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N o m e d o A l u n o - C P F d o A l u n o

Ponto dos Concursos


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quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia,
divulgação e distribuição.

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É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais

Al
inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da

do
matrícula.

F
CP
O descumprimento dessas vedações implicará o imediato

o-
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cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de
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valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do
do

infrator.
me
No

Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e


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CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material,


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recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora.


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F
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responsabilização civil e criminal.
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Curso teórico de Direito Administrativo para o concurso do MPU


Cargos Técnicos e de Analistas – Professor Fabiano Pereira
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Olá, futuro (a) servidor (a) do Ministério Público da União!

Seja bem-vindo ao nosso curso teórico de Direito Administrativo,


que tem por objetivo prepará-lo (a) para as provas do concurso do
Ministério Público da União, que serão aplicadas nos dias 11 e 12 de
setembro de 2010.
É um grande privilégio ter a oportunidade de participar de sua
gratificante jornada rumo ao serviço público, principalmente agora, com

o
un
a publicação do edital. Iremos firmar aqui um pacto de honra: de um

Al
lado, assumo o compromisso de lhe apresentar as informações
necessárias para que você faça uma excelente prova de Direito

do
Administrativo, de outro, você assume o compromisso de pagar o

F
tradicional churrasco, assim que receber a primeira remuneração

CP
referente ao exercício do cargo. Combinado?

o-
un
A propósito, muito prazer, meu nome é Fabiano Pereira, sou
advogado especialista em concursos públicos, professor Al
universitário e de cursos preparatórios para concursos públicos em
do

várias cidades do Estado de Minas Gerais. Aqui no Ponto dos Concursos,


me

ministrei vários cursos teóricos e de exercícios, todos na área do Direito


No

Administrativo.
o
un

Nesses últimos anos, tive a oportunidade de sentir “na pele” a


Al

deliciosa sensação de ser nomeado em razão da aprovação em vários


concursos públicos, a exemplo da Caixa Econômica Federal, Banco do
do

Nordeste do Brasil, Tribunal Regional Eleitoral do Estado da Bahia e do


F

Estado de São Paulo, entre outros. Entretanto, a minha realização


CP

profissional somente se concretizou na docência, o que me fez abrir


o-

mão desses empregos e cargos públicos para “mergulhar” na preparação


un

de candidatos de todo o país.


Al

Tenho a docência como um verdadeiro sacerdócio, portanto, além


do

de auxiliar candidatos de todos os países em demandas judiciais


me

provenientes de injustiças realizadas pelas bancas examinadoras, dedico


No

o restante de meu tempo, exclusivamente, às aulas em universidades e


cursos preparatórios para concursos públicos.
É claro que ainda estou tentando reservar um tempinho para a
minha outra grande paixão: escrever. Até o momento, tenho
conseguido, tanto é verdade que, no mês passado, consegui lançar o
livro “Direito Administrativo – Questões comentadas do CESPE”,
pela Editora Método. Trata-se de uma excelente ferramenta de estudos,
pois, através da leitura do livro, o candidato terá condições de conhecer
a forma de abordagem do CESPE sobre os mais diversos temas do
Direito Administrativo.

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Cargos Técnicos e de Analistas – Professor Fabiano Pereira
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O grande momento chegou! Se você foi meu aluno nos últimos


meses, certamente me ouvir dizer: “aperte o passo nos estudos, pois o
edital do MPU será publicado a qualquer momento”. Bem, se você
assimilou o meu recado, tenho certeza de que, neste momento, apenas
fará uma ampla revisão das disciplinas básicas e se dedicará com mais
afinco às disciplinas específicas. Se não assimilou, eis o momento de
“mergulhar de ponta” em sua preparação, elaborando um eficiente
cronograma de estudos para que seja possível estudar todo o
conteúdo disponibilizado no edital.

o
un
No que se refere ao Direito Administrativo, não temos nenhuma

Al
grande surpresa, pois o CESPE restringiu-se a cobrar os tópicos

do
tradicionais, que estão presentes na maioria dos editais de concursos

F
públicos. Sendo assim, vamos trabalhar com o objetivo de gabaritar a

CP
prova, acertando todos os itens que forem cobrados.

o-
Para o seu conhecimento, o programa de Direito Administrativo é o

un
seguinte (tanto para os cargos de Técnico quanto de Analista): Al
do

III. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 1. Administração


me

pública: princípios básicos. 2. Poderes administrativos: poder vinculado;


No

poder discricionário; poder hierárquico; poder disciplinar; poder


o

regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 3. Serviços


un

Públicos: conceito e princípios. 4. Ato administrativo: conceito, requisitos


Al

e atributos; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e


do

vinculação. 5. Contratos administrativos: conceito e características. 6. Lei


nº 8.666/93 e alterações. 7. Servidores públicos: cargo, emprego e
F
CP

função públicos. 8. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores


públicos civis da União) e alterações: Das disposições preliminares; Do
o-

provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. Dos


un

direitos e vantagens: do vencimento e da remuneração; das vantagens;


Al

das férias; das licenças; dos afastamentos; das concessões de tempo de


do

serviço; do direito de petição. Do regime disciplinar: dos deveres e


me

proibições; da acumulação; das responsabilidades; das penalidades; do


No

processo administrativo disciplinar. 9. Processo administrativo (Lei nº


9.784/99). 10. Lei nº 8.429/92: das disposições gerais; dos atos de
improbidade administrativa.

Assustado com o tamanho do programa? Fique tranquilo, pois


iremos “tirar de letra”. Para isso, as aulas serão disponibilizadas em
conformidade com o seguinte cronograma, às terças-feiras:

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Aula 0 (disponível) - Administração pública: princípios básicos;


Aula 01 (20/07/2010) - Poderes administrativos: poder
vinculado; poder discricionário; poder hierárquico; poder
disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do
poder;
Aula 02 (27/07/2010) - Serviços Públicos: conceito e princípios.
Ato administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação,
revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação;

o
un
Aula 03 (03/08/2010) - Contratos administrativos: conceito e

Al
características. Lei nº 8.666/93 e alterações;

do
Aula 04 (10/08/2010) - Servidores públicos: cargo, emprego e

F
função públicos. Lei nº 8.112/90 (regime jurídico dos servidores

CP
públicos civis da União) e alterações;

o-
Aula 05 (17/08/2010) - Processo administrativo (Lei nº

un
9.784/99); Al
Aula 06 (24/08/2010) - Lei nº 8.429/92: das disposições gerais;
do

dos atos de improbidade administrativa;


me
No

Aula 07 (31/08/2010) – Simulado Final


o
un
Al

Para facilitar a assimilação e a fixação do conteúdo ministrado em


cada capítulo, disponibilizarei, ao término de cada aula, um tópico
do

denominado “RVP” – Revisão de Véspera de Prova, contendo as


F

principais informações que você está OBRIGADO a saber para fazer uma
CP

boa pontuação no dia da prova.


o-

Além disso, como não poderia ser diferente, ao fim de cada aula
un
Al

disponibilizarei uma relação de questões (sem comentários) sobre o


tema que foi tratado, o que facilitará bastante a fixação do conteúdo.
do

No mais, se você quer realmente ser aprovado no concurso do


me

Ministério Público da União, e melhor, gabaritando a prova de Direito


No

Administrativo, então se matricule em nosso curso e inicie já os seus


estudos!

Sucesso!

Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br

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ÍNDICE

1. Considerações iniciais .............................................................. 05


1.1. Princípios expressos e implícitos .................................. 08
1.2. Colisão entre princípios ................................................ 10

o
un
Al
2. Princípios constitucionais expressos

do
2.1. Princípio da legalidade .................................................. 10

F
2.2. Princípio da impessoalidade .......................................... 14

CP
2.3. Princípio da moralidade ................................................. 18

o-
un
2.4. Princípio da publicidade ............................................... 19
Al
2.5. Princípio da eficiência ................................................... 22
do
me

3. Resumo de Véspera de Prova – RVP ......................................... 25


No
o
un

4. Exercícios para fixação do conteúdo ......................................... 26


Al
do
F
CP
o-
un
Al
do
me
No

4
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1. Considerações iniciais

Primeiramente, é necessário esclarecer que o edital do concurso do


Ministério Público da União refere-se apenas aos “princípios básicos da
Administração Pública”, que estão previstos no caput do art. 37 da

o
CF/1988, sendo eles LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE,

un
PUBLICIDADE e EFICIÊNCIA.

Al
Desse modo, não estudaremos em nosso curso todos os princípios

do
que fundamentam a atuação da Administração Pública, a exemplo da

F
CP
razoabilidade, motivação, proporcionalidade, continuidade dos serviços
públicos, entre outros, mas apenas aqueles que são considerados

o-
“básicos”.

un
Entendo que este tópico sobre os princípios administrativos é Al
certamente o mais importante de todo o nosso curso preparatório para o
do

Ministério Público da União. Mas por quê? Porque é ele que irá lhe
me

fornecer o necessário embasamento teórico para compreender as regras


No

jurídicas positivadas (as leis) que iremos estudar a partir de agora.


o
un

Tenho o hábito de afirmar aos alunos que o candidato que detém


Al

conhecimentos solidificados sobre princípios administrativos, certamente,


não possuirá qualquer dificuldade para entender o Direito Administrativo.
do

É muito simples! O candidato não terá dificuldades porque todas as


F
CP

condutas e atos praticados pelos agentes públicos, no exercício da


o-

função pública, devem estar em conformidade com os princípios


un

administrativos. Quando o agente público competente estiver editando


Al

um decreto de nomeação de candidato aprovado em concurso


público, quando estiver decidindo sobre a proposta mais vantajosa
do

para a Administração em um procedimento licitatório ou, ainda,


me

quando for autuar um particular, em decorrência do exercício do poder


No

de polícia, deverá sempre respeitar os princípios administrativos.


Exemplo: Imagine que você tenha sido aprovado, na primeira
colocação, para o cargo de Técnico Administrativo do MPU na cidade de
Montes Claros/MG, cujo edital supostamente divulgou a existência de 03
(três) vagas. Entretanto, para a sua surpresa, seis meses após a
homologação do concurso você teve conhecimento de que o segundo
colocado havia sido nomeado, e você, até o momento, ainda aguarda a
nomeação.

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Ora, nesse caso, qual seria a sua reação ao saber que o segundo
colocado fora nomeado antes do primeiro? Indignação total,
certamente.
Num primeiro momento, o pensamento que lhe vem à mente é o
de que a autoridade responsável pela nomeação quis lhe prejudicar, ou,
então, beneficiar o segundo colocado (esse é o pensamento mais
comum).
Independentemente de ter objetivado beneficiar o segundo

o
un
colocado ou lhe prejudicar, o fato é que o agente público, ao

Al
desrespeitar a lista de classificação no concurso, violou diversos
princípios básicos da Administração Pública, entre eles o da

do
impessoalidade, que está previsto expressamente no caput do artigo

F
CP
37 da Constituição Federal de 1988.

o-
Mas por que o princípio da impessoalidade foi violado? Porque tal

un
princípio, em uma de suas acepções, determina que os agentes públicos
devem conceder tratamento isonômico a todos os administrados, Al
vedando tratamentos privilegiados ou prejudiciais em função de
do

amizades, inimizades, parentescos ou troca de favores.


me

Não é necessário ser nenhum especialista em Direito Administrativo


No

para saber que a nomeação do primeiro colocado, em um concurso


o
un

público, deve ocorrer antes da nomeação do segundo. Muito óbvio!


Al

Mesmo inexistindo lei determinando o respeito à ordem de


do

classificação no momento da nomeação dos aprovados, é possível


anular o ato de nomeação que desrespeitou tal classificação. Isso
F
CP

porque o ato violou vários princípios administrativos, como o da


o-

impessoalidade e da moralidade, por exemplo.


un

E como bem afirma o professor Celso Antônio Bandeira de Mello,


Al

“[...] violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma
do

qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um


específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos.
me

É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o


No

escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo


o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia
irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra.
Isso porque, por ofendê-lo, abatem-se as vigas que o sustêm e alui-se
toda a estrutura nelas esforçada”1.

1
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros,
2008.

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Os atos editados pela Administração Pública, caso violem princípios


administrativos, deverão ser anulados pela própria Administração ou
pelo Poder Judiciário, já que estão em desconformidade com o Direito.
Os princípios administrativos estruturam, orientam e
direcionam a edição de leis administrativas e a atuação da
Administração Pública, pois não existe um sistema jurídico formado
exclusivamente de leis.
Os princípios contêm mandamentos com um maior grau de

o
un
abstração, já que não especificam ou detalham as condutas que

Al
devem ser seguidas pelos agentes públicos, pois isso fica sob a
responsabilidade da lei. Entretanto, no momento de criação da lei, o

do
legislador deverá observar as diretrizes traçadas nos princípios, sob pena

F
CP
de sua invalidação.

o-
Para que fique ainda mais nítida a importância dos princípios, basta

un
analisar o conteúdo do inciso III do artigo 1º da Constituição Federal de
1988, que prevê a dignidade da pessoa humana como um Al
fundamento da República Federativa do Brasil.
do

Mas o que significa isso? Significa que todas as leis criadas em


me

nosso país, assim como todos os atos e condutas praticados pela


No

Administração Pública e pelos particulares, devem orientar-se pelo


o
un

respeito à dignidade da pessoa humana.


Al

O princípio da dignidade da pessoa humana assegura que o ser


do

humano tem direito a um “mínimo existencial”, ou seja, o direito a


condições mínimas de existência para que possa sobreviver dignamente.
F
CP

Inserido nesse “mínimo existencial” estaria, por exemplo, o direito à


o-

alimentação, a uma renda mínima, à saúde básica, ao acesso à justiça,


un

entre outros.
Al

Para se garantir o efetivo cumprimento dos direitos relativos ao


do

“mínimo existencial”, não é necessário aguardar a criação de uma ou


várias leis. A simples existência do princípio no texto constitucional, por
me

si só, é capaz de assegurar a necessidade de seu cumprimento.


No

Da mesma forma, ocorre em relação aos princípios básicos da


Administração Pública. Qualquer administrado que tiver conhecimento de
condutas ou omissões administrativas que violem tais princípios está
autorizado a exigir providências das autoridades competentes, a
exemplo do Ministério Público, Tribunais de Contas, Poder Judiciário,
entre outras.

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1.1. Princípios expressos e implícitos


Além de tudo que já foi exposto, é importante destacar ainda que
os princípios administrativos se dividem em expressos e implícitos.
Princípios expressos são aqueles taxativamente previstos em
uma norma jurídica de caráter geral, obrigatória para todas as
entidades políticas (União, Estados, Municípios, Distrito Federal e seus
respectivos órgãos públicos), bem como para as entidades
administrativas (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e

o
un
sociedades de economia mista).

Al
Não interessa se a norma jurídica de caráter geral possui status

do
constitucional ou infraconstitucional, mas sim, se é de cunho
obrigatório para toda a Administração Pública, em todos os níveis.

F
CP
É possível encontrarmos princípios expressos previstos em nível

o-
constitucional, como constatamos no caput do artigo 37 da

un
Constituição Federal. Esse dispositivo estabelece a obrigatoriedade de a
Al
Administração respeitar os princípios da legalidade, impessoalidade,
do

moralidade, publicidade e eficiência.


me

Da mesma forma, existem princípios que estão expressos somente


No

na legislação infraconstitucional. É o que se constata na leitura do


artigo 3º da Lei de licitações, que determina a obrigatoriedade de
o
un

respeito aos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, vinculação


Al

ao instrumento convocatório, julgamento objetivo, dentre outros.


do

Esses princípios são considerados expressos porque é possível


F

identificar, claramente, o “nome” de cada um deles no texto legal ou


CP

constitucional. É o que acontece, por exemplo, com o princípio da


o-

moralidade. O nome desse princípio não é “princípio do respeito à ética


un

e à moral”, mas sim MORALIDADE, com todas as letras!


Al

Em alguns casos, os princípios estarão expressos em leis que não


do

são de observância obrigatória para toda a Administração Pública


me

brasileira, mas somente para determinado ente político. Podemos citar


No

como exemplo a Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no


âmbito federal.
Em seu artigo 2º, a lei 9.784/99 declara que a Administração
Pública obedecerá, entre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
segurança jurídica, eficiência do interesse público e do contraditório.
Tais princípios são considerados expressos somente para a
Administração Pública Federal (União, seus respectivos órgãos e
entidades da administração indireta), pois estão previstos em uma

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norma jurídica que é de observância obrigatória apenas para a


Administração Pública Federal.
Os princípios previstos no artigo 2º da Lei 9.784/99 não podem
ser considerados expressos para o Distrito Federal ou para o meu
maravilhoso município de Montes Claros – MG (terra da carne de sol com
pequi), pois a referida lei é federal.
O Estado de Minas Gerais, por exemplo, possui uma lei própria
regulando os processos administrativos que tramitam no âmbito estadual

o
un
(lei 14.184/02). Assim, os princípios previstos no artigo 2º da Lei

Al
9.784/99 não serão expressos em relação ao Estado de Minas Gerais,
pois não têm caráter obrigatório em relação a este.

do
Da mesma forma, no artigo 2º da lei estadual mineira, está

F
CP
previsto que a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos

o-
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,

un
finalidade, motivação, razoabilidade, eficiência, ampla defesa, do
contraditório e da transparência. Al
do

Observe que, na lei federal, não consta a obrigatoriedade de


respeito ao princípio da transparência, que somente será expresso em
me

relação ao Estado de Minas Gerais.


No

Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão
o
un

previstos expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois


Al

são consequência dos estudos doutrinários e jurisprudenciais.


do

São princípios cujos nomes não irão constar claramente no texto


F

constitucional ou legal, mas que, de qualquer forma, vinculam as


CP

condutas e atos praticados pela Administração Pública.


o-

Um bom exemplo para facilitar o entendimento é o princípio da


un

eficiência. Esse princípio somente foi introduzido no caput do artigo 37


Al

da Constituição Federal a partir de 04 de junho de 1998, com a


do

promulgação da Emenda Constitucional 19. Somente a partir dessa data


me

é que esse princípio passou a ser expresso.


No

Apesar disso, antes mesmo de ter sido incluído expressamente no


caput do artigo 37 da Constituição Federal, tal princípio já era
considerado implicitamente obrigatório para toda a Administração
Pública brasileira pelos Tribunais do Poder Judiciário.
Assim, constata-se que, mesmo antes de ser incluído no texto
constitucional (em 04 de junho de 1998), o princípio da eficiência
tinha caráter obrigatório para toda a Administração Pública brasileira,
mas era considerado implícito, porque ainda não estava “escrito” no
caput do artigo 37 da CF/88.

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1.2. Colisão entre princípios


É necessário destacar que não há hierarquia entre os princípios
administrativos, apesar de vários autores afirmarem que o princípio da
supremacia do interesse público sobre o interesse privado é o
princípio fundamental do Direito Administrativo.
Isso não significa que o princípio da supremacia do interesse
público sobre o interesse privado se sobreponha aos demais
princípios, mas apenas que irá amparar e fundamentar o exercício das

o
un
atividades finalísticas pela Administração Pública.

Al
Diante de uma aparente colisão entre princípios, o intérprete (o

do
administrador ou o juiz) deverá considerar o peso relativo de cada um
deles e verificar, no caso concreto em análise, qual deverá prevalecer. A

F
CP
solução da colisão dar-se-á através da ponderação entre os diversos

o-
valores jurídicos envolvidos, pois os princípios possuem um alcance

un
(peso) diferente em cada caso concreto e aquele que possuir maior
abrangência deverá prevalecer. Al
do

Não é correto afirmar que o princípio “x” sempre deverá


prevalecer ao princípio “y”, ou vice-versa. Somente ao analisar o caso
me

em concreto é que o intérprete terá condições de afirmar qual princípio


No

deve prevalecer. Para a ponderação de princípios, o intérprete poderá


o
un

valer-se de outros princípios, principalmente o da proporcionalidade.


Al

No caso em concreto, o juiz irá analisar se a aplicação de ambos os


do

princípios é adequada e necessária e, se realmente for, não irá excluir


totalmente a incidência de um em detrimento do outro. Deverá, sim,
F
CP

reduzir o alcance de um princípio ou, em alguns casos, de ambos, a fim


o-

de se chegar a uma decisão que atenda às expectativas de ambas as


un

partes e mantenha os efeitos jurídicos de ambos.


Al
do

2. Princípios constitucionais expressos


me
No

2.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Historicamente, a origem do princípio da legalidade baseia-se na


Magna “Charta Libertatum”, imposta pelos barões ingleses ao rei João
Sem–Terra, no ano de 1215, caracterizando-se como o primeiro esforço
inglês de tentar restringir o poder absolutista do rei.

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No referido documento, estava expresso que "nenhum homem livre


será detido ou sujeito à prisão, ou privado de seus bens, ou colocado
fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado, e nós não
procederemos nem mandaremos proceder contra ele senão mediante um
julgamento regular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do país".
Atualmente, o princípio da legalidade pode ser estudado sob dois
enfoques distintos: em relação aos particulares e em relação à
Administração Pública.

o
un
Em relação aos particulares, o princípio da legalidade está

Al
consagrado no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal de
1988, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer

do
alguma coisa senão em virtude da lei".

F
CP
Isso significa que, em regra, somente uma lei (ato emanado do

o-
Poder Legislativo) pode impor obrigações aos particulares.

un
Segundo o saudoso professor Hely Lopes Meirelles, “enquanto os
Al
indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda,
do

o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza”.


me

Para ficar mais fácil o entendimento do princípio da


No

legalidade em relação aos particulares, imaginemos o seguinte:


Após ter sido aprovado no concurso público do Ministério Público da
o
un

União, você decidiu comemorar a sua vitória em uma churrascaria.


Al

Depois de muitos “refrigerantes” e muita carne consumida, foi solicitado


do

ao garçom o valor da conta, o qual a apresentou no montante de R$


330,00 (trezentos e trinta reais), sendo R$ 300,00 (trezentos reais) de
F
CP

consumo e mais R$ 30,00 (trinta reais) relativos ao famoso “10%”.


o-

Como não tivemos o atendimento merecido (faltou agilidade e,


un

principalmente, qualidade no serviço), imediatamente você decidiu


Al

informar que não pagaria o valor de R$ 30,00 (trinta reais) constante da


do

nota, pois aquela cobrança não seria justa.


me

Com o objetivo de exigir o pagamento, o gerente da churrascaria


No

compareceu à mesa e informou que a referida cobrança estava


informada, com letras garrafais, no cardápio. Além disso, alegou
também que tal cobrança estava amparada em Convenção Coletiva
firmada entre o Sindicato dos restaurantes, churrascarias, bares, meios
de hospedagem e similares e o Sindicato dos Garçons.
Pergunta: Nesse caso, você poderá ser obrigado a pagar o valor
de R$ 30,00 (10%) calculado sobre o montante do consumo? (Antes de
responder à pergunta, é necessário que você saiba que Convenção
Coletiva não é lei, pois não foi votada no Poder Legislativo).

