Perguntas de Aplicação

1. Você tinha consciência que foi Deus quem criou os órgãos sexuais do
homem e da mulher, inclusive os seus, e também a atração sexual?
2. Que propósitos as relações sexuais cumprem dentro do casamento?
3. Você encara os beijos apaixonados, os abraços e as carícias entre
marido e mulher como coisas lícitas e santas ?
4. Você tem dificuldade para conversar a respeito de sexo? Sonde seu
coração e ore para que Deus purifique e renove sua mente.
5. Por que o sexo anal e o sexo oral são pecados?
6. O que a pornografia provoca de errado na vida sexual do casal?
7. Que outros pecados sexuais podem existir no casamento?
8. Cite algumas diferenças na sexualidade masculina e feminina.
9. Observando essas diferenças, o que você pode fazer para melhorar a
O Plano Perfeito de Deus
experiência sexual de seu casamento? Pág. 1
10. Por que o amor apaixonado freqüentemente acaba?
11. O que você pode fazer para manter a chama da paixão acesa em seu
casamento? Desvios de Conduta
Pág. 5

As Escrituras são infalíveis, a Palavra de Deus não contém erros.

A nossa interpretação, contudo, não é infalível.
Dessa forma, este estudo é passível de correção e, portanto,
toda compreensão e ajuda serão bem-vindas.
Desenvolvendo a Afetividade
Pág. 9
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Outubro/2007
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É nesse ponto que muitos casais desistem. Quando a paixão se foi,
eles acham que se foi para sempre e que nunca mais vão tê-la de volta.
Alguns ainda ficam juntos, movidos pelo dever, e simplesmente levam,
aos trancos, um casamento frio e sem paixão. Outros se divorciam e
tentam um novo relacionamento, geralmente repetindo o mesmo ciclo.
Mas, que foi que houve? Em Cantares de Salomão vemos o desejo
de Deus para o casamento. Salomão e Sulamita eram apaixonados um
pelo outro, constituindo um modelo para todo casal manter o mesmo
tipo de paixão que fervia entre eles. É claro que, com o passar dos
anos, o nível de nossos hormônios sexuais diminui e, conseqüente-
mente, a libido física. No entanto, o verdadeiro amor, profundo e
íntimo, deve ir crescendo mais e mais, ainda que o fogo físico
enfraqueça. Esse, certamente, é o desejo de Deus para todos nós
(Ef 5.22-26).
A razão principal para a decadência do amor apaixonado é que
deixamos de fazer as coisas que o criam. A paixão é como uma
fogueira. É preciso sempre estar jogando lenha para mantê-la acesa.
Abaixo sugerimos algumas lenhas para esse fogo:
• Elogios: enaltecer as virtudes do cônjuge, o que agrada nele;
• Romantismo: verbalizar o amor, cavalheirismo, um jantar especial
de vez em quando, presentes (as mulheres gostam de flores), passear
de mãos dadas;
• Gastando tempo um com o outro: em conversas, em abrir o cora-
ção, em oração, em viagens só os dois de vez em quando (um tempo para
revitalizar o amor);
• Cuidando um do outro: nas doenças, nos trabalhos, nas dificulda-
des, buscando juntos a Deus para resolver os conflitos;
• Trabalhando juntos: um colaborando com o outro em suas tarefas
e afazeres; trabalhando juntos, especialmente na obra de Deus;
• Preocupando-se com a aparência: higiene, bom hálito, peso, cabelo,
barba;
• Afeto emocional e físico: ternura, carinho, beijos, abraços, carí-
cias e relações sexuais satisfatórias.
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O PLANO PERFEITO DE DEUS
DEUS NOS FEZ SEXUADOS
No sexto dia da criação, Deus fez o homem e a mulher como seres
sexuados:
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve
tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1.31).
Em todos os outros aspectos da criação, “viu Deus que era bom”.
Mas, ao completar a criação com o homem e a mulher, “viu que era
muito bom”. Criado assim, sexuado, de alguma forma o homem expressa
a imagem de Deus. Vejamos também a comparação feita por Paulo:
“Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as
mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos,
amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a
purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a
apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.22-26).
