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HIDROMECÂNICOS DE ESTAÇÕES
ELEVATÓRIAS DE ESGOTO BRUTO

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Elaboração: Validação: Aprovação: Data de Aplicação:


Claudio Dutra Gilson Merli Claudio Monken 28/11/2019

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HISTÓRICO DE REVISÕES

REVISÃO DATA ALTERAÇÃO RESPONSÁVEL

00 28/11/2019 Emissão inicial Cláudio Dutra

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1. OBJETIVO 4
2. REFERÊNCIAS 4
3. DEFINIÇÕES 5
4. SIGLAS 7
5. RESPONSABILIDADE, AUTORIDADE, CONSULTA E INFORMAÇÃO 7
6. CONDIÇÕES GERAIS 7
7. SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE 20
8. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 20
9. DOCUMENTOS DESDOBRADOS 21
10. MEDIÇÕES DO PROCESSO 21
11. REGISTROS 21
12. ANEXOS 21

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1. OBJETIVO
Estabelecer conceitos, parâmetros, produtos e requisitos básicos necessários a serem
adotados e apresentados na elaboração de projetos hidráulicos das estações elevatórias de
esgoto bruto.

2. REFERÊNCIAS
• ABNT NBR 7968: Diâmetros nominais em tubulações de saneamento nas áreas
de rede de distribuição, adutoras, redes coletoras de esgotos e interceptores -
Padronização;
• ABNT NBR 7675: Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas
de adução e distribuição de água - Requisitos;
• ABNT NBR 9648: Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;
• ABNT NBR 9651: Tubo e conexão de ferro fundido para esgoto - Especificação;
• ABNT NBR 10151: Acústica - Medição e Avaliação de níveis de pressão sonora
em áreas habitadas - Aplicação de uso geral;
• ABNT NBR 11885: Grade de barras retas, de limpeza manual – Requisitos gerais;
• ABNT NBR 12208: Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;
• ABNT NBR 12209: Elaboração de projetos hidráulicos-sanitários de estações de
tratamento de esgoto sanitários;
• NBR 12214/92: Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento
público - Procedimento;
• NBR 13211: Dimensionamento de ancoragens para tubulação;
• ABNT NBR 12587: Cadastro de sistema de esgotamento sanitário -
Procedimento;
• ABNT NBR 13059: Grade fixa de barras retas com limpeza mecanizada -
Especificação;
• ABNT NBR 13133: Execução de levantamento topográfico;
• ABNT NBR 13160: Grade fixa de barras curvas, com limpeza mecanizada;
• ABNT NBR 13211: Dimensionamento de ancoragens para tubulação;
• ABNT NBR 14968: Válvula gaveta de ferro fundido nodular com cunha
emborrachada - Requisitos;
• ABNT NBR 16682: Projeto de linha de recalque para sistema de esgotamento
sanitário - Requisitos;
• PR.011.COR.ENG: Definição de Diretrizes para Elaboração de Projetos de
Elétrica; e
• Legislações, normas e diretrizes de órgãos federais, estaduais e municipais.

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3. DEFINIÇÕES
• Acessórios: Qualquer outro item de uma canalização que não seja tubo ou
conexão, tais como parafusos, porcas e arruelas para instalação de juntas
flangeadas;
• Altura geométrica (Hg): É a grandeza métrica definida em função da diferença
entre cotas operacionais de montante e jusante (ponto de lançamento);
• Altura manométrica (Hm): Diferença de pressão do líquido entre a entrada e a
saída da bomba;
• Barrilete: Conjunto de tubulações, válvulas, acessórios e conexões que une a
saída das bombas em paralelo à tubulação de recalque;
• Bomba reserva: Conjunto moto bomba, que opera em regime de revezamento,
com a função principal de possibilitar paralisação temporária para manutenção de
outro conjunto moto bomba, sem comprometer a capacidade de total de
bombeamento da Estação;
• Canal de Entrada: Estrutura a montante do poço de sucção, contendo um ou mais
dos seguintes equipamentos: dispositivo de bloqueio, gradeamento, desarenação,
sistema medição de e/ou divisão de vazão;
• Cavitação: Cavitação parcial ou completa que ocorre em um líquido confinado,
resultante da ocorrência de pressões abaixo da sua pressão de vapor;
• Conexão: Peça fundida diferente de um tubo, que permite uma derivação, uma
mudança de direção ou de diâmetro. As extremidades com flange e bolsa, com
flange e ponta e as luvas são também classificadas como conexões;
• Curva característica: Lugar geométrico dos pontos de correspondências
biunívocas entre altura manométrica e vazão;
• Curva característica da bomba: Curva na qual a cada valor de altura
manométrica corresponde a uma só vazão, indicada pelo fabricante do
equipamento;
• Curva característica do sistema: Curva que representa os pontos de operação
do sistema, correlacionando a capacidade de transporte na tubulação com a
unidade fornecedora de energia (sistema de bombeamento);
• Dispositivos ou equipamentos para remoção de sólidos: Grade de barras
(manual ou mecanizada) e cestos coletores;
• Diâmetro nominal (DN): Designação alfanumérica adimensional, comum a todos
os componentes de uma canalização. Trata-se de um número inteiro como
referência (em mm), que se relaciona somente de maneira aproximada às
dimensões de fabricação. OB: O diâmetro nominal não deve ser utilizado para fins
de cálculo;
• Diâmetro Interno (DI): Dimensão referente ao diâmetro interno real da tubulação;
• Diâmetro Externo (DE): Dimensão referente ao diâmetro externo real da
tubulação;
• Estação elevatória de esgoto sanitário (EEE): Instalação que se destina ao
transporte do esgoto do nível do poço de sucção das bombas ao nível de descarga

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na saída do recalque, acompanhando aproximadamente as variações da vazão


afluente;
• Faixa de operação do poço de sucção: Distância vertical entre os níveis de
máximo e mínimo de operação das bombas;
Nota: Quando a EEE possuir duas ou mais bombas trabalhando simultaneamente,
a faixa de operação da estação é a diferença NA máximo da última bomba a ser
ligada e o NA mínimo da última bomba a ser desligada, porém todas devem
apresentar também o NA máximo e mínimo individualmente.
• Linha de Recalque (LR): Tubulação destinada a transportar esgoto pressurizado
entre unidades operacionais do sistema. É a tubulação de saída da EEE, tendo
início após a última interligação do barrilete, opera em regime forçado;
• Poço de Sucção: Estrutura que recebe os esgotos após a passagem pela
entrada, ou canal de entrada, que propicia os volumes adequados para o
funcionamento das bombas;
• Vazão máxima afluente (Qmáx): Avaliada conforme critério da NBR 9649 ou
NBR 14486, também chamada vazão final plano e/ou vazão máxima horária,
calculada para início de fim de plano;
• Vazão média afluente (Qméd): Avaliada conforme critério da NBR 9649 ou NBR
14486, calculada para início (conforme o caso, despreza-se o k2) e fim de plano;
• Vazão mínima afluente (Qméd): Vazão mínima afluente a estação elevatória,
calculada para início de fim de plano;
• Vazão de Recalque: Volume do fluido por unidade de tempo recalcado pela
estação elevatória, considerando as características do sistema projetado e dos
equipamentos previstos.
• Volume útil do poço de sucção: Volume compreendido entre os níveis máximo
e mínimo de operação das bombas;
• Volume Efetivo do poço de sucção: Volume compreendido entre o fundo do
poço e o nível médio do poço de sucção;
• NPSH: Grandeza que representa a disponibilidade de energia com que o líquido
penetra na boca de entrada da bomba;
• Tempo de detenção média: Relação entre o volume efetivo e a vazão média de
início de plano afluente ao poço de sucção;
• Tubo (FoFo): Peça fundida de diâmetro uniforme e eixos retilíneos, com
extremidade em bolsa, ponta ou flange, com exceção das extremidades com
flange e bolsa ou flange e ponta que são consideradas como conexões;
• Pressão nominal (PN): Designação alfanumérica expressa por um número
arredondado, utilizada para propósitos de referência. Todos os componentes de
mesmo diâmetro nominal DN, designados pelo mesmo PN, devem ter dimensões
de montagem compatíveis; e
• Ponto de trabalho (ponto de operação): ponto de intersecção das curvas
características da bomba e do sistema.

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4. SIGLAS
• ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;
• APP: Área de preservação permanente;
• BEP: Ponto de melhor eficiência;
• CMB: Conjunto moto Bomba;
• CV: Cavalo vapor
• FoFo: Ferro Fundido;
• FoFoD: Ferro Fundido Dúctil
• NA: Nível de água;
• NBR: Norma Técnica.
• NPSH: Net Positive Suction Head – Carga positiva de sucção;
• PV: Poço de visita
• PVC: Poli cloreto de Vinila;
• RPM: Rotações por minuto

5. RESPONSABILIDADE, AUTORIDADE, CONSULTA E INFORMAÇÃO


São exercidas pelos executores de serviço no cumprimento das diretrizes contidas neste
documento, conforme explicitadas a seguir.

6. CONDIÇÕES GERAIS
O diagrama do ANEXO A apresenta os componentes hidráulicos definido nesta diretriz.

6.1 Relação dos Componentes Hidromêcanicos da Estação Elevatória de Esgoto


Bruto
a. Os principais componentes hidromecânicos em estações elevatórias de esgoto
bruto são, geralmente, os abaixo relacionados:
• Entrada ou canal de entrada;
• Poço de sucção;
• Conjuntos motobombas; e
• Tubulações e válvulas.

6.1.1 Entrada ou Canal de Entrada:


a. São contemplados, neste componente, parte ou todos os equipamentos e
estruturas relacionadas abaixo:
• PV de montante;
• Dispositivo de bloqueio;
• Retenção de sólidos grosseiros;
• Trituração de sólidos grosseiros;
• Desarenação; e
• Distribuição de vazão para poços bipartidos.

