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Nuno Henriques
Grupo: Diurno
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Índice de Figuras :
Figura 1- Sistema de Gestão técnica centralizada [2] ............................................................... 6
Figura 2- Consumos de energia diária [2] ................................................................................. 6
Figura 3- Sensor multifuncional [2] .......................................................................................... 9
Figura 4- Modo de transmissão da informação [2] ................................................................. 14
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1. Resumo:
Neste trabalho será apresentada uma solução de gestão técnica implementada num edifício
de hotelaria. A solução preconizada irá basear-se na monitorização de vários parâmetros de
funcionamento, neste caso em concreto das instalações hoteleiras.
Esta solução terá uma plataforma web, para controlar e visualizar os dados dos sistemas do
hotel, acessível em qualquer cidade do mundo, revelando-se assim a ferramenta necessária para
uma ótima supervisão, evitando problemas técnicos de qualquer um dos equipamentos.
A centralização dos dados contribui para uma melhor gestão do hotel, estando tudo
concentrado numa única aplicação “Software de supervisão”.
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2. Lista de abreviaturas e sigas
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3. Introdução:
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Os principais objetivos de um SGTC são:
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4. Desenvolvimento:
4.1. Modo de funcionamento do SGTC:
No que trata o seu modo de funcionamento o SGTC utiliza uma central de monitorização
fundamentada através de dados recolhidos pelos sensores distribuídos nos diferentes
equipamentos, e uma plataforma de gestão. Isto tudo é corrido numa estação de computador,
implementada normalmente no próprio edifício, que está diretamente ligada a estações de
controlo remoto, através de uma LAN, que comunica através de um protocolo de comunicação
responsável pela encriptação das mensagens. Contundo atualmente caminha-se no sentindo de
centralizar a estação de computador fora dos edifícios, ou seja, dentro de uma cloud de uma
empresa externa, como por exemplo a Google ou Apple, devido ás grandes capacidades de
armazenamento de dados que as mesmas possuem. [1]
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4.2. Grandezas medidas pelos sensores:
Uma vez que os sensores são a base de todo o funcionamento do SGTC, torna-se
relevante caracterizá-los. Dentro dos sensores usados temos aqueles que são diretamente
aplicados nos equipamentos e têm como intuito medir as grandezas físicas para o qual são
projetados, dando informações acerca do modo de funcionamento do respetivo. Dentro das
grandezas físicas temos por exemplo:
Como foi observado no subcapítulo 4.2 são inúmeras as grandezas que os sensores
medem, mas quais são os objetivos dessa mensuradas?
No que trata os fatores medidos pelos sensores distribuídos ao longo do edifício, figura
3, os dados irão ser transmitidos para o controlador, que irá atuar diretamente nos equipamentos,
e com isto regular a necessidade dos diversos. Vários são os exemplos, em que o controlador
irá atuar. Imaginando um cenário de verão, no caso da parte sensorial de presença, a inexistência
de alguém no quarto, será detetado pelo mesmo que poderá atuar nos estores, deforma baixá-
los reduzindo o calor que irá ser transmitido pela radiação solar, o mesmo também atuará no
sistema AVAC, principalmente no que trata a extração do ar interior. No caso dos hotéis a
mesma é normalmente feita pela casa de banho, levando a que habitualmente, caso não esteja
ninguém presente, o caudal de ar de extração poderá estar na ordem dos 30 m3/h embora este
valor não seja fixo, uma vez que a lei apenas obriga á extração e insuflação dos quartos mesmo
perante a inexistência de alguém no seu interior. Contundo na presença de alguém no sei interior
o caudal de extração e insuflação deverá andar á volta dos 100 m3/h, havendo assim uma atuação
direta no fluxo de ar. O mesmo acontecerá para os restantes parâmetros de temperatura,
humidade e luminosidade, onde o setpoint irá alterar consoante a presença de alguém no quarto.
Os restantes elementos sensoriais do sensor em questão apenas irão atuar no sentido de
manter o valor do setpoint definido no controlador.
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É importante de revelar que todo o automatismo descrito nos parágrafos anteriores não
se sobrepõe á escolha do utilizador, podendo este definir manualmente o set point de alguns
equipamentos, como por exemplo o ar condicionado, a intensidade da iluminação etc…
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4.4. Vantagens do SGTC:
No que trata a deteção de avarias pelo SGTC, também trará a manutenção uma resposta
de intervenção muito mais rápida, visto que deixa de ser necessário que um individuo se
aperceba que algo não está a funcionar, reduzindo o tempo de inoperação do equipamento, o
que no hotel, é fundamental. Por exemplo, em caso de avaria da caldeira, deixa de existir a
possibilidade de haver aquecimento das águas, o que representa para o hotel um enorme
transtorno e descontentamento, podendo levar a grandes prejuízos, que eventualmente serão
transmitido á equipa de manutenção, ora, com uma correção mais rápida do equipamento, todos
os aspetos descritos, irão ser minimizados, o que traz á equipa de manutenção uma maior
satisfação dos serviços prestados e consecutiva aumento de probabilidade de renovação do
contrato.