Fica claro que a relação marido-mulher expressa a relação de
Cristo com Sua Igreja. Portanto, é uma relação mais do que física.
É uma relação espiritual e santa.
Muitas pessoas identificam o sexo com o pecado que causou a
queda do homem do Éden, mas isso está totalmente errado. Se assim
fosse, o sexo teria sido uma criação do diabo e seria pecaminoso até os
dias de hoje. Por pensarem que o sexo é coisa feia, suja e envolta em
pecado, muitos têm problemas nessa área.
Porém, o sexo foi criado por Deus antes da entrada do pecado no
mundo para ser praticado em santidade e pureza, como meio de
estabelecer Seus propósitos para a humanidade (Gn 1.28).
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• Deus criou os órgãos sexuais:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe
soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser
alma vivente” (Gn 2.7).
O verbo “formou” significa “dar forma”, moldar. Foi Deus quem
deu forma aos órgãos sexuais de Adão.
“E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transfor-
mou-a numa mulher e lha trouxe” (Gn 2.22).
Eva era igual a Adão em quase tudo: tinha cabeça, olhos, braços,
pernas, mãos e pés. O que tinha de diferente? O sexo.
“Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha
mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente
maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a
minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram
encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como
nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância
ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias,
cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles
havia ainda” (Sl 139.13-16).
• Deus criou a atração sexual:
“E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne
da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi
tomada” (Gn 2.23).
Muitas pessoas mal informadas pensam que a atração sexual é
pecado, mas isso não é verdade, faz parte da criação de Deus.
Como um homem e uma mulher iriam se unir sem essa atração?
• Deus planejou as relações sexuais:
“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e
sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam” (Gn 2.24).
O ato sexual é um dos maiores prazeres físicos para o homem e a
mulher, senão o maior! Isto mostra que Deus fez o melhor: a
melhor companheira, a melhor atração, o melhor prazer.
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Tempo: o homem só precisa de um minuto para estar pronto para
o ato sexual não precisando de muito estímulo para ficar preparado. No
entanto, geralmente, esse não é o caso da mulher. O marido precisa
saber dessa diferença e aprender a estimular sua esposa vagarosa e
demoradamente. A pressa e a ausência de uma preparação adequada
fazem com que a relação se torne penosa e insatisfatória para a
mulher. Esse momento preparatório deve trazer uma conexão
emocional entre ele e sua esposa, fato este essencial para que ela
possa abrir-se para a experiência sexual. Além de carícias, físicas,
esse momento preparatório deve conter conversas, compartilhamento
do dia-a-dia, compreensão e oração por problemas que a afligem.
Para ela isso significa proximidade, cuidado e segurança, coisas
imprescindíveis para que ela possa se entregar plenamente a seu
marido.
“... maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra
à mulher, como vaso mais frágil ... ” (1Pe 3.7).
MANTENDO A PAIXÃO ACESA
No início da vida a dois, normalmente o amor é apaixonado e
intenso. O casal deseja estar juntos o tempo todo. Desfrutam de um
relacionamento físico vibrante e intenso. Gostam de se acariciar e de
se beijar. Seu relacionamento sexual é espontâneo, divertido e
satisfatório. Com o passar dos anos, no entanto, essas coisas podem
mudar. Gradualmente, eles vão se afastando e a paixão um pelo outro
vai definhando. É comum que cada um procure outras coisas para
preencher o vazio do relacionamento entre eles. Aquela intimidade,
antes tão natural, agora é artificial e enfadonha. Não sabem mais
conversar de verdade um com o outro. Ainda se amam, mas o fogo se
foi! A lareira está apagada! Ainda tem relações sexuais, mas não com
tanta freqüência, e não é mais tão emocionante, mais para satisfazer
uma necessidade biológica. O toque real, terno, romântico, é quase
inexistente. Parece familiar? Muitos casais se encaixam neste cenário
triste.
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Enquanto que o olhar é o principal elemento que desencadeia o
processo sexual no homem, a mulher é estimulada por diversos modos:
Audição: uma palavra romântica, um elogio, uma palavra de
carinho, fazem com que a mulher inicie o processo de estimulação
sexual. Nenhuma mulher se cansará de ouvir frases como estas: “Você
está linda!”, “Esta roupa fica bem em você!”; “Gosto desse jeito do seu
cabelo!”; “Eu te amo!”.
