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Questões Militares de História e Geografia de

Estados e Municípios - História e Geografia do


Estado de Goiás

1 A pecuária constituiu importante elemento na ocupação do território goiano durante


e pós-período mineratório. O rebanho bovino formado por gado vacum contribuiu para
a fixação de populações no interior do estado, bem como para o surgimento de novos
povoados, às margens e entroncamentos dos caminhos utilizados no transporte das
tropas. São exemplos de cidades que tiveram sua origem diretamente ligada a tais
fatores:
Alternativas
A
Trindade, Caldas Novas e Teresina de Goiás
B
Itaberaí, Piracanjuba e Varjão
C
Morrinhos, Cavalcante e São Miguel do Araguaia
D
Rio Verde, Jataí e Pilar de Goiás

2. A atividade mineratória sempre esteve presente na história da ocupação do


território goiano desde o início do garimpo do ouro no século XVIII. Nos dias atuais,
implementou-se uma nova indústria da mineração, ampliando o leque de minérios
explorados. É exemplo dessa nova indústria da mineração em Goiás a extração de
Alternativas
A
ferro e cobre nos municípios de Catalão e Ouvidor.
B
ouro nos municípios de Crixás e Pirenópolis.
C
níquel nos municípios de Niquelândia e Goianésia.
D
amianto nos municípios de Minaçu e Barro Alto.
3. A construção de condomínios fechados (horizontais ou verticais) tornou-se
muito comum em Goiânia, que já é a terceira cidade em condomínios horizontais no
Brasil. A opção por este tipo de moradia deve-se a uma série de fatores, dentre os
quais se destaca a

Alternativas A necessidade de evitar as diferenças ideológicas na convivência cotidiana,


já que nesses ambientes há uma seleção de moradores por preferência religiosa. B
necessidade de proteger a natureza, já que o poder público subsidia esses locais,
considerados área de preservação ambiental permanente. C busca de um local de
moradia próximo ao trabalho na tentativa de diminuir o tempo de percurso entre a
residência e o trabalho. D busca por espaços seguros e exclusivos protegidos do
contato com o mundo exterior, caracterizando um novo modelo de relações
comunitárias.

4. “O governo não considerava a construção de uma nova capital um gasto, mas


um investimento necessário para o desenvolvimento”.

PALACIN, Luís; MORAES, Maria Augusta S. História de Goiás. Goiânia: Editora da UCG,
1994. p. 106.

O significado da construção de Goiânia para o desenvolvimento de Goiás está


relacionado ao fato de ser uma cidade

Alternativas A industrializada, que serviu como polo exportador e importador de


mercadorias para o Centro-Oeste e o Norte do país. B administrativa e comercial, que
se tornou referência para o setor de turismo de eventos e negócios no país. C
geograficamente centralizada, que integrou econômica e politicamente o sul e o norte
do estado por meio de vias férreas. D demograficamente relevante, que possibilitou a
exploração dos recursos minerais do Mato Grosso Goiano.

5. A ordem política que vigorou, em Goiás, nos 20 anos após as eleições diretas de
1982, demonstra um certo conservadorismo do eleitor, uma vez que o partido
governista foi derrotado, para o cargo de governador, na eleição de

Alternativas
A
1998
B
1994
C
1986
D
1990
Esclarecendo a questão:

A questão se refere ao PMDB (atual MDB) que ficou no poder desde 1983 até 1998 no
estado de Goiás. Então nas eleições que ocorreram no final de 1998 o PSDB derrotou
esse partido governista com o governador eleito na época, Marconi Perillo, que tomou
posse dia 1º de Janeiro de 1999. Porém tenho uma ressalva sobre a questão. Se fizerem
um breve cálculo sobre a data inicial e final da permanência do partido PMDB no
governo goiano, perceberá que não durou 20 anos conforme a questão afirma e sim 16
anos. Sobretudo, a questão indaga sobre a data na qual o partido governista foi
derrotado, sendo assim é correto o que se afirma na alternativa A.

6. [...] prometendo que assim tornará à boa fé e antiga harmonia. Acontecendo


porém que este meio não corresponda ao que se espera, e que nação Canajá
continue nas suas correrias, será indispensável usar contra ela da força armada;
sendo este também o meio de que se deve lançar mão para conter e repelir as nações
Apinagé, Chavante, Cherente e Canoeiro; porquanto, suposto que os insultos que
elas praticam tenham origem no rancor que conservam pelos maus tratamentos que
experimentaram da parte de alguns Comandantes das Aldeias, não resta
presentemente outro partido a seguir senão intimidá-las, e até destruí-las se
necessário for, para evitar os danos que causam.

