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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE


DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS
DE ÁGUA FRIA: MANUAL E COM SOFTWARE
COMERCIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Marciele Fernandes de Oliveira

Santa Maria, RS, Brasil


2015
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE
ÁGUA FRIA: MANUAL E COM SOFTWARE COMERCIAL

Marciele Fernandes de Oliveira

Trabalho ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, Departamento


de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de
Engenheira Civil

Orientadora: Profa. Dra. Rutinéia Tassi

Santa Maria, RS, Brasil


2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

A comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de


Conclusão de Curso

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE


DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA:
MANUAL E COM SOFTWARE COMERCIAL

elaborada por
Marciele Fernandes de Oliveira

como requisito parcial para obtenção do grau de


Engenheira Civil

COMISSÃO EXAMINADORA:

Rutinéia Tassi, Profa. Dra. Recursos Hídricos e Saneamento


Ambiental(UFRGS)
(Presidente / Orientadora)

Lidiane Bittencourt Barroso, Profa MEnga Civil (UFSM)

Leandro Conceição, Prof. Dr. Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental


(UFRGS)

Santa Maria, 15 de dezembro de 2015.


Ao meu pai Carlos, minha mãe Joceli,

e aos meus irmãos Éder e Igor.


Agradecimentos

Agradeço à Universidade Federal de Santa Maria, pela oportunidade de fazer


o curso, à professora Rutinéia, que me orientou na elaboração desse Estudo –
obrigada!
Assim como agradeço a Elaine e ao Vinícius que além do apoio e carinho
contribuíram na elaboração do texto e correção do meu Trabalho.
Agradeço a todos que estiveram presentes em minha trajetória acadêmica:
desde meus professores, colegas e orientadores de estágio. Aos amigos que fiz em
Santa Maria durante a graduação e que então tornaram-se minha família, obrigada a
todos.
A meus pais, que muitas vezes dividiram comigo o que tinham - sempre me
apoiaram nos estudos e nas horas difíceis. Somente lembrar o apoio dado por eles
já emociona. Obrigada aos meus irmãos, minhas referências de cumplicidade e
amor.
Resumo

Trabalho de Conclusão de Curso


Graduação em Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS DE


DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA:
MANUAL E COM SOFTWARE COMERCIAL
AUTORA: Marciele Fernandes de Oliveira
ORIENTADORA: Rutinéia Tassi
Santa Maria, 15 de dezembro de 2015.

Na evolução dos sistemas de abastecimento, a presença da água no interior


das habitações representa um passo relevante para torná-las confortáveis. Deste
modo, o projeto hidráulico torna-se indispensável para que as instalações tenham
desempenho adequado. Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar os resultados
obtidos no dimensionamento de instalações prediais de água fria (IPAF) – a partir do
subsistema de distribuição – de um edifício modelo típico, feito manualmente e
automaticamente, com auxílio do software AltoQi Hydros V4. O dimensionamento
manual foi realizado com auxílio de planilhas eletrônicas e com o uso de ferramentas
de desenho auxiliado por computador. O dimensionamento realizado no software
AltoQi HydrosV4 foi possível através de cursos on-line e material disponível no site
do Programa. O Hydros apresentou dois resultados, sendo que no primeiro os
diâmetros calculados foram menores que o dimensionado manualmente e, no
segundo, a partir de verificações mais apuradas utilizando o software, esses
diâmetros foram alterados resultando em uma versão final com valores maiores que
o calculado manualmente. O traçado dos dois métodos e consequentemente a lista
de material e comprimentos foram os mesmos, portanto, apenas a diferença de
diâmetro apresenta influência nos custos. Em relação ao tempo de projeto, o
dimensionamento realizado com o método manual necessitou de um tempo superior
de 313% em relação ao dimensionamento automatizado.

Palavras-chave: Projeto Complementar; Projeto Hidráulico; Diâmetro das


Tubulações; AltoQi Hydros; Engenharia Civil.
ABSTRACT

Course Conclusion Work


Graduation Course of Civil Engineering
Federal University of Santa Maria

COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN SIZING OF COLD WATER


PIPING SYSTEMS USING MANUAL METHOD AND COMERCIAL
SOFTWARE
Author: Marciele Fernandes de Oliveira
Advisor: Rutineia Tassi
Santa Maria, 15 th, December 2015.

In the evolution of supply systems, water presence inside houses is an


important step to make them comfortable. Thus, the hydraulic project becomes
essential to building installation have adequate performance. This study aims to
compare the results obtained in the sizing of cold water piping systems using manual
method and automatically using AltoQi Hydros V4 commercial software. The manual
sizing was carried out with the aid of spreadsheets and drawing computational tools
aided by computer. The sizing realized with AltoQi HydrosV4 (Hydros) software was
possible through online courses and material available on the program website. Two
results based on Hydros software were obtained. In the first result, the pipes
diameters were smaller than the sizing manually. On the other hand the second
result had a verification more accurate and presented pipes diameters bigger than
calculated manually. Both methods (manual and software) has the same design and
material. Thus, pipe diameter was only parameter with influence in the project cost.
In relation to sizing piping time, manual method was applied using 313 % more time
when compared to the automatic sizing

Key-words: Complementary Project; Hydraulic Project; Pipe diameters; AltoQi


Hydros. Civil Engineering.
8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 3.1 — Partes constituintes de um sistema de instalações prediais. ............... 17


Figura 3.2 – Alturas mínimas a serem verificadas no reservatório inferior ................ 35
Figura 3.3 — Canalização de água fria com informações de projeto ........................ 40
Figura 5.1 – Planta baixa de um apartamento típico do edifício modelo. .................. 43
Figura 5.2 – Planta Baixa do pavimento térreo do edifício modelo. .......................... 44
Figura 5.3 – Planta Baixa do pavimento tipo do edifício modelo. .............................. 45
Figura 5.4– Planta de cobertura do edifício modelo. ................................................. 46
Figura 5.5 – Zonas de utilização da água.................................................................. 49
Figura 5.6 – Pontos de utilização na cozinha e área de serviço dos apartamentos
com final 01, 02, 04 e 05 – CAF A............................................................................. 51
Figura 5.7– Cozinha e área de serviço dos apartamentos final 03 – CAF A. ............ 51
Figura 5.8– Pontos de utilização no banheiro – CAF B. ............................................ 52
Figura 5.9 — Caracterização do Edifício Modelo no Hydros. .................................... 54
Figura 5.10 — Menu de ferramentas de verificação Local ........................................ 56
Figura 5.11 — Menu de ferramentas de verificação estrutural do projeto. ................ 57
Figura 5.12 — Janela de verificação Local apontando diâmetro calculado para um
trecho de canalização................................................................................................ 58
9

LISTA DE QUADROS

Quadro3.1 — Esquema das partes de uma Instalação Predial de Água Fria ........... 17
10

LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 - Valores de consumo de água predial diário .......................................... 23
Tabela 3.2 — Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do
aparelho sanitário e da peça de utilização. ............................................................... 25
Tabela 3.3 — Pressões máximas e mínimas segundo a NBR 5626/1998 – Valores
em m.c.a (metro de coluna de água) ......................................................................... 27
Tabela 3.4 — Perdas de carga localizadas para conexões da marca Tigre.............. 29
Tabela 3.5 — Relação entre ramais, hidrômetro e abrigo ......................................... 31
Tabela 3.6 – Planilha para dimensionamento de tubulações da rede de distribuição
.................................................................................................................................. 38
Tabela 5.1 – Relação de diâmetros mínimos para dimensionamento do subsistema
de Distribuição........................................................................................................... 48
Tabela 5.2 – Resumo dos valores dos pesos das peças de utilização do edifício
modelo....................................................................................................................... 53
Tabela 5.3 – Etapas de execução do dimensionamento Automatizado .................... 59
Tabela 6.1 — Comparação dos diâmetros obtidos pelos dois métodos de
dimensionamento: manual e automatizado ............................................................... 60
11

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

UFSM – Universidade Federal de Santa Maria


IPAF – Instalações Prediais de Água Fria
NBR – Norma Brasileira
NM – Norma Mercosul
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
CAF – coluna de água fria
PVC – Polyvinyl chloride, em português significa Policloreto de vinil
DRH – Departamento de Recursos Hídricos
Cd – Consumo diário
m.c.a – Metro de coluna de água
kPa – Kilo Pascal
Φ – Diâmetro
CAD – computer aided design, em português significa desenho assistido por
computador
12

LISTA DE ANEXOS

Anexo A— Barrilete com nomes nos nós para dimensionamento. ............................ 72


Anexo B— Planilha de Projeto com dados do Dimensionamento Manual das
Tubulações ................................................................................................................ 73
13

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ....................................................................... 14
2 OBJETIVOS.......................................................................................................... 15
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15
2.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 15
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 16
3.1 Instalações Prediais de Água Fria (IPAF) ....................................................... 16
3.1.1 Partes principais ..................................................................................... 17
3.1.2 Fontes de abastecimento ....................................................................... 20
3.1.3 Sistemas de distribuição......................................................................... 20
3.1.4 Materiais e Componentes....................................................................... 21
3.2 Dimensionamento das Instalações Prediais de Água Fria (IPAF) .................. 22
3.2.1 Consumo Diário de água nas edificações .............................................. 23
3.2.2 Vazões ................................................................................................... 24
3.2.3 Pressões mínimas e máximas ................................................................ 26
3.2.4 Velocidade Máxima da água .................................................................. 27
3.2.5 Perda de Carga nas canalizações .......................................................... 28
3.2.6 Abastecimento ........................................................................................ 30
3.2.7 Reservação ............................................................................................ 31
3.2.8 Distribuição............................................................................................. 35
3.3 AltoQi Hydros V4 ............................................................................................ 39
4 METODOLOGIA ................................................................................................... 42
5 RESULTADOS ..................................................................................................... 43
5.1 Edifício Modelo e Concepção de Projeto ........................................................ 43
5.1.1 Dados Iniciais ......................................................................................... 47
5.1.2 Pontos de utilização ............................................................................... 48
5.2 Dimensionamento Manual .............................................................................. 50
5.3 Dimensionamento Automatizado .................................................................... 54
6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................... 60
7 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 68
8 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 70
ANEXOS ................................................................................................................... 71
Anexo A— Barrilete com nomes nos nós para dimensionamento. ............................ 72
Anexo B— Planilha de Projeto com dados do Dimensionamento Manual das
Tubulações ................................................................................................................ 73
14

1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

A importância da água para a humanidade é única. Desde a origem, as


civilizações expandiram-se próximas de cursos d’água atestando a preocupação do
ser humano em abastecer seus grupamentos. Na evolução dos sistemas de
abastecimento, a presença da água no interior das habitações representa um passo
relevante para torná-las confortáveis, conforme salienta Vianna (1998). A água
encanada é uma comodidade que promove a vida e o desenvolvimento, uma vez
que é utilizada para o consumo direto, a remoção dos dejetos, a higiene pessoal e
dos domicílios, bem como a produção de alimentos e produtos de primeira
necessidade.
As instalações de água devem guarnecer continuamente os usuários,
amenizando os problemas de interrupção do funcionamento do sistema público de
abastecimento e garantindo condições de saneamento, para tanto, o fornecimento
de água potável requer quantidade suficiente e pressão adequada (NBR 5626/98). O
projeto hidráulico torna-se indispensável para que esses critérios de desempenho
sejam atendidos pelas instalações de água fria (temperatura ambiente), bem como
para evitar erros na montagem das instalações e determinar quais os materiais
adequados, bem como descreve Carvalho Júnior (2011).
Inicialmente, os projetos eram desenvolvidos contando com a colaboração de
ábacos ou tábuas de logaritmos. Posteriormente, por meio de novas tecnologias,
surgiram as calculadoras eletrônicas, e com a difusão do uso de computadores foi
viabilizada a programação e o uso de softwares para auxiliar na elaboração destes
projetos (Belinazo, 1988). Contudo, o Engenheiro Civil é quem deve analisar a
necessidade de ajustes e revisar os resultados gerados tornando-se, assim, o
responsável técnico e autor do projeto.
Portanto, levando-se em consideração a relevância do tema abordado, e em
vista das possibilidades atuais referentes à elaboração de projeto hidráulicos, esse
trabalho teve por objetivo comparar os resultados de um projeto de Instalações
Prediais de Água Fria (IPAF) dimensionado manualmente com os resultados obtidos
no software comercial AltoQi Hydros V4.
15

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho foi comparar os resultados obtidos quanto ao


diâmetro das tubulações (Φ) e o tempo necessário para o dimensionamento de
instalações prediais de água fria de um edifício modelo típico, quando o
dimensionamento é feito manualmente e automaticamente, com auxílio do software
AltoQi Hydros V41.

2.2 Objetivos Específicos

As tarefas realizadas para cumprir com os objetivos gerais:


- Revisar a bibliografia e a norma para dimensionamento das IPAF;
- Estudar o software escolhido para comparação (AltoQi Hydros V4);
- Realizar o traçado do sistema predial de água fria;
- Dimensionamento manual da instalação hidrossanitária de água fria;
- Dimensionamento da instalação hidrossanitária de água fria com AltoQi
Hydros V4;
- Comparar os diâmetros e o tempo empreendido para elaboração dos dois
tipos de projeto;
- Fornecer subsídios para uma tomada de decisão quanto ao método utilizado
no cálculo de instalações de água fria.

1
Neste trabalho ao referir-se ao programa AltoQi Hydros V4, serão utilizadas também as expressões
Hydros V4 e Hydros
16

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As Instalações Prediais de Água Fria (IPAF), assim como as instalações de


água quente, combate ao incêndio, pluvial e de esgoto, são como um subsistema de
um sistema maior resguardadas por normas específicas conforme preconiza a NBR
56262. Carvalho Júnior (2011, p. 20) descreve as IPAF como compostas pelo
conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, destinados ao
abastecimento dos aparelhos e pontos de utilização de água da edificação. A seguir
é apresentada uma revisão bibliográfica sobre esses componentes, bem como
fundamentos para seu dimensionamento.

3.1 Instalações Prediais de Água Fria (IPAF)

Para o desenvolvimento de projetos de IPAF adotam-se critérios econômicos,


de segurança e de desempenho durante a execução, e que devem permanecer ao
longo da vida útil da edificação. As IPAF devem atender a essas determinações,
muitas das quais apresentadas na NBR 56263. Dentre os requisitos necessários das
IPAF pode-se citar:
a) preservar a potabilidade da água;
b) garantir o fornecimento de água de forma contínua em quantidade
adequada, com pressões e velocidades compatíveis com o perfeito
funcionamento dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais
componentes;
c) promover economia de água e de energia;
d) possibilitar manutenção fácil e econômica;
e) evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente;

2
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 1.
3
Id., 1998, p. 8.
17

f) proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização


adequadamente localizadas, de fácil operação, com vazões
satisfatórias atendendo as demais exigências do usuário;
g) interdependência entre os sistemas de abastecimento de água, de
esgoto e de águas pluviais com as instalações hidráulicas prediais.

3.1.1 Partes principais


De acordo com a mesma norma técnica4, as IPAF se estendem desde a rede
pública até o ponto de utilização do usuário, conforme ilustra a Figura 3.1:

Figura 3.1 — Partes constituintes de um sistema de instalações


prediais.
Fonte: Tassi (2010).