Tato: toques e carícias também fazem parte do processo sexual
da mulher, muito mais do que no homem. Há áreas do corpo feminino
que são mais sensíveis ao toque e ao estímulo sexual: a nuca, o pescoço,
o umbigo, os cabelos, os seios, entre outras. O livro de Cantares de
Salomão descreve com clareza e poesia essas áreas.
Olfato: este é outro sentido que deve ser levado em conside-
ração. O discreto perfume do marido provoca a mulher e a leva ao
desejo. Por outro lado, o mau hálito, o odor malcheiroso das axilas e o
chulé são inibidores de uma vida sexual plena.
“Suave é o aroma dos teus ungüentos, como ungüento derramado
é o teu nome; por isso, as donzelas te amam” (Ct 1.3).
Ambiente: diferente do homem, o ambiente pode roubar o
desempenho sexual da mulher. Ela é influenciada por fatores tais como
lençóis macios e limpos, barba feita, banho tomado, camisolas e pijamas
limpos, porta fechada e crianças dormindo.
Emoções: a emoção é um fator determinante na sexualidade
feminina. Para ela não basta receber um beijo interesseiro no fim do
dia. Ela precisa estar bem, emocionalmente falando, para que a relação
tenha sua participação efetiva. As ansiedades provocadas pelos filhos,
por um marido alheio e insensível, pela solidão do dia-a-dia dentro de
casa, pelas pressões financeiras, por cobranças, brigas, gritarias e
agressões, criam barreiras emocionais na relação sexual. Existem
maridos que brigam o tempo todo e querem encontrar na esposa um
amante perfeito à noite. Por isso Deus diz aos maridos:
“Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura”
(Cl 3.10).
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PROPÓSITOS DA UNIÃO ENTRE O HOMEM E SUA MULHER
• Companheirismo
“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja
só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea (Gn 2.18).
• Reprodução
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-
vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do
mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja
pela terra” (Gn 1.28)
Essa reprodução também está relacionada com a extensão do
Reino de Deus sobre a Terra.
• Prazer e alegria em santidade
“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os
seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas
carícias. Por que, filho meu, andarias cego pela estranha e
abraçarias o peito de outra?” (Pv 5.18-20)
“Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida
fugaz, os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua
porção nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo
do sol” (Ec 9.9).
A BÍBLIA FALA SOBRE SEXO COM LIBERDADE
Devido à entrada de pecado no mundo, o sexo também se
corrompeu sobremaneira, e se tornou motivo de vergonha (Gn 3.10).
Nos dias atuais, pelo desprezo do homem a Deus, vemos uma
proliferação de pecados sexuais de toda monta (Rm 1.24-27).
Por causa disso e de conceitos errados a respeito da sexualidade,
muitas pessoas não se sentem em liberdade para tratar desse assunto,
tanto com seus filhos, como com seu próprio cônjuge. Temos que ser
sarados desse trauma ao sermos lavados pelas águas límpidas das
Escrituras, que tratam esse assunto com liberdade e pureza.
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Intimidade no Casamento ____________________________________ Intimidade no Casamento ____________________________________
Os textos estudados acima apontam para o princípio básico onde o
sexo deve ser praticado: no casamento. Fora do casamento, toda DESENVOLVENDO A AFETIVIDADE
atividade sexual é pecaminosa por estar fora dos propósitos de Deus
para o homem e a mulher. Toda prática sexual fora do casamento
denigre a imagem de Deus neles, fazendo-os semelhantes aos animais COMPREENDENDO-SE MUTUAMENTE
irracionais. Deus, quando criou o homem e a mulher, os constituiu de três
Porém, no contexto do casamento, as Escrituras trazem muitos partes: espírito, alma e corpo (1Ts 5.23). No entanto, as Escrituras nos
ensinos maravilhosos: afirmam que a mulher é mais frágil que o homem:
“Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há “ Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento,
quatro que não entendo: o caminho da águia no céu, o caminho dando honra à mulher, como vaso mais frágil; como sendo vós os
da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam
caminho do homem com uma donzela” (Pv 30.18-19). impedidas as vossas orações” (1Pe 3.7).
