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➢ Caracteres quantitativos → influenciadas por muitos genes e portanto, não pode ser
estudado da mesma maneira que as variáveis qualitativas → genética quantitativa.
PRINCÍPIOS DA GENÉTICA QUANTITATIVA Genética quantitativa
NORMAIS PATOLÓGICAS
Cor do cabelo Retardo Mental
Cor da pele Diabetes
Altura Esquizofrenia
Peso Hipertensão Arterial
Pressão Sanguínea Autismo
Inteligência Alcoolismo
Genética quantitativa
➢ Poligênicas: influenciadas por muitos genes, e portanto vários genótipos são possíveis,
cada um produzindo um fenótipo discretamente diferente;
Nilsson-Ehle → estudou a cor do grão do trigo e propôs que existiam dois alelos em
cada locus: um que produzia o pigmento vermelho e outro que não produzia pigmento
A-A-B-B- A+ A+ B + B +
A+ A- B + B -
Foi observado que cinco fenótipos são possíveis quando os alelos em dois
loci influenciam o fenótipo e os efeitos dos genes são aditivos
PRINCÍPIOS DA GENÉTICA QUANTITATIVA Como determinar o número de fenótipos possíveis
Nilsson-Ehle → estudou a cor do grão do trigo e propôs que existiam dois alelos em
cada locus: um que produzia o pigmento vermelho e outro que não produzia pigmento
A-A-B-B- A+ A+ B + B +
A+ A- B + B -
Foi observado que cinco fenótipos são possíveis quando os alelos em dois
loci influenciam o fenótipo e os efeitos dos genes são aditivos
PRINCÍPIOS DA GENÉTICA QUANTITATIVA Como determinar o número de genes para uma característica poligênica
➢ Vimos que quando dois homozigotos para diferentes alelos em um único locus
são cruzados (A1 A1 × A2 A2) e os F1 resultantes são intercruzados (A1 A2 × A1
A2), um quarto de F2 deve ser homozigoto como cada um dos genitores
originais.
1 𝑛
➢ ( ) será a proporção de indivíduos nos descendentes F2 que devem lembrar
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cada um dos genitores homozigotos originais, enquanto n é igual ao n de loci
com um par segregante de alelos que afetam a característica.
PRINCÍPIOS DA GENÉTICA QUANTITATIVA Como determinar o número de genes para uma característica poligênica
➢ Exemplo:
➢ Considere o cruzamento de duas variedades homozigotas de ervilhas com
diferença de 16 cm na altura;
➢ Intercruzamos F1 e descobrimos que aproximadamente 1/256 de F2 são
semelhantes a uma das variedades genitoras homozigotas originais.
➢ Este desfecho sugeriria que quatro loci com pares de alelos segregantes
são responsáveis pela diferença de altura entre as duas variedades :
1 1 4
=( )
256 4
➢ Como as duas cepas homozigotas apresentam uma diferença de 16 cm na
altura e existem quatro loci e cada qual tem dois alelos (oito alelos no
16𝑐𝑚
total), cada um dos alelos contribui com = 2 cm na altura.
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PRINCÍPIOS DA GENÉTICA QUANTITATIVA Genética quantitativa
➢ Pré-requisitos:
➢ Cepas homozigotas → pode ser difícil de se obter em alguns organismos.
➢ Considera que todos os genes que influenciam a característica têm efeitos
iguais;
➢ Considera que seus efeitos são aditivos;
➢ Considera que os loci não estão ligados.
➢ Para as características poligênicas, estas considerações não são válidas, e
então este método de determinar o número de genes que afetam uma
característica tem aplicação limitada.
“Uma vez que as características quantitativas são
descritas como uma medida e são influenciadas por
múltiplos fatores, sua herança tem de ser analisada
sob a ótica da estatística.”
Ler a partir do item 24.2, página 1005 de Pierce, 2016
Como aplicar a estatística no estudo de uma característica poligênica
A altura da flor de F1 e F2 é consistente com a
PRINCÍPIOS DA GENÉTICA QUANTITATIVA
𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸
sobre o fenótipo:
A1A1 = 2 + 2 = 4 g
➢Exemplo → imagine uma planta onde o alelo A1
A1A2 = 2 + 4 = 6 g
contribua com 2g em peso e o alelo A2 com 4g.
A2A2 = 4 + 4 = 8 g
Tt = TT
𝑉𝐺 = 𝑉𝐴 + 𝑉𝐷 + 𝑉𝐼
Variância fenotípica final
𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸 + 𝑉𝐺𝐸
𝑉𝑃 = (𝑉𝐴 +𝑉𝐷 + 𝑉𝐼 ) + 𝑉𝐸 + 𝑉𝐺𝐸
𝑉𝐺 = 𝑉𝐴 + 𝑉𝐷 + 𝑉𝐼
➢ Esta equação descreve as potenciais causas de diferenças que
observamos entre os fenótipos.
➢ Resumindo:
➢Onde:
➢𝑉𝑃 → Variação fenotípica
➢ População parental A e B
➢ F1 → cruzamento da parental.
𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸
Variância fenotípica
𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸 50 = 𝑉𝐺 + 10
𝑉𝑃 = 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑒𝑛𝑜𝑡í𝑝𝑖𝑐𝑎 𝑉𝐺 = 50 − 10
𝑉𝐺 = Variância genotípica
𝑉𝐸 = 𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑉𝐺 = 40𝑘𝑔
50 = 40 + 10
Exercício → Variância fenotípica
𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸 → 18 = 𝑉𝐺 + 15 → 𝑉𝐺 = 18 − 15 → 𝑽𝑮 = 𝟑𝒌𝒈
➢ Exercício 𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸
HIPÓTESE DOS FATORES MÚLTIPLOS
➢ Exercício 𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸
HIPÓTESE DOS FATORES MÚLTIPLOS
43 = 𝑉𝐺 + 7
𝑉𝐺 = 43 − 7
𝑉𝐺 = 36
𝐹2 → 43 = 36 + 7
Herdabilidade
diferenças genéticas.
➢ Produtor percebe que algumas vacas
leiteiras produzem mais leite → $$$
2
𝑉𝐺
𝐻 =
𝑉𝑃
2
𝑉𝐴
ℎ =
𝑉𝑃
Tipos de herdabilidade
➢ No exemplo do trigo...
𝑉𝐺 11,98
𝐻2 = = = 0,84
𝑉𝑃 14,26
➢ 84% da variabilidade observada no tempo de maturação do trigo se deve a
diferenças genéticas entre os indivíduos.
Exercício → Herdabilidade
𝑉𝑃 = 200𝑔 𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸
𝑉𝐺 = ?
200 = 𝑉𝐺 + 40
𝑉𝐸 = 40𝑔
𝑉𝐺 = 160
2
𝑉𝐺 160
𝐻 = → → 0,8 𝑜𝑢 80%
𝑉𝑃 200
Exercício → Herdabilidade
P1 50 61 10
3
10 + 35 + 14 59 P2 45 94 14
= = 19,6 F1 42 78 35
3 3
F2 190 82 67
𝑉𝐺(𝐹2) = 𝑉𝑃(𝐹2) − 𝑉𝐸 𝐹2
67 − 19,6 = 47,4
2
𝑉𝐺 47,4 São causadas por
𝐻 = = = 𝟎, 𝟕𝟎 𝒐𝒖 𝟕𝟎% diferenças no genótipo
𝑉𝑃 67
Calculando a herdabilidade
𝑉𝑃 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝐸 + 𝑉𝐺𝐸
➢ Se eliminarmos a variância ambiental (VE = 0), então VGE = 0, e portanto, 𝑉𝑃 = 𝑉𝐺
➢ Quase impossível!
Calculando a herdabilidade
➢ Poderíamos clonar ind. e medir sua VP para estimar VE. E depois criar um
grupo de indivíduos geneticamente variáveis, calcular sua variância fenotípica
(VP) e obter a variação genética através da subtração:
2. Cruzou porquinhos por várias gerações para definir uma geração parental;
HERDABILIDADE
2 𝑉𝐺 233
𝐻 = = = 𝟎, 𝟒𝟏 ou 41%
𝑉𝑃 573 São causadas por
diferenças no genótipo
HERDABILIDADE Exemplos de h2
Predição de fenótipos
➢ Exemplo → QI
➢ Se o QI não tem influência genética, o QI dos pais não tem valor preditivo;
➢ Exemplo → QI
➢ TO : QI da criança, TM é o QI de Michael e TA é o QI de Ana.