Para melhor compreensão, o conjunto foi ordenado nos três subsistemas


reconhecidos pela NBR 56265, indicados no Quadro 3.1.

Subsistema de Subsistema de Subsistema de


Alimentação Reservação Distribuição
Barrilete
Ramal predial Reservatório inferior
Coluna
Cavalete / Hidrômetro Estação elevatória
Ramal
Alimentador predial Reservatório Superior
Sub-ramal

Quadro3.1 — Esquema das partes de uma Instalação Predial de


Água Fria
4
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 4.
5
Id., 1998, p. 8.
18

Subsistema de Alimentação

O Subsistema de Alimentação, bem como seus componentes, devem possuir


resistência mecânica adequada a altas pressões (gera ruído e vibração)
provenientes da fonte de abastecimento, conforme adverte a NBR 56266. Se
enterrado, é conveniente estar de acordo com a NBR 72297 quanto à distância e
profundidade de fontes potencialmente poluidoras, e ainda estar posicionado acima
do nível do lençol freático para diminuir a possibilidade de contaminação da
instalação predial.
A Alimentação inicia no ramal predial, que parte da fonte de abastecimento e
se estende até o hidrômetro, esse por sua vez é responsável pela medição do
consumo de água e segue os preceitos da NBR 8193 8, e deve também atender as
especificações estabelecidas pela concessionária. Após o hidrômetro, inicia-se o
ramal de alimentação que se prolonga até a entrada de água no reservatório de
acumulação. É importante que este seja dotado de torneira boia ou semelhante na
sua extremidade a jusante.

Subsistema de Reservação
O Subsistema de Reservação garante fornecimento contínuo de água, e é
composto pelos reservatórios inferior e superior assim como pelo sistema de
recalque. Esse subsistema é desenvolvido prevendo elementos de segurança e
manutenção, como o extravasor, também chamado de “ladrão” ou ”aviso”, que serve
para indicar falha no funcionamento do dispositivo de interrupção do abastecimento,
e é de instalação obrigatória em todos os reservatórios. O sistema de recalque atua
no sentido de possibilitar o transporte de água do reservatório inferior para o
reservatório superior; nele incluem-se a canalização de sucção, o conjunto moto-
bomba e a canalização de recalque. É conveniente a instalação de no mínimo duas
moto-bombas independentes para garantir o abastecimento de água no caso de
falha de uma das unidades. O reservatório superior fica ligado à tubulação de
recalque e se destina a alimentação da rede predial de distribuição.

6
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 9.
7
Id., 1993, p. 9.
8
Id., 1997. Cancelada e substituída em 1/11/1999 pela ABNT NBR NM 212:1999.
19

Subsistema de Distribuição
O Subsistema de Distribuição inicia no barrilete, inclui as colunas, ramais e
sub-ramais chegando aos pontos de utilização - a extremidade das IPAF, conforme
descreve a NBR 56269:
a) Barrilete: é a tubulação que se origina no reservatório e da qual
derivam as colunas de distribuição, atua como uma solução para limitar
as ligações ao reservatório. O traçado do barrilete depende da
localização das colunas de distribuição e pode ser: unificado ou
ramificado. O tipo unificado tem a vantagem de abrigar os registros de
operação em uma área restrita, facilitando a segurança e o controle do
sistema, possibilitando a criação de um local fechado, embora de
maiores dimensões. O tipo ramificado é mais econômico, possibilita
uma quantidade menor de tubulações junto aos reservatórios;
b) Coluna de água fria (CAF): definida como a tubulação derivada do
barrilete, desce verticalmente e alimenta os ramais nos pavimentos
seguindo até os sub-ramais que alimentam as peças de utilização. As
colunas de distribuição devem conter um registro de gaveta à montante
do primeiro ramal. Quando a edificação possuir bacia sanitária com
válvula de descarga é importante que essa seja alimentada por uma
coluna exclusiva para evitar interferências com os demais pontos de
utilização. A NBR 5626 pondera sobre a necessidade de ventilar
colunas que alimentam válvulas de descarga. Na realidade, a
ventilação é recomendável para evitar a possibilidade de contaminação
das instalações devido à retrossifonagem10. Outro motivo para ventilar
a coluna de distribuição é a ocorrência de bolhas de ar nas tubulações,
diminuindo as vazões. Acontece que com a ventilação da coluna essas
bolhas serão expelidas, melhorando o funcionamento das peças de
utilização.
c) Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição de água fria e
destinada a alimentar os sub-ramais;
d) Sub-ramal: tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.

9
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 4 e 5.
10
Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro
recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à atmosférica.
20

3.1.2 Fontes de abastecimento


As fontes de abastecimento de água podem ser público, privado (nascentes,
poços, etc.) ou misto. Quando provém da rede pública, as exigências da
concessionária devem ser atendidas. O abastecimento pode ainda se constituir de
água potável ou não potável, desde que atenda os requisitos relativos à segurança
sanitária e de acordo com o uso doméstico da água, conforme a NBR 562611.

3.1.3 Sistemas de distribuição


A NBR 562612 prevê duas formas de abastecimento dos pontos de utilização:
direto - a água chega diretamente da fonte de abastecimento - e, indireto, no qual a
água chega de um reservatório existente na edificação. Cada tipo de abastecimento
reúne vantagens e desvantagens e muitas vezes adotar os dois é a melhor
estratégia, resultando num abastecimento misto também anunciado na Norma
citada. As definições dos sistemas de distribuição direto e indireto procedem de
notas de aula de Tassi (2010).

Sistema de distribuição direta

A água provém diretamente da fonte de abastecimento. Essa distribuição


normalmente garante água de melhor qualidade devido à taxa de cloro residual
existente na água e devido à inexistência de reservatório no prédio. Outras
vantagens são a maior pressão disponível uma vez que a pressão mínima de projeto
em redes de distribuição pública é de 10 m.c.a e menor custo da instalação, não
havendo necessidade de reservatórios, bombas, torneira de boia, etc. O principal
inconveniente da distribuição direta é a irregularidade no abastecimento público e a
variação de pressão ao longo do dia provocando problemas no funcionamento de
aparelhos, como os chuveiros. Esse sistema não é compatível com o uso de
válvulas de descarga em consequência do pequeno diâmetro das ligações
domiciliares.

Sistema de distribuição indireta

Nesse sistema a água provém de um ou mais reservatórios existentes no


edifício. Essa solução é recomendada quando a pressão de abastecimento público

11
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 9.
12
Id., 1998, p. 5.
21

for insuficiente para o fornecimento direto. Mesmo quando a pressão for suficiente o
uso de reservatórios pode se fazer necessário pela descontinuidade do
abastecimento. O sistema de distribuição indireta com bombeamento é mais
utilizado em grandes edifícios onde são necessários grandes reservatórios de
acumulação.
Há duas possibilidades de sistema indireto de abastecimento: por gravidade e
hidropneumático.
a) Por gravidade: quando a energia de alimentação predial não for
suficiente será preciso dispor de dois reservatórios: um inferior e outro
superior. Do reservatório inferior a água é lançada ao superior através
do uso de bombas de recalque (moto-bombas). Se a pressão for
suficiente contará com reservatório superior. No entanto, em qualquer
das situações a alimentação do prédio será descendente por
gravidade.
b) Hidropneumático: conta apenas com o uso de reservatório inferior. A
alimentação acontece com entrada de energia no sistema, com uso de
bombas de recalque (moto-bombas), no sentido ascendente. Segundo
Creder (1991, p.8), sua instalação é de alto custo, sendo recomendada
somente em casos especiais para aliviar a estrutura.

3.1.4 Materiais e Componentes

O projetista hidráulico é responsável pela determinação dos materiais e dos


componentes empregados nas instalações prediais. Embora o mercado disponibilize
uma ampla variedade de materiais e técnicas, esse profissional deve atender aos
preceitos estabelecidos em norma, não somente o projetista, mas também
construtores, instaladores, fabricantes de componentes, concessionárias e os
próprios usuários devem atender ao que está definido pela Normatização.
A NBR 562613 estipula exigências e recomendações baseadas nas seguintes
premissas:
a) a potabilidade da água não pode ser colocada em risco pelos materiais
com os quais estará em contato permanente;

13
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 6.
22

b) o desempenho dos componentes não deve ser afetado pelas


consequências que as características particulares da água imponham a
eles, bem como pela ação do ambiente onde acham-se inseridos;
c) os componentes devem ter desempenho adequado face às solicitações
a que são submetidos quando em uso.
As instalações prediais de água fria devem ser projetadas, executadas e
usadas de modo a evitar ou minimizar problemas de corrosão (materiais metálicos)
ou degradação (materiais plásticos).

A seleção de materiais e, particularmente da tubulação que ficará embutida,


merece especial atenção tendo em vista que, por exemplo: as canalizações de aço
galvanizado não foram concebidas para serem embutidas em alvenaria, onde sua
vida útil é menor que a das estruturas e seus revestimentos; os tubos de PVC são
vulneráveis a golpes de aríete; e, no caso de adoção de válvulas de descarga, as
mesmas devem ser de boa qualidade e as velocidades de escoamento elevadas
devem ser evitadas.

Os materiais mais utilizados para fabricação de tubos e componentes são os


metálicos e plásticos. Sendo que os tubos e conexões de aço galvanizado (suportam
pressões elevadas) e os de PVC rígido são os mais empregados.

Dentre os principais componentes utilizados destacam-se as tubulações,


peças e conexões (curvas, joelhos, tês), misturadores, registros, Válvulas (de
retenção, de pé com crivo, de descarga,...), caixa acoplada, hidrômetros, torneira de
boia e reservatórios. Muitos destes componentes possuem normatização específica,
onde é possível encontrar uma descrição detalhada.

3.2 Dimensionamento das Instalações Prediais de Água Fria (IPAF)

A NBR 5626 lista uma série de exigências, citadas no início do capítulo, que
precisam ser consideradas no momento da elaboração do projeto de IPAF e que
devem se manter durante a vida útil do edifício. É fundamental mencionar também
que as tubulações serão dimensionadas como condutos forçados e, portanto, são
23

imprescindíveis que fiquem definidos no projeto hidráulico, para cada trecho da


canalização, os valores de vazão, velocidade, perda de carga e pressão.
Adiante é apresentada uma série de conhecimentos para o dimensionamento
do IPAF, incluindo expressões, tabelas e métodos, todos de acordo com a NBR
5626.

3.2.1 Consumo Diário de água nas edificações


O cálculo do consumo diário de água dentro de uma edificação resulta de
uma boa coleta de informações, como pressão e vazão nos pontos de utilização,
quantidade e frequência de utilização dos aparelhos, população, condições
socioeconômicas, clima, entre outros. O memorial descritivo de arquitetura também
deve ser convenientemente estudado, pois algumas atividades básicas e
complementares como piscina e lavanderia podem influenciar no consumo diário.
Para a determinação do Consumo Diário, frequentemente adota-se como
critério a experiência de outros projetistas e empreendimentos, resultando na Tabela
3.1.

Tabela 3.1 - Valores de consumo de água predial diário

Prédio Consumo (litros/dia)


Alojamento provisório 80 per capita
Ambulatórios 25 per capita
Apartamentos 200 per capita
Casas populares ou rurais 150 per capita
Cinemas 2 por lugar
Creches 50 per capita
Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita
Escolas (externatos) 50 per capita
Escolas (internatos) 150 per capita
Escolas (semi-internatos) 100 per capita
Escritórios 50 per capita
Garagens 50 por automóvel
Hotéis (sem cozinha e sem
lavanderia) 120 por hóspede
Jardins 1,5 por m²
Lavanderias 30 por kg de roupa seca
Mercados 5 por m² de área
Orfanatos, asilos, berçários 150 per capita
24

Prédio Consumo (litros/dia)


Posto de serviços para automóveis 150 por veículo
Residências 250 per capita
Restaurantes e outros similares 25 por refeição
Templos 2 por lugar
Fonte: Carvalho Júnior, 2011.

Pode-se ainda, na ausência de critérios e informações, definir o consumo


diário (Cd) pela Equação 3.1:
(3.1)
Onde:

Os valores utilizados para consumo per capita podem ser os definidos pelo
DRH14, que concluiu que as demandas hídricas per capita variam entre 125 e 250
L/hab/dia no caso de abastecimento urbano. Para determinação da população a ser
atendida em edifícios residenciais utiliza-se a Equação 3.2:
(3.2)
Onde:

3.2.2 Vazões
Para que o IPAF funcione adequadamente, é imprescindível que os pontos de
utilização assegurem as vazões mínimas necessárias aos aparelhos a eles
conectados. Essas vazões serão o fundamento do dimensionamento de todas as
canalizações do sistema.
A vazão mínima possibilita a determinação de “pesos” para cada peça de
utilização, necessários para a aplicação do Método Hunter. Os valores da vazão e
pesos de alguns componentes estão indicados na Tabela 3.2:

14
DRH-RS/ECOPLAN, 2007.
25

Tabela 3.2 — Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função


do aparelho sanitário e da peça de utilização.

Vazão de Peso
Aparelho sanitário Peça de utilização
projeto L/s relativo
Caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,7 32
Banheira Misturador (água fria) 0,3 1
Bebedouro Registro de pressão 0,1 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,1 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,2 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,1 0,1
Torneira de jardim ou lavagem
Torneira 0,2 0,4
em geral
Tanque Torneira 0,25 0,7
Lavadora de pratos ou de
Registro de pressão 0,3 1
roupas
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
com sifão
Válvula de descarga 0,5 2,8
integrado
Mictório cerâmico Caixa de descarga, registro de
sem sifão
pressão ou válvula de descarga 0,15 0,3
integrado
para mictório
0,15
Caixa de descarga ou registro de
Mictório tipo calha por metro 0,3
pressão
de calha
Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7
Pia
Torneira elétrica 0,1 0,1
Fonte: Tabela A.1 da NBR 5626. (1998, p.28).

Método dos Pesos

O Método dos Pesos tem por critério o consumo máximo provável,


considerando a probabilidade do uso simultâneo das peças de utilização, resultando
na redução do custo das instalações. Sua utilização é recomendada para
instalações de uso residencial e se beneficiam dele as tubulações mais importantes,
tais como, barrilete, colunas, ramais de distribuição e prediais (inseridos na
Distribuição Direta). O procedimento consiste somar os “pesos” atribuídos aos
diferentes aparelhos, como visto na Tabela 3.2, e calcular a vazão de projeto,
determinada pela Equação 3.3:

(3.3)
26

Onde:

3.2.3 Pressões mínimas e máximas


Nas instalações prediais, consideram-se três tipos de pressão: a estática
(pressão nos tubos com a água parada), a dinâmica (pressão com a água em
movimento) e a pressão de serviço (pressão máxima que se pode aplicar a um tubo,
conexão, válvula ou outro dispositivo, quando em uso normal).

