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O impacto da COVID-19 na capacidade de pagamento dos

consumidores pelos serviços de energia elétrica: um estudo de


caso no estado do Rio de Janeiro

RESUMO
No final de 2019 a pandemia COVID-19 tinha início. Seu marco zero foi em
Wuhan - China e por se tratar de um vírus que se espalha facilmente pelo ar,
poucos dias após os primeiros casos serem noticiados, começaram a surgir
novos casos em todo mundo. No Brasil, o primeiro caso foi registrado no primeiro
trimestre de 2020 e houve uma mudança drástica na vida de todos os brasileiros:
foram estabelecidas medidas sanitárias, como o uso de mascaras, o isolamento
social e depois o distanciamento social. A queda na renda e o crescimento da
inflação, decorrentes da pandemia, impactaram diretamente a capacidade de
pagamento dos brasileiros por serviços essenciais, como a energia elétrica. O
estado do Rio de Janeiro desenvolveu uma metodologia de acompanhamento
da pandemia que favoreceu o estudo da relação entre a inadimplência nas
faturas de energia elétrica e a situação da COVID-19. Conhecendo o mapa de
risco desenvolvido no estado, e considerando a área de atuação da
concessionária LIGHT Serviços de Eletricidade S/A (Região Metropolitana e Vale
do Paraíba), foi possível correlacionar a situação da pandemia e a inadimplência
nas faturas de energia elétrica na classe residencial total. Observou-se que um
aumento no risco nas diferentes regiões do estado não apresentou relação direta
com a inadimplência.

Palavras-chave: Affordability; Pandemia; Inadimplência; Pobreza energética.

ABSTRACT
At the end of 2019, the COVID-19 pandemic began. It started in Wuhan - China
and because it is a virus that spreads easily through the air, a few days after the
first cases were reported, new cases began to emerge worldwide. In Brazil, the
first case was registered in the first quarter of 2020 and there was a drastic
change in the lives of all Brazilians: sanitary measures were established, such as
the use of masks, social isolation and then social distancing. The drop in income
and the growth of inflation, resulting from the pandemic, directly impacted the
ability of Brazilians to pay for essential services, such as electricity. The state of
Rio de Janeiro developed a methodology for monitoring the pandemic that
favored the study of the relationship between default on electricity bills and the
situation of COVID-19. Knowing the risk map developed in the state, and
considering the area of operation of the concessionaire LIGHT S/A (Metropolitan
Region and Vale do Paraíba), it was possible to correlate the situation of the
pandemic and the default on electricity bills. It was observed that an increase in
risk in different regions of the state was not directly related to nonpayment.

Keywords: Affordability; Pandemic; Nonpayment; Energy poverty.

1. INTRODUÇÃO
A dispersão do vírus causador da COVID-19 foi muito rápida no mundo
todo (CAVALCANTE et al., 2020). No Brasil, o primeiro caso foi registrado em
26/02/2020, sendo um homem de 61 anos com histórico de viagens
internacionais (FERREIRA et al., 2021). A sociedade contemporânea não estava
preparada para algo do tipo, considerando que a última pandemia ocorreu há
100 anos atrás, a grande maioria da população nunca havia enfrentado algo
semelhante (TRILLA; TRILLA; DAER, 2008).

Além de todas as incertezas daquele momento, houve um problema no


Brasil quanto a confiabilidade dos dados divulgados. Por conta de
inconsistências e atraso no repasse de informações pelo governo federal, muitas
entidades e governos estaduais/municipais desenvolveram suas metodologias
de acompanhamento dos casos da doença. O estado do Rio de Janeiro
desenvolveu uma metodologia de indicadores seguindo dois eixos: capacidade
de atendimento e epidemiológico. Além disso, foram criados mapas de risco que
mostravam o avanço da doença, ao longo das semanas, nas regiões do estado.
Durante os primeiros meses de pandemia, o isolamento social horizontal
foi utilizado com maior rigor, nele somente os serviços essenciais foram mantidos
e todas as demais pessoas deveriam permanecer em suas casas, isolando
assim o maior número de pessoas possível e diminuindo a propagação. Já
durante o distanciamento, foram utilizadas medidas mais brandas, permitindo a
volta de serviços não essenciais (AQUINO et al., 2020).