GENÉTICA QUANTITATIVA
2 𝑇𝑀 +𝑇𝐴
𝑇𝑂 = µ + ℎ [ ]
2−µ
Predição de fenótipos
➢ Exemplo → QI
➢ Substituindo [(TM + TA)/2] por TP,
GENÉTICA QUANTITATIVA
𝑇𝑂 = µ + ℎ2 ∗ [𝑇𝑃− µ]
➢ Exemplo → QI
➢ h2 traduz a diferença entre o valor
GENÉTICA QUANTITATIVA
➢ Exemplo → QI
➢ A herdabilidade restrita (h2) nos diz o quanto a prole se parecerá com a
GENÉTICA QUANTITATIVA
Onde:
➢ 𝑿𝒎 = Média da população melhorada;
𝑿𝒎 = 𝑿𝟎 + 𝐺𝑆 ➢ 𝑿𝟎 = Média da população original;
➢ GS = Ganho de seleção
Estimação do ganho por seleção
𝐺𝑆 = 𝐷𝑆 ∗ ℎ2
AABB aabb
(F2) AABB, AABb, AaBB, AaBb, aaBB, AAbb, Aabb, aaBb, aabb
GENÉTICA QUANTITATIVA
No de alelos dominantes 4 3 2 1 0
AaBb
AABb Aabb
Genótipo AABB aaBB aabb
AaBB aaBb
AAbb
Proporção fenotípica e a pirâmide de Pascal
N0 de alelos
0 1
1 1 1
2 1 2 1
3 1 3 3 1
4 1 4 6 4 1
5 1 5 10 10 5 1
6 1 6 15 20 15 6 1
Exercício
b) Quantos centímetros cada gene aditivo adiciona ao fenótipo mínimo? Qual a altura
dos descendentes da geração F1?
Fenótipos → 7 200cm
275cm
300cm AABBCC
Exercício
300cm, obteve-se uma geração F1 que, autofecundada, originou sete fenótipos. Com
base nisso, responda:
300cm AABBCC
Exercício
300cm, obteve-se uma geração F1 que, autofecundada, originou sete fenótipos. Com
base nisso, responda:
1 1 1 2 6 175cm
GENÉTICA QUANTITATIVA
2 1 2 1 3 15 200cm
225cm AaBbCc
3 1 3 3 1 4 20
4 1 4 6 4 1 5 15 250cm
5 1 5 10 10 5 1 6 6 275cm
7 1 300cm AABBCC
6 1 6 15 20 15 6 1
64
15 64 15 15
∗ 384 → ∗ 6 → 90
𝑥 384 64 1
Exercício
300cm, obteve-se uma geração F1 que, autofecundada, originou sete fenótipos. Com
base nisso, responda:
𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 (𝐹ഥ1 − 𝑃)
ത 𝒉
𝒉 = 𝑭𝟏 − 𝒉% = ∗ 100 𝑭𝟐 = 𝑭𝟏 −
𝟐 𝑃ത 𝟐
➢ 𝒉 = heterose
➢ 𝑭𝟏 = Média da geração 1
➢ 𝑷𝟏 = Média do parental 1
➢ 𝑷𝟐 = Média do parental 2
Exercício → Heterose
𝑷𝟏 + 𝑷𝟐 𝒉
𝒉 = 𝑭𝟏 − 𝑭𝟐 = 𝑭𝟏 −
𝟐 𝟐
𝟏𝟎
𝟒𝟖𝟎 + 𝟒𝟒𝟎 𝑭𝟐 = 𝟒𝟕𝟎 −
𝒉 = 𝟒𝟕𝟎 − 𝟐
𝟐
𝑭𝟐 = 𝟒𝟕𝟎 − 𝟓
𝒉 = 𝟒𝟕𝟎 − 𝟒𝟔𝟎
𝒉 = 𝟏𝟎𝐤𝐠 𝑭𝟐 = 𝟒𝟔𝟓
Exercício avaliativo
c) Qual a média predita para o primeiro ciclo do cultivo dos indivíduos F2, com
média 90kg?