Pressão Estática

Com relação à pressão estática, a norma NBR 562615 diz que “em condições
estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da
rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa.”
Levando em conta a pressão de 400 kPa, que corresponde à 40 m.c.a
(metros de coluna de água), conclui-se que a diferença entre a altura do reservatório
superior e o ponto mais baixo da instalação predial não deve ser maior que 40
metros. Uma pressão acima desse valor ocasionará ruído, golpe de aríete e
manutenção constante nas instalações. Uma forma de resolver o problema das altas
pressões é a instalação de dispositivos reguladores de pressão, comumente
colocados no subsolo do prédio. (Carvalho Júnior, 2011, p.73).

Pressão Dinâmica

A pressão dinâmica é obtida pela diferença entre a pressão estática e a soma


das perdas de cargas distribuídas e localizadas. A NBR 562616 estabelece
parâmetros para pressão dinâmica dizendo:
Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos
de utilização deve ser estabelecida de modo a garantir a vazão de projeto
(...). Em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 kPa, com
exceção do ponto da caixa de descarga onde a pressão pode ser menor do
que este valor, até um mínimo de 5 kPa, e do ponto da válvula de descarga
para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 kPa.

Carvalho Júnior (2011, p.74) convenciona que a pressão da água, em regime


de escoamento, não deve ser inferior a 0,50 m.c.a. para impedir que ocorram
15
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 12.
16
Id., 1998, p. 12.
27

pressões negativas nos pontos críticos da rede de distribuição. Por sua vez, a NBR
562617 salienta que uma pressão excessiva tende a aumentar o consumo de água, o
que torna conveniente manter os valores das pressões dinâmicas, nas peças de
utilização, próximos aos mínimos necessários.

Pressão de Serviço

Com relação à pressão de serviço, a norma NBR 5626 18 diz que: “o


fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar sobrepressão em
qualquer ponto da instalação que seja maior que 20 m.c.a. acima da pressão
estática nesse ponto”.
Assim sendo, de acordo com Carvalho Junior (2011, p.75), a pressão de
serviço não deve ultrapassar a 60 m.c.a., pois é o resultado da máxima pressão
estática (40 m.c.a.) somada à máxima sobrepressão (20 m.c.a.).
A Tabela 3.3 resume os valores de pressões limites citadas na Norma e que
devem ser atendidos no dimensionamento das instalações prediais de água fria.

Tabela 3.3 — Pressões máximas e mínimas segundo a NBR 5626/1998 –


Valores em m.c.a (metro de coluna de água)

Pressão
Pressão Máxima
Mínima
Aparelho Estática Serviço Dinâmica
Qualquer ponto de utilização 40 60 1
Ponto de utilização da válvula de descarga para bacia
40 60 1,5
sanitária
Ponto de utilização da caixa de descarga 40 60 0,5
Qualquer ponto da rede de distribuição - - 0,5

3.2.4 Velocidade Máxima da água


A NBR 562619 recomenda que as tubulações sejam dimensionadas de modo
que a velocidade da água, em qualquer trecho, não ultrapasse valores superiores a
3 m/s. Acima desse valor, ocorre um ruído desagradável na tubulação, devido à
vibração das paredes ocasionada pela ação do escoamento da água. Embora esse
valor não evite golpe de aríete, serve para limitar a magnitude dos picos de pressão

17
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 16.
18
Id., 1998, p. 12.
19
Id., 1998, p. 12.
28

produzidos20. Outra restrição quanto à velocidade máxima, a fim de não se


produzirem ruídos excessivos é dada pela Equação 3.4: (Vianna, 1998, p.73)

(3.4)
Onde:

Golpe de Aríete

É um fenômeno que ocorre sempre que, num dado instante, a velocidade da


água é modificada bruscamente, e que produz variações de pressão muito grandes.
De acordo com Vianna (1998, p. 97), algumas medidas podem ser tomadas a fim de
minimizar seus efeitos, tais como: uma canalização de recalque mais curta, de
material metálico, com trecho horizontal antes de elevar. Salienta o mesmo autor
que as velocidades da água não devem ser elevadas, evitando-se ultrapassar
1,5m/s.

Cavitação

A cavitação ocorre quando a água passa para o estado de vapor formando


cavidades deste no interior da massa líquida. Isso acontece porque a pressão da
água se iguala à sua pressão de vapor. Para que ocorra esse fenômeno é
necessária uma velocidade média da água em torno de 8m/s. No entanto, mesmo à
baixa velocidade é possível verificar episódios de cavitação nas partes mais altas
das instalações prediais, devido às baixas pressões, causando ruído nas tubulações.

3.2.5 Perda de Carga nas canalizações


Quando a água escoa, suas partículas atritam entre si e com as paredes da
tubulação, fazendo com que a água disperse energia, ou seja, há uma perda de
carga21. Essa energia é dissipada sob a forma de calor, embora o aquecimento
resultante seja imperceptível. Assim, a perda de carga pode ser entendida como a
diferença entre a energia inicial e a energia final de um líquido, quando ele flui em
uma canalização de um ponto ao outro. As perdas de carga poderão ser contínuas
ou localizadas e estão relacionadas à viscosidade e à turbulência do fluido. Portanto:

20
NBR 5626 (ABNT, 1998, p.36).
21
A rigor não é correto falar em perda de carga ou de energia, no entanto, essa expressão será
utilizada por estar disseminada e aceita no meio técnico. (Vianna, 1998, p. 34).
29

maior comprimento de tubos, maior número de conexões; tubos mais rugosos e


menores diâmetros geram maiores atritos e choques e, consequentemente, maiores
perdas de carga e menor pressão nas peças de utilização.

Perdas de Cargas Contínuas

São as perdas de carga ocasionadas pelo movimento da água na tubulação.


A equação da perda de carga unitária recomendada pela NBR 562622 para
canalização de água fria em PVC (Equação 3.5), visto que esse foi o material
definido para as instalações analisadas nesse trabalho.
(3.5)

Onde:

Perdas de Cargas Localizadas

As perdas de carga localizadas (perdas pontuais) ocorrem sempre que as


condições de escoamento da água são modificadas. Essas perdas localizadas
ocorrem nas conexões, registros etc., tendo em vista a elevação da turbulência da
água nesses locais. Os valores são expressos em “comprimento equivalente de
canalização” e estão disponíveis na Tabela de Perda de Carga da NBR 5626. A
Tabela 3.4 lista perdas de carga para componentes da marca Tigre, e foram os
valores utilizados no dimensionamento do sistema de distribuição interna de água do
Edifício Modelo.

Tabela 3.4 — Perdas de carga localizadas para conexões da marca Tigre.

DE (mm) 20 25 32 40 50 60 75 85 110
D. ref. (pol) 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4
Joelho 90° 1,10 1,20 1,50 2,00 3,20 3,40 3,70 3,90 4,30
Joelho 45° 0,40 0,50 0,70 1,00 1,30 1,50 1,70 1,80 1,90
Curva 90° 0,40 0,50 0,60 0,70 1,20 1,30 1,40 1,50 1,60
Curva 45° 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Tê 90° passagem direta 0,70 0,80 0,90 1,50 2,20 2,30 2,40 2,50 2,60
Tê 90° saída de lado 2,30 2,40 3,10 4,60 7,30 7,60 7,80 8,00 8,30

22
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 29.
30

DE (mm) 20 25 32 40 50 60 75 85 110
D. ref. (pol) 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4
Tê 90° saída bilateral 2,30 2,40 3,10 4,60 7,30 7,60 7,80 8,00 8,30
Entrada Normal 0,30 0,40 0,50 0,60 1,00 1,50 1,60 2,00 2,20
Entrada Borda 0,90 1,00 1,20 1,80 2,30 2,80 3,30 3,70 4,00
Saída canalização 0,80 0,90 1,30 1,40 3,20 3,30 3,50 3,70 3,90
Válvula de Pé com Crivo 8,10 9,50 13,30 15,50 18,30 23,70 25,00 26,80 28,60
Válvula Retenção Leve 2,50 2,70 3,80 4,90 6,80 7,10 8,20 9,30 10,40
Válvula Retenção Pesada 3,60 4,10 5,80 7,40 9,10 10,80 12,50 14,20 16,00
Registro Globo Aberto 11,10 11,40 15,00 22,00 35,80 37,90 38,00 40,00 42,30
Registro Gaveta Aberto 0,10 0,20 0,30 0,40 0,70 0,80 0,90 0,90 1,00
Registro Globo Ângulo
5,90 6,10 8,40 10,50 17,00 18,50 19,00 20,00 22,10
Aberto
Fonte: Manual Técnico Tigre (2013, p. 201).

3.2.6 Abastecimento

Ramal Predial e Hidrômetro


A determinação do diâmetro do ramal predial depende do sistema de
distribuição no qual está inserido: direta ou indireta. No caso da distribuição direta,
admitindo-se que o abastecimento de água seja contínuo com vazão suficiente para
suprir o consumo diário por 24 horas (apesar do consumo dos aparelhos variar ao
longo deste período), o cálculo da vazão de projeto é determinado pela Equação 3.3
apresentada na página 14 deste trabalho.
Ao se tratar de uma distribuição indireta, com alimentação continua durante
24 horas do dia, atendendo o consumo diário ( ), a velocidade deve
permanecer entre 0,6m/s e 1m/s e sua vazão será determinada pela Equação 3.6:

(3.6)

Onde:

A maioria das concessionárias adota diâmetro do ramal predial de 25 mm


(3/4”) para residências. Através da Tabela 3.5 é possível determinar o cavalete e
abrigo para o hidrômetro, tomando como 50 mm o limite máximo.
31

Tabela 3.5 — Relação entre ramais, hidrômetro e abrigo

Hidrômetro Abrigo
Ramal
Cavalete dimensões:
predial Consumo Vazão diâmetro altura, largura e
diâmetro provável característica D (mm) profundidade
D (mm) (m³/dia) (m³/dia) (m)
20 5 5 20 0,85 x 0,65 x 0,3
25 8 7 25 0,85 x 0,65 x 0,3
25 16 10 32 0,85 x 0,65 x 0,3
25 30 20 40 0,85 x 0,65 x 0,3
50 50 30 50 2,00 x 0,90 x 0,40
Fonte: Tassi (2010).

Alimentador Predial

O diâmetro do alimentador predial pode ser determinado pela Equação 3.7 –


a Equação de continuidade – e pela Equação 3.8 da área circular:
(3.7) (3.8)

Onde:

Igualando as Equações 3.7 e 3.8 obtém-se a Equação 3.9, do diâmetro


interno do alimentador predial:

(3.9)

Para determinação do diâmetro mínimo ( é necessário adotar a vazão


mínima – equação 3.6 em função do consumo diário – e a velocidade deve estar
definida no intervalo: .

3.2.7 Reservação
O volume de reservação (Rt) deve ser superior ao consumo diário e menor
que o seu triplo (Expressão 3.10):
(3.10)
32

Esse volume pode ser disposto em reservatórios superior e inferior visto que
se o reservatório superior, que fica na cobertura do prédio, estiver a uma altura
elevada não poderá ser abastecido diretamente pelo alimentador. Mesmo que fosse
possível elevar até a cobertura o volume total a ser armazenado, sem a necessidade
de conjunto motor-bomba, a estrutura sobrecarregaria. É interessante também que
volumes acima de 5m³ fiquem em câmeras separadas para facilidade de
manutenção, conforme indicações de nota de aula (Tassi, 2010).

Reservatório Inferior

Na determinação do volume desse reservatório, recomenda-se que ele tenha


60% do Rt (volume de reservação) definido pela Fórmula 3.11:
(3.11)
Onde:

Reservatório Superior

Convenientemente, o volume do reservatório superior foi determinado em


40% do Cd, conforme a Equação 3.12:

(3.12)
Onde:

A queda d´água no reservatório superior deve ser monitorada por um


dispositivo de controle da entrada de água e manutenção do nível desejado.
Habitualmente o equipamento usado é a torneira de boia, que desliga
automaticamente o conjunto moto-bomba. Outros dispositivos, que devem estar
presentes no dimensionamento do reservatório superior, são o tubo extravasor e o
tubo de limpeza. A determinação dos diâmetros desses dispositivos está em função
33

da seção transversal do reservatório (pelo menos um deles, caso sejam dois ou


mais), e é encontrada isolando a variável D, de acordo com a Equação 3.13.

(3.13)

Onde:

Sistema elevatório
A Instalação Elevatória consiste no bombeamento de água de um reservatório
inferior para um reservatório superior. O Sistema de Recalque é constituído pelas
canalizações e pelos meios mecânicos de elevação (conjunto moto-bomba e
tubulações de sucção e recalque). No reservatório inferior é conveniente que se
disponha de área para alojamento de dois conjuntos moto-bomba independentes e
que funcionem separadamente garantindo o abastecimento de água no caso de
falha de um dos conjuntos.
Para determinação de vazões de projeto o item 5.3.3 da NBR 5626 (Vazões
no abastecimento de reservatórios) recomenda que a vazão seja o quociente entre a
capacidade do reservatório e o tempo de enchimento ( ). Orienta também,
que esse tempo não seja superior a 6 horas para grandes reservatórios. Ghisi (2004,
p.24) indica tempos de enchimento de 4 a 6 horas dependendo do tipo de edifício: 4
horas de funcionamento para prédios de escritórios e comerciais, 4 à 5 horas de
funcionamento para prédios de apartamentos e 6 horas de funcionamento para
hospitais e hotéis. Desse intervalo decorre que a vazão de recalque ( ) está entre
16 até 25% do consumo diário, mas também pode ser definida pela Equação 3.14:

(3.14)

Onde:

Os reservatórios disponíveis no mercado têm medidas padronizadas e assim


como na determinação das tubulações, após o dimensionamento do componente e
decide-se pelo que tem medida próxima e conveniente, lembrando ainda que há a
possibilidade de confeccionar o reservatório em alvenaria.
34

Tubulação de recalque
Pode ser determinada pela Equação 3.15, a Fórmula de ForchHeimer-Bresse:

(3.15)
Onde:
çã

ã )
)

É importante prever a utilização de válvula de retenção na tubulação de


recalque para amortecer o impacto sobre o sistema hidráulico causado pelo retorno
da água quando da parada da bomba – Golpe de Aríete – sob o risco de danificar
tubos, conexões e componentes da bomba.

