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UM HOMEM COMO POUCOS

Mateus 3: 1-12

Introdução:
Um nascimento milagroso, um simples, como hábitos e atitudes excêntricas, que foi
escolhido para uma missão importantíssima antes mesmo do seu nascimento, não
tinha muitos amigos, era amado por alguns odiado por outros, uns o achavam louco
outros achavam que ele era o próprio Deus, alguém sem papas na língua, que
colocava o dedo na ferida, uma humildade exemplar e uma coragem destinta, seu
era João Batista. (ler Mt 3:1-12)

Quando Deus enviou João Batista para exercer o seu ministério, as condições
espirituais do povo de Israel estavam em rápido declínio. Com a centralização de
poder por parte dos sacerdotes, as normas de Deus foram desvirtuadas,
desobedecidas e as coisas santas foram profanadas. As exigências da sociedade e
as de Deus se achavam em constante conflito. O sacerdócio tornava-se mais e
mais corrupto. A cobiça das riquezas e o amor do luxo e da ostentação
propagavam-se gradualmente, enquanto que os prazeres sensuais, banquetes e
bebidas causavam degeneração física e espiritual, insensibilizando o povo ao
pecado.

Além disso, a nação de Israel achava-se em estado de excitação e


descontentamento como consequência da tirania e extorsão por parte de Roma.
João Batista tinha a incumbência de denunciar a corrupção nacional e repreender
os pecados dominantes. Ele dirigia suas advertências contra os líderes religiosos
de Israel, notadamente contra os fariseus e saduceus (Mateus 3:7). Declarava ele
que seu orgulho, egoísmo e crueldade demonstravam serem eles uma raça de
víboras, uma terrível maldição para o povo. De acordo com as palavras do profeta
Isaías, ele seria a voz que clamaria no deserto:

“Eis a voz do que clama: Preparai no deserto o caminho do Senhor; endireitai no


ermo uma estrada para o nosso Deus.” Isaías 40:3.

