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Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados

SCADA - Supervisory Control and Data Aquisition


“São sistemas que utilizam software para monitorar e
supervisionar as variáveis e os dispositivos de sistemas de
controle conectados através de drivers específicos. Estes
sistemas podem assumir topologia mono-posto, cliente-
servidor ou múltiplos servidores-clientes. Atualmente tendem a
libertar-se de protocolos de comunicação proprietários, como
os dispositivos PACs (Controladores Programáveis para
Automação), módulos de entradas/saídas remotas,
controladores programáveis (CLPs), registradores , etc., para
arquiteturas cliente-servidor OPC (OLE for Process Control).”

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Porque a empresa precisa de um sistema SCADA?

QUALIDADE

 Através do monitoramento das variáveis do processo produtivo, (pressão,


temperatura, vazão, etc.) é possível determinar níveis ótimos de trabalho. Caso
estes níveis saiam da faixa aceitável o SSC pode gerar um alarme na tela,
alertando o operador do processo para um eventual problema no processo
produtivo. Desta forma, as intervenções no processo são feitas rapidamente,
garantindo que o produto final sempre tenha as mesmas características.

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Porque a empresa precisa de um sistema SCADA?

REDUÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS

 Imagine um processo produtivo com inúmeros instrumentos de medição.


Quanto tempo e quantos funcionários especializados seriam necessários para
percorrer todo o processo de produção afim de realizar a leitura de todos os
instrumentos? Quantas planilhas seriam necessárias e qual a probabilidade de
erros humanos? Com um SSC é possível centralizar toda a leitura dos
instrumentos de campo, gerar gráficos de tendência e gráficos históricos das
variáveis do processo

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Porque a empresa precisa de um sistema SCADA?

MAXIMIZAÇÃO DESEMPENHO PRODUÇÃO

 Através da rapidez da leitura dos instrumentos de campo, as intervenções


necessárias podem ser feitas mais rapidamente. Problemas de parada de
máquina por defeitos podem ser diagnosticados mais pontualmente e os
setup´s de máquina também são agilizados.

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Porque a empresa precisa de um sistema SCADA?

BASE DE DADOS

 Os SSC podem coletar os dados do processo produtivo e armazená-los em


banco de dados. Estes dados podem ser utilizados para gerar informações
importantes, sendo integrados com sistemas MES, ERP, SAP e etc. Podem
também fornecer dados em tempo real, para sistemas que realizam cálculos de
OEE, sistemas SFC, sistemas de PCP ou similares.
 OEE - Overall Equipment Effectiveness
 PCP – Planejamento e controle de produção
 MES - Manufacturing Execution Systems
 SFC - Shop floor control

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SISTEMA SCADA

OBJETIVO

 O objetivo principal dos sistemas SCADA é propiciar uma interface de alto nível
do operador com o processo informando-o "em tempo real" de todos os eventos
de importância da planta.

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SISTEMA SCADA

VANTAGENS

 Redução de gastos com montagem de painéis de controle e projeto;


 Redução de custos da aquisição de instrumentos de painel, pois no sistema
SCADA são virtuais;
 Eliminação de custos com peças de reposição, pois tratam-se de instrumentos
virtuais;
 Redução de espaço necessário para a sala de controle;
 Dados disponíveis em formato eletrônico, facilitando a geração de relatórios e
integração com sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIGE
(Sistemas Integrados de Gestão Empresarial);
 Praticidade da operação, pois os instrumentos são apresentados ao operador
em um simples clique do dispositivo apontador;

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SISTEMA SCADA

DESVANTAGENS

 Existe a necessidade de mão-de-obra capacitada para desenvolver as interfaces


homem máquina (I.H.M.).

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SISTEMA SCADA

FUNÇÕES BÁSICAS DOS SISTEMAS DE CONTROLE E SUPERVISÃO

 Funções de supervisão:
 Funções de operação:
 Funções de controle:

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SISTEMA SCADA

FUNÇÕES DE SUPERVISÃO

 Inclui todos as funções de monitoramento do processo tais como: sinóticos


animados, gráficos de tendência de variáveis analógicas e digitais, relatórios em
vídeo e impressos, etc.

FUNÇÕES DE OPERAÇÃO

 Atualmente os sistemas SCADA substituíram com vantagens as funções da


mesa de controle. As funções de operação incluem: ligar e desligar
equipamentos e seqüência de equipamentos, operação de malhas PID,
mudança de modo de operação de equipamentos, etc.

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SISTEMA SCADA

FUNÇÕES DE CONTROLE

 Controle DDC ("Digital Direct Control")


 Alguns sistemas de supervisão possuem uma linguagem que permite definir
diretamente ações de controle, sem depender de um nível intermediário de
controle representado por remotas inteligentes. Todas as operações de entrada
e saída são executadas diretamente através de cartões de I/O ligados
diretamente ao barramento do micro, ou por remotas mais simples. Os dados
são amostrados, um algoritmo de controle como um controlador PID por
exemplo, é executado, e a saída é aplicada ao processo (ação direta sobre uma
variável manipulada). Isto entretanto só é possível quando a velocidade do
processo assim o permite.
 Em alguns casos requisitos de confiabilidade tornam desaconselhável este tipo
de solução.

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SISTEMA SCADA

FUNÇÕES DE CONTROLE

 Controle Supervisório:
 Nesta classe de sistemas, os algoritmos de controle são executados pela
unidade terminal remota (RTU), mas os set-points para as malhas de controle
são calculados dinamicamente pelo sistema de supervisão de acordo com o
comportamento global do processo. Esta arquitetura possui maior confiabilidade
que os sistemas DDC e traz a vantagem de atuar sobre um grande número de
malhas de controle simultaneamente enquanto o operador geralmente só
consegue atuar malha a malha com um sistema convencional.
 Geralmente é utilizada uma interface tipo sistema especialista para definição das
regras de controle a nível de supervisão. Este tipo de estratégia é muito utilizado
para controle avançado na área mineral onde é comum o modelamento
matemático da planta.

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ARQUITETURA SISTEMA SCADA

 Sistemas centralizados que monitoram e controlam locais inteiros, ou sistemas


complexos de áreas grandes
 Muitas ações de controle são executadas automaticamente através de unidades
terminais remotas
 Normalmente o Supervisório não executa os funções de controle
 Os dados lidos pelos I/O de campo podem ser armazenados em séries
temporais permitindo cria um banco de dados de gerenciamento do sistema,
registros históricos e tendências.

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ARQUITETURA SISTEMA SCADA

 As IHMs eram inicialmente plataformas proprietárias e por isso limitadas em seu


campo de atuação. Atualmente, baseadas na plataforma PC, podem, além de
desempenhar suas funções básicas descritas anteriormente, gerar relatórios
para CEP (Controle Estatístico de Processos), impressão de relatórios, ou se
comunicar via Ethernet/TCP-IP à rede corporativa.
 A IHM é ligada com o banco de dados do sistema SCADA, promove registros,
diagnóstico de dados e informação de administração como: procedimentos de
manutenção, informação de logística, detalhes de agendamento e guias para
resoluções de problemas.

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“Os sinópticos fornecem uma representação gráfica geral da
planta em substituição aos painéis sinóticos tradicionais. Cada
sinótico representa uma área do processo em um certo nível
de detalhe. Para se obter uma visão mais detalhada de uma
determinada área pode-se recorrer a um novo sinótico, a um
sinótico de hierarquia inferior (sub-sinótico), ou a uma visão de
uma outra camada do mesmo sinótico (sistema "multi layer").

Para alguns tipos de processo, recomenda-se o uso de um


sinótico tipo plano infinito que traz a representação global de
uma sistema distribuído geograficamente, tal como um
oleoduto, o sistema de controle de tráfego de uma cidade, um
sistema de controle de subestações de trens, etc. Esta técnica
é denominada full-graphics.”
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SISTEMAS SCADA

 Um sistema de controle e/ou aquisição de


dados. Geralmente o sistema de controle
de tempo real é constituído de unidade
separada da estação de supervisão. Pode
ser um ou conjunto de Controlador Lógico
Programável (CLP), controlador multloop,
controlador single loop, Unidade Terminal
Remota (RTU), entre outros. Essas
unidades são conectadas aos sensores e
atuadores do processo. Convertem os
sinais dos sensor para dados digitais e
dados digitais de controle para os
atuadores. Em alguns casos a estação de
supervisão desempenha a tarefa de
executar os algoritmos de controle (DDC);

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ARQUITETURA SISTEMAS SCADA

 Arquitetura local de rede CLP com uso do CLP modular ou compacto.