Tubulação de sucção
Para estabelecer um diâmetro de sucção ( ), uma vez que foi definido,
admite-se um valor imediatamente superior para (Expressão 3.16).
(3.16)
É importante a instalação de válvula de pé ou de fundo de poço para impedir
que a água succionada retorne quando da parada do funcionamento da bomba,
evitando que esta trabalhe a seco (perda da escorva). A instalação do crivo, da
mesma forma, também é recomendada uma vez que acoplado à válvula de pé
impede a entrada de partículas sólidas.
Ocorrem verificações para evitar a entrada de ar na tubulação de sucção
relacionando alturas de líquido, velocidade e diâmetro conforme indicam a Equação
3.17 e a Figura 3.2, a seguir:

(3.17)

Onde:
á çã
çã çã
35

Figura 3.2 – Alturas mínimas a serem verificadas no reservatório


inferior

Dessa forma é possível indicar qual o nível mínimo ( ) de água no


reservatório inferior para que não entre ar na tubulação de sucção. Para se evitar
arraste do material de fundo é importante que a seja menor ou igual à metade do
diâmetro da tubulação de recalque e maior ou igual a 0,30m conforme mostra a
Expressão 3.18.
(3.18)

3.2.8 Distribuição
Recomenda-se que o dimensionamento das tubulações de
IPAF de uso residencial seja realizado pelo Método da Vazão Máxima Provável, que
considera um fator probabilístico de uso simultâneo das peças de utilização. Ele
consiste em pré-dimensionar um valor de diâmetro e verificar vazão, pressões e
limites de velocidade, resultando assim na alteração ou não desse valor inicial. Para
tanto, a localização das colunas deve ser prevista no projeto arquitetônico - locação
de shafts, se necessários. Estabelecido o traçado das tubulações (sub-ramais,
ramais, barrilete,...), sucede a compatibilização entre o projeto hidráulico e o projeto
global do edifício, a fim de manter a integridade estrutural e conciliar as instalações
prediais. Uma vez definido o esboço do projeto, devem-se preparar esquemas
(isométricos ou projeções da rede predial) para identificar os trechos da rede através
da nomeação dos nós e dos pontos de utilização. Essa identificação será
conveniente para o dimensionamento do subsistema de distribuição.
36

Memorial de Cálculo

O memorial de cálculo é apresentado no anexo A da NBR 5626, e consiste no


preenchimento da planilha apresentada na Tabela 3.6. Os seguintes dados e
operações devem ser considerados na execução da planilha:
a) trecho: semelhante ao modelo da norma, a planilha identifica os
segmentos (coluna 2), mas com a inclusão de uma coluna (coluna 1)
que descreve de que parte da distribuição (Barrilete, coluna, ramal,
sub-ramal) é o trecho analisado;
b) somatório dos pesos: descritos na Tabela 3.2, valor da soma de todos
os pesos do trecho considerado (coluna 3) – valores referidos na
Tabela 3.2;
c) vazão estimada, em litros por segundo: valor da vazão total
demandada simultaneamente, obtido pela equação 3.3, (coluna 4);
d) diâmetro interno da tubulação, em milímetros: valor estimado até que
todos os parâmetros sejam atendidos – pressão, vazão e velocidade -
(coluna 5);
e) velocidade, em metros por segundo: valor da velocidade da água no
interior da tubulação, de acordo com equação 3.4, (coluna 6);
f) perda de carga unitária, em quilopascal por metro: valor da perda de
carga por unidade de comprimento da tubulação, obtido pela equação
3.5 (coluna 7);
g) diferença de cota (desce + ou sobe -), em metros: valor da distância
vertical entre a cota de entrada e a cota de saída do trecho
considerado, sendo positiva se a diferença ocorrer no sentido da
descida e negativa se ocorrer no sentido da subida (ver coluna 8);
h) pressão disponível, em metros de coluna d’água: pressão disponível na
saída do trecho considerado, depois de considerada a diferença de
cota – soma dos valores da coluna 15 e coluna 8 - (coluna 9);
i) comprimento real da tubulação, em metros: valor relativo ao
comprimento efetivo do trecho considerado (coluna 10);
j) comprimento equivalente da tubulação, em metros: valor relativo aos
comprimentos equivalentes das conexões obtidos através da Tabela
3.4, (ver coluna 11);
37

k) perdas de carga, em quilopascals: soma dos valores calculado para


perdas de carga no trecho considerado geradas pelos tubos – coluna 7
x coluna 12 – e pelos registros e outros componentes – coluna 7 x
coluna 13 – (coluna 14);
l) pressão disponível residual, em metros de coluna d’água: pressão
residual, disponível na saída do trecho considerado, depois de
descontadas as perdas de carga verificadas no mesmo trecho 23 (ver
coluna 15);
m) pressão requerida no ponto de utilização, em metros de coluna d’água:
valor da pressão mínima necessária para alimentação da peça de
utilização prevista24 para ser instalada na saída do trecho considerado,
quando for o caso (ver coluna 16).

Para fins de organização desse trabalho, o cabeçalho da planilha de


projeto manteve apenas as siglas e unidades.

23
Importante que esses valores estejam de acordo com os limites de pressão previstos na Tabela 3.3
deste trabalho.
24
Id.
Pressão
Perda Diferença Comprimentos Perda de carga
Soma de cotas Pressão requerida
Barrilete/ de Pressão (m) (m)
Dos Vazão Diâmetro Velocidade (m) disponível no ponto
coluna/ Trecho carga disponível
Pesos Q (l/s) Φ (mm) V (m/s) residual de
ramal unitária (m.c.a)
ΣP Sobe (-) Conexões/ (m.c.a) utilização
distribuição

(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total


Desce (+) Registros (m.c.a)

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) (14) (15) (16)

Fonte: item “A.4.2 Planilha” da NBR5626.


Tabela 3.6 – Planilha para dimensionamento de tubulações da rede de
38
39

3.3 AltoQi Hydros V4

O AltoQi Hydros é um software comercial pago, desenvolvido para elaborar


projetos de instalações hidráulicas e sanitárias prediais. Ele conta, também, com
módulos para planejamento de instalações de Gás e Incêndio, tudo de forma
integrada em sua própria base independente de CAD.
Trata-se de uma proposta de trabalho baseada em objetos inteligentes que
têm associados a si, além das características de desenho, todos os dados
necessários ao dimensionamento e à geração das listas de materiais. Assim,
simultaneamente à elaboração do traçado, inserem-se elementos que possuem
informações para o cálculo do projeto. Desse modo, após desenhar os tubos em um
detalhe isométrico e colocar nestes seus pontos de utilização – banheiro, área de
serviço, etc – pode-se selecionar um componente qualquer e obter sua vazão de
projeto e dimensioná-lo. O software tem ainda a capacidade de analisar as
conectividades entre os elementos lançados e inferir o caminho do fluxo para
conduzir a água da tomada do reservatório até uma peça de utilização.
Os objetos gráficos que representam a tubulação e as conexões também
fornecem vantagens para o desenho do projeto. Analisando, por exemplo, um
elemento tubo – que é uma entidade semelhante a uma linha e que possui
informações diversas, como: material, diâmetro, luva, item para orçamento, etc – sua
representação gráfica na planta inclui o texto que indica seu diâmetro e o sentido do
fluxo — ver Figura 3.3. Este texto pode ser manipulado livremente (movido,
apagado, etc.), mas permanece associado ao dispositivo. Ao mudar o diâmetro do
tubo (manualmente ou pelo dimensionamento), o texto é alterado e vice-versa.
Ao representar o mesmo elemento em mais de uma planta (na planta baixa
ou em um detalhe isométrico), os dois textos são independentes e podem ser
manipulados separadamente, mas, ao alterar o diâmetro do tubo, todos são
atualizados imediatamente. Caso um tubo seja apagado, ele e todos os textos
associados serão eliminados de todos os desenhos onde estejam incluídos, as listas
40

de materiais serão atualizadas e o programa apontará as conexões que devem ser


redefinidas. Isto faz com que não haja divergências entre uma planta e um detalhe
do mesmo elemento, ou entre o desenho e o dimensionamento, ou entre estes e as
listas de materiais. Os mesmos princípios são válidos para as conexões.

Figura 3.3 — Canalização de água fria com informações de projeto

O lançamento da rede pode ser realizado tridimensionalmente e/ou em planta


baixa. O programa cria um modelo completo da tubulação da edificação,
possibilitando uma visão do projeto como um todo, com todos os seus pavimentos,
gerando listas e fazendo o dimensionamento de forma global sobre o qual se define
plantas e detalhes.
O uso de um programa orientado a objetos inteligentes traz uma série de
vantagens ao projeto (Perini, 2003, p.26):
Todo o projeto está armazenado em um único arquivo e é gerenciado
em um único ambiente;
O mesmo tubo pode ser representado na planta e em diversos
detalhes, sendo todos os desenhos alterados quando um tubo for
modificado;
O lançamento dos elementos define conectividades e fluxos que são
utilizadas pelo programa, permitindo ao programa saber, em qualquer
ponto, a vazão, a pressão e a velocidade;
41

Um extenso cadastro associa itens de orçamento, simbologias e dados


de cálculo em objetos chamados peças, que podem ser atribuídos ao
projeto mantendo todas estas propriedades;
Este cadastro inteligente permite associar a peça correta a uma
conexão baseada na sua geometria;
Os tubos podem ser dimensionados a qualquer instante e as
modificações são refletidas imediatamente em todos os desenhos;
Associando-se peças às conexões, o programa permite obter listagens
dos materiais por desenho, pavimento ou projeto, sempre atualizadas;
O programa pode pesquisar o projeto inteiro verificando problemas de
fluxo, de peças indefinidas, etc.;
Pode-se verificar a pressão hidráulica em qualquer ponto, com o
programa pesquisando automaticamente a tomada d'água e calculando
as perdas de carga em todo o percurso, mesmo através de diversos
pavimentos.

É importante salientar que o sistema conta com um ambiente de CAD


integrado, o QiCAD Viewer, que permite abrir arquivos em formato CAD, DWG e
DXF, visualizá-los, imprimi-los e gravá-los em outro formato. Portanto, para iniciar o
dimensionamento é necessário que as plantas estejam digitalizadas e configuradas
em uma dessas extensões. Para facilitar a etapa de inserção dos desenhos no
Hydros, convém que os pavimentos estejam em arquivos separados, contendo
apenas elementos relevantes para o projeto hidráulico, como posicionamento de
aparelhos, pontos de utilização, localização dos reservatórios e tomada d’água, por
exemplo.
Quanto à responsabilidade técnica, o programa está configurado de acordo
com as normas vigentes e, no caso deste trabalho para o dimensionamento da rede
hidráulica, seguiram-se os preceitos da NBR 5626/98. Embora o aplicativo esteja
atento à legislação, tanto os seus autores, quanto a empresa que o comercializa e
os seus distribuidores esclarecem que a responsabilidade e o risco quanto aos
resultados e desempenho do programa são assumidos pelo usuário e advertem que
as informações devem ser testadas antes da sua efetiva utilização.
42

4 METODOLOGIA

O desenvolvimento desse trabalho iniciou pela definição do tema, seguida


pela escolha do edifício modelo, sobre o qual se realizou um estudo analítico do
projeto. Subsequente, ocorreu a etapa de pesquisa bibliográfica para levantamento
das necessidades, dos critérios e das técnicas de dimensionamento apontados pela
legislação e pela literatura sobre as instalações prediais de água fria.
Em um segundo momento, desenvolveu-se um estudo para utilização do
AltoQi Hydros, alcançado com utilização de material disponível no site do programa
e através de cursos25 on-line para treinamento do usuário. Dentre esses
conhecimentos básicos, é pertinente mencionar o manuseio de planilhas eletrônicas
e softwares de desenho.
A etapa seguinte foi de elaboração do subsistema de Distribuição26 do projeto
de IPAF do edifício modelo de duas formas: a primeira, uma instalação concebida de
forma tradicional e a segunda, uma instalação com a ferramenta computacional de
uso comercial. O cálculo convencional foi preparado em uma planilha eletrônica
conforme o item A.4.2 da NBR 562627, apresentado anteriormente no item 3.2.8
Distribuição, deste Trabalho de Conclusão de Curso, e contou também com o auxílio
de um software CAD para representação gráfica. O software AltoQi Hydros V4
executa o dimensionamento simultâneo ao lançamento do esboço da rede, seguindo
metodologia própria do programa. O traçado da tubulação foi igual nos dois projetos,
definido juntamente com a localização dos pontos de utilização, dos reservatórios e
dos shafts.
Finalizados os projetos, seguiu-se a etapa de análise e comparação dos
dados, na qual foram confrontados: a duração de cada dimensionamento, os
resultados gerados e qual das formas de projetar determina uma solução mais
econômica. Por fim, a redação do trabalho final foi feita com base nas análises e
observações feitas no decorrer do desenvolvimento do projeto, observando os
resultados obtidos e mantendo o enfoque voltado para as diferenças encontradas.

25 Os cursos são pagos e oferecidos pela empresa responsável pelo software.


26 Cabe destacar que este trabalho abordou apenas o subsistema de Distribuição. Embora sejam
áreas de distribuição, o dimensionamento das áreas comuns (torneiras de jardins e churrasqueira
localizada no térreo) também não foram contempladas.
27 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 31.
43

5 RESULTADOS

5.1 Edifício Modelo e Concepção de Projeto

Para a realização deste trabalho utilizou-se um edifício modelo, localizado em


Santa Maria/RS, escolhido em função de sua disponibilidade junto a empresa AL
Colusso Engenharia. Vale ressaltar que a autora desse trabalho realizava estágio
curricular junto a essa empresa no momento da elaboração desse estudo. Trata-se
de um prédio multifamiliar, composto de cinco apartamentos por andar, constituídos
de dois dormitórios, sala de estar/jantar, área de serviço, cozinha e banheiro
conforme Figura 5.1. O imóvel possui quatro pavimentos, térreo (

Figura 5.2) mais três andares tipo (Figura 5.3), e cobertura (


Figura 5.4).
44

Figura 5.1 – Planta baixa de um apartamento típico do edifício modelo.


Fonte: AL Colusso Engenharia.
45

Figura 5.2 – Planta Baixa do pavimento térreo do edifício modelo.


Fonte: AL Colusso Engenharia.
46

Figura 5.3 – Planta Baixa do pavimento tipo do edifício modelo.


Fonte: AL Colusso Engenharia.
47

Figura 5.4– Planta de cobertura do edifício modelo.


Fonte: AL Colusso Engenharia.
48

Alguns dados primordiais do projeto e decisões verificadas foram aplicados


igualmente nos dois métodos analisados (manual e automatizado).
O projeto arquitetônico determina a distribuição dos ambientes de uso comum
e privativo e sua composição. Nessa etapa foram previstos alguns detalhes como a
localização dos reservatórios, a tomada da água da rede pública e dos pontos de
utilização. A decisão da distribuição das colunas de água foi feita pelo projetista
arquitetônico, que determinou se a tubulação seria feita tradicionalmente, embutida
nas paredes, ou passaria por shafts visitáveis. Nesse projeto, a tubulação foi
distribuída em shafts e com leitura individual do consumo de água. Os hidrômetros
foram todos dispostos na caixa de escadas do quarto andar. O projeto conta com os
subsistemas de Alimentação, Reservação e Distribuição, porém o comparativo entre
métodos foi efetuado apenas para o subsistema de Distribuição. Logo, não foi
apresentado um detalhamento do dimensionamento dos outros subsistemas. Ainda,
embora sejam áreas de distribuição, o dimensionamento das áreas comuns
(torneiras de jardins e churrasqueira localizada no térreo) não foi considerado.
5.1.1 Dados Iniciais
Tipo e ocupação do prédio: Edifício Residencial;
Capacidade atual e futura: 80 pessoas;
Tipo de sistema de abastecimento: Rede pública de água da
concessionária;
Sistema de distribuição: Misto - Abastecimento indireto por gravidade
para 24 horas (apartamentos) e abastecimento direto (churrasqueira e
torneiras do jardim);

Consumo diário ( : ;

Número de dias de ocorrência de falta de água (ND) = 1 dia;


Volume de reservação (Rt):
a) Volume do reservatório inferior: - duas câmeras de e
b) Volume do reservatório Superior: - duas câmeras de ;
Nível mínimo de água nos reservatórios superiores28:
a) Dimensionamento Manual: e
b) Dimensionamento Software: .

