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POSP

Operação de um
Sistema de Potência (parte I)

13-09-23
PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA
ESTRUTURA (Componentes)

GOVERNANÇA (Operador, Planejador, Câmara de Comercialização de EE, Agentes, Investidores,


Comercializadores, Regulador, Governo)

PLANEJAMENTO (atribuições, funções, planos, critérios e procedimentos)

OPERAÇÃO (atribuições, funções, Procedimentos de Rede, centros de controle)

SUPERVISÃO E CONTROLE

PREVISÕES
Carga, geração

SIMULAÇÃO
Fluxo de Potência, Curto Circuito, Estabilidade, Transitórios Eletromagnéticos

ECONOMIA DA OPERAÇÃO E PLANEJAMENTO

MODERNIZAÇÃO DO GRID
Recapitulando ....
Os estudos de planejamento de sistemas de transmissão consistem,
basicamente, em comparações entre duas ou mais alternativas
previamente formuladas, levando em conta:

Natureza técnica - desempenho da alternativa sob o ponto de vista elétrico;


Natureza econômica – avaliação do custo e benefício da alternativa.

A Sequência de estudos é a seguinte:


 Preparação de dados;
 Formulação de alternativas;
 Pré-seleção de alternativas;
 Estudos elétricos;
 Estudos econômicos;
 Avaliação final.
Os estudos elétricos compõem-se de :
 Fluxo de potência;
 Confiabilidade (adequação)
 Estabilidade Eletromecânica;
 Estabilidade de Tensão;
 Transitórios eletromagnéticos
 Estudos de Curto-Circuito
 Estudos de Carga Especiais;

E estudos econômicos:

 Identificação de alternativas;
 Identificação de custos;
 Avaliações de custo-benefício.
E na operação....
ESTRUTURA

CUMPRE SUAS FUNÇÕES,


OPERADOR EXECUTA AS AÇÕES,
EXAMINANDO CONDIÇÕES DO
SISTEMA E AMBIENTAIS

PROCESSO PROCEDIMENTOS DE REDE E


CRITÉRIOS DE DECISÃO. PARA
CADA FUNÇÃO UM PROCESSO
BEM DEFINIDO.

TECNOLOGIA VIABILIZA OS PROCESSOS


Para cumprir suas funções o Operador deve realizar funções em
cada um dos segmentos que compõem o sistema de potência.

 Transmissão
Monitoramento, Operação, Definição de limites, Controle de
Tensão, Congestionamento, Falhas.

 Geração
Monitoramento, Operação, Gestão da reserva, Falhas.

 Intercâmbios
Monitoramento, Operação, Congestionamento.

 Recomposição

 Integração de Novas Instalações


TRANSMISSÃO
DISTRIBUIÇÃO

GERAÇÃO

CARGA
CARGA e GERAÇÃO
Pontos a serem tratados:
 Monitoramento

 Análise de Cenários

 Segurança Estática

 Estabilidade Dinâmica

 Estabilidade de Tensão

 Balanço Carga Geração

 Otimização da Geração

 Centros de Controle e Sistemas de Gestão de Energia


OPERADORES AMERICANOS
OPERADOR BRASILEIRO
OPERADORES DA EUROPA E UK
MONITORAMENTO

Objetivo:
Verificar se a operação ocorre dentro de limites operacionais e físicos aceitáveis.

Monitorando parâmetros como : tensões, fluxos, geração ativa e reativa, carga


total, intercâmbios regionais, frequência e status de chaves e disjuntores.

Verificação dos parâmetros Decisão sobre ações a serem tomadas.


Supervisory Control And Data Acquisition (SCADA)

O Sistema de Controle de Supervisão e Aquisição de Dados se compõe de diferentes


elementos de hardware e software, que permitem ao operador a supervisão e
controle de processos.

A supervisão é realizada através do controle geral de muitos controladores


individuais e de várias malhas de controle, fornecendo ao operador uma visão geral
do processo, e permitindo a integração da operação entre os controladores de baixo
nível.

A aquisição de dados é o processo de amostragem de sinais, em que se medem


grandezas do mundo real na forma de sinais e as converte em valores numéricos
digitais para serem tratados computacionalmente.
Os computadores processam os dados e
permitem que o pessoal responsável
supervisione e direcione o status do
sistema de energia usando os dados
adquiridos.

Na estação mestra cumpre-se a tarefa de


supervisionar a maior parte do sistema
 O SCADA compila automaticamente as
informações em tempo real, reunindo dados
coletados em sensores em um determinado
momento, sendo gerado também backlogs
para posterior avaliação.

 O SCADA entrega informações a um hub


central. Uma rede de comunicação transporta
todos os dados coletados dos sensores. Os
sistemas anteriores tinham rádio ou modem.
Hoje, os dados SCADA são transferidos por
protocolo de internet (IP) e Ethernet.

 O SCADA interage com operadores humanos


por meio de computadores de estação de
trabalho que implantam a interface homem-
máquina (IHM). A estação mestra apresenta Ref: A PVSS Application for Monitoring the Start-up of
uma visão ampla de todo o sistema e alerta o the Super Proton Synchrotron after Major Breakdowns
operador por exibição visual ou som de
alarme.
Componentes do SCADA

Sensores:
Sensores são transdutores que detectam mudanças na quantidade física,
podem ser analógicos ou digitais, permitem medir e coletar dados de vários
locais. Quanto mais complexo um sistema, mais sensores poderão ser
necessários.

Unidades de conversão:
Os sensores são responsáveis pela coleta de dados, mas serão necessários
elementos que recebam e interpretem os dados. As unidades de conversão
são as unidades computadorizadas implantadas em um local específico no
campo, ligadas aos sensores, e que convertem as informações que recebem
em formato digital, enviadas em sequência ao sistema centralizado para
exibição. Os dois tipos mais comuns de unidades de conversão usados em
um sistema SCADA são PLCs e RTUs.
Unidades terminais remotas (RTU)
São dispositivos eletrônicos controlados por
microprocessador, e que tem como objetivo
fazer a interface de um sistema SCADA com um
sensor ou qualquer objeto ao qual a RTU esteja
conectada. De forma geral transmitem
informações por meio de comunicação sem fio,
e por isso são adequados para amplas áreas
geográficas.

Controladores lógicos programáveis (PLCs)


Os controladores lógicos programáveis são
adequados para as situações em que se quer um
controle mais localizado. Este controlador é um
computador digital industrial projetado para
arranjos de saída e múltiplas entradas.
Rede de comunicação:

O sistema SCADA depende fundamentalmente da rede de comunicação, que fornece


um canal para o fluxo de dados entre o controle supervisório, as unidades de
aquisição de dados e qualquer controlador que esteja conectado ao sistema. Esta
rede conecta as unidades de conversão com a estação mestre.

Os dados podem ser transmitidos através de várias plataformas de comunicação,


como ethernet, linha telefônica, comunicação de operadora de linha de energia,
linha de fibra óptica, celular, rádio, satélite, Wi-Fi, micro-ondas ou outro protocolo
sem fio. A maioria das instalações possui barramentos de campo de conectividade de
rede integrados especializados, com ou sem fio, por motivos de segurança.
Unidade principal:
São consoles de computador que atuam como o hub central de processamento
para todo o sistema SCADA. A unidade Master oferece uma interface homem-
máquina ao sistema e regula automaticamente o sistema gerenciado com base na
resposta das entradas criadas pelos sensores.

A unidade mestre é considerada o sistema de computador supervisório porque


serve como unidade de processamento centralizado do sistema SCADA. A
Interface Homem-Máquina (IHM) é uma interface de usuário ou painel que
conecta uma pessoa a uma máquina, sistema ou dispositivo.

É possível ao operador visualizar e interagir com os dados coletados e


processados, realizando tarefas como coletar dados, criar mapas, diagramas,
enviar notificações e fazer relatórios.
Servidor de comunicação remota (RCS):

Após o processamento e análise dos dados coletados no


sistema SCADA, é necessário um local digital e fisicamente
seguro para armazenar esse vasto banco de dados. A
interface homem-computador (HCI) ou HMI geralmente
solicita dados de um servidor responsável pela aquisição de
dados, um componente de hardware que é usado para
conectar serviços de software às unidades de conversão em
campo. O servidor possibilita a aquisição de dados dessas
unidades locais.
O uso dos sistemas SCADA decorre da necessidade de automatizar
processos complexos onde o controle humano não é viável, incluindo-
se aí os sistemas de potência.

Para a implementação do SCADA neste sistema irá ampliar a eficiência


geral através da otimização, supervisão e controle dos sistemas de
geração, transmissão e distribuição.

Há ainda ganhos de confiabilidade e estabilidade.


SCADA para estações geradoras de energia:

 Monitoramento de velocidade e frequência de máquinas elétricas


 Controle de potência ativa e reativa
 Monitoramento de parques de energia renovável
 Processamento de dados históricos de todos os parâmetros relacionados à geração
 Estado dos disjuntores, relés de proteção e outros equipamentos de segurança
SCADA para sistema de transmissão de energia:

Restauração do serviço
Interface/interação do relé de proteção
Gerenciamento de regulação de tensão
Controle do comutador de carga
Gerenciamento de transformador
Modelagem em tempo real
Interface de displays de linha única em tempo real
Logs de operação e manutenção on-line
Diagnóstico automático do sistema usando alarmes de controlador
definidos pelo sistema (gerenciamento de alarmes)
BENEFÍCIOS DO SCADA

 Monitora os processos e otimiza desempenho.

 Minimiza erros através da medição dos dados com precisão.

 Aumenta a confiabilidade e a robustez do sistema .

 Maximiza a produtividade.

 Melhora a qualidade

 Reduz os custos de operação e manutenção.


No Brasil ....
O SAGE é um sistema SCADA/EMS de grande porte e alto desempenho, desenvolvido e
constantemente atualizado pelo Cepel.

É utilizado por dezenas de concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia


elétrica no Brasil, em especial as empresas fundadoras do Cepel (Chesf, Furnas, Eletronorte e
Eletrosul), além do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em todos os seus centros de
controle.

Sua arquitetura modular permite sua adequada customização para que possa ser utilizado seja
como um gateway de comunicação, como um concentrador de dados de um sistema de
distribuição, como um supervisório local ou regional, como um centro de operação de sistema
ou, ainda, como um sistema “multi-site”, composto por vários centros de controle sincronizados e
redundantes.

O SAGE implementa as funções de aquisição, tratamento e distribuição de dados do sistema


elétrico (SCADA), além de prover suporte a múltiplos protocolos de aquisição e distribuição. A
comunicação de dados é desempenhada por módulos, todos eles nativos ao sistema, que
permitem sua ligação com uma variedade de equipamentos de campo (IEDs, UTRs) e com
centros de controle regionais ou de sistema (COR ou COS) através de protocolos padronizados.
Bom dia.

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