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b. São seguidos para a entrada ou canal de entrada, os parâmetros e


recomendações abaixo, durante a definição do leiaute e do dimensionamento da
EEE:
• PV de Montante
✓ Para promover entrada única na EEE; e
✓ Preferencialmente, localizada dentro da área da EEE.
• Dispositivo de Bloqueio de Esgoto
✓ Afluente à elevatória, que é necessário para possibilitar manutenções
na EEE, tais como trocas ou reparo de grade, bombas e
impermeabilização, atendendo às seguintes condições:
- Interromper totalmente o fluxo afluente;
- Utilizar comporta (FoFo ou inox), válvula guilhotina ou válvula de
gaveta;
- Ser acionado no nível do terreno, por equipamento apropriado
ao porte do dispositivo; e
- Prever espaço para manutenção dos equipamentos e, se
necessário, apoio das válvulas.

• Retenção de Sólidos Grosseiros


✓ Independentemente do mecanismo de retenção, atender às seguintes
condições:
- Dimensionar para a vazão máxima afluente à unidade;
- Dimensionar o espaçamento do sistema de retenção com
abertura máxima de igual ou inferior a 70% do diâmetro de
passagem de sólidos nos rotores das bombas selecionadas;
- Prever desnível nos canais a montante e jusante dos dispositivos
de retenção, a fim de evitar sedimentação de materiais;
- Estabelecer a cota de fundo do canal, no mínimo, o valor da cota
da GI da tubulação de chegada, acrescida da altura da lâmina
d`água no canal para a maior vazão prevista;
- Especificar em aço inoxidável AISI 304 L, ou superior, ou fibra
pultrudada, os componentes sujeitos a contato direto, mesmo
que eventual;
- Prever manobras através de stop logs ou comportas para canais
e dispositivos de retenção de sólidos duplos, quando necessário;
- Detalhar, para todas as soluções, os projetos mecânicos
aplicáveis para a instalação e/ou fabricação (cestos e grades),
tubos guias, suportes, canaletas, içamento, etc;
- Prever ponto de água para limpeza; e
- Prever ponto de acumulo de resíduos, quando necessário, com
acesso para remoção, caçamba, cobertura e drenagem de

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retorno para a EEE no piso, de acordo com o volume a ser


gerado.

✓ Exclusivamente para gradeamento mecanizado com base nas ABNT


NBR 12208, 12209 e 13059, para fins de dimensionamento,
considerar as recomendações abaixo:
- Implantar para estações acima de 100 l/s para a vazão máxima
em fim de plano ou quando o volume de material a ser retido
diariamente justificar este equipamento. Considerar também as
dificuldades de operação relativas à localização da EEE e à
profundidade do canal afluente;
- Prever a instalação de pelo menos duas unidades, cada uma
com capacidade para a vazão máxima afluente total de fim de
plano, ou um canal de reserva, protegido por grades ou cestos
de limpeza manual, para canais profundos ou sem acesso, com
o mesmo espaçamento entre as barras. O canal reserva deve
possuir as mesmas dimensões do mecanizado, para
proporcionar instalação futura de gradeamento mecanizado; e
- Prever o depósito dos sólidos removidos em caçambas,
carrinhos, diretamente ou através de esteiras ou roscas
transportadoras para sua retirada, em área suficiente para
circulação dos carrinhos ou veículos de retirada das caçambas,
conforme o caso.
✓ Exclusivamente para grade de barra manual com base nas ABNT NBR
12208, 12209 e 11885, considerar as recomendações abaixo:
- Estabelecer a cota de fundo do canal, no mínimo, o valor da cota
da GI da tubulação de chegada, acrescida da altura da lâmina
d`água no canal para a maior vazão prevista , considerando a
perda de carga na grade obstruída em 50%, e nunca inferior a
0,2 metros, evitando remanso na tubulação;
- Prever cesto coletor após a grade e, se aplicável, local para
armazenamento e remoção de materiais;
- Definir as dimensões do perfil de barras em função do
comprimento da barra e reforços intermediários, de modo a
assegurar a estabilidade do conjunto;
- Dimensionar o perfil da barra com espessura entre 6 e 13 mm,
com a largura de 40 a 60 mm, utilizando dimensões comerciais;
e
- Situar o topo da grade de barras abaixo do nível do piso
operacional das paredes do canal, de modo a permitir acesso a
grade sem contaro com o esgoto, em caso de obstrução.

