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TRABALHO FINAL – PARTE 2

Disciplina: Sistemas de Supervisão e Controle do SEP

Valor: 25 pontos
Data de entrega: 21/07/2023
Nome: Matheus Marini
E-mail: matheus.marini@automalogica.com.br

QUESTÕES:

1. Qual o aplicativo que possibilita que o operador interaja com o sistema? Faça uma
descrição deste aplicativo: o que é, quantas partes o compõem, requisitos que deve
apresentar.

Resp: O sistema/aplicativo que permite que um operador interaja com o SEP (Sistemas
elétricos de potência) é conhecido como sistema SCADA (Supervisory Control and Data
Acquisition). Esse tipo de sistema busca coletar informações em tempo real de todos os
equipamentos que compõem um sistema para que sejam exibidos em tempo real a um
operador, além de coletar o sistema armazena essas informações coletadas e consegue exibir
tais informações em uma sequência temporal para que um operador posso consultar dados
históricos em momentos de ocorrências. As partes que compões esse tipo de sistema são as
seguintes:

• Estações de controle/IHM (Interface Homem Máquina): A interface gráfica que permite


a visualização em tempo real do sistema monitorado
• Unidade de Terminais Remotas (RTUs): São os dispositivos que estão conectados aos
equipamentos elétricos que coletam e transmitem seus estados para os sistemas de
controle
• Servidores e Bancos de dados: É o modulo que coleta e organiza todas as informações
vindas das RTUs
• Comunicação e Rede: É o componente físico e virtual pela qual a informação coleta
pelas RTUs irão transitar até chegar ao sistema de controle.

Os principais requisitos de um sistema SCADA são:

• Confiabilidade
• Velocidade e tempo real
• Visualização gráfica
• Capacidade de armazenar e exibir alarmes e notificações ao operador
• Capacidade de controlar os equipamentos elétricos de forma remota

2. Por que existem vários tipos de telas para operação do sistema? Quais as principais e
função delas.
Resp: A norma ISA 101 é regulamenta a construção de telas de High Performace, uma de
suas exigências é minimizar a quantidade de informação exibida ao usuário por vez, pois
entende-se que demasiada quantidade de informação pode amis atrapalhar que ajudar.
Quando vemos as tendencias do SEP, podemos ver um certo padrão na divisão das telas da
seguinte forma:

• Unifilar geral: Tela que irá fazer uma transcrição do diagrama elétrico (arquivo pré-
operacional) para o sistema SCADA permitindo que o usuário tenha uma visão
geral da situação de funcionamento de uma Subestação, vale ressaltar que para
subestações muito grandes pode haver divisão em sub-telas.
• Serviço auxiliar: Tela que irá fazer uma transcrição do diagrama unifilar de um
serviço auxiliar.
• Tela de comandos: Tela ou “pop-up” que irá trazer todos os comandos de
determinado equipamento
• Tela de alarmes: Tela que apresenta todos os alarmes ativos de uma subestação,
categorizando em ordem temporal e por cor de acordo com a importância de cada
alarme
• Tela de eventos: Tela que apresenta todos os alarmes ativos e inativos e demais
informações como comandos enviados, deforma temporal
• Tela de tabular: Tela que apresenta de todos as medições analógicas de uma
subestação, geralmente organizada de acordo com o equipamento

3. O que são e para que servem os protocolos de comunicação? Apresente os mais


usados no SEP.

Resp: Os protocolos de comunicação são um conjunto de regras que controlam a


comunicação entre dois ou mais equipamentos ou sistemas para que ele se se entendam,
“conversem na mesma língua” ou seja, o protocolo define o tamanho e a estrutura da
mensagem que será enviada através do meio físico. Os protocolos mais usados no SEP são:

• ModBus
• DNP V3.0
• IEC61850
• IEC60870-5-104
• IEC60870-5-IEC101
• OPC

Vale ressaltar que para integrações com a ONS apenas os seguintes protocolos são aceitos:

• IEC60870-5-104
• DNP V3.0
4. Fale sobre o EMS e o DMS.

Resp:

• Sistema de Gerenciamento de Energia (EMS): O EMS é um sistema avançado que


fornece ferramentas para a otimização e controle da geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica. Ele monitora em tempo real a operação do sistema
elétrico, realiza simulações e análises para determinar o estado operacional e ajuda na
tomada de decisões estratégicas. O EMS também é responsável pelo cálculo de fluxo
de potência, despacho de geração e programação da transmissão.
• O DMS (Distributed Management System) é um sistema de gerenciamento distribuído
que auxilia as concessionárias de energia a operarem, monitorar e controlar redes de
distribuição de energia elétrica de forma eficiente, oferecendo monitoramento em
tempo real, controle e operação, análise e tomada de decisões, gerenciamento de
ativos, integração de DERs e suporte a operações em emergências.
5. Como se chama a função que faz detecção de erros grosseiros das medições? Por que
ela é necessária?