Vivemos dias de João, condição espiritual e moral das pessoas em decadência, as


pessoas que detém os ensinos do evangelho fazendo deles um mercado, a
verdade sendo deturpada de todas as formas, os governos ruindo pela corrupção
guiando suas nações sem orientação de Deus e o caminho do Senhor precisando
ser preparado, a segunda vinda do Senhor, precisa ser anunciada, proclamada
pelos seus arautos e esses arautos do rei somos nós, por repito, estamos vivendo
dias de João, porem lhes faço uma pergunta, estamos agindo como João agiu?
Desenvolvimento:
O texto de Mt nos mostra algumas atitudes de João que o diferenciavam das
pessoas de sua época. Joao eu diria era aquele convidado indesejado, aquele
camarada que fala o que pensa, que não se comporta como a maioria, que não
dança conforme a música, talvez você não o convidaria para um jantar de amigos
em sua casa.
Que atitudes diferentes são essas que nós deveríamos ter nos dias de hoje?
1. João falava diferente. V.2
Acredito que 80% das igrejas de hoje não convidaria João para uma conferência,
esse tipo de pregação na reuni multidões, não amacia egos, não enche bolsos,
muito menos nos faz colocar a cabeça tranquilos no travesseiro.
Nosso modo de falar nos denuncia (Mt 26:73)? As pessoas que me escutam falar
no dia a dia diriam que eu sou um cristão ou um descrente?
Toda verdade deve ser dita em amor é claro, mas mesmo assim precisa ser dita,
vivemos dias onde dizer uma das verdades mais antigas do mundo: homem é
homem e mulher é mulher pode nos levar aos tribunais, vivemos dias de silencio
nas escolas, faculdades, trabalhos, vizinhança em nome da aprovação das
pessoas, nos omitimos, em nome da paz comum, mas que paz é essa se para
mantê-la eu desonro a Deus, se a palavra de Deus está sendo difamada, tenho que
falar, se os princípios cristãos estão sendo levados a lama tenho que falar, se o
evangelho está sendo diluído com água podre e impura tenha que falar (At 18:9-
10), lembre-se meu irmão, quem cala consente.
2. João se vestia diferente. V.4
João não se assemelhava as pessoas da sua época nem na forma de falar nem na
forma de se vestir, talvez isso não pareça ter tanta importância pra você, mas tem
para Deus aponto de ele deixar escrito em sua palavra essa exortação (1 Tm 2:9-
10, 1 Pe 3-4, Pv 11:22) nem pense você homem que isso não lhe diz respeito,
todas essas exortações também são pra você, examine bem se a forma de se vestir
está de acordo com o santo nome de Cristo que você carrega.
3. João não comia a mesma comida. V4
Sabemos que os alimentos são obras do nosso Deus (At 10:10-15), sabemos
também que o contamina o homem não é o que entra pela boca e sim o que sai
dela (Mt 15:14), porem onde comemos e diante de quem comemos faz toda a
diferença, o nosso exemplo e nosso testemunho muitas vezes são colocados em
xeque porque não observamos isso (1 Cor 8:9-13). Foi convidado por um amigo
descrente pra uma Mungunzá (que eu adoro) no local de festa e de bebedeira, não
vou, está em jogo o meu exemplo, me trouxeram o arroz doce da quermesse e
meu irmão que está comigo se escandaliza, não como, não por causa do pão, mas
pelo testemunho diante do meu irmão. Nosso irmão Daniel decidiu não se
contaminar com as finas iguarias do rei do rei e isso não lhe trouxe nenhum
maleficio, pelo contrário deus foi com Daniel e seus amigos, n[a dúvida, não vá, não
duvida, não coma.
4. João não se intimidava. V7
Aqueles homens eram as maiores autoridades religiosas daquele tempo, doutores,
conhecedores da lei, e João fala sem medo, com ousadia, ele não afina a voz, não
treme, não muda o discurso, João conhecia Êxodo 4:11 quando Moises é chamado
para ir diante de faraó a maior autoridade do agito alguém que se achava o próprio
deus (ler), os seus irmãos em Cristo lá em At 4:8, 29 seguem seu exemplo (ler),
eles só fazem um único pedido nessa oração: nos da coragem.
5. João sabia o seu lugar. V11
Ele realizou grandes coisas, preparou o caminho do Senhor, desaviou as autoridades, era
seguido por multidões, mas humilde nunca o abandonou, acima de tudo ele era um servo, e um
servo está aqui para fazer o que o seu Senhor manda, não importa qual o cargo na igreja ou fora
dela, não importa se você está em uma posição de destaque no trabalho ou na vida a humildade
será sempre um fruto do Espirito e você deve busca-la com todas as suas forças, quando maior a
altura maior o tombo.

Conclusão:
João vivia, falava, comia, se vestia, acreditava diferente das pessoas do seu tempo porque ele
era diferente, e nós?
A vida de dele foi o cumprimento de algo que já havia sido revelado no passado, seu nascimento
muito semelhante ao de Jesus, fruto de um milagre, recebeu um grande privilegio ser um arauto
do rei, anunciar a chagada do messias.
A sua morte para muito pode até ter representado uma derrota, porém para aqueles que são de
cristo e entendem o ministério do seu reino, a sua morte foi motivo de grande vitória, pois antes
morrer pela mensagem do evangelho anunciando a quem quer que seja do que nega-la e morrer
como um covarde.
Onde estão os novos “Joãos” que anunciam a mensagem de arrependimento e que estão
preparando o caminho para a volta do messias? Quantos podem dizer: eis-me aqui? O Tempo é
agora pois como diria Shakespeare: o terreno do amanhã é incerto demais para os planos.
Que Deus encontre nessa geração pessoas comprometidas com o evangelho começando por
cada um que escutou sua palavra neste dia. Amem!

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