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Eletrotermofototerapia

Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto


2021 by Editora Edufatecie
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

N691e Niimoto, Rafaela Lima


Eletrotermofototerapia / Rafaela Lima Niimoto
Paranavaí: EduFatecie, 2022.
91 p.: il. Color.

1. Termoterapia. 2. Fototerapia. I. Centro Universitário


UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título.

CDD: 23 ed. 615.485


Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577

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Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto

Projeto Gráfico, Design e


Diagramação
André Dudatt
AUTORA

Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto

● Especialista em docência no Ensino Superior (Faculdade Futura);


● Especialista em Estética e Cosmetologia (Faculdade Futura);
● Tecnóloga em Estética e Cosmética (UniCesumar);
● Professora conteudista (UniFatecie);
● Docente curso técnico em Estética;
● Coordenadora de estágio curso técnico em Estética;
● Currículo Lattes: NIIMOTO, R. L.

CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/1774562402071217

Experiência clínica em estética facial e corporal, graduada no curso de Tecnologia


em Estética e Cosmética, desde 2012. Docente no curso técnico em Estética deste de
2019, até o momento, professora conteudista da UniFatecie.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Prezado aluno (a)

Seja bem-vindo ao curso de graduação de Tecnologia em Estética e Cosmética,


sabemos o esforço e a dedicação realizados ao universo acadêmico e agradecemos a
confiança depositada na UniFatecie, portanto, receba nossos abraços de boas-vindas.
Durante o semestre vamos construir nosso conhecimento sobre os conceitos de
Eletrotermofototerapia em estética, as indicações, contraindicações, efeitos fisiológicos e
formas de aplicações da eletroterapia.
Sendo assim, na Unidade I, vamos estudar as propriedades de física e das correntes
elétricas de baixa e média frequência, formas de pulso, intensidade e suas características
e conceitos na estética.
Na Unidade II estudaremos o conteúdo de Eletrotermofototerapia, os conceitos de
iontoforese, micro correntes, vacuoterapia e eletroestimulação: corrente russa, as diferen-
ças de aplicações, os cuidados ao realizar os procedimentos de eletroterapia.
Ao abordarmos as Unidades I e II, daremos sequência aos estudos da Unidade III,
com a continuidade da eletroterapia. Os conteúdos abordados são referentes aos recursos
térmicos na área da estética, recursos mecânicos, ultra som, ultra cavitação e eletroporação.
E logo na Unidade IV, veremos sobre a eletroterapia avançada, os objetivos de
tratamentos, protocolos estéticos, e o conceito de cada equipamento, e na sequência rea-
lizaremos os estudos de radiofrequência, fototerapia (luz pulsada, laser), LAD, criolipólise
e criofrequência.
O curso de tecnologia em estética e cosmética nos proporciona um amplo conhe-
cimento da área da saúde, estética e bem estar. A nossa jornada de estudos tem objetivo
de multiplicar os seus conhecimentos pessoais e profissionais. Sendo assim, esperamos
poder contribuir nessa jornada.

Muito obrigado e bons estudos.


SUMÁRIO

UNIDADE I....................................................................................................... 3
Eletrotermofototerapia I

UNIDADE II.................................................................................................... 24
Eletrotermofototerapia II

UNIDADE III................................................................................................... 46
Eletrotermofototerapia III

UNIDADE IV................................................................................................... 69
Eletrotermofototerapia IV
UNIDADE I
Eletrotermofototerapia I
Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto

Plano de Estudo:
● Propriedades físicas das correntes elétricas de baixa e média frequência;
● Alta frequência e conceitos da corrente elétrica;
● Recursos eletroterápicos: corrente galvânica;
● Recursos eletroterápicos: corrente farádica.

Objetivos da Aprendizagem:
● Identificar e contextualizar a Eletrotermofototerapia;
● Compreender os tipos de ondas, formas da corrente elétrica;
● Estabelecer a importância do conhecimento da Eletroterapia
aos procedimentos estéticos.

3
INTRODUÇÃO

A Eletroterapia é um recurso essencial para tratamentos estéticos, e o cliente


deste então está sempre em busca de novos procedimentos estéticos e recursos para
os cuidados com o corpo. Desta forma, o profissional de estética deve estar qualificado
e com conhecimentos de anatomia, fisiologia humana, cosmetologia e eletroterapia para
realizar-se e elaborar protocolos estéticos.
Ao iniciar os procedimentos estéticos, é de extrema importância que o profissional
de estética realize a ficha de anamnese, que tem por objetivo conhecer o cliente e diagnos-
ticar a disfunção estética para assim, elaborar os protocolos estéticos e afins do tratamento.
Entretanto, os recursos estéticos podem ser realizados com técnicas manuais, associação
de fármacos (cosmetologia) e também recursos de eletroterapia.
Portanto, a tecnologia eletro estética pode ser associada nos protocolos estéticos com
sequência e indicação para cada indivíduo, com base de recursos e conhecimentos é necessá-
rio conhecer as propriedades físicas das correntes elétricas dos equipamentos estéticos.
Nos próximos tópicos vamos estudar sobre a Eletrotermofototerapia: corrente elé-
trica baixa e média frequência.

Bons Estudos!

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 4
1. PROPRIEDADES FÍSICAS DAS CORRENTES ELÉTRICAS DE BAIXA
E MÉDIA FREQUÊNCIA

1.1 Corrente Elétrica


A Corrente Elétrica é classificada como movimento de carga elétrica por segundo, que
se dá através de fluxo de elétrons entre um condutor, no entanto, as correntes são determinadas
como: direta, contínua, monofásica, e podem ser classificadas em correntes alternada, pulsada,
bipolares, bifásicas e bidirecionais simétricos e assimétricos. Desta forma, sendo classificadas
em correntes de baixa e média frequência. No entanto existem três tipos de correntes elétricas
na eletroterapia: Corrente Contínua, Corrente Alternada e Corrente Pulsada.
A Corrente Contínua é definida por ter uma única direção no fluxo da corrente, que
são classificadas de unidirecional ou polarizada. Na eletroterapia é referenciado como corrente
galvânica. E a Corrente Alternada tem características de possuir um fluxo bidirecional contínuo,
este tipo de corrente usa-se para vários fins de aplicação terapêuticas (PEREIRA, 2019).
A Corrente Pulsada é definida como fluxo bidirecional, desta forma é a corrente mais
utilizada na eletroestimulação e caracteriza pela presença de pulso, no qual representa um
período de tempo e contração por pulso.
Entretanto, a algumas diferenças entre as classificações das correntes em relação
a sua frequência, utilizadas em aplicações em tratamentos estéticos que se encontra – se
em baixa e média frequência. Desta forma, a variação de frequência se dá através do limiar
de sensibilidade do paciente durante a aplicação da corrente elétrica no tecido, entretanto,
a frequência da corrente elétrica será definida através de número de ciclos emitidos por
segundo, classificado como hertz (Hz).

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 5
1.2 Corrente Elétrica Baixa Frequência
As Correntes de baixa frequência são constituídas em corrente pulsada, que é
denominada em pulsos intermitentes separados por um intervalo considerável entre cada
pulso, a sua frequência pode variar de 1-200 Hz e a forma de onda modulada, monofásica
ou bifásica. Os exemplos de corrente de baixa frequência para a estética são: Corrente Fa-
rádica, Galvânica, TENS (em inglês Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation). Durante
a prática clínica, a aplicação da corrente de baixa frequência proporciona maior sensibili-
dade no tecido do paciente, todavia, a diferença das correntes de baixa e média frequência
é através da eletroestimulação no tecido de baixa frequência, no qual proporciona maior
fadiga muscular ao realizar as aplicações.

1.3 Corrente Elétrica Média Frequência


A Corrente de Média Frequência é determinada por corrente alternada, e esta clas-
sificação é constituída por onda que são interligadas em duas fases: positiva e negativa.
O fornecimento do estímulo em burts é constituído por vários pulsos, que geralmen-
te é modulada com uma frequência de 1- 10 KHz, a onda é formada por simétrica e bifásica,
o exemplo de corrente de média frequência é a corrente russa, recurso de eletroterapia
utilizada em procedimentos estéticos para afins de tonificação muscular.

1.4 Parâmetros de Modulação


Segundo Borges (2010), os parâmetros de modulação são classificados em:

● Formas de ondas: Amplitude, frequência do pulso;


● Simétrica: carga positiva e negativa;
● Assimétrica: movimento em cada direção variável;
● Monofásica: pulso quando se apresenta em uma única fase da onda;
● Bifásica: Conjunção de duas fases;
● Senoidal: oscilação das ondas senoidal (alternada, bifásica e simétrica);
● Frequência: refere-se a largura do pulso no que consiste em frequência; simbo-
lizado pela letra “F” e os números de pulsos são expressos por hertz (Hz);
● Burts: são classificados por emissão de pulsos, com frequência e amplitudes
da corrente.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 6
A Eletroterapia estética tem a sua importância aos procedimentos estéticos,
estudar os recursos eletroterápicos, permite ao profissional de estética, realizar e ela-
borar protocolos estéticos de acordo com as necessidades de cada cliente e disfunção
estética. O estudo da aplicação, formas de ondas, frequência e tempo são necessários
para se obter resultados satisfatórios. Aos próximos tópicos vamos estudar sobre a
eletroterapia de alta frequência.
Durante a realização dos estudos do tópico, consideramos a importância ao conhe-
cimento referente as propriedades físicas da corrente elétrica, todavia, as correntes são
classificadas em baixa e média frequência, desta forma, destacamos a classificação em
três tipos de correntes na eletroterapia: Corrente Contínua, Corrente Alternada e Corrente
Pulsada. Destacamos que as correntes são definidas por ter uma única direção no fluxo da
corrente, que são classificadas de unidirecional ou polarizada.
Entretanto as diferenças entre as correntes em relação a sua frequência, são uti-
lizadas em aplicações aos tratamentos estéticos que se encontra – se em baixa e média
frequência, as variações de frequência se dá através do limiar de sensibilidade do pacien-
te durante a aplicação da corrente elétrica no tecido. Concluímos então que, a corrente
elétrica há sua importância na sociedade e ressaltamos o conhecimento da eletroterapia
para a nosso dia a dia, no entanto, a aplicação e uso correto durante aos procedimentos
terapêuticos e estéticos proporciona efeitos satisfatórios e bem estar ao paciente.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 7
2. ALTA FREQUÊNCIA E CONCEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA

A Eletroterapia de alta frequência tem a finalidade de complementar os procedimen-


tos estéticos faciais, corporais e capilares, desta forma, é um recurso utilizado em clínicas
de estética, devido a sua versatilidade. Possui vários modelos e eletrodos de vidros, ao
realizar os procedimentos estéticos o aparelho é de fácil aplicação sobre a pele.
A técnica de alta frequência é realizado por uma condução de estímulo elétrico
por meio de um gás com propriedades físico e químico, então ocorre a transmissão da
corrente ao eletrodo. Sabe-se que no aparelho de alta frequência há diversos eletrodos de
vidros, distintos, preenchidos de ar rarefeito. O equipamento é gerador de alta frequência
que produz uma corrente de baixa intensidade e de alta tensão, ao passar aos eletrodos
que gera o ozônio.
Para entendermos a eletroterapia de alta frequência, há alguns conceitos a ser
estudados. Segundo Borges (2010) o francês Jean D’arsonval iniciou-se os estudos do
campo eletromagnético no final do século XIX, esse campo é formado por um espaço em
que atuam forças magnéticas que se forma em volta do condutor elétrico, e quando ocorre
a corrente elétrica em um condutor, há uma manifestação de alterações e modificações
da formação de um campo eletromagnético, entretanto, quanto maior a intensidade da
corrente ao condutor, maior será o campo eletromagnético.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 8
O aparelho de alta frequência utiliza-se de correntes alternadas entre 100.000 e
200.000 Hz, com uma intensidade de 100mA, no qual consiste em um gerador de alta
frequência que se acoplam em vários modelos de eletrodos de vidros, que ao passar em
seu interior a corrente alternada facilita a transmissão da alta voltagem. Os gases presentes
podem ser: árgon, neônio ou xênon, quando percorre o ar que separa o eletrodo da pele,
o faiscamento rompe as moléculas de oxigênio, liberando seus átomos (BORGES, 2010).
De acordo com o autor Borges 2017, a passagem de ondas eletromagnéticas ou
outros gases rarefeitos provocam a formação de ozônio, desta forma, os processos quími-
cos da substância ozônio é instável e se decompõe rapidamente em oxigênio molecular
(O²) e em oxigênio atomar (atômico), entretanto, a ação desinfetante do ozônio reside do
oxigênio (atômico) que é liberado no momento da decomposição do ozônio.
Desta forma, na estética, a alta frequência tem uma importância sobre as disfunções
cutâneas, como por exemplo, o envelhecimento cutâneo ocorre através da ação dos radicais
livres, e o oxigênio é um dos precursores, e através da oxidação das estruturas orgânicas,
com base de considerações sobre a ação do radical livre com o recurso da alta frequência,
os eletrodos são produtores de ozônio ao nível cutâneo, deve ser usados cuidadosamente,
pois o procedimento estético visa atenuar e retardar os efeitos do envelhecimento celular
(KORLEO et al., 2013). A eletroterapia de alta frequência ao utilizar-se de forma criteriosa
nos traz benefícios a nossa pele, com função de realizar oxigenação celular, tornando os
resultados estéticos satisfatórios.

2.1 Alta Frequência – Efeitos Fisiológicos


Os recursos eletroterápicos, tem como objetivo realizar os efeitos fisiológicos para
nosso organismo, entretanto, a partir deste efeito pode ocorrer vasodilatação periférica no
local e aumento da oxigenação celular. O efeito térmico é obtido através do tempo de apli-
cação da alta frequência sobre a pele. Neste tópico, vamos estudar os efeitos fisiológicos,
terapêuticos, indicação e contra indicação da eletroterapia alta frequência.
Segundo Borges (2010), os efeitos fisiológicos ocorrem quando há uma passagem
da corrente elétrica ou estímulos de técnicas manuais, associados com a cosmetologia, que
ocorre sobre nosso organismo, o sistema nervoso atua diretamente respondendo todos os
estímulos gerados durante o procedimento, desta forma, pode ocorrer: aumento do aporte
sanguíneo, oxigenação tecidual.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 9
● Aumento da oxigenação tecidual: ocorre quando é gerado calor sobre a pele
e, portanto, observa-se o aumento do fluxo sanguíneo, contribuindo a melhora
da oxigenação e do metabolismo celular local. É também indicado para uso
de pós-operatório de cirurgias plásticas, em virtude do auxílio da oxigenação
tecidual e pele o seu efeito bactericida, no qual é aplicado com auxílio de uma
gaze sobre a pele durante a aplicação para afins de facilitar o deslizamento de
eletrodo no tecido (BORGES, 2010).
● A alta frequência: também é utilizada para os procedimentos de Estética facial,
como por exemplo: após a extração de limpeza de pele, em peles acneicas,
com efeito bactericida, fungicida permite a diminuição de bactérias presentes
na superfície da pele e cicatrização do tecido após a lesão, realizado durante
o procedimento estético. Devido ao seu potencial de oxigenação tecidual, a
eletroterapia alta frequência, é empregada nos protocolos de estética capilar,
com objetivo de auxiliar a oxigenação e aumento do aporte sanguíneo no couro
cabeludo e folículo piloso, no qual contribui para fortalecimento da haste capilar
(GUIRRO E. e GUIRRO R., 2004).

2.2 Efeitos Terapêuticos da Alta Frequência


Os efeitos terapêuticos estão relacionados com os efeitos fisiológicos, no entanto,
podemos citar:
● Ação bactericida e antisséptica: ocorre uma ação de formação do ozônio
ao nível da pele, as faíscas que saltam entre a superfície do eletrodo forma,
uma camada de oxigênio e ozônio através da corrente elétrica, fornecendo,
portanto, um efeito bactericida, antisséptico, germicida, reduzindo e eliminando
as bactérias presentes sobre a pele.
● Ação fungicida: eliminação e diminuição da proliferação de fungos na pele.
● Ação homeostática: efeito de cicatrizante, ou seja, contribui para a redução do
sangramento após procedimento realizado na pele.
● Ação Anti-inflamatória: a alta frequência é um recurso que contribui para repa-
ração, no entanto, feridas abertas como: úlceras e acne, é comum a presença
de microrganismos oportunistas que dificultam o processo de cicatrização da
pele, e o recurso de alta frequência aplicado sobre o tecido proporciona o efeito
fisiológico de oxigenação tecidual, promovendo a cicatrização da pele.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 10
2.3 Indicações da Alta Frequência
Os procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, tem suas indicações e
contra indicações para ser realizados a cada indivíduo. A realização da ficha de anamnese
nos permite profissionais de estética, a elaborar protocolos e aplicações da eletroterapia e
os demais recursos para afins de melhorar e atenuar as disfunções estéticas. Sendo assim,
a alta frequência tem suas indicações e cuidados para realizar o determinado recurso, con-
forme, Borges (2010) as indicações têm suas finalidades de promover a ação bactericida
sobre a região ser aplicada, tais como:

● Indicados para desinfeção após a extração de acnes;


● Possui efeitos anti-inflamatórios, indicados para peles acneicas e feridas pre-
sente na pele;
● Estimulação da circulação sanguínea do tecido, contribui para a cicatrização do
tecido lesionado;
● Indicação para indivíduos com histórico de foliculite, presença de microrganis-
mos oportunistas que estão presentes na pele.

Em procedimentos estéticos, a alta frequência é empregada na terapêutica facial,


mas também em técnicas de protocolos de revitalização, hidratação e permeação de prin-
cípios ativos.

2.4 Contraindicação da Alta Frequência


● Portadores de marca passo cardíaco;
● Pessoas cardíacas;
● Neoplasias (câncer);
● Indivíduos com distúrbios de sensibilidade;
● Portadores de pinos ou placas metálicas no local de aplicação;
● Pele com cosmético inflamável (álcool e éter), pois pode desenvolver queima-
duras desencadeadas pelo faiscamento do aparelho;
● Cuidado especial para peles que tenham a presença de rosácea, ou que tenham
sensibilidade.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 11
2.5 Prática Clínica: Aplicação da Eletroterapia e Alta Frequência
Para realizar a aplicação da eletroterapia é essencial para se obter resultados
satisfatórios aos tratamentos estéticos faciais, corporais e capilares. No entanto, a prática
clínica desde o conhecimento da montagem e aplicação são necessários para afins de
evitar intercorrências durante os procedimentos, a alta frequência por exemplo, é formada
por tubos eletrodos de vidros de vários formatos, para realizar a introdução do eletrodo
aos porta eletrodos, é necessário manter em posição vertical com objetivo de evitar que o
eletrodo se solte e se quebre. Em geral, são conectados por pressão, por meio de um cabo,
ao gerador da corrente de alta frequência (BORGES, 2017). Ao realizar a aplicação do
eletrodo no paciente, devemos estar atentos aos detalhes de tempo, aplicação, frequência
e a sensibilidade do indivíduo, desta forma, antes de ligar o aparelho, o eletrodo deve estar
encostado sobre a pele do cliente, no qual se evita o susto no momento, e ao permanecer
ligado, o mesmo deve estar sempre em contato com a pele com auxílio de uma gaze para
facilitar o deslizamento do eletrodo.
Durante a aplicação da alta frequência, é comum que os eletrodos possam aparecer
de diferentes tonalidades, como: violeta (no interior há vácuo), tons de laranja (presente em
seu interior o gás de neon). A técnica de alta frequência pode ser realizada de 3 a 5 minutos
para estética facial, podendo se estender até 10 minutos para casos de estética corporal na
área a ser tratada. Quanto a intensidade, é necessário realizar de acordo com tolerância do
cliente associado com o conforto.
Nesse sentido, a eletroterapia é indicada para procedimentos de limpeza de pele,
auxílio na permeação dos princípios ativos dos cosméticos, revitalização cutânea, preven-
ção de quedas de cabelos, para cicatrização e bactericida.

2.6 Finalidades de Cada Eletrodo da Alta Frequência


● Bobina: onde é realizado a introdução dos eletrodos;
● Esférico maior ou menor: tem o formato anatômico que facilita a passagem da
corrente elétrica, usado de fluxação ou faiscamento elétrico;
● Forquilha: Usa-se para o faiscamento direto e o uso de indicação para pescoço,
braços e mamas;
● Pente: Utilizado para tratamentos estéticos capilares, realizando – se os mo-
vimentos de pentear os cabelos, para afins de realizar oxigenação ao couro
cabeludo;
● Fulgurador: Utilizado para homeostasia em acnes, o faiscamento é realizado
direto ao contato com a pele;

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 12
● Saturador: É um eletrodo com faiscamento indireto, proporciona vasculariza-
ção da pele, indicados para realização da permeação dos princípios ativos. A
técnica consiste em que o cliente segure o saturador enquanto o profissional
realiza os procedimentos estéticos manuais (massagens).

Podemos considerar que a alta frequência é considerada a eletroterapia que tem


a finalidade de complementar os procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares e
também demais protocolos que possam ser utilizadas de acordo com os efeitos fisiológi-
cos proporcionados a eletroterapia, no entanto, é utilizado em clínicas de estética, devido
a sua versatilidade.
Aos eletrodos, possuem vários modelos e finalidades, que possuem mecanismo
de ação de realizar fungicida, bactericida, no qual ao aplicar sobre a lesão, proporciona a
regeneração, oxigenação tecidual.
Desta forma, concluímos que a alta frequência promove efeitos fisiológicos para
nosso organismo, principalmente a vasodilatação periférica, proporcionando a oxigenação
tecidual, auxiliando a cicatrização do tecido lesionado. Destacamos também que os efeitos
fisiológicos, juntamente com associação de princípios ativos indicados para cada tratamen-
to potencializa os seus efeitos promovendo resultados satisfatórios ao profissional da área.

SAIBA MAIS

A alta frequência é coadjuvante a vários protocolos estéticos, inclusive para procedi-


mentos de pós depilação, pós limpeza de pele e durante os atendimentos clínicos na
área de podologia. Pois a função da alta frequência é auxiliar na prevenção de foliculi-
tes, efeito bactericida e fungicida.

Fonte: PEREIRA, M. F. L. (org). Eletroterapia. (livro eletrônico). São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2019.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 13
3. RECURSOS ELETROTERÁPICOS: CORRENTE GALVÂNICA

Nas unidades anteriores, estudamos sobre as funções, indicação, diferenças de


corrente elétrica e sua frequência. Neste tópico, vamos estudar sobre a corrente galvânica,
no qual tem as suas indicações terapêuticas e estética, é um recurso Eletroterápico e coad-
juvante aos protocolos estéticos.
A Corrente Galvânica, segundo Borges (2010), é chamada também de corrente
contínua, direta, constante, unidirecional, ou seja, uma corrente em que o fluxo de elétrons
acontece em apenas em uma direção, no qual consiste que a aplicação da Corrente Galvâ-
nica é distribuída em galvanização e iontoforese.
A descoberta da Corrente Galvânica ocorreu na época de 1786 por Luigi Galvani,
aos estudos e pesquisas, realizou –se um estímulo do nervo e músculo de rã com a cor-
rente elétrica, por, todavia a publicação deste estudo, foi apenas publicada no ano de 1791
e a Corrente Galvânica passou a ser utilizada como recursos terapêuticos para introduzir
medicamentos nos tecidos corporais.
A aplicação do recurso eletroterápico se dá através exclusivamente aos efeitos polares
no qual a mesma é promovida, entretanto, o tecido cutâneo apresenta quantidades de íons
positivos e negativos dissolvidos em nosso organismo, que ao ser colocados sobre a superfície
da pele o campo elétrico polarizado realiza – se as consequências químicas e físicas.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 14
Segundo Guirro E. e Guirro R. (2002), os fluídos corporais são formados por solu-
ções salinas oxigenadas que contém íons. A corrente contínua é transmitida por meio de
um par de eletrodos na superfície da pele, e através do campo elétrico é produzido entre os
eletrodos e íons que se movem em uma direção cutânea sobre os eletrodos, determinados
como dissociação eletrolítica, esta mesma, ocorre um fenômeno entre as moléculas e se
dividem em polo positivo e polo negativo:

● Polo positivo (Ânodo): atrai íons negativos e repele os íons positivos.


● Polo negativo (Cátodo): atrai íons positivos e repele os íons negativos.

A reação química e física da Corrente Galvânica ocorre durante ao Polo positivo


uma reação ácida, diminuição do pH, com liberação de oxigênio e necrose de coagulação,
e ao Polo negativo se dá a reação básica ao aumento do pH ocorrendo a liberação de
hidrogênio e necrose de liquefação (KORLEO et al., 2013).
A Necrose de liquefação é caracterizada na área tecidual com necrose, que se
mostra amolecida, líquida devido as reações químicas e físicas. E a necrose de coagulação
ou isquêmica é determinado por desnaturação das proteínas celulares, devido a diminuição
do pH celular no processo de lesão ou isquemia (GUIRRO E. e GUIRRO R., 2004).

3.1 Efeitos Fisiológicos da Corrente Galvânica


● Aumento do Fluxo Sanguíneo (vasodilatação) sob os eletrodos: ocorre uma
hiperemia local que permanece por até 20 minutos;
● Aporte e aumento da nutrição tecidual;
● Oxigenação tecidual;
● Atua no auxílio da regeneração e reparação tecidual;
● Aumento da temperatura sobre os tecidos;
● Efeito bactericida, pois a alteração do pH no local aplicado;
● Efeito analgésico, por ocorrer a hiperemia no local contribui para que induzem
a reduzir a dor;
● Contribui para a cicatrização do tecido, devidamente melhora a qualidade cutânea.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 15
3.2 Contraindicação da Corrente Galvânica
Segundo Borges (2010), as contra indicações da Corrente Galvânica: portadores
de marca-passo, gestantes, pinos ou placas, câncer, DIU e problemas venosos graves.
Entretanto abaixo, segue um exemplo as características do polo negativo e positivo.

QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS DOS POLOS NEGATIVOS E POLOS POSITIVOS

Polo negativo Polo positivo


Libera e atrai hidrogênio Libera e atrai oxigênio
Vasodilatador Pouco vasodilatador
Estimulante Enrijece os tecidos
Contribui para hidratação aos tecidos Analgésico
Reação alcalina (NaOH) Reação ácida (HCI)
Fonte: PEREIRA, 2019.

As técnicas realizadas com a Corrente Galvânica, são divididas em: desincruste,


eletrolifting e iontoforese. Ao realizar o procedimento da desincrustação é associado com
princípios ativos que penetram sobre a pele, por meio da corrente elétrica é realizado a
saponificação, reduzindo a oleosidade presente, coadjuvante aos tratamentos estéticos
para peles oleosas e acneicas. Outros, benefícios da Corrente Galvânica, é o recurso ele-
troterápico a iontoforese, a corrente é usada para facilitar a absorção dos princípios ativos
utilizados, desta forma, contribui para a hidratação cutânea, aplicações de anestésicos lo-
cais e agentes Anti-inflamatórios, e também complementam aos tratamentos de hiperidrose
(suor excessivo em um local do corpo).
O recurso de eletrolifting é utilizado com uma agulha de 4mm, essa aplicação é
pontual na região ser tratada e o efeito fisiológico é realizar através do estímulo elétrico a
renovação celular, causando uma lesão no estrato espinhoso no que induz o organismo
realizar a cicatrização, devido a formação de colágeno e elastina. Este procedimento é
indicado para protocolos de envelhecimento cutâneo e estrias.
Com isso, podemos perceber que a eletroterapia Corrente Galvânica, é conhecida
por ser uma corrente contínua, direta, constante e unidirecional. É uma corrente que se tem
o fluxo de elétrons, no qual consiste a eletroterapia como corrente galvânica e é distribuída
em galvanização e iontoforese.
A corrente contínua é transmitida por meio de eletrodos na superfície da pele, e
através do campo elétrico é produzido entre os eletrodos e íons que se movem em uma
direção cutânea sobre os eletrodos, determinados como dissociação eletrolítica, esta mes-
ma, ocorre um fenômeno entre as moléculas e se dividem em: Polo positivo e Polo negativo.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 16
No entanto, o Polo positivo e negativo repele os íons entre si, induzindo aos efeitos
fisiológicos promovidos ao nosso organismo, concluímos que a Corrente Galvânica é coadju-
vante aos procedimentos estéticos, faciais, corporais e capilares, resultando em procedimen-
tos estéticos satisfatórios. O conhecimento relacionado na área é de extrema importância,
para se evitar intercorrências durante aos procedimentos realizados ao paciente.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 17
4. RECURSOS ELETROTERÁPICOS: CORRENTE FARÁDICA

No tópico anterior, estudamos sobre a Corrente Galvânica e suas funções, desta


forma, vamos estudar a partir de agora o conteúdo de Corrente Farádica, que são recur-
sos de eletroterapia para os procedimentos estéticos. Ao estudar as características das
correntes é necessário determinar as suas diferenças e intensidades, que são essenciais
para realizar na prática para obter-se resultados satisfatórios e se evitar quaisquer intercor-
rências durante o procedimento.
A Corrente Farádica é uma corrente de baixa frequência, conhecida como cor-
rente alternada, usadas para fins terapêuticos. O pulso da corrente farádica é bifásico e
assimétrico. Todavia, do início aos anos 40 e até o fim dos anos 60, a corrente farádica foi
considerada mais confortável que a corrente contínua, no entanto, os conhecimentos atuais
indicam que o conforto da corrente sobre o tecido é relativo, porém, o pulso da Corrente
Farádica é mais curto, no qual, é otimizado o alívio no momento da aplicação.
No entanto, a corrente, funciona por meio da criação de reações químicas distintas,
dependendo a polarização utilizada (negativa ou positiva). O eletrodo ativo polo positivo
e negativo é usado na região ser tratada, ambos deve estar em contato com a paciente,
fechando o circuito.
As características da Corrente Farádica se dão através da intensidade, tempo de
duração do pulso, tempo de repouso do pulso, forma de onda, tempo de aplicação.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 18
4.1 Parâmetros da Corrente Farádica
● Intensidade: 80 mA, no qual é ideal e tolerável a corrente sobre o tecido;
● Tempo de duração do pulso: pode ser variável entre 0,1 a 1 milissegundos;
● Tempo de repouso do pulso: realiza-se 20 milissegundos de repouso, de um pulso;
● Forma de onda: Triangular e polarizada;
● Tempo de aplicação: Ocorre em média de 100 contrações no local aplicado e
repouso por 2 minutos do tecido.

A principal ação da corrente é efeito excito motriz (excitação motora), só ocorre em


musculatura, através do estímulo do pulso elétrico. Durante a aplicação, ocorre os efeitos
fisiológicos da corrente sobre o nosso corpo, promovendo as ações fisiológicas para afins
terapêuticos e estéticos.

4.2 Efeitos Fisiológicos


● Atuação em nervos sensitivos: com a ação da Corrente Farádica, o paciente
tem sensações suaves da passagem elétrica, no qual, se deve por estimulação
dos nervos sensitivos que a corrente produz, devido a sua intensidade e fre-
quência.
● Atuação em nervos motores: o estímulo, provoca contração da musculatura
inervada, desta forma, para não ocorrer fadiga muscular, ocorre em alguns
milissegundos o relaxamento muscular.
● Contração muscular: estímulo da contração muscular voluntária.
● Fibras musculares: com a estimulação da corrente, ocorre o aumento do nú-
mero de fibras musculares, ocasionando uma hipertrofia muscular.
● Circulação linfática e venosa: Devido a contração e o relaxamento muscular,
ocorre o bombeamento dos vasos venosos e linfáticos, desta forma, facilitando
o retorno venoso e promove a oxigenação tecidual.

4.3 Indicação da Corrente Farádica


● Melhora o tônus muscular;
● Exercícios para os músculos paralisados;
● Hipertrofia e aumento da musculatura;
● Prevenção de aderências.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 19
4.4 Contraindicação da Corrente Farádica
● Feridas e lesões na pele;
● Febre;
● Infecção;
● Câncer;
● Gestante;
● Hipersensibilidade.

4.5 Tipos de Eletrodos e suas Características


Os Eletrodos são essenciais para fazer a acoplagem aos equipamentos elétricos
sobre o tecido cutâneo, existem vários tipos de eletrodos e características, cada um com
suas condições específicas. Alguns eletrodos são determinados devido a condições do
tecido e outros específicos para passagens da corrente. Os eletrodos de borracha, são os
mais utilizados, devidamente por suas vantagens de boa condução, durabilidade, baixo
custo e se acoplam facilmente sobre os tecidos. A desvantagem é o uso de gel condutor
e fitas adesivas, que podem aumentar o custo e no momento da colocação do eletrodo,
necessita ser de tempo de colocação do eletrodo no paciente. Os eletrodos descartáveis,
são utilizados principalmente para afins de coletar sinais elétricos, como por exemplo em
exames de eletrocardiograma. A colocação do eletrodo, não precisam de gel ou fita adesiva,
são de baixo custo, as desvantagens deste eletrodo devem ser descartadas após o uso e
se deve usá-lo apenas em uma vez e pequenas áreas.
No entanto, aos eletrodos utilizados corretamente, proporciona resultados satisfató-
rios e conforto ao paciente. A função do eletrodo é realizar a condução dos polos e objetivo
de realizar conexão aos metais e principalmente transferindo os elétrons para o tecido.
A condução aos eletrodos para a pele, são realizados através da corrente elétrica
presente na eletroterapia e por meio de gel neutro que desliza superficialmente sobre o
tecido cutâneo, com rápida absorção e de fácil aplicação, o uso deste veículo é indicado
para se evitar queimaduras ao aplicar a eletroterapia ao paciente.
Sendo assim, a Corrente Farádica é considerada uma corrente de baixa frequên-
cia, no qual proporciona suas funções e efeitos fisiológicos ao nosso organismo. Porém,
a corrente funciona por meio da criação de reações químicas diferentes, dependendo a
polarização utilizada (negativa ou positiva), o eletrodo aplicado na região a ser tratada,
ambos deve estar em contato com a paciente, fechando o circuito, para se efetuar o campo
eletromagnético, proporcionando aos efeitos terapêuticos e fisiológicos.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 20
Desta forma, a Corrente Farádica tem suas características que se dá através da
intensidade, tempo de duração do pulso, tempo de repouso do pulso, forma de onda, tempo
de aplicação. Aos efeitos fisiológicos, a Corrente Farádica proporciona oxigenação tecidual,
contração das fibras musculares, indicados aos procedimentos estéticos faciais e corporais
e demais indicações necessárias.
Portanto, percebe-se que a corrente possui os parâmetros de intensidade, tempo de
aplicação e repouso do pulso emitido pela corrente, todavia a função da corrente é realizar
excitação motora, que ocorre apenas na musculatura, promovendo as ações fisiológicas
para afins terapêuticos.

REFLITA

Quando aplicamos a eletroterapia sobre o nosso paciente, o profissional deve estar


consciente que evitamos o uso de cosméticos com princípios ativos hiperemiantes,
como nicotinato de metila, pois podem ocasionar desconfortos e queimaduras leves
sobre a pele.

Fonte: PEREZ, 2014.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a),

Nesta Unidade, estudamos a eletroterapia e conceitos relacionado na área da esté-


tica, portanto, ao iniciar o procedimento estético com recursos eletroterápicos, é necessário
o conhecimento sobre as propriedades físicas das correntes elétricas, neste sentido, identi-
ficamos a classificação de uma corrente baixa e média frequência, as variações de pulsos,
intensidades e os parâmetros de modulação aos aparelhos estéticos.
Portanto, ao profissional da área da estética, conhecer e aprender situações rela-
cionado a eletroterapia, as indicações, contraindicação da corrente, mecanismo de ação,
são necessários para evitar intercorrências durante aos atendimentos realizados.
O profissional atua diretamente na saúde, bem estar e estética aos pacientes, toda-
via a Eletrotermofototerapia consiste em aparelhos estéticos, com finalidades de atenuar,
melhorar e tratar a disfunção estética, no entanto tem suas finalidades de ser utilizados aos
tratamentos estéticos corporais, faciais e capilares.
Durante todas as unidades, estudamos as abordagens terapêuticas da eletroterapia,
desta forma, acreditamos que esteja preparado para seguir as próximas etapas do curso,
realizando desenvolvimento de suas habilidades de elaborar protocolos e procedimentos
estéticos para realizar atendimentos no mercado de trabalho.

Muito Obrigado!

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 22
MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Recursos Técnicos em Estética II
Autor: Maria de Fátima Lima Pereira.
Editora: editora difusão 2° edição, 2019.
Sinopse: Livro didático de estética, indicado para estudantes e
profissionais da área da saúde, com objetivo de agregar conheci-
mentos na prática clínica, teoria referente aos recursos de eletro-
terapia aplicado a estética.

FILME / VÍDEO
Título: A Batalha das Correntes
Ano: 2019.
Sinopse: No final do século XIX, Thomas Edison e George Wes-
tinghouse tiveram uma discussão sobre como deveria ser feita a
distribuição da eletricidade. Edison fez uma campanha pela utili-
zação da corrente contínua, enquanto Westinghouse defendia a
corrente alternada. Essa disputa ficou conhecida como Guerra das
Correntes.

UNIDADE I Eletrotermofototerapia I 23
UNIDADE II
Eletrotermofototerapia II
Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto

Plano de Estudo:
● Iontoforese, desincruste e eletrolifting ;
● Microcorrentes e eletrolipólise;
● Vacuoterapia;
● Eletroestimulação: corrente russa (isometria).

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender mecanismo de ação, efeitos fisiológicos da eletroterapia;
● Identificar e contextualizar a aplicação do aparelho estético;
● Elaborar protocolos estéticos faciais e corporais e cuidados
durante a execução da eletroterapia.

24
INTRODUÇÃO

Aos estudos de conceito beleza, estética e saúde é notório observarmos os avan-


ços da tecnologia, todavia nos referimos em recursos tecnológicos e eletroterápicos como
ferramentas de proporcionar resultados aos nossos clientes e também a agregação de
valores profissionais.
Atualmente, estamos expostos diante de tendências de procedimentos menos
invasivos, invasivos com ou sem associações da eletroterapia, princípios ativos cosméticos
para proporcionar resultados aos procedimentos estéticos, desta forma, sabe-se que a
capacitação profissional é de extrema importância para se executar as técnicas básicas,
intermediárias e avançadas para se traçar aos objetivos aos tratamentos propostos.
Assim como qualquer procedimento estético a ser realizado, é necessário que o
profissional realize o preenchimento da ficha de avaliação, e na sequência, avalie a dis-
função a ser tratada, propondo protocolos de tratamentos, e neste mesmo, o profissional
precisa explicar as indicações, complicações e cuidados após os procedimentos. Todavia,
para a utilização dos recursos de eletroterapia, o mesmo é necessário realizar todas essas
etapas e ter conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia, conceitos de física e química.
Nestes próximos tópicos, vamos abordar os efeitos fisiológicos, funções e conceitos
da Eletrotermofototerapia, suas indicações ao uso prático e teórico com base de recursos
e conhecimentos, vamos buscar também entender sobre Iontoforese, Desincruste, Ele-
trolifiting, Microcorrente, Eletrolipólise, Vacuoterapia e Eletroestimulação (corrente russa:
isometria) com objetivo para ampliar as informações profissionais.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 25


1. IONTOFORESE, DESINCRUSTE E ELETROLIFITING

1.1 Iontoforese
A Iontoforese é o método de administração aos princípios ativos para a nossa
pele, no entanto com o uso da corrente contínua, as substâncias (princípios ativos) serão
utilizadas com propósito terapêutico. A corrente galvânica é apropriada para a permeação
de princípios ativos, em razão da capacidade de influenciar na movimentação dessas subs-
tâncias sobre o tecido aplicado. (ROSA e LOPES, 2018)
Portanto, a Corrente Galvânica é chamada de Corrente Contínua, direta, constante,
unidirecional, ou seja, tipo de corrente em que o fluxo de elétrons acontece em apenas em
uma direção (BORGES, 2010). A aplicação da Corrente Galvânica é dívida em galvanização
e iontoforese.

1.2 Efeitos Fisiológicos


A galvanização é o uso da corrente galvânica, com objetivo de obter efeitos fisio-
lógicos, aos quais podem ser polares e interpolares, desencadeando alterações locais e
sistêmicas. Os efeitos polares se desencadeiam na superfície do corpo que fica sob os
eletrodos (ROSA e LOPES, 2018).
No entanto, em razão das propriedades dos tecidos biológicos, que apresentam
elevadas concentrações de íons positivo e negativo, observa-se, uma diferença de potencial
ao realizar o movimento iônico dentro do tecido (ROSA e LOPES, 2018). Devido a movi-

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 26


mentação de íons ao tecido, haverá efeitos polares com consequências físicas e químicas,
nos quais são classificadas em: efeitos eletroquímicos, efeitos osmóticos, modificações
vasomotoras, alterações excitabilidades e aos efeitos da associação dos polares, ocorre a
transferência iônica, são denominados em:
● Eletroforese: tem objetivo realizar a separação de moléculas, sobre o efeito da
corrente contínua, devidamente por absorção.
● Eletrosmose ou Endosmose: realizado através de transferência de líquido de
um polo para o outro, no entanto, produzindo alterações da água ao tecido
cutâneo, ocorrendo anaforese ao polo positivo e cataforese no polo negativo.
● Vasodilatação da pele: devidamente pela a corrente elétrica, há uma liberação
de energia e aumento da circulação sanguínea, produzindo temperatura local
sobre o tecido, desta forma, a qual está associado por resistência aos tecidos a
passagem da corrente (efeito joule).
● Eletrotônus: são alterações na excitabilidade e na condutibilidade que a cor-
rente elétrica produz nos tecidos.
● Aneletônus: ao polo positivo provoca a diminuição da excitabilidade nervosa,
gerando analgesia.
● Cateletônus: ao polo negativo, provoca aumento da excitabilidade nervosa,
ocorre a estimulação para peles desvitalizadas (PEREIRA, 2019).

A Corrente Galvânica, transfere íons de um polo para o outro, agindo em nervos


vasomotores, desencadeando a hiperemia sobre a pele, ocorrendo aumento da irrigação
sanguínea e da nutrição aos tecidos e também aumento do metabolismo. Os efeitos fisioló-
gicos desencadeados sobre o organismo, contribui aos reparos do tecido, contribuindo para
regeneração, oxigenação tecidual.

1.3 Características dos polos da Corrente Galvânica:


Segundo Agnes (2017) destaca-se os seguintes efeitos dos polos: Cátodo (polo
negativo), possui características irritantes e estimulantes, ocorre vasodilatação, provoca
hiperemia na pele. Possui capacidade de hidratar os tecidos e produz liquefação tornando os
tecidos menos “endurecidos”. E Ânodo (polo positivo) que possui características analgésicas,
sedantes, vasoconstritor promovendo menor hiperemia e auxilia na drenagem dos tecidos.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 27


1.4 Aplicação da Pele – Iontoforese
A higienização da pele, deve ser realizada ao início de todos os procedimentos
estéticos, deve estar ausenta de quaisquer substâncias que impeça a condutividade elé-
trica (resíduos de esfoliante, cremes e etc.). Ao preparo a pele é uma etapa fundamental,
pois a sujidade e oleosidade presente na pele podem impedir a permeação aos princípios
ativos (PEREIRA, 2019). As substâncias que podem ser usadas na iontoforese, se deem
aos principais fatores para que ocorra a ação eletrolítica, ou seja, dissocie em íons. Cabe
ao fabricante do produto indicar qual a polaridade iônica para que possa pôr as polaridades
corretas durante o procedimento.

1.5 Eletrodo Ativo e Passivo


O Eletrodo Ativo é utilizado para repelir substâncias iônicas, devido as cargas serem
iguais, o Eletrodo Passivo é responsável por fechar o circuito (cargas elétricas se repelem e
cargas diferentes se atraem). Sendo assim, quando a substância é positiva, o eletrodo ativo
é positivo e o passivo é negativo e vice versa.
Desta forma, vamos abordar as indicações e as contraindicações da eletroterapia
iontoforese, os cuidados com a intensidade da corrente, a escolha do tamanho e modelo
das esferas que estarão acopladas ao eletrodo.

1.5.1 Indicações
A iontoforese é coadjuvante aos procedimentos estéticos faciais e corporais, no
entanto, com principal objetivo de realizar a permeação aos princípios ativos sobre a pele,
desta forma, é indicado para protocolos estéticos para envelhecimento cutâneo, redução
de oleosidade da pele, proporcionando uma pele hidratada, com viço, e destacamos os
efeitos fisiológicos que ocorre sobre a pele, realizando o aumento da permeabilidade do
ativo utilizado durante o procedimento.

1.5.2 Contraindicações
As contraindicações da Corrente Galvânica, para portadores de marcapasso, ou
outros dispositivos eletrônicos, portadores de DIU, gestantes, feridas abertas e processos
inflamatórios, evitar o uso da iontoforese em regiões em pálpebras, pele com presença de
dermatite e pacientes com câncer evitamos uso de correntes para fins estéticos.
A Corrente Galvânica proporciona várias associações para se usar-se aos procedi-
mentos estéticos e terapêuticos, todavia, há diversos tamanhos e modelos de peças para
se realizar a aplicação, como por exemplo, as esferas, rolinhos (rolete), ponteiras e placas
que fazem parte do equipamento, as peças são acopladas aos eletrodos para a execução
do procedimento determinado pelo o profissional.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 28


As aplicações da corrente continua é realizado através do profissional habilitado na
área da estética ou fisioterapeuta, desde que esteja capacitado, os cuidados da aplicação
são importantes ao observar a integridade da pele e realizar a higienização antes de iniciar
o procedimento, desta forma, os cuidados após a técnica executada é necessário orientar
ao paciente evitar a exposição solar, para afins de evitar quaisquer intercorrências.
Os números de sessões podem variar de acordo com a necessidade e a disfunção
estética a ser tratada, todavia, é necessário realizar a ficha de anamnese, avaliação estética
e orientar ao paciente sobre a indicação, contraindicação ao procedimento.
Portanto, vimos que a iontoforese está presente na Corrente Galvânica, o conhe-
cimento do tipo da corrente, a intensidade, efeitos fisiológicos, indicação e contraindicação
são necessários para realizar as técnicas do procedimento de forma correta para se evitar
quaisquer intercorrência ou insatisfação aos resultados. Foi abordado também sobre as
características dos polos da corrente contínua (polo positivo e negativo), e suas funções.

1.6 Desincruste
O Desincruste é uma técnica realizada aos procedimentos estéticos faciais, cor-
porais e capilares, entretanto, tem ação eletroquímica, cujo objetivo é retirar o excesso
de oleosidade da pele seborreica. A desincrustação é realizada através de um aparelho
de Corrente Galvânica com polaridade (Polo negativo e Polo positivo). Salientamos que
o desincruste tem finalidades de remover a oleosidade da pele, entretanto, peles secas
não é indicado realizar o desincruste, pois tem menor produção de sebo, podendo ocorrer
irritação e sensibilidade ao tecido após realização da técnica incorreta.
A técnica de desincrustação é feita com produtos à base de Lauriléter sulfato de
sódio, possui características detergentes e surfactante, ativos que tem a substância para a
saponificação sobre a camada da pele (epiderme), durante a aplicação ocorre a liberação
do excesso de sujidades e sebo, que estão presente na camada córnea.

1.7 Permeabilidade Cutânea


A permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de deixar passar,
seletivamente, determinadas substâncias de acordo com a sua natureza bioquímica ou
determinados fatores. (RABELLO, 2004).
Sabe-se que as camadas da pele são constituídas por epiderme, derme e tela
subcutânea, no entanto, a epiderme tem como função principal de proteção do corpo
humano, contra a ação de agentes externos. Desta forma, a permeação dos princípios
ativos com propriedades físico e químico conseguem atravessar a barreira da epiderme
e resultando na permeação.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 29


No entanto, a permeabilidade cutânea é classificada em três tipos, no qual definem
aos resultados estéticos satisfatórios, mas podem ocorrer a impermeabilidade devido a
substancia utilizada sem capacidade de permeação.
● Substância com maior permeação: essas substâncias abrangem os gases
(principalmente O² e CO²) etanol, água e ativos hidrossolúveis e lipossolú-
veis com baixo peso molecular.
● Substância mediana de permeação: os aminoácidos, glicose, vitamina D e,
hormônios, anestésicos tópicos.
● Substância sem capacidade de permeação (impermeável): incluem –se ele-
trólitos, proteínas e carboidratos, a permeação de eletrólitos só é considerada
através da ionização. O colágeno e elastina, nas suas formas, naturais, são
utilizadas em cosméticos por sua propriedade umectante (GOMES; DAMAZIO,
2009), sabe –se que não conseguem atingir as camadas profundas da pele, e
para se amenizar a dificuldade da permeação, é realizado através da eletrotera-
pia Corrente Galvânica com função de ionização.
Os princípios ativos serão absorvidos, e resultando em procedimentos satisfatórios,
com objetivo de tratar e atenuar a disfunção estética, facial, corporal e capilar. Ressaltamos
que, na desincrustação a permeabilidade é um fator importante, ocorre a permeabilidade do
Lauriléter sulfato de sódio para realizar-se saponificação na pele, reduzindo a oleosidade
presente no tecido, favorecendo a permeação dos próximos ativos.

1.7.1 Fatores que Dificultam a Permeabilidade Cutânea


● Fatores biológicos: espessura da epiderme, devido à presença a hiperquera-
tinização cutânea.
● Idade: com o avanço da idade, surge a redução da hidratação natural, o que
favorece o espessamento da camada córnea e dificulta a permeação.

1.7.2 Efeitos Fisiológicos da Permeação – Desincrustação e Ionização


● Aumento do fluxo sanguíneo: provoca hiperemia, tornando-se mais permeável.
● Oxigenação tecidual: devido a estimulação da corrente sanguínea, ocorre a
nutrição e oxigenação ao tecido.
● Hidratação: peles hidratadas facilitam a permeação das substâncias.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 30


1.7.3 Indicação
A indicação da desincrustação é realizada para peles seborreicas, oleosas, devido
ao excesso da produção da secreção sebácea, pode-se realizar a técnica durante a higie-
nização antes de um determinado procedimento específico, facilitando a permeação aos
próximos princípios ativos.
Na desincrustação são utilizados dois eletrodos, um ativo e um passivo. O eletrodo
de gancho (ativo) é envolvido com algodão embebido de Lauriéter sulfato de sódio, e o
eletrodo passivo é envolvida através de uma esponja vegetal umedecida, posicionando o
mesmo nas regiões próxima a ser tratada.
Os movimentos durante a desincrustação deve ser realizado através de manobras
circulares em toda região escolhida a ser aplicada, o tempo determinado é de 5 minutos, e
a intensidade da corrente é determinado de acordo com a sensibilidade de cada indivíduo
que está recebendo o procedimento.

1.7.4 Contra indicação


O desincruste não é recomendável para peles sensíveis (pele secas, dermatites,
presença de rosáceas, feridas abertas e com herpes). Evitamos o procedimento para ges-
tantes e lactantes, devido as alterações hormonais podem surgir reação insatisfatória na
pele. Pacientes, que são portadores de marca-passo, metal não se recomenda o uso da
corrente de eletroterapia.
Aos procedimentos estéticos a eletroterapia e princípios ativos cosméticos e/ou
medicamentosa está presente diariamente para proporcionar resultados satisfatórios para o
paciente, desta forma, atenuando e reduzindo a disfunção estética, dores, proporcionando
os efeitos terapêuticos.
Então, podemos ver que desincrustação tem a função de remover as sujidades
presentes na pele, removendo a oleosidade, através da permeação do Lauriéter sulfato de
sódio e ou outras substâncias de acordo com o tratamento proposto.
Sabemos que o procedimento tem as contraindicações para algumas pessoas, des-
tacamos a importância de respeitar as ações fisiológicas de cada indivíduo. As indicações e
efeitos fisiológicos proporciona benefícios para atenuar a disfunção a ser tratada, portanto,
preencher a ficha de anamnese, realizar a avaliação estética são documentos importantes
para se elaborar protocolos de acordo com as informações solicitadas ao paciente. E ao
próximo tópico, vamos estudar sobre o conteúdo de micro correntes e eletrolifting e suas
funções terapêuticas.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 31


1.8 Eletrolifting
O eletrolifting é um recurso eletro terapêutico, através da Corrente Galvânica, este
mesmo, nos proporciona vários recursos de proposta a tratamentos estéticos, tais como:
para envelhecimento cutâneo e estrias, com o objetivo de proporcionar a indução da pro-
dução de fibroblastos, colágeno que são células responsáveis por a sustentação da pele.
Desta forma, vamos recapitular brevemente as camadas da pele para entendermos
como o eletrolifting atua sobre no sistema tegumentar:

1.8.1 Camadas da pele


A pele é composta por 03 camadas essenciais de tecidos, a superior (epiderme),
intermediária (derme) e a profunda (hipoderme ou tela subcutânea). Este órgão representa
mais de 15% do nosso peso corpóreo, e tem suas funções de nos proteger contra as
agressões externas.
A epiderme é composta por queratinócitos e são divididas em camada basal, cama-
da espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea. Todas estas camadas
tem as suas funções distintas, que porém nos contribuem com a formação da epiderme.
Desta forma, a segunda camada da nossa pele é a derme, é o tecido conjuntivo
sobre qual proporciona apoio a epiderme, são responsáveis pela produção de fibroblastos,
colágeno e elastina, que são substancias essenciais para nosso organismo. A derme é
dívida em duas camadas, reticular e papilar.
No entanto, a camada reticular é espessa, constituída por tecido conjuntivo, que
ambos têm fibras responsáveis pela a elasticidade, e também a presença de vasos san-
guíneos, linfáticos, e são encontrados na estrutura os anexos: pelos, glândulas sebáceas
e sudoríparas. E já a camada papilar é constituída por uma camada superior da derme,
formada por tecido conjuntivo frouxo, as quais fazem a comunicação com a epiderme.
A hipoderme ou tela subcutânea, é formada por um tecido conjuntivo frouxo, desta
forma, o dependendo os níveis de nutrição ao organismo, a hipoderme tem a constituição
do tecido adiposo, nesta camada é rico em células adiposas que armazenam a gordura,
com objetivo de reserva energética, contra choque mecânico e isolante térmico.
Os tratamentos estéticos faciais, corporais com o eletrolifting, tem objetivo de ate-
nuar as rugas e linhas de expressões causada pelo envelhecimento, é conhecido também
para combater as estrias recebendo o nome de Galvanopuntura. A técnica realizada se
baseia –se na utilização de corrente contínua, provocando uma lesão inflamatória com
propósito de realizar a produção de fibroblastos, a execução do procedimento, há suas
indicações, formas de aplicação e contra indicação.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 32


1.8.2 Formas de Aplicação
Antes de realizar o procedimento é necessário o preenchimento da ficha de anam-
nese, avaliar a queixa estética, para se então determinar o protocolo ao cliente. No entanto,
ao executar a técnica é fundamental a pele estar íntegra, sem a presença de resíduos
(cremes, esfoliantes, maquiagem e etc.)
O método é aplicado por pinçamento que utiliza um micro agulha que deve ser
introduzida no local do procedimento entre a epiderme e derme, uma agulha de 05mm
com polo negativo. O eletrolifting não se caracteriza em técnicas invasivas, devido por não
atingir a profundidade da pele.
Segundo Guirro e Guirro (2002), os procedimentos técnicos para a execução do
eletrolifting são divididos em três grupos:
● Deslizamento da agulha sobre as rugas (varredura);
● Penetração da agulha em pontos das rugas;
● Escarificação, é o método de deslizamento da agulha na linha de expressão ou
rugas. A agulha será posicionada, e proporcionando a lesão no tecido.

Todavia, a execução da técnica com a introdução da agulha sobre a pele do cliente,


deve ser posta na pele e levantá-la ocasionando delicadamente o deslocamento. A cada
deslocamento da agulha, permanecemos em média de 3 a 5 segundos, e retiramos a mes-
ma sobre a pele, repetindo por toda extensão a ser tratada.
Ao término da execução, associe princípios ativos, regeneradores que tem o obje-
tivo de hidratar e regenerar a pele, como por exemplo, ativo em sérum Nanotecnológico de
ácido hialurônico.

1.8.3 Cuidados da execução do eletrolifting


A punturação da agulha deverá ser realizada de maneira rápida, para afins de evitar
desconforto ao cliente. Após o levantamento da agulha, aguarde de 3 a 5 segundos para
retirá-la, ou seja, sem machucar e/ou danificar o tecido a ser tratado.
A agulha deve ser introduzida na camada de epiderme, desta forma, não atinge a
derme e não há sangramento. O ângulo da agulha de 45 graus deve ser respeitado, para
afins de evitar intercorrência.
Segundo Guirro e Guirro 2002, a intensidade da corrente é executada de acordo
com a sensibilidade do cliente, os limiares de dores podem variar de acordo com as regiões
que está sendo realizado o eletrolifting. O procedimento para peles secas e sensíveis, deve
ser feito com alguns cuidados para não haver intercorrências. Sempre respeitar o limiar de
dor do cliente. As agulhas de eletrolifting são descartáveis, não são reutilizadas, e deverá
ser descartada em descarpack.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 33


Atenção especial, ao tratar peles envelhecidas, pois esta mesma, apresenta sen-
sibilidade, pode se em alguns casos estar sujeita a irritações e alergias, devidamente por
estar com redução da síntese de lipídeos há uma facilidade de haver intercorrências, no
entanto, realizando a técnica com os parâmetros, e higienização e cuidados, os resultados
são satisfatórios. As indicações, do procedimento são para realizar complementos aos
tratamentos estéticos faciais e corporais ao envelhecimento cutâneo, cicatrizes de acnes
superficiais e estrias. (PEREIRA, 2013).

1.8.4 Contraindicação
Não podemos realizar a técnica em peles com presença de feridas abertas/expos-
tas, pacientes que tem prótese metálica no local, portadores de marcapasso, neoplasias.
Contra indicação intermediária para pacientes com diabetes, devemos respeitar a
fase de cicatrização que pode ser mais lenta, do que aos indivíduos saudáveis.
Neste tópico, estudamos sobre o conteúdo de eletrolifting, vimos brevemente so-
bre as camadas da pele, cuidados de aplicação, indicações e contra indicações que está
presente na Corrente Galvânica. A importância de realizar a avaliação estética é essencial,
no qual irá proporcionar na elaboração aos protocolos, atuando corretamente para afins de
evitar intercorrências.
O eletrolifting é uma técnica de eletroterapia, que usa como coadjuvante aos pro-
cedimentos estéticos, podendo ser associado com a radiofrequência, microagulhamento,
recursos cosméticos e entre outros, desta forma, o conhecimento básico de anatomia e
fisiologia humana, física e química, são essenciais para uma formação ao acadêmico do
curso de estética. Aos próximos tópicos, vamos nos aprofundar aos conhecimentos da
Eletrotermofototerapia.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 34


2. MICROCORRENTES E ELETROLIPÓLISE

A microcorrente é uma eletroestimulação com correntes de baixa frequência, pode


estar presente as correntes contínuas ou alternadas, são conhecidas ou chamadas de
MENS (termo em inglês para Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimulation), e tem a
sua função de estimular o sensorial do tecido.
Sabe-se que as microcorrentes atuam até no sistema muscular, apresentando sobre
a sua atuação com objetivo de reparar os tecidos lesionados. A intensidade e os parâmetros
utilizados na execução da técnica são de extrema importância, pois, neste mesmo que
haverá a cicatrização e reparo tecidual.
Desta forma, a microcorrente é um recurso da eletroterapia, através da Corrente
Galvânica, que associamos e complementamos os procedimentos estéticos e terapêuticos.
No decorrer do tópico, vamos estudar sobre este recurso.