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✓ Exclusivamente para cesto, considerar as recomendações abaixo:


- Estabelecer a cota de fundo do canal ou tubulação cima do
cesto, evitando represamento a montante na tubulação. O
esgoto necessita “verter” para dentro do cesto;
- Possuir volume abaixo do ponto de entrada de esgoto, com
capacidade suficiente de acúmulo de resíduos para frequência
de limpeza prevista;
- Possuir abertura total na parte superior, para não confinar o
esgoto afluente em caso de obstrução;
- Prever tubos guias, sistema de içamento e apoio de fundo, para
apoio do cesto na posição correta em AISI 304 L ou superior;
- Dimensionar perfil de barras em função do comprimento das
barras e reforços intermediários, de modo a assegurar a
estabilidade do conjunto. A espessura mínima da barra
necessita ser de 8 mm; e
- Situar o topo do cesto coletor abaixo do nível operacional do piso
lateral das paredes do canal, quando em canais.
• Trituração de sólidos grosseiros
✓ Recomendado apenas para utilização em pontos criticos, como áreas
sem acesso ou de risco, necessitando sempre ser justificadas e
estudadas individualmente, avaliando principalmente os seguintes
pontos:
- Instalação a montante do poço ou na tubulação de sucção da
bomba;
- Operação da linha de recalque: A velocidade e tempo de
funcionamento das bombas propiciam o arraste dos sólidos
triturados, de forma que não ocorra sedimentação ou flutuação
dentro da linha;
- Perfil da linha de recalque: Para evitar acúmulos ou flutuações
de resíduos na linha de recalque, é recomendado uso de
trituradores apenas em linhas curtas e com alturas
manométricas baixas, onde é possível operar com velocidade de
arraste adequadas para cada situação;
- Equipamentos de proteção contra transientes ou expurga de ar:
O excesso de resíduos triturados pode causar entupimentos
frequentes em ventosas, válvulas de alívio e demais
equipamentos de proteção. A utilização do triturador necessita
ser estudada conjuntamente com todo o sistema, projeto
hidráulico, transientes, civil e etc., obra e questões operacionais;
- Ponto de lançamento da linha de recalque: O efluente com
sólidos triturados necessita ser lançado preferencialmente em
estações de tratamentos ou outras estações elevatórias, de
modo que passe por processo de remoção destes sólidos. O
lançamento em redes necessita ser estudado e nunca realizado

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a montante de sifões, condutos forçados por gravidade,


chaminés de equilíbrio, tanque de alimentação unidirecional, ou
outras estruturas e equipamentos que possam propiciar a
sedimentação e consequente obstrução de tubulações ou
equipamentos;
- Geometria do poço de sucção: Os poços necessitam prever
caimentos suficientes para evitar o acúmulo de resíduos.
✓ Quando o uso de triturador for necessário e viável, técnico e
economicamente, considerar as seguintes orientações técnicas em
sua implantação:
- A instalação do triturador necessita ser em local que não cause
represamento na tubulação, quando o escoamento for livre a
montante. Em istalações novas, não prever apenas um recorte
no canal para instalação do triturador;
- A parte motriz necessita ser instalada em local e altura livre de
risco de inundação, e nunca com IP inferior a 56;
- A instalação conectada na sucção da bomba necessita possuir
acesso para limpeza; e
- Apresentação dos projetos mecânicos necessários para a
instalação, como suportes, canaletas, içamento, etc.
• Desarenação
✓ Quando houver dificuldades construtivas como falta de espaço ou
profundidades elevadas, bem como a constatação de pouca incidência
de areia na região, o uso deste dispositivo é dispensável, mas somente
após uma análise completa do sistema, verificando as condições de
jusante do ponto de lançamento, desnível, extensão e velocidade da
LR, características das bombas e poços, etc.
✓ Além das indicações seguintes, o dimensionamento dos sistemas de
desarenação deve seguir a NBR 12209:
- As caixas de areia necessitam ter no mínimo dois canais
desarenadores, ambos dimensionados para a vazão máxima;
- Considerar mecanismos de interrupção de fluxo individual;
- Prever o gradeamento a montante do desarenador;
- O intervalo de tempo entre manutenções de limpeza necessita
ser, no mínimo, de 15 dias;
- Verificar a forma de limpeza, utilizando caminhão hidro vácuo,
cesto com içamento, etc; e
- Quando existir indisponibilidade de área, outros métodos de
remoção de areia poderão ser propostos, como sistemas
mecanizados para estações de grande porte e desarenadores
circulares, para estações de pequeno porte.
• Medição de vazão e/ou distribuição para os poços bipartidos

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✓ Os parâmetros para instalação da calha parshall devem estar,


obrigatoriamente, em conformidade com a normativa ABNT NBR ISO
9826/2008;
✓ Prever e dimensionar o trecho retilíneo mínimo de montante, de forma
que a turbulência não interfira na precisão da medição;
✓ Projetar as estruturas à jusante da calha parshall de forma que não
interfira na precisão da medição; e
✓ Não considerar degrau a montante.