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ARQUITETURA SISTEMAS SCADA

 Arquitetura local de CLP com I/O remotos ou distribuídos (RTU de I/O).

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ARQUITETURA SISTEMAS SCADA

 Arquitetura de rede CLP’s

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SISTEMA SCADA

SOFTWARE

 Pacote supervisório básico: programa de execução da IHM, programa de


 desenvolvimento (construtor de sinóptico) e programa servidor de comunicação
ou driver de comunicação.
 Pacote batch: contém as funções de gerenciamento de processo de batelada.
 Pacote SPC/SPQ: contém as funções estatísticas para Statistical Process
Control, basicamente plotagem automática das cartas de controle e geração de
alarmes quando um determinado processo foge de seu comportamento normal.
 Gerador de relatórios: linguagem de quarta geração para definição de
programas pelo próprio usuário;

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“Em nenhuma das arquiteturas apresentadas o software de
supervisão tem ligação direta com o equipamento de controle.
Todo software de supervisão possui pelo menos uma interface
de comunicação (OPC, DDE, Suitelink, ActiveX, etc). Esta
interface possibilita “falar” com outro software e este por sua
vez possui o protocolo de comunicação com o equipamento
de controle. Este software é chamado de servidor de
comunicação que pode possuir um ou mais drivers de
comunicação para os equipamentos de controle.”

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SISTEMA SCADA

DRIVER COMUNICAÇÃO

 O driver de comunicação funciona como “tradutor” entre o protocolo do


supervisório e equipamento de controle. Este driver de comunicação deve ser
especificado em função das seguintes características básicas:
 Sistema operacional utilizado na estação de supervisão;
 Protocolos disponíveis no programa de supervisão;
 Interface e protocolo de comunicação com o equipamento de controle;
 Fabricante/modelo do equipamento de controle;

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SISTEMA SCADA

OPC (OLE for process control)

 Seu funcionamento é baseado no OLE (Objetc Linking and Embedding) de


componentes orientados a objeto, por meio das tecnologias COM e DCOM da
Microsoft que permitem que aplicações troquem dados que podem ser
acessados por um ou mais computadores que usam uma arquitetura
cliente/servidor, mesmo que essas aplicações trabalhem sobre sistemas que
utilizem protocolos diferentes.

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SISTEMA SCADA

TAGNAME OU VARIÁVEIS EM UM SISTEMA SCADA


 Sistemas SCADA tipicamente implementam banco de dados chamado de banco
de dados de tagname que contém dados dos pontos de I/O e dados de
endereços internos de memória do equipamento de controle. O tagname é um
espaço da memória da estação de supervisão destinado ao armazenamento de
um valor contido em um conjunto chamado de tipo. Em todo o sistema existem
basicamente dois conjuntos de variáveis: simples ou primitivas e alguma
variáveis compostas formadas a partir das primeiras. Os tipos das variáveis
(tagname) primitivas fundamentais são:
 Numérico: real ou inteira;
 Discreta (lógica, bit, discret, bool, booleano);
 Caracter (mensagem ou string).

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SISTEMA SCADA

PLANEJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA IHM

 Antes de adotar um Sistema Supervisório é necessário efetuar um planejamento


para que a escolha do mesmo seja a melhor possível. As etapas que devem
compor o planejamento de um Sistema Supervisório são:
 1.Entendimento do processo a ser automatizado;
 2.Tomada de dados (variáveis);
 3.Planejamento do banco de dados;
 4.Planejamento dos alarmes;
 5.Planejamento da hierarquia de navegação entre telas;
 6.Desenho de telas;
 7.Gráfico de tendências dentro das telas;
 8.Planejamento de um sistema de segurança;
 9.Padrão industrial de desenvolvimento.

