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AULA
TEXTO CRÍTICO
37 E agora te vejo. E fria Foi, sim, mas visão apenas;
Tão outra estás da que eu via Daquelas visões amenas
Naquele sonho encantado! Que à mente dos infelizes
40 És outra, calma, discreta, Descem vivas e animadas,
Com o olhar indiferente, 50 Cheias de luz e esperança
Tão outro do olhar sonhado, E de celestes matizes:
Que a minha alma de poeta Mas, apenas dissipadas,
Não vê se a imagem presente Fica uma leve lembrança,
45 Foi a visão do passado. Não ficam outras raízes.
– Registro de variantes:
A. 37: Agora vejo-te. E fria,
39: encantado;
B. 40: outra — calma,
A. 46: Foi_sim, mas visão apenas,
50: esperança,
51: matizes,
56: Mas doce, ardente, risonho,
58: ventura,
B. 61: Que_ já
62: chora.
A. 63: agradecida.
1862 MACHADO DE ASSIS
Texto nº 2: Namorados
CEDERJ 165