As fases de isolamento impactaram sobremaneira a economia do País. O


desemprego, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
contínua de 2020, cresceu em relação ao mesmo período do ano anterior, de
11,8% para 13,8% (IBGE, 2020). Ainda comparando essas estatísticas com os
dados da crise econômica que o Brasil enfrentou entre os anos de 2014 a
2017(FILHO, 2017), é possível verificar que a taxa de desocupação durante a
crise foi igual ou menor que a de 2020, sendo de 11,8% em 2016 (IBGE, 2020),
enquanto era de 6,2% em 2013 (IBGE, 2014). Consequentemente, houve uma
diminuição da Renda domiciliar per capta brasileira, de R$1.438,67 em 2019
(IBGE, 2020) para R$ 1.380,00 em 2020 (IBGE, 2021). Além disso, a inflação
chegou ao seu nível mais alto desde 2016 (FILHO, 2017). Em dezembro de
2017, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 2,95%
(IBGE, 2018), enquanto em dezembro de 2020 o IPCA chegou a 4,52% (IBGE,
2021). Esse aumento se deu principalmente em decorrência dos grupos
alimentação e bebidas, habitação e artigos de residência, que tiveram um
aumento respectivo de 14,09%, 5,25% e 6,00% (IBGE, 2021).

Além disso, com o isolamento social, as indústrias diminuíram suas


produções, enquanto o consumo residencial de energia elétrica subiu. Isso
aconteceu principalmente devido ao desemprego, que faz com que mais
pessoas fiquem em casa, e o trabalho remoto que foi adotado por muitas
instituições. A inadimplência na classe residencial total no Brasil no período
cresceu drasticamente, e foi 24 vezes maior em maio de 2020 comparado ao
mesmo mês em 2019 (Instituto Acende Brasil, 2020).
Sendo assim, o presente artigo objetiva avaliar o impacto da Pandemia na
inadimplência das contas residenciais de energia elétrica. Conhecendo a
metodologia de acompanhamento dos casos de COVID-19 adotados pelo estado
do Rio Janeiro e a área de atuação da concessionária LIGHT Serviços de
Eletricidade S/A (Região Metropolitana e Vale do Paraíba), foi possível relacionar
a situação da pandemia e a inadimplência nas faturas de energia elétrica na
classe residencial total.

2. METODOLOGIA
Os indicadores utilizados no estado do Rio de Janeiro se dividem em dois
eixos, capacidade de atendimento e epidemiológico. Dentro da capacidade de
atendimento tem-se a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento
Intensivo (UTI) adulto por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)/COVID-
19, taxa de ocupação de leitos clínicos adulto por SRAG/COVID-19 e previsão
de esgotamento de leitos de UTI (risco). Já em epidemiológico consta a variação
do número de óbitos por SRAG, variação do número de casos por SRAG e taxa
de positividade para COVID-19 (%) no mês. Com base nessas variáveis, foi
desenvolvida uma escala de risco e, para efeito de análise no contexto deste
artigo, foram associados números: muito baixo (0), baixo (0,75), moderado (1),
alto (1,25) e muito alto (1,5). Foram então criados mapas de risco oficiais que
mostram o avanço da doença, ao longo das semanas. Tais mapas dividiram o
estado em regiões, conforme Figura 1.
Figura 1 – Divisão do estado do Rio de Janeiro em regiões para elaboração dos mapas de
risco.
A Figura 2 apresenta o mapa da área de concessão da LIGHT Serviços
de Eletricidade S/A. Pode-se observar que a concessionária atua nas seguintes
áreas de avaliação de risco COVID-19: 2 – Médio Paraíba, 4 – Metropolitana 1,
3 – Centro Sul e uma cidade da região 5 - Serrana. A AMPLA, concessionária de
energia elétrica que atua no restante do estado, possui 33% menos clientes que
a LIGHT, apesar de possuir uma área de concessão maior.

Figura 2 – Área de concessão da LIGHT Serviços de Eletricidade S/A.

Mapeadas as áreas de atuação da LIGHT com a classificação do mapa de risco,


foi possível estabelecer quais cidades seriam o foco da análise, conforme Tabela
1.
Tabela 1 – Cidades pertencente a cada região da classificação de risco COVID-19.
REGIÃO CIDADES
Quatis; Barra Mansa; Rio Claro; Volta Redonda; Pinheiral; Piraí; Valença; Barra do
2
Piraí; Rio das Flores.
Vassouras; Mendes; Eng. Paulo de Frontin; Comendador Levy Gasparian; Paraíba
3
do Sul; Paty do Alferes; Miguel Pereira; Três Rios; Sapucaia; Paracambi.
Belford Roxo; Itaguaí; Seropédica; Nova Iguaçu; Japeri; Queimados; Rio de
4
Janeiro; Duque de Caxias; São João de Meriti; Mesquita; Nilópolis.
5 Carmo
Ainda, para análise da inadimplência de acordo com os dados
disponibilizados pela ANEEL, foi considerada a gestão financeira das famílias
brasileiras. A ideia é medir a inadimplência após 3 meses de atraso no
pagamento, que é quando as famílias costumam acertar os atrasados com receio
da suspensão no fornecimento.
Além disso, cabe ressaltar que foram suspensos os cortes de energia
elétrica durante um período da pandemia. Este fator também, pode ter impactado
no aumento da inadimplência.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Figura 3 apresenta a soma do número de casos confirmados de COVID-
19, em todas as cidades apresentadas na Tabela 1, de março a dezembro/2020.
Além disso, foram inseridos duas séries de dados: a inadimplência nas contas
de energia elétrica em 2020 e 2019. Analisando o gráfico percebe-se que há um
padrão de inadimplência que se repete ao longo dos anos. Por isso, não é
possível afirmar que o aumento no número de casos de COVID-19 no mês, e
consequentemente o aumento no nível de risco, impactou diretamente o nível de
inadimplência da classe residencial no mês seguinte. Entretanto, a porcentagem
de inadimplentes em 2020 foi maior que em 2019, resultado do impacto
econômico provocado pela pandemia.
50000 16.00%
45000 14.00%
40000
Número de pessoas

