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AUTOMAÇÃO E
CONTROLE INDUSTRIAL
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Em uma planta industrial, as medições e aquisições de dados são
realizadas por sensores, conforme já estudado e esses dados são interligados em
unidades de processamento, as quais podem ser os controladores lógicos
programáveis (CLP) ou unidades terminais remotas (RTU), responsáveis pela
compilação das informações, deixando-as preparadas para serem utilizadas em
telas do sistema supervisório.
Os sistemas de supervisão trabalham com uma variável de sistema
denominada tag, a qual está atrelada a uma entrada ou saída física de um
equipamento de controle (Santos, 2014). A tag normalmente traz consigo duas
informações, sendo estas o valor da variável monitorada, como temperatura e o
timestamp que representa o momento de medição da variável. Com essas
informações, é possível criar um banco de dados e realizar estatísticas, como
representado na Figura 1. Analisando-a, é possível observar a medição de
temperatura no eixo vertical e o tempo em que foi realizada a medição no eixo
horizontal.
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em tempo real sobre o processo e é possível realizar intervenções e/ou
ações de controle, as quais podem ocorrer tanto dentro da planta industrial
quanto em lugares geograficamente afastados, dando mais flexibilidade ao
sistema.
• Sistema de controle e/ou aquisição de dados: este sistema é
responsável por adquirir dados do processo, por meio dos sensores, e
controlar os atuadores. Podem ser compostos por CLPs ou outros
dispositivos de controle, aos quais são associados os sensores e os
atuadores. Os dispositivos precisam converter as informações
provenientes dos sensores, interpretá-los, enviar comandos aos atuadores,
ou ainda solicitar ao operador alguma intervenção caso necessário.
• Infraestrutura de comunicação: é responsável por conectar a estação de
supervisão ao sistema de controle e/ou aquisição de dados. Sem esse elo
de conexão que permite a troca de informações entre os sistemas, seria
impossível o fluxo de dados, inviabilizando o uso dos sistemas
supervisórios.
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proprietários, sendo assim a comunicação era possível apenas em equipamentos
de mesmo fabricante. Outro ponto importante desta geração é que eles eram
empregados em aplicações específicas ou então em partes de um processo
maior.
A segunda geração vai de 1990 a 2000 e é chamada de “distribuídos”, além
disso, essa geração conta com uma rede de comunicação LAN. Devido à
possibilidade de conexão em rede, o sistema é dividido em estações distribuídas
que lidam com informações, comandos e processamentos. O fato de as tarefas
serem divididas entre as estações acabava diminuindo os custos da aquisição de
computadores, uma vez que já não era mais necessário um grande computador.
Porém os protocolos de comunicação ainda eram proprietários e não tinham
padrões definidos.
Já na terceira geração que vai de 2000 a 2010 e recebe a denominação de
“rede”, existe a possibilidade de reduzir um sistema supervisório complexo em
componentes simples e interligados por meio de protocolos de comunicação.
Além disso, o sistema pode ser espalhado por mais de uma rede LAN e com
possibilidade de estarem separados geograficamente, colaborando com a
descentralização dos sistemas. Neste cenário, vários sistemas SCADA são
executados simultaneamente.
Por fim, temos a quarta geração, a partir de 2010, chamada de Internet of
Things (internet das coisas), cuja principal característica é a computação em
nuvem, empregada cada vez mais e que vem trazendo benefícios, como: redução
de custos com infraestrutura, manutenção facilitada e melhor integração. O uso
do ambiente computacional em nuvem também possibilita a implementação de
algoritmos de controles mais complexos. Ainda, o uso de protocolos de
comunicação abertos proporciona níveis mais adequados de segurança e
integração de equipamentos de diversos fabricantes.
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TEMA 3 – ARQUITETURAS DE UM SISTEMA SCADA
Para ser considerada uma arquitetura real, ela deve satisfazer alguns
requisitos de desempenho, como para redes de sensores e comandos:
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Figura 2 – Representação da arquitetura SCADA com CLP
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3.2 SCADA com barramento Fieldbus
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Os elementos de hardware e software são essenciais para o funcionamento
de uma planta industrial. Esses equipamentos precisam ser compatíveis entre si,
tanto no quesito hardware quanto em software, ou a planta ficará desfalcada.
Algumas propriedades do sistema de hardware são:
• microcomputador industrial;
• monitor para visualização do sistema;
• drivers de comunicação com controladores;
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Estas tecnologias permitiam que os equipamentos conversassem entre si
utilizando a mesma rede de comunicação.
As tecnologias desenvolvidas pela Microsoft foram aceitas de tal forma, que
uma organização foi criada para tratar desse tema, a OPC Foundation, de onde
se originou o padrão OPC, do inglês Object Linking and Embeding for Process
Control.
O padrão OPC possui uma interface de programação de aplicativos (API),
que permite que vários dispositivos de diferentes marcas se comuniquem entre si,
trazendo diversas vantagens, uma delas sendo a possibilidade de realizar um
código de programação para um dispositivo que pode ser compartilhado entre
outros dispositivos, uma vez que possuem a mesma comunicação com os
controladores.
5.1 Padronização
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Para uma correta padronização de um sistema de supervisão, todos o
sistema de sensores, atuadores, controladores e mesmo o SCADA precisa ser
alinhado. Para que a padronização seja feita de forma eficaz, a maioria dos
fabricantes já segue regras e normas internacionais, por exemplo, a norma IEC
61131-3, já citada nas aulas anteriores, que descreve como deve ser a
programação de um controlador lógico programável (Moraes, 2010).
Outra padronização importante que já citamos aqui vem da OPC
Foundation, responsável por ditar como é feita a comunicação entre dispositivos
controladores e o sistema supervisório.
Todavia, a padronização de produtos e soluções não é a única que tem
valor dentro de um projeto de sistema supervisório. Também é preciso avaliar a
forma como a padronização de execução de processos dos operadores e da
própria indústria, para que ocorra um bom andamento da planta, pois a cultura
organizacional influencia diretamente na forma com que as padronizações
ocorrem.
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Para um projeto de sistema supervisório, é importante que haja o chamado
Dicionário de tagnames, um arquivo que contém o descritivo de todas as variáveis
do sistema através de nomes. Essas tags são acessadas durante o período de
runtime do sistema supervisório e faz a integração com a parte gráfica do sistema.
O armazenamento das variáveis dentro de um controlador também
necessita seguir um padrão, mesmo não existindo uma regra para isso. Como
convenção, as variáveis digitais e analógicas semelhantes são agrupadas, para
facilitar o acesso e a programação (Santos, 2014).
É importante entender que o sistema supervisório coleta informações dos
controladores de campo de forma ordenada e organizada. Assim, é importante
que dentro da memória do CLP as informações também sigam padrões.
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REFERÊNCIAS
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