28
O projeto resultou em níveis d’água diferentes para os métodos, como exposto no item “5.3
Dimensionamento Automatizado”. Ver Tabela 5.3, etapa D.
49

Os diâmetros utilizados foram fixados em no mínimo 20mm, exceto para o


barrilete, sempre superior a 25mm. Essas limitações estão contidas em
recomendações dos fabricantes e nas notas de aula de Tassi (2010). A Tabela 5.1
apresenta uma relação dos diâmetros mínimos recomendados para peças de
utilização, de acordo com os aparelhos utilizados nesse trabalho.

Tabela 5.1 – Relação de diâmetros mínimos para dimensionamento do


subsistema de Distribuição

Diâmetro mínimo
Aparelho sanitário Peça de utilização
(mm)
Pia Cozinha Torneira 20
Lavadora de Louças Registro de pressão 25
Tanque Torneira 25
Lavadora de roupas Registro de pressão 25
Lavatório Torneira 20
Bacia Sanitária Caixa de descarga 20
Chuveiro elétrico Registro de pressão 20

5.1.2 Pontos de utilização


Estão situados nas áreas de utilização: banheiros, área de serviço e
conforme (
Figura 5.5).
50

Figura 5.5 – Zonas de utilização da água.


Fonte: AL Colusso Engenharia.
51

5.2 Dimensionamento Manual

A forma convencional de projeto foi chamada, nesse trabalho, de


dimensionamento manual, assim definido não por ser feito de forma manuscrita, mas
sim porque seu procedimento não está integralmente automatizado. Para confecção
desse projeto foram utilizadas planilhas eletrônicas, programadas pela projetista,
autora deste trabalho, para cálculo de vazões, velocidades, perdas de carga,
verificação das pressões e dimensionamento das tubulações. O uso de ferramentas
de desenho auxiliado por computador, da mesma forma, fez-se necessário,
configurando-se como uma versão digitalizada do projeto manual.
Para utilização da Planilha de Projeto (descrita no Item 3.2.8 Distribuição,
desse trabalho), foi necessário preparar o esquema isométrico da rede e
numerar/nomear os nós do barrilete (Anexo A— Barrilete com nomes nos nós para
dimensionamento.), dos pontos de utilização da cozinha e área de serviço dos
apartamentos de final 01, 02, 04 e 05 (Figura 5.6), do banheiro (Figura 5.8) e da
cozinha e área de serviço do apartamento de final 03 (Figura 5.7).
52

Figura 5.6 – Pontos de utilização na cozinha e área de serviço dos


apartamentos com final 01, 02, 04 e 05 – CAF A

Figura 5.7– Cozinha e área de serviço dos apartamentos final 03 – CAF A.


53

Figura 5.8– Pontos de utilização no banheiro – CAF B.

A coluna 3 da Planilha de Projeto foi implementada com valores de pesos da


Tabela 3.2. A Tabela 5.2 apresenta a relação das peças de utilização e suas
pressões mínimas requeridas, relacionadas com o edifício modelo e quantidade
delas em cada dependência:
54

Tabela 5.2 – Resumo dos valores dos pesos das peças de utilização do edifício
modelo

Pressão mínima
Cozinha e
Aparelho sanitário Peça de utilização Peso Banheiro requerida
AS 29
(m.c.a)
Pia Cozinha Torneira 0,7 1 0 1
Lavadora de Louças Registro de pressão 1 1 0 1
Tanque Torneira 0,7 1 0 1
Lavadora de roupas Registro de pressão 1 1 0 1
Lavatório Torneira 0,3 1 1
Bacia Sanitária Caixa de descarga 0,3 1 0,5
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,1 1 1
Peso total: 3,5 0,7

É possível verificar o dimensionamento manual na Planilha do

, que contém todos os trechos de distribuição com os diâmetros definidos,


partindo do reservatório superior até os sub-ramais de cada apartamento.
Pelo dimensionamento tradicional verifica-se que:
i. as colunas, ramais e sub-ramais dos banheiros de todos os pavimentos
ficaram com o mesmo diâmetro de 20mm;
ii. as cozinhas e AS continuaram com diâmetros de 25mm, iguais aos das
colunas que as abastecem;
iii. o diâmetro do barrilete variou de 60 até 32mm para que não
apresentasse problemas de pressão insuficiente (menor que 0,50 m.c.a
em regime de escoamento) e;
iv. os Hidrômetros de leitura individualizada, localizados na cobertura,
assumiram todos a mesma dimensão da tubulação onde estão
inseridos, qual seja, 32mm.
Destaca-se que o tempo de execução do cálculo manual foi de 47 horas não
consecutivas.

29
AS diz-se por área de serviço.
55

5.3 Dimensionamento Automatizado

O dimensionamento com a ferramenta computacional Hydros, foi realizado


em etapas, assim como na elaboração do projeto tradicional. O programa inicia com
a especificação de dados característicos da edificação, como número de pavimentos
e altura do pé direito. A Figura 5.9 ilustra a disposição do edifício: Térreo; 3
pavimentos Tipo (no momento da inserção foi descrito apenas, na coluna
“Repetições”, o valor 3 e automaticamente o programa reconhece como Tipo 1, 2 e
3); Cobertura (localizada sobre a laje do último pavimento e que recebe um
pavimento exclusivo, separado dos reservatórios, pela facilidade em representar as
tubulações que ficarão nele inseridas e pelo detalhamento dos hidrômetros
individuais); e, por último, o pavimento Reservatório que está sobre a caixa de
escadas e contém os dois reservatórios superiores. Todos os andares com altura de
2,75m, exceto o pavimento relativo à cobertura, com 1,30m. A altura adotada para o
pavimento em que se localiza o reservatório é aleatória e, nesse caso, ficou definida
em 2,00m.

Figura 5.9 — Caracterização do Edifício Modelo no Hydros.


56

Na sequência foram inseridas as plantas de cada pavimento. Como


mencionado anteriormente, facilita se as referidas plantas estiverem em arquivos
separados contendo somente elementos fundamentais para elaboração do projeto,
como a locação dos aparelhos e os pontos de utilização, além da estrutura em si. Os
desenhos precisam estar nos formatos “dwg” e “dxf”, sendo que o Hydros gera
arquivos com a extensão “prh”. As plantas podem estar digitalizadas em uma escala
qualquer e ter sua origem (coordenadas) desconhecida, uma vez que esses dados
são corrigidos no programa com os comandos “Manipular>Alterar escala...” e
“Ferramentas>Posicionar origem”. Com relação a isso, é imprescindível definir um
ponto de referência para que todos os pavimentos fiquem corretamente sobrepostos.
Trata-se de uma etapa fundamental para uso do software que desenha em
centímetros e necessita das medidas para o dimensionamento das instalações uma
vez que contabiliza os comprimentos para, por exemplo, o cálculo de perdas de
carga e da pressão.
Encerrada a etapa de preparo do projeto, iniciou-se o esboço da canalização
que foi realizado tanto em planta baixa quanto tridimensionalmente. O programa
oferece recurso para espelhar, rotacionar e copiar as tubulações, o que foi
conveniente dada as características dos pavimentos térreo e tipo, que possuíam
mesmo traçado para a maioria das cozinhas, áreas de serviço e banheiros, salvo
alguns detalhes como, por exemplo, a entrada d’água da caixa acoplada, sempre à
esquerda. Porém, não foi possível utilizar os resultados dessas ferramentas, porque
o traçado ficou numa cota inesperada e não confiável (ETAPA A − Tabela 5.3).
A solução encontrada foi traçar a tubulação de todas as áreas de utilização de
um mesmo andar (o que aumentou o tempo de traçado do projeto) de forma que o
desenho atendesse a todos os pavimentos, inclusive fazer com que as colunas
tivessem a extensão do pé-direito; Após, copiou-se o croqui para todos os andares e
acertou-se os detalhes de cada pavimento. Inicialmente, na delineação das áreas de
utilização, adotou-se Φ = 20mm30 para todas as tubulações e isto foi aprovado pelo
programa. Contudo, os problemas com as ferramentas “copiar” e “espelhar”
implicaram no reinicio do traçado com a inserção de diâmetros preliminares
diferenciados: 20mm para banheiros e 25mm para cozinha com área de serviço; tais
valores foram aceitos quando verificados pelo programa (ETAPA B − Tabela 5.3).

30
20mm é o valor mínimo disponível para IPAF.
57

Após elaborou-se um esboço da canalização e as ferramentas


“Elementos>Verificar>Di metros... / Di metros mínimos...” (ver Figura 5.10)
apontaram os segmentos com diâmetro insuficiente, mesmo ainda não estando
ligados à coluna, e sugeriram valores calculados pelo software. Outras verificações
realizadas pelo software dizem respeito às pressões e fluxo na canalização,
sinalizando os pontos onde a pressão não é suficiente e o fluxo está incorreto.

Figura 5.10 — Menu de ferramentas de verificação Local

É importante esclarecer que o programa faz diversas verificações locais e


uma verificação estrutural (Figura 5.11), abordando contextos diferentes: enquanto
na verificação local – feita por área de utilização no pavimento − é possível fazer
correções imediatas uma vez que aponta inconformidades e propõe alterações, na
estrutural – que avalia toda a estrutura e que gera apenas uma lista de erros – o
mesmo não acontece.
58

Figura 5.11 — Menu de ferramentas de verificação estrutural do


projeto.

A conclusão do traçado e das verificações em cada andar resultou num


projeto em que os diâmetros adotados inicialmente eram iguais aos recomendados31
pelo programa e, portanto, foram mantidos. Após, realizou-se a definição das peças
utilizadas (joelhos, tês, registros, etc.) nos pavimentos de cobertura e reservatório,
porque ao se escolher a peça define-se o seu diâmetro; entendeu-se não ser
produtivo fazer isso antes das verificações, pois estas poderiam resultar em uma
tubulação diferente da inserida inicialmente32 (ETAPA C −Tabela 5.3). No entanto, a
verificação estrutural (Estrutura>Verificar>Todos) indicou uma lista de pontos com
pressão insuficiente até mesmo no Térreo havendo necessidade medidas para
solucionar essa situação. Destaca-se que, embora o software tenha sido capaz de
apurar esses pontos, ele não oferecia nenhuma solução e que, inclusive a
verificação Local apontava valores iguais, mesmo que na avaliação global o projeto
estivesse claramente defectivo.
A primeira decisão tomada foi o aumento dos diâmetros da tubulação do
barrilete, alterados trecho a trecho e das peças de utilização, uma a uma, variando
até que se chegasse à solução ou a um valor máximo – o que demandou um tempo
considerável. A alteração dos diâmetros resolveu em grande parte a questão das

31
Embora o programa possa constatar que os diâmetros adotados não sejam suficientes, manter o
diâmetro ou substituir pelo valor calculado ou outro qualquer são decisões do usuário.
32
Diferente da canalização, que quando diverso do valor calculado pelo software pode ser alterado
facilmente, a modificação dos diâmetros das peças devem ser feitas pela substituição de cada uma
por outra igual com o diâmetro desejado.
59

pressões insuficientes, contudo, as pressões nos banheiros do pavimento Tipo 03,


no 4° andar continuaram baixas. A próxima medida tomada foi a alteração do nível
mínimo de água no reservatório de 90 para 120 cm e, ainda assim, o Hydros
continuava indicando subpressão, sendo necessário providenciar alterações do
traçado da tubulação dos chuveiros dos apartamentos 402 e 405.
Ao final, quando novamente utilizou-se a ferramenta de verificação da
estrutura, os problemas de pressão insuficiente estavam solucionados, resultando
em uma versão final do dimensionamento com altura mínima de água no
reservatório de 120 cm e com traçado do barrilete e dos banheiros dos apartamentos
402 e 405 diferentes. Na avaliação local (feita por pavimento) o programa notifica
que vários trechos estão definidos com diâmetro acima do “receitado” por ele (ver
Figura 5.12) - são os segmentos alterados na ETAPA D. Essas modificações não
foram indicadas pelo Hydros que não reconhece (na verificação local) a necessidade
de executá-las.

Figura 5.12 — Janela de verificação Local apontando diâmetro


calculado para um trecho de canalização.

Todas as etapas estão apresentadas na Tabela 5.3:


60

Tabela 5.3 – Etapas de execução do dimensionamento Automatizado

ETAPA A ETAPA B
Traçado: Traçado:
− Esboço da COZ+AS e BANH do F01 − Esboço da COZ+AS e BANH do F01

Adotado: Adotado:
− Φ = 20mm − Φ = 20mm - BANH.
e Φ = 25mm - COZ+AS
Verificações: Verificações:
− D, Dmín. e sentido do fluxo → Ok − D, Dmín. e sentido do fluxo → Ok

− Colocação das peças (Tês, − Colocação das peças (Tês,


joelhos,...) joelhos,...)
− Verificação das pressões → Ok − Verificação das pressões → Ok

Restante do traçado: Restante do traçado:


− Com as ferramentas: Espelhar e − Esboço da COZ+AS e BANH do F02
Rotacionar - do F02 ao F05; ao F05
Resultado: Resultado:
− Traçado não confiável. − Um traçado que serviria para todos
os pavimentos.
ETAPA C ETAPA D
Traçado: − Verificação em todo projeto
− Exportado Croqui do Térreo para os
Resultado:
Pavimentos Tipo 1, 2 e 3;
− Realização do esboço da
− Uma extensa lista de pontos com
canalização nos Pavimentos
pressões insuficientes
Cobertura e Reservatório;
Verificações: Soluções adotadas:
− Modificação de diâmetros do
− D, Dmín. e sentido do fluxo → Ok
barrilete;
− Modificação do traçado do barrilete
− Verificação das pressões → Ok − Elevar o nível mínimo do
reservatório de 90 para 120 cm
− Colocação das peças de utilização − Alteração do traçado da tubulação
(Tês, joelhos,...) nos pavimentos dos chuveiros nos banheiros dos
Cobertura e Reservatório apartamentos 402 e 405 - Tipo 03
Verificações: Resultado:
− D, Dmín. e sentido do fluxo → Ok − Verificação em todo projeto → Ok
− Verificação local - D, Dmín. → acima
− Verificação das pressões → Ok
do dimensionado pelo programa
Resultado:
Projeto concluído parcialmente -
coluna Diâmetro I da Tabela 6.1
61

6 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O Dimensionamento realizado no software AltoQi HydrosV4 gerou dois


resultados: um primeiro, com diâmetros calculados pelo programa – Diâmetro I –
mas que na análise global do edifício não atendeu a um valor mínimo de pressão
nos pontos de utilização; e um segundo, em que entre as medidas para correção
das subpressões os diâmetros foram modificados pelo usuário – Diâmetro II – até
que as pressões fossem satisfatórias.
As análises dos resultados obtidos neste trabalho foram feitas a partir da
Tabela 6.1 que permite visualizar, para fins de comparação, os diâmetros resultantes
obtidos no dimensionamento feito tradicionalmente e aqueles calculados com o uso
da ferramenta computacional (Diâmetros I e II).

