TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
Dra. Rosangela Arnt, CRM-PR 8502
Médica
Atualmente, existe uma verdadeira guerra entre
a chamada medicina convencional aliada à indústria
farmacêutica, contra o crescimento das práticas inte-
grativas em geral, e em especial, o uso de técnicas e
produtos que atuam na energia do ser humano, como
Reiki, a homeopatia, os florais e os óleos essenciais,
entre muitos. Com as facilidades de acesso às informa-
ções, as pessoas estão procurando formas de terapias
complementares e integrativas que sejam naturais,
sem efeitos colaterais, e que permitam que o próprio
paciente opine e faça suas escolhas. As doenças crôni-
co-degenerativas, as autoimunes, as emocionais, e al-
terações inespecíficas de saúde, são as situações mais
suscetíveis de serem abordadas com essas propostas
diferenciadas.
Um dos problemas é a dificuldade que os profis-
sionais da área da saúde e mesmo os pesquisadores
estão apresentando em entender a fundamentação
científica dessas terapias. Ainda existe muita falta de
vontade em estudar e informar-se sobre a comprova-
ção clínica de algumas dessas terapias. Outra situação
comum é a obstinação em não sair de suas zonas de
conforto.
A principal questão que está em discussão agora
é se essas práticas ou terapias baseadas nas teorias
quânticas são ciência ou pseudociência. Aparecem di-
versos artigos em revistas e jornais levantando essa
dúvida, porém nesses não existe nenhuma referência
bibliográfica ou estudo realmente sério e científico
que confirme as opiniões dadas por esses autores, que
se dizem cientistas. Muitos até apresentam currículos
acadêmicos invejáveis, mas não têm estudos na área
das teorias quânticas, sobre a qual eles opinam de for-
ma contundente. Na verdade, eles se comportam exa-
tamente como eles criticam, ou seja, não apresentam
evidências científicas que confirmem ou comprovem
que não podem ser usadas as teorias quânticas para
fundamentar as terapias integrativas energéticas.
De acordo com Albert Einstein, um dos maiores
cientistas de todos os tempos, “A ciência só pode de-
terminar o que é, não o que ‘deve ser’, e fora de seu
domínio permanece a necessidade de juízos de valor
de todos os tipos”.
Afinal, o que é ciência? A palavra ciência vem do
latim “scientia”, que quer dizer “conhecimento”. No
dicionário da língua portuguesa, é um conjunto sis-
tematizado de conhecimentos obtidos mediante ob-
servação e pesquisa metódica e racional, a partir dos
quais é possível deduzir fórmulas gerais passíveis de
aplicação universal e de verificação experimental.
Por definição: o método científico refere-se a um
conjunto de regras básicas dos procedimentos que
produzem o conhecimento científico, quer um novo
conhecimento, quer uma revisão ou evolução, ou uma
extensão na área de incidência de conhecimentos já
existentes. A maioria das disciplinas científicas consis-
te em juntar evidências empíricas verificáveis base-
adas na observação sistemática e controlada, com a
aplicação do método científico. O uso da lógica serve
para analisar as experiências ou pesquisas de campo.
Para muitos autores, o método científico nada mais é
do que a lógica aplicada à ciência.
E o que é Pseudociência? Talvez a melhor definição
que se encontra na internet seja: conjunto de teorias,
métodos e afirmações com aparência científica, mas
que partem de premissas falsas e/ou que não usam
métodos rigorosos de pesquisa.
Se compararmos os artigos que alegam que as te-
rapias integrativas quânticas não são científicas, com
a definição de pseudociência, esses autores estão apli-
cando pseudociência nos seus artigos! Pois, não apre-
sentam nenhum método de pesquisa rigoroso para
confirmar suas opiniões.