11
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Muito simples. Você não é obrigado a pagar o valor de R$ 30,00


porque essa exigência não foi estabelecida através de lei. E, conforme
previsto no inciso II do artigo 5º da CF/88, para obrigar alguém a fazer
alguma coisa é imprescindível o respaldo legal.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em decisão recente
(Apelação 2001.01.00.037891-8/DF2), declarou a abusividade da
cobrança de gorjeta do particular sem previsão legal.
CONSTITUCIONAL, CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO

o
un
CIVIL PÚBLICA. ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS. PRESTAÇÃO

Al
DE SERVIÇOS. COBRANÇA DE ACRÉSCIMO PECUNIÁRIO
(GORJETA). PORTARIA Nº. 4/94 (SUNAB). VIOLAÇÃO AO

do
PRINCÍPO DA LEGALIDADE E AO CÓDIGO DE DEFESA DO

F
CONSUMIDOR.

CP
I - O pagamento de acréscimo pecuniário (gorjeta), em virtude da

o-
prestação de serviço, possui natureza facultativa, a caracterizar a

un
ilegitimidade de sua imposição, por mero ato normativo (Portaria nº.
Al
4/94, editada pela extinta SUNAB), e decorrente de convenção coletiva
do

do trabalho, cuja eficácia abrange, tão-somente, as partes convenientes,


não alcançando a terceiros, como no caso, em que se pretende transferir
me

ao consumidor, compulsoriamente, a sua cobrança, em manifesta


No

violação ao princípio da legalidade, insculpido em nossa Carta Magna


o

(CF, art. 5º, II) e ao Código de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8.078/90,
un

arts. 6º, IV, e 37, § 1º), por veicular informação incorreta, no sentido de
Al

que a referida cobrança estaria legalmente respaldada.


do

II - Apelações e remessa oficial desprovidas. Sentença confirmada.


F
CP

Atenção: O princípio da legalidade, em relação aos particulares,


também é conhecido como princípio da autonomia da vontade, pois
o-

é assegurada a liberdade para os indivíduos agirem da maneira que


un

entenderem mais conveniente, salvo na existência de proibição legal.


Al

Em relação à Administração, o princípio da legalidade assume


do

um enfoque diferente. Nesse caso, está previsto expressamente no


me

caput do artigo 37 da Constituição Federal de 1988 e significa que a


No

Administração Pública somente pode agir se existir uma norma legal


autorizando.
Segundo o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio
da legalidade “implica subordinação completa do administrador à lei.
Todos os agentes públicos, desde o que ocupe a cúspide até o mais
modesto deles, devem ser instrumentos de fiel e dócil realização das
finalidades normativas”.

2
Apelação Cível AC 2001. 01.00.037891-8/DF, rel. Desembargador Federal Souza Prudente.
Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Publicado em 13/10/2008.

12
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Num primeiro momento, pode até parecer que a necessidade de


autorização legal para que a administração possa agir estaria
“engessando” a atividade administrativa, além de incentivar o ócio.
Entretanto, não é esse o objetivo do referido princípio.
Na verdade, o princípio da legalidade é uma exigência que decorre
do próprio Estado de Direito, que impõe a necessidade de submissão ao
império da lei. A Administração Pública somente poderá atuar quando
autorizada ou permitida por lei. A vontade da Administração é a que

o
decorre da lei e, portanto, os agentes públicos somente poderão

un
fazer o que a lei permitir ou autorizar.

Al
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que o princípio

do
da legalidade pode sofrer constrições em função de circunstâncias

F
CP
excepcionais, mencionadas expressamente no texto constitucional, como
no caso da edição de medidas provisórias, decretação de estado

o-
de defesa e, ainda, a decretação de estado de sítio pelo Presidente

un
da República. Al
Assim, é correto concluir que, em situações excepcionais, os
do

particulares podem ser obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa


me

também em virtude de medida provisória ou decretos que instituem


No

estado de defesa ou estado de sítio. Porém, é válido destacar que tal


o

obrigação somente ocorre em caráter excepcional e em virtude de tais


un

instrumentos possuírem força de lei, apesar de não serem lei em sentido


Al

formal.
do

Pergunta: Mas o que é lei em sentido formal?


F
CP

É aquela que, em regra, origina-se no Poder Legislativo, com a


o-

participação do Poder Executivo e em conformidade com o processo


un

legislativo previsto no texto constitucional. Para que seja caracterizada


Al

como formal é irrelevante o conteúdo da lei, basta que tenha surgido


do Poder Legislativo.
do

Pergunta: Aproveitando a oportunidade, o que seria, então, a lei


me

em sentido material?
No

Lei em sentido material é aquela cujo conteúdo possui caráter


genérico (aplicável a um número indefinido e indeterminável de
pessoas) e abstrato (aplicável a um número indefinido e indeterminável
de situações futuras), independentemente do órgão ou entidade que a
tenha criado. Nesse caso, não interessa o processo ou o órgão de
criação, mas o seu conteúdo, que deve ser normativo.
Em sentido material, podemos incluir tanto as leis em sentido
formal como qualquer ato normativo com caráter geral e abstrato,
independente de sua origem.

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Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo declaram que a


atividade administrativa não pode ser contra legem (contra a lei) nem
praeter legem (além da lei), mas apenas secundum legem (segundo a
lei). Sendo assim, os atos eventualmente praticados em desobediência a
tais parâmetros são atos inválidos e, portanto, podem ter sua invalidade
decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo Poder
Judiciário.

o
un
2.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

Al
O princípio da impessoalidade pode ser analisado sob vários

do
aspectos distintos, a saber:

F
1º)dever de tratamento isonômico a todos os administrados;

CP
2º)imputação dos atos praticados pelos agentes públicos

o-
diretamente às pessoas jurídicas em que atuam;

un
3º)dever de sempre agir com o intuito de satisfazer o interesse Al
público.
do
me
No

Sob o primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade impõe à


o

Administração Pública a obrigação de conceder tratamento isonômico


un

a todos os administrados que se encontrarem em idêntica situação


Al

jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a um ou alguns


do

indivíduos em função de amizade, parentesco ou troca de favores. Da


mesma forma, o princípio também veda aos administradores que
F
CP

pratiquem atos prejudiciais ao particular em razão de inimizade ou


o-

perseguição política, por exemplo.


un

Nesse caso, tem-se o princípio da impessoalidade como uma faceta


Al

do princípio da isonomia, e a obrigatoriedade de realização de


do

concurso público para ingresso em cargo ou emprego público (artigo 37,


II), bem como a obrigatoriedade de realização de licitação pela
me
No

Administração (artigo 37, XXI), são exemplos clássicos de tal princípio,


já que proporcionam igualdade de condições para todos os interessados.
O Supremo Tribunal Federal3, por diversas vezes, considerou
inconstitucionais dispositivos legais que concediam tratamentos
diferenciados a candidatos em concursos públicos.

3
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 1.072/RJ, rel. Ministro Sydney Sanches. Supremo
Tribunal Federal. Noticiado no Informativo nº. 308.

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DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO


PÚBLICO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PROVAS DE CAPACITAÇÃO
FÍSICA E INVESTIGAÇÃO SOCIAL. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE DO PARÁGRAFO 6° DO ART. 10 DA LEI
N° 699, DE 14.12.1983, ACRESCENTADO PELA LEI N° 1.629, DE
23.03.1990, AMBAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, COM ESTE
TEOR: "§ 6º - Os candidatos integrantes do Quadro Permanente da
Polícia Civil do Estado ficam dispensados da prova de capacitação física e
de investigação social a que se refere o inciso, I, "in fine", deste artigo, e

o
o § 2°, "in fine", do artigo 11".

un
Al
1. Não há razão para se tratar desigualmente os candidatos ao
concurso público, dispensando-se, da prova de capacitação física

do
e de investigação social, os que já integram o Quadro

F
Permanente da Polícia Civil do Estado, pois a discriminação

CP
implica ofensa ao princípio da isonomia.

o-
2. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente pelo Plenário

un
do STF
Al
do

Em relação ao segundo aspecto, o princípio da impessoalidade


me

determina que os atos praticados pela Administração Pública não podem


No

ser utilizados para a promoção pessoal do agente público, mandamento


o

expresso na segunda parte do § 1º do artigo 37 da Constituição Federal


un

de 1988:
Al

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e


do

campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo,


F
CP

informativo ou de orientação social, dela não podendo constar


nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
o-

pessoal de autoridades ou servidores públicos.


un
Al

Os atos praticados pelos agentes púbicos devem ser imputados à


entidade política ou administrativa às quais se encontram vinculados,
do

portanto, não poderão ser utilizados para a promoção pessoal de quem


me

quer que seja.