2.1 Efeitos Terapêuticos


A microcorrente quando executada corretamente, proporciona efeitos terapêuticos
ao nosso paciente, como por exemplo: analgesia, acelera a regeneração tecidual, ação
anti-inflamatório, bactericida e redução de edema e relaxamento muscular.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 35


2.2 Efeitos Fisiológicos
Segundo Pereira (2013, p. 376), os efeitos fisiológicos são, estímulo do crescimento
de fibroblastos, ação ao sistema linfático, oxigenação tecidual, aumento da permeabilidade
cutânea. As indicações aceleram a cicatrização do tecido lesionado, redução da dor, cica-
trização para queimaduras, úlceras de decúbito e edema, promove reparo tecidual para
pós operatório de cirurgias plásticas, coadjuvante aos procedimentos para envelhecimento
cutâneo e estrias, tem ação bactericida, anti-inflamatório e cicatrizante, tem indicação para
acnes de grau II e III.

2.3 Técnicas de Aplicação


Os efeitos do microcorrente são acumulativos, deve ser realizadas várias sessões
para o resultado final. As técnicas de aplicação são realizadas com os eletrodos, auto
adesivos, bastonetes e cotonetes. O objetivo do microcorrente é proporcionar efeitos tera-
pêuticos e estéticos, quando bem executado podem se tratar e amenizar a disfunção ou a
lesão. Segundo Pereira (1999), a Corrente Contínua de baixa intensidade, é classificada
em milionésimo de ampères que correspondem em microampère, ou seja, tem a frequência
de 0,5 a 600Hz e a potência de 0 a 300 μA, indicados para regeneração, reparo tecidual.
As aplicações utilizamos auxílio de gel condutor, para afins de evitar queimaduras na pele,
devido a passagem da corrente elétrica no tecido.
Com isso, podemos perceber o conteúdo de micro correntes, imagens de exem-
plo de eletrodos, os efeitos terapêuticos, estéticos e fisiológicos e também as indicações.
Estudamos também a importância de realizar a avaliação estética é essencial, no qual
irá proporcionar na elaboração aos protocolos, atuando corretamente para afins de evitar
intercorrências, ao atuar na reparação tecidual em casos de úlceras, é necessário que
profissional esteja apto a executar o procedimento, todavia, toda lesão na pele é importante
conhecer e estudar os conceitos da fisiologia humana.
E assim, observamos que a microcorrentes é uma técnica de eletroterapia, no
qual usa como coadjuvante aos procedimentos estéticos, podendo ser associado recursos
cosméticos e outros equipamentos estéticos e desta forma, o conhecimento básico de
anatomia e fisiologia humana, física e química, são necessárias para uma formação ao
acadêmico do curso de estética proporcionando amplo conhecimento.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 36


2.4 Eletrolipólise
A eletrolipólise ou eletrolipoforese é considerada uma corrente elétrica, modulada
e de baixa frequência, com objetivo de atuar diretamente ao tecido adiposo, são procedi-
mentos de eletroterapia que são coadjuvantes aos demais tratamentos estéticos, que são
usadas agulhas de acupuntura e a corrente presente no tecido realiza a indução de lipólise
para os protocolos corporais de redução de medidas (gordura localizada).
O estímulo da lipólise ocorre devido pelas excitações das terminações nervosas
simpáticas e liberação de catecolaminas e agem aos receptores dos adipócitos e estimulam
e potencializa a lipólise. (TASSINARY, 2018). Todavia, o objetivo da eletroestimulação é
conseguir a liberação do AMP cíclico (monofosfato cíclico de adenosina) ocorrendo a lipó-
lise, contribuindo aos resultados da redução de medidas, quando executadas e orientadas
corretamente ao cliente.
Então, todo e qualquer tratamento estético que tenha o objetivo de reduzir gordura
localizada, é preciso orientar ao cliente a necessidade de ter hábitos alimentares equilibrados
e saudáveis, e realizar a prática da atividade físicas, pois na estética corporal apenas reali-
zamos a indução, no qual é essencial a dedicação do cliente durante as sessões estéticas.

2.4.1 Aplicação da Eletrolipólise


A aplicação ocorre através de agulhas com tamanhos que podem variar de acordo
com a região a ser tratada, o espessamento presente na área para realizar a eletrolipólise
devem ser de 25 ou 30mm. Todas as agulhas usadas durante as sessões são necessárias
descartá-las no descarpack.
A intensidade da corrente deve ser aumentada de acordo com a sensibilidade do
paciente. Alguns pacientes na prática clínica relatam pouco incomodo durantes as sessões
de eletrolifting.
Os resultados são individualizados para cada pessoa, aos clientes que não tem
hábitos saudáveis, relatam poucos resultados satisfatórios, porém, a alguns fatores determi-
nantes que podem dificultar durante tratamentos, como por exemplo; pacientes que fazem
uso de medicações psiquiátricos, corticoides, antibióticos, disfunção hormonal, menopausa
e diabéticos.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 37


2.4.2 Efeitos Fisiológicos
A eletrolipólise tem atuação da eletroestimulação do sistema nervoso autônomo
simpático, ocorre a liberação do AMP cíclico, resultando em lipólise, todavia os efeitos
fisiológicos aumentam a circulação sanguínea e ativa a microcirculação, proporcionando
aumento da oxigenação celular.
A corrente elétrica é o condutor para gerar calor (efeito joule) no qual ocorre a
vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo, fisiologicamente contribui para o estímulo do
metabolismo celular tornando benéfico a redução da gordura localizada. Recomenda-se
após a sessão de eletrolipólise, realizar-se a drenagem linfática para contribuir na nutrição
celular e oxigenação tecidual. Sendo assim as indicações são recursos para a redução de
medidas, para gordura localizada e contribui para contorno corporal.
As contraindicações, evitamos para indivíduos que esteja com lesões e feridas
abertas, infecções, diabetes descontrolado, neoplasia, uso de medicações anticoagulantes
e pacientes com fobia a agulhas (evita-se esta técnica, respeitar o paciente devidamente ao
trauma). Atualmente a demanda de procedimentos estéticos cresceram, a busca pelo padrão
da beleza proporcionou o surgimento de várias tecnologias, mesmo com tantos recursos e
avanços, e a eletrolipólise é um dos procedimentos que estão presentes para utilizar-se com
associação de outras técnicas manuais, cosmetologia e outros equipamentos estéticos.
Cabe ao profissional, então, ter aptidão, conhecimentos da área para elaborar
planos de tratamentos estéticos que irão contribuir positivamente aos resultados, a técnica
mal executada, pode surgir complicações.
Assim, podemos compreender que realizar a avaliação estética é essencial e irá
proporcionar um auxílio elaboração aos protocolos, atuando corretamente para afins de
evitar intercorrências. A eletrolipólise é um recurso estético que tem o objetivo de realizar
a redução de gordura localizada, conhecer o mecanismo de ação da fisiologia humana é
essencial para elaborar os planos de tratamentos estéticos.
Vimos também que a eletroterapia e outras técnicas manuais e cosmológicas são
coadjuvantes aos procedimentos estéticos, aos próximos tópicos vamos ampliar o conheci-
mento teórico sobre outros recursos de Eletrotermofototerapia.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 38


3. VACUOTERAPIA

A Vacuoterapia ou Endermologia, como conhecia popularmente é considerada um


recurso eletro terapêutico tem finalidades de promover massagem profunda sobre o tecido,
obtido a partir da associação de vácuo, chamado de pressão negativa, as manobras reali-
zadas sobre a pele são executadas de acordo com os movimentos básicos da massagem,
em algumas regiões do corpo utilizamos ventosas com tamanho menor e outras maiores.
A Vacuoterapia não é invasiva, utiliza as pressões negativas sobre o tecido, é im-
portante estar atento quanto a pressão usada durante as sessões para se evitar hematomas
na pele do paciente, quando utilizada para afins estéticos.

3.1 Benefícios da Vacuoterapia


Todavia os benefícios da Vacuoterapia ou Endermologia são vários, utiliza-se para vários
protocolos faciais e corporais, que são coadjuvantes aos tratamentos estéticos e terapêuticos.
Na Vacuoterapia para a estética facial, realiza-se um Microdermoabrasão na su-
perfície da pele (epiderme) através do deslizamento da ponteira de diamante promovendo
a esfoliação, a ponteira é conectada ao aparelho a vácuo e promove a remoção superficial
de células mortas presente na pele. No entanto, a Microdermoabrasão pode ser aplicada
em outras regiões do corpo, principalmente quando associamos esta técnica para preparar
a pele, a outros procedimentos estéticos, entretanto a Vacuoterapia tem as indicações para
ser coadjuvante aos tratamentos de FEG (celulite), gordura localizada e para tratamentos
de fibroses, estrias, aderências, linhas de expressão.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 39


3.2 Aplicação da Técnica
A Vacuoterapia é uma ferramenta terapêutica e são realizadas na prática com a
seguinte sequência:
● Lubrificar a pele com óleo corporal;
● Posicionar a ventosa na região a ser deslizada;
● Aplicar o vácuo de acordo com a sensibilidade do paciente.
A Vacuoterapia ou Endermologia é um dos recursos mais utilizados aos procedi-
mentos estéticos, devido a sua versatilidade, apesar de ser uma técnica antiga, mesmo com
vários recursos tecnológicos e avanços da eletroterapia, este mesmo quando executada
corretamente o plano de tratamento proporciona resultados satisfatórios.
A sucção que geram a pressão negativa é medida em milímetro de mercúrio
(mmHg), neste momento que dosamos a pressão no tecido para se evitar hematomas.
Pacientes com a presença de Lipodistrofia ginóide (celulite) em graus elevados, evitamos o
uso da Vacuoterapia devido a sensibilidade da pele.
Na prática a Vacuoterapia não substitui as manobras de massagem manual, é re-
comendado a associação das duas técnicas. A Endermologia tem finalidade de preparar o
tecido, aumentando a circulação sanguínea, promovendo oxigenação tecidual, com intuito
de oferecer melhor mobilização da pele para a massagem manual.
As contraindicações da Vacuoterapia evitamos para pacientes que possui sensibili-
dade e fragilidade capilar, doenças infecciosas, pacientes com varizes e flacidez tissular ex-
cessiva, diabetes descompensados, hipertensos descompensados, neoplasias e gestantes.
Contudo, podemos entender que a Vacuoterapia é um recurso estético utilizado a muitos anos,
no qual o objetivo da sucção é promover aumento da circulação sanguínea, promovendo a
oxigenação tecidual e proporcionando maleabilidade no tecido durante a execução das ma-
nobras de massagem manual, no qual proporciona o contorno corporal, atenua as disfunções
estéticas corporais, e quando executadas corretamente usamos para afins terapêuticos como
a ventosa terapia, promove um alívio da dor muscular e não é método invasivo.
Aos próximos tópicos vamos conhecer sobre a técnica de Corrente Russa, que
podemos associar com todos os outros recursos eletro terapêuticos para fins estéticos.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 40


4. ELETROESTIMULAÇÃO: CORRENTE RUSSA (ISOMETRIA)

A Corrente Russa é um estímulo elétrico usado para finalidades de contração mus-


cular em um local escolhido para a aplicação. A finalidade da Corrente Russa é melhorar o
tônus muscular, flacidez mediana muscular, e também promove a estimulação da circulação
sanguínea, linfática e oxigenação celular.
As características desta eletroterapia, é uma corrente alternada e despolarizada, o
formato de onda senoidal, a frequência do impulso é de 2500HZ para finalidades estéticas,
a intensidade da corrente é indicada conforme o limiar de dor de cada paciente.

4.1 Tipos de ondas da Corrente Elétrica


As ondas são classificadas em: isotônicas e isométrica, as diferenças das ondas
se dão através do objetivo proposto durante ao plano de tratamento. A onda isotônica,
tem objetivo de proporcionar o aumento muscular e a onda isométrica melhora o trofismo
com aumento muscular e também induz a perda da reserva energética, muito usada esse
recurso para procedimentos estéticos corporais, com finalidades de redução de medidas.

4.2 Aplicação da Corrente Russa


Para realizar a aplicação da Corrente Russa, é necessário a região a ser tratada
estar com a pele limpa, é recomendado o uso do gel condutor para conduzir a passagem
da corrente elétrica para o tecido.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 41


Ao acoplar os eletrodos sobre o tecido, haverá a contração muscular e tempo de
repouso, o total da duração do procedimento, é de 5 à 20 minutos, determinados de acordo
com a região a ser tratada. Durante a aplicação ocorre, a contração voluntária, fase da esti-
mulação, contração muscular, e no decorrer, há a fase do repouso, para descanso muscular.

4.3 Parâmetros
O aparelho da Corrente Russa pode haver até 16 canais para a estimulação, são
realizados em modo contínuo, ao momento proporciona: analgesia, sensação leve de for-
migamento. A estimulação do local se inicia com a frequência de 10HZ para aquecimento e
finalização do fortalecimento muscular.
E para estimular as fibras vermelhas da musculatura, recomenda-se aumentar a
intensidade para 30 a 40 HZ. E o estímulo das fibras brancas musculares, é realizado acima
de 60 HZ. Então, consideramos que cada indivíduo tem o limiar de dor e sensibilidade
distintas, no entanto que deverá ser respeitado.
As indicações da corrente russa são para flacidez e fortalecimento muscular
e coadjuvante aos tratamentos de gordura localizada (isometria), sendo assim este
recurso da eletroterapia possui as contra indicações neoplasias, pacientes portadores
de marcapasso ou quaisquer próteses metálicas, gestantes, lesões musculares, feridas
abertas e cardiopatas.
Sendo assim, a Corrente Russa, e assim quanto aos outros recursos de eletrotera-
pia tem objetivo de promover e contribuir para tratar, amenizar a disfunção estética, no en-
tanto, pode se potencializar se houver complementação de técnicas manuais (massagens,
drenagens) e recursos da cosmetologia, assim como também os cuidados ao home care
realizado pelo paciente, deste modo promovendo resultados satisfatórios.
Nesse contexto, podemos compreender que a Corrente Russa é considerada um
recurso eletroterapia com objetivo de promover fortalecimento muscular e também con-
tribui para tratamentos de redução de medidas. Desta forma, durante a aplicação prática
é necessário conhecer as suas características, que se dá através da intensidade, tempo
de duração do pulso, tempo de repouso do pulso, forma de onda, tempo de aplicação.
Aos efeitos fisiológicos, ela proporciona uma oxigenação tecidual e contração das fibras
musculares, esse tratamento é indicado aos procedimentos estéticos faciais e corporais e
demais indicações necessárias.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 42


SAIBA MAIS

Ampliando os conhecimentos, a iontoforese ou quaisquer recursos de eletroterapia, tem


objetivo de melhorar e/ou atenuar a disfunção estética desejada pelo nosso paciente.
Ter um amplo conhecimento em cosmetologia é necessário, pois atuamos com proce-
dimentos que tem objetivo de realizar permeação cutânea com substâncias químicas.
Entretanto, o amplo conhecimento, proporciona a ter resultados sensacionais, com base
em estudos favorece agregação profissional.

Fonte: PEREZ, E. Técnicas em estética Corporal. 1° edição. São Paulo, 2014.

REFLITA

Durante a aplicação da corrente russa ao paciente, podemos orienta-los a realizar exer-


cícios voluntários durante a eletroestimulação, potencializando a hipertrofia.

Fonte: Perez, 2014.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 43


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a),

Nesta unidade, estudamos sobre iontoforese, desincruste, eletrolifting, micro-


correntes e eletrolipólise, recursos da Eletroterapia na Vacuotoreapia e Corrente Russa
(isometria) relacionado na área da estética, portanto, ao iniciar o procedimento estético com
recursos eletroterapia, é necessário ajustar os parâmetros do equipamento, as variações
de pulsos, intensidades e os parâmetros de modulação aos aparelhos estéticos.
Portanto, ao profissional da área da estética, conhecer e aprender situações rela-
cionado a eletroterapia, as indicações, contraindicação da corrente, mecanismo de ação,
são necessários para evitar intercorrências durante aos atendimentos realizados.
Então, podemos compreender que o profissional atua diretamente na saúde, bem
estar e estética aos pacientes, todavia a Eletrotermofototerapia consiste em aparelhos
estéticos, com finalidades de atenuar, melhorar e tratar a disfunção estética corporais,
faciais e capilares.
No decorrer dos tópicos, estudamos as abordagens eletroterapia e acreditamos
que esteja preparado para seguir as próximas etapas do curso, realizando desenvolvimento
de suas habilidades de elaborar protocolos e procedimentos estéticos para realizar atendi-
mentos no mercado de trabalho.

Muito Obrigado!

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 44


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Desmistificando os assuntos da Estética
Autor: Leone, Carla.
Editora: Estética Experts, 01 de janeiro de 2019.
Sinopse: Desmistificando assuntos da estética, uma experiência
única de leitura, e a cada capítulo, uma nova reflexão para re-
construir e ressignificar o que pensamos e praticamos no mercado
estético brasileiro.

FILME
Título: Anorexia – a ilusão da beleza
Ano: 2014.
Sinopse: Aos 17 anos, a dançarina Hannah (Laura Wiggins) conhe-
ce o site Thinspiration, uma comunidade que incentiva a magreza
excessiva entre as jovens. Adepta, ela passa a parar de comer e
aumenta os exercícios físicos. Quando sua família percebe o que
está acontecendo, a garota já está dominada pela anorexia. Agora,
eles correm contra o tempo para salvar a vida de Hannah.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 45


UNIDADE III
Eletrotermofototerapia III
Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto

Plano de Estudo:
● Recursos térmicos: máscara térmica, vapor de ozônio e manta térmica;
● Recursos mecânicos (peeling de diamante e peeling de cristal);
● Ultrassom, ultracavitação e terapia combinada;
● Eletroporação.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender mecanismo de ação, efeitos fisiológicos da eletroterapia;
● Identificar e contextualizar a aplicação do aparelho estético;
● Elaborar protocolos estéticos faciais e corporais e cuidados
durante a execução da eletroterapia.

