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Introdução
O texto de Êxodo 32:30-35 discorre sobre o aviso de Moisés a Deus acerca do pecado da idolatria
presente no meio do povo de Israel e, em seguida, sobre o seu pedido de misericórdia ao Todo Poderoso
para que perdoasse essa Nação. Sob essa análise, essa passagem bíblica ressalta a importância de um
sacerdote, naquela época, para a mediação na relação existente entre Deus e a humanidade. Enquanto
que, nos dias atuais, serve para asseverar a relevância do Sumo Sacerdote, que viria posteriormente, para
a remissão dos pecados dos homens, a saber, Jesus Cristo. Além disso, vale destacar a ousadia que
Moisés teve ao se revoltar com o povo e jogar o bezerro de ouro no fogo, demonstrando o quão
abominável foi aquela atitude dos israelitas (Êx 32:20).
Análogo a isso, Jesus reagiu semelhantemente a Moisés quando chega no templo e expulsa todos os
que estavam ali comprando e vendendo (Mt 21:12). Diante dessa explicação, observa-se que, apesar dos
erros dos homens, o Pai da Eternidade sempre é tardio em irar-se e compassivo para perdoar os que são
seus e, por isso, enviou seu Filho Amado, Jesus Cristo, como o Sumo Sacerdote que intercede pelo Seu
povo escolhido.
2. Contexto
O contexto no qual a passagem de Êxodo 32:30-35 está inserida é marcado pela rebelião do povo
de Israel, junto ao monte Sinai, que estava caminhando pelo deserto rumo à Canaã. Anterior a esse fato,
esse povo viveu um intenso período de escravidão no Egito, com momentos de aflições e durezas, fato
que promoveu o agir de Deus por meio de Moisés para o resgate desse povo. Além disso, Deus havia
mandado Moisés subir ao monte para entregar a ele as leis para essa nação. Esta, vendo a demora do
líder na montanha, foi tomada pela ansiedade enquanto ele estava em seu ápice falando face a face com
o Senhor. Em contrapartida, o povo de Deus chegava em seu vale mais profundo com a construção de
um bezerro de ouro para adoração, pois duvidou acerca do retorno de Moisés. Nesse momento, Deus
pede a Moisés para descer do monte, pois o povo dele havia se corrompido (Êxodo 32:7-14)
Portanto, os capítulos posteriores ao 32 de Êxodo ressaltam a reiteração da aliança, uma vez que as
tábuas com as leis escritas pelo dedo de Deus foram quebradas ao pé do monte quando o líder se
deparou com a depravação total de Israel e, devido a isso, foi necessário que Deus, por intermédio de
Moisés, exprimisse um novo meio de estabelecer uma nova relação com sua amada nação.
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semelhantes e praticá-la. Por fim, devemos sempre rogar a Deus pelo perdão dos nossos pecados, com
foco no sacrifício e na misericórdia de Cristo.
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6. Deus ordena Moisés a continuar conduzindo o povo (v. 33, 34 e 35)
A Bíblia ensina que todos devem carregar seu próprio castigo (Dt 24:16, Sl 49:7, Jr 31:29-30) e
que existe apenas uma expiação aceita por Deus como substitutiva: a expiação de Jesus Cristo. Este, não
tendo pecado, foi punido pelos pecados de outros (Is 53:5-6, Jo 1:29). Tal assertiva pode ser observada
no seguinte verso: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos
amou e enviou Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:10). Nesse panorama, ao
interceder por Israel, Moisés tipificou a intercessão de Cristo pelos pecadores; no entanto, ele não podia
carregar a culpa dos transgressores, como fez o Senhor e Salvador Jesus. Por esse motivo, Deus lhe
delegou a seguinte função: “Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse; eis que o meu Anjo irá
diante de ti”. Nesse trecho, o termo Anjo foi uma designação da presença real de Cristo antes de sua
encarnação, que ocorreu em anos posteriores.
Por último, é possível analisar que Deus não permitiu que o erro daquele povo fosse apagado de
uma vez sem as devidas consequências. Ele, sendo justo, afirmou que quando chegasse o momento, Ele
puniria os israelitas pelos seus pecados. Foi o que aconteceu quando, no versículo 35, o Senhor fere o
povo com uma praga. Paralelo a isso, nota-se que Deus age conforme a lei da semeadura (Gl 6:7), em
que tudo aquilo que o homem plantar, o mesmo ele ceifará.
Aplicação para a vida
Mesmo sendo pecadores e optando pelo caminho mal, Deus com sua infinita graça nos perdoa
e nos concede o Espírito Santo para nos conduzir durante a caminhada cristã. Além disso, nós não
podemos nos enganar, visto que a lei da semeadura é para toda a humanidade. Por isso, é necessário
que tomemos cuidado com o que plantamos e, como cristãos, devemos semear apenas o que é bom
e agradável aos olhos de Deus, para que, no tempo oportuno, colhamos frutos para o Reino.
7. Conclusão
Diante de tudo o que foi exposto, é possível observar um paralelismo explícito entre Moisés e Jesus,
pois este, na condição de Cordeiro de Deus, se entregou como sacrifício por toda a humanidade,
enquanto aquele, como libertador dos hebreus, intercedeu durante toda a sua missão pelos israelitas e
ofereceu propiciação pelos seus pecados. Em virtude desse paralelo, vale ressaltar que Moisés foi um
tipo de Cristo, o qual estabeleceu a primeira analogia entre ele e Jesus (Dt 18:15), revelando a sua
intimidade com o Mestre quando o próprio Deus afirma que enviaria um profeta como ele (Dt 18:18).
Aliado a isso, há, também, a relação direta que tanto Jesus quanto Moisés tinham com o próprio Deus.
Isso pode ser analisado quando o Senhor pela primeira vez se revela, para o líder hebreu, como o grande
Eu Sou. Além disso, o texto-base revela o nível de intimidade que Moisés tinha com o Senhor e o reflexo
benéfico dessa proximidade para o povo escolhido. Destarte, afirma-se que o texto de Êxodo 32:30-35
deixa evidente o papel fundamental de Moisés na história do povo de Deus para a sua preparação para
a chegada do Salvador Jesus Cristo.