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O produto interno bruto (PIB) é a quantidade de bens e serviços

produzidos em uma determinada região em um determinado período de tempo,


sendo assim um grande indicador macroeconômico. No final de 2019, a maioria
das projeções para o ano seguinte apontavam para um crescimento econômico
muito próximo de 2,2% do PIB brasileiro (JÚNIOR, 2019). Contudo, com a
pandemia de Corona vírus o cenário brasileiro tomou um rumo completamente
diferente do previsto pelos economistas, as projeções foram refeitas e agora
todos preveem uma queda do PIB (FILGUEIRAS, 2020). Essas projeções
refeitas apesar de preverem uma queda no PIB destoam na magnitude dessa
retração. A realidade é o cenário atual é muito instável e não é possível fazer
uma previsão acurada.
Nesse período de crise 32% do PIB brasileiro está em operação, essa
fatia é composta por serviços a rede hospitalar, elétrica, abastecimento de
água e transportes, que são necessidades vitais (LOVISI; QUINTELLA apud
KASZNAR, 2020). Dessa forma, 68% do PIB não está em operação, devido à
paralisação de muitas atividades microeconômicas e mesoeconômicas. Sendo
assim, o impacto na macroeconomia brasileira é evidente, uma vez que a taxa
de desemprego está aumentando e a economia está apresentando uma
retração.
No que diz respeito a mesoeconomia, diversos segmentos como
construção civil, alimentação fora do lar, moda e varejo tradicional e diversos
outros também serão afetados pela crise. Entretanto, o impacto é notável no
segmento de aviação, onde diversas companhias poderão vir a falência. O
setor petroleiro também está sendo muito afetado (PANDEY, 2020). Todavia, o
cenário atual não traz somente danos, pois houve um aquecimento econômico
dos serviços de delivery, entretenimento e educação online, além do aumento
da demanda por produtos e serviços ligados à saúde, segundo Tiinside 2020.
As micro e pequenas empresas empregam a maior parte dos brasileiros
e portanto desempenham papel fundamental no consumo, por isso a sua
sobrevivência é crucial para a posterior recuperação da economia (LOVISI;
QUINTELLA, 2020). Além desse impacto micro econômico, os brasileiros
mudaram totalmente suas rotinas para impedir a propagação da doença, o que
inclui uma alteração dos serviços e produtos consumidos.
FILGUEIRAS, Isabel. Com corona vírus, mercado abandona otimismo e
aposta em retração do PIB. 24 mar. 2020. Disponível em:
<https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2020/03/24/
com-coronavirus-mercado-abandona-otimismo-e-aposta-em-retracao-do-
pib.ghtml>. Acesso em: 15 abr. 2020.

JÚNIOR, José Ronaldo de C. Souza et al. Visão Geral da Conjuntura. 19 dez.


2019. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/tag/previsoes-
macroeconomicas/>. Acesso em 15 abr. 2020.

LOVISI, P.; QUINTELLA, F. Entre manter o isolamento e priorizar a


economia, gripe espanhola dá lições ao mundo. 13 abr. 2020. Disponível
em:<https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2020/04/13/internas_econom
ia,1138002/entre-o-isolamento-e-a-economia-gripe-espanhola-da-llicoes-ao-
mundo.shtml>. Acesso em: 15 abr. 2020.

PANDEY, Ashutosh. O que é pior para a economia: coronavírus ou crise


global de 2008? 18 mar. 2020. Disponível em:
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/18/o-que-e-pior-para-a-
economia-coronavirus-ou-crise-global-de-2008.htm>. Acesso em: 15 abr. 2020.

TIINSIDE. Setores ligados ao combate da pandemia são menos afetados


pela crise econômica, mostra estudo. 7 abr. 2020. Disponível em:
<https://tiinside.com.br/07/04/2020/setores-ligados-ao-combate-da-pandemia-
sao-menos-afetados-pela-crise-economica-mostra-estudo/>. Acesso em: 15
abr. 2020.

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