No

Pergunta: O prefeito da minha cidade, cujo apelido é tamanduá,


pode eleger como símbolo da administração municipal um tamanduá
(animal), com uma enxada nas costas, e colocar um adesivo em cada
veículo do município?
Penso que não! Nesse caso, qualquer administrado que olhar para
o adesivo em um veículo público estará vendo a “imagem” do prefeito,
que tem como apelido o mesmo nome do animal que foi “escolhido”
como símbolo da administração municipal.

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Outra pergunta: É possível que um Governador de Estado


apareça nas propagandas institucionais veiculadas na televisão e pagas
com recursos públicos, noticiando que “ele” foi o responsável pela
construção da escola “y”, do asfaltamento da estrada “z”, pela reforma
do hospital “X”, etc.?
Também não, pois, nesse caso, ele estaria se auto-promovendo
através de propaganda custeada com recursos públicos. Ademais, os
atos praticados durante a sua gestão devem ser imputados ao Estado e

o
não à figura do Governador.

un
Al
Sob um terceiro aspecto, o princípio da impessoalidade pode ser
estudado como uma aplicação do princípio da finalidade, pois o

do
objetivo maior da Administração deve ser sempre a satisfação do

F
CP
interesse público.

o-
A finalidade deve ser observada tanto em sentido amplo quanto

un
em sentido estrito. Em sentido amplo, a finalidade dos atos editados
pela Administração Pública sempre será a satisfação imediata do Al
interesse público. Em sentido estrito, é necessário que se observe
do

também a finalidade específica de todo ato praticado pela


me

Administração, que estará prevista em lei.


No

Um exemplo muito comum em provas de concursos são as


o
un

questões referentes à remoção de servidores. Observe o seguinte item


Al

cobrado na prova do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região,


elaborada pelo CESPE:
do
F
CP

(Técnico Judiciário/TRT 5ª 2008/CESPE) A respeito de atos


o-

administrativos, julgue o item seguinte.


un

O ato administrativo de remoção de servidor público ocupante de


Al

cargo efetivo com o intuito de puni-lo caracteriza desvio de


do

poder.
me

Comentários
No

Lembre-se de que a remoção não é uma das penalidades previstas no


art. 127 da Lei 8.112/90, que apenas se refere à advertência, suspensão,
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição de
cargo em comissão e destituição de função comissionada.
A finalidade específica da remoção de servidores é suprir a carência de
pessoal existente em outros órgãos ou entidades. Sendo assim, se a
remoção for utilizada com a finalidade específica de punir um servidor
(ou para satisfazer o interesse de vingança do chefe, por exemplo),
estará ocorrendo um flagrante desvio de finalidade (espécie de desvio de
poder), pois a remoção estará sendo utilizada com uma finalidade
diversa daquela prevista em lei, e, portanto, está correta a assertiva.
16
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Analisando-se o texto da assertiva acima, é importante que o


candidato fique atento aos seguintes detalhes:
1º) Qual é a finalidade, em sentido amplo, de um ato
administrativo de remoção de servidor?
Satisfazer o interesse público, assim como todo e qualquer ato
editado pela Administração.

o
2º) E qual seria a finalidade, em sentido estrito, do mesmo ato

un
de remoção de servidor?

Al
do
Suprir a carência de servidores em outra localidade.

F
Todavia, o que se verifica na referida questão é que o ato não foi

CP
editado para suprir a carência de servidores na localidade de destino,

o-
mas sim para “punir” o servidor em virtude da prática de alguma

un
infração funcional, ou, simplesmente, para atender ao sentimento de
vingança do chefe (a questão não deixou claro...). Al
do

Como o ato editado não cumpriu a sua finalidade específica de


me

suprir a carência de servidores no local de destino, sendo editado com o


No

objetivo de punir o servidor (isto é, uma finalidade distinta daquela


prevista em lei), deverá ser anulado por desvio de finalidade.
o
un
Al

Atenção: Apesar de a Administração ter por objetivo alcançar o


do

interesse público, é válido ressaltar que, em alguns casos, poderão ser


F

editados atos com o objetivo de satisfazer o interesse particular, como


CP

acontece, por exemplo, na permissão de uso de um certo bem público


o-

(quando o Município, por exemplo, permite ao particular a possibilidade


un

de utilizar uma loja do Mercado municipal para montar o seu


Al

estabelecimento comercial).
do

Nesse caso, o interesse público também será atendido, mesmo que


me

secundariamente. O que não se admite é que um ato administrativo seja


No

editado para satisfazer exclusivamente o interesse particular, portanto,


fique atento às questões de concurso sobre o tema.

2.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE


O princípio da moralidade, também previsto expressamente no
caput do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, determina que os
atos e atividades da Administração devem obedecer não só à lei, mas
também à própria moral, pois nem tudo que é legal é honesto.

17
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Como consequência do princípio da moralidade, os agentes públicos


devem agir com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a isonomia
e demais preceitos éticos.
É válido destacar que a moral administrativa é diferente da
moral comum, pois, conforme Hauriou, a moral comum é imposta ao
homem para a sua conduta externa, enquanto a moral administrativa
é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as
exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação, que é a

o
satisfação do interesse público.

un
Al
Em razão de tal princípio, veda-se à Administração Pública qualquer
comportamento que contrarie os princípios da lealdade e da boa-fé. Além

do
disso, observe-se que o princípio deve ser respeitado não apenas pelos

F
CP
agentes públicos, mas também pelos particulares que se relacionam
com a Administração Pública. Em um processo licitatório, por exemplo, é

o-
muito comum o conluio entre licitantes com o objetivo de violar o

un
referido princípio, conforme informa a professora Di Pietro. Al
Afirma ainda a professora que, em matéria administrativa, sempre
do

que se verificar que o comportamento da Administração ou do


me

administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em


No

consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de


o

boa administração, os princípios de justiça e de equidade, além da ideia


un

comum de honestidade, haverá ofensa ao princípio da moralidade


Al

administrativa.
do

Em virtude de o conceito de moral administrativa ser um pouco


F
CP

vago, impreciso, cuidou-se o legislador de criar a Lei 8.429/92,


estabelecendo hipóteses que caracterizam improbidades
o-

administrativas, bem como estabelecendo as sanções aplicáveis a


un

agentes públicos e a terceiros, quando responsáveis pela prática de atos


Al

coibidos pelo texto normativo.


do

A doutrina majoritária entende que a “probidade administrativa”


me

seria uma espécie do gênero “moralidade administrativa”, já que estaria


No

relacionada mais propriamente com a má qualidade de uma


administração, não se referindo, necessariamente, à ausência de boa-fé,
de lealdade e de justeza do administrador público.
Fique atento às questões de concursos, pois, a qualquer momento,
você pode se deparar com uma questão em prova afirmando que
“probidade” e “moralidade” são expressões idênticas, informação que,
segundo a doutrina majoritária, não procede.

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Esse também é o entendimento do professor Marcelo Figueiredo4,


ao afirmar que “a probidade é espécie do gênero ‘moralidade
administrativa’ a que alude, por exemplo, o art. 37, caput e seu § 4° da
CF. O núcleo da probidade está associado (deflui) ao princípio maior da
moralidade administrativa, verdadeiro norte à administração em todas as
suas manifestações. Se correta estiver a análise, podemos associar,
como o faz a moderna doutrina do Direito Administrativo, os atos
atentatórios à probidade como também atentatórios à moralidade
administrativa. Não estamos a afirmar que ambos os conceitos são

o
un
idênticos. Ao contrário, a probidade é peculiar e específico aspecto da

Al
moralidade administrativa”.

do
Entre os atos de improbidade administrativa coibidos pela lei

F
8.429/92, estão aqueles que importam enriquecimento ilícito, os que

CP
causam prejuízos ao erário e os que atentam contra os princípios

o-
da Administração Pública. Neste momento, não iremos nos

un
aprofundar no estudo da Lei 8.429/92, pois, futuramente, teremos uma
aula com este único propósito.
Al
do

Ainda com o objetivo de resguardar a moralidade administrativa, a


me

Constituição Federal também contemplou, em seu inciso LXXIII do artigo


No

5º, a Ação Popular, regulada pela Lei 4.717/65. Por meio dessa ação
constitucional, qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de anular
o
un

atos praticados pelo poder público e que estejam contaminados de


Al

imoralidade administrativa.
do

É importante esclarecer ainda que, na maioria das vezes, quando


F

um ato praticado pela Administração viola um princípio qualquer, como o


CP

da impessoalidade, legalidade, publicidade, eficiência, etc., estará


o-

violando também, consequentemente e num segundo plano, o princípio


un

da moralidade.
Al
do

2.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE


me

O princípio da publicidade impõe à Administração Pública a


No

obrigatoriedade de conceder aos seus atos a mais ampla divulgação


possível entre os administrados, pois, só assim, estes poderão fiscalizar
e controlar a legitimidade das condutas praticadas pelos agentes
públicos.
Ademais, a publicidade de atos, programas, obras e serviços dos
órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social.

4
FIGUEIREDO, Marcelo. Probidade Administrativa. São Paulo: Malheiros Editores, 1995.

19
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O referido princípio encontra amparo no caput do artigo 37 da


Constituição Federal de 1988, bem como no inciso XXXIII do artigo 5º,
que declara expressamente:
XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

o
un
Conforme é possível constatar da leitura do citado inciso, nem toda

Al
informação de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral serão
disponibilizadas aos interessados, pois foram ressalvadas aquelas que

do
coloquem em risco a segurança da sociedade e do Estado.

F
CP
Exemplo: Suponhamos que você tenha formulado uma petição

o-
administrativa destinada ao Ministro de Estado da Defesa e que, no seu

un
texto, você tenha solicitado as seguintes informações: quantidade de
tanques de guerra que estão em atividade no Brasil; número do efetivo Al
de homens da Marinha, Exército e Aeronáutica, e os endereços dos locais
do

onde ficam guardados os equipamentos bélicos das Forças Armadas.


me

Pergunta: Será que o Ministro de Estado da Defesa irá lhe


No

fornecer as informações solicitadas?


o
un

É lógico que não, pois tais informações são imprescindíveis à


Al

segurança da sociedade e do Estado. Imagine o que pode acontecer ao


do

nosso país se essas informações forem parar em mãos erradas? (Hugo


Chávez, por exemplo... brincadeira...)
F
CP

No mesmo sentido, o inciso IX do artigo 93 da CF/88 estabelece


o-

que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão


un

públicos, entretanto, pode a lei limitar a presença, em determinados


Al

atos, às próprias partes e aos seus advogados, ou somente a estes, em


do

casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no


sigilo não prejudique o interesse público à informação.
me
No

Em decorrência do inciso IX do artigo 93 da CF/88, as ações que


versem sobre direito de família (divórcio, separação judicial, alimentos,
investigação de paternidade, entre outras) tramitarão no Poder Judiciário
protegidas pelo sigilo, ou seja, as informações serão restritas somente
às partes.
Além disso, no caso em concreto, quando o juiz vislumbrar a
existência de interesse público, poderá determinar o “segredo de justiça”
em um determinado processo judicial a fim de se garantir a efetiva
prestação jurisdicional e o princípio da duração razoável do processo
(assegurados no inciso LXXVIII do artigo 5º da CF/88).

20
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A divulgação oficial dos atos praticados pela Administração


ocorre, em regra, mediante publicação no Diário Oficial, isso em relação
à União, aos Estados e ao Distrito Federal.
Em relação aos Municípios, pode ser que algum não possua órgão
oficial de publicação de seus atos (Diário Oficial) e, sendo assim, a
divulgação poderá ocorrer mediante afixação na sede do órgão ou
entidade que os tenha produzido.
Exemplo: Caso o ato administrativo seja de titularidade do Poder

o
un
Executivo, poderá ser afixado no quadro de avisos localizado no saguão

Al
da Prefeitura. Caso o ato tenha sido editado pelo Poder Legislativo,
poderá ser afixado no saguão da Câmara de Vereadores, em um quadro

do
de avisos, a fim de que todos os interessados possam ter acesso e

F
CP
consultá-los quando necessário.

o-
Pergunta: O que pode ser feito quando um indivíduo solicita

un
informações perante órgãos ou entidades públicas e essas informações
são negadas ou sequer o pedido é respondido? Al
do

Bem, nesse caso, é necessário que analisemos as diversas


situações:
me
No

1ª) Se as informações requeridas são referentes à pessoa do


requerente (informações particulares) e foram negadas pela
o
un

Administração, será possível impetrar um habeas data (inciso LXXII do


Al

artigo 5º da CF/88) perante o Poder Judiciário para se ter acesso


do

obrigatório a tais informações;


F

2ª) Se as informações requeridas são de interesse pessoal do


CP

requerente, mas relativas a terceiros (um amigo, por exemplo) e


o-

forem negadas pela Administração, será possível impetrar um mandado


un

de segurança perante o Poder Judiciário para se ter acesso obrigatório


Al

a tais informações;
do

3ª) Caso tenha sido requerida a expedição de uma certidão de


me

contagem de tempo de serviço perante o INSS, relativa à pessoa do


No

requerente, por exemplo, e a entidade administrativa tenha se recusado


a fornecê-la, a ação constitucional cabível não mais será o habeas data,
mas sim o mandado de segurança. Nesse caso, violou-se o direito
líquido e certo à certidão e não o direito à informação.
Destaca-se ainda que a Lei 9.051/95 determina que a
Administração tem o prazo de 15 dias para emitir a certidão. Esgotado
esse prazo, já é possível impetrar o mandado de segurança para ter
acesso à certidão.

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Para as questões de concursos públicos, é importante destacar


ainda que a publicação do ato administrativo em órgão oficial de
imprensa não é condição de sua validade, mas sim condição de
eficácia.
Somente a partir da publicação é que o ato começará a produzir os
seus efeitos jurídicos, mesmo que há muito tempo já esteja editado,
aguardando apenas a sua publicação.
Atenção: Alguns atos administrativos, a exemplo dos atos

o
un
internos, podem ser divulgados nos boletins internos existentes no

Al
interior de vários órgãos e entidades administrativas. Por outro lado, os
atos externos devem ser publicados em Diário Oficial, exceto se a lei

do
estabelecer outra forma.

F
CP
o-
2.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

un
Conforme já foi destacado anteriormente, o princípio da eficiência Al
somente foi introduzido no texto constitucional em 1998, com a
do

promulgação da Emenda Constitucional nº. 19. Antes disso, ele era


me

considerado um princípio implícito.


No

O professor Diógenes Gasparini informa que esse princípio é


o

conhecido entre os italianos como “dever de boa administração” e impõe


un

à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas


Al

atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.


do

Informa ainda o professor que é a relação custo / benefício que


F
CP

deve presidir todas as ações públicas. Exemplo: não se deve estender


rede de energia elétrica ou de esgoto por ruas onde não haja edificações
o-

ocupadas; nem implantar redes de iluminação pública em ruas não


un

utilizadas, pois, nesses casos, toda a comunidade arcaria com os seus


Al

custos, sem qualquer benefício.


do

Nesse sentido, o princípio da eficiência está relacionado


me

diretamente com o princípio da economicidade, que impõe à


No

Administração Pública a obrigatoriedade de praticar as atividades


administrativas com observância da relação custo-benefício, de modo
que os recursos públicos sejam utilizados de forma mais vantajosa e
eficiente para o poder público. Esse princípio traduz-se num
compromisso econômico com o cumprimento de metas governamentais,
objetivando-se sempre atingir a melhor qualidade possível, atrelada ao
menor custo.