Mas, será que as teorias quânticas podem ser usa-
das como fundamentação científica para as terapias
integrativas energéticas? Vamos rever algumas dessas
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teorias e mostrar as possibilidades. fenda dá a certeza de que toda a matéria do universo,

Para darmos essa fundamentação científica, come- na verdade, é formada de energia, pois tem função
ça-se com a premissa de que “tudo é energia, e isso é de onda. Essas experiências feitas em laboratórios de
tudo o que há”, como dizia Albert Einstein. Ou como física em diversos países, com reprodutibilidade de re-
Nicola Tesla, cuja frase mais repetida até hoje é: “Se sultados, garantem a comprovação científica de que
você quiser descobrir os segredos do universo, pense tudo é energia, que pode ser utilizada como funda-
em termos de energia, frequência e vibração”. Usan- mentos para explicar as terapias que se baseiam nela.
do a lógica exigida pela ciência, se tudo é energia, os Se tudo é energia, e o ser humano também é, nada
seres humanos também são (vide comprovação #1). mais lógico do que iniciar qualquer tentativa de bene-
Ainda, a parte do universo que se apresenta como ficiar alguém que precisa promover sua saúde, através
matéria é feita de átomos, e o corpo humano tam- do uso da emissão da energia, quer sejam biofótons
bém é. Essa verdade é indiscutível, pois a ciência re- emitidos com atenção e intenção pelo terapeuta/pro-
ducionista que ainda impera, dividiu o ser humano fissional da área da saúde, quer através de produtos
em pedaços cada vez menores, para que carreiam a energia para a pes-
estudá-los melhor. Portanto, o áto- soa necessitada de harmonização
mo começa tudo que se transforma A física quântica entra energética (Merli et al., 1976).
em matéria. De acordo com a teoria Comprovação #2 - A Wilkin-
do início do universo (Big Bang), a exatamente aqui, expli- son Microwave Anisotropy Probe
energia que iniciou o mesmo está em cando a natureza dos (WMAP) é uma sonda da NASA,
expansão, e ao longo de 13,7 bilhões
de anos (vide comprovação #2), essa
átomos, ou seja, expli- lançada em 2001, cuja missão era
estudar o espaço profundo, usando
energia foi se organizando em luz cando que se tudo é radiômetros diferenciais de micro-
(energia eletromagnética), subpartí- energia, os átomos são -ondas que medem as diferenças
culas, partículas, átomos, moléculas de temperatura entre dois pontos
e tudo mais. Assim, podemos enten- energia, que colapsa do céu, a cerca de 1,5 milhões de
der que a energia criadora de tudo, em forma de matéria. quilômetros da Terra. Essa tecno-
que estava lá no Big Bang, e expandiu logia observou a radiação cósmica
criando tudo o que há, está no átomo, de fundo em micro-ondas, que é
que nada mais é que energia condensada, ou como os um remanescente do Big Bang. O objetivo da missão
físicos dizem, colapsada em matéria. A física quânti- WMAP era testar as teorias sobre a origem e evolução
ca entra exatamente aqui, explicando a natureza dos do universo. De acordo com os modelos atuais do uni-
átomos, ou seja, explicando que se tudo é energia, os verso, os dados do WMAP mostraram que: A idade do
átomos são energia, que colapsa em forma de matéria. universo é de 13,7 ± 0,2 bilhões de anos; o universo é
Mas, existe uma comprovação científica do que eu composto por cerca de 4% de matéria ordinária, 23%
afirmo acima? Com certeza! de matéria escura e de cerca de 73% de energia escu-
Comprovação #1 – Tudo é energia, e podemos ra. Os dados de três anos do WMAP foram publicados
comprovar, começando com a famosa experiência ao meio-dia de 17 de março de 2006. A missão durou
da dupla fenda, que foi realizada primeiramente em até 2010 (Villela Neto, 2009).
1801, por um físico chamado Thomas Young. Este Outra forma de fundamentar o uso das terapias
comprovou que a luz é uma onda eletromagnética, fa- integrativas quânticas é mostrar que o observador, ou
zendo um feixe de luz passar por duas fendas e, com seja, a própria pessoa, é o responsável pela sua reali-
a difração que acontece, as ondas formam um padrão dade. Pode-se utilizar desse argumento para ajudar o
de interferência no anteparo colocado atrás. Muito indivíduo a fazer as escolhas da realidade que ele quer
tempo depois, em 1961, Claus Jönsson, consegue a e sair de uma situação de doença para uma de saúde,
realização dessa experiência com elétrons, mostrando por opção dele. A meditação, mindfullness, repeti-
que os elétrons se comportam como ondas, ao serem ção de comandos positivos, hipnose consciente, e
emitidos por um canhão, e passarem por duas fendas. muitas outras técnicