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RESÍDUO DA
AGROINDÚSTRIASUCROALCOOLEIRA –VINHAÇA
 
 
 
Mestre e
doutorandano PRODEMA/UFPB.
Fabiana
Bezerra Marinho
Professora
doInstituto Federal da Paraíba IFPB/Campus Campina Grande
fabiana_mbr@yahoo.com.br
Cel: (83)
988164228/(83) 996174342
Mestre em
Engenharia Civil e Ambiental/UFPB e Doutoranda no PRODEMA/UFPB
Heven
Stuart Neves da Silva
Analista
ambiental do CPRH (Agência ambiental de meio ambiente e recursos hídricos do
Estado de Pernambuco)
hevensns@gmail.com
Cel: (83)
988017882/(83) 998602018
Especialista
em Gestão de projetos
Carolina
Lima Bezerra Gaia
Empresária
autônoma
carolina.gaia@hotmail.com
Cel: (83)
981046968
Doutor em
Ciências Policiais de segurança e ordem pública e especialista em administração
e segurança pública
José
Américo de Sousa Gaia
Coronel da Polícia militar do Estado do Acre
americogaia@hotmail.com
Cel: (83)
981224499
Bacharel em Ciências Biológicas pela UEPB
Théo Brasilino
theobrasilino89@gmail.com
Cel: (83)
998448663
Dr.
Psicobiologia e Esp. Psicopedagogo
Gil Dutra
Furtado
Professor
da UFPB/PRODEMA e Engenheiro Agrônomo-CREA-6867-D
gdfurtado@hotmail.com
Cel: (83)
988862694/(84) 999199477 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo
 
Este artigo de revisão teve como objetivo discutir
a problemática da gestão do resíduo daagroindústria
sucroalcooleira - vinhaça, destacando
as tecnologias de sua reutilização. Esta pesquisa faz umabreve revisão
sobreo histórico da expansão da atividade
sucroalcooleira no Brasil; as características da vinhaça, os impactos
ambientais e a legislação ambiental.
 
Palavras chaves: vinhaça, sucroalcooleira, cana-de-açúcar, resíduos,
álcool, tecnologias, reutilização.
 
 
Abstract
 
Thisreviewarticleaimedtodiscussthewaste
management problemsofthe sugar andalcoholindustry - vinasse,
highlightingthetechnologiesof
reuse. Thisresearchis a
briefreviewofthehistoryoftheexpansionofsugarcaneactivity in
Brazil;
thevinassecharacteristics, environmentalimpactsandenvironmentallegislation.
 
Keywords: vinasse, sugar-alcohol, sugarcane,
waste, alcohol, technologies , reuse.
 
1. Introdução

A agroindústria
sucroalcooleira tem crescido muito nas últimas décadas, e o Brasil temse
destacado
mundialmente neste setor por ser um país que apresenta vantagens em
seu território, como: tamanho, condições
climáticas e técnicas de plantio bem
desenvolvidas (NOGUEIRA & GARCIA, 2013).
A cana-de-açúcar tem
sido utilizada na produção de álcool combustível como alternativa ao petróleo,
e o
Brasil, na condição de segundo maior produtor mundial, é responsável pela
destinação de quase metade da
produção deste produto para tal finalidade, o que
contribui para a mudança de valores em relação ao uso de
combustíveis fósseis
que são responsáveis por diversos problemas ambientais como o efeito estufa e
as
mudanças climáticas (FUESS, 2013; SILVA, 2012).
No Brasil, o interesse pela produção de
álcool combustível cresceu entre a década de 70 e 80, com
[1]
investimentos
oferecidos pelo Programa Nacional do Álcool (PróAlcool). E, com a inclusão de
álcool anidro na

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gasolina (entre 20 e 25%) e o surgimento, em 2003, do carro flexível, vulgo


flex; fez com que o álcool combustível
se tornasse cada vez mais requisitado
nacional e globalmente (FERREIRA, 2014). A partir do programa
supracitado,
houve um aumento da produção agrícola, modernização e ampliação das usinas já
existentes
(MENEGHETTI, 2007), promovendo assim uma grande expansão da
atividade sucroalcooleira no Brasil.
Entretanto, em
contrapartida à busca por um tipo de energia menos poluente que os combustíveis
fósseis, a
ampliação de cultivares de cana-de-açúcar para produção de álcool
trouxe um aumento na intensidade de alguns
problemas ambientais, tais como: a
destruição de ecossistemas e poluição atmosférica, causadas pelas
queimadas da
cana-de-açúcar; a salinização dos solos e a poluição de cursos d’água e lençóis
freáticos
(SZMRECSÁNYI, 1994).
No processo produtivo
da cana-de-açúcar para fabricação do álcool, são gerados vários resíduos: efluentes
líquidos, como o melaço, a vinhaça; e sólidos, como a torta de filtro eo bagaço.
Dentre esses resíduos, a vinhaça é
considerada um dos mais importantes resíduos
gerados das destilarias, possuindo uma alta carga poluidora,
onde, por muitos
anos, foi lançada de forma indiscriminada em corpos aquáticos e nos solos. Este
resíduo tem
sido utilizado em muitos lugares como fertilizante no cultivo de
cana-de-açúcar, aproveitado para a produção de
biogás ena geração de energia
elétrica (FREIRE &CORTEZ, 2000; GURGEL, 2012).
Nesse artigo de revisão, iremos apresentar
algumas alternativas tecnológicas de aplicação do uso da
vinhaça, como a sua
utilização na fertirrigação, produção de ração animal, produção de proteína, compostagem
e
geração de energia através da digestão anaeróbia.
Este trabalho será dividido da seguinte
maneira: no tópico 2 trataremos de um breve histórico daexpansão
da cadeia
sucroalcooleira no Brasil, além de mencionar seus produtos e subprodutos;
enquanto no tópico 3
dissertaremos sobre as características da vinhaça, seus
impactos no meio ambiente e o que trata a legislação
ambiental; por último, no
tópico 4, discutiremos algumas das tecnologias de aproveitamento da
vinhaçaconhecidas.
Para finalizar, apresentaremos as considerações finais a respeito do tema.
 
2.
Breve histórico da expansão da atividade sucroalcooleira no
Brasil,seus
produtos e subprodutos
 
A atividade
sucroalcooleira brasileira apresenta uma robusta estrutura, sendo o Brasil um
referencial no
domínio tecnológico e de produção que vão desde a produção da cana-de-açúcar
até a colocação do açúcar e do
álcool no mercado para consumo final (SEBRAE,
2008).
A importância
do açúcar no contexto brasileiro de exportações acompanha a historia do país
desde sua
colonização. Até a década de 60 dependia do aumento da demanda
internacional pelo produto. Foi nessa época
que teve inicio o processo de
modernização da agroindústria canavieira, sob a tutela do Estado (ALVES, 1998).
Na sua primeira fase de modernização (1960-65), o setor sucroalcooleiro promoveu
seudesenvolvimento, baseado
na mudança da base técnica da produção agrícola,
utilizandotratores e insumos importados.
    Segundo a
autora supracitada, houve uma expansão da modernização do setor sucroalcooleiro
com a
criação do Proálcool em 1975. Este programa respondeu à crise do petróleo
e a diminuição do preço do açúcar no
mercado internacional, servindo também
para incentivar a indústria automobilística brasileira, com a produção do
álcool combustível.
Desde meados
da década de 70 até o final dos anos 80, o estímulo à produção deálcool
combustível deu
novo impulso à agroindústria canavieira no país (CORAZZA,
2006). Segundo esta autora, a evolução da produção
de álcool permitiu que a
produção nacional de carros a álcool atingisse 96% em 1985. Entretanto, a
crescente
produção de etanol no Brasil levou,inevitavelmente, ao aumento da
produção da vinhaça, agravandoo problema
do destino desse resíduo.
A primeira estimativa
da produção nacional de cana-de-açúcar na safra 2007/2008 destinada à indústria
sucroalcooleira foi de 527,98 milhões de toneladas, das quais 87,43% (461,63
milhões de toneladas) foram
produzidas na região Centro-Sul e 12,57% (66,34
milhões de toneladas) nas regiõesNorte e Nordeste. Do total
produzido, 88,67%
(468,15 milhões de toneladas) destina-se à indústria sucroalcooleira e o
restante, 11,33%
(59,82 milhões de toneladas), à fabricação decachaça,
alimentação animal, sementes, fabricação de rapadura,
açúcar mascavo e outros
fins (Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, 2007).
Ainda segundo
a Conab (2007), os estados que mais expandiram a quantidade esmagada de
cana-de-
açúcar para a fabricação de açúcar e álcool, foram: São Paulo com
13.221,6 mil toneladas (4,99%),Paraná com
10.259,2 mil toneladas (32,32%),
Minas Gerais com 7.211,7 miltoneladas (24,42%), Goiás com 3.838,5 mil
toneladas
(23,98%), Mato Grosso do Sulcom 1.857,0 mil toneladas (15,50%) e Mato Grosso
com 1.486,9 mil
toneladas(11,14%).
Os principais
produtos gerados pela agroindústria da cana-de-açúcar são o açúcar, o álcool e
outros
subprodutos. Os principais subprodutos são: o bagaço da cana, utilizado
como combustível nas unidades
geradores de vapor e para gerar energia utilizada
na moagem; a vinhaça, usada como fertilizante na irrigação da
lavoura e a
levedura, utilizada como insumo na indústria de alimentos e de ração animal
(Silva et al., 2014).
O fluxograma abaixo
ilustra os produtos e sub-produtos gerados a partir da cana-de-açúcar.
 

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Figura
1. Fluxograma da produção de Açúcar, Etanol, Bioeletricidade e Resíduos. Fonte:
Adaptado de Gurgel, 2012.
 
 
3.Vinhaça: características,impactos
do seu uso no meio ambientee legislação ambiental.
 
A vinhaça,
também conhecida por vinhoto, garapão, mosto, restilo e vinhote, é um líquido proveniente
da
destilação do vinho, que é resultante da fermentação do caldo da
cana-de-açúcar ou melaço (CETESB, 2006).
Ramirez (2013)
destaca que a composição da vinhaça pode variar em função de vários fatores e cita
que,
quando se utiliza o caldo de cana para a fermentação, a vinhaça resultante
é sempre menos concentrada que a
vinhaça proveniente do mosto de melaço ou de
mosto misto (mistura de caldo e melaço).
Segundo Glória
e Orlando Filho (1984), a composição da vinhaça varia de acordo com o tipo de
vinho a ser
destilado, da composição e natureza da matéria-prima, do sistema
usado no mosto, do método de fermentação
adotado, do tipo de levedura, dos
equipamentos de destilação e do modo de destilação. 
É um resíduo
rico em matéria orgânica e potássio, além de outros elementos como cálcio,
magnésio e
enxofre, como também de outros minerais em menores quantidades
(PINTO, 1999; OLIVEIRA et al., 2014;
SCHNEIDERet. al., 2012), possuindo
também elevada acidez.
Este
subproduto da cana possuium alto poder poluente e alto valor fertilizante;
cerca de cem vezes maior
que o do esgoto doméstico, apresentando baixo pH,
elevada corrosividade e altos índices de DBO - demanda
bioquímica de oxigênio (FREIRE
& CORTEZ, 2000; REZENDE DE MELLO, 2007).Além disso, possui elevada
temperatura na saída dos destiladores; sendo altamente nociva à fauna, flora,
microfauna e microflora das águas
doces, além de provocar fugaà fauna marinha
que vem às costas brasileiras para procriação (FREIRE & CORTEZ,
2000).
Quando
aplicada em altas doses, a vinhaça pode causar efeitos indesejáveis,
comprometendo a qualidade
da cana para produção de açúcar, salinização do solo
e poluição do lençol freático, podendo causar a lixiviação de
vários íons,
sobretudo nitrato e potássio (SILVA et al., 2007), além de causar também
a proliferação de
microrganismos, o que provoca a diminuição do oxigênio
dissolvido na água, colocando em risco a sobrevivência
da flora e fauna
aquática, dificultando o bom funcionamento desses mananciais (GURGEL, 2012).
Porém, autilização
da vinhaça, em doses adequadas, pode alterar as características do
solopromovendo
modificações em suas propriedades químicas, favorecendo o aumento
da disponibilidade de alguns elementos
para as plantas (SILVA et al,
2007; RAMIREZ, 2013).
É utilizada no
âmbito agrícola como fertilizante, principalmente nos cultivos de cana de
açúcar. Uma vez
depositada no solo, pode promover melhoria em sua fertilidade, entretanto,
as quantidades não devem ultrapassar
suacapacidade de retenção de íons (SILVAet
al., 2007)
Com o
aumento substancial na produção de etanol no Brasil, houve um aumento de
geração da vinhaça e,
assim, a necessidade do controle desse efluente.
Do ponto de vista da
regulamentação sobre a destinação da vinhaça, foi a partir daportaria nº 323 de
29.11.1978, do Ministério do Interior, que teve início o aumento na
fiscalização e controle do descarte de efluentes
industriais, estabelecendo
total proibição do despejoda vinhaça nos mananciais superficiais, obrigando as

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indústrias a apresentarem projetos para a implantação de sistemas e/ou


utilização da vinhaça, incorrendo em
multa a usina ou destilaria que violassea
proibição(CORAZZA, 2006; GRANATO&SILVA, 2002). Embora tal prática
tenha
sido vetada por dispositivos legais desde 1934, por diversos artigos do Código
Penal Brasileiro, Leis
Estaduais e Portarias (GRANATO&SILVA, 2002).
Schneider et al.,
(2012), destaca que a legislação ambiental referente às esferas federal,
estadual e
municipal, proíbe o descarte deste efluente diretamente nos cursos
de rios, lagos, oceanos, e até mesmo em solos
e ar aleatoriamente, sem os
devidos cuidados quanto ao previsto nas leis.
De acordo com
Rosseto (2004) para o descarte ideal, é necessário o tratamento físico-químico
e a
normalização do produto, com o intuito de ajuste à capacidade de absorção
de solos, evitando, assim, a
contaminação de cursos d’águas e mananciais
subterrâneos.
O Quadro 1 a
seguir apresenta um resumo da evolução da regulamentação da disposição da
vinhaça.
 
 
 
 
 
Quadro 1 - Evolução da
regulamentação da disposição da vinhaça

Legislação Descrição
Portaria
MINTER n° 323, de Proíbe
o lançamento da vinhaça nos mananciais
29/11/1978 superficiais.
Resolução
CONAMA n° Determinação
da realização de estudos e
0002, de
05/06/1984 apresentação de projeto de resolução contendo
normas para controle da poluição causada pelos
efluentes das destilarias de
álcool e pelas águas de
lavagem da cana.
Resolução
CONAMA n° Obrigatoriedade
da Avaliação de Impacto Ambiental
0001, de
23/01/1986 (AIA) e do Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA)
para novas indústrias instaladas ou qualquer
ampliação efetuadas nas
já existentes.
Lei
n° 6.134, de “Os
resíduos líquidos, sólidos ou gasosos,
02/06/1988, provenientes de atividades
agropecuárias, industriais,

art. 5°, do Estado de São comerciais ou de qualquer outra natureza, só


poderão
Paulo. ser conduzidos ou lançados de forma a não poluírem
as águas
subterrâneas”.
Fonte: Hassuda (1989).

4.Alternativas
tecnológicas para a destinação da vinhaça
Diversos estudos têm sido realizados no desenvolvimento
de técnicas para o aproveitamento da vinhaça,
além de testes experimentais que
constatam uma série de opções de uso, entre elas: a produção de proteínas por
fermentação anaeróbica, a produção de gás metano, seu emprego na formulação de
ração animal, a utilização
como adubo na lavoura ou queima para a produção de
fertilizante; e a utilização agrícola do resíduo “in natura”,
em
substituição total ou parcial às adubações minerais.
Como o objetivo deste artigo é ser um
trabalho de revisão, a seguir serão apresentadas brevemente
algumas opções de
aproveitamento da vinhaça.
 
Fertirrigação
 
O uso da vinhaça “in
natura” na lavoura é a prática mais difundida atualmente na indústria da
cana no
Brasil. A aplicação de vinhaça na cultura da cana iniciou empiricamente
nos anos 50, quando foram iniciados os
trabalhos pioneiros de Almeida (1950;
1955). Antes desta data, a vinhaça era considerada inadequada para este
uso
devido à sua acidez elevada.
Desde então a vinhaça
é predominantemente aplicada ao solo por meio da fertirrigação: essa
tecnologia, a
qual foi praticamente toda desenvolvida no Brasil, envolve um
processo conjunto de irrigação e adubação onde
utiliza a própria agua da
irrigação para conduzir e distribuir o adubo químico ou orgânico na lavoura.
Da Silva et al.,
(2014), analisaram a aplicação da vinhaça em alguns atributos químicos do solo
e na
produtividade de colmos de cana, por um período de três anos, em solo
localizado em Campo Grande, MS. Os
resultados obtidos neste trabalho, destaca
que a vinhaça utilizada proporcionou um incremento na produtividade
da
cana-de-açúcar e aumento nos valores de pH e nos teores de potássio trocáveis
no solo, até a profundidade de
0,4 m.
Vários trabalhos têm sido desenvolvidos no
Brasil com o intuito de avaliar os efeitos da aplicação da
vinhaça, como a
fertirrigação, em diversas culturas agrícolas, inclusive da cana-de-açúcar, e
no solo (AGUJARO,
1979; SILVA et al., 2006; SILVA et al., 2007;
GARIGLIO et al., 2014; UENO et al., 2014).
A aplicação da vinhaça como fertilizante foi
importante pela sua praticidade e economicidade. Segundo
Cortez et al.,
(1992), esta prática ganhou espaço fundamental porque: requeria pouco
investimento inicial; tinha
baixo custo de manutenção; ganhos compatíveis
com o investimento; não envolvia uso de tecnologia complexa o
que convinha
aos interesses locais.
Segundo Marques(2006) a vinhaça por ser rica
em matéria orgânica e macronutrientes contém quantidades
razoáveis de
nitrogênio e potássio, seu emprego érecomendado para solos de baixa fertilidade.
Vale ressaltar que
sua composição química varia de acordo com alguns elementos
como: matéria prima, processo de fermentação
utilizado, equipamentos de
destilação, entre outros. Conforme recomendações de COPERSUCAR (1978) a sua
utilização deve ser verificada assim como a concentração e dosagem a fim de
satisfazer a necessidade da cultura
a que está sendo aplicada e evitar o
desequilíbrio de nutrientes no solo.
No que se refere à
deficiência nutricional de plantas medicinais, na literatura existem algumas experiências
de fertirrigação com a vinhaça no cultivo de hortaliças, podemos citar, como
exemplo, o manjericão, que no Brasil,

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é cultivado em pequenas propriedades


rurais que normalmente comercializam as folhas verdes (”in natura”) para
uso como condimento alimentar aromático.Palarettiet al.,(2015), avaliaram o efeito de
doses de vinhaça
concentrada no manjericão cultivado em estufa. Os resultados
obtidos por esses autores constataram que ocorreu
a reposição total da
exigência de nitrogênio pela cultura, favorecendo a expansão foliar além do
aumento das
características biométricas. 
 
Compostos orgânicos
 
Outra destinação para
a vinhaça pode ser o seu uso na formulação de compostos orgânicos.Paredes et al.,
(2001) consideram a compostagem uma alternativa para a reciclagem do referido
resíduo, representando uma
maneira econômica e ecologicamente aceitável para
eliminá-lo, com um alto potencial de incorporação de
efluentes orgânicos.
Experimentos
desenvolvidos pelaEmpresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaMinistério da
Agricultura,
Pecuária e Abastecimento(EMBRAPA, 2012) que se referem à
reciclagem da vinhaça através da compostagem
apresentaram resultados positivos
mediante a aplicação desta na irrigação de leiras, principalmente na maior
influência de trocas catiônicas favorecendo o processo de degradação de matéria
orgânica.
Ramirez (2013), em
seu estudo, avaliou a utilização da vinhaça como meio de cultivo para o crescimento
da
microalga Scenedesmussp, e observou que foi possível o crescimento
dessa espécie com esse meio nutritivo.
 
Alimentação animal
 
Segundo Glória et
al., (1972 e 1973) e Glória (1975) outras duas fontes potenciais de
produção de
alimentos para animais, nas usinas e destilarias, são a levedura e
a vinhaça concentrada.  O uso das leveduras
como alimento animal já é conhecido
há muito tempo, e sua produção pode ser considerada uma atividade
opcional
dentro do complexo industrial de açúcar e álcool.
O uso da vinhaça na
ração animal vem sendo estudadas por diversospesquisadores por possuir em suas
características (pH, compostos químicos, fermentos, minerais e vitaminas), se
poderia pensar numa fonte de
importante valor como aditivo na produção animal
(MC-PHERSON et al., 2002). Em estudos realizados por
Crochet (1967) cita
que o uso da vinhaça através da mistura na ração de bovinos tem sido realizado
tanto para
produção de leite como para produção de carne e ganho de peso.
Inicialmente, o
resíduo deve ser tratado para a redução de potássio, podendo ser utilizado como
ração de
bovinos, suínos e aves (RAMIREZ, 2013). A ração produzida dessa forma
não interfere no sabor ou odor do leite e
seus derivados, tem boa aceitação
pelos animais e a taxa de conversão (ganho de peso com relação ao consumo
de
ração) é adequada. No entanto, limitações de dosagem devem ser obedecidas. Em
ruminantes a ração feita da
vinhaça não pode ultrapassar 10% da alimentação
diária, em suínos não deve ultrapassar de 2 a 3% (CORAZZA e
SALLES FILHO,
2000).
Outro exemplo seria o
uso da vinhaça para a suplementação da alimentação de aves. De acordo com Vogt
et al.,(1981)
trabalhos
com a utilização desse resíduo têm sido desenvolvidos na
produção avícola e tem-se
mostrado promissor. Pesquisas realizadas na Holanda,
Bélgica e França, citadas por Sarria& Preston (1992),
demonstraram que a
utilização da vinhaça concentrada traz melhorias no crescimento das aves e a
consequente
economia na ração.
Demais estudos como o
de Nakano et al., (1999) observou que a utilização da vinhaça na ração
de aves
tem demonstrado resultados positivos no que diz respeito ao comportamento
reprodutivo. Segundo estudos
realizados por Javierre(2006)o uso da vinhaça otimizada
aumenta o número de nutrientes na ração afetando
também em redução de mortes.
Portanto a utilização
da vinhaça em outros processos produtivos tem se mostrado uma alternativa com
resultados satisfatórios.
 
Produção de biogás através da vinhaça
 
O biogás é produzido a partir de um
processo de degradação biológica da matéria orgânica com a ausência
de oxigênio,
onde a ação das bactérias através de um processo fermentativo produz uma
mistura gasosa.
Vários experimentos tem
comprovado o potencial energético da vinhaça.  Esta, ao ser adicionado a um
biodigestor produz por digestão anaeróbia o biogás. O aproveitamento da vinhaça
para geração de biogás vem
sendo realizada em projetos piloto em condições
reais no Brasil assim como o seu aproveitamento no processo
produtivo da fabricação
do álcool,como é o caso do trabalho realizado por Rego & Hernández (2006),
onde foi
estudada a viabilidade técnica, ambiental e econômica da produção de
biogás a partir da digestão anaeróbia da
vinhaça, usando um reator anaeróbio de
fluxo ascendente (Reator UASB), para fins de queima deste gás para a
produção
de energia elétrica, no interior do Estado de Pernambuco, mostrando ser uma
alternativa eficaz.
A possibilidade de tratar a
vinhaça por biodigestão anaeróbica só começou a se tornar atraente a partir do
desenvolvimento desses reatores de alta performance (UASB), onde os tempos de
retenção hidráulica são
bastantes reduzidos (GRANATO & SILVA, 2002).
Dentre vários estudos realizados
no Brasil, segundo Lemo (1991), em experimentos com biodigestor, para
cada
litro de vinhaça pode gerar até 13 litros de biogás.
A geração de biogás utilizando a vinhaça é
relevante quando considerado sob o ponto de vista do
aproveitamento da energia
da biomassa da cana, contribuindo para a melhoria da sustentabilidade desta
fonte
renovável e aumentando sua taxa de conversão energética, podendo tornar a
unidade produtora de etanol
totalmente independente de combustíveis de origem
fóssil, tanto na área agrícola como na planta industrial, já
suprida pelo uso
do bagaço, além daimportância relativa que o biogás pode ocupar na matriz energética
nacional.
 
Considerações
finais
 
Os resíduos da agroindústria sucroalcooleira,
em especial a vinhaça, têm sido gerados em grandes
proporções, o que tem
provocado alerta às autoridades ambientais com relação ao seu destino, devido
aos
impactos que estes podem trazer ao meio ambiente. Com isso, houve a
necessidade de promoveriniciativas para
a reutilização desses resíduos. 

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Opresente artigofezuma revisão


das diversas alternativas tecnológicas relativas à destinação da vinhaça,
como
forma de solucionar o destino adequado desta problemática.
A fertirrigação é uma das
tecnologias mais difundidas neste processo de reutilização, em função da
praticidade e economicidade do processo produtivo, embora haja outros processos
de reutilização que
apresentam potencial de desenvolvimento, comoé caso do uso
na compostagem, utilização na ração animal,
como fonte energética, produção de
eletricidade, produção de biogás, como meio de cultivo para crescimento de
microalgas,
etc. Além
destes, outras ideias estão sendo testadas para a destinação da vinhaça que não
foram
mencionadas neste artigo, entre elas a utilização na fabricação de
tijolos ou o uso no cultivo de ervas aromáticas.
Nesse contexto, há um grande número de opções
de aproveitamento da vinhaça onde diversas pesquisas
têm comprovado suas
potencialidades, se mostrando como uma solução para evitar os impactos
ambientais
promovidos pelo seu mau uso através do descarte sem qualquer
tratamento e promover a proteção do meio
ambiente.
Contudo, o uso destas técnicas e de outras,
ainda necessitam de pesquisas adicionais devido às
características da vinhaça
ainda não terem sido pesquisadas profundamente, tornando-se necessário o
aprimoramento de novas tecnologias para que se possa garantir
a sustentabilidade do processo produtivo
sucroalcooleiro.
 
 
REFERÊNCIAS
 
AGUJARO, R. O uso da vinhaça na Usina
Tamoio como fertilizante. Saccharum. STAB, São Paulo, v.2, p.4,
mar., 1979.
 
ALMEIDA,
J.R. de. O problema da vinhaça em São Paulo. Boletim do Instituto
Zimotécnico, Piracicaba, n.3: p. 1-
24, 1952.
 
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[1]
O
etanol hidratado é o etanol comum vendido nos postos, enquanto o etanol anidro
é aquele misturado à gasolina.

https://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=2548 9/9

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