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Parte da doutrina entende que economicidade seria um gênero,


do qual a eficiência, a eficácia e a efetividade seriam suas espécies.
Fique atento às dicas fornecidas pelas bancas examinadoras.
Quando a questão referir-se à relação custo/benefício ou
resultado/qualidade com menor investimento, primeiramente,
tente encontrar entre as alternativas o princípio da economicidade. Caso
não o encontre, busque estão o princípio da eficiência como resposta.
(PFN/98) No exercício do controle financeiro externo, incumbe

o
un
ao Tribunal de Contas da União verificar se a despesa realizada

Al
ocorreu de modo a atender a uma adequada relação custo-
benefício, entre o seu valor e o respectivo resultado para a

do
população. Esse controle denomina-se:

F
a) fidelidade funcional

CP
b) cumprimento de metas

o-
c) legitimidade

un
d) economicidade
e) legalidade Al
do

Resposta: letra “d”.


me
No

Segundo a professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, o princípio da


o

eficiência pode ser estudado sob dois aspectos: em relação ao modo de


un

atuação do agente público e em relação ao modo de organizar,


Al

estruturar e disciplinar a Administração Pública.


do

Em relação ao primeiro aspecto (atuação do agente público), é


F
CP

importante que você entenda que a introdução do princípio da eficiência


no texto constitucional repercutiu diretamente nas relações entre
o-

servidores e Administração Pública.


un
Al

Exemplo: Antes da promulgação da Emenda Constitucional nº.


19/98, constava no artigo 41 da CF/88 que os servidores públicos
do

estáveis somente perderiam o cargo em virtude de sentença judicial


me

transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe


No

fosse assegurada ampla defesa. Atualmente, após a promulgação da


referida EC 19/98, introduziu-se no artigo 41 da CF/88 mais uma
hipótese que pode ensejar a perda do cargo pelo servidor público:
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, desde que assegurada a ampla defesa.
Além disso, o mesmo artigo 41 da CF/88 passou a prever também
a obrigatoriedade de o servidor submeter-se a uma avaliação especial
de desempenho, realizada por comissão instituída para essa
finalidade, como condição para a aquisição da estabilidade.

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Em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a


Administração Pública, o princípio da eficiência consolidou o fim da
administração burocrática, preocupada mais com o Estado em si e
submetida “cegamente” ao texto legal e à excessiva fixação de regras
para se alcançar o objetivo inicialmente pretendido. Isso acabava
concedendo aos meios uma importância mais acentuada que os próprios
fins almejados pela Administração.
A administração gerencial, consequência do princípio da

o
eficiência, relaciona-se com os conceitos de boa administração,

un
flexibilização, controle finalístico, contrato de gestão, qualidade e

Al
cidadão-cliente, voltando-se para as necessidades da sociedade,

do
enfatizando mais os resultados que os próprios meios para alcançá-

F
los.

CP
o-
un
Al
No mais, nos encontramos na segunda aula, que será
do

disponibilizada em breve!
me
No
o
un

Bons estudos!
Al
do
F
CP

Fabiano Pereira
o-

fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
un
Al
do
me
No

24
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RESUMO DE VÉSPERA DE PROVA - RVP


1º) Não existe hierarquia entre os diversos princípios administrativos.
Caso ocorra uma colisão entre princípios, o juiz deverá ponderar, em
cada caso, conforme as circunstâncias, qual princípio deve prevalecer;
2º) Para responder à questões sobre o princípio da legalidade, lembre-
se: enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que
a lei não proíbe, o administrador público só pode atuar onde a lei
autoriza;

o
un
3º) O princípio da legalidade, em relação aos particulares, também é

Al
conhecido como princípio da autonomia da vontade;

do
4º) Nas campanhas publicitárias dos órgãos e entidades integrantes da

F
CP
Administração Pública não poderão constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou

o-
servidores públicos;

un
5º) É muito comum você encontrar em provas questões que se referem Al
à remoção de servidores com o objetivo de punição, aplicação de
do

penalidade. Como a remoção não possui a finalidade de punir servidor,


me

mas sim suprir a necessidade de pessoal, restará caracterizado, nesse


No

caso, o famoso “desvio de finalidade” ou “desvio de poder”;


o
un

6º) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos


Al

direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos


bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em
do

lei, sem prejuízo da ação penal cabível (Essa é certa na prova!)


F
CP

7º) A publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não


o-

é condição de sua validade, mas sim condição de eficácia;


un

8º) Nem todas as informações constantes em bancos de dados públicos


Al

serão disponibilizadas aos cidadãos, pois existem algumas que são


do

imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado e, portanto,


serão sigilosas;
me
No

9º) O princípio da eficiência está relacionado diretamente com o


princípio da economicidade, que impõe à Administração Pública a
obrigatoriedade de praticar as atividades administrativas com
observância da relação custo-benefício;
10º) Respaldada pelo princípio da supremacia do interesse público, a
Administração irá atuar com superioridade em relação aos demais
interesses existentes na sociedade. Isso significa que será estabelecida
uma relação jurídica “vertical” entre o particular e a Administração, que
se encontra em situação de superioridade;

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EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

01. (CESPE/OAB-SP/2009 - adaptada) Acerca dos princípios de


direito administrativo, julgue os itens abaixo:
I. Tanto a administração direta quanto a indireta se submetem
aos princípios constitucionais da administração pública.
II. O rol dos princípios administrativos, estabelecido

o
un
originariamente na CF, foi ampliado para contemplar a inserção

Al
do princípio da eficiência.

do
III. O princípio da legalidade, por seu conteúdo generalizante,
atinge, da mesma forma e na mesma extensão, os particulares e

F
CP
a administração pública.

o-
IV. Embora vigente o princípio da publicidade para os atos

un
administrativos, o sigilo é aplicável em casos em que este seja Al
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
do
me

02. (Técnico Judiciário/TRE-GO 2009/CESPE) Assinale a opção


No

correspondente a princípio constitucional aplicável à


administração pública, porém não previsto expressamente na CF,
o
un

Capítulo VII, Seção I, art. 37, que trata das disposições gerais
Al

aplicáveis à administração pública.


do

a) princípio da moralidade
b) princípio da proporcionalidade
F
CP

c) princípio da eficiência
o-

d) princípio da impessoalidade
un
Al
do

03. (Analista Judiciário/TJ-RJ 2008/CESPE - adaptada) Acerca


me

dos princípios informativos do direito administrativo, julgue os


No

itens abaixo:
I. A publicidade é elemento formativo do ato administrativo, uma
vez que, sem ela, o ato não chega a se formar e, por isso, não
pode gerar efeitos.
II. A violação ao princípio da finalidade não gera o chamado
abuso de poder, que é aplicado nos casos em que o ato
administrativo é praticado por agente incompetente.

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04. (Técnico em Atividade Judiciária/TJRJ 2008/CESPE -


adaptada) Em relação ao princípio da legalidade administrativa,
julgue os itens abaixo:
I. Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que
a lei não proíbe, na administração pública só é permitido ao
agente fazer o que a lei autoriza.
II. A legalidade administrativa é princípio constitucional implícito
e decorre da necessidade de observância da moralidade

o
un
administrativa nas relações de Estado.

Al
III. O administrador público pode criar seus próprios limites,

do
mediante norma regulamentar editada no âmbito da competência
do órgão.

F
CP
IV. Na licitação, o leiloeiro deve obedecer ao edital que dita as

o-
normas da concorrência pública, e não à lei.

un
V. Somente lei pode extinguir cargo público, quando este estiver Al
vago.
do
me
No

(Advogado da União/AGU – ADV 2009/CESPE) Ora, um Estado


funcionalmente eficiente demanda um Direito Público que
o
un

privilegie, por sua vez, a funcionalidade. Um Direito Público


Al

orientado por uma teoria funcional da eficiência (...)


A administração privada é sabidamente livre para perseguir as
do

respectivas finalidades a que se proponha e, assim, a falta de


F
CP

resultados não traz repercussões outras que as decorrentes das


avenças privadas, como ocorre, por exemplo, nas relações
o-

societárias. Distintamente, a administração pública está


un

necessariamente vinculada ao cumprimento da Constituição e,


Al

por isso, os resultados devem ser alcançados, de modo que se


do

não o forem, salvo cabal motivação da impossibilidade


me

superveniente, está-se diante de uma violação praticada pelo


No

gestor público, pois aqui existe relevância política a ser


considerada.

Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Quatro paradigmas


do direito administrativo pós-moderno. Belo Horizonte:
Ed. Fórum, 2008, p. 110-11 ( com adaptações ).

Considerando o texto acima e com base nos princípios que regem


a administração pública, julgue os próximos itens.

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05. Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos


constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a
nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e

o
un
dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações

Al
recíprocas.

do
06. (Advogado/FUNDAC – PB 2008/CESPE) Os princípios

F
CP
fundamentais da administração pública previstos de forma
expressa na Constituição Federal não incluem o da

o-
un
a) moralidade.
b) publicidade. Al
c) legalidade.
do

d) proporcionalidade.
me
No

07. (Administrador/DETRAN 2009/CESPE) Julgue os itens a


o

seguir, relativos à administração pública e aos poderes e deveres


un
Al

dos servidores públicos.


do

I. Considerada um princípio fundamental da administração


pública, a impessoalidade representa a divulgação dos atos
F
CP

oficiais de qualquer pessoa integrante da administração pública,


sem a qual tais atos não produzem efeitos.
o-
un

II. Além do dever de probidade, o administrador público tem,


Al

entre outros, o dever de eficiência e o dever de prestar contas.


do
me

08. (Analista de Controle Externo/TCU 2007/CESPE) Acerca dos


No

princípios constitucionais que informam o direito administrativo,


julgue os próximos itens:
I. A probidade administrativa é um aspecto da moralidade
administrativa que recebeu da Constituição Federal brasileira um
tratamento próprio.
II. A declaração de sigilo dos atos administrativos, sob a
invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio
indevido para a prática de um ato administrativo, pois o princípio

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da publicidade administrativa exige a transparência absoluta dos


atos, para possibilitar o seu controle de legalidade.
III. A administração pública responde civilmente pela inércia em
atender uma situação que exige a sua presença para evitar uma
ocorrência danosa. Exemplo disso é a situação em que há demora
do Estado em colocar um pára-raios em uma escola localizada em
área com grande incidência de raios, o que leva a uma catástrofe,
ao serem as crianças atingidas por um relâmpago em dia

o
chuvoso. Nesse caso, o princípio da eficiência, que exige da

un
administração rapidez, perfeição e rendimento, deve incidir no

Al
processo de responsabilização do gestor público.

do
IV. O atendimento do administrado em consideração ao seu

F
CP
prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não
ofende o princípio da impessoalidade da administração pública.

o-
un
Al
09. (CESPE / Assistente Técnico de Informática e Administração -
do

TCE/PE - 2004) Em relação aos princípios básicos da


Administração Pública, julgue o item abaixo:
me
No

I. A exigência constitucional de concurso público para acesso aos


cargos e empregos públicos tem fundamento no princípio
o
un

constitucional da moralidade, mas, juridicamente, não tem


Al

relação com o princípio da igualdade.


do
F
CP

10. (Juiz Substituto – TJBA – 2005) No atinente aos princípios da


administração pública, julgue os itens que se seguem.
o-
un

I. De acordo com a Constituição da República, os atos dos


Al

agentes públicos geram responsabilidade objetiva para o Estado


e não para a pessoa deles próprios, a não ser na hipótese de o
do

poder público comprovar a ocorrência de dolo ou culpa, em ação


me

regressiva. Essa imputação dos atos do agente público ao Estado


No

representa a concretização do princípio da impessoalidade,


consoante uma de suas concepções teóricas.
II. Como decorrência do princípio constitucional da publicidade, a
Constituição de 1988 assegura a qualquer cidadão obter certidão
para a defesa de direito e para o esclarecimento de situação de
interesse pessoal. No caso, porém, de o cidadão desejar a defesa
de interesse coletivo ou difuso, não terá direito à certidão, mas,
sim, o direito de representação ao Ministério Público para que
este, como representante da sociedade em juízo, providencie os

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elementos necessários àquela defesa e promova as ações


adequadas, se for o caso.
III. A moralidade administrativa possui conteúdo específico, que
não coincide, necessariamente, com a moral comum da
sociedade, em determinado momento histórico; não obstante,
determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral
comum podem ensejar a invalidação do ato, por afronta
concomitante à moralidade administrativa.

o
un
Al
11. (CESPE/Min. Público do TCU/2004) Em relação aos princípios

do
básicos da Administração Pública, julgue o item abaixo:

F
I. O princípio da legalidade pode ser afastado ante o princípio da

CP
supremacia do interesse público, especialmente nas hipóteses de

o-
exercício de poder de polícia.

un
Al
12. (CESPE/Delegado PF - Nacional/2004) Em relação aos
do

princípios básicos da Administração Pública, julgue o item


me

abaixo:
No

I. A veiculação do ato praticado pela administração pública na


o
un

Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado a divulgar


Al

fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes


da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da
do

publicidade.
F
CP

II. A possibilidade de reconsideração por parte da autoridade que


o-

proferiu uma decisão objeto de recurso administrativo atende ao


un

princípio da eficiência.
Al
do

13. (Analista Administrativo/ANATEL 2006/CESPE) Em relação


me

aos princípios básicos da Administração Pública, julgue o item


No

abaixo:
I. O direito de o administrado ter ciência da tramitação dos
processos administrativos em curso na ANATEL nos quais tenha a
condição de interessado fundamenta-se, entre outros, no
princípio administrativo constitucional da publicidade e no direito
de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular.

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14. (CESPE/MP-AM/2008) Em relação aos princípios básicos da


Administração Pública, julgue o item abaixo:
I. Fere o princípio da eficiência a atitude praticada pelo prefeito
de uma cidade do interior que, com o objetivo de valorizar sua
propriedade, abre processo de licitação para asfaltar a estrada
que liga a cidade à sua fazenda.

15. (Promotor de Justiça/TEM AM 2007/CESPE) Acerca da

o
un
principiologia do direito administrativo, assinale a opção correta.

Al
I. Explícita ou implicitamente, os princípios do direito

do
administrativo que informam a atividade da administração

F
pública devem ser extraídos da CF. V

CP
II. Os princípios que regem a atividade da administração pública

o-
e que estão expressamente previstos na CF são os princípios da

un
legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. F Al
III. A lei que trata dos processos administrativos no âmbito
do

federal previu outros princípios norteadores da administração


me

pública. Tal previsão extrapolou o âmbito constitucional, o que


No

gerou a inconstitucionalidade da referida norma. F


o
un

IV. O princípio da legalidade no âmbito da administração pública


Al

identifica-se com a formulação genérica, fundada em ideais


liberais, segundo a qual ninguém é obrigado a fazer ou deixar de
do

fazer alguma coisa senão em virtude de lei. F


F
CP

V. Os princípios da moralidade e da eficiência da administração


o-

pública, por serem dotados de alta carga de abstração, carecem


un

de densidade normativa. Assim, tais princípios devem ser


Al

aplicados na estrita identificação com o princípio da legalidade. F


do
me
No

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GABARITO
1) I.C II.C 2) I.B 3) I.F II.F 4) I.C II.F 5) I.C
III.F IV.C III.F IV.F V.F

6) D 7) I.F II.C 8) I.C II.F 9) I.F 10) I.C II.F


II.C IV.F III.C

11) I.F 12) I.C II.C 13) I.C 14) I.F 15) I.C II.F
III.F IV.F V.F

o
un
Al
do
F
CP
o-
un
Al
do
me
No
o
un
Al
do
F
CP
o-
un
Al
do
me
No

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