6.1.2 Poços de Sucção


a. Projetar as elevatórias, preferencialmente, utilizando bombas submersíveis
instaladas em poços de sucção. Quando as características da área ou da rede
não propiciarem esta concepção, alternativas necessitam ser propostas,
respeitando as orientações apresentadas;
b. Utilizar poços de sucção divididos em duas câmaras, interligados próximo ao
fundo por comporta com vedação de duplo sentido, a partir de 10 l/s de vazão
máxima, vazão para qual já é possível dimensionar altura útil e espaço adequados
para instalação e manutenções das bombas e poços;
c. Adotar a forma geométrica retangular, preferencialmente, nas unidades (poço
sucção, poço seco, caixa de areia), com os compartimentos sequenciais. A altura
da estrutura física acima do piso do terreno é de pelo menos de 0,5 m ou em
função das cotas alagamento, que são verificadas e indicadas no projeto;
d. Determinar as dimensões dos poços, a partir do volume útil calculado, respeitando
os seguintes critérios e recomendações:
• Considerar o volume útil das duas câmaras, visto que a comporta na
divisão opera normalmente aberta;
• Não permitir descarga livre na entrada que promova formação de bolhas
de ar ou agitação excessiva do poço. Prever estrutura que direcione o fluxo
para abaixo do nível mínimo de funcionamento das bombas;
• Não permitir que o fluxo de fluido na tomada de uma bomba prejudique as
demais sucções;
• Não permitir formação de zonas inativas. O fundo do poço de sucção é
inclinado no sentido da bomba ou da tubulação de sucção para facilitar a
limpeza e sucção pela bomba. O enchimento é executado no mesmo
material da laje;
• Facilitar a instalação de tubulações e conjuntos elevatórios, bem como as
condições de operação, conforme recomendado pelo fabricante dos
conjuntos motobombas;
• Prever dispositivo de ventilação para as estações elevatórias cujas
inspeções dos poços não estejam a céu aberto;
• Fixar o NA máximo do poço de sucção abaixo da soleira da tubulação ou
canal afluente, ou no caso de cesto, manter nível abaixo do fundo do cesto;

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• Prever o tempo máximo de 30 minutos para a detenção do esgoto,


considerando os dois poços operando com a interligação aberta. Quando
possível, evitar utilizar altura útil do poço de sucção inferior a 0,60 metros;
• Adotar, preferencialmente, intervalo entre as partidas das bombas em
torno de 6 (seis) partidas por hora.
e. Exclusivamente para elevatórias de esgoto de poços de sucção com bombas
instaladas no interior:
• Prever a instalação de válvulas e equipamentos em local isolado da
estrutura das bombas;
• Considerar a cobertura da carcaça do motor, independente da orientação
do fabricante, na definição do nível mínimo do poço; e
• Utilizar bombas auto refrigeradas, submersíveis de poço seco, em projetos
de recuperação onde o nível operacional estiver insuficiente, sem
considerar o nível mínimo recobrindo completamente a carcaça do motor,
bastando a verificação e recobrimento mínimos da sucção e condições de
NPSH.
f. Exclusivamente para estações elevatórias de esgoto com poço seco e bombas
instaladas abaixo do nível do terreno, considerar as recomendações abaixo:
• Prever sistema para drenagem de água de gaxeta, limpeza e possíveis
infiltrações, com bomba submersivel de rotor aberto ou vortex;
• Instalar a bomba abaixo do nível do piso do poço seco, para esgotamento
de água de gaxeta, limpeza e possíveis infiltrações. A linha de recalque
dessa bomba é fixada nas paredes, em PVC soldável/roscável ou PEAD,
possuindo válvula de retenção vertical próximo à bomba, lançando no poço
de sucção ou canal de entrada;
• Não prever acessos ou aberturas abaixo do nivel de inundação;
• As dimensões e formas dos poços secos ou abrigo das bombas,
necessitam espaços livres, a fim de permitir manutenções das bombas,
válvulas, tubulações e demais equipamentos;
• O local necessita possuir ventilação adequada, conforme norma NBR
12214/92.

6.1.3 Conjunto Moto-bomba


a. Para dimensionamento e especificação do conjunto motobomba, considerar:
• Estudo da(s) curva(s) do sistema com a(s) curva(s) da(s) bomba(s);
• Previsão de bombas com curvas características que possibilitem
rendimento adequado para todas as situações de operação, quando

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necessário bombas em paralelo. Ex: uma bomba operando, duas bombas


operando, etc;
• Seleção de rotor com maior diâmetro e instalação de inversor de
frequência, quando possível;
• Verificação das condições para início e fim de plano, na associação em
paralelo, considerando o funcionamento individual e em paralelo;
• Determinação das vazões de projeto do sistema de bombeamento,
levando-se em conta as condições operacionais do sistema;
• Características da linha do recalque e sucção;
• Ponto de trabalho onde o rendimento é máximo ou em faixa com
rendimento aceitável, é recomendado pontos de operação entre menos
30% e mais 20% de desvio do BEP;
• A pressão de serviço não deve ultrapassar 80 % da pressão de shut – off;
• Concepção que garanta NPSH disponível acima de 25% do requerido, e
no minimo 0,50 m em todos os pontos de operação;
• Materiais da carcaça, rotor e selo mecânico compatíveis com as
características do esgoto, preferencialmente carcaças com revestimento
em cerâmica, rotores em Hard Iron e selo em tungstênio;
• Avaliação nos estudos econômicos a alternativa de recalque em série, no
caso de pressões superiores a 40 mca, implantando estação elevatória
intermediária;
• Previsão de pelo menos dois conjuntos moto-bomba, cada um com
capacidade para recalcar a vazão máxima horária, sendo um deles
reserva. No caso de mais de dois conjuntos, o reserva, destinado a
possibilitar manutenções, deve ter capacidade igual aos demais conjuntos;
• Utilização de bombas com rotação inferior a 1800 rpm, quando possível;
• Especificação de modelos de bombas para esgoto, preferencialmente, em
disponibilidade no mercado nacional, bem como suas respectivas peças
de manutenção. Os materiais componentes das bombas necessitam ser
adequados às características do esgoto a ser bombeado e as condições
de sua instalação;
• Diâmetro de passagem do rotor compatível com as partículas de
passagem do gradeamento;
• O nível para garantir a submergência mínima para o controle de vórtice
precisa ser inferior ao do NA mínimo. Este valor é informado pelo fabricante
da bomba. Na ausência deste dado, admitir a submergência mínima entre