Carta Régia, de 5 de setembro de 1811. In: Coleção de Leis do Império do Brasil - 1811,
v. 1. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/
carreg_sn/anterioresa1824/cartaregia-42292-5-setembro-1811-
578529publicacaooriginal-101469-pe.html>. Acesso em: 21 out. 2016.

A Carta Régia, de 5 de setembro de 1811, aprova a criação de uma sociedade de


comércio entre as Capitanias de Goiás e Pará, concede isenções e privilégios em favor
da mesma sociedade, além de dispor sobre os meios para se efetivar o plano.

Sobre o povoamento branco e o trato com os indígenas, é possível afirmar que


Alternativas A os maus tratos de alguns Comandantes de Aldeias citados na carta se
referem ao período pombalino, quando Diretórios foram criados para governar as
tribos. B o objetivo da carta era instituir uma nova forma de tratamento aos povos
indígenas de Goiás, a partir de então marcados pela boa fé e harmonia. C a instituição
de uma sociedade de comércio entre as Capitanias de Goiás e Pará refletiam a
necessidade de comercialização do ouro. D a prerrogativa pacificadora da
administração colonial do século XVIII teve continuidade no século XIX, quando se
instituíram as formas civilizatórias descritas na carta régia. E a Capitania de Goiás foi a
única a receber autorização para intimidar e destruir povos indígenas após a vinda da
família real para o Brasil.

7. Estado de Goiás Número de estabelecimentos, área cultivada e número de tratores


(1920-1985)
A tabela representa um período de mudança na agricultura do estado de Goiás.

Essas transformações notabilizaram-se pela

Alternativas A comprovação da deficiência do solo do Cerrado para a produção


agrícola, servindo como pastagem. B constituição de uma estrutura fundiária
caracterizada pela pequena propriedade e diversificação de culturas. C criação da
Embrapa que favoreceu a redução da área cultivada total e o aumento da
produtividade. D formação de planos econômicos nacionais e regionais que
desestimularam o crescimento agrícola. E mecanização da produção e expansão da
fronteira agrícola com a intensificação da produção de grãos no estado.
8.

Esse mapa representa os municípios que compõem a Região Integrada de


Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE DF). Criada em 1998, a RIDE DF
caracteriza-se pela

A participação de 19 municípios de Goiás, onde concentra a maior parte da população

da região.

B
estruturação de uma aglomeração urbana em Goiás com baixos índices de pobreza e
violência.
C
composição de municípios que funcionam como cidade “dormitório” na conurbação
do DF.
D
formação, juntamente com a Goiana e Anápolis, de uma região com baixa densidade
demográfica. E organização do planejamento metropolitano, reforçando os padrões
de desigualdade regional.
9. Plano do Desenvolvimento Econômico de Goiás
O Plano do Desenvolvimento Econômico de Goiás, aprovado pela Lei 3.040, de 7 de
novembro de 1960, para ser executado no período 1961-1965, seria uma tentativa de
planejamento regional em que, sem abandonar a tutela da política federal, a
administração estadual pretendia, dentro de seus próprios recursos mediantes a
coordenação e sistematização dos investimentos que seriam realizados no Estado
pelas três esferas do governo e pela iniciativa privada, a formulação de uma nova
estrutura econômico-social que superasse a realidade vigente pela elevação do nível de
vida da coletividade goiana, pela valorização do indivíduo moral, intelectual e material.
ALMEIDA, José. Uma experiência de Planejamento Regional em Goiás. Revista Brasileira
de Economia, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, set. 1964.
Escrito na Revista Brasileira de Economia, o texto aborda o planejamento econômico
regional no estado que dialogava com a política

Alternativas A agrarista, acreditando na inserção da economia do estado no mercado


mundial de commodities. B socialista, mostrando a relevância da estatização da
economia para criação de uma nova cultura. C nacionalista, rompendo com as
concepções de desenvolvimento estabelecidas durante a Era Vargas. D liberal,
destacando a importância de desregulamentar a economia e promover o livre
mercado.
E desenvolvimentista, aproximando-se do Plano de Metas de JK e do intento de
superar o atraso do estado.

Um bioma “desconhecido”

Embora virtualmente desconhecido, não só no exterior mas até mesmo por muitos
brasileiros, o Cerrado abriga um verdadeiro tesouro natural. É um dos biomas
brasileiros mais ricos em aves, atrás apenas da Floresta Amazônica e da Mata
Atlântica, com diversas espécies exclusivas, que não existem em outros ambientes.

