O documento descreve os critérios e partes de uma edição crítica, incluindo a numeração de linhas em vez de versos para poemas modernistas, e explica como ler o registro de variantes, indicando acréscimos, supressões e substituições entre diferentes edições de um poema.
O documento descreve os critérios e partes de uma edição crítica, incluindo a numeração de linhas em vez de versos para poemas modernistas, e explica como ler o registro de variantes, indicando acréscimos, supressões e substituições entre diferentes edições de um poema.
O documento descreve os critérios e partes de uma edição crítica, incluindo a numeração de linhas em vez de versos para poemas modernistas, e explica como ler o registro de variantes, indicando acréscimos, supressões e substituições entre diferentes edições de um poema.
Crítica Textual | Preparação e partes da edição crítica
Observe o fragmento do poema. Na introdução crítico-filológica
que precede o texto crítico, quando os autores esclarecem os critérios adotados para a edição, há uma referência à numeração dos versos:
Na numeração do texto-base, abandonou-se a noção de verso;
acolheu-se, em seu lugar, a de linha. O verso modernista, ao contrário daquele que se escrevia até então, possui um fôlego muito variável, ocupando por vezes duas ou mais linhas impressas e não raro confundindo-se com a prosa. Isto tornou frequentemente difícil, quando não impossível, precisar os seus limites (MENDES; PERES; XAVIER, 1987).
Note, no registro de variantes, a indicação de acréscimo de “linhas”
e não de “versos”. Como você pode observar, Cassiano Ricardo utilizou, em seu refazer do texto, o acréscimo, a supressão e a substituição. Já sabemos que as letras maiúsculas remetem às edições, e os números à esquerda indicam as linhas. Note que, quando o autor acrescenta ou suprime um verso ou uma linha, a numeração é alterada, mas a que vai prevalecer será sempre a do texto-base. Então, vamos entender melhor o registro, explicando algumas das mudanças. Acompanhe no texto. • A/B indicam as duas primeiras edições, então verificamos que havia uma dedicatória, que foi suprimida, e mais duas modificações, nas linhas 4 e 7. • Seguem-se variantes de três edições, E a G, ou seja, 5ª, 6ª e 7ª: – na linha 6, acréscimo de uma vírgula; – acréscimos entre as linhas 7 e 8. • A/B/H/I, linha 8 - nestas quatro edições, 1ª, 2ª, 8ª e 9ª, lia-se: “pica-pau, pau pau” e não “pica-pau, pica-pau”, como está no texto-base. • A/B, linha 10 – vírgula suprimida. • E a I (5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª edições), linha 10 – substituição de “bolota” por “bolas”. • A/B, linha 11 - substituição de “ao sol” por “no sol”. • E a I/L (5ª, 6ª, 7ª, 8ª e 9ª e 11ª edições), linha 11 – acréscimo do pronome átono “as”: “punha punha-as”. Agora vamos reconstituir a edição A, pelo registro de variantes, lembrando que você vai ler o texto da 1ª edição: