Este poema descreve um sonho de amor que se desvanece na realidade fria e solitária. Ele sonhou que abraçava e beijava sua amada, mas ao acordar se deu conta que era apenas um delírio, e sua amada real era diferente da visão sonhada. Apesar de ter sido apenas um sonho, ele deseja poder reviver aquela alegria e ternura noturnamente para aliviar sua amargura.
Este poema descreve um sonho de amor que se desvanece na realidade fria e solitária. Ele sonhou que abraçava e beijava sua amada, mas ao acordar se deu conta que era apenas um delírio, e sua amada real era diferente da visão sonhada. Apesar de ter sido apenas um sonho, ele deseja poder reviver aquela alegria e ternura noturnamente para aliviar sua amargura.
Este poema descreve um sonho de amor que se desvanece na realidade fria e solitária. Ele sonhou que abraçava e beijava sua amada, mas ao acordar se deu conta que era apenas um delírio, e sua amada real era diferente da visão sonhada. Apesar de ter sido apenas um sonho, ele deseja poder reviver aquela alegria e ternura noturnamente para aliviar sua amargura.
Eras pallida. E os cabellos, Restavam meus desvarios,
Aereos, soltos novellos, 35 E o incessante cuidado, Sobre as espaduas cahiam... E a phantasia doente. Os olhos meio-cerrados 5 De volupia e de ternura E agora te vejo. E fria Entre lagrimas luziam... Tão outra estás da que eu via E os braços entrelaçados, Naquelle sonho encantado! Como cingindo a ventura, 40 És outra, calma, discreta, Ao teu seio me cingiam... Com o olhar indifferente, Tão outro do olhar sonhado, 10 Depois, naquelle delirio, Que a minha alma de poeta Suave, doce martyrio Não vê se a imagem presente De pouquissimos instantes, 45 Foi a visão do passado. Os teus labios sequiosos, Frios, tremulos, trocavam Foi, sim, mas visão apenas; 15 Os beijos mais delirantes, Daquellas visões amenas E no supremo dos gozos Que á mente dos infelizes Ante os anjos se casavam Descem vivas e animadas, Nossas almas palpitantes... 50 Cheias de luz e esperança E de celestes matizes: Depois... depois a verdade, Mas, apenas dissipadas, 20 A fria realidade, Fica uma leve lembrança, A solidão, a tristeza; Não ficam outras raizes. Daquelle sonho desperto, Olhei... silencio de morte 55 Inda assim, embora sonho, Respirava a natureza — Mas, sonho doce e risonho, 25 Era a terra, era o deserto, Désse-me Deus que fingida Fôra-se o doce transporte, Tivesse aquella ventura Restava a fria certeza. Noite por noite, hora a hora, 60 No que me resta de vida, Desfizera-se a mentira: Que, já livre da amargura, Tudo aos meus olhos fugira; Alma, que em dores me chora, 30 Tu e o teu olhar ardente, Chorára de agradecida! Labios tremulos e frios, O abraço longo e apertado, (ASSIS, 1901, Poesias Completas, O beijo doce e vehemente; p. 5-7)