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Transmissão e Distribuição - 2021

Disciplina: Sistemas de Proteção aplicados a T&D

Professor Jeder Francisco de Oliveira


29/06/2021

Filosofia dos Sistemas de Proteção


aplicados a T&D
Sistema
Elétrico

Sistemas de
Proteção
SISTEMAS DE POTÊNCIA ATUAIS
✓ Redes de grande porte;
✓ Investimentos limitados;
✓ Busca pela operação ótima;
✓ Operação próxima dos limites
de segurança;
✓ Complexidade de operação;
✓ Requisitos de qualidade
cada vez maiores.
✓ Requisitos regulatórios
OBJETIVO PRINCIPAL DOS
SISTEMAS DE PROTEÇÃO

Identificar uma condição anormal


na rede elétrica e eliminá-la no
menor tempo possível
ANORMALIDADES NO SISTEMA DE POTÊNCIA

✓ Sub/sobretensões
✓ Sub/sobrefrequências
✓ Sobrecargas
✓ Perdas de Sincronismo
✓ Oscilações de Potência
✓ Desequilíbrios
✓ Curtos-circuitos
Origem das faltas/defeitos

1. Defeito de origem transitória: é aquele que auto se extingue ou


se extingue com a atuação da proteção, sucedido de um
religamento com sucesso, não havendo assim a necessidade de
reparos imediatos. Estatísticas mostram que a grande maioria
dos defeitos é de origem transitória.

2. Defeito de origem permanente: é aquele que exige reparos


imediatos e provoca interrupções prolongadas para a
recomposição do sistema.
DURAÇÕES DOS FENÔMENOS
ELÉTRICOS
Fenômenos Eletromagnéticos
frequência: MHz
período: microssegundos (µs)

Exemplos: Manobras, descargas


atmosféricas
Fenômenos Transitórios
frequência: Hz
período: milissegundos (ms)

Exemplo: curtos-circuitos
Regime Permanente
período: segundos,minutos,horas
CURTOS-CIRCUITOS NOS
SISTEMAS ELÉTRICOS
Características dos Curtos-circuitos
Diminuição abrupta da impedância do circuito

Queda na Tensão
Aumento da Corrente
Formulação do Curto-circuito

I = ___
V
Z 0

I 
Corrente Fase A

Corrente Fase B

Corrente Fase C

Tensão Fase A

Tensão Fase B

Tensão Fase C
Corrente Fase A

Corrente Fase B

Corrente Fase C

Tensão Fase A

Tensão Fase B

Tensão Fase C
Corrente Fase A

Corrente Fase B

Corrente Fase C

Tensão Fase A

Tensão Fase B

Tensão Fase C
Corrente Fase A

Corrente Fase B

Corrente Fase C

Tensão Fase A

Tensão Fase B

Tensão Fase C
Tipos de Curto-circuito
Estatísticas de Curto-circuito
(Extra Alta Tensão)
• Fase-terra - cerca de 85 %

• Trifásico - cerca de 5 %

• Outros - cerca de 10 %
Principais Causas

• Pássaros
Principais Causas

• Descarga Atmosférica
• Pássaros
• Queimadas
• Vandalismo
• Vegetação
PO/PL
Principais Causas

• Queimada
Principais Causas

• Vandalismo
Principais Causas

• Árvore
Principais Causas

• Descargas Atmosféricas
Onda de descarga 1,2 x50 µs

Frente de onda

Cauda

Tempo Meia Cauda


de subida
Raio atinge a torre ou os cabos para-raios

VIs

VTORRE

Rg
O potencial da torre é elevado

VIs

VTORRE

Rg
Se a tensão sobe acima da capacidade de isolação da cadeia

backflashover (curto-circuito entre torre e condutor)

VC
VIs

VTORRE

V60Hz

Rg

VIs = VTORRE - VC ± V60Hz


Componentes de Sequência
Teorema de Fortescue

Charles LeGeyt Fortescue – 1876-1936


Engenheiro americano – trabalhou na Westinghouse
(28 de Julho de 1918) "Method of Symmetrical Co-Ordinates Applied to the
Solution of Polyphase Networks"
Os Estudos de Curto-circuito
Principais Softwares para
Simulação dos Curtos-circuitos
• Programa Anafas Cepel www.cepel.br

• Programa Aspen Oneliner www.aspeninc.com

• Programa PTW/SKM www.skm.com

• Programa DigSilent www.digsilent.de


Aplicações
• Dimensionamento de cabos para-raios e malhas de
aterramento;
• Dimensionamento de Equipamentos (pára-raios,
disjuntores, TCs, chaves, barramentos);
• Equivalentes para Estudos Transitórios;
• Estudos de Seletividade e Ajustes das Proteções
Curto-circuito Fase-terra
Corrente de
Curto-circuito

Tensão durante o
Curto-circuito

V = 31% da
nominal
Curto-circuito Bifásico
Correntes de
Tensões durante o Curto-circuito
Curto-circuito

V = 34% da
nominal
Curto-circuito Trifásico
Correntes de
Curto-circuito

Tensões durante o
Curto-circuito

V = 25% da
nominal
Curto-circuito Evolutivo
Correntes de
Curto-circuito

Tensão fase Az
durante o
Curto-circuito

V = 60% da
nominal no 138kV
Tempos Típicos de Eliminação dos Curtos-
circuitos

• 230 a 765 kV 2,5 a 5 ciclos (40 a 83ms)

• 138 kV e abaixo 6 a 150 ciclos (70 a 2500 ms)


Características de Sistemas Elétricos com
Níveis de curto-circuito elevados

• Sistema elétrico mais robusto, menos sujeito a


variações de tensão durante manobras de
equipamentos, saídas e retomadas de cargas
• Os equipamentos primários são de melhor
qualidade mas têm custo mais elevado

• Os sistemas de proteção são mais sofisticados para


garantir mais segurança e menores tempos de
eliminação de faltas
Barramentos de 13,8 kV
• Potências de c.c. : 15 MVA-Pequenas subestações
250 MVA-Grandes subestações

• Em geral, quando o nível de curto-circuito


fica acima de 10 kA (ou 240 MVA) utilizam-se
disjuntores em vez de religadores
Barramentos de 500 kV
• Potências de c.c. variam de 4000 a 30000 MVA

• Os dispositivos de proteção precisam ser mais


sofisticados para eliminar as faltas no menor
tempo possível
• A aplicação de esquemas de teleproteção é
imprescindível
REQUISITOS ESSENCIAIS DOS
SISTEMAS DE PROTEÇÃO

1 – Seletividade
2 – Rapidez
3 – Sensibilidade
4 – Confiabilidade
5 – Economia (boa relação custo/benefício)
1 – Seletividade
discriminar e somente
desconectar do sistema elétrico
a parte atingida pelo defeito
1 – Seletividade
discriminar e somente
desconectar do sistema a parte
atingida pelo defeito

Zonas de Proteção
2 – Rapidez
Atuar no menor tempo possível,
minimizando os impactos do defeito
2 – Rapidez
Atuar no menor tempo possível,
minimizando os impactos do defeito

Tempos de Atuação
3 – Sensibilidade
identificar os defeitos e condições
anormais de operação que possam
aparecer no sistema
3 – Sensibilidade
identificar os defeitos e condições
anormais de operação que possam
aparecer no sistema
Ajustes de Pickup
4 – Confiabilidade
Um arranjo de proteção deve ser
seguro. Em nenhum caso deverá
realizar uma falsa operação ou
falhar em caso de defeitos ou
condições anormais
4 – Confiabilidade
Um arranjo de proteção deve ser
seguro. Em nenhum caso deverá
realizar uma falsa operação ou
falhar em caso de defeitos ou
condições anormais

Qualidade do Projeto
e dos equipamentos
5 – Economia
o investimento a ser feito deve
ser compatível com a
instalação/equipamento a ser
protegido
5 – Economia
o investimento a ser feito deve
ser compatível com a
instalação/equipamento a ser
protegido
Boa relação
Custo/Benefício

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