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ISSN: 2595-6825
DOI:10.34119/bjhrv6n1-273
RESUMO
O presente estudo tratou sobre os aspectos desconhecidos e ambíguos presentes na literatura
brasileira sobre a compreensão histórica do Krav Maga, que até hoje moldam o pensamento
imaginário de seus praticantes no tocante a sua origem e introdução no país. Nesse viés, buscou-
se produzir uma revisão narrativa da literatura disponível, ponderando sobre a tradição
inventada e fontes históricas do Krav Maga. De fato, a propagação confusa e distorcida da
história da modalidade no país, empreendida via relatos orais, publicações particulares e
tradição oral, provoca equívocos científicos, ao passo que as reflexões e informações aqui
apresentadas buscam contribuir para a construção de uma versão isenta das origens e evolução
da modalidade, permitindo-se repensar sua história no Brasil.
ABSTRACT
The present study dealt with the unknown and ambiguous aspects present in the Brazilian
literature on the historical understanding of Krav Maga, which until today shape the imaginary
thinking of its practitioners regarding its origin and introduction in the country. In this vein, we
sought to produce a narrative review of the literature, pondering the invented tradition and
historical sources of Krav Maga. In fact, the confused and distorted propagation of the history
of the sport in the country, undertaken via oral reports, private publications and oral tradition,
causes scientific misunderstandings, while the reflections and information presented here seek
to contribute to the construction of a version exempt from the origins. and evolution of the
modality, allowing itself to rethink its history in Brazil.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, as Lutas, Artes Marciais e Modalidades Esportivas de Combate
(L/AM/MEC) correspondem a 70% das intenções da população acima dos 15 anos de idade
para a prática de atividades físicas, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de
2 REVISANDO A HISTÓRIA
Para entender o que, de fato, é o Krav Maga, faz-se importante reconstruir suas origens
históricas, bem como o contexto de sua expansão mundial e chegada ao Brasil, interpretando e
distinguindo as ideias do imaginário e contos daquilo que as fontes oficiais apresentam como
eventos ocorridos no processo de desenvolvimento desta prática.
O Krav Maga tem sua origem em um extenso processo multicultural – evidenciado pelo
conflito de identidades ao longo de sua própria história, bem como pela falta de reconhecimento
deste como arte marcial nacional pelos israelenses até hoje (MOR, 2018).
3 ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Em fins do século XIX, com a ascensão do antissemitismo1 na Rússia e em outros países
europeus, emergiram duas ideologias do pensamento político judaico, quais sejam: 1) O
impulsionamento das lideranças à uma ação proativa, vislumbrando a criação de uma nação
independente; e, 2) O estímulo do retorno dos judeus residentes em outros países às suas origens
(SHAPIRA, 2012). Ambas, influenciadas pelo nacionalismo emergente da Europa, sob a égide
de expressões como "judaísmo muscular" de Max Nordau em 1898, exortavam o orgulho
nacional, a destreza física e a capacidade de lutar (KAUFMAN, 1996). Tais estímulos
persuadiram muitos judeus a imigrar para o então território da Palestina, governado pelo
Império Otomano, de religião predominante muçulmana.
Alguns pesquisadores inferem as referidas motivações a uma possível resposta ao
avanço da evangelização do Cristianismo, que incentivava o envio de missionários aos mais
longínquos países. Assim, embora houvesse claramente grandes diferenças entre os
imperialistas vitorianos britânicos e os primeiros judeus sionistas que fugiam da perseguição e
da pobreza, aparentemente, tais ideologias convergiam (WATSON; WEIR; FRIEND, 2005).
Os primeiros registros de imigração de judeus para o território palestino sob controle
Otomano ocorreram no período 1882-1903. O que não foi recebido de bom grado pela
população árabe que morava na então Palestina, os quais reagiram violentamente a este evento.
As hostilidades entre habitantes árabes e judeus aumentaram ainda mais com a fundação da
colônia agrícola judaica de Rehovot, em 1890, próxima a uma aldeia árabe denominada
Zarnuga (SEE, 2021).
Os conflitos entre aquelas comunidades se acirraram em meados de 1891, culminando
em embates violentos, com graves danos à propriedade e à segurança local, desencadeando a
formação de grupos paramilitares de ambos os lados. A medida que a ideia de se estabelecer
uma pátria judaica ganhava força entre os judeus em diáspora2, mais grupos chegavam à colônia
de Rehovot, entre os quais, inúmeros jovens criados sob a ideologia do “judaísmo muscular” e
vítimas de agressões do antissemitismo europeu (SHAPIRA, 2012).
Estes e muitos outros jovens logo assumiram papéis de liderança no desenvolvimento
de conceitos, técnicas e táticas de exercícios de combate, para a proteção das colônias. Embora
1
É o preconceito, discriminação, aversão contra os judeus. O povo judeu, por mais de dois mil anos, viveu em
dispersão/diáspora, isto é, sem território fixo, organizando-se em comunidades espalhadas por diversos países
(EVANS, 2014).
2
Dispersão de um povo – neste caso, os judeus – em consequência de preconceito ou perseguição política, religiosa
ou étnica.
diversos países. Em 1977, foram publicadas reportagens sobre o Krav Maga no jornal
Jerusalém Post e na revista americana People Magazine, além da promoção de viagens e
demonstrações do método no Estados Unidos da América e na Europa, causando a procura da
modalidade por vários instrutores e artistas marciais do mundo.
Os anos seguintes, foram marcados por sucessivas divisões na Associação de Krav
Maga, pois, o primeiro grupo de alunos de Imi discordava dos programas técnicos, política de
sucessão e outorga de graduações, o que provocou fissuras na Associação, promovendo a busca
por caminhos independentes, ocasionando a criação de novas entidades da modalidade
(TUCHMAN & MAYERS, 2009).
Atualmente, estima-se que existam dezenas de organizações de Krav Maga em todo o
mundo, cada uma promovendo a modalidade por meio de cursos, seminários de treinamento e
eventos internacionais. Como também, diversas faculdades israelenses oferecem programas de
treinamento em Krav Maga para estudantes estrangeiros, promovendo, nas últimas décadas, um
novo e promissor segmento de turismo em Israel: o turismo de treinamentos em Krav Maga,
quase sempre associado a passeios turísticos pelo país (MOR, 2019).
sustentam, na verdade parece mais uma recorrente tentativa de autoafirmação deste autor. Estas
afirmações são veementemente contestadas por Tuchman e Mayers (2009). Para estes, após
uma busca sistemática de documentos e depoimentos dos primeiros alunos de Imi, não foram
encontrados registros históricos que validem as narrativas de Kobi sobre a missão dar
continuidade ao legado de Imi, ou de o ensinar no Brasil e na América Latina, tampouco, de
que ele próprio tenha treinado diretamente com Imi ou que tenha obtido deste a faixa preta.
Desse modo, tal superficialidade ou falta de argumentos impacta diretamente o
imaginário do praticante, induzindo-o a acreditar nas poucas publicações disponíveis no Brasil
sobre a modalidade, as quais pretendem esboçar uma definição do Krav Maga a partir do
raciocínio dedutivo, isto é, as conclusões inferidas carecem de fatos ou premissas que as
suportem. Em alguns momentos, aparenta mais uma “força” do autor em se legitimar na
modalidade como único qualificado a ensiná-la no país, uma vez que tais publicações não
trazem referências bibliográficas e acadêmicas que validem as afirmativas.
A hegemonia dos contos e narrativas de Kobi Lichtenstein, ecoaram absolutas por quase
10 anos no imaginário do povo brasileiro, até meados dos anos 2000, quando também se
estabeleceu, na cidade do Rio de Janeiro, a Bukan School of Krav Maga, fundada em 1977, na
cidade de Rehovot, Israel, por um dos primeiros alunos de Imi: Yaron Lichtenstein (KRAV
MAGA BUKAN, 2022).
A partir daí, surge uma nova ideologia sobre a modalidade no país: a de arte marcial
para defesa pessoal. Para Lichtenstein (2007) e todos da escola supramencionada, o Krav Maga
é uma arte marcial em seu sentido pleno, criada em Israel, para a defesa pessoal, por Imi
Lichtenfeld, nas décadas de 1960 e 1970, tendo por base o judô e o jiu jutsu japonês tradicional,
sem regras ou competições, não sendo uma modalidade eclética ou militar, devendo ser
ensinada em hebraico.
Na construção de tais narrativas, Yaron Lichtenstein também se intitula como o sucessor
profissional de Imi, herdando do mesmo a Bukan School of Krav Maga e o legado de manter,
preservar e proteger o ensino original do Krav Maga como criado e desenvolvido por Imi em
Israel, sem nenhuma alteração ou corte (KRAV MAGA BUKAN, 2022).
A Bukan School of Krav Maga é, ao mesmo tempo, o templo eterno do Krav Maga,
como o Shaolin é para o Kung-fu e um santuário do caminho original, da mesma forma que o
Kodokan no Japão é para o Judô (KAV MAGA BUKAN, 2022). Tais argumentos são
apresentados em uma única publicação de Tuchman e Mayers (2009). Nesse ínterim, um fato
de notória atenção é o da escola supramencionada ter sede na cidade do Rio de Janeiro, e não
em Israel – país de origem do Krav Maga –, como os demais templos então referenciados.