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1,5 e 2,5 x D, conforme o tipo de instalação, sendo D o diâmetro da


tubulação de sucção. O valor mínimo da submergência é de 0,5 m;
• A folga entre o fundo do poço e a parte inferior da seção de entrada da
sucção fixada de 1,0 d a 1,5 d, e nunca inferior a 0,20 metros;
• Verificação da condição de funcionamento da bomba em baixa rotação,
restringindo a operação com velocidade mínima que promova a
refrigeração conforme especificação do fabricante;
• Manutenção da distância mínima de 1,0 m entre a entrada de ar do motor
e a parede ou qualquer outro obstáculo, para motores convencionais;
• A distância livre entre 1,0 e 1,5 m entre as bases das bombas horizontais;
• O arranjo dos conjuntos motobombas, permitindo facilidade de operação e
manutenção, obedecendo às recomendações do fabricante.
• Base metálica assentada em bloco de fundação em concreto armado
através de chumbadores para permitir a retirada da base para
manutenção;
• Proteção permanente para todas as partes girantes expostas. A remoção
ou abertura das proteções são realizadas apenas com ferramentas
específicas;
• Adoção de acréscimo sobre a potência consumida (calculada), para a
potência comercial dos motores (exceto submersiveis), conforme Tabela
01 abaixo ou recomendação do fabricante:

Tabela 01 – Potência a ser instalada (Potência Comercial)


Potência da Bomba Consumida Incremento de Potência do Motor
(Calculada) sobre potência consumida (calculada)
< 2 HP 50 %
2 a 5 HP 30 %
5 a 10 HP 20 %
10 a 20 HP 15 %
> 20 HP 10 %

b. Exclusivamente para bombas submersíveis, considerar bombas com montagem


semipermanente com pedestal.
c. Exclusivamente para bombas afogadas de poço seco, estabelecer o nível mínimo
do poço de sucção superior ao eixo da bomba.

6.1.4 Tubulações, conexões, válvulas e acessórios


a. Todas as tubulações, válvulas e conexões necessitam ser apropriadas para uso
em esgoto e com conexões flangeadas, até a conexão com a linha de recalque;

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b. Os flanges das tubulações de sucção e recalque necessitam estar conectadas aos


respectivos flanges da bomba, ficando totalmente livres de tensões, sem transmitir
quaisquer esforços à carcaça da bomba.
c. Os barriletes de sucção e recalque necessitam propiciar livre acesso para
operação e manutenção dos equipamentos. Sempre que possível, manter a
instalação da tubulação de recalque e sucção do mesmo lado, deixando o lado
oposto livre;
d. Prever dispositivo de inspeção dos rotores sem desmontagem completa da
bomba, para poços secos, caso esta já não possua em seu próprio corpo.
e. Os flanges seguem, preferencialmente, a Norma ABNT 7675, com a indicação da
Pressão Nominal (PN). Quando diferente dessa norma, justificar e acordar o uso
destas;
f. As válvulas de bloqueio são do tipo vedação estanque, com cunha de borracha,
para os diâmetros comerciais disponíveis, e pintura epóxi;
g. Indicar que as válvulas de retenções especificadas atendem ao sentido de posição
de instalação, horizontal ou vertical;
h. Calcular o dimensionamento do diâmetro das tubulações em função das
velocidades máximas e mínimas recomendadas, das perdas de carga unitárias e
de critérios técnicos e econômicos para implantação e operação;
i. Para definição da classe de pressão dos tubos é verificada sua resistência aos
esforços devidos ao fluido bombeado, pressão de trabalho, pressões transitórias
(sub e sobre pressão), bem como o material da rede adotado, etc.;
j. As tubulações do barrilete e válvulas não podem ser apoiadas nas bombas. Prever
blocos de ancoragem e/ou outro tipo de apoio;
k. Indicar que todos os parafusos sujeitos às condições de ambientes adversas
necessitam ser, no mínimo, de aço galvanizado;
l. Prever proteção contra ocorrência de corrosão galvânica, quando aplicável;
m. Os flanges de qualquer peça (tubos, válvulas, reduções e conexões) necessitam
ter uma distância mínima livre em relação ao nível do piso e paredes, conforme
especificado abaixo:
• Flanges até 300 mm – Distância mínima de 30 cm;
• Flanges de 350 e 450 mm – Distância mínima de 50 cm;
• Flanges de 500 e 600 mm – Distância mínima de 70 cm;
• Flanges de 700 e 1000 mm – Distância mínima de 100 cm;
n. As ventosas necessitam ser implantadas de forma que não permitam o contato
com água externa, seja por elevação do lençol freático, rios, córregos ou
escoamento superficial e inundação da caixa.
o. Exclusivamente para tubulação de sucção, considerar as recomendações abaixo:
• Em instalações com poços secos e bombas afogadas, utilizar válvula de
bloqueio no mesmo diâmetro da maior tubulação, sendo que o peso desta
não deve ser suportado pelo engaste da tubulação na parede;
• Utilizar, quando necessário, junta de expansão flangeada de inox ou
borracha, entre a bomba e a válvula de bloqueio;

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• A velocidade na tubulação de sucção necessita estar compreendida entre


0,60 a 1,5 m/s. Em bombas que possuam outras recomendações,
apresentar o parecer do fabricante e o dimensionamento destas
tubulações, conforme a recomendação; e
• A redução da tubulação de sucção para o flange da bomba necessita ser
sempre excêntrica.
p. Exclusivamente para tubulação de recalque, considerar as recomendações
abaixo:
• O projeto da linha de recalque segue as recomendações da NBR 16.682;
• Necessita ser projetada de acordo com a topografia planialtimétrica e
cadastral das faixas de encaminhamento dos condutos;
• Cada tubulação de saída de bomba é independente até as conexões da
linha principal de recalque, possuindo, no mínimo, válvula de retenção e
válvula de bloqueio, além de ampliação e junta de desmontagem ou junta
de expansão em inox ou borracha, quando necessárias;
• Prever válvula de bloqueio para a linha de recalque, instalada após o
macromedidor;
• Instalar tubulação de retorno para o poço de sucção para permitir
esvaziamento deste para manutenção, quando necessário;
• Na linha de recalque, a velocidade necessita estar compreendida entre
0,60 a 3,0m/s, levando em consideração a extensão, desnível da rede,
perfil, perda de carga e condições transitórias;
• Realizar estudo de transientes hidráulicos, para verificar a necessidade de
instalação de dispositivos de proteção (tanque hidropneumáticos,
ventosas, chaminé de equilíbrio etc.), desde a fase de concepção, para
subsidiar a definição das alternativas;
• Projetar os barriletes sempre com a condição de instalação de
equipamentos de emergência (conexão de espera no barrilete para
instalação de bomba emergencial), ex: instalação de junção com flange
cego, no lugar de curva na primeira bomba do barrilete;
• As tubulações de saída das bombas necessitam estar conectadas à linha
principal de recalque preferencialmente por junções em “Y” e curvas;
• Os blocos precisam ser dimensionados para as pressões transitórias e
possuir detalhamento completo para sua execução;
• O ponto de descarga da linha de recalque, se for em PV para posterior
escoamento por gravidade, necessita possuir tubo de queda, seguindo a
recomendação da NBR 14.486 para degrau. Este lançamento não deve
propiciar o afogamento da rede;
• Utilizar caixa com dispositivo para tranquilização e quebra de velocidade
no ponto de lançamento, para estações com vazões grandes e/ou
diâmetros maiores que 300 mm;
• Prever fita de sinalização na vala, instalada entre 0,50 e 0,70 m acima da
geratriz superior do tubo;

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• Derivações para instalação de ventosas com pelo menos 50% do diâmetro


da tubulação principal;
• O estudo de transientes hidráulicos precisa ser elaborado com software
específico e validado, conforme recomendações da NBR 16.682; e
• As proteções contra transientes precisam ser conferidas após a execução
das obras e implantação dos dispositivos especificados em projeto. Para
a realização dos testes de transientes, definir em projeto os ensaios
necessários, a metodologia, e equipamentos mínimos (tipo, quantidade,
precisão, local de instalação, etc.). O produto final será um manual para a
realização dos testes e ensaios da proteção especificada em projeto após
a implantação. Este manual proporciona a conferência dos resultados
obtidos após a implantação com os previstos em projeto.

6.2 Apresentação do Projeto Hidráulico

a. Memorial Descritivo
O memorial descritivo contém no mínimo:
• Área de abrangência;
• Vazões afluente (mínima, média e máxima) atuais e futuras;
• Concepção adotada e fatores levantados;
✓ Cotas da rede afluente;
✓ Cotas do ponto de lançamento;
✓ Desnível geométrico;
✓ Traçado e perfil da linha de recalque;
✓ Titularidade da área e necessidade de desapropriação;
✓ Acesso permanente para veículos e manutenções;
✓ Condições de alagamento;
✓ Proteção contra inundação e enxurradas;
✓ Estabilidade contra erosão e assoreamento;
✓ Existência de interferências (redes de drenagem, água, elétrica,
energia, etc.);
✓ Disponibilidade de energia elétrica;
✓ Metodologias construtivas e obras para implantação de fundação e
estruturas; e
✓ Aspectos ambientais (área de APP, etc.).
• Fórmulas, parâmetros e critérios adotados;
• Considerações de projeto.

b. Memória de Cálculo
A memória de cálculo apresenta as fórmulas e métodos utilizados para
cálculos de:
• NPSH disponível;
• Linha de sucção e recalque:

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✓ Perdas de carga localizada e distribuída;


✓ Definição dos diâmetros econômicos, nos barriletes e LR.
• Dimensionamento do CMB;
• Altura manométrica;
• Altura geométrica de sução e recalque;
• Dados da bomba de referência:
✓ Curva característica;
✓ Ponto de operação;
✓ Potência nominal e consumida para cada ponto de operação;
✓ BEP;
✓ Shut off;
✓ Rendimento;
✓ Momento de inercia;
✓ Características do rotor.
• Dimensões e volumes dos poços;
• Ciclo operacional, com os tempos de detenção e funcionamento das
bombas, para todas as condições de funcionamento, considerando o
revezamento entre as bombas;
• Determinação do(s) ponto(s) operacional(s) do sistema; e
• Gradeamento e caixa de areia.

c. Peças gráficas e desenhos


Apresentar todas as peças gráficas e desenhos, para o perfeito entendimento
do projeto, que propicie a licitação e implantação das obras e instalações.
Para isso deverão estar contemplados no mínimo:
• Fluxograma de engenharia;
• Planta de situação;
• Planta de locação e coberta;
• Plantas baixas, cortes e detalhes; e
• Planta baixa e do perfil hidráulico da Linha de Recalque.

d. Quantitativos, especificação técnica e Manual de Operação das Estações


Elevatórias
• Lista de quantitativos de serviços, materiais e equipamentos;
• A especificação técnica deve conter a completa relação de materiais,
elementos e equipamentos com características necessárias para
aquisição, montagem e instalação dos mesmos;
• O manual de operações deve ser apresentado em forma de anexo,
considerando as recomendações para funcionamento adequado das
instalações.

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6.3 Apresentação de Projetos Complementares

6.3.2 Além do projeto hidráulico, outros projetos necessitam ser apresentados:


• Topográfico;
• Arquitetônico;
• Geotécnico;
• Estrutural;
• Impermeabilização;
• Movimentação de carga;
• Elétrico, automação e monitoramento;
• Transientes hidráulicos;
• Hidro sanitário;
• Drenagem;
• Combate e prevenção de incêndio;
• Projetos legais; e
• Orçamento.

7. SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE


Não aplicável.

8. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

a. É indispensável o prévio estudo comparativo entre os custos decorrentes da


instalação de uma elevatória e o custo devido ao esgotamento por gravidade;

b. Para estação acima de de 50 l/s, quando possível, é estudada alternativa para o


volume útil da EEE, considerando a vazão mínima afluente de projeto ou a vazão
mínima da bomba, utilizando-se a maior delas e prevendo a utilização de inversor
de frequência. Comparar com o volume útil calculado com a vazão máxima. O
volume útil calculado com as vazões mínimas citadas reduz as estruturas civil e
custos de implantação. Para esta situação, prever revezamento automatico dos
CMBs, para evitar acumulo de materiais sob as bombas;

c. Todas as recomendações descritas no item 6 acima são requisitos básicos para a


elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de Esgoto Bruto. Entretanto,
todas as oportunidades de melhorias, novas tecnologias e diferentes alternativas

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podem ser apresentadas para serem discutidas com a equipe de projetos da BRK
Ambiental;

d. Para estações pequenas, onde não é possível executar poço bipartido, pode ser
proposto implantação de estação elevatória pré-fabricada;

e. No projeto de segurança, considerar também:


• Forma de instalação de equipamentos para entrada de pessoas em
todos os ambientes, quando necessário, prevendo local para
instalação de tripé, monopé ou utilização da estrutura de içamento;
• Dimensionamentos e especificação das estruturas de içamento dos
equipamentos;
• Prever pontos para instalação de insufladores e exaustores.

f. Os projetos de Estações Elevatórias de Recirculação de Lodo ou Efluentes


Tratados, devido às suas particularidades em cada processo, devem ser
elaborados considerando as características de cada estação, apresentando e
discutindo a melhor alternativa diretamente com a Engenharia da BRK Ambiental.

9. DOCUMENTOS DESDOBRADOS
Não aplicável.

10. MEDIÇÕES DO PROCESSO


Não aplicável.

11. REGISTROS
Não aplicável.

12. ANEXOS
ANEXO A – Diagrama dos Componentes Hidráulicos

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ANEXO A – Componentes da Estação Elevatória de Esgoto Bruto

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