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MANTENDO A FÉ FIRME EM TEMPOS DE APOSTASIA

Paulo advertiu que nos últimos dias seriam dias trabalhosos e difíceis (II
Timóteo 3:1) alguns se apostatariam da fé por causa das atividades
demoníacas (I Timóteo 4:1) seria uma geração que não suportaria a sã
doutrina (II Timóteo 4:3) por causa da multiplicação da iniqüidade o
amor se esfriará (Mateus 24:12). Como então manter a fé firme em dias
assim? A apostasia é o sinal que antecede a vinda de Cristo “Não será
assim sem que antes venha a apostasia” (II Tessalonicenses 2:3). Nesses
dias tenebrosos a exortação é: “Fala o que convém; a sã doutrina” (Tito
2:1), ou melhor, seja bíblico nas convicções e na pratica. O que ouve a
verdade e pratica é um homem prudente em época de loucuras
espirituais (Mateus 7:24). Temos exemplos nobres da prudência
espiritual que é um sinal de firmeza na fé, quando o mundo cambaleia
como um bêbado, notáveis são alguns exemplos que desejo citar:

Enoque. A biografia dele é breve, ocupa apenas o capitulo 5 de Genesis,


mas andava com Deus. Havia uma crise espiritual e a escuridão do
inferno era a sombra onde os homens daquela época cometiam os mais
torpes pecados. A imaginação daqueles pecadores era má
continuamente e a violência contra a verdade era comum. Mas ali estava
Enoque sendo sal e luz do mundo antigo. A civilização estava condenada
mas Enoque mantém sua relação de intimidade e amizade com Deus. Era
um solitário, pois a verdade sempre ilumina o caminho estreito, andava
sozinho, mas andava com Deus, ao contrario dos povos que andavam
debaixo de uma multidão de pecados. A religião da santidade nunca
esteve na moda, a apostasia sim! O mundo sempre amará que aprova
seus costumes e perseguirá quem denuncia seus pecados. Acaso não é
assim desde o principio? Para manter a verdade e preservar a firmeza
espiritual, precisamos seguir o caminho estreito, o cristianismo da
minoria, o caminho bíblico é o caminho seguro da vontade de Deus.

Elias. O profeta manteve sua fidelidade quando a religião vigente era


relativista e contraria aos padrões bíblicos estabelecidos. Havia uma
crescente onda de apostasia promovida pelo sincretismo de Jezabel,
uma mistura de judaísmo com paganismo, essa religião popular era
cheia de conveniências. Uma religião sincrética que reunia o útil ao
agradável. Então Elias manteve o status da diferença. De fato, ali estava
o “fundamentalista” o “fanático” e o “intolerante”, pois vai confrontar
os profetas de Baal, Elias não aceita a idolatria e muito menos o
sincretismo, o profeta não se associava ao politeísmo pagão da sua
época. E no compromisso com a verdade, Elias é um solitário que
preserva a identidade da fé verdadeira, mantém os absolutos e quando
olha a sua volta, lamenta a extrema solidão, desprezo e preconceito.
Então quando chora pela apostasia e pela infidelidade que era tão
normal , gritou ao Senhor que não restavam mais verdadeiros homens
de Deus, e o Senhor responde “Reservei para mim sete mil homens que
não dobraram os joelhos a Baal” (Romanos 11:4). É Deus quem preserva
os santos em tempos de crises, o remanescente é uma minoria, que
ainda deseja manter o contato com Deus e viver debaixo da graça
quando o mundo cai na desgraça da iniqüidade. Seja um Elias, não se
impressione com a multidão nem com o ecletismo, Deus não é Deus de
confusão, mantenha a fé em Cristo e permaneça confiando na obra
consumada e perfeita de Cristo na cruz.

Os três amigos de Daniel. O fato é descrito em Daniel 3, uma estatua é


erguida no campo de Dura, todos teriam que prostrar-se perante a
estatua, mas Hananias Azaria e Misael resistem a ordem do monarca e
tornam-se desobedientes civis. No Novo Testamento ouvimos a resposta
dos apóstolos em confronto ao espírito do erro: “Mas importa obedecer
a Deus do que aos homens”(Atos 5:29). Todas as vezes que o espírito do
erro influencia o mundo e os reinos de satanás (Mateus 4:8) Haverá uma
oposição aos princípios bíblicos que expressam a santa vontade de
Deus, então é a Deus que devemos prestar honra e fidelidade e não ao
espírito que opera nos filhos da obediência. Demônios devem obedecer
a ordem dos redimidos do Senhor, mas nenhum santo verdadeiro deve
obedecer ás ordens dos demônios. Aqueles jovens hebreus arriscaram a
sua vida para manterem-se debaixo da santa obediência, eis a direção
dos remanescentes: “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela
palavra do seu testemunho, e não amaram as suas vida até a
morte”(Apocalipse 12:11). Manter a posição de fidelidade em tempos
difíceis só é possível quando cultivamos um grande amor pelas doutrinas
bíblicas e pelo Senhor que é nosso mestre (Mateus 22:37)

João Batista: A história do Batista deve ser digna de nota. João não
negociava com as coisas erradas, mas condenava-as publicamente,
mesmo correndo o risco de morte e perseguição, pois amava mais a
verdade do que a si mesmo. João era uma voz que clamava no deserto.
Os púlpitos das sinagogas estavam ocupados por eruditos que negavam
a encarnação do Verbo que veio para morrer como Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo. As praças estavam cheias de Escribas dotados
de uma cultura sofisticada símbolo do orgulho da sabedoria falida, o
templo era freqüentado por fariseus que faziam longas orações e
carregavam seus filacterios, como ornamentos de suas vestes
ultraconservadoras, mas João Batista estava fora do templo e das
sinagogas de Israel. Num lugar inóspito e ermo estava o Batista
pregando arrependimento, e clamava, bradava em alta voz que os
homens se arrependessem de seus pecados. A mensagem não era
popular, era ofensiva e forte. Chamar religiosos e freqüentadores de
templos para se arrependerem era uma mensagem fora dos padrões
espirituais da época. Manter a nossa visão de Cristo como o Cordeiro
que tira o pecado do mundo e dos homens mundanos e ímpios como
precisando da graça de Deus e necessitados do arrependimento bíblico é
uma característica espiritual dos que desejam viver em firmeza
espiritual. Então aqui está à questão; devemos nos arrepender sempre e
amar a Deus ainda mais, devemos chamar pessoas para o
arrependimento como meio de crer no Evangelho e em Cristo como
Senhor e Salvador.

Conclusão: devemos reter firme a confissão da nossa esperança, porque


fiel foi o que prometeu (Hebreus 10:23) permanecer na graça de Deus e
depender completamente da misericórdia de Deus num relacionamento
pessoal e contínuo com o Senhor (I Pedro 5:12). Não devemos nos
conformar com essa era em processo de secularização e relativismo
(Romanos 12:1 e 2) mas manter-se debaixo das doutrinas fundamentais
do cristianismo e viver uma fé forte, praticando a verdade e moldando
toda a nossa vida pelos valores apresentados no Novo Testamento e
também pelos princípios espirituais de todas as Escrituras. Amém

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