Você está na página 1de 18

A.

FLEMING EDUCACIONAL LTDA

CID NEI JAUHAR CARVALHO JUNIOR

O IMPACTO DA PANDEMIA NA MICROECONOMIA E MACROECONOMIA


NO ESTADO DO CEARÁ

RIO DE JANEIRO - RJ
2022
A. FLEMING EDUCACIONAL LTDA

CID NEI JAUHAR CARVALHO JUNIOR

O IMPACTO DA PANDEMIA NA MICROECONOMIA E MACROECONOMIA


NO ESTADO DO CEARÁ

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à


obtenção do título especialista em Gestão pública e finanças

RIO DE JANEIRO CIDADE


2022 ANO
O IMPACTO DA PANDEMIA NA MICROECONOMIA E MACROECONOMIA
NO ESTADO DO CEARÁ

Cid Nei Jauhar Carvalho Júnior

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

A economia brasileira e a mundial não chegou em 2020 com crescimento


econômico satisfatório, porém, havia fortes indícios que 2020 seria melhor que 2019.
Mas, a pandemia de COVID-19 vem evidenciando o quão frágil fica a atividade
econômica perante a necessidade de evitar a disparada da contaminação pelo vírus,
tendo em vista que não existe nem vacina e nem uma medicação eficaz para
recuperar as pessoas infectadas. Portanto, o objetivo deste artigo é fazer algumas
considerações a respeito dos impactos na economia do Estado Ceará, sobretudo,
na microeconomia e macroeconomia do estado em tempos de pandemia. Conforme
apurado, a atividade econômica está sendo fortemente impactada e, assim como a
vida em sociedade, está se reinventando para sobreviver ao momento.

Pavravas-Chave:Ceará. Macroeconomia. Microeconomia. Pandemia. COVI-


19. Economia. Atividades Ecoômicas.

1. INTRODUÇÃO
A economia brasileira, assim como a mundial, chegou em 2020 a níveis
alarmantes de atividade econômica.O vírus COVID-19 chegou como um furacão no
Brasil, depois de fazer estragos na China e na Europa, especialmente na Itália.

Dado que a preocupação com a possível pandemia, que por aqui começou
apenas em fevereiro e quando muito provavelmente o vírus já estivesse entre nós,
as estratégias para conter a contaminação se resumiam ao isolamento social e a
testagem em massa.

Com o isolamento social veio a queda acentuada na atividade econômica.


Apenas as atividades essenciais puderam continuar funcionando, como
supermercados, farmácias, postos de combustíveis e hospitais.

FIGURA 1-- EVOLUÇÃO DAS VENDAS, POR ATIVIDADE, VARIAÇÃO DA VENDA MÉDIA
DIÁRIA NO PERÍODO DA COVID-19

Conforme a Figura 1, a Secretaria Estadual da Fazenda do Estado do Ceará


vem monitorando, por meio da emissão de nota fiscal eletrônica, o desempenho da
atividade econômica no estado, desde o dia 16 de março de 2020. São informações
semanais.
Observa-se a queda brusca de todas as atividades econômicas até o início de
abril. Após o dia 3 de abril, com algumas atividades liberadas com restrições, a
queda é interrompida, mas o crescimento continua negativo.

Do início do monitoramento até agora, segunda semana de junho, apenas o


setor do atacado conseguiu crescimento positivo, embora tenha perdido forçanas
últimas semanas. Pode-se inferir que houve a compra no atacado, mas o varejo não
está conseguindo vender os produtos e, portanto, parou ou reduziu as compras
nesse momento.

Em entrevista feita a pedido da SEFAZ do Estado do Ceará, mais de 80% dos


respondentes são indústrias micro e pequenas, o que traduz mais ou menos o
percentual do porte das empresas do estado. Em relação ao impacto na demanda,
75% responderam que a queda foi intensa e 9% que houve apenas queda.

Apenas 1% respondeu que teve aumento na demanda. Em 51% delas houve


a manutenção do quadro de funcionários. Entretanto, segundo os números do
Cadastro de Emprego e Desemprego [CAGED], do governo federal, somente no
mês de abril, houve 5.098 demissões, sendo que a imensa maioria estava na
indústria, seguida pelo setor de serviços e depois pelo comércio.
FIGURA 2-PRINCIPAIS IMPACTOS CAUSADOS PELA PANDEMIA COVID-19 NO
CEARÁ

Dentro do esperado, os maiores impactos elencados pelo setor industrial


foram a queda no faturamento e o cancelamento de pedidos. Tem-se notícias de
que antes da determinação do isolamento social, as empresas estavam com boa
carteira de pedidos.