Tabela 6.1 — Comparação dos diâmetros obtidos pelos dois métodos de


dimensionamento: manual e automatizado
(Continua)

Dimensionamento Manual Dimensionamento Hydros


Informação
Diâmetro Diâmetro I Diâmetro II
Trecho Trecho
(mm) (mm) (mm)
Barr. / Reserv. TQ1 - A 60 TQ1 - A 50 85
Barr. / Reserv. A - H4/5 60 A - H4/5 40 85
Barr. / Reserv. A-B 60 A-B 40 85
Barr. / Reserv. B - H1/2/3 60 B - H1/2/3 40 85
Barr. / Reserv. TQ2 - B 60 TQ2 - B 50 85
Barr. / Cobert. H1/2/3 - 23 40 H1/2/3 - 23 40 40
Barr. / Cobert. 23 - 24 40 23 - 24 32 40
Barr. / Cobert. 24 - 14 40 24 - 14 32 40
Barr. / Cobert. 14 - 13 40 14 - 13 32 40
Barr. / Cobert. 13 - 12 40 13 - 12 25 40
Barr. / Cobert. 12 - 11 40 12 - 11 25 40
Barr. / Cobert. H1/2/3 - 22 40 H1/2/3 - 22 40 40
Barr. / Cobert. 22 - 21 40 22 - 21 32 40
Barr. / Cobert. 21 - 34 40 21 - 34 32 40
Barr. / Cobert. 34 - 33 40 34 - 33 32 40
Barr. / Cobert. 33 - 32 40 33 - 32 25 40
Barr. / Cobert. 32 - 31 32 32 - 31 25 40
62

(Continuação)

Dimensionamento Manual Dimensionamento Hydros


Informação
Diâmetro Diâmetro I Diâmetro II
Trecho Trecho
(mm) (mm) (mm)
Barr. / Cobert. 11 - CAF 11A 32 11 - AF 11 25 32
Barr. / Cobert. CAF 11A - CAF 11B 32 AF 11 - AF 15 20 32
Barr. / Cobert. 12 - CAF 12A 32 12 - AF 12 25 32
Barr. / Cobert. CAF 12A - CAF 12B 32 AF 12 - AF 16 20 32
Barr. / Cobert. 13 - CAF 13A 32 13 - AF 13 25 32
Barr. / Cobert. CAF 13A - CAF 13B 32 AF 13 - AF 17 20 32
Barr. / Cobert. 14 - CAF 14A 32 14 - AF 14 25 32
Barr. / Cobert. CAF 14A - CAF14B 32 AF 14 - AF 18 20 32
Barr. / Cobert. 21 - CAF 21A 32 21 - AF 21 25 32
Barr. / Cobert. CAF 21A - CAF 21B 32 AF 21 - AF 25 20 32
Barr. / Cobert. 22 - CAF 22A 32 22 - AF 22 25 32
Barr. / Cobert. CAF 22A - CAF 22B 32 AF 22 - AF 26 20 32
Barr. / Cobert. 23 - CAF 23A 32 23 - AF 23 25 32
Barr. / Cobert. CAF 23A - CAF 23B 32 AF 23 - AF 27 20 32
Barr. / Cobert. 24 - CAF 24A 32 24 - AF 24 25 32
Barr. / Cobert. CAF 24A - CAF 24B 32 AF 24 - AF 28 20 32
Barr. / Cobert. 31 - C31 32 31 - C31 25 32
Barr. / Cobert. C31 - CAF 31A 32 C31 - AF 31 25 32
Barr. / Cobert. C31 - CAF 31B 32 C31 - AF 35 20 32
Barr. / Cobert. 32 - C32 32 32 - C32 25 32
Barr. / Cobert. C32 - CAF 32A 32 C32 - AF 32 25 32
Barr. / Cobert. C32 - CAF 32B 32 C32 - AF 36 20 32
Barr. / Cobert. 33 - C33 32 33 - C33 25 32
Barr. / Cobert. C33 - CAF 33A 32 C33 - AF 33 25 32
Barr. / Cobert. C33 - CAF 33B 32 C33 - AF 37 20 32
Barr. / Cobert. 34 - C34 32 34 - C34 25 32
Barr. / Cobert. C34 - CAF 34A 32 C34 - AF 34 25 32
Barr. / Cobert. C34 - CAF 34B 32 C34 - AF 38 20 32
Barr. / Cobert. H4/5 - 44 40 H4/5 - 44 32 40
Barr. / Cobert. 44 - 43 40 44 - 43 32 40
Barr. / Cobert. 43 - 42 40 43 - 42 25 40
Barr. / Cobert. 42 - 41 40 42 - 41 25 40
Barr. / Cobert. 41 - CAF 41A 32 41 - AF 41 25 32
Barr. / Cobert. CAF 41A - CAF 41B 32 AF 41 - AF45 20 20
Barr. / Cobert. 42 - CAF 42A 32 42 - AF 42 25 32
Barr. / Cobert. CAF 42A - CAF 42B 32 AF 42 - AF 46 20 20
Barr. / Cobert. 43 - CAF 43A 32 43 - AF 43 25 32
Barr. / Cobert. CAF 43A - CAF 43B 32 AF 43 - AF 47 20 32
Barr. / Cobert. 44 - CAF 44A 32 44 - AF 44 25 32
Barr. / Cobert. CAF44A - CAF44B 32 AF 44 - AF 48 20 32
Barr. / Cobert. H4/5 - 54 40 H4/5 - 54 32 40
Barr. / Cobert. 54 - 53 40 54 - 53 32 40
63

(Continuação)

Dimensionamento Manual Dimensionamento Hydros


Informação
Diâmetro Diâmetro I Diâmetro II
Trecho Trecho
(mm) (mm) (mm)
Barr. / Cobert. 53 - 52 40 53 - 52 25 40
Barr. / Cobert. 52 - 51 40 52 - 51 25 40
Barr. / Cobert. 51 - CAF 51A 32 51 - AF 51 25 32
Barr. / Cobert. CAF 51A - CAF 51B 32 AF 51 - AF 55 20 32
Barr. / Cobert. 52 - CAF 52A 32 52 - AF 52 25 32
Barr. / Cobert. CAF 52A - CAF 52B 32 AF 52 - AF 56 20 32
Barr. / Cobert. 53 - CAF 53A 32 53 - AF 53 25 32
Barr. / Cobert. CAF 53A - CAF 53B 32 AF 53 - AF 57 20 32
Barr. / Cobert. 54 - CAF 54A 32 54 - AF 54 25 -
54 - AF 58 - 32
Barr. / Cobert. CAF 54A - CAF 54B 32 AF 54 -AF AF 58 20 -
AF 58 - AF54 - 32
Coluna CAF 11A 25 AF 11 25 25
Coluna CAF 11 B 20 AF 15 20 20
Coluna CAF 12A 25 AF 12 25 25
Coluna CAF 12B 20 AF 16 20 20
Coluna CAF 13A 25 AF 13 25 25
Coluna CAF 13B 20 AF 17 20 20
Coluna CAF 14A 25 AF 14 25 32
Coluna CAF 14B 20 AF 18 20 32
Coluna CAF 21A 25 AF 21 25 25
Coluna CAF 21B 20 AF 25 20 20
Coluna CAF 22A 25 AF 22 25 25
Coluna CAF 22B 20 AF 26 20 20
Coluna CAF 23A 25 AF 23 25 25
Coluna CAF 23B 20 AF 27 20 20
Coluna CAF 24A 25 AF 24 25 32
Coluna CAF 24B 20 AF 28 20 32
Coluna CAF 31A 25 AF 31 25 25
Coluna CAF 31B 20 AF 35 20 20
Coluna CAF 32A 25 AF 32 25 25
Coluna CAF 32B 20 AF 36 20 20
Coluna CAF 33A 25 AF 33 25 25
Coluna CAF 33B 20 AF 37 20 20
Coluna CAF 34A 25 AF 34 25 32
Coluna CAF 34B 20 AF 38 20 32
Coluna CAF 41A 25 AF 41 25 25
Coluna CAF 41B 20 AF 45 20 20
Coluna CAF 42A 25 AF 42 25 25
Coluna CAF 42B 20 AF 46 20 20
Coluna CAF 43A 25 AF 43 25 25
64

(Continuação)

Dimensionamento Manual Dimensionamento Hydros


Informação
Diâmetro Diâmetro I Diâmetro II
Trecho Trecho
(mm) (mm) (mm)
Coluna CAF 43B 20 AF 47 20 20
Coluna CAF 44A 25 AF 44 25 25
Coluna CAF 44B 20 AF 48 20 32
Coluna CAF 51A 25 AF 51 25 25
Coluna CAF 51B 20 AF 55 20 20
Coluna CAF 52A 25 AF 52 25 25
Coluna CAF 52B 20 AF 56 20 20
Coluna CAF 53A 25 AF 53 25 25
Coluna CAF 53B 20 AF 57 20 20
Coluna CAF 54A 25 AF 54 25 32
Coluna CAF 54B 20 AF 58 20 32
COZINHA PADRÃO - Aptos: 101 - 105, 201 - 205, 301 - 305 e 404
Coluna CAF A - RG 25 AF X4 - RG 25 25
Ramal RG - Entr.TQ 25 RG - Entr.TLR 25 25
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 25 Entr.TLR - TLR 25 25
Ramal Entr.TQ - LR 25 Entr.TLR - MLR 25 25
Ramal LR - PI 25 MLR - PIA 25 25
Sub-ramal PI - LL 25 PIA - Saída 25 25
BANHEIRO PADRÃO - Aptos: 101 - 105, 201 - 205, 301 - 305
Coluna CAF B - RG 20 AF X8 - RG 20 20
Ramal RG - Entr.CH 20 RG - Entr.CH 20 20
Sub-ramal Entr. CH - CH 20 Entr. CH - CH 20 20
Ramal Entr.CH - Entr.BS 20 Entr.CH-Entr.VS 20 20
Sub-ramal Entr.BS - BS 20 Entr.VS - VS 20 20
Sub-ramal Entr.BS - LV 20 Entr.VS - LV 20 20
Cozinha 4° pavimento - 401, 402
Tipo 3 / Coluna CAF A - RG 25 AF 14 - RG 25 32
Tipo 3 / Ramal RG - Entr.TQ 25 RG - Entr.TLR 25 32
Tipo 3 / Sub-ramal Entr.TQ - TQ 25 Entr.TLR - TLR 25 25
Tipo 3 / Ramal Entr.TQ - LR 25 Entr.TLR - MLR 25 32
Tipo 3 / Ramal LR - PI 25 MLR - PIA 25 32
Tipo 3 / Sub-ramal PI - LL 25 PIA - Saída 25 25
Cozinha 4° pavimento - 403 e 405
Tipo 3 / Coluna CAF 14A - RG 25 AF 14 - RG 25 32
Tipo 3 / Ramal RG - Entr.TQ 25 RG - Entr.TLR 25 25
Tipo 3 / Sub-ramal Entr.TQ - TQ 25 Entr.TLR - TLR 25 25
Tipo 3 / Ramal Entr.TQ - LR 25 Entr.TLR - MLR 25 25
Tipo 3 / Ramal LR - PI 25 MLR - PIA 25 25
Tipo 3 / Sub-ramal PI - LL 25 PIA - Saída 25 25
Banheiros 4° pavimento: 401 - 405
Tipo 3 / Coluna CAF B - RG 20 AF X8 - RG 20 32
65

(Conclusão)

Dimensionamento Manual Dimensionamento Hydros


Informação
Diâmetro Diâmetro I Diâmetro II
Trecho Trecho
(mm) (mm) (mm)
Tipo 3 / Ramal RG - Entr.CH 20 RG - Entr.CH 20 32
Entr. CH- RG CH - 32
Tipo 3 / Sub-ramal Entr. CH - CH 20 RG CH - CH 20 25
Tipo 3 / Ramal Entr.CH - Entr.BS 20 Entr.CH- Entr.VS 20 20
Tipo 3 / Sub-ramal Entr.BS - BS 20 Entr.VS - VS 20 20
Tipo 3 / Sub-ramal Entr.BS - LV 20 Entr.VS - LV 20 20

Retomando o objetivo geral deste trabalho, que era: “dimensionar um edifício


modelo típico manualmente (diga-se para a forma convencional de elaboração do
projeto) e no software AltoQi Hydros V4 para posterior comparação entre os
resultados obtidos quanto ao diâmetro das tubulações e o tempo necessário em
cada método, tal como as diferenças e vantagens de cada técnica”, são
apresentadas algumas discussões.
Em princípio, os diâmetros menores gerados pelo programa deram a ideia de
que esse seria um método que resultaria em menor custo, posto que o traçado era o
mesmo, o que é possível verificar analisando as colunas “Di metro” e “Di metro I”
da Tabela 6.1. O resultado final do dimensionamento do Hydros está na coluna
“Di metro II” com valores de Φ robustos no pavimento do reservatório, antes do
cavalete de hidrômetros (todos com 32 mm, assim como no método manual). No
momento da definição dos novos diâmetros que atenderiam ao quesito da pressão
insuficiente apontado pelo Programa na verificação estrutural, os limites
estabelecidos foram os diâmetros dos hidrômetros e os diâmetros dos registros dos
banheiros do 4° pavimento, com no máximo 32mm, assim como o registro do
chuveiro que não deveria passar de 25mm. Considerando que a pressão continuou
insuficiente, foi alterado o nível mínimo de água no reservatório, que passou de
90cm para 120cm; mesmo assim não elevou o suficiente a pressão necessitando,
portanto, da alteração do traçado do barrilete dos apartamentos 402 e 405.
Inicialmente, o barrilete partia do cavalete dos hidrômetros até o topo das
colunas localizadas no shaft das áreas de serviço dessas dependências, derivando
posteriormente até o topo das colunas localizadas no banheiro. A alteração do
traçado fez com que o barrilete das colunas AF 54 e AF 58 invertessem esse
66

sentido, encurtando a distância e levando até os chuveiros dos apartamentos 402 e