Em relação ao sensores enquadrados nos quartos e corredores do hotel, que para além
de á semelhança dos outros, identificarem o mal funcionamento de um equipamento pela
mediação das grandezas mencionadas no capítulo 4.2, irão permitir através da alteração do
setpoint, dependendo da presença de alguém no quarto, diferentes modos de funcionamento do
equipamento, por exemplo, o simples facto de o caudal de ar extraído e insuflado, ser diferente
caso esteja alguém ou não presente, irá representar menos energia necessária para o
funcionamento do equipamento, trazendo também maiores eficiências e menores custos para a
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instalação, por outro lado no que diz respeito á manutenção, estamos a falar de equipamentos
que estão sujeitos a condições de funcionamento menos exigentes e por tanto, um desgaste
menor acabando por aumentar o seu tempo de vida útil, o que leva inevitavelmente a tempos
entre intervenções mais prolongados.
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4.6. Desvantagens do SGTC:
Embora as vantagens dos SGTC serem inúmeras como descrito no capítulo 4.5, nada é
perfeito, havendo problemas que podem ser facilmente salientados. Primariamente a grande
barreira que se encontra é o desconhecimento e a falta de vontade dos técnicos mais velhos, de
perceberem o modo de funcionamento do SGTC, o que trará inevitavelmente problemas para a
instalação. Apesar de os sistemas serem automáticos, se os alarmes não forem devidamente
normalizados, implica o não funcionamento do equipamento, apesar de o mesmo estar
funcional, o que conduz ao longo de meses, á inutilização de vários equipamentos, enquanto os
restantes terão de funcionar a capacidades superiores, de forma a tentar repor o normal
funcionamento da instalação, o que representa um maior custo para a instalação, maior desgaste
dos equipamentos, e a um descontentamento da gerência do hotel, com os trabalhos de
manutenção realizados pela respetiva equipa.
Outro grande problema dos SGTC, deve-se á possível ocorrência de hacking, como se
pode ver na figura 4, existe contacto entre a empresa responsável pelo serviço de gestão técnica
centralizada e as instalações, informação já referida, ao longo do trabalho, contundo a existência
desse contacto, que se dá via internet abre a porta a intrusos, que poderão aceder aos aspetos
funcionais dos sistemas do hotel, que apesar de poderem funcionar em modo manual, o mesmo
terá de ser acionada em cada um dos equipamentos, o que poderá conduzir no limite á avaria
de grande parte dos mesmos. Trazendo assim novos desafios, aos já existentes nos trabalhos de
manutenção.
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Ainda a acrescentar este tipo de sistema funciona muito baseado nas respostas dos
sensores, podendo por vezes em caso de avaria de algum, haver alarmes que não estão realmente
a indicar um problema no equipamento, levando á sua paragem e consecutivo deslocamento de
um técnico para normalizar a situação, aparecendo assim mais um elemento que o mesmo terá
de tratar. Também no SGTC existe manutenção o que implica maiores despesas paras as
empresas uma vez que os técnicos não estão aptos para tratar da mesma, levando a orçamentos
mais elevados para a prestação de serviços da empresa de manutenção.
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5. Conclusão :
Ao longo do trabalho foi sendo visto o funcionamento do SGTC, e tudo o que isso
implica, tratando-se em resumo do que a tão famosa indústria 4.0 poderá trazer a manutenção.
É de salientar que as vantagens são esmagadoras, quer em termos de eficiência energética, como
em termos de manutenção onde as coisas se tornam mais simples, rápidas e por tanto eficazes.
Apesar das desvantagens mencionadas, as mesmas representam pouca importância, se se pensar
na que foi primariamente descrita, tendencialmente as novas gerações, devido ao meio em que
crescem, possuem uma maior apetência e sensibilização para o funcionamento das novas
tecnologias, havendo cada vez menos pessoal indisposto, a trabalhar com as mesmas. Além
disso como forma de atualizar as gerações mais antigas existem formações feitas por parte das
empresas de SGTC, como forma de instruir os técnicos para este novo tipo de tecnologia.
No que diz respeito à suscetibilidade ao hacking, esta existirá sempre por mais
encriptadas que sejam as mensagens, e os softwares seguros de intrusão. Contundo é um
problema não muito recorrente, pois exige um grande conhecimento informático por parte do
invasor. Além disso a maioria dos ataques são feitos com o intuito de encriptar a informação,
para depois ser pedido um resgaste, dirigindo-se com mais frequência ao sistema informático,
neste caso do próprio hotel, ao invés do SGTC.
Por fim no que trata a avaria dos sensores, apesar de ser um acontecimento possível,
torna-se uma inevitabilidade da evolução tecnológica, quando mais evoluído é um sistema,
normalmente maior a exigência da manutenção, além disso o SGTC destina-se normalmente a
empresas de maiores dimensões que têm maior capital, e que com este tipo de sistema além de
revelarem uma imagem de inovação, que principalmente ao nível da hotelaria, aumenta o
número de clientes, provocam também enormes poupanças a nível energético e ao nível da
eficácia dos trabalhos de manutenção
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6. Referências:
[1]- Ferreira A. Gestão técnica centralizada- Implementação num edifício do tipo hospitalar,
Instituto de Engenharia do Porto, Portugal, 2017
[2]- SMART BUILDINGS : Os novos desafios e o papel dos sistemas de GTC na era do
Covid-19 Nuno Silva – Geoterme -
https://2122moodle.isel.pt/pluginfile.php/1147604/mod_folder/content/0/MIT%202122%202
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