FERREIRA, Delson. Manual De Sociologia – Dos Clássicos à Sociedade da Informação – 2ª Edição. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2003 P.65-73. (Capítulo V)
Capítulo V – O Pensamento Weberiano
Max Weber (nascido em Erfurt, 1864, falecido em Munique, 1920), foi um
sociólogo alemão, que, desde muito cedo estava ligado à política, se preocupando com o que seria feito de seu país, que não vivia seus melhores dias naquele período. Nas ciências políticas, mostrou papeis e desempenhou cargos importantes, como a função de conselheiro da delegação alemã nas conferências para a definição do Tratado De Versailles, além de fazer parte da comissão que escreveu a Constituição da República De Weimar. Weber se mostrou nacionalista convicto, porém nunca racista ou imperialista, ideias que grande parte da Alemanha da época se mostrava a favor; com suas políticas sempre se mostrando liberais e parlamentaristas. Seu ponto de vista teórico tem inspiração em Kant e Hegel, se distanciando do positivismo e do pensamento de Karl Marx. Tendo Durkheim e Marx estudado os fatos sociais as relações entre as classes, Weber analisou os agentes sociais e suas ações, focando na iniciativa do indivíduo na vida em sociedade. Max Weber propaga a opinião de que o indivíduo se sobrepõe à sociedade, onde o agente decide sua forma de comportamento. As grandes ideias (como a Religião, também objeto de estudo em suas relações com a sociedade) que existem, vieram de vários “agentes” contribuíram em suas ações com um mesmo objetivo, dizendo que o coletivo é gerado pelo interesse individual. Defende em seus estudos que existem três tipos de dominação legítima, que são, a dominação burocrática, feita pelo Estado; a dominação carismática, normalmente exercida por alguém “profeta”, e a dominação “tradicional, feita pelo “respeito”, obedecendo pela dignidade, pela fidelidade.