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Seminário Teológico Batista

CURSO DE TEOLOGIA - TECNÓLOGO P70

Larissa Sousa Santana

EVANGELISMO E DISCIPULADO

Conceituando evangelismo, evangelização e discipulado

Mata Verde – MG

Agosto, 2021

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Larissa Sousa Santana

EVANGELISMO E DISCIPULADO

Conceituando evangelismo, evangelização e discipulado

Trabalho apresentado para obtenção da


aprovação na disciplina Evangelismo e
Discipulado – Tecnólogo P70 da Convenção
Batista Brasileira.

Prof. Paulo Augusto

Mata Verde – MG

Agosto, 2021

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RESUMO

Este presente trabalho, desde o seu primórdio até o seu final, constata a
conceituação de três termos de suma relevância não só para a fundação da Igreja de Cristo,
mas também para o auxílio na sua edificação. São eles: evangelismo, evangelização e
discipulado. Dentro disso, alguns recursos exteriores a este trabalho serão utilizados, tais
como alguns sites e alguns livros. Destarte, a compreensão de tais termos, quando
aplicados na vida cotidiana, cooperam significativamente para o crescimento exponencial
do cristianismo.

Palavras-chave: Evangelismo, evangelização, discipulado.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5
2. DESENVOLVIMENTO 5
2.1 Evangelismo 5
2.1.1 Origem do termo 5
2.1.2 Conceito 6
2.2 Evangelização 6
2.2.1 Conceito 6
2.3 Discipulado 7
2.3.1 Origem do termo discípulo 7
2.3.2 Conceito 7
2 CONCLUSÃO 8
3 REFERÊNCIAS 9

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1. INTRODUÇÃO

O evangelho pode ser conceituado de duas formas. Uma delas revela o conjunto
dos ensinamentos de Jesus, enquanto a outra provoca o anúncio desta boa notícia: “O
Salvador chegou!” Em adição a isso, Jesus não apenas trouxe essa excelente novidade por
meio dos seus ensinos, mas também provou ser ele a boa nova esperada por todos desde
a queda do homem mencionada em Gênesis 3. A partir de tal afirmativa, o próprio Cristo,
após a sua crucificação e antes de ascender aos céus, delegou uma missão para os seus
discípulos intitulada “A Grande Comissão”. Tal ordenança está descrita em Mateus
28.18-20, a qual, na versão Almeida Revista e Atualizada, diz: “Jesus, aproximando-se,
falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis
que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Sob essa análise, fica
evidente a inevitabilidade de não apenas se aprofundar no conhecimento acerca de
evangelismo, evangelização e discipulado, mas também de se aplicar esse saber no dia
a dia. Desse modo, este trabalho visa focar em tais necessidades no intuito de fazer com
que os cristãos sejam participantes ativos da Grande Comissão ordenada por Jesus.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Evangelismo

2.1.1 Origem do termo


O termo evangelismo deriva de uma combinação entre a palavra evangelho, a qual
é evangelium do latim tardio e euangélion do grego, em que, quando traduzidos tais
termos, postulam a ideia de boas notícias ou boas novas; e a palavra anjo, marcada pelo
latim tardio angĕlus, com referência ao grego ángelos, os quais remontam a ideia de um
mensageiro. Além da junção dessas duas terminologias, acrescenta-se o sufixo -ismo, do
latim -ismus e do grego -ismós, indicando uma doutrina ou uma corrente.

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2.1.2 Conceito
Segundo o Dicionário Online de Português (Dicio), evangelismo é um substantivo
masculino revelador não só de uma doutrina da igreja cristã, mas também de um ponto
de vista que consiste em fundamentar tudo no Evangelho. A partir dessa premissa em
voga, baseado no conceito bíblico, evangelismo é uma tentativa de confrontar os homens
com o convite a um encontro com Deus. Além de sua mensagem ser a verdade redentora,
seu motivo é o amor ao Cristo vivo. Por fim, o alvo final do evangelismo é fazer discípulos
que proclamarão a mensagem da cruz de Jesus. De acordo com C. E. Autrey (1986, p.
13), o evangelismo é um método em que o cristianismo tenta encaminhar os homens a
Jesus Cristo. Em tal metodologia, espera-se uma disponibilidade e voluntariedade extensa
da igreja, visto que ela é a principal condutora dos homens ao propósito genuíno da fé
salvadora por meio do arrependimento em Cristo. Baseado nisso, Jesus afirmou em
Mateus 4.19: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” Nessa perspectiva,
os discípulos do Mestre eram verdadeiros evangelistas, porquanto se encontraram com
Deus e apenas a partir disso que eles obtiveram autoridade para testemunhar do
Evangelho.

2.2 Evangelização

2.2.1 Conceito
A evangelização, um substantivo feminino, pode ser conceituada como ação,
desenvolvimento ou resultado de evangelizar, bem como ação de divulgar os
ensinamentos contidos no Evangelho. Nesse viés, afirma-se que é o processo de difusão
intensa dos ensinamentos de Jesus. Sob essa análise, focalizando no contexto da fundação
da Igreja Primitiva, o apóstolo Paulo, assim como os seus companheiros de ministério,
tinha um dilema de vida baseado na orientação do Espírito Santo, o qual está localizado
em Atos 18.9-10, que diz: “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe
disse: ‘Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e
ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade’.” Foi a partir disso que
o evangelho foi tão divulgado naquele tempo ao ponto de ser uma ameaça palpável ao
Império Romano. Além do mais, é de suma importância que o cristão esteja atento quanto
à “evangelização pragmática” (1996, p.13), uma vez que ela se preocupa mais com os

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números do que com a qualidade na verdade. Tal fato é colaborativo, portanto, para o
cenário atual da igreja num sentido generalizado, já que muitos templos se encontram
transbordantes de pessoas enquanto poucos são os que vivem a realidade genuína da Cruz
de Cristo.

2.3 Discipulado

2.3.1 Origem do termo discípulo


A palavra discípulo deriva do latim discípulus, a qual, no primeiro século depois de
Cristo, transmitia a ideia de aluno ou aprendiz (2001, p.634). Além dessa afirmativa, essa
palavra está estreitamente relacionada à ideia de disciplina, uma vez que implica na
exigência de que tudo deve ser renunciado por causa do Evangelho. Em adição a isso, a
raiz verbal desse vocábulo vem do latim discere que, após ser traduzido, significa ensinar
(2004, p. 180). No que tange às Sagradas Escrituras, a ideia de discípulo aparece no
Antigo Testamento no primeiro livro das Crônicas 25.8, em que se pode ler: “Deitaram
sortes para designar os deveres, tanto do pequeno como do grande, tanto do mestre como
do discípulo”. Tal passagem bíblica refere-se aos alunos da escola de música do Templo
de Jerusalém. Nesse contexto, o termo hebraico utilizado ali é talmyd, o qual possui a sua
raiz na palavra lamad, e pode ser traduzido por aprender ou ensinar. No judaísmo do pós-
exílio, por conseguinte, o discípulo (talmyd) que escolhe subordinar-se a um rabino
segue-o em todo lugar aprendendo dele e, sobretudo, servindo a ele (1984. p. 659).

2.3.2 Conceito
O discipulado consiste em aprender e ensinar os indivíduos a seguirem corretamente
e a obedecerem a Jesus. Nesse panorama, o próprio Cristo disse aos discípulos redimidos:
“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” (João 20.21), deixando
evidente a necessidade de ser enviado no intuito de pregar o Evangelho e discipular
aqueles que, de antemão, receberam a Mensagem por meio do ouvir. De acordo com John
Stott (2011, p. 10), discípulo, inevitavelmente, implica relacionamento entre aluno e
professor. Sob esse viés, durante os três anos de ministério público, os doze foram
discípulos antes de serem apóstolos e, com os discípulos, estavam sob a instrução de seu
Mestre e Senhor. Além do mais, todo cristão é chamado por Deus para ser discípulo e

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para discipular, momento este em que a fé é colocada em ação. Nesse sentido, C. E.
Autrey afirmou que o caminho do cristianismo é o de começar com um pequeno grupo
de crentes e expandir-se gradualmente (1986, p. 21), visando, portanto, a transmissão da
qualidade no discipulado com o discorrer dos anos e das gerações.

2 CONCLUSÃO
A partir da análise minuciosa dos termos evangelismo, evangelização e discipulado,
é possível perceber, indubitavelmente, como cristãos, o peso da realidade de estar
presente ativamente na Grande Comissão ordenada por Jesus. Por meio disso, aquele que
afirma ser filho de Deus ouve e obedece a voz do seu Pai assim como uma ovelha
reconhece a voz do seu pastor. Diante dessa explicação, todo cristão tem a necessidade
de se preparar biblicamente e espiritualmente para estar apto a anunciar as boas novas de
modo puramente verdadeiro, além de preparar discípulos para que a mensagem de Jesus
continue sendo propagada até os confins da terra.

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3 REFERÊNCIAS

ETIMOLOGIA DE EVANGELISMO. Disponível em:


<https://etimologia.com.br/evangelismo/#:~:text=%C3%89%20uma%20combina%C3
%A7%C3%A3o%20da%20palavra,su%2D%2C%20por%20bom%2C%20e>. Acesso
em 31/07/2021

EVANGELISMO. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/evangelismo/> Acesso em


03/08/2021

AUTREY, C. E. A Teologia do Evangelismo. 3. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1986.

EVANGELIZAÇÃO. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/evangelizacao/>


Acesso em 03/08/2021

BEEKE, Joel R. A Tocha dos Puritanos: Evangelização Bíblica. 1. ed. Publicações


Evangélicas Selecionadas (PES), 1995.

DOCKERY, D. S. Manual Bíblico Vida Nova. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001.

CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São Paulo: Editora


Hagnos, 2004.

BROWN, C. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento –


vol. I. São Paulo: Edições Vida Nova, 1984.

STOTT, John W. R. O discípulo radical. 1. ed. Viçosa, MG: Ultimato, 2011.

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