Outro fato que merece atenção é o de que os irmãos Lichtenstein – Kobi (Federação Sul-
Americana de Krav Maga – FSAKM) e Yaron (Bukan School of Krav Maga) – travaram, no
período 2000-2011, uma disputa judicial sobre o uso e domínio da marca “Krav Maga” no
Brasil (BRASIL. 2012). Tal evento é considerado o marco da popularização da modalidade no
país, pois, na decisão, a modalidade até então reclamada pela FSAKM como marca de uso
exclusivo, foi reconhecida como patrimônio imaterial de Israel; ou seja, enquanto luta, reflete
a cultura e característica do povo judeu, possibilitando liberdade aos instrutores brasileiros sua
prática e ensino através de outras entidades representativas (ANDRADE NETO & FORESTI,
2021).
Outra contradição é a atribuição do status cor, dada ao método de única solução a todos
os problemas da violência mundial Lichtenstein (2021). Sem dúvida, tal posicionamento
menospreza todas as modalidades de lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combate
existentes no mundo e toda a sua importância sociocultural (Andrade Neto et al., 2021).
A transmissão dos conhecimentos do método ou arte marcial “Krav Maga” no Brasil se
deu de forma oral e empírica até os anos 2010, sendo, até então, reclamada com exclusividade
por entidades tradicionais e privadas. Nessa toada, vale questionar: seria a observação mais
sensata, para se analisar a popularidade de um conjunto de práticas físicas, que tradicionalmente
possuem valores históricos e filosóficos tão singulares, a partir de uma única entidade? Talvez
o próprio conceito de Krav Maga possa ajudar. Tais práticas, quando desembarcaram no Brasil
nos anos 1990, refletiam as singularidades de um método em constante aperfeiçoamento e livre,
com características singulares da cultura judaica, com características próprias e aplicabilidade
simples e objetivas, que, juntas, deram forma à modalidade.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As linhas que se seguiram evidenciaram que, apesar da importância e popularidade, a
escassez de estudos científicos sobre o Krav Maga, acarretam uma situação de descontrole e
empirismo metodológico, pois, em inúmeras escolas do Brasil e do mundo, sobretudo, em
Israel, estão sendo ensinados quaisquer tipos de movimentos e variações de coisas com o termo
“Krav Maga”, os quais, apesar de semelhantes, são instrumentos únicos e exclusivos de
gananciosas estratégias de marketing, mas não são Krav Maga.
Nesse viés, as fontes aqui apresentadas e analisadas contestam o discurso hegemônico
em questão em favor de que o Krav Maga foi idealizado e criado exclusivamente por uma única
pessoa. E ainda, foi constatado que já no início dos anos de 1900, ou seja, antes dos relatos orais
até então apresentados, os colonos e, posteriormente, os integrantes das forças de defesa do
atual Estado de Israel, tiveram contato com o método. Além disso, têm-se que o Krav Maga já
existia e era praticado por grupos da colônia, contrapondo a ideia, de que essa modalidade, foi
e é, uma criação exclusiva de Imi Lichtenfeld.
Por outro lado, é inegável a importância de Imi Lichtenfeld no processo de
popularização e disseminação do Krav Maga como arte marcial para uso civil no mundo, e a
dos irmãos Lichtenstein na introdução e popularização no Brasil. Contudo, segundo as
narrativas aqui apresentadas, é possível notar que nesse processo, não se pode definir um único
criador, fundador, dono, enviado especial ou sucessor profissional da modalidade.
Pois o Krav Maga, por si só, é um fenômeno de difícil análise, não podendo ser
compreendido de maneira linear e uniforme. Tem-se aí uma luta em seu sentido lato; um
método de exercício corporal para defesa pessoal, desenvolvido com bases técnicas em outras
modalidades, com características formativas e ideológicas, que evocam a firmeza e
continuidade e preconizam a sobrevivência; que evoluiu da necessidade de sobrevivência de
um povo.
Atualmente entendido e vivido por muitos como um novo e contemporâneo estilo de
vida, quase uma crença, ou uma religião. Assim, pode-se inferir que o Krav Maga apresentado
ao Brasil, é bem menos do que o vendido mercadologicamente. No entanto, é muito mais rico
e completo do que o ensinado atualmente.
AGRADECIMENTOS
Aos clientes, alunos, professores, instrutores e monitores da Pro Krav Maga Brasil – Assessoria
em Segurança Pessoal que propiciaram este projeto.
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