46
INTRODUÇÃO

Aos estudos de conceito beleza, Estética e Saúde, é notório observarmos os avan-


ços da tecnologia, todavia nos referimos em recursos tecnológicos, eletroterápicos como
ferramentas de proporcionar resultados aos nossos clientes e também a agregação de
valores profissionais.
Atualmente, estamos expostos diante de tendências de procedimentos menos
invasivos, invasivos com ou sem associações da eletroterapia, princípios ativos cosméticos
para proporcionar resultados aos procedimentos estéticos, desta forma sabe-se que a
capacitação profissional é de extrema importância para se executar as técnicas básicas,
intermediárias e avançadas para se traçar aos objetivos aos tratamentos propostos.
Assim como quaisquer procedimentos estéticos a ser realizados, é necessário que
todo profissional se realiza o preenchimento da ficha de avaliação, e desta forma com a
sequência de avaliar a disfunção a ser tratada e propor protocolos de tratamentos, neste
mesmo, o profissional deve-se explicar as indicações, complicações e cuidados após os
procedimentos. Todavia, para a utilização dos recursos de eletroterapia, o mesmo é ne-
cessário realizar todas essas etapas, e ter conhecimentos básicos de Anatomia, Fisiologia,
Conceitos de Física e Química.
Nestes próximos tópicos, vamos abordar os efeitos fisiológicos, funções e conceitos
da Eletrotermofototerapia, e suas indicações ao uso prático e teórico e com base de recur-
sos e conhecimentos, vamos buscar a entender sobre os recursos térmicos, mecânicos,
ultrassom, ultracavitação, terapia combinada e Eletroporação, com objetivo para ampliar os
conhecimentos profissionais.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 47


1. RECURSOS TÉRMICOS: MÁSCARA TÉRMICA FACIAL, VAPOR DE OZÔNIO,
MANTA TÉRMICA

1.1 Máscara Térmica


Atualmente existem vários recursos tecnológicos, cosmecêuticos que contribuem
para auxílio do profissional a realizar o procedimento de limpeza de pele, revitalização,
técnicas especificas para a permeação do ativo.
A máscara térmica é uma eletroterapia que tem o objetivo de aquecer o tecido e
auxiliar aos procedimentos estéticos. No entanto, quando aplicado sobre a pele, ocorre
aquecimento, facilitando a extração de comedões e são coadjuvante a permeação de prin-
cípios ativos cosméticos.

1.1.1 Aplicação da Máscara Térmica


A máscara térmica é sobreposta sobre a pele, é importante ao profissional proteger
a pele com algodão ou até mesmo compressas de gazes para afins de evitar incomodo e
até mesmo quaisquer intercorrências. Lembramos a importância de deixar um espaço para
os olhos e o nariz para a respiração, e a máscara permanece no rosto aproximadamente de
10 a 15 minutos, respeitando o limiar de sensibilidade do paciente.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 48


1.1.2 Funções da Máscara Térmica
O calor ocorrido sobre o tecido promove a dilatação dos poros, contribuindo a fa-
cilitação da extração do comedão e da acne. Desta forma, ocorre aumento da oxigenação
tecidual, aumento da circulação sanguínea facilitando a permeação de ativos para próximas
etapas do procedimento.

INDICAÇÕES
Os recursos térmicos, são indicados para os procedimentos de limpeza de pele,
permeação dos princípios ativos, aumento do fluxo sanguíneo. Desta forma, promovendo
efeitos fisiológicos, vasodilatação, transpiração e evaporação de água tecidual, oxigenação
e nutrição tecidual.

CONTRAINDICAÇÃO
Os cuidados ao uso de recursos térmicos são importantes, pois há contra indicações
para pacientes com fobia ao calor, não utilize em estado febril, peles sensíveis, rosácea,
processos inflamatórios e infecciosos. Sendo assim, na prática clínica é importante sempre
estar verificando a temperatura da máscara quando aplicada sobre a pele.

1.1.3 Conservação da máscara Térmica


● É exclusivo apenas para tratamentos estéticos;
● Para limpeza, utilize álcool 70% ou clorexidina;
● Não deixe cremes, soluções em contato com a superfície da máscara;
● Não faça a imersão da máscara em água ou algo em comum, pode danificar o
aparelho.
Existem várias marcas e modelos de máscaras térmicas, no entanto, o material do
aparelho é essencial para ter poucas manutenções, comum que encontrem com material
de nylon plastificado impermeável. Os benefícios da máscara são ideais para profissionais
que atendem a domicilio, pois é portátil facilitando os atendimentos.
A máscara térmica é um recurso de Eletroterapia que contribui para os procedimen-
tos estéticos faciais, principalmente para a limpeza de pele, no entanto alguns cuidados são
necessários para se evitar desconfortos e queimaduras.
Aos próximos tópicos, vamos estudar os recursos térmicos, cuidados, indicações,
contra indicações do vapor de ozônio e manta térmica.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 49


1.2 Vapor de Ozônio
O Vapor de Ozônio é um aparelho eletro estético empregado como base a terapia
do calor, que, ao contato com a pele, resulta em uma ação química e fisiológica, pois seus
efeitos são de aumentar a circulação sanguíneas, contribuindo para nutrição dos tecidos,
eliminação de toxinas, permeação dos princípios ativos, facilitação para realizar a extração
de comedão. A evaporação do vapor corre por conter água no interior do aparelho, atingindo
a temperatura de até 100°c, ocorrendo a vasodilatação.

1.2.1 Efeitos Fisiológicos


Os equipamentos que produzem vapor de ozônio destinam – se para áreas que
necessitam de calor e umidade, provocando a sudorese e a facilitação da eliminação de
toxinas e emoliência da capa córnea (PEREIRA, 2019). A utilização do Vapor de Ozônio na
estética, provoca o aumento na oxigenação tissular e celular e tem efeito bactericida devido
a formação de ozônio pelo aparelho.
As funções do Vapor de Ozônio é promover aquecimento da pele e umidificação dos
tecidos, vasodilatação, ação bactericida, aumento da permeabilidade dos princípios ativos.

INDICAÇÃO
As indicações do Vapor de Ozônio utilizamos para os procedimentos de limpeza
de pele, hidratação, revitalização da pele, são coadjuvantes aos tratamentos capilares,
preparo da pele para receber outros procedimentos, pelo fato de contribui para a hidratação
cutânea, coadjuvante aos procedimentos para podologia, proporciona a emoliência da pele,
muito utilizado para hidratação dos pés, fissuras e rachaduras.

CONTRAINDICAÇÕES
Há contraindicações do Vapor de Ozônio, tais como evitar o uso para indivíduos
com peles sensíveis, com presença de rosácea, fragilidade capilar, presença de lesões e
feridas expostas na pele e inflamações e infecções agudas.
Os cuidados realizados durante o procedimento estético são necessários e o uso
incorreto do mesmo pode provocar desconfortos e sensibilidade sobre a pele. A aplicação
do Vapor de Ozônio deve ser manter um distanciamento sobre a pele do paciente, para
se evitar incômodos, sensibilidade sobre o tecido. O procedimento realizado na pratica,
recomenda-se o uso do Vapor de Ozônio em média de 10 a 15 minutos sobre a pele. Não
se esqueça de retirar a água do aparelho, é uma etapa fundamental, todavia, a água parada
dentro do aparelho pode danificá-lo e também ter crescimento de acúmulos de bactérias,
devidamente pela umidade presente no interior do aparelho.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 50


Os recursos térmicos tem por objetivo de proporcionar benefícios para os pro-
cedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, são coadjuvantes aos tratamentos
determinados de acordo com a necessidade de cada paciente. O profissional capacitado
deve se atentar sobre as indicações e contraindicações do recurso térmico, todavia o uso
incorreto do aparelho pode acarretar em complicações, como por exemplo: sensibilidade,
irritações na pele e queimadura de grau leve. É importante o conhecimento sobre a ação
dos princípios ativos, pH e funções de permeação sobre o tecido, para afins de recomendar
o uso correto sobre os tratamentos estéticos.

SAIBA MAIS

No Vapor de Ozônio, por onde emite o calor e ozônio, existe um chamex que é utilizado
para usar – se terapeuticamente, podem colocar de 01 a 02 gotas de óleo essencial para
contribuir ao protocolo estético. Alguns óleos essências tem indicação de bactericida,
fungicida e cicatrizante, ideal para peles acneicas e oleosas.

Fonte: GUIRRO, E. GUIRRO, R., 2004.

1.3 Manta Térmica


A Manta térmica é um recurso para tratamentos estéticos corporais, pode ser as-
sociada a diversos protocolos, eletroterapia e cosméticos. O objetivo da manta térmica
é proporcionar aquecimento no tecido e ativar o metabolismo. Todavia, todo e qualquer
procedimento é necessário ter os devidos cuidados, pelo fato de ter um aquecimento ge-
rado do aparelho, é importante conhecer o tempo de aplicação deste recurso, quais ativos
indicados e contra indicações com a associação do calor.
Os efeitos fisiológicos da Manta Térmica sobre o tecido, promove vasodilatação,
auxilia na permeação dos princípios ativos e oxigenação e nutrição tecidual.
As indicações, da manta térmica, são coadjuvantes para protocolos de redução
de medidas, para tratamentos para fibro edema gelóide (celulite) e devido a vasodilatação
promove relaxamento muscular.
As contraindicações da Manta térmica, evitamos o uso para indivíduos com hi-
pertensão ou hipotensão descompensada, processos infecciosos e inflamatórios, não use
Manta térmica para pós-operatório imediato, neoplasias, cardiopatas e gestantes.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 51


1.3.1 Tempo de Aplicação e Cuidados
Sendo assim, pode-se indicar de 2 a 3 vezes por semana o uso da Manta térmica
aos protocolos estéticos, por aproximadamente de 15 a 20 minutos, e respeitando conforme
a sensibilidade de cada paciente. Os cuidados são essenciais para a execução da técnica, e
devido ao calor, proteja sempre a pele do paciente com toalhas, não associe o princípio ativo
de Nicotinato de Metila com a Manta térmica, podem surgir no decorrer da sessão queimadu-
ras na pele e irritações devido ao calor. E higienize a Manta térmica com Álcool 70%, porém
com a manta desligada. Atualmente, existem vários modelos e tamanhos de manta térmica, a
escolha é realizada de acordo com cada necessidade do profissional de estética.
A Manta térmica tem principal objetivo de ser coadjuvante aos procedimentos
estéticos corporais, devido aos efeitos fisiológicos de realizar aumento da circulação san-
guínea contribui para facilitar a permeação dos princípios ativos escolhidos aos tratamentos
estéticos. No entanto, o uso incorreto pode desencadear problemas ao nosso paciente,
como por exemplo: sensibilidade no tecido e superaquecimento sobre a pele, provocando
desconforto. Durante a prática tenham cuidados especiais para pacientes com histórico de
cardiopatias, hipertensão e sensibilidade aos princípios ativos vasodilatadores.
Portanto, os recursos térmicos são essenciais para a estética, e tem objetivo de
promover os efeitos fisiológicos que contribuem para atenuar e tratar a disfunção estética
quando empregada de corretamente. A mante térmica tem a indicação de ser associada a
diversas técnicas manuais, eletro terapêuticos e permeação de princípios ativos.
Nesse tópico, ressaltamos a importância de cuidados especiais quando reali-
zamos o uso da Manta térmica, se for empregada incorretamente podem gerar vários
desconfortos ao nosso paciente. Estejamos cientes que a temperatura da manta térmica
deve ser utilizada de acordo com a sensibilidade de cada indivíduo e respeitando as
normas do fabricante do produto.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 52


2. RECURSOS MECÂNICOS (PEELING DE DIAMANTE E CRISTAL)

O Microdermoabrasão conhecido popularmente como peeling de diamante, é uma


técnica utilizada para procedimentos estéticos faciais e corporais. O objetivo do procedi-
mento é realizar uma esfoliação em epiderme, com uma ponteira diamantada acoplada ao
equipamento de Vacuoterapia.
O peeling de diamante não é um procedimento invasivo e são coadjuvantes aos
protocolos de limpeza de pele, hidratação e estética corporal para as estrias. Segundo
Borges (2010), para haver o afinamento córneo é necessário estar atento quanto aos ta-
manhos das lixas diamantadas, dependendo do diâmetro algumas podem ser executadas
com maior ou menor abrasão.
Os efeitos dos peelings promovem na renovação epitelial, proporcionando a dimi-
nuição do espessamento córneo, facilitando assim a permeação dos princípios ativos a ser
utilizados na sequência do protocolo.
Entretanto, as indicações para o peeling de diamante, são indicados para peles
oleosas, renovação celular, coadjuvantes aos tratamentos de envelhecimento cutâneo, ci-
catrizes de acnes medianas e estrias. As contraindicações evitamos se o uso para pacientes
com a presença de rosácea, não se faz o peeling devido a sensibilidade, fragilidade capilar,
lesões e feridas na pele e peles com presença de acne ativa com pus, evita-se a aplicação.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 53


EFEITOS FISIOLÓGICOS
Os efeitos fisiológicos promovidos aos recursos mecânicos sobre o tecido, são,
aumento da microcirculação sanguínea, oxigenação tecidual, renovação celular e estímulo
da produção de colágeno e elastina.

2.1 Aplicação do Peeling de Diamante


A pele deve estar higienizada antes de iniciar quaisquer procedimentos estéticos,
após a avaliação estética, a escolha da lixa é essencial para executar o peeling de diaman-
te, desta forma, a intensidade e a pressão serão respeitadas de acordo com a sensibilidade
do paciente. Suavemente, faça pequenos deslizamentos sobre a pele, o número de passa-
gens do peeling de diamante sobre a pele é de 02 vezes por local. A Microdermoabrasão
na prática consiste na aplicação direta sobre a pele por meio de um equipamento, gerador
de pressão negativa.
O peeling de diamante proporciona vários benefícios a pele, e principalmente re-
sultados satisfatórios quando associados aos outros recursos estéticos. Desse modo, outra
técnica de Microdermoabrasão é o peeling de cristal, que proporciona a renovação epitelial
quando executado corretamente.

2.2 Peeling de Cristal


O peeling de cristal é um aparelho que combina a pressão negativa com a sucção,
são associados também pela a pressão positiva com jateamento de Microcristais de óxido
de alumínio. Na prática clínica proporciona que a sucção é realizada cuidadosamente pelo
o profissional, para afins de evitar intercorrências.
A ponteira é acoplada no aparelho, e direciona os microcristais de óxido de alumínio
são jateados sobre a região epidérmica. Após a finalização do procedimento não se deve
reutilizar os microcristais.

2.2.1 Aplicação do Peeling de Cristal


Antes de iniciar o procedimento de peeling de cristal e quaisquer outros tratamen-
tos, é necessário realizar a avaliação estética, e avaliar quais são as queixas estéticas do
cliente, a pele deve estar íntegra e higienizada. No entanto, deve se realizar os ajustes da
pressão do equipamento, quanto maior a pressão, mais jateamento de óxido de alumínio é
emitido sobre a pele.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 54


Durante o procedimento mantenha-se sempre a retirada de excesso dos micro-
cristais com auxílio de uma gaze seca e evitamos a aplicação dessa técnica próximos aos
olhos. É indispensável por parte do profissional, o uso de luvas descartáveis para se manter
a região sempre limpa.
As áreas recomendadas da aplicação são em regiões de face, braços, antebraços,
mãos e regiões corporais. A duração da aplicação do peeling de cristal é de 10 a 30 minutos
dependendo da localização do tratamento, a quantidade de aplicações pode ser indicada a
cada 15 dias, recomenda-se logo após a sessão o uso do filtro solar.
As indicações do peeling de cristal, são coadjuvantes aos tratamentos para en-
velhecimento cutâneo, para protocolos de hiperpigmentação (manchas), indicados para
tratamentos de foliculite e estrias e atenuação de cicatrizes de acnes. E o peeling de cristal
por ser um recurso não invasivo, também tem as contraindicações, segundo Guirro E. e
Guirro R. (2002), é contraindicado para peles com presença de processos infecciosos, que
tenham alergias ao componente de óxido de alumínio e ou que fazem uso de ácidos na
pele, presença de telangiectasias, rosáceas.
O objetivo dos recursos mecânicos (peeling de diamante e peeling de cristal), é
potencializar os tratamentos estéticos faciais e corporais, desta forma a associação de
outros recursos da eletroterapia, técnicas manuais e cosmológicas são essenciais para
promover resultados satisfatórios ao cliente.
Nesse sentido, podemos perceber que, os recursos mecânicos são essências quan-
do empregados corretamente ao tratamento estético e proporciona resultados satisfatórios
sem realizar sensibilidade na pele, no entanto, com o conhecimento aos princípios ativos
antioxidantes, clareadores podem ser combinados aos protocolos para hiperpigmentação
cutânea, o mesmo pode ser coadjuvante aos tratamentos para queixas estéticas, como por
exemplo: as estrias. O diferencial entre um resultado bom ou ruim é o conhecimento sobre
os conteúdos que partem dos princípios básicos de anatomia e fisiologia humana e até o
momento das técnicas atuais no mercado da estética.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 55


3. ULTRASSOM, ULTRACAVITAÇÃO E TERAPIA COMBINADA

Ao falarmos de ultrassom já nos recordamos, sobre os aparelhos médicos que são


utilizados para exames específicos para a nossa saúde, mas esse equipamento que usa-
mos na estética é diferente e nos proporciona benefícios estéticos para várias disfunções
estéticas, como por exemplo: fibraedema genóide e gordura localizada.
Hoje em dia é um recurso da eletroterapia que está presente ao nosso dia a dia e
conforme os avanços tecnológicos foram surgindo novos aparelhos com o mesmo conceito
e objetivo, porém a potência, frequência e cabeçotes maiores que possa ser trabalhado em
áreas especificas na região corporal.
Quando nos deparamos em ações terapêuticas sobre o ultrassom, os efeitos fi-
siológicos e mecanismo de ação nos vem em pensamento, qual é a função do ultrassom?
Quais são as diferenças entre a ultrassom, ultracavitação e terapia combinada? Por sua
vez, as dúvidas surgem e podem desencadear escolhas equivocadas, que estas nos fazem
realizar as práticas erradas e não entregando o resultado satisfatório ao nosso cliente. Neste
mesmo tópico vamos estudar sobre a Eletrotermofototerapia e como usa-las corretamente.

3.1 Ultrassom
Na década de 30, iniciou-se o uso do ultrassom (US) na medicina, e a partir da
década de 50 começou a ser aplicado na fisioterapia e deste então na década de 70 que foi
agregado para tratamentos estéticos (SILVA, 1997).

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 56


Os princípios básicos do ultrassom, que são equipamentos que possuem frequên-
cia entre 20 e 20.000 Hz, segundo Agne (2006) quando a frequência está abaixo de 20 Hz,
classifica-se como infrassônica ou subsônica e acima de 20.000 Hz como ultrassônica.
As ondas do ultrassom são transmitidas através de um transdutor, é um dispositivo que
converte um tipo de energia em outro, desta forma os transdutores eletroacústicos ou ul-
trassônicos convertem energia elétrica em mecânica e vice-versa. (AGNE, 2006). Segundo
Kiltchen (2003), o transdutor que se encontra comum em US transforma a energia elétrica
em energia mecânica usando o efeito piezoelétrico.
O elemento piezoelétrico não vibra uniformemente na área de transmissão ou ERA
(Effective Radiating Area), no entanto será menor que 10% a 20% na área geométrica do
cabeçote de tratamento. Sabe-se que a ERA é um parâmetro importante que determina a
intensidade da onda ultrassônica (AGNE, 2006).
Durante o tratamento é empregado ao transdutor do ultrassom continuamente sobre
o tecido, em modo continuo ou pulsado, conforme o determinado e objetivo do tratamento
terapêutico sobre o paciente. Consideramos também a rapidez ou velocidade que durante
a aplicação com movimentos oscilatórios podem interferir durante a aplicabilidade, sendo
assim, quanto mais lento o movimento e compressível a passagem do transdutor sobre o
tecido podem ocorrer maior propagação das ondas sonoras do ultrassom.
Entretanto quando é transferido a energia em ondas sonoras sobre o tecido ocorre
agitação das moléculas e favorecendo a propagação em tecidos ósseos, musculares e
adiposos, portanto, o ultrassom também tem a capacidade de retenção de energia, ab-
sorvida na pele e transformada em calor, devido as propriedades físicas, os tecidos ricos
em colágenos são os que absorvem o feixe do US, esta mesma ocorre, pelo fato de haver
maiores concentração de proteínas no tecido (AGNE, 2006).

3.1.1 Cavitação
A cavitação está presente na eletroterapia US, que são a formação de pequenas
bolhas gasosas sobre os tecidos que devido a vibração podem ser classificadas em estável
ou instável. Desta forma, as bolhas se agitam de um lado para o outro devido à pressão das
ondas sonoras que permanecem intactas.
A cavitação instável ocorre devido a uma alta intensidade que podem ocasionar
danos aos tecidos, células sanguíneas e outras estruturas biológicas, no entanto evitamos
o uso da cavitação instável através de baixas intensidades e com movimento do transdutor
do ultrassom (PEREZ, 2014).

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 57


3.1.2 Frequência
Para se realizar a aplicabilidade do ultrassom sobre os tecidos, devemos estar
cientes das diferenças de frequência que o aparelho tem, no caso para reabilitação é uti-
lizado a frequência de 01 Hz que atinge tendões, nervos e outras estruturas profundas, e
para a estética e empregado a frequência de 03 Hz pois a atuação estética é realizada ao
tecido adiposo e proporciona aquecimento tecidual.

3.1.3 Intensidade e Tempo


A intensidade é determinada pela quantidade de energia produzido pelo transdutor,
que chamamos de potência (watt), esta mesma é dividida em (cm²) que será representada
em W/cm². A intensidade tem suas variações na maioria dos aparelhos de 0,1 a 3 W/cm²
(AGNE, 2006).
Para a estética em protocolos de adiposidade e fibraedema gelóide, recomenda-se
o uso de 1,2 a 1,5 W/cm² em modo contínuo, e o modo pulsado é empregado para repara-
ções teciduais, principalmente em pós operatório de cirurgias estéticas corporais. O tempo
de aplicação é calculado de acordo com a divisão de cada aplicação pela ERA, durante a
prática é aplicado em média de 02 minutos por ERA, totalizando o tempo máximo de 20
minutos por sessão.

3.1.4 Efeitos Fisiológicos


Devido a aplicação do ultrassom sobre os tecidos, a energia sonora é convertida
em energia térmica, no qual ocorre os efeitos fisiológicos pelo fato de haver o aumento da
temperatura local, do metabolismo tecidual, assim como na atividade fibroblástica e síntese
de colágeno, analgesia e relaxamento.
Ao efeito da cavitação pode se haver aumento da permeabilidade cutânea devido
ao aquecimento local aumentando o transporte de nutrientes, redução de edema. O efeito
químico do US (ação tixotrópica), é utilizado aos tratamentos de FEG (fibroedema gelóide)
com o auxílio de gel neutro ocorre o aumento da elasticidade e diminuição de fibroses,
aderências do tecido.

3.1.5 Indicação e Contra Indicação


A indicação do ultrassom, são para efeitos terapêuticos (reabilitação) e também
para tratar as disfunções estéticas, como por exemplo: FEG, gordura localizada, fibroses
e aderências de pós-operatório tardio, em modo contínuo. Tem indicações também para
pós-operatório imediato, auxiliando na regeneração tecidual, cicatrização após uma cirur-

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 58


gia estética e devidamente evitamos o uso de ultrassom em regiões de mamas. A contra
indicação para indivíduos com presença de tumores, tromboflebites, insuficiência vascular,
regiões cardíacas, mamas, câncer e implantes metálicos.

3.1.6 Técnica de Aplicação


A pele deve estar higienizada e íntegra, a área ser tratada deve estar coberta de gel
neutro para acoplar o transdutor, durante a aplicação deve ser realizados movimentos circulares
e lentamente. Pode se receber o procedimento entre 02 a 03 vezes na semana com intervalos
de 24 horas entre uma sessão a outra e respeitar o limite de aplicação de 20 minutos.
Desta forma, o ultrassom tem várias funções que podemos empregar com as
demais eletroterapias e também associar com os recursos de técnicas manuais e cosme-
tológicas. Quando realizado o procedimento corretamente, se proporciona satisfação aos
tratamentos estéticos corporais.
Consideramos que o ultrassom um dos recursos de eletroterapia que proporciona
resultados satisfatórios, tanto quanto a estética e para reabilitação. E cada profissional
possui a base de conhecimento de acordo com a sua área de atuação. O uso do ultrassom
requer todos os cuidados específicos, principalmente quando referimos a intensidade, o
uso do condutor (gel neutro) é essencial para haver a transmissão do calor sobre a pele e
evitamos queimaduras superficiais ao tecido.
Nesse sentido, o conhecimento sobre a eletroterapia é essencial para que pos-
samos decifrar e então entender sobre o mecanismo de ação de cada aparelho e suas
complexidades.

3.2 Ultracavitação
A Ultracavitação é um recurso terapêutico que se utiliza em um ultrassom focado de
alta intensidade ou potência, constitui em cabeçotes maiores que podem ser trabalhadas
em diversas áreas corporais, otimizando o tempo durante os procedimentos.
Este recurso tem sua ação de potência de 30 watts, que, aos aplicados sobre o
tecido resulta na agitação das moléculas, ocasionando a explosão nas mesmas e resulta
em liberação de energia que estava presente. O mecanismo de ação da Ultracavitação
é realizar o rompimento da membrana celular do tecido adiposo, promovendo danos
aos adipócitos que resultam em um processo inflamatório para se obter a redução de
medidas esteticamente, desta forma, o tecido adiposo tem as suas funções de arma-
zenamento de energia, e quando ocorre o processo de lipólise recomenda-se o gasto
energético através de atividades físicas, para afins de potencializar o mecanismo de
ação do procedimento realizado.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 59


Devemos ressaltar que quando não ocorre um equilíbrio alimentar e atividade
físicas após o procedimento de Ultracavitação, os adipócitos que foram induzidos ao pro-
cesso, fisiologicamente podem ocorrer um depósito da mesma em outras regiões do corpo,
ou seja, a cada sessão é recomendável que haja um gasto energético para se então, evitar
quaisquer resultados insatisfatórios durante o tratamento de redução de medidas.

3.2.1 Indicação e Contra Indicação


A indicação da ultracavitação são para o objetivo de redução de medidas, podemos
associar aos tratamentos para FEG. A espessura do tecido adiposo durante a avaliação
estética corporal não pode ser inferior de 04 cm de espessura, devidamente realizado a
anamnese através de um adipômetro. É essencial que tenhamos uma equipe multidiscipli-
nar, pois neste momento o paciente pode ter um acompanhamento com uma profissional
nutricionista para se então realizar a avaliação de bioimpedância.
As contraindicações da ultracavitação são as mesmas de outros recursos de ele-
troterapia, por exemplo: evitamos aplicar em pacientes com câncer, gestantes, processos
inflamatórios e infecciosos, portadores de metais, marcapasso e para indivíduos que se
encontram com altos índices de colesterol (LDL, cujo em inglês, significa Low Density
Lipoprotein). O motivo da contraindicação para pacientes com colesterol LDL alterado é
pelo fato da metabolização da gordura, sobretudo ao realizar a ultracavitação podem gerar
sobre carregamento ao organismo e resultando em complicações futuras.

3.2.2 Aplicação
Por sua vez, a aplicação da ultracavitação é recomendável 1 (uma) vez na semana
devido a capacidade de alta potência do aparelho sobre o organismo, não se pode ultrapas-
sar de 20 minutos de aplicação durante as sessões. O mesmo é aplicado com auxílio de gel
condutor neutro para se evitar queimaduras ao tecido.
Desta forma, a ultracavitação se encontra ao mercado da estética em vários
nomes comerciais, por exemplo: lipo sem cortes, Lipocavitação focalizada, Lipocavitação
de alta potência e entre outros, o que determina a ação de um equipamento é conhecer
os parâmetros e suas funções estéticas. A aplicação da ultracavitação sobre a pele car-
rega consigo a importância de seguir todas as instruções do equipamento, utiliza-se gel
neutro para condução da passagem da energia sobre o tecido resultando em calor. Caso
contrário, o não uso do gel neutro pode ocorrer intercorrências ao tecido. Sobretudo, não
é necessário o uso de gel condutor com princípios ativos, pois a função da eletroterapia é
suficiente para se obter resultados, para se otimizar recomendável associação de outros
recursos as demais sessões e que o paciente tenha hábito de alimentação saudável e
faça prática de atividades físicas.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 60


Portanto, a Ultracavitação, é recurso tecnológico para os tratamentos estéticos
corporais que tem objetivo para obter a redução de medidas, a indicação e contraindicação
desta eletroterapia se dá através de uma anamnese e avaliação corporal.
Há cuidados no momento da aplicação que devemos nos atentar, tais quais a
potência, sensibilidade da corrente ao tecido do indivíduo e estar com o gel neutro como
condutor para a passagem da corrente. Consideramos que os cuidados pós procedimento
seja realizado corretamente e o profissional deve estar apto para realizar a orientação, com
as informações: de realizar atividades físicas, alimentação saudável e equilibrada, ingestão
de água e seguir todo tratamento conforme proposto.

3.3 Terapia Combinada


Quando nos referimos com as palavras terapia combinada, é associado em combi-
nar técnicas e recursos da eletroterapia para a prevenção e tratamento para as disfunções
estéticas, todavia o significado de terapia se trata em amenizar os efeitos de uma doença
seja física, psíquica ou motora, e a palavra combinar tem objetivo de juntar, misturar e unir.
No entanto em relação ao corpo, a Lipodistrofia e a Fibra Edema Gelóide são umas das
principais disfunções estéticas que nos acometem. Segundo Borges (2010), as nossas
células adiposas tem a capacidade de aumentar e diminuir o seu volume de acordo com
a quantidade de triglicerídeos em seu interior, todavia podendo desencadear doenças e
também surgimento das alterações estéticas.
Para o tratamento das disfunções estéticas corporais, existem vários tratamentos
que são empregadas atualmente, e umas das alternativas é a utilização da eletroterapia
que promovem a melhora das queixas estéticas, todavia a terapia combinada é um aos
recursos empregados para atenuar as disfunções, realizando a combinação de um equipa-
mento com outras correntes.
A terapia combinada surgiu aos tratamentos estéticos para objetivo a redução de
gordura localizada, e desta forma se torna uma das opções associando o ultrassom com
outras eletroterapias com objetivo de estimular a lipólise e reduzindo o tamanho do adipócito.
Aos aparelhos associados para a terapia combinada todos possuem seus próprios protoco-
los e cuidados recomendados pela a empresa, mas pode ser modificado pelo profissional
de acordo com as necessidades especificas a cada indivíduo. No mercado atual podemos
citar alguns exemplos de aparelhos que são combinadas e utilizadas, como por exemplo:
Manthus®, Heccus® e Vibria®, destacamos que para efetividade aos resultados corporais,
podemos associar o recurso com a corrente elétrica alternada, que produz eletroestimula-
ção. As vantagens da terapia combinada é a combinação da alta potência do aparelho com
as correntes excitomotoras para tratar ptose tissular, fibra edema gelóide e lipodistrofia.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 61


3.3.1 Efeitos Fisiológicos
Decorrente ao todo processo de estímulo ao tecido provocado por ondas ultras-
sônicas, promove uma agitação das células adiposas que desencadeiam aumento da
temperatura local, oxigenação e nutrição tecidual, melhorando o fluxo sanguíneo e linfático,
potencializando o metabolismo e resultando em redução da gordura localizada. É importante
orientar sempre ao paciente, que são técnicas que provocam lipólise e deve ser respeitado
todas as instruções pós procedimento (atividades físicas e alimentação saudável).

3.3.2 Indicações
As indicações da terapia combinada são indicadas para casos de pacientes que
desejam atenuar, reduzir e obter contorno corporal através de tratamentos estéticos as-
sociados a eletroterapia, tem as suas indicações para reduzir a adiposidade localizada.
Podem ser associados a protocolos para FEG, desde que haja indicações de acordo com a
necessidade e grau da queixa estética. A terapia combinada usa-se também como recurso
terapêutico para analgesia para casos de reabilitação.

3.3.3 Contra Indicações


Como todas as eletroterapias, a terapia combinada tem as suas contra indicações,
pacientes portadores de marcapasso ou metal não recomendamos a aplicabilidade da
corrente, evitamos em casos de indivíduos com câncer, gestantes, feridas na pele, estado
febril, fragilidade capilar, diabetes descompensados, inflamações, pós-operatório imediato,
tromboses e embolias.

3.3.4 Efeitos da Terapia Combinada


De acordo com as inúmeras alternativas em tratamentos estéticos na área, se-
gundo Guirro E. e Guirro R. (2004), a combinação dos equipamentos atuam na gordura
localizada, pois o ultrassom de alta potência tem a capacidade de aquecer o tecido através
da absorção das ondas ultrassônicas, gerando vibrações das células e suas partículas,
promovendo aquecimento térmico.
Em consequência dos efeitos térmicos, ocorre a vasodilatação, aumento do fluxo
sanguíneo e da permeabilidade cutânea, ocorre o aumento do metabolismo local proporcio-
nando resultados satisfatórios para as queixas estéticas.
O ultrassom sendo considerado um recurso para a Lipodistrofia, quando empre-
gado na terapia combinada é associado com outra corrente elétrica. No mercado atual,
existem equipamentos que associam as correntes elétricas e ultrassom, como por exemplo:
Manthus e o Heccus.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 62


O Manthus por exemplo, possui ultrassom de 03 MHz com 45 watts de potência com
objetivo de realizar indução de lipólise. No entanto, o aparelho Heccus tem a associação
do ultrassom com 03 MHz e com 54 watts de potência com finalidade de induzir a lipólise
e neste mesmo contém uma corrente elétrica polarizada para estimulação a contração
muscular. Quando associado as duas técnicas citadas anteriormente, potencializam os tra-
tamentos estéticos corporais, desta forma, neste mesmo recurso, podem ser empregados
técnicas manuais e realização de permeação aos princípios ativos para Lipodistrofia e FEG
finalizando o procedimento com drenagem linfática manual.
Os números de sessões variam de acordo com cada paciente, classificação do bió-
tipo corporal, bioimpedância e entre outros. De acordo com a avaliação corporal é realizado
protocolos, orientações durante o tratamento. Desta forma, quando executada corretamente,
as associações da eletroterapia promovem resultados satisfatórios. Contudo, relembramos
que as orientações pós procedimentos devem ser seguidos corretamente ao paciente.
Diante disso, podemos considerar que, a terapia combinada tem por finalidade
estética para redução de medidas, alguns cuidados e orientações devem ser passados ao
paciente, evitamos o uso da terapia combinada em regiões onde não se acoplam a manopla
do aparelho. Todavia os resultados são satisfatórios quando executado corretamente, sen-
do assim, consideramos que a eletroterapia proporciona vários recursos e benefícios aos
procedimentos estéticos e também terapêuticos, destacamos a importância de conhecer e
ampliar conhecimentos profissionais.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 63


4. ELETROPORAÇÃO

A Eletroporação é um método não invasivo e indolor, que atuam ao objetivo de


emitir ondas eletromagnéticas a partir de correntes elétricas, alta voltagem e pulsos curtos
que tem a finalidade de realizar a permeação dos princípios ativos por via transepidérmica.
O procedimento de eletroporação nos permite a permeação aos princípios ativos
de acordo com a especificidade do tratamento estético determinado, e a eficácia deste
transporte e das propriedades aos princípios ativos cosméticos e fármacos se dá através de
parâmetros, por exemplo: voltagem, comprimento do pulso e viscosidade, todavia, devido
a voltagem da corrente elétrica, ultrapassam a barreira da membrana presentes em nossa
pele, promovendo um rearranjo estrutural desta membrana, se tornando permeável as
propriedades presentes no meio externo.
A eletroporação são recursos da eletroterapia que podemos associá-los com outros
aparelhos, técnicas manuais e cosmetológicas para potencializar os resultados estéticos,
são utilizadas para protocolos estéticos e também terapêuticos com finalidades para per-
meação de fármacos para cicatrização, regeneração tecidual.

4.1 Mecanismo de Ação


O Mecanismo de Ação da eletroporação se dá através de potencializar a absorção
dos ativos em até 400 vezes. Ao contato sobre a pele, é presente ao nosso fisiológico as
aquaporinas que são canais que são formadas em proteínas que atravessam a membrana
celular e conduzindo as moléculas de água e passagens de íons e aumentando a permea-
bilidade aos princípios ativos.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 64


As aquaporinas são denominadas em canais de água com a capacidade de realizar
a reserva de água natural da epiderme, a descoberta do sistema de irrigação aos tecidos
ao corpo humano é primordial para realização de absorção de ativos sobre a pele e poten-
cializando formulações cosméticas para os tratamentos estéticos.
Os principais parâmetros de permeação realizado a eletroporação é através do
campo eletromagnético, o peso molecular das substâncias eletroporadas influenciam em
sua permeação, sendo assim, quando menor for o peso molecular, melhor será a permea-
ção intracelular do ativo. Se damos ao princípio que dermocosméticos com veículos leves
e nanopartículas são indicados para a realização da técnica.

4.2 Efeitos Fisiológicos


Os efeitos fisiológicos se realizam devidamente na capacidade a captação dos
ativos, facilitando a passagem de substâncias na membrana. Ocorre também o aumento
da veiculação de ativos, nutrindo e oxigenando o tecido, promovendo dilatação, aumento
do fluxo sanguíneo e otimizando os procedimentos estéticos.

4.3 Indicação
As indicações da eletroporação são para as disfunções estéticas, fibra edema ge-
lóide, lipodistrofia, flacidez tissular (ptose tissular), permeação de ativos para acnes, hiper-
pigmentação cutâneas e pós-cirúrgicos tardios. Pode ser associado também a protocolos
para tratamentos de estrias.

4.4 Contra Indicação


A eletroterapia tem suas contraindicações, e, por isto, evitamos o uso em pacientes
portadores de marcapasso, infecções cutâneas, inflamações, gestantes e neoplasias.

4.5 Aplicação da Eletroporação


Ao realizar a aplicação, realizamos a higienização da pele, logo após opte em utili-
zar-se cosméticos em soluções aquosas, aplique em regiões do corpo a ser trabalhado, no
entanto, cada ponto de atuação a pele deve estar com a substância, e movimento o manípulo
em movimentos circulares sobre a pele. Tempo de aplicação é até 1 hora. Desta forma, desta-
camos que vários recursos eletroterápicos com finalidades estéticos e também terapêuticos,
e, na prática clínica é importante relembrar os cuidados essenciais no momento da aplicação,
analisar as indicações para cada indivíduo de acordo com as suas necessidades.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 65


Com isso, podemos considerar que atualmente há muitos recursos da eletroterapia
para o atendimento estético, que tem o objetivo de atenuar as disfunções estéticas faciais
e corporais. É importante também o conhecimento básico sobre a anatomia e fisiologia
humana, conceitos das estruturas da pele e também sobre a ação dos cosméticos e per-
meabilidade cutânea, que podemos associar durante a elaboração aos protocolos estéticos
de acordo com a especificidade de cada paciente.

REFLITA

O resultado satisfatório de um tratamento estético, são necessários respeitarmos as


contraindicações, e indicar o procedimento adequado individualmente a cada paciente,
sendo assim, o momento da avaliação estética são de extrema importância para os
procedimentos.

Fonte: SILVA, 1997.

UNIDADE III Eletrotermofototerapia III 66


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a),

Nesta unidade, estudamos sobre os Recursos mecânicos, Térmicos, Ultrassom,


Ultracavitação, Terapia combinada e Eletroporação relacionado na área da estética, por-
tanto, ao iniciar o procedimento estético com recursos eletroterápicos, é necessário ajustar
os parâmetros do equipamento, as variações de pulsos, intensidades e os parâmetros de
modulação aos aparelhos estéticos.
Portanto, ao profissional da área da estética, conhecer e aprender situações relacio-
nado a eletroterapia, as indicações, contraindicação da corrente, mecanismo de ação, são
necessários para evitar intercorrências durante aos atendimentos realizados. O profissional
atua diretamente na saúde, bem estar e estética aos pacientes, todavia a Eletrotermofo-
toterapia consiste em aparelhos estéticos, com finalidades de atenuar, melhorar e tratar a
disfunção estética corporais, faciais e capilares.
Durante todas as unidades, estudamos as abordagens eletroterápicas e acredita-
mos que esteja preparado para seguir as próximas etapas do curso, realizando desenvolvi-
mento de suas habilidades de elaborar protocolos e procedimentos estéticos para realizar
atendimentos no mercado de trabalho.

Muito Obrigado!

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MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Eletro termo fototerapia
Autor: Agne, Jones.
Editora: Andreoli – 4° edição.
Sinopse: Nesta edição atualizada e fundamentada nos conceitos
biofísicos da eletricidade é explorado o uso correto dos principais
agentes físicos terapêuticos que podem ser utilizados por diver-
sos profissionais, seja no âmbito da reabilitação físico-motora
ou das disfunções estéticas. São discutidos temas da interação
dos agentes não-ionizantes com diferentes tecidos biológicos
mostrando as respostas fisiológicas quando estimulados pela
corrente elétrica, luz e calor. Trata-se de uma obra desenvolvida
pelo Prof. Dr. Jones Eduardo Agne, considerado uma referência
nessa área na atualidade brasileira. O autor tem um histórico
marcante, com formação em Fisioterapia, professor universitário,
pesquisador e incentivador ao empreendedorismo. Palestrante em
vários congressos nacionais e internacionais, professor de cursos
de pós-graduação em diferentes especialidades, consultor técnico
no projeto de equipamentos e clínicas, enfim, uma vida voltada ao
crescimento profissional.

FILME (SÉRIE)
Título: A vida e a história de Madam C.J. Walker
Ano: 2020 – 1° temporada.
Sinopse: Uma afro – americana que venceu a pobreza, construiu
um império de produtos de beleza e se tornou a primeira milionária
pelo próprio esforço. Baseado em uma história real.

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UNIDADE IV
Eletrotermofototerapia IV
Professora Esp. Rafaela Lima Niimoto

Plano de Estudo:
● Radiofrequência;
● IPL e laser;
● LED terapia;
● Criolipólise e criofrequência.

Objetivos da Aprendizagem:
● Reconhecer os conceitos e características da Radiofrequência;
● Descrever o conceito da Fototerapia (IPL) e Laser e outros recursos avançados;
● Definir a importância do conhecimento a Eletroterapia.

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INTRODUÇÃO

Aos estudos dos conceitos de Beleza, Estética e Saúde, é notório observarmos os


avanços da tecnologia, todavia, nos referimos em recursos tecnológicos, eletroterápicos
como ferramentas de proporcionar resultados aos nossos clientes e também a agregação
de valores profissionais.
Atualmente, estamos expostos diante de tendências de procedimentos menos
invasivos, invasivos com ou sem associações da eletroterapia, princípios ativos cosméticos
para proporcionar resultados aos procedimentos estéticos, desta forma, sabe-se que a
capacitação profissional é de extrema importância para se executar as técnicas básicas,
intermediárias e avançadas para se traçar aos objetivos aos tratamentos propostos.
Assim como quaisquer procedimentos estéticos a ser realizados, é necessário que
todo profissional se realiza o preenchimento da ficha de avaliação, e desta forma, com a
sequência de avaliar a disfunção a ser tratada e propor protocolos de tratamentos, neste
mesmo, o profissional deve-se explicar as indicações, complicações e cuidados após os
procedimentos. Todavia, para a utilização dos recursos de eletroterapia, o mesmo é ne-
cessário realizar todas essas etapas, e ter conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia,
conceitos de física e química.
Nestes próximos tópicos, vamos abordar os efeitos fisiológicos, funções e conceitos
da Eletrotermofototerapia, e suas indicações ao uso prático e teórico e com base de recur-
sos e conhecimentos, vamos buscar a entender sobre os Recursos térmicos, Mecânicos,
Ultrassom, Ultra cavitação, Terapia combinada e Eletroporação, com objetivo para ampliar
os conhecimentos profissionais.

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1. RADIOFREQUÊNCIA

Atualmente, os tratamentos estéticos aumentaram aos últimos anos, e a busca pelo


corpo perfeito está cada vez em alta para homens e mulheres, que procuram técnicas segu-
ras e que não precise alterar a rotina e se beneficiar a resultados satisfatórios, no entanto em
prática clínica é necessário ampliar os nossos conhecimentos para que possamos executar e
elaborar protocolos que podem atenuar, tratar e melhorar a queixa estética do paciente.
Com o passar do tempo, envelhecemos e reduzimos a capacidade de produzir
novas células de colágeno, há diminuição da massa magra (musculatura), e consequen-
temente, desencadeando várias alterações estéticas, como por exemplo, acúmulo de
Lipodistrofia, fibroedema genóide, Ptose tissular e Muscular. O sedentarismo, alimentação,
fatores hormonais e a hereditariedade desencadeiam todo o processo do surgimento e
agravamento das disfunções estéticas.
E a estética tem a função e objetivo de proporcionar beleza, saúde e bem estar
ao nosso paciente, desta forma, as técnicas de eletroterapia tem buscado novos estudos,
avanços tecnológicos para promover resultados eficazes e satisfatórios, como por exemplo,
a Radiofrequência. O equipamento tem a indicação de melhorar vários distúrbios estéticos,
com objetivo de promover aquecimento ao tecido subcutâneo, estimulando a induzir a for-
mação da neocolagênese através da geração da energia térmica em camadas profundas
da nossa pele. O objetivo da radiofrequência quando executada corretamente proporciona
benefícios estéticos e fisiológicos para o nosso organismo.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 71
Com o desenvolvimento tecnológico a radiofrequência é utilizada para protocolos
de rejuvenescimento facial, corporal, atenuar ptose tissular, melhorar o quadro estético de
fibroedema genóide e lipodistrofia, podem ser associadas aos tratamentos para estrias, pós
operatório tardio e fibroses, pois a finalidade do equipamento é induzir, estimular a produção
dos fibroblastos, colágeno que são fibras responsáveis pela a sustentação da nossa pele.
A radiofrequência conceitua-se em emissão de correntes elétricas de alta frequên-
cia, formando um campo eletromagnético que gera calor quando em contato ao tecido,
trata-se de uma terapia que sua finalidade é atingir a camada subdérmica, que podem ser
aplicadas em todos fototipos cutâneos.
Segundo Borges (2010), a radiofrequência é uma radiação no espectro eletromag-
nético que gera calor compreendido entre 30 KHz e 300 MHz, para se atingir as camadas
profundas, mantendo a superfície da pele resfriada e protegida, estimulando a contração
das fibras de colágeno existente e induzindo a estimulação de novas fibras para afins tor-
nando eficazes aos tratamentos estéticos.
A tecnologia da eletroterapia radiofrequência, são combinadas em um só aparelho
os sistemas de radiofrequência monopolar e bipolar que produzem energia homogênea e
profundas, o fluxo de corrente circulam em três polos que aquecem as camadas superficiais
e profundas. (TASSINARY, 2018).
Segundo Guirro E. Guirro R. (2004), a nossa pele é constituída por epiderme, derme
e hipoderme, que possui várias funções como: proteção contra agentes físicos, químicos e
biológicos, e regulação da temperatura, excreção sensibilidade tátil e produção de vitamina D.

1.1 Epiderme
A epiderme é constituída por células epiteliais que se proliferam continuamente, na
mesma estão presentes os anexos: pelos, unhas e glândulas, sistema melânico, células de
merkel integrada ao sistema nervoso.
De acordo com Guirro E. Guirro R. (2004), a epiderme é a camada mais externa,
formada por camadas de células sobrepostas que se compõe em uma camada córnea rica
em queratina.

1.2 Derme
A derme é uma camada espessa do tecido conjuntivo que se apoia sobre a epider-
me e hipoderme, nesta mesma se encontra grandes quantidades de vasos sanguíneos,
fibras de colágenos e elastina, rica em vascularização. A derme é um tecido maleável, com
propriedades viscoelásticas composto de proteínas fibrosas.

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1.3 Hipoderme
A hipoderme é o tecido que é formado por tecido conjuntivo frouxo ou adiposo
denso, a distribuição de gordura não é uniforme em todas as regiões do corpo. Segundo
Guirro E. e Guirro R. (2004), há um maior acúmulo de tecido adiposo em região abdominal.

1.4 Colágeno
O colágeno é a proteína essencial para a sustentação da pele, as fibras colágenas
são principais e mais abundantes constituinte da derme (AGNE 2017), no qual constitui em
30% total de proteínas e tem função de fornecer resistência e integridade a diversos teci-
dos. Existem vários tipos de colágenos ao nosso corpo, entretanto os colágenos tipo I, II e
II são os mais conhecidos. O colágeno tipo I, encontramos na derme que são responsáveis
na constituição da pele, tendões, ossos e paredes dos vasos sanguíneos, tem função de
fornecer resistência a nossa estrutura em diversos tecidos e órgãos. O colágeno tipo II e III
encontramos em cartilagens, tecidos fetais, órgãos e glândulas (TASSINARY, 2018).

1.5 Efeitos Fisiológicos


Os efeitos fisiológicos da radiofrequência constituem em vasodilatação e aumento
da circulação sanguínea, pois ocorre a elevação da temperatura que produz vasodilata-
ção, aumento de aporte de nutrientes e oxigênio tecidual, a partir então, há um estímulo a
atividade metabólica, devido ao aquecimento tecidual. Ressaltamos que quando a radio-
frequência está em contato sobre o nosso tecido, ocorre uma intensa agitação molecular,
principalmente em moléculas de água, que são responsáveis ao aumento da temperatura
tecidual, isto é, quanto mais rico em água e eletrólitos ao tecido, com mais facilidade atin-
ge-se o calor sobre a pele, resultando que as fibras de colágeno se contraem, e induzindo
a síntese de colágeno ao tecido (KITCHEN, 2003).

1.6 Benefícios da Radiofrequência


A atuação da radiofrequência sobre o colágeno se dá por uma reação e contração
imediata da fibra existente, no entanto proporciona remodelação e renovação ao longo prazo
do tecido. Ressaltamos a importância das aplicações da radiofrequência com espaçamento
de dias, para se ocorrer todas as respostas fisiológicas e promover resultados satisfatórios.
O objetivo da radiofrequência encontra-se por induzir a proliferação de fibroblastos
e a reconstrução do colágeno, desta forma promovendo vários benefícios estéticos, melho-
rando a qualidade da pele.

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1.7 Contra Indicação da RF
Não é recomendado aplicar a radiofrequência para pacientes que tenham a contra
indicação de transtornos de sensibilidade, marca passo, gestantes, infecções, inflamações,
varizes e transtornos circulatórios (PEREZ, 2014).

1.8 Classificações da RF
A radiofrequência é classificada de acordo com alguns fatores em ablativas e não
ablativas, ou seja, invasivas e não invasivas. Entretanto a quantidade de eletrodos podem
ser, monopolares, unipolares, bipolares que são separados ou contidos em uma única
ponteira. Quando nos referimos as formas de aplicação da radiação, são classificados a
RF em indutivas, capacitiva e resistiva, desta forma, a modalidade indutiva é indutora de
calor. A modalidade capacitativa possui um capacitor formado pelo eletrodo ativo que se
mantém isolado, entretanto atinge-se os tecidos e capacidade térmica da RF capacitativa
conseguem aumentar com maior facilidade a temperatura dos tecidos (PEREZ, 2014).
Portanto, a radiofrequência é classificada como recursos de eletroterapia, que são
indicados para as queixas estéticas faciais e corporais, no entanto é necessário que o
profissional se atente as indicações, contra indicações, cuidados no momento da aplicação,
e seguir todos as recomendações do fabricante. Desta forma, associamos este recurso
eletro terapêutico com outras técnicas que podem otimizar os resultados estéticos.

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2. IPL E LASER

A luz é uma das mais belas formas de energia, algumas conhecemos por sua ação
terapêuticas, estéticas proporcionando vários benefícios aos nossos tratamentos estéticos,
desta forma, o laser ou a luz pulsada são fonte de luz natural, que é apenas uma faceta de um
fenômeno físico abrangente conhecido como radiação eletromagnética (PEREIRA, 2013).
O aspecto eletromagnético engloba vários fenômenos como as ondas da TV, rádio,
micro-ondas, infravermelho, raio-x, é necessário perceber que cada cor visível em sua
emissão do espectro está associada a uma frequência e ou comprimento de onda.
A radiação luminosa pode ser definida como a transmissão de energia de um ponto
a outro no espaço, independente do meio em que estar se propagando, desta forma, a
radiação eletromagnética, propaga-se em alta velocidade independente do meio de trans-
missão, formas de ondas. Os lasers, por exemplo, são fontes de radiação eletromagnética,
possuindo características que são distintas de outras fontes de luz (PEREIRA, 2013).
A palavra laser é o acrônico de Light Amplification by Stimulated Emission of Ra-
dioation, o que significa ampliação da luz pelo efeito da emissão estimulada da radiação, e
são separadas em duas partes: fenômeno da emissão estimulada e à amplificação luminosa
(PEREIRA, 2013). A luz intensa pulsada ou Intense Pulsed Light Source (IPL) utiliza-se uma
luz intensa de flash que possuem características diferentes.

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● POLICROMÁTICO: emitem o espectro amplo de comprimento de onda, em
geral na faixa de 400 nm a 1200 nm. A seleção do comprimento de onda é
realizada através de filtros, colocados na frente de lâmpada. O filtro remove
uma banda de comprimento de onda, em geral, aquela abaixo da especificação
do filtro, deixando passar os comprimentos de onda acima (PEREIRA, 2013). A
multiplicidade de comprimentos de onda faz com que sejam bastantes versáteis,
todavia indicados para várias finalidades como: depilação, remoção de lesões
pigmentares, rejuvenescimento e lesões vasculares.

2.1 Efeitos sobre os Tecidos


Conforme a atuação da luz sobre o tecido e o efeito, há as seguintes atuações:

● Fototérmica: energia absorvida e transformada em calor.


● Fotomecânica: rompimento por efeito mecânico.
● Fotoquímica: quebra direta das ligações químicas entre os átomos de uma molécula.
● Fotobioestimulação: emprega – se laser de baixa potência e painéis de LEDs,
tem ação anti-inflamatória, anestésica e regeneração tecidual.

O parâmetro do laser que influencia no fator da absorção é o comprimento de


onda de luz (cor, frequência), o nosso organismo ou componente da nossa pele responde
distintamente, ou tem afinidade a determinado comprimento de onda. Para que haja efeito
da luz do laser sobre o tecido é necessário que há sintonia entre o tecido a ser tratado e a
energia sendo utilizada (PEREIRA, 2013).
Esses efeitos térmicos, provocam o aquecimento sem afetar os tecidos adjacentes,
dando a origem a “fototermólise seletiva”. Entretanto os principais básicos da fototermólise
seletiva que governam a interação entre a luz e o tecido, é realizada pelo fato ao compri-
mento da onda e a duração do pulso, sem causar efeitos sobre tecidos adjacentes.
Aos tratamentos realizados com a fototerapia ocorre, quando a luz é absorvida ao
tecido e provoca um aquecimento, provocando sua coagulação ou vaporização atingindo
o objetivo do tratamento. Todavia, o laser a luz intensa pulsada trabalham com energias
mais altas que empregam a proteção da epiderme com sistema de refrigeração acoplados
a ponteira, com finalidades de dissipar parte do calor produzidos sobre as camadas da pele.

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Segundo Pereira (2013), os sistemas de refrigeração da epiderme são classificados
da seguinte forma: estáticos, a peça de mão possui uma janela de safira refrigerada, a água
ou gás, que permanece em contato com a pele, removendo o excesso de calor durante o pul-
so do laser. Os dinâmicos, que são acoplados a peça a mão, e o processo dispara um jato de
gás criogênico, neste sistema podem variar a duração do pulso do gás e o com intervalo entre
o jato do laser ou a luz pulsada. E, contínuos/independentes, um equipamento separado que
fornece um jato de ar gelado, refrigerando o tecido, procedimento operando independente do
laser ou luz pulsada. As vantagens da utilização do laser e a luz pulsada, são a possibilidades
de utilizar energias mais altas e aumentando a eficácia do tratamento, entretanto reduzindo o
incomodo durante as aplicações e possibilidade em aplicações em peles escuras.
Aos procedimentos estéticos, utiliza-se os lasers com várias finalidades e equipa-
mentos como a luz pulsada também revolucionou – se proporcionando rejuvenescimento
da pele, produzindo o “resurfacing não ablativo” atenuando linhas de expressão, remoção
de lesões pigmentares e vasculares superficiais, sem danificar a epiderme. A resposta
do organismo se dá através, de realizar a produção localizada de colágeno, causando
um preenchimento natural da pele, melhorando a qualidade do tecido e esteticamente se
tornando uma pele rejuvenescida (PEREZ, 2014).
Os sistemas de luz pulsada e a faixa de comprimento de onda vão desde o visível
até o infravermelho que são capazes de tratar vários tipos de lesões e ao mesmo tempo
melhorando a qualidade da pele e também atenuando manchas e telangiectasias superfi-
ciais. Desta forma, podemos citar alguns exemplos de equipamentos a laser e luz pulsada.
Segundo Pereira (2013), são classificados os seguintes aparelhos:

a) Diodo: tem comprimento de onda em 1.450nm associado a um sistema de


refrigeração dinâmico.
b) ErGLASS: refere-se a uma ponteira de cristal com comprimento da onda de
1.540nm, com sistema de refrigeração com ponta de safira refrigerada.
c) 2Luz intensa pulsada (IPL): versatilidade e eficiência de tratamento, relação
de com custo e benefício, com os benefícios de promover o rejuvenescimento
não ablativo sobre a pele.

Os lasers ou luz intensa pulsada (IPL), são fontes de luz com finalidades importantes de
permitir de atenuar, tratar de forma seletiva a várias lesões teciduais e preservando a estrutura
do tecido saudável adjacente, proporcionando a remoção do pelo indesejável, despigmentação
de tatuagens, e são empregadas em tratamentos estéticos para o combate da flacidez.

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2.2 Indicação
Recurso com várias possibilidades de indicações e com protocolos pré programa-
dos para desenvolver o tratamento indicado e proposto, desta forma as indicações dos
lasers são: rejuvenescimento, acne, despigmentação de tatuagens, micropigmentação,
hipercromias, olheiras, pacientes em pós operatório, pacientes com tendência ou presença
de queloides e cicatrizes hipertróficas e alopecias. Desta forma as contra Indicações da
fototerapia são evitadas o uso em gestantes, pacientes portadores de marca passo,
prótese metálicas, neoplasias, feridas, infecções.

2.3 Cuidados da Aplicação


As salas de estéticas devem estar preparadas para manter o equipamento de laser,
desta forma um local refrigerado (ar condicionado) é necessário para que mantenha sem-
pre resfriado o aparelho, não podemos nos esquecer que alguns lasers são utilizados gel
neutro para condução de energia, ler o manual de instruções de acordo com o fabricante
propôs é importante. Todavia, ao realizar as aplicações do laser devem ser utilizados pelo
profissional e o paciente o uso de óculos específicos para a proteção do olho. Evitar o uso
de ácidos em geral com a luz do laser é contra indicado pois podem desenvolver reações
indesejadas e intercorrências, evitamos de realizar a aplicação do laser em pós operatório
imediato, o uso é indicado após a liberação médica.
Consideramos então que, o laser e luz intensa pulsada proporciona vários benefí-
cios e objetivos quando utilizados corretamente, são fontes de luz que permite a penetra-
ção sobre o tecido que são empregadas terapeuticamente, atenuando e tratando lesões
pigmentares, hipercromias, rejuvenescimento, controle de acne, atenuando telangiectasias
presentes na pele.
No entanto, futuramente certamente os equipamentos será mais eficaz e compactos
para desenvolvermos tratamentos e prevenção a várias disfunções estéticas e terapêuticos.

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3. LED TERAPIA

Atualmente os recursos estéticos tem por finalidades de tratar e atenuar as disfun-


ções estéticas, no entanto com o avanço tecnológico diariamente há novos lançamentos de
equipamentos, ativos cosmológicos, técnicas manuais e entre outros, todavia aos tratamentos
à base de LED contribuem para complementação de tratamentos estéticos e terapêuticos.
Na área da medicina e estética há vários modelos e aparelhos de laser, LED tera-
pia diferentes, que proporciona objetivos distintos, quanto relacionado a tratar e amenizar
afecções estéticas, reabilitação e podologia. A Led terapia também é conhecido como laser
de baixa potência que emitem luz com espectro eletromagnético visível ou invisível, com a
escala dada em nanômetros (nm) ou milímetros (mm).
As cores das luzes são determinadas pelo o comprimento de onda e as cores que
são visíveis, são verdes a violeta que se encontram em 380 nm a 1200 nm de espectro.
Os parâmetros da LED, são classificados em: comprimento da onda, potencia, tempo, área
de aplicação, modo contínuo e pulsado. As dosagens são determinadas de acordo com as
necessidades do paciente.
A led terapia são componentes eletrônicos semicondutores, diodos, que emitem luz
quando estimulado por corrente elétrica, produzem uma luz monocromática incoerente, ou
seja, a luz segue em diversas direções como numa lâmpada e de baixa intensidade, com
intuito de direcionar a emissão luminosa (PEREIRA, 2013).

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 79
Os tratamentos com LEDs utilizam painéis com 1.000 a 2.000 componentes para
ampliar e otimizar a área de aplicação. Dependendo de a região ser tratada é necessário
trocar o painel para alterar o comprimento de onda. O objetivo aos tratamentos com laser de
baixa potência ou Led terapia é promover aquecimento aos tecidos profundos e promover o
estímulo de colágeno, elastina, melhorar a oxigenação tecidual para um objetivo proposto.

3.1 Efeitos Fisiológicos


Dentre a novas tecnologias o LED é um recurso fototerápico que são utilizados para
as alterações cutâneas, entender os efeitos fisiológicos que são promovidos ao organismo
são essenciais para se propor a protocolos e resultados satisfatórios ao nosso paciente.
Segundo Agne (2017) os efeitos fisiológicos promovidos são observados clinica-
mente a ação anti-inflamatória, analgesia, estimulação da cicatrização de feridas. Com-
plementa-se que os efeitos da radiação sobre os tecidos dependem da absorção de sua
energia, com efeitos locais: fototérmico e fotoquímico.
Os efeitos promovidos sobre o tecido são estimulados a microcirculação e au-
mento do processo tissular, promovendo a oxigenação tecidual, estímulo de produção
de fibroblastos, colágeno e elastina. Sobretudo, trabalhar com laser, IPL de baixa ou
alta potência, necessita de conhecimentos profundos sobre a técnica, como as suas
indicações, contra indicações, observar e avaliar os locais a ser tratados, desta forma
ressaltamos a importância de realizar a anamnese ao paciente para afins de elaborar pro-
tocolos, sessões de acordo com suas necessidades e indicações profissionais. Entretanto
podemos observar que a led terapia e outros recursos da eletroterapia, são indicados
para atenuar e tratar as disfunções estéticas, também são utilizadas para complementar
tratamentos estéticos que possam ser otimizados com a junção ao laser e outros recur-
sos. Ao profissional da área da estética, deve estar qualificado para aplicar o laser, sem
os conhecimentos prévios podem desencadear intercorrências, queimaduras ao tecido,
desta forma prejudicando a saúde da pele e as demais estruturas.
É importante ao profissional ficar atento a alguns cuidados específicos, como por
exemplo, realizar a avalição do paciente e históricos clínicos, analisar a região ser tratada,
e orientar aos cuidados pós procedimento, desta forma otimizando os resultados proposto
ao nosso cliente.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 80
4. CRIOLIPÓLISE E CRIOFREQUÊNCIA

Atualmente há vários recursos tecnológicos que promovem a melhoria do nosso


corpo esteticamente, desta forma a busca por novos procedimentos não invasivos são
opções com baixas contra indicações e intercorrências.
As possibilidades de procedimentos não invasivos são vários, podemos associar
desde a fototerapia, recursos manuais, cosmetológicos e associação de todas as terapias
de acordo com a necessidade e queixa do paciente, sobretudo o exemplo de fototermofo-
terapia de criolipólise e criofrequência, ao decorrer aos últimos anos possui muitos avanços
que promovem a atenuar as queixas estéticas.
A criofrequência é uma tecnologia que associa frio e calor através do mesmo equipa-
mento com uma ponteira que resfria a superfície da pele chegando em até – 10°C, as ondas
eletromagnéticas de alta potência gerado ao equipamento podem atingir até + de 60°C as
camadas profundas da pele, resultando ao estímulo de novas fibras de colágeno e elastina.
A criolipólise é um recurso terapêutico que se associa somente a frio com finalida-
des de provocar a diminuição do adipócito, o resfriamento pode se atingir até de 0 a -15°C
(BORGES, 2010). A ponteira do equipamento é colocada sobre o tecido e através do
vácuo promove uma sucção da pele e realizando o resfriamento do tecido selecionado ao
tratamento. Para se a cada região ser tratada, o profissional deve se realizar a anamnese
prévia ao paciente e escolher as ponteiras indicadas a cada local do corpo.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 81
4.1 Criolipólise
Estudos desenvolvidos aos anos 2000 por Rox Anderson, um norte americano, le-
varam em conta uma publicação da década de 1970, a qual pesquisadores observaram que
crianças que tomavam muito sorvete após a retirada de amigdalas passaram a apresentar
covinhas nas bochechas supostamente eram causados a redução de gordura localizada na
parte do rosto devido a baixas temperaturas do picolé. Desta forma, o pesquisador iniciou
os estudos sobre aplicar técnica que possam a favorecer o frio com o adipócito, otimizando
novos recursos para os tratamentos de gordura localizada. Tomando-se em base os con-
ceitos dos pesquisadores, constataram que a criolipólise causa a destruição das células de
gordura de maneira seletiva, sem prejudicar os tecidos adjacentes (BORGES, 2010).
Entretanto a pesquisa foi realizada através em uma aplicação externa ao frio, e
expuseram dez áreas de um porco a temperatura de -7° e observaram a redução visível da
gordura aos locais de aplicação, e essa redução ocorreu pela morte do adipócito por apop-
tose, no qual vários estudos foram realizados concluindo a comprovação dos resultados,
aplicação e temperatura da criolipólise. O dispositivo utilizado se dispõe de um aplicador
em forma de copo (manípulo) que se utiliza um vácuo para realizar a prega do tecido.
No aplicador, está presente duas placas de arrefecimento nos quais quando acionados
transferem calor, extraindo o calor da região e proporcionando uma intensa diminuição da
temperatura local, que acarreta a destruição da célula, com a apoptose é a principal rota
de eliminação de gordura, há estudos que apontam a eliminação da gordura por meio de
lipólise e necrose do tecido.
A lipólise ocorre após a aplicação da criolipólise, que altera diretamente o metabo-
lismo lipídico nos adipócitos inibindo o processo de adipogênese e lipogênese. Na necrose
o processo é desordenado de morte celular, causado por fatores que levam a lesão celular
irreversível (TASSINARY, 2018).

4.1.1 Efeitos Fisiológicos da Criolipólise


O resfriamento causado ao tecido adiposo subcutâneo de forma não invasiva, leva
se a cristalização do lipídeo no citoplasma do adipócito (paniculite), o qual acarretará na
morte apoptótica das células devido as baixas temperaturas (PEREIRA, 2013).
Os estudos realizados, foi possível observar a apoptose “morte programada” da
célula. Quando ocorre a aplicação da criolipólise não há nenhum dano ao adipócito, po-
rém após 24 e 72 horas, inicia-se uma reação inflamatória que se atinge em até 14 dias,
no entanto partir de 30 dias de aplicação a inflamação diminui, mas atividade fagocitária

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 82
continua de 60 a 120 dias período em que há eliminação efetiva do adipócito. Resultando
esteticamente e gradativamente a redução da gordura localizada. Lembrando que durante
esse período é necessário que o paciente tenha uma alimentação saudável, e o processo
de perda de gordura localizada pode se estender até seis meses (BORGES, 2010).
Outro aspecto fisiológico é a ação terapêutica da criolipólise, após a aplicação da
técnica, após cessar a vasoconstrição severa causada pelo resfriamento do tecido e a
compressão mecânica sobre os vasos por meio da pressão negativa e o restabelecimento
é realizado gradualmente na região.
As manobras de massagem realizadas após a aplicação contribuem para reperfusão
do tecido, potencializando os resultados em prática, e durante os 120 dias após a aplicação
da criolipólise recomenda – se a associação de recursos eletroterápicos e técnicas manuais
para potencializar os resultados.

4.1.2 Contra Indicação da Criolipólise


Segundo Borges (2010) há algumas contra indicações e cuidados devem ser res-
peitadas para afins de evitar intercorrências. A criolipólise é contra indicado para pacientes
com presença de hérnica umbilical, inguinal, lesões inflamatórias ou infecciosas, gestantes,
tumor ou câncer, cirurgias recentes, alergias ou sensibilidade ao frio, pacientes que fazem
uso de medicamentos anticoagulantes, diabetes, doenças neurológicas (esclerose múltipla)
podem ser agravadas por causa do frio e além de haver desconforto.

4.2 Criofrequência
A criofrequência é um aparelho de eletroterapia que se encontra no mercado estéti-
co atualmente, são baseados em fundamentos da radiofrequência e seus efeitos térmicos,
este equipamento emite resfriamento por condução em sua ponteira, a fabricação do
modelo específico de criofrequência chamada Andrus, o mecanismo fisiológico do equipa-
mento inicia se aquecimento aos tecidos profundos, realizando uma contração imediata de
colágeno e elastina (PEREIRA, 2019)
Devido a altas temperaturas que ocorrem sobre o tecido, a epiderme permanece
preservada através do resfriamento que se encontra na ponteira do eletrodo, a criofre-
quência é constituída por três terapias: radiofrequência, indução de ativos e cavitação. O
equipamento é composto por aplicador corporal e facial, que atingem temperaturas de até
-10°C. A ação do choque térmico sobre os tecidos proporciona oxigenação aos tecidos,
vasodilatação, e produção de colágeno e elastina.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 83
4.2.1 Modo de Aplicação
O modo de aplicação da criofrequência deve ser realizado por área, dividindo – se
a região em quadrantes, realizando movimentos multidirecionais concentrando a aplicação
em regiões onde se encontram as alterações inestéticas. Os objetivos da criofrequência,
é realizar a estimulação do colágeno e elastina, promove a lipólise, combate a flacidez
(AGNE, 2017).

4.2.2 Indicação e Contra Indicação


As indicações da criofrequência são para atenuar as alterações estéticas de fla-
cidez tissular facial e corporal, fibroedema gelóide, adiposidades localizadas e fibroses
(BORGES, 2010).
No que diz respeito às contraindicações da técnica, evitamos o uso para pacientes
com marcapasso ou qualquer prótese metálica no corpo, pacientes que fazem uso de me-
dicação corticoides, diabéticos, varizes e peles sensibilizadas (BORGES, 2010).
Sendo assim, consideramos que atualmente no mercado da estética há vários
recursos para que possam amenizar, atenuar as queixas estéticas, tanto o quanto para a
estética facial e corporal. Desta forma, a cada dia as pessoas buscam técnicas não invasi-
vas que podem proporcionar resultados satisfatórios com o custo e benefício.
Entretanto, com o surgimento de vários aparelhos e recursos, é necessário que o
profissional esteja sempre se atualizando, buscando novos conhecimentos para que possa
ampliar e otimizar os protocolos estéticos. Concluímos que assim como todas as demais
eletroterapias, a Criofrequência e Criolipólise são a revolução na área da estética, no qual
podemos tratar várias alterações estéticas otimizando os tratamentos e tempo.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 84
SAIBA MAIS

Durante a aplicação da Criolipólise, é essencial realizar a ficha de avaliação para co-


nhecer o nosso paciente e seus históricos clínicos, no entanto, durante a técnica, não se
esqueça de envolver a região escolhida para acoplar o manípulo é necessário o uso de
manta especifica de Criolipólise. Pois esse acessório vem umedecido e são utilizados
para formar a proteção da pele ao frio. A manta não deve ser reutilizada.

Fonte: TASSINARY, J. Raciocínio clínico aplicado a estética corporal. 2. ed. Lajeado: Editora: estética

experts, 2018.

REFLITA

Sabe-se que a aplicação correta de todo aparelho estético promove resultados satisfató-
rios ao nosso paciente, por exemplo, a criofrequência realizamos divisão em quadrantes
na região a ser aplicada, usamos gel neutro ou glicerina como veículo de condução e é
realizado movimentos lentos e em círculos. Os parâmetros são determinados para cada
especificidade.

Fonte: TASSINARY, J. Raciocínio clínico aplicado a estética corporal. 2. ed. Lajeado: Editora: estética

experts, 2018.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 85
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a),

Nesta unidade, estudamos sobre os recursos de Radiofrequência, Fototerapia,


Criolipólise e Criofrequência, portanto, ao iniciar o procedimento estético com recursos ele-
troterápicos, é necessário ajustar os parâmetros do equipamento, as variações de pulsos,
intensidades e os parâmetros de modulação aos aparelhos estéticos.
Portanto, ao profissional da área da estética, conhecer e aprender situações rela-
cionado a eletroterapia, as indicações, contraindicação da corrente, mecanismo de ação,
são necessários para evitar intercorrências durante aos atendimentos realizados.
O profissional atua diretamente na saúde, bem estar e estética aos pacientes,
todavia a Eletrotermofototerapia, cujo consiste em aparelhos estéticos, com finalidades de
atenuar, melhorar e tratar a disfunção estética corporais, faciais e capilares.
Durante todas as unidades, estudamos as abordagens eletroterapia e acreditamos
que esteja preparado para seguir as próximas etapas do curso, realizando desenvolvimento
de suas habilidades de elaborar protocolos e procedimentos estéticos para realizar atendi-
mentos no mercado de trabalho.

Muito Obrigado!

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 86
MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Terapêutica em estética, conceitos e técnicas
Autor: Borges, Fábio e Scorza, Flávia.
Editora: Phorte, São Paulo 2010.
Sinopse: Conceitos e técnicas oferecem ao leitor um amplo es-
pectro de temas no contexto da terapia estética. A obra aborda
tópicos de anatomia e fisiologia da pele (constituição e funções, ci-
catrização, envelhecimento cutâneo); cosmetologia (fundamentos
de cosmetologia, peeling ácido); recursos terapêuticos (luz intensa
pulsada, criolipólise, microagulhamento, ultra cavitação, laser
fracionado); terapêutica estética facial (iontoforese facial, limpeza
de pele); terapêutica estética corporal (gordura localizada, fibro
edema gelóide ou celulite, estrias); terapêutica estética específica
(tratamento estético no queimado, terapia capilar, massagem com
bambu); e legislação da Anvisa aplicável aos centros de estética.

FILME / VÍDEO
Título: Embrace
Ano: 2016.
Sinopse: Embrace fala sobre os estereótipos de beleza criados
pela mídia e como isso impacta a vida das mulheres.

UNIDADE IV Eletrotermofototerapia IV 87
REFERÊNCIAS

AGNE, J. Eletrotermofototerapia. 4. ed. Editora Andreolli, Santa Maria 2017.

AGNE, J. E.; Eletrotermoterapia: teoria e prática. Santa Maria: Palotti, 2006.

BORGES, F.; S. Dermato – Funcional: modalidades terapêuticas das disfunções estéticas.


São Paulo: Phorte, 2010

BORGES, F.; S. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas, edição 01, São Paulo, 2017.

GOMES, R. K; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia – descomplicando os ativos, 3. ed. São


Paulo: Livraria médica Paulista editora 2009.

GUIRRO, E. GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato – Funcional: Fundamentos, recursos e


patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2004.

GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato Funcional: Fundamentos, recursos patolo-


gias, 3. ed. São Paulo; Manoele, 2002.

KITCHEN, S. Eletroterapia prática baseada em evidências. 11. ed. São Paulo: Manole,
2003.

KORLEO, R. I. G et al. Efeito de um programa cinésioterapêutico de grupo, aliado à escola


da postura, na lombalgia crônica. Curitiba, Fisioterapia Movimento, 2013.

MATOS, S. P. Cosmetologia aplicada. 1. ed. São Paulo, 2014.

PEREIRA, M. de F. L. Recursos técnicos em estética. 1. ed. São Caetano do Sul, 2013.

PEREIRA, M. F. L. Recursos técnicos em estética. Volume II. São Caetano do Sul, SP:
Difusão Editora, 2013.

PEREIRA, M.; F.; L. Eletroterapia. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2019.

88
PEREZ, E. Técnicas em estética Corporal. 1. ed. São Paulo, 2014.

REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 5. ed. São Paulo: editora Senac, 2004.

RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada à derma estética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks,


2010.

ROGER, M.; N. Clinical Electrotherapy. All Rights Reserved. Pearson Education Company,
1999.

ROGER, M.; N. Eletroterapia clínica. 3. Ed. Barueri, SP: Manole, 2003

ROSA, P. V.; LOPES, F. M. [revisão técnica: Marcia Gerhardt Martins]. – Porto Alegre: SA-
GAH, 2018.

ROSA, P.; V. Eletroterapia facial e corporal básica. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

SILVA, M. T. Eletroterapia em estética corporal. São Paulo. Editora: Robe, 1997.

TASSINARY, J. Raciocínio clínico aplicado a estética corporal. 2. ed. Lajeado: Editora:


estética experts, 2018.

TASSINARY, JOÃO. Raciocínio clínico aplicado a estética corporal. 2018.

89
CONCLUSÃO GERAL

Prezado(a) aluno(a),

Durante as Unidades I, II, III e IV, estudamos os conceitos da Eletroterapia relacio-


nado na área da Estética, portanto, ao iniciar o procedimento estético com recursos eletro
terapêuticos, é necessário o conhecimento sobre as propriedades físicas das correntes
elétricas, neste sentido é essencial identificarmos a classificação de uma corrente baixa,
média frequência e alta frequência, as variações de pulsos, intensidades e os parâmetros
de modulação aos aparelhos estéticos.
Sendo assim, na Unidade II, abordamos o conteúdo de iontoforese, desincruste
e eletro lifting, que são pertencentes a corrente de baixa frequência e como aplica-las ao
nosso dia a dia e prática clínica. Outros recursos eletro terapêuticos e estéticos foram
empregados, como a microcorrentes, eletrolipólise, vacuoterapia e corrente russa, os quais
são equipamentos estéticos que possibilita ao profissional atenuar várias disfunções estéti-
cas corporais, como a lipodistrofia localizada, fibro edema genóide, flacidez muscular.
Portanto, na Unidade III, aprendemos o conteúdo sobre os recursos térmicos
(máscara térmica, vapor de ozônio e manta térmica), com a finalidade de compreender e
conhecer a execução de cada aparelho empregado durante a prática clínica. Entretanto, a
Unidade IV abordamos a conceituação da radiofrequência, luz intensa pulsada, criolipólise
e criofrequência, ampliando o nosso conhecimento sobre as diferenças e funções de cada
equipamento estético, e como indicá-las e associá-las aos recursos manuais e cosmetolo-
gia, desta forma há diversas possibilidades ao profissional elaborar protocolos estéticos e
compreender as situações relacionado a eletroterapia, as indicações, contraindicação da
corrente e mecanismo de ação.
Desta forma durante todas as unidades, estudamos as abordagens terapêuticas da
eletroterapia, então acreditamos que esteja preparado para seguir próximas etapas do cur-
so, realizando desenvolvimento de suas habilidades de elaborar procedimentos estéticos
para realizar atendimentos no mercado de trabalho.

Muito Obrigado!

90
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