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•a revolução agrícola
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•a revolução da irrigação
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•a revolução industrial
•a revolução termonuclear
ROBERTO DA MATTA
Estudioso do Brasil, de seus dilemas e de suas contradições bem como de seu potencial e de suas
soluções, Roberto não se afasta de seu País mesmo ao desenvolver outros temas. A comparação com
o Brasil é inevitável em suas obras.
O antropólogo revela o Brasil, o seu povo e a sua cultura através de suas festas populares,
manifestações religiosas, literatura e arte, desfiles carnavalescos e paradas militares, leis e regras
(quando respeitadas e quando desobedecidas), costumes e esportes.
Surge daí um Brasil complexo, que não se submete a uma fórmula ou esquema único. Para Roberto, o
Brasil é tão diversificado como diversificados são os rituais, conjunto de práticas consagradas pelo uso
ou pelas normas, a que os brasileiros se entregam.
Todos esses temas são abordados em sua relação com duas espécies de sujeito – o indivíduo e a
pessoa –, e situados em dois tipos de espaço social, a casa e a rua.
A distinção entre indivíduo e pessoa é bem demarcada em seu original trabalho sobre a conhecida e
ameaçadora pergunta: Você sabe com quem está falando?. Os seres humanos que se sentem
autorizados a se dirigir dessa forma aos outros, colocam-se na posição de pessoas: são titulares de
direito, são alguém no contexto social. Os seres humanos a quem tal pergunta é dirigida são, para as
pessoas, meros indivíduos, mais um na multidão, um número.
A rua é o espaço público. Como é de todos, não é de ninguém: logo, tem-se ali um espaço hostil onde
não valem as leis e os princípios éticos, a não ser sob a vigilância da autoridade. A convivência na rua
depende de uma negociação constante entre iguais e desiguais. A casa, considerada num sentido
amplo, é o espaço privado por excelência, onde estão “os nossos”, que devem ser protegidos e
favorecidos, e aqui Roberto retoma e atualiza o conceito de homem cordial de Sérgio Buarque de
Holanda.
Considerado um dos grandes nomes das Ciências Sociais no País, é autor de diversas obras de
referência na Antropologia, Sociologia e Ciência Política, como Carnavais, Malandros e Heróis, A casa
e a rua ou O que faz o brasil, Brasil?.