405 uma pressão maior, alcançando o mínimo necessário para o funcionamento
desses aparelhos.
O Método Manual demandou um maior tempo para realização do traçado. O
desenho foi realizado em planta-baixa, o que nem sempre possibilitou uma
visualização efetiva de onde deveria ser feito o traçado e foi necessário consultar as
plantas de corte para compreensão do projeto e estas também estavam em 2D.
Outra etapa que demandou tempo considerável, foi a montagem da planilha
eletrônica que ficou implementada com funções que sinalizavam a falta de pressão
nos trechos, e contou, também, com uma parte que permitia saber quais e que
quantidade de peças de utilização estavam no trecho analisado. Programar a
planilha dessa forma tomou tempo, mas permitiu que enquanto os diâmetros fossem
testados não houvesse necessidade de levantamento dos pesos relativos para
novos valores, o que diminuiu muito a etapa de determinação dos diâmetros que
foram utilizados. A geração dos desenhos isométricos demandou tempo e atenção
porque o traçado é fixo, e deve ser realizado de um ângulo favorável para a
representação da tubulação. Somente após finalizado o traçado foi possível medir
trecho a trecho da canalização para calcular as perdas de carga, o que mostrou-se,
também, uma tarefa morosa.
O dimensionamento no Hydros V4 apresentou muitas vantagens a exemplo
do traçado da tubulação, que é feito em 3D, o próprio programa contabiliza os
comprimentos e determinadas as peças; considera as perdas de carga geradas pela
sua utilização, o que avalia-se como uma de suas características mais fortes.
Destaca-se que o programa dimensiona enquanto o traçado é realizado, e
pode ser visto pelo ângulo que for mais conveniente para o usuário. Durante a etapa
de inserção das canalizações, o desenho tridimensional amplia a compreensão do
projeto, levantando a possibilidade de um traçado mais enxuto, assim como
alimentaria primeiro os banheiros e depois cozinhas e áreas de serviço.
O dimensionamento pelo software também apresentou algumas
desvantagens, uma vez que não atendeu às exigências de pressão quando do
cálculo do diâmetro da tubulação. Destaca-se que o Programa denuncia essa falha,
mas não sugere qual a solução mais adequada, a qual precisa ser encontrada
através de diversas “testagens” feitas pelo usuário, valendo-se de sua habilidade,
conhecimento técnico e experiência. Tem-se que o problema de pressão insuficiente
67

pode ser solucionado não somente pela alteração do diâmetro, mas também do
traçado e do nível de água no reservatório e talvez por essa diversidade de soluções
o Hydros não indique uma.
Outro problema relevante diz respeito à dificuldade de manter a cota correta
durante o traçado. O Programa inicia com uma cota padrão de 280 cm que se altera
conforme as mudanças das alturas da tubulação são informadas pelo projetista.
Entretanto, em muitas situações a cota indicada pelo Programa mostrou-se
inconsistente, podendo chegar, em alguns momentos, a valores negativos. Quando
isso aconteceu, neste trabalho, a solução encontrada foi fechar o arquivo sem salvar
as alterações uma vez que “voltar” às etapas anteriores não alteraria a cota vigente.
Dessa forma, para cada alteração significativa, foi feita uma cópia, criando-se
uma série de arquivos temporários até que a versão definitiva de uma etapa fosse
concluída. Esse contratempo pode ser explicado tendo em vista a inexperiência do
usuário (a autora deste trabalho, neste caso) ou a alguma configuração ou ainda ser
característico do Programa.
Conforme referido nesse trabalho, as ferramentas disponíveis no Hydros de
“copiar” e “rotacionar” funcionaram, mas geraram um resultado em uma cota não
confiável dentro do software levando ao traçado integral do pavimento, o que
aumentou o tempo de projeto.
Os dois métodos (manual e automatizado) possuem praticamente o mesmo
traçado, no entanto, o resultado dos diâmetros no Hydros foram maiores e, portanto,
de maior custo. É interessante mencionar que o desenvolvimento do cálculo é
diferente em cada método. Enquanto o dimensionamento manual começou pelo
detalhamento do reservatório superior, definindo os diâmetros pela pressão que
estava disponível, no Hydros é possível o cálculo inverso.
No software, ainda que o traçado esteja incompleto, é possível verificar as
pressões e diâmetros; isto é realizado considerando-se como ponto de partida o
princípio da tubulação traçada Por exemplo, no esboço de um banheiro, iniciando o
traçado pela CAF até os sub-ramais, o ponto considerado na verificação seria o
início da coluna, ou seja, a altura do pé-direito do andar. Isso é, portanto, apenas
uma informação preliminar e que deve ser verificada novamente assim que a
tubulação esteja ligada ao reservatório.
Todas essas dificuldades, somadas, como mencionado, à inexperiência do
usuário iniciante, aumentaram o tempo de projeto no Programa computacional
68

chegando a um total de 15 horas gastos com o projeto, o que, comparativamente às


47 horas utilizadas no dimensionamento convencional, é um tempo
consideravelmente menor.
69

7 CONCLUSÕES

Em síntese, as principais conclusões deste trabalho são:


Os dois métodos possuem praticamente o mesmo traçado, no entanto,
o resultado dos diâmetros no Hydros foram maiores e, portanto, de
maior custo;
O desenvolvimento do cálculo é diferente em cada método. Enquanto o
dimensionamento manual começou pelo detalhamento do reservatório
superior, definindo os diâmetros pela pressão que estava disponível,
no Hydros é possível o cálculo inverso.
O tempo para dimensionamento com o Programa computacional é
consideravelmente menor: o projeto com o software foi realizado em 15
horas, enquanto o dimensionamento convencional teve um total de 47
horas;

Comparativamente, os dois métodos apresentam benefícios e inconvenientes,


como os descritos a seguir.
As principais vantagens do dimensionamento no Hydros V4 foram:
a) o programa dimensiona enquanto o traçado é realizado;
b) durante a etapa de inserção das canalizações, o desenho
tridimensional amplia a compreensão do projeto;
c) próprio programa contabiliza os comprimentos dos tubos e
determinadas as peças de utilização;
d) calcula as perdas de carga geradas – sempre de acordo com a
normatização;

O dimensionamento com o software ofereceu também desvantagens:


a) apesar de listar, na verificação global, todos os problemas de
subpressões, o programa não sugere qual a solução mais
adequada, levando o usuário a realização de diversas testagens até
que nenhum erro seja encontrado;
70

b) outro problema relevante diz respeito à dificuldade de manter a cota


correta durante o traçado da tubulação;

Dentre as adversidades do Método Manual estão, além das


mencionadas, maior tempo para realização do desenho, o fato de que
o traçado em 2D nem sempre possibilitou a visualização efetiva de
onde deveria ser feito;

Apesar de o Hydros incorporar desenho e dimensionamento, a adesão ao


programa não é unânime. Dentre as motivações pode-se citar o fato de ser um
software pago. A empresa disponibiliza cursos e consultorias que aceleram a
capacitação do usuário, mas que também tem custos. Apesar dos contratempos
finais de modificação do traçado, o software representa um método eficiente e
mais vantajoso para o projetista: é possível saber as condições de qualquer
ponto da rede, quanto à velocidade e pressão, por exemplo, acionando um
comando. A lista de materiais é atualizada conforme são inseridas alterações,
bem como as plantas podem ser geradas de qualquer ângulo sem a necessidade
de um novo traçado.
71

8 BIBLIOGRAFIA

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5626:


Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998.

______. NBR 7229: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques


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______. NBR 8193: Hidrômetro taquimétrico para água fria até 15,0 m³/h de vazão
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______. NBR NM 212: Medidores velocimétricos de água potável fria até 15 m³/h.
Rio de Janeiro. 1999 / Versão Corrigida: 2002.

AL Colusso Engenharia. Projeto Arquitetônico do Edifício Modelo. Santa Maria,


2014.

BELINAZO, H. J. Dimensionamento das tubulações nas instalações prediais de


água através do uso do computador. Santa Maria: Cadernos Didáticos nº 06.
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CARVALHO JÚNIOR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. 4. ed.


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DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS-RS; ECOPLAN ENGENHARIA.


Plano Estadual de Recursos Hídricos. Relatório Síntese da Fase A - RSA:
Diagnóstico e prognóstico das bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul.
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PERINI, V. Integração de projetos com o uso de ferramentas computacionais.


2003. 87 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Engenharia Civil) —
Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2003.

TASSI, R. Instalações prediais de água fria. 2010. 138 f. Notas de aula.

TIGRE S. A. M294 Manual técnico Tigre. 5. ed. Joinville, 2013.

VIANNA, M. R. Instalações hidráulicas prediais. 2. ed. Belo Horizonte, 1998.


72

ANEXOS

ANEXOS
73

Anexo A— Barrilete com nomes nos nós para dimensionamento.


74

Anexo B— Planilha de Projeto com dados do Dimensionamento Manual das Tubulações


Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Barrilete TQ1 - A 82,00 2,72 60 0,96 0,02 0,90 0,90 0,21 8,40 0,00 0,15 0,15 0,75 0,50
Barrilete A - H4/5 32,80 1,72 60 0,61 0,01 0,80 1,55 1,45 11,00 0,01 0,09 0,10 1,45 0,50
Barrilete A-B 49,20 2,10 60 0,74 0,01 0,00 0,75 0,19 7,60 0,00 0,09 0,09 0,66 0,50
Barrilete B - H1/2/3 49,20 2,10 60 0,74 0,01 0,80 1,46 1,04 11,00 0,01 0,13 0,14 1,32 0,50
Barrilete TQ2 - B 82,00 2,72 60 0,96 0,02 0,90 0,90 0,13 8,40 0,00 0,15 0,15 0,75 0,50
Barrilete B - H1/2/3 49,20 2,10 60 0,74 0,01 0,80 1,55 1,04 11,00 0,01 0,13 0,14 1,41 0,50
Barrilete B-A 32,80 1,72 60 0,61 0,01 0,00 0,75 0,19 7,60 0,00 0,06 0,06 0,69 0,50
Barrilete A - H4/5 32,80 1,72 60 0,61 0,01 0,80 1,49 1,45 11,00 0,01 0,09 0,10 1,39 0,50
Barrilete H1/2/3 - 23 24,60 1,49 40 1,18 0,04 0,00 1,32 0,10 1,50 0,00 0,06 0,07 1,25 0,50
Barrilete 23 - 24 20,50 1,36 40 1,08 0,04 0,00 1,25 0,10 1,50 0,00 0,05 0,06 1,20 0,50
Barrilete 24 - 14 16,40 1,21 40 0,97 0,03 0,00 1,20 0,10 1,50 0,00 0,04 0,05 1,15 0,50
Barrilete 14 - 13 12,30 1,05 40 0,84 0,02 0,00 1,15 0,10 1,50 0,00 0,03 0,04 1,11 0,50
Barrilete 13 - 12 8,20 0,86 40 0,68 0,02 0,00 1,11 0,10 1,50 0,00 0,02 0,03 1,08 0,50
Barrilete 12 - 11 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,08 0,10 2,00 0,00 0,02 0,02 1,07 0,50
Barrilete H1/2/3 - 22 24,60 1,49 40 1,18 0,04 0,00 1,32 0,10 1,50 0,00 0,06 0,07 1,25 0,50
Barrilete 22 - 21 20,50 1,36 40 1,08 0,04 0,00 1,25 0,10 1,50 0,00 0,05 0,06 1,20 0,50
Barrilete 21 - 34 16,40 1,21 40 0,97 0,03 0,00 1,20 0,10 1,50 0,00 0,04 0,05 1,15 0,50
Barrilete 34 - 33 12,30 1,05 40 0,84 0,02 0,00 1,15 0,10 1,50 0,00 0,03 0,04 1,11 0,50
Barrilete 33 - 32 8,20 0,86 40 0,68 0,02 0,00 1,11 0,10 1,50 0,00 0,02 0,03 1,08 0,50
Barrilete 32 - 31 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,08 0,10 2,00 0,00 0,02 0,02 1,07 0,50
Barrilete 11 - CAF 11A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,57 6,25 20,70 0,16 0,53 0,69 0,88 0,50
Barrilete CAF 11A - CAF 11B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,88 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,85 0,50
Barrilete 12 - CAF 12A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,58 6,35 22,20 0,16 0,57 0,73 0,85 0,50
Barrilete CAF 12A - CAF 12B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,85 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,83 0,50
Barrilete 13 - CAF 13A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,61 6,45 22,20 0,17 0,57 0,73 0,88 0,50
Barrilete CAF 13A - CAF 13B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,88 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,85 0,50
Barrilete 14 - CAF 14A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,65 6,55 22,20 0,17 0,57 0,74 0,91 0,50
Barrilete CAF 14A - CAF14B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,91 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,89 0,50
Barrilete 21 - CAF 21A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,70 14,54 23,70 0,37 0,61 0,98 0,72 0,50
Barrilete CAF 21A - CAF 21B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,72 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,69 0,50
Barrilete 22 - CAF 22A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,75 14,64 25,20 0,37 0,65 1,02 0,73 0,50
Barrilete CAF 22A - CAF 22B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,73 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,71 0,50
Barrilete 23 - CAF 23A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,75 14,74 25,20 0,38 0,65 1,02 0,73 0,50
Barrilete CAF 23A - CAF 23B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,73 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,71 0,50
Barrilete 24 - CAF 24A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,70 14,84 25,20 0,38 0,65 1,02 0,67 0,50
Barrilete CAF 24A - CAF 24B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,67 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,65 0,50
75

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Barrilete 31 - C31 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,57 8,44 19,20 0,22 0,49 0,71 0,86 0,50
Barrilete C31 - CAF 31A 3,40 0,55 32 0,69 0,02 0,00 0,86 2,18 1,50 0,05 0,03 0,08 0,78 0,50
Barrilete C31 - CAF 31B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,86 6,01 1,50 0,03 0,01 0,04 0,82 0,50
Barrilete 32 - C32 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,58 8,44 19,20 0,22 0,49 0,71 0,88 0,50
Barrilete C32 - CAF 32A 3,40 0,55 32 0,69 0,02 0,00 0,88 2,18 1,50 0,05 0,03 0,08 0,80 0,50
Barrilete C32 - CAF 32B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,88 6,01 1,50 0,03 0,01 0,04 0,84 0,50
Barrilete 33 - C33 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,61 8,44 19,20 0,22 0,49 0,71 0,90 0,50
Barrilete C33 - CAF 33A 3,40 0,55 32 0,69 0,02 0,00 0,90 2,18 1,50 0,05 0,03 0,08 0,82 0,50
Barrilete C33 - CAF 33B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,90 6,01 1,50 0,03 0,01 0,04 0,86 0,50
Barrilete 34 - C34 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,65 8,44 19,20 0,22 0,49 0,71 0,94 0,50
Barrilete C34 - CAF 34A 3,40 0,55 32 0,69 0,02 0,00 0,94 2,18 1,50 0,05 0,03 0,08 0,86 0,50
Barrilete C34 - CAF 34B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,94 6,01 1,50 0,03 0,01 0,04 0,90 0,50
Barrilete H4/5 - 44 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,39 0,10 1,50 0,00 0,01 0,01 1,37 0,50
Barrilete 44 - 43 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,37 0,10 1,50 0,00 0,01 0,01 1,36 0,50
Barrilete 43 - 42 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,36 0,10 1,50 0,00 0,01 0,01 1,34 0,50
Barrilete 42 - 41 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,34 0,10 2,00 0,00 0,02 0,02 1,33 0,50
Barrilete 41 - CAF 41A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,83 3,72 20,70 0,10 0,53 0,63 1,20 0,50
Barrilete CAF 41A - CAF 41B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 1,20 5,76 1,50 0,03 0,01 0,04 1,16 0,50
Barrilete 42 - CAF 42A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,84 3,72 20,70 0,10 0,53 0,63 1,22 0,50
Barrilete CAF 42A - CAF 42B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 1,22 5,76 1,50 0,03 0,01 0,04 1,18 0,50
Barrilete 43 - CAF 43A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,86 3,72 20,70 0,10 0,53 0,63 1,23 0,50
Barrilete CAF 43A - CAF 43B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 1,23 5,76 1,50 0,03 0,01 0,04 1,19 0,50
Barrilete 44 - CAF 44A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,87 3,72 20,70 0,10 0,53 0,63 1,25 0,50
Barrilete CAF44A - CAF44B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 1,25 5,76 1,50 0,03 0,01 0,04 1,21 0,50
Barrilete H4/5 - 54 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,39 0,10 1,50 0,00 0,01 0,01 1,37 0,50
Barrilete 54 - 53 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,37 0,10 1,50 0,00 0,01 0,01 1,36 0,50
Barrilete 53 - 52 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,36 0,10 1,50 0,00 0,01 0,01 1,34 0,50
Barrilete 52 - 51 4,10 0,61 40 0,48 0,01 0,00 1,34 0,10 2,00 0,00 0,02 0,02 1,33 0,50
Barrilete 51 - CAF 51A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,83 15,92 22,20 0,41 0,57 0,98 0,85 0,50
Barrilete CAF 51A - CAF 51B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,85 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,82 0,50
Barrilete 52 - CAF 52A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,84 15,92 22,20 0,41 0,57 0,98 0,87 0,50
Barrilete CAF 52A - CAF 52B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,87 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,84 0,50
Barrilete 53 - CAF 53A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,86 15,92 22,20 0,41 0,57 0,98 0,88 0,50
Barrilete CAF 53A - CAF 53B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,88 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,86 0,50
Barrilete 54 - CAF 54A 4,10 0,61 32 0,76 0,03 0,50 1,87 15,92 22,20 0,41 0,57 0,98 0,90 0,50
Barrilete CAF 54A - CAF 54B 0,70 0,25 32 0,31 0,01 0,00 0,90 3,16 1,50 0,02 0,01 0,03 0,87 0,50
Apartamentos Final 01
Coluna CAF 14A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,95 1,86 1,09 2,60 0,08 0,18 0,26 1,60 0,50
76