O caminho do homem com uma donzela é tido como algo Esse texto nos ensina que temos que buscar entendimento para
maravilhoso e insondável. Isso quer dizer que nossa relação com nosso haver uma coabitação harmoniosa entre marido e mulher. A mulher é
cônjuge deve ser empolgante por toda a vida. O texto de Ec 9.9 (ver basicamente mais fraca em dois aspectos: o físico e o emocional, sendo
página anterior) também reforça essa idéia: essa relação deve ser que problemas conjugais nessas áreas podem comprometer o aspecto
profundamente vivenciada e gozada por todos os dias da nossa vida, espiritual (as orações) de ambos. Por outro lado, bem sabemos que a
pois é a nossa porção nesta vida. Conforme o Livro de Cantares de fonte principal de união física e emocional satisfatórias é a união
Salomão, esse caminho deve envolver: espiritual dos cônjuges. Sem união espiritual ficamos sem combustível
nas outras áreas. Temos que ter consciência que não vamos encontrar
Textos do Livro de Cantares de Salomão plena satisfação no nosso cônjuge. Só Deus é capaz de nos satisfazer
• Elogios: 1.9-10; 4.12-15; plenamente. Portanto, embora este estudo traga muitas informações
úteis para solucionar conflitos, nossa fonte deve ser o próprio Deus.
• Romance: 1.7-8; 2.10-14; 4.7-8 5.8-16; 7.10-13
Em relação à sexualidade, existe uma enorme diferença entre um
• Beijos: 1.2; 4.11; homem e uma mulher. Entender essas diferenças ajuda a resolver
muitas frustrações causadas pelo desconhecimento do sexo oposto.
• Abraços: 2.6; 8.3
Homem e mulher não só comunicam-se diferentemente, mas também
• Carícias: 1.13; 4.1-5; 7.1-5; pensam, sentem, percebem, reagem, amam, necessitam e apreciam
diferentemente.
• Relações Sexuais: 1.16; 2.3-6; 4.6,16 5.1-3 7.6-9
• Diferenças quanto ao Estímulo Sexual
O homem é estimulado sexualmente principalmente pela visão e
por isso precisa guardar-se de pecar nessa área (Mt 5.27-28). Apenas
um olhar pode ser suficiente para estimulá-lo sexualmente.

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• Quando brota de uma atitude egoísta
Neste aspecto, dois pontos podem ser destacados:
O primeiro aspecto está mais relacionado ao homem, pois este
usualmente é o cônjuge que busca a ocorrência da relação sexual.
O problema surge quando a mulher, por alguma razão, não a está
desejando. Se o homem forçar, a mulher pode se sentir abusada
dentro do próprio casamento. Quando alguém usa o outro como um
mero objeto sexual, cria neste ressentimento e mágoa. O texto acima
de 1Co 13.5-7 diz que o amor verdadeiro não busca os próprios
interesses, ou seja, busca primeiramente os interesses do outro.
Depois, tudo espera, tudo suporta.
O segundo aspecto está mais relacionado com a mulher.
Ela precisa entender as necessidades físicas do seu marido e não se
esquivar das relações sexuais sem motivo justo. É claro que esta
verdade também vale para o marido.
“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também,
semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem
poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também,
semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio
corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez
por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes
à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não
vos tente por causa da incontinência” (1 Co 7.3).
A privação do sexo por longo tempo pode levar o cônjuge a ser
tentado nessa área. Nosso dever, como cônjuges, é nos doar um ao
outro, concedendo um ao outro o que é devido, para, assim, cumprir a
vontade de Deus.
Outro problema que ocorre nesta área e a barganha.
Muitas mulheres, vendo a fraqueza de seus maridos nesta área (pois
ele não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas sim ela) fazem
barganha do sexo com coisas que estão querendo. Esse é um grave
desvio! Sexo é doação com base no amor e “o amor não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses”, e sim o do outro.
O amor não é senhor, mas servo!
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DESVIOS DE CONDUTA
COISAS QUE PODEM MACULAR A RELAÇÃO CONJUGAL
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o
leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”
(Hb 13.4).
No texto acima, a palavra “leito” é koite no original grego, de onde
vem a palavra “coito” em português. O texto portanto nos exorta que
as relações sexuais devem se dar unicamente no contexto do
casamento, para não haver adultério, e também, contra a impureza, que
pode trazer mácula ao próprio matrimônio.
Como pode haver mácula nas relações sexuais entre casados?
• Quando se praticam coisas contrárias à natureza
“ pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e
servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito
eternamente. Amém! Por causa disso, os entregou Deus a
paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo
natural de suas relações íntimas por outro, contrário à
natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o
contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua
sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e
recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro”
(Rm 1.25-27).
Estamos partindo do ponto de vista que lesbianismo e pederastia
são claramente entendidos como pecados. A Bíblia não deixa dúvidas a
esse respeito (ver também Lv 18.22). No entanto, a mesma razão que
aponta o pecado de tais práticas também nos indica que pode existir
imoralidade nas relações sexuais entre pessoas casadas. O ponto em
questão aqui é o uso não natural dos nossos membros, pois tudo o que é
contrário à natureza constitui desvio dos planos de Deus.
Nesse aspecto podemos relacionar como pecaminosas as relações
sexuais anais e orais. O ânus e a boca não foram feitos para essas
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práticas, mas para outras funções bem definidas por Deus. A utilização
desses órgãos para práticas sexuais constitui uma aberração da
natureza e uma ofensa ao criador. Veja em 1Co 6.10 o juízo de Deus aos
sodomitas. Como essas coisas são muito comuns entre as pessoas
ímpias, aqueles que se convertem ao Senhor devem abandonar
radicalmente essas práticas pecaminosas (Ef 2.3; Ti 3.3; 1Pe 4.3-5).
• Quando há Lascívia e Fantasias Pornográficas
A pornografia (impressos sobre cenas sexuais) existe desde a
antiguidade, tanto no Oriente (China, Índia), como no Ocidente (Grécia,
Roma). Hoje em dia está amplamente disseminada na forma de revistas,
livros, filmes e espetáculos, explorando assuntos obscenos ou
licenciosos e o lado sexual da natureza decaída.
Há os que promovem a pornografia como uma forma de “esquentar
casamentos” monótonos, ao estimular fantasias sexuais e alimentar a
lascívia (apetite sexual imoral). Porém, quem se envolve com
pornografia está se unindo às pessoas ímpias e pecadoras que
prepararam o material pornográfico, praticando os mesmos pecados.
“ Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para
a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e
atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos
teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno
(Mt 5.27-28).
“ Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos
abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o
próprio vaso em santificação e honra, não com o desejo de
lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta
matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o
Senhor, contra todas estas coisas é o vingador, como antes vos
avisamos e testificamos claramente, porquanto Deus não nos
chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1Te 4.3-7).
A pornografia rebaixa e distorce o ato sexual. O sexo casual e
pervertido é representado como algo excitante e desejável. Enfatiza-
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Intimidade no Casamento ____________________________________
se a gratificação pessoal, sem nenhuma consideração para com a outra
pessoa, que é tida como mero objeto de prazer.
A beleza é atribuída somente pelos atributos físicos, criando
expectativas irrealistas de beleza. Por isso, muitas pessoas só
conseguem se satisfazer sexualmente com seu cônjuge se focarem o
pensamento para as pessoas e as cenas que viram nas cenas porno-
gráficas. Tem, portanto, os olhos cheios de adultério (2Pe 2.14).
“Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e
bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas
e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada
disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”
(Rm 13.13-14).
“Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda
se nomeie entre vós, como convém a santos” (Ef 5.3).
• Quando algo é ofensivo ou fira a consciência de um dos cônjuges
Qualquer prática sexual que fira a consciência do outro deve ser
evitada.
“É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer
outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender
ou se enfraquecer. A fé que tens, tem-na para ti mesmo
perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena
naquilo que aprova” (Rm 14.21-22).
O casal precisa entender que muitas intimidades somente se
realizarão com o tempo. A intimidade é progressiva, não deve ser
imposta, forçada ou constransgedora. Ela deve crescer aos poucos, de
mãos dadas com o respeito, a dignidade e a honra.
“O amor não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se
alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Co 13.5-7).