12.00%

% Inadimplência
35000
30000 10.00%
25000 8.00%
20000 6.00%
15000
4.00%
10000
5000 2.00%
0 0.00%

Confirmados mês a mês Inadimplência 2020 Inadimplência 2019

Figura 3 – Casos confirmados de COVID-19 x Inadimplência nas faturas de energia elétrica em


2019 e 2020.

Analisando a inadimplência em relação aos níveis de risco da COVID-19


no Rio de Janeiro, Figura 4, confirma-se que não existe relação direta entre os
fatores.

16.0% 1.6

14.0% 1.4
Nível de risco COVID-19

12.0% 1.2
% Inadimplência 2020

10.0% 1

8.0% 0.8

6.0% 0.6

4.0% 0.4

2.0% 0.2

0.0% 0

Figura 4 – Nível de risco COVID-19 x Inadimplência nas faturas de energia elétrica em 2020.
Entretanto, verificando-se o histórico de inadimplência na referida
concessionária, pode-se observar que o nível de atrasos no pagamento das
faturas de energia elétrica foi inferior ao encontrado na crise econômica
enfrentada pelo País em 2015 e 2016 (repercussão até 2018), Figura 5.

% da receita faturada no terceiro mês anterior


ainda não recebida no mês de referência
30.00%

25.00%

20.00%

15.00%

10.00%

5.00%

0.00%
Jul-15

Jul-20
Jun-13

Jun-18
Nov-13
Apr-14

Dec-15
May-16

Apr-19

Dec-20
May-21
Aug-17

Nov-18
Jan-13

Oct-16
Sep-14
Feb-15

Mar-17

Jan-18

Sep-19
Feb-20

Oct-21
Figura 5 – Inadimplência nas faturas de energia elétrica da LIGHT.

Sendo assim, considerando as referências bibliográficas e os resultados


apresentados, pode-se afirmar que a pandemia COVID-19 impactou a economia
no País, e está, por sua vez, atingiu a inadimplência nas faturas de energia
elétrica. Por isso, a relação entre o número de casos e o nível de risco não possui
relação direta com a inadimplência, mas sim secundária ou indireta.
Além disso, é relevante considerar na análise o fato de as empresas terem
deslocado seus funcionários para o chamado home office. Nestes casos, a
energia elétrica se tornou ainda mais importante e passou a ser primeira
prioridade na escala de necessidades essenciais. Por isso, o consumo
residencial subiu, mas a inadimplência não atingiu os níveis da crise econômica
dos anos anteriores.
Por fim, cabe ressaltar que apesar de não ter sido obtida uma relação
direta entre os fatores em análise, houve um aumento considerável da
inadimplência durante o período das restrições provenientes da pandemia.
Considera-se que o impacto econômico e a suspensão dos cortes de energia
elétrica tenham sido os grandes fatores causadores deste aumento.

4. CONCLUSÕES
É indiscutível que a pandemia de COVID-19 afetou a vida de todas as
pessoas, desde aquelas que tiveram que se acostumar com o isolamento social,
até as que perderam tudo em decorrência da pandemia. Analisando a
inadimplência, o número de casos confirmados de COVID-19 e o risco da
pandemia no estado do Rio de Janeiro, foi possível observar que ocorreu sim
um aumento significativo no não pagamento de faturas de energia elétrica.
Entretanto, não foi possível relacionar diretamente os casos da doença com a
inadimplência.

Além disso, ao se comparar esses números com os obtidos em


decorrência da crise de 2016, percebe-se que o nível de inadimplência foi menor
no estado durante a pandemia. Este fato foi relacionado a suspensão dos cortes
por determinação do governo federal, e da importância da energia elétrica para
o desenvolvimento das atividades laborativas durante as restrições de
circulação.

Por tudo, percebeu-se a importância de se avaliar outras variáveis neste


processo para poder compreender melhor os fatores que impactam diretamente
a decisão do consumir de inadimplir. Como exemplo pode-se citar a renda,
emprego, costumes locais, entre tantos outros.
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