Crítica Textual - Manual Critica-Textual-pdf-133

Você também pode gostar

Você está na página 1de 1

e camonistas, para concluir qual das duas seria a verdadeira.

Uma delas

8
AULA 
foi reconhecida como contrafação, aquela que, no 7º verso da 1ª estância
do Canto I, teve suprimida a conjunção “E” que inicia o verso. As duas
edições ficaram conhecidas como “edição Ee” e “edição E”.

E entre gente remota edificaram / Entre gente remota edificaram

Havendo mais de duas edições em vida do autor, elas devem ser


cotejadas para verificar a existência de variantes a serem registradas. Já
nos referimos várias vezes ao termo variante que, como você sabe, são
as mudanças feitas no texto pelo próprio autor ao longo das edições.
Mas também vimos que muitos autores não costumam rever seus textos
e, consequentemente, não fazem modificações, como é o caso de Clarice
Lispector, Rachel de Queiroz e outros.

Partes que não podem faltar em uma edição crítica

Não há um consenso entre os preparadores de edições críticas


sobre as partes que esse tipo de edição deve conter, mas algumas não
podem faltar, como:
1. Sumário
2. Apresentação
3. Introdução
3.1. Autor
3.2. Obra
3.3. Tradição da obra
4. Texto crítico
4.1. Siglas das versões ou testemunhos
4.2. Variantes
4.3. Aparato crítico ou registro filológico
5. Referências bibliográficas

1. O sumário é uma lista com os títulos das partes que compõem o livro,
com os números das páginas, como em um índice. Pode vir no início
ou no final, mas é melhor no início, por ser mais accessível ao leitor.
Veja, a seguir, esta edição do romance Til, de José de Alencar, na qual
o índice substituiu o sumário, e indica como foram distribuídos os
capítulos na 1ª edição.

CEDERJ 133

Você também pode gostar