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 2,25 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 2,15 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 2,15 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 2,13 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 2,20 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 2,06 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 2,06 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 1,95 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 2,45 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 2,38 1,00
Coluna CAF 14B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,95 1,84 1,09 2,30 0,06 0,12 0,17 1,66 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 2,36 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 2,29 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 1,19 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 1,16 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 2,79 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 2,66 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 3,06 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 3,02 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 2,66 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 2,62 1,00
Coluna CAF 13A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 3,70 4,58 3,84 2,60 0,27 0,18 0,45 4,13 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 4,78 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 4,67 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 4,67 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 4,65 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 4,72 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 4,58 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 4,58 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 4,47 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 4,97 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 4,90 1,00
Coluna CAF 13B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 3,70 4,55 3,84 2,30 0,20 0,12 0,31 4,24 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 4,94 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 4,87 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 3,77 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 3,73 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 5,37 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 5,23 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 5,63 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 5,60 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 5,23 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 5,19 1,00
Coluna CAF 12A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 6,45 7,30 6,59 2,60 0,46 0,18 0,65 6,66 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 7,31 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 7,21 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 7,21 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 7,18 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 7,26 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 7,11 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 7,11 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 7,00 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 7,50 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 7,43 1,00
Coluna CAF 12B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 6,45 7,28 6,59 2,30 0,33 0,12 0,45 6,83 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 7,53 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 7,46 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 6,36 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 6,32 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 7,96 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 7,82 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 8,22 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 8,19 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 7,82 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 7,78 1,00
Coluna CAF 11A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 9,20 10,57 9,34 2,60 0,66 0,18 0,84 9,73 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 10,38 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 10,28 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 10,28 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 10,26 1,00
77

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 10,33 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 10,19 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 10,19 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 10,08 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 10,58 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 10,51 1,00
Coluna CAF 11B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 9,20 10,56 9,34 2,30 0,47 0,12 0,59 9,97 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 10,67 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 10,60 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 9,50 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 9,46 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 11,10 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 10,96 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 11,36 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 11,33 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 10,96 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 10,92 1,00
Apartamentos Final 02
Coluna CAF 24A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,95 1,62 1,09 2,60 0,08 0,18 0,26 1,36 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 2,01 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 1,91 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 1,91 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 1,88 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 1,96 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 1,82 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 1,82 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 1,71 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 2,21 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 2,13 1,00
Coluna CAF 24B - RG 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,95 1,60 1,09 2,60 0,02 0,05 0,06 1,53 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 2,23 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 2,16 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 1,06 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 1,02 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 2,66 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 2,53 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 2,93 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 2,89 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 2,53 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 2,48 1,00
Coluna CAF 23A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 3,70 4,43 3,84 2,60 0,27 0,18 0,45 3,98 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 4,63 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 4,53 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 4,53 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 4,50 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 4,58 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 4,43 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 4,43 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 4,32 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 4,82 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 4,75 1,00
Coluna CAF 23B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 3,70 4,41 3,84 2,30 0,20 0,12 0,31 4,09 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 4,79 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 4,72 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 3,62 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 3,59 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 5,22 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 5,09 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 5,49 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 5,45 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 5,09 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 5,05 1,00
Coluna CAF 22A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 6,45 7,18 6,59 2,60 0,46 0,18 0,65 6,54 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 7,19 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 7,09 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 7,09 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 7,06 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 7,14 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 6,99 1,00
78

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 6,99 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 6,88 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 7,38 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 7,31 1,00
Coluna CAF 22B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 6,45 7,16 6,59 2,30 0,33 0,12 0,45 6,71 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 7,41 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 7,34 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 6,24 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 6,20 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 7,84 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 7,70 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 8,10 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 8,07 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 7,70 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 7,66 1,00
Coluna CAF 21A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 9,20 9,92 9,34 2,60 0,66 0,18 0,84 9,08 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 9,73 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 9,63 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 9,63 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 9,60 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 9,68 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 9,53 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 9,53 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 9,42 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 9,92 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 9,85 1,00
Coluna CAF 21B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 9,20 9,89 9,34 2,30 0,47 0,12 0,59 9,30 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 10,00 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 9,93 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 8,83 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 8,79 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 10,43 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 10,29 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 10,69 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 10,66 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 10,29 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 10,25 1,00
Apartamentos Final 03
Coluna CAF 34A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,95 1,81 1,09 2,60 0,08 0,18 0,26 1,55 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 2,20 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 2,10 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 2,10 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 2,07 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 2,15 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 2,00 1,00
Ramal LR - Entr.LL 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 2,00 2,90 0,80 0,11 0,03 0,14 1,86 0,50
Sub-ramal Entr.LL - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 2,36 0,50 1,20 0,01 0,03 0,04 2,32 1,00
Sub-ramal Entr.LL - PI 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 1,86 0,15 1,20 0,00 0,02 0,02 1,84 1,00
Coluna CAF 34B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,95 1,85 1,09 2,30 0,06 0,12 0,17 1,68 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 2,38 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 2,31 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 1,21 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 1,17 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 2,81 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 2,67 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 3,07 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 3,04 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 2,67 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 2,63 1,00
Coluna CAF 33A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 3,70 4,52 3,84 2,60 0,27 0,18 0,45 4,07 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 4,72 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 4,62 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 4,62 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 4,59 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 4,67 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 4,52 1,00
79

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Ramal LR - Entr.LL 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 4,52 2,90 0,80 0,11 0,03 0,14 4,38 0,50
Sub-ramal Entr.LL - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 4,88 0,50 1,20 0,01 0,03 0,04 4,84 1,00
Sub-ramal Entr.LL - PI 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 4,38 0,15 1,20 0,00 0,02 0,02 4,36 1,00
Coluna CAF 33B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 3,70 4,56 3,84 2,30 0,20 0,12 0,31 4,25 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 4,95 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 4,88 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 3,78 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 3,74 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 5,38 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 5,25 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 5,65 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 5,61 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 5,25 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 5,20 1,00
Coluna CAF 32A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 6,45 7,25 6,59 2,60 0,46 0,18 0,65 6,60 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 7,25 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 7,15 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 7,15 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 7,13 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 7,20 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 7,06 1,00
Ramal LR - Entr.LL 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 7,06 2,90 0,80 0,11 0,03 0,14 6,91 0,50
Sub-ramal Entr.LL - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 7,41 0,50 1,20 0,01 0,03 0,04 7,37 1,00
Sub-ramal Entr.LL - PI 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 6,91 0,15 1,20 0,00 0,02 0,02 6,89 1,00
Coluna CAF 32B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 6,45 7,29 6,59 2,30 0,33 0,12 0,45 6,83 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 7,53 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 7,46 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 6,36 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 6,33 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 7,96 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 7,83 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 8,23 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 8,19 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 7,83 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 7,79 1,00
Coluna CAF 31A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 9,20 9,98 9,34 2,60 0,66 0,18 0,84 9,14 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 9,79 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 9,69 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 9,69 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 9,66 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 9,74 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 9,59 1,00
Ramal LR - Entr.LL 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 9,59 2,90 0,80 0,11 0,03 0,14 9,45 0,50
Sub-ramal Entr.LL - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 9,95 0,50 1,20 0,01 0,03 0,04 9,91 1,00
Sub-ramal Entr.LL - PI 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 9,45 0,15 1,20 0,00 0,02 0,02 9,43 1,00
Coluna CAF 31B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 9,20 10,02 9,34 2,30 0,47 0,12 0,59 9,43 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 10,13 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 10,05 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 8,95 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 8,92 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 10,55 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 10,42 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 10,82 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 10,78 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 10,42 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 10,38 1,00
Apartamentos Final 04
Coluna CAF 44A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,95 2,20 1,09 2,60 0,08 0,18 0,26 1,94 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 2,59 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 2,49 0,50
80

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 2,49 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 2,46 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 2,54 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 2,39 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 2,39 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 2,28 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 2,78 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 2,71 1,00
Coluna CAF 44B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,95 2,16 1,09 2,30 0,06 0,12 0,17 1,99 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 2,69 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 2,61 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 1,51 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 1,48 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 3,11 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 2,98 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 3,38 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 3,34 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 2,98 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 2,94 1,00
Coluna CAF 43A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 3,70 4,93 3,84 2,60 0,27 0,18 0,45 4,48 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 5,13 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 5,03 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 5,03 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 5,00 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 5,08 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 4,94 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 4,94 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 4,83 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 5,33 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 5,25 1,00
Coluna CAF 43B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 3,70 4,89 3,84 2,30 0,20 0,12 0,31 4,58 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 5,28 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 5,21 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 4,11 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 4,07 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 5,71 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 5,58 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 5,98 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 5,94 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 5,58 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 5,53 1,00
Coluna CAF 42A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 6,45 7,67 6,59 2,60 0,46 0,18 0,65 7,02 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 7,67 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 7,57 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 7,57 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 7,55 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 7,62 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 7,48 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 7,48 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 7,37 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 7,87 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 7,80 1,00
Coluna CAF 42B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 6,45 7,63 6,59 2,30 0,33 0,12 0,45 7,18 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 7,88 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 7,81 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 6,71 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 6,67 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 8,31 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 8,17 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 8,57 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 8,54 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 8,17 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 8,13 1,00
Coluna CAF 41A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 9,20 10,40 9,34 2,60 0,66 0,18 0,84 9,56 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 10,21 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 10,11 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 10,11 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 10,09 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 10,16 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 10,02 1,00
81

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 10,02 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 9,91 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 10,41 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 10,33 1,00
Coluna CAF 41B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 9,20 10,36 9,34 2,30 0,47 0,12 0,59 9,77 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 10,47 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 10,40 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 9,30 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 9,26 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 10,90 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 10,76 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 11,16 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 11,13 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 10,76 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 10,72 1,00
Apartamentos Final 05
Coluna CAF 54A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,95 1,85 1,09 2,60 0,08 0,18 0,26 1,59 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 2,24 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 2,14 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 2,14 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 2,11 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 2,19 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 2,04 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 2,04 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 1,93 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 2,43 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 2,36 1,00
Coluna CAF 54B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,95 1,82 1,09 2,30 0,06 0,12 0,17 1,65 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 2,35 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 2,28 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 1,18 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 1,14 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 2,78 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 2,64 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 3,04 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 3,01 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 2,64 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 2,60 1,00
Coluna CAF 53A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 3,70 4,58 3,84 2,60 0,27 0,18 0,45 4,13 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 4,78 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 4,68 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 4,68 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 4,65 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 4,73 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 4,58 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 4,58 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 4,48 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 4,98 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 4,90 1,00
Coluna CAF 53B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 3,70 4,56 3,84 2,30 0,20 0,12 0,31 4,25 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 4,95 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 4,87 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 3,77 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 3,74 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 5,37 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 5,24 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 5,64 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 5,60 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 5,24 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 5,20 1,00
Coluna CAF 52A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 6,45 7,32 6,59 2,60 0,46 0,18 0,65 6,67 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 7,32 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 7,22 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 7,22 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 7,20 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 7,27 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 7,13 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 7,13 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 7,02 1,00
82

Diferença Pressão
Perda Comprimentos Perda de carga Pressão
Barrilete/ Soma de cotas Pressão requerida
Q Φ Vel. carga (m) (m) disponível
coluna/ Trecho Peso (m) disponível ponto de
(l/s) (mm) (m/s) unitária residual
ramal ΣP Sobe (-) (m.c.a) Conexões utilização
(kPa/m) Real Equivalente Tubos Total (m.c.a)
Desce (+) Registros (m.c.a)
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 7,52 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 7,45 1,00
Coluna CAF 52B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 6,45 7,29 6,59 2,30 0,33 0,12 0,45 6,84 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 7,54 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 7,47 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 6,37 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 6,33 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 7,97 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 7,84 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 8,24 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 8,20 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 7,84 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 7,79 1,00
Coluna CAF 51A - RG 3,40 0,55 25 1,13 0,07 9,20 10,05 9,34 2,60 0,66 0,18 0,84 9,21 0,50
Ramal RG - Entr.TQ 3,40 0,55 25 1,13 0,07 0,65 9,86 0,65 0,80 0,05 0,06 0,10 9,76 0,50
Sub-ramal Entr.TQ - TQ 0,70 0,25 25 0,51 0,02 0,00 9,76 0,22 1,20 0,00 0,02 0,03 9,74 1,00
Ramal Entr.TQ - LR 2,70 0,49 25 1,00 0,06 0,05 9,81 0,52 2,00 0,03 0,11 0,14 9,67 1,00
Ramal LR - PI 1,70 0,39 25 0,80 0,04 0,00 9,67 2,02 0,80 0,08 0,03 0,11 9,56 1,00
Sub-ramal PI - LL 1,00 0,30 25 0,61 0,02 0,50 10,06 0,65 2,40 0,02 0,06 0,07 9,98 1,00
Coluna CAF 51B - RG 0,70 0,25 20 0,80 0,05 9,20 10,02 9,34 2,30 0,47 0,12 0,59 9,43 0,50
Ramal RG - Entr.CH 0,70 0,25 20 0,80 0,05 0,70 10,13 0,70 0,70 0,04 0,04 0,07 10,06 0,50
Sub-ramal Entr. CH - CH 0,10 0,09 20 0,30 0,01 -1,10 8,96 1,83 2,20 0,02 0,02 0,04 8,92 1,00
Ramal Entr.CH - Entr.BS 0,60 0,23 20 0,74 0,04 0,50 10,56 1,21 1,80 0,05 0,08 0,13 10,43 0,50
Sub-ramal Entr.BS - BS 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,40 10,83 0,40 1,10 0,01 0,03 0,04 10,79 0,50
Sub-ramal Entr.BS - LV 0,30 0,16 20 0,52 0,02 0,00 10,43 0,69 1,10 0,02 0,03 0,04 10,38 1,00

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