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SISTEMA SCADA

ALGUNS SOFTWARES DE SUPERVISÃO EXISTENTES NO MERCADO

 Existem no mercado diversos softwares destinados a criação de IHM. Alguns


exemplos:

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ELIPSE SCADA
SCADA - Supervisory Control and Data Aquisition
 1.Introdução;
 2.Tags
 3.Criação de Telas;
 4.Objetos de Tela;
 5.Scripts;
 6.Históricos;
 7.Relatórios;
 8.Receitas;
 9.Senhas.

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Pacotes do Elipse SCADA

 Elipse Windows é um software para a criação de aplicativos de supervisão e


controle de processos nas mais diversas áreas. Totalmente configurável pelo
usuário, permite monitorar variáveis de processo em tempo real, através de
gráficos e objetos que estão relacionados com as variáveis físicas de campo.
Além disso, o usuário poderá fazer acionamentos e enviar ou receber
informações para os equipamentos de aquisição de dados.
 É possível ainda realizar cálculos através de utilização de linguagem de
programação, criar bases de dados históricas, relatórios, receitas, e inclusive
supervisionar e controlar um processo à distância.
 Quando na ausência de um dispositivo de proteção (hardkey), o software pode
ser executado em modo de demonstração. O Demo é utilizado para a avaliação
do software e possui todos os recursos existentes no Configurador. Trabalha, no
entanto, com um máximo de 20 Tags, permitindo a comunicação com
equipamentos de aquisição de dados por até 10 minutos, desde que se possua
o respectivo driver de comunicação. Não utiliza hardkey e pode ser livremente
reproduzido.

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Pacotes do Elipse SCADA

Elipse View
 O Elipse View é indicado para aplicações simples, como por exemplo uma
interface com o operador para monitoração e acionamentos. Permite a
visualização de variáveis, inclusive com a utilização de animações, programação
de setpoints, controle de acesso e funções especiais para touchscreen. Esse
pacote inclui:
 Comunicação com equipamentos via drivers (DLLs);
 Objetos de Tela;
 Visualização de alarmes ativos;
 Comunicação em bloco;
 Scripts;
 Servidor e cliente DDE;

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Pacotes do Elipse SCADA

Elipse MMI (Man Machine Interface)


 É um software de supervisão completo. Possui banco de dados proprietário,
relatórios formatados, históricos, receitas, alarmes e Controle Estatístico de
Processos, facilmente implementáveis. Pode, ainda, ser um servidor da dados
para outras estações Elipse. Inclui todos os recursos do pacote View, e mais:
 Históricos, receitas e relatórios;
 Controle Estatístico de Processos (Módulo CEP);
 Objetos de tela Browser (históricos) e alarmes históricos;
 Registro de alarmes em disco.
 O Elipse MMI é indicado para sistemas de qualquer porte, onde não sejam
necessárias conexões com bancos de dados externos (ODBC e DAO) ou
aplicações de rede, e quando o usuário precisa enxergar outras estações de
supervisão.

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Pacotes do Elipse SCADA

Elipse Pro
 É um software de supervisão completo. Possui banco de dados proprietário, É a
mais avançada ferramenta do Elipse SCADA. Permite trocar dados em tempo
real com outras estações, transferir ou atualizar bancos de dados, realizar
comandos e programar setpoints através de rede local ou linha discada. Inclui
todos os recursos do pacote MMI, e mais:
 ODBC (Open DataBase Connectivity) e DAO (Data Access Objects);
 Cliente e servidor de rede Elipse (TCP/IP);
 Comunicação com equipamentos via OPC e conexão com SoftPLC de terceiros.
 O Elipse Pro é a solução ideal para a comunicação com sistemas corporativos,
pois suporta ODBC, DAO e diversos protocolos de rede. Além disso, esse
módulo permite a troca de informações com software dedicado a controle
(SoftPLC).

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Pacotes do Elipse SCADA

Elipse SCADA CE
 Este pacote permite executar aplicações Elipse SCADA em dispositivos
baseados no sistema operacional Windows CE, como IHMs, dispositivos sem
disco em geral e outros dispositivos móveis.

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Ezanchet@fag.edu.br

FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ


Departamento de Engenharia
Controle e Automação
Informática Industrial

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