Embora a cidade Fortaleza, capital do Estado, tenha na indústria uma base


muito forte de sua atividade econômica, o turismo ganhou posições e se destacando
não tanto na cidade, mas em municípios limítrofes e próximos, inseridos na região
turística do estado.

No entanto, o setor do turismo e o da economia criativa são os que mais


estão sofrendo os impactos da crise COVID-19. E, provavelmente, serão os últimos
a voltarem a normalidade.

Somente nos primeiros 15 dias de março, o setor de turismo do estado


acumulou perdas de aproximadamenteR$ 2,2 bilhões, o que significa um recuo de
16,7%, além de afetar mais de 100 mil empregos no Brasil, segundo Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC, 2020).
Tendo em vista a tendência de aglomeração nos serviços oferecidos pelo
setor de turismo, como transporte, seja aéreo, rodoviário ou marítimo, seja em
parques, museus, teatros e outros, o setor sofreu uma queda muito forte e deverá
demorar a conseguir se reestabelecer.

Segundo DeustcheWelle (2020), a Organização Mundial do Turismo estima


que o turismo tenha uma queda de 80% no mundo por conta do Covid-19. Isto
porque, boa parte dessa queda está atrelada a redução no transporte aéreo e na
redução dos serviços inerentes ao setor, como os meios de hospedagem e
alimentação.
Fontes: Novo Caged/Ministério da Economia e Ministério da Cidadania. Elaboração: Valor Data.

(*) Variação dos estoques entre fev.20 e dez.20. Série com ajuste. (**) Base: 2020. Fatia da população
atendida.

2. DISCUSSÕES

2.1. VUNERABILIDADE ECONÔMICA NO ESTADO DO CEARÁ

Observando os mapas, percebe-se que o município com maior índice de


vulnerabilidade, considerando o pessoal ocupado, é Fortaleza com um índice de 396
mil vínculos ativos vulneráveis, representando 52,2% do total do estado, seguida por
Juazeiro do Norte e Maracanaú, com índices menos expressivos de quase 33 mil
(4,3%) e 32 mil (4,2%),

O segundo parâmetro para analisar a Vulnerabilidade Ampla considerava a


estimativa do valor de participação dos setores no PIB do respectivo município. Sem
grandes mudanças, novamenteFortaleza é a região mais vulnerável cujo índice foi
superior a 37 bilhões de reais em vulnerabilidade, isto é, quase seis e dez vezes a
situação da segunda e terceira colocações, as quais ficaram com Maracanaú e
Caucaia, respectivamente.

FIGURA 3-– ÍNDICES DE VULNERABILIDADE AMPLA POR MUNICÍPIOS. A. VALOR DE

PRODUÇÃO; B. PESSOAL OCUPADO.

Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará passou por uma


redução de 3,56% em relação a 2019, desempenho melhor que o
apresentado no Brasil no mesmo período: queda de 4,1%. Em plena
pandemia do coronavírus, o resultado cearense do ano passado mostra que
as ações do Governo estadual para enfrentar a Covid-19 refletiram
positivamente para evitar que o índice apresentasse uma involução
acentuada.

Mesmo diante de todas as dificuldades provocadas pelo vírus, que neste


início do ano bate todos os recordes em relação a 2020, a perspectiva para a
economia cearense em 2021, projetada pelo Ipece, é de um crescimento da ordem
de 3,55%, superior à projeção para o índice nacional, de 3,23%, de acordo com o
Relatório Focus do Banco Central do Brasil.
Dentre as várias ações implementadas pelo Governo estadual para combater
o coronavírus e que foram decisivas para evitar maiores prejuízos na economia
estadual, os analistas de políticas públicas do Ipece destacam três: as decisões
tomadas para inibir maior contágio; a elaboração de um plano bem fundamentado
na ciência de reabertura gradual e responsável das atividades econômicas e os
investimentos realizados.

Esses últimos, sobretudo, na área de saúde, viabilizados justamente pela


solidez fiscal do Ceará em relação aos demais estados do país. Os números do PIB
cearense de 2020, inclusive a perspectiva para 2021, foram divulgados hoje (23)
pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Dos três setores que compõem o PIB – explica o analista de Políticas


Públicas Nicolino Trompieri, a Agropecuária cearense, em 2020, apresentou
excelente resultado, fechando com crescimento de 10,31%, enquanto que o índice
nacional ficou em 2%. O de Serviços registrou queda de 3,60%, mas inferior que o
desempenho brasileiro, de menos 4,5%. A Indústria obteve índice negativo de
7,11% contra menos 3,5% do país.

Vale observar que no terceiro trimestre de 2020 a Indústria cearense


apresentou resultado de 40,59% em relação ao segundo trimestre do mesmo ano.
Os números foram divulgados virtualmente pelo Ipece tendo em vista a pandemia do
coronavírus, procedimento adotado desde o ano passado.

O desempenho da economia do Ceará no quarto trimestre de 2020, com


relação a igual período de 2019, passou por decréscimo de menos 0,17%, inferior a
nacional, negativo de 1,1%.  Na comparação, a Agropecuária estadual fechou em
1,58% (nacional passou por queda de 0,4%).

A indústria cresceu 1,60% (a brasileira 1,2%), enquanto Serviços ficou menor


em 0,57%, contra o desempenho negativo de 2,2% nacional. Já o PIB (de 1,37%) do
quarto trimestre comparado com o trimestre imediatamente anterior (terceiro
trimestre de 2020) obteve os seguintes resultados por setores no Ceará: menos 2,08
para a Agropecuária; 3,47% para a Indústria e 1,48% para Serviços.
2.2. PANDEMIA X MICROECOMIA NO ESTADO DO CEARÁ

A pandemia de coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de


pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões,
ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente.Para tentar minimizar os
prejuízos de micro e pequenas empresas, entretanto, foram anunciadas diversas
medidas que vão desde empréstimos até a mudança de leis trabalhistas.

Microeconomia é a área da economia que estuda o desempenho e o


comportamento de cada setor individualmente. Ou seja, as famílias, as empresas,
os consumidores, o comércio, dentre outros. Dessa forma, analisa as tomadas de
decisões de cada uma dessas unidades em relação à utilização de recursos, preços,
bens e serviços.

Para conseguir chegar nos resultados desejados, a microeconomia concentra


seus estudos em forças que definem os níveis de preços disponíveis na economia,
como a oferta e demanda, leis econômicas, decisões governamentais, inflação e
outras leis de mercado.

Para exemplificar, a microeconomia estudaria:

 como uma indústria de um determinado ramo poderia aumentar sua


produção e reduzir seus preços para ficar mais competitiva no seu setor;

 como uma família faz economias e gasta seu dinheiro no que considera
importante ou supérfluo;

 como uma pequena loja poderia aumentar suas vendas e diminuir seus


custos com pessoal e outros gastos.

A microeconomia é importante na formação do preço dos produtos, pois leva


em consideração fatores como: terra, mão de obra, capital, etc. Ainda, é esse ramo
que define os preços de uma determinada mercadoria antes de ser lançada no
mercado, incluindo também o valor dos bens complementares e substitutos.

A economia cearense é a terceira mais forte do Nordeste, sua participação no


Produto Interno Bruto (PIB) regional é de 14,5%, atrás dos estados da Bahia
(31,5%) e Pernambuco (17,9%). Para o PIB nacional, o Ceará contribui com 1,9%. O
PIB per capita cearense é de 6.149 reais.

A necessidade de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 fez os


principais setores da economia entrarem em queda livre. A princípio, a indústria foi
mais prejudicada, pois somou uma redução brusca de demanda com a paralisação
da produção.

De abril a julho de 2020, as restrições de circulação de pessoas e de


isolamento social impostas pelos municípios e estados, com o intuito de conter o
avanço do vírus, provocam impactos diretos no emprego e renda da população.

Os trabalhadores informais foram atingidos primeiramente pela crise, os


formais, mantiveram seus empregos por algum período devido aoscustos de
demissão e de contratação que as empresas teriam que incorrer.

Contudo, as micro e pequenas empresas são as mais afetadas, visto que


apresentam dificuldades na gestão de caixa. Os setores mais afetados são os de
alimentação fora de casa, turismo e de transporte (MINISTÉRIO DA ECONOMIA,
2020b).

Mas, a partir do ponto mais crítico da crise, entre abril e maio, cada setor teve
uma retomada em dinâmicas diferentes. Com as políticas de incentivo fiscal e
preservação do emprego criadas pelo governo federal, beneficiaram-se a indústria e
o comércio de bens. O grande vencedor foi o comércio eletrônico, que registrou
altas recordes de faturamento mês a mês e a adesão de novos clientes em
ambiente digital.

O outro fator de atenção é a formalização do trabalho que não tem evoluído


de forma tão rápida e consistente quanto a educação. A informalidade tanto no
Brasil quanto no Ceará é um problema crônico.

Para se ter uma noção, em números, a taxa de informalidade do Brasil no 2º


trimestre de 2019 chegou a 41,19% da população ocupada e para o Ceará, esse
valor é de 55,44%, segundo dados da PNAD Contínua.
A persistência em alto grau da informalidade do mercado de trabalho do
Brasil e do Ceará tem diversos atores que merecem uma análise aguçada e que já
são amplamente discutidos na literatura. Entretanto, me atenho aqui a analisar
especialmente a dois que estão intimamente relacionados: recessão econômica
(2014-2016) e a “uberização” da economia.

Sabe-se que recessões econômicas podem alterar as alocações da


economia. Ademais, as mudanças alocativas causadas pela recente crise e o
surgimento das novas tecnologias digitais deram um novo escopo ao mercado de
trabalho do país.

O maior acesso a celulares, a variedade de aplicativos, simplicidade e


universalização do uso da internet (por exemplo, no Ceará a infraestrutura de banda
larga conta com 8.000 quilômetros de fibra ótica que atendem 113 municípios, isto é,
90% do Estado), facilitaram a disseminação de uma extensa gama de serviços,
desburocratizando sua relação de oferta e demanda.

Portanto, é dever do poder público aprofundar o debate sobre o assunto,


avaliando novas formas de arranjos institucionais e modernização do mercado de
trabalho, buscando mecanismos estratégicos para a formalização ou adequação
desses trabalhadores em meio pandemia do COVID-19.

2.3. PANDEMIA X MACROECONOMIA NO ESTADO DO CEARÁ

 A macroeconomia estuda o comportamento da economia como um todo, e


não apenas de segmentos ou empresas individuais. Assim, pode ser levado em
consideração a economia de uma região, de um país inteiro ou de vários em
conjunto, tendo a possibilidade de ampliar para a esfera internacional.

A macroeconomia inclui diversas variáveis importantes da economia, como


pobreza, desigualdade, desemprego, preço, Produto Interno Bruto (PIB),
importações, exportações, globalização, política monetária, questões sociais,
políticas e econômicas, etc.
Exemplificando, a macroeconomia estudaria:

 como a redução da exportação de um produto pode afetar o capital de um


país;

 o quanto o PIB sofreria com o aumento da taxa de desemprego;

 quanto uma nação perde em capital no total de mortes e invalidez por


acidentes de trânsito.

A macroeconomia é mais abrangente e inclui fatores econômicos


indispensáveis para a analise econômica de qualquer região.

O setor empresarial brasileiro é composto por aproximadamente 99% de


micro e pequenas empresas (MPE), as quais correspondem 52% dos empregos
formais do setor privado (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E
PEQUENAS - SEBRAE, 2020a). Conforme o SEBRAE (2020b), cerca de 60% dos
proprietários de pequenos negócios tiveram o pedido de crédito negado pelos
bancos, devido à falta de comprovação de garantias de seu pagamento.

Esta solicitação seria fundamental para a gestão de caixa das organizações,


ou seja, em período de redução das vendas, as organizações apresentam
dificuldades no pagamento de fornecedores, salários e de outras despesas para a
manutenção do funcionamento organizacional.

Entre as medidas para amenizar os impactos da redução da atividade


econômica na pandemia estão, a redução da jornada de trabalho e de salários,
home office, prestação de serviços pela internet ou aplicativos (SINDICATO DA
MICRO E PEQUENA INDÚSTRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO- SIMPI, 2020).

A partir de agosto de 2020 a 2021, caracteriza-se pela retomada da atividade


econômica. Apesar do estado de calamidade pública, o qual dispensa o
cumprimento dos resultados fiscais até o final de 2020, os recursos destinados ao
combate da pandemia são cerca de 5,55% do PIB do país, sendo semelhante aos
pacotes adotados em várias economias desenvolvidas.
Contudo, como os aspectos estruturais são distintos, os resultados também
podem divergir. Em contraponto, as medidas adotadas pela economia dos Estados
Unidos da América são US$ 2 trilhões (10% do PIB dos EUA) de pagamentos
diretos aos trabalhadores, além de US$ 19 bilhões, pagamentos diretos e compras
governamentais, para apoiar a agricultura (TÁVORA, 2020).

O PIB é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia


cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o
cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma
ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três
setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades
econômicas.

É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de


crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são
preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais
definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.

Fazem parte da equipe responsável pelo PIB os analistas Nicolino Trompieri


Neto (coordenador), Witalo Paiva e Alexsandre Lira e os assessores técnicos
Cristina Lima e José Freire Júnior, todos da Diretoria e Estudos Econômicos (Diec)
do Ipece, que tem como titular Adriano Sarquis.