Resp: Processamento de erros grosseiros, é etapa onde os valores analógicos recebidos dos
protocolos de comunicação, são analisados pelo sistema SCADA, para avaliar se eles fazem
sentido de acordo com o estimador de estados, modelado no sistema. É uma etapa de
validação importante para trazer segurança dos dados que são apresentados ao operador.

6. Que são sistemas de instrumentação?

Resp: É o sistema que através de sensores, transdutores e atuadores vão coletar as grandezas
elétricas em medidas (valores que possam sem entendidos pelo operador) e controlá-las.
Podemos definir da seguinte maneira:

• “todo dispositivo que mede ou controla uma variável, de forma direta ou indireta” (ISA
– Sociedade Internacional de Automação).

7. O que é um CLP? Quais linguagens de programação são utilizadas para programá-lo?


Explique em poucas palavras as características de cada uma.

Resp: Controlador Logico Programável (CLP) é um microcomputador que realiza a coleta das
medidas dos sistemas de instrumentação e computa uma sequência de comparações,
geralmente programadas através da linguagem “Ladder” para realizar atividades especificas,
como por exemplo controlar abertura de uma seccionadora ou então a comporta de um
vertedouro.

8. Que são os Procedimentos de Rede do ONS? Qual é e a que fins se destina o de maior
interesse para os profissionais que trabalham com Sistemas de Supervisão e Controle.

Resp: A ONS estabelece requisitos mínimos de funcionamento da rede que intrerliga os


sistemas de proteção e controle dos agentes que integram o SIN, esses requisitos são
estabelecidos nos procedimentos de redes. Os mais importantes para os sitemas de
suepervisão e controle são:

• 2.1 – Definição das redes do Sistema Interligado Nacional


• 2.12 – Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operaçã
9. Quais os principais recursos utilizados para se garantir desempenho e disponibilidade
nos Sistemas de Supervisão e Controle?

Resp: Para garantir desempenho e disponibilidade nos Sistemas de Supervisão e Controle


(SCADA), são empregados diversos recursos e práticas. A seguir, estão alguns dos principais
recursos utilizados para garantir o desempenho e a disponibilidade desses sistemas:

• Redundância de hardware
• Tolerância a falhas
• Monitoramento em tempo real
• Backup de dados e arquitetura distribuída
• Segurança cibernética
• Testes e manutenção regular
• Treinamento e capacitação dos operadores

10. Escolha 3 tendências relativas aos Sistemas de Supervisão e Controle e fale sobre elas.

Resp:

• IHM High performace(ISA101): A norma ISA101 orienta o desenvolvimento de


Interfaces Homem-Máquina (IHMs) High Performance em sistemas de automação e
controle. Essas IHMs avançadas utilizam recursos gráficos, integração de dados, análise
em tempo real, alarmes aprimorados e personalização flexível para melhorar a
experiência do operador e a eficiência operacional. Elas fornecem uma representação
visual clara do sistema, permitem o acesso a informações relevantes em tempo real e
facilitam a tomada de decisões informadas. Com recursos avançados e conformidade
com a norma ISA101, as IHMs High Performance visam otimizar o desempenho e a
usabilidade dos sistemas de automação e controle.
• Digitalização de Subestações (IEC61850): A digitalização das subestações no setor
elétrico nacional está em ascensão, impulsionada pela adoção da norma IEC 61850.
Essa norma estabelece um padrão internacional para a comunicação e controle de
equipamentos nas subestações, promovendo a integração de sistemas de proteção,
automação e controle por meio de uma arquitetura digital unificada. Isso traz
benefícios como maior flexibilidade, eficiência operacional e interoperabilidade. A
digitalização permite uma comunicação mais eficiente entre dispositivos de proteção e
controle, possibilitando respostas mais rápidas a eventos e melhor coordenação de
operações. Além disso, a padronização facilita a incorporação de novos equipamentos
e sistemas, tornando as subestações mais escaláveis e modulares.
• PPC: O PPC (Planejamento da Produção e Controle) desempenha um papel crucial no
setor elétrico, envolvendo o planejamento e controle da produção de energia. Ele
otimiza a alocação de recursos de geração, considerando fatores como disponibilidade,
restrições operacionais e custos, com o objetivo de maximizar a eficiência e minimizar
os custos de produção. Além disso, o PPC coordena atividades de manutenção e
contribui para o equilíbrio entre oferta e demanda de energia, assegurando que as
necessidades dos consumidores sejam atendidas de forma confiável e eficiente. Em
suma, o PPC desempenha um papel fundamental na gestão operacional e estratégica
do setor elétrico, garantindo a disponibilidade de energia de maneira eficiente e
sustentável.

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