GWYNNE, J.A., RIDGELY, R.S, TUDOR, G., ARGEL, M. Aves do Brasil – Pantanal e Cerrado.
São Paulo: Editora Horizonte, 2010.
10.

O trecho observa aspetos da flora e fauna da vegetação predominante no estado de


Goiás.

Essa vegetação destaca-se pelas(os)


Alternativas
A
árvores de grande porte.
B
folhas miúdas e espinhos.
C
raízes aéreas.
D
arbustos retorcidos e casca espessa
E
pinheiros.

11.

A partir desse gráfico e de seus conhecimentos sobre a população goiana, é possível


afirmar que

Alternativas A a taxa de urbanização do Centro-Oeste na década de 1970 era inferior


à de Goiás e superior à nacional. B a taxa de urbanização demonstra que a
população urbana de Goiás diminuiu progressivamente desde 1970. C a população
que vive em zonas rurais no estado de Goiás quase duplicou entre a década de 1970
e o ano de 2010. D as taxas de urbanização de Goiás, do Centro-Oeste e do Brasil, a
partir de 1980, tenderam à convergência. E a população rural de Goiás correspondia
a 19,2% em 1991, enquanto que, em 2010, o percentual rural era de 9,7%.

A mineração na Capitania de Goiás entrou em crise nas últimas décadas do século


XVIII. A economia da região era baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A
crise da mineração forçou a transformação da economia e do povoamento da região de
Goiás e

Alternativas A os arraiais e demais aglomerações urbanas formadas pela ri -queza da


mineração permaneceram populosos e fortes economicamente devido ao ouro
acumulado. B a ausência de atividade econômica alternativa, concomitante à extração
mineral, causou crise econômica, quando o ouro se tornou escasso. C a população
migrou majoritariamente para zonas rurais durante o século XIX, ocupou terras até
então inabitadas e iniciou a agricultura em grande escala. D a pecuária tornou-se a
única atividade econômica a partir do século XIX, favorecendo o protagonismo do
Goiás nesse ramo no século seguinte. E os arraiais coloniais que permaneceram ativos
na segunda metade do século XIX conseguiram criar economias independentes da
produção no campo.
12.
13.
As linhas mestras da "política territorial" - políticas de povoamento, regulando o
deslocamento populacional, de transporte e de comunicação - do governo Vargas
seriam retomadas por JK. Como prefeito, governador e presidente, JK também
investiu em políticas de transporte e comunicação e realizou, por fim, o sonho de
completar os vazios do território e preencher as lacunas da nacionalidade. A
construção de Brasília pode ser entendida como uma nova "Marcha para o Oeste[...]

OLIVEIRA, Lúcia Lippi. A conquista do Oeste. Disponível em: <


http://cpdoc.fgv.br/producao/ dossies/JK/artigos/Brasilia/ConquistaOeste>. Acesso em:
20out. 2016.

Sobre as políticas dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek que


alcançaram o estado de Goiás, é possível afirmar corretamente que

Alternativas A a cidade de Goiânia, inaugurada em 1942, concebida de acordo com a


política territorial varguista, objetivava também afastar o centro do poder das antigas
oligarquias. B os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek malograram em
suas tentativas de fazer crescer econômica e demograficamente a região Centro-
Oeste. C o governo de Kubitschek, ao iniciar nova “Marcha para o Oeste”, privilegiou
Brasília e não conseguiu desenvolver a economia goiana nem povoar o interior de
Goiás. D o presidente Getúlio Vargas deu início à construção da nova capital federal,
obra que só foi terminada e inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek, em
1960. E a política territorial de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek não logrou êxito
em deslocar população para o estado de Goiás, que permaneceu um vazio
demográfico.

Número de Escravos em Goiás (1864-1887)


14.

Essa tabela evidencia transformações ocorridas na composição da população do


estado de Goiás, que estão relacionadas à aboliçãoda escravatura.

Quanto ao processo de abolição da escravatura ocorrido no Brasil, na segunda metade


do século XIX, pode-se caracterizá-lo pelo/a

Alternativas A embranquecimento da população dos estados, devido à redução do


número de escravos no território nacional. B extinção da escravidão com a Lei
Eusébio de Queiroz, que atendia às demandas da Inglaterra. C construção da
cidadania republicana, pautada por direitos sociais e atuação dos abolicionistas. D
redução progressiva do número de escravos, num processo que atendeu aos
interesses dos proprietários. E diminuição expressiva do número de escravos com a
Lei do Ventre Livre, que garantiu a libertação das mães.

A divisão regional do Brasil (1950)


15.

Da divisão regional nacional apresentada nesse mapa, até a década de 1990, a região
Centro-Oeste passou por transformações do ponto de vista político, territorial e
econômico.

Nesse período, o território da região Centro-Oeste foi alterado com a

A divisão de Goiás, proporcionando a diminuição do território atualda região Centro


Oeste.

B construção de Brasília, que favoreceu o esvaziamento populacional do estado Goiás

C divisão do Mato Grosso, elevando os índices de subdesenvolvimento do Centro


Oeste.

D criação do estado de Tocantins, propiciando o aumento da arrecadação tributária do


Centro Oeste.

E criação do Distrito Federal, prejudicando o desenvolvimentourbano-industrialda


região.
16.

Em julho de 1976, dom Tomás foi ao sepultamento do padre Rodolfo Lunkenbein e


do índio Simão Bororo, assassinados por jagunços na aldeia de Merure, Mato Grosso.
Em sua agenda, havia outra atividade prevista. Soube depois, por um jornalista, que
durante essa atividade estava sendo preparado um atentado para eliminá-lo. Dom
Tomás Balduíno foi ouvido pelo pesquisador da CNV Jorge Atílio Iulianelli.

Depoimento de Dom Tomás Balduíno em GO. Brasília, CNV. 13mar. 2014. Disponível
em:<http://www.cnv.gov.br/outros-destaques/447-cnv-ouve-o-depoimento-de-
domtomas-balduino-em-go.html> . Acesso em: 08 out. 2016. (Adaptação)

Esse texto aborda o depoimento do bispo Dom Tomás Balduíno, que atuou na diocese
goiana naquele período.

O texto lido evidencia a/o

A ausência de conflitos sociais e políticos no interior do estado de Goiás, após o Golpe

de 1964.

Bviolência utilizada como política de estado, para reprimir opositores na ditadura civil -
militar.

C alheamento da Igreja católica das lutas sociais, tendo em vista a preservação de seus

dogmas.

D constituição de uma comissão de direitos humanos com a finalidade de punir os


responsáveis por crimes políticos.

E processo de constituição da anistia para presos políticos e a esquerda comunista no

Brasil.

17. Na década de 1940, durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia, o


presidente Getúlio Vargas lançou a chamada Marcha para o Oeste, que serviria como
diretriz para o povoamento e a integração territorial para o país.

Quanto a esse tema, os objetivos do governo Vargas podem ser confirmados pela/o

A criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), a fim de


ampliar a estrutura de ligação entre as regiões e as cidades.

B planejamento e pela construção de Goiânia, ideia que se originou unicamente


da estratégia do governo Vargas de interiorização e povoamento do sertão brasileiro.
17.
C construção de Goiânia para ser a capital de Goiás, que objetivava antecipar e
concorrer com a construção de Brasília e ser o marco de interiorização do território.

D política de povoamento e de interligação da região Centro-Oeste dos governos


de Getúlio Vargas e, posteriormente, de Juscelino Kubitschek, que não lograram êxito.
E criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG), para o desenvolvimento
agrícola da região, que se mostrou ineficaz como estratégia de interiorização.

18. A impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer


parte da América Portuguesa se não com os nacionais da mesma América. E que
achando-se todo o sertão daquele vasto continente coberto de índios, estes deviam
ser principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e as cidades que se fossem
formando. [...]

Carta régia de D. José I a D. José Vasconcelos, governador da Capitania de Goiás. 1758.


In: PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 1994.

Até a chegada da bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, no século XVIII, ao território


que atualmente constitui o estado de Goiás, várias tribos indígenas ocupavam a região.

A interação entre bandeirantes e nativos no século XVIII e o povoamento, ao longo dos


séculos, da região de Goiás, caracteriza-se pelo/por

Alternativas A povoamento exclusivamente constituído pelos povos indígenas que


habitavam a região, medida que seguia a recomendação régia de 1758. B uso de
técnicas astutas e pacíficas por Anhanguera, como era conhecido Bartolomeu Bueno
da Silva, para convencer indígenas a encontrar ouro. C uso de aldeamentos,
territórios demarcados para que os índios fossem pacificados, educados como
cristãos e treinados para o trabalho agrícola. D haver posicionado Goiás como o
estado com a maior população indígena entre os entes federados, devido à
recomendação da carta régia de 1758. E uma política de colonização que não fez
nenhum uso de violência contra os povos indígenas, que foram aldeados e
civilizados pelos jesuítas.

Na década de 1940, durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia, o


presidente Getúlio Vargas lançou a chamada Marcha para o Oeste, que serviria como
diretriz para o povoamento e a integração territorial para o país.

Quanto a esse tema, os objetivos do governo Vargas podem ser confirmados pela/o
19.

Alternativas A criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), a


fim de ampliar a estrutura de ligação entre as regiões e as cidades. B planejamento e
pela construção de Goiânia, ideia que se originou unicamente da estratégia do governo
Vargas de interiorização e povoamento do sertão brasileiro. C construção de Goiânia
para ser a capital de Goiás, que objetivava antecipar e concorrer com a construção de
Brasília e ser o marco de interiorização do território. D política de povoamento e de
interligação da região Centro-Oeste dos governos de Getúlio Vargas e, posteriormente,
de Juscelino Kubitschek, que não lograram êxito. E criação da Colônia Agrícola Nacional
de Goiás (CANG), para o desenvolvimento agrícola da região, que se mostrou ineficaz
como estratégia de interiorização.

A impraticabilidade de se povoar a dita capitania [Goiás] nem outra qualquer


parte da América Portuguesa se não com os nacionais da mesma América. E que
achando-se todo o sertão daquele vasto continente coberto de índios, estes deviam
ser principalmente os que povoassem os lugares, as vilas e as cidades que se fossem
formando. [...]

Carta régia de D. José I a D. José Vasconcelos, governador da Capitania de Goiás. 1758.


In: PALACIN, Luís. O século do ouro em Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 1994.
20.

Até a chegada da bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, no século XVIII, ao território


que atualmente constitui o estado de Goiás, várias tribos indígenas ocupavam a região.

A interação entre bandeirantes e nativos no século XVIII e o povoamento, ao longo dos


séculos, da região de Goiás, caracteriza-se pelo/por

Alternativas A povoamento exclusivamente constituído pelos povos indígenas que


habitavam a região, medida que seguia a recomendação régia de 1758. B uso de
técnicas astutas e pacíficas por Anhanguera, como era conhecido Bartolomeu Bueno
da Silva, para convencer indígenas a encontrar ouro. C uso de aldeamentos,
territórios demarcados para que os índios fossem pacificados, educados como
cristãos e treinados para o trabalho agrícola. D haver posicionado Goiás como o
estado com a maior população indígena entre os entes federados, devido à
recomendação da carta régia de 1758. E uma política de colonização que não fez
nenhum uso de violência contra os povos indígenas, que foram aldeados e
civilizados pelos jesuítas.

A intensificação [modernização] é um processo que consiste em se buscar ganhos


via aumento de insumos, por unidade de área cultivada, por meio do emprego maciço
de inovações técnicas. FARIA, M. E. Agricultura Moderna, Cerrados e Meio Ambiente. In:
DUARTE, L. M. G. e BRAGA, M. L. S. (Org). Tristes Cerrados: sociedade e biodiversidade.
Brasília: Paralelo 15, 1998. p.157. O texto faz referência à modernização da agricultura,
em que o uso das inovações técnicas constitui a base da produção. Sobre a
modernização da agricultura goiana, implementada a partir da “Revolução verde”, até o
ano de 1990, percebe-se que

Alternativas A o financiamento para compra de insumos agrícolas concentrou-se


entre os grandes proprietários, promovendo aumento na produção. B o pouco avanço
nas pesquisas que comprovassem a eficácia dos insumos impediu seu uso imediato
pelos pequenos proprietários. C a mecanização agrícola promoveu o aumento do
21.

emprego e da renda dos trabalhadores, permitindo sua fixação no campo. D a política


governamental incentivou a mecanização da pequena propriedade rural de
trabalhadores assentados.