Para o Ceará, os dados mostram um avanço significativo da produtividade do


trabalhador. Na pesquisa de Matos (2019)[4] foi evidenciado que a produtividade do
Ceará aumentou R$ 7,7 mil entre 2004 e 2016, atingindo R$ 35,9 mil por
trabalhador, mas ainda continua bem abaixo da média do Brasil de R$ 60,3 mil em
2016. Entretanto, em termos de taxa de crescimento, a produtividade do trabalhador
cearense cresceu 2,0% a.a, bem acima da média de crescimento do Brasil de 0,9%
a.a.

Afastando-se de qual é a melhor métrica de cálculo da produtividade, o que


fica evidente é o grande avanço da produtividade do Ceará nesse período.
Entretanto, temos muito a avançar principalmente em duas frentes: educação e
formalização do trabalho.
3. CONCLUSÃO

Este texto teve como objetivo discutir os três períodos da economia brasileira
na crise provocada pela pandemia do COVID-19 no Estado do Ceará.

Destacam-se o fechamento parcial e redução de jornada de trabalho de


empresas, adesão ao regime de trabalho de home office, interrupção da cadeia
produtiva de alguns setores da economia, redução de exportações e início de uma
trajetória de expectativas pessimistas dos investidores, tanto no mercado financeiro
quanto no produtivo.

O segundo período, de abril a julho de 2020, foi marcado pela ampliação da


recessão econômica devido ao avanço do coronavírus em todo o território nacional.
Para mitigar os efeitos da crise, o governo amplia as linhas de crédito destinadas às
micro e pequenas empresas para a gestão de caixa. Porém, de forma geral, os
empresários não estão conseguindo acessá-lo devido à comprovação de garantias
de pagamento.

Se existem lições a serem deixadas por esta pandemia COVID-19, gostaria


de destacar duas. A primeira delas diz respeito à solidariedade não só dos
brasileiros, mas também mundo afora. Uma corrente do bem procurou ajudar os
mais necessitados, incluindo aí pequenos negócios. Talvez nunca antes tenha se
visto um movimento como este.

A segunda lição diz respeito à necessidade de se reinventar. Isto vale para os


indivíduos e para as empresas. O novo comportamento vai ditar o ‘novo normal’.
Temos que usar máscaras, higienizar as mãos a todo o momento e nos manter em
distância mínima, além de, claro, evitar aglomerações.

Pois bem, dadas estas premissas, a nova vida em sociedade está mudando,
e as empresas terão que repensar seus produtos e serviços nesta nova vida. O
mundo virtual tem sido o grande destaque nesse processo.
Tudo, absolutamente quase tudo, está sendo realizado online. Entender como
meu negócio pode se beneficiar dessa onda é uma questão de sobrevivência e vale
para todos os segmentos da economia, inclusive o turismo.

Este texto está distante de esgotar as discussões sobre os impactos do


coronavírus na economia brasileira. Apesar do enfoque desta discussão ter sido o
econômico, é importante ressaltar que, na medida em que outros países do mundo
já superaram, mesmo que parcialmente, o vírus, o Brasil ainda apresenta números
recordes de infectados e de mortos, o que sugere que a crise política é um
obstáculo para a superação da crise sanitária e econômica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.ipece.ce.gov.br/2021/03/23/economia-cearense-cai-menos-que-a-
nacional-em-2020-e-estimativa-do-pib-para-este-ano-e-de-crescimento-de-355/
Acesso em: 11 de Junho de 2022

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-impacto-da-pandemia-
de-coronavirus-nos-pequenos-
negocios,192da538c1be1710VgnVCM1000004c00210aRCRDAcesso em: 11 de
Junho de 2022

https://valor.globo.com/coronavirus/a-economia-na-pandemia/Acesso em: 12
de Junho de 2022
http://observatorio.seplag.ce.gov.br/observatorio/index.php/2019/11/04/os-
avancos-da-produtividade-do-trabalhador-cearense-e-as-ameacas-da-informalidade-
e-uberizacao1/Acesso em: 19 de Junho de 2022

INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ


(IPECE). Ceará em números. 2017. Disponível em:
<https://www.ipece.ce.gov.br/ceara-em-numeros/>. Acesso em: 25 de Junho de
2022

MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Panorama Macroeconômico: Maio de 2020.


Disponível em:
<http://www.fazenda.gov.br/centrais-deconteudos/publicacoes/conjunturaeconomica/
panoramamacroeconomico/2020/panmacro_spe_slides_-maio2020.pdf/view>.
Acesso em: 10 de julho de 2022

Você também pode gostar