R – resistência CA por unidade de comprimento
20
L – comprimento da canalização
10
Np – nº de condutores sob idênticas condições
0
Nc – nº de circuitos idênticos
T – nº de horas de utilização das perdas
Figura 1 - Diagrama de carga I(t)
1
Em virtude da variação da corrente, factor de carga≠1, e da
0,8
possibilidade de incremento da mesma, a temperatura do
0,6
condutor será diferente da correspondente à corrente
0,4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
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ARTIGO TÉCNICO
1,2
1
CEP = (Imax
2
× R × L × Np × Nc ) × D (9)
0,8
0,6
Onde:
0,4
adicional
0
T = ∫ π 2 (t ) dt (5)
Considerando-se os pagamentos feitos no fim do ano, os
0
µ = p × fc + (1 − p) × fc2 (7)
Há duas abordagens para lidar com pagamentos feitos em
(1 + a) 2 (1 + b)
Custo das perdas no 1º ano: r= (12)
(1 + i )
1− r N
CEE = (Imax
2
× R × L × Np × Nc )T × P Q= (13)
(8)
1− r
Onde: Onde:
39|
ARTIGO TÉCNICO
ρ20 × B 1 + α20 (θm − 20) procedimento (EMSD, 1997), (Hui, 2003).
R= × 10 Ω/m
6
(17)
S
A metodologia consiste em fixar os valores máximos de
Onde:
Para além das condições técnicas de temperatura e queda de
ρ20 = resistividade do condutor a 20º C em CC
tensão a máxima perda de potência passa a ser critério de
θm = temperatura média
dimensionamento.
P = 3 × U c × I b × cos ϕ (21)
A secção económica virá dada pela fórmula:
p = 3 × I b2 × r × L
F × ρ20 × B 1 + α20 (θm − 20) (22)
Sec = 1000 × Imáx mm2 (20)
A
Onde:
A secção económica será normalizada para o valor comercial
Ib = corrente do circuito
mais próximo.
|40
ARTIGO TÉCNICO
Rc 1 + α0 × θc 234, 4 + θc (27)
O valor percentual pr das perdas vem dado pela relação: = =
Rz 1 + α0 × θz 234, 4 + θz
3 × I b2 × r × L
pr = (23)
3 × U c × I b × cos ϕ 2º caso - Circuito trifásico não-linear, equilibrado, com
valores conhecidos de corrente Ib e de taxa de distorção
Donde, definido o valor percentual que se admite para as
harmónica THD
perdas, se determinará o máximo valor para a resistência r.
utilizar.
Onde:
∞
Correcção das perdas nos cabos devido às diferentes
temperaturas de funcionamento.
Ib = ∑I
h =1
2
h = I12 + I22 + I32... (29)
∞
A temperatura do condutor pode ser aproximada através da ∑I
h =2
2
h
Onde:
θc = temperatura do condutor
Ib
I1 =
θa = temperatura ambiente 1 + THD2 (32)
θz = temperatura máxima admissível nos condutores Admitindo baixa distorção da tensão, o que é razoável, a
potência activa transportada terá por expressão:
A resistência à temperatura θc pode ser expressa a partir da
relação: P = 3 × Uc × I1 × cos ϕ (33)
Onde:
Rc = R0 (1 + α0 × θc ) (26)
I1 = componente fundamental da corrente
cos ϕ = factor de potência do circuito
Onde:
R0 = resistência do condutor a 0º C
41|
ARTIGO TÉCNICO
IN = 3 × I32 + I62 + I92... (35) realizar esse fim. A consideração do rendimento das
canalizações, já contemplada nas áreas do transporte e
S (36) grande distribuição, faz todo o sentido aplicada às redes de
m= F
SN baixa tensão, até pela sua enorme extensão.
Que é a relação entre as secções de fase e de neutro.
Em Hong-Kong, onde o sistema de fixação de perdas
máximas se encontra implementado há alguns anos, o
As perdas percentuais (pr) na canalização virão então dadas
por: dimensionamento económico de condutores insere-se num
programa mais vasto de URE em edifícios de serviços,
pr =
(3× I 2
b )
+ m × I N2 × r × L
contemplando vertentes tais como instalações de
3 × U c × I1 × cos ϕ (37)
iluminação, sistemas de aquecimento, ventilação e ar
E a máxima resistência unitária a atribuir ao cabo: condicionado, transporte por elevadores, monta-cargas e
escadas rolantes e o desempenho energético de edifícios
pr × 3 × Uc × I1 × cos ϕ × 1000 apresentando resultados tangíveis significativos.
rmáx =
(3 × I )× L
(38)
2
b + m× I 2
N
Fontes de Informação Relevantes
As tabelas especificarão a secção do cabo a considerar. [CEI, 1995] CEI IEC 60 287-3-2, Electric cables, Calculation of
the current rating – Part 3 – Section 2, Suiça, 1995.
A correcção de temperatura poderá ser feita mediante a
fórmula aproximada seguinte: [Cooper, 1997] Copper Development Association, Electrical
Energy Efficiency, U.K., 1997.
(3 × I + m × I )
2
[EMSD, 1997] Electrical and Mechanical Services Department
(θ − 30)
b N
θc = θa + (39)
(3 × I )
2 z
(EMSD), Code of Practice for Energy Efficiency of Electrical
zT
Installations, Hong-Kong, 2005.
Alguns valores de referência para pr: [Anders, 1997] Anders J George, Rating of Electric Power
Cables, McGraw-Hill, Nova Iorque, 1997.
Tabela I - Valores máximos das perdas percentuais para diferentes
tipos de circuitos [Hui, 2003] Hui, Sam C. M., Energy Efficiency and
Ligações entre transformadores de distribuição Máx. MECM LEO Seminar, Advances on Energy Efficiency and
e Quadros Gerais 0,5% Sustainability in Buildings, pag, 21-22, 2003, Kuala Lumpur,
Canalizações entre Quadros Gerais e Quadros 1,5% Malaysia.
Parciais
[Silva, 2009] Silva H.J., Gomes A.A., Ramos S.C., “A definição
Circuitos terminais: iluminação, tomadas ou 1% do valor máximo das perdas nas canalizações eléctricas como
outros usos com correntes acima de 32 A
medida de eficiência energética”, JLBE09 - Jornadas Luso-
Colunas montantes e entradas, (até 2,5% para 1,5%
utilizações domésticas) Brasileiras de Ensino e Tecnologia em Engenharia 2009, 10 a
13 de Fevereiro de 2009, Instituto Superior de Engenharia do
Alimentações de grandes cargas como motores 2,5%
de potência apreciável Porto, Porto, Portugal.
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EVENTOS
Workshop
Discussão do Manual ITED-NG e da 1.ª edição do Manual ITUR
• Objectivos do evento:
Apresentação e Discussão da Proposta de Revisão do Manual ITED (Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios) e da
1.ª edição do Manual ITUR (Infra-estruturas de Telecomunicações de Loteamentos e Urbanizações)
• Organização
Profº Beleza Carvalho, António Gomes, Roque Brandão, Sérgio Ramos
Instituto Superior de Engenharia do Porto, Departamento de Engenharia Electrotécnica
• Informação geral
• Local:
Auditório E do Instituto Superior de Engenharia do Porto
Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431, 4200-072 Porto
T. 228 340 500 F. 228 321 159
• Inscrição
As inscrições serão consideradas por ordem cronológica de chegada e só serão consideradas válidas após ter sido
efectuado o pagamento.
• Ficha de Inscrição disponível em : http://ave.dee.isep.ipp.pt/~see/workshop
• Preço: 5€
• Data limite de inscrição: 30 Junho 2009
• Informações:
http://ave.dee.isep.ipp.pt/~see/workshop
Professor Beleza Carvalho - jbc@isep.ipp.pt
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