22. O PT goiano começou sua estruturação em um contexto bastante adverso, pois


havia uma polarização entre forças já enraizadas na política estadual, de um lado o
PMDB – cuja vitória era tida como certa – e de outro, o PDS em declínio. MIRANDA,
Paulo Roberto. As bases do PT em Goiás: estrutura e recrutamento político. In:
FERREIRA, D. P; BEZERRA, H. D. (Org.). Panorama da política em Goiás. Goiânia: Ed. da
UCG, 2008. p. 84
Com a redemocratização brasileira e o retorno do voto direto, o PT (Partido dos
Trabalhadores) quase sempre foi o 3º colocado nas eleições para governador em
Goiás, durante as décadas de 1980 e 1990. Isso só não ocorreu nas eleições de

Alternativas
A
1982, quando Athos Magno assumiu a 2ª posição, suplantando Otávio Laje.
B
1986, quando Darcy Acorsi assumiu a 2ª colocação, suplantando Mauro Borges.
C
1990, quando Valdi Camarcio perdeu a 3ª colocação para Iran Saraiva.
D
1994, quando Luiz Antônio perdeu a 3ª colocação para Ronaldo Caiado.
23. No período republicano, a causa separatista do norte de Goiás voltou a se
manifestar. O crescimento econômico das regiões sul e sudoeste, intensificado a partir
da chegada dos trilhos no estado, refletiu-se no aumento das diferenças regionais.

ASSIS, Wilson Rocha. Estudos de História de Goiás. Goiânia: Vieira, 2005. p. 139.

O texto refere-se aos esforços que culminaram na criação do estado de Tocantins, em


1988. O novo estado foi efetivado politicamente

Alternativas A pela aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa Estadual,


no momento em que a bancada de deputados do norte era numericamente superior à
do sul. B por intermédio de uma campanha suprapartidária, liderada por Siqueira
Campos, que conseguiu a aprovação da emancipação na constituinte de 1988. C pela
realização de um plebiscito, sob a iniciativa do governador Henrique Santillo, no qual a
população de Goiás votou favoravelmente à separação territorial. D por meio de um
acordo político-partidário entre os principais partidos atuantes na época, pelo qual
Goiás ficou sob a hegemonia do PMDB e o Tocantins sob a do PDS.

24. Vários são os motivos que determinaram o crescimento de Goiânia e das cidades
do entorno na década de 1990 [....], dentre os quais se podem citar as políticas públicas
que serviram de atrativo para essa população migrante. O crescimento da Região
Metropolitana como um todo está diretamente relacionado com a expansão de
Goiânia, principalmente entre o início da década de 1970 e final da década de 1980.

FREITAS, C. A. L. L. Goiânia: as perspectivas do planejamento urbano e contradição


com os espaços segregados. Revista Plurais. Anápolis-GO, v.1, n.2. 2005, p.85-86
(Adaptado)

O texto faz referência à expansão urbana da região metropolitana de Goiânia a partir


da década de 1990. Sobre esse tema, o fator que contribuiu para a expansão dessa
região foi

Alternativas
A o maior rigor da legislação goianiense sobre o parcelamento do solo em Goiânia,
promovendo o deslocamento do capital imobiliário para os municípios circunvizinhos.
B a criação de políticas públicas pelo governo de Goiás com o intuito de atrair mão de
obra para a indústria goianiense que se instalava na capital.
C o grande fluxo populacional derivado do êxodo rural, com migração do homem
do campo para a capital em busca de trabalho e moradia.
D a existência de movimentos organizados de ocupação de áreas urbanas que
conseguiram garantir a posse das terras públicas devolutas.

25. A defesa da construção de Goiânia feita por um de seus principais responsáveis –


Dr.Armando de Godói – evidencia com clareza o que se pensava naquele período sobre
o planejamento, especialmente no que tange à obediência do espaço à razão.
CHAVEIRO, E. F. A urbanização do sertão goiano e a criação de Goiânia. In. NETO, A. T.;
et al. (Org.). O espaço goiano: abordagens geográficas. Goiânia, Associação dos
Geógrafos Brasileiros, 2004. p.113.

O modelo de planejamento urbano proposto por Armando de Godói para a


construção da cidade de Goiânia foi fortemente influenciado

Alternativas
A pela Carta de Atenas, manifesto proposto pelos urbanistas modernos em 1933,
que entendia a cidade como um organismo funcional, dividida em setores e
privilegiando a presença de áreas verdes.

B pelo projeto varguista da Marcha para o Oeste, apoiado por Pedro Ludovico,
que considerava Goiânia a capital do cerrado, construindo-a livremente inspirada no
traçado do Rio de Janeiro, então capital federal.

C pelo Darwinismo Social que dominava o cenário intelectual no início do século


XX, segundo o qual a ocupação urbana era entendida como racionalista, sendo o
espaço mais importante que o indivíduo.

D pela forte presença da Igreja Católica na administração pública da época, o que


justifica o fato de o traçado urbano de Goiânia ser inspirado nos traços visualizados no
manto de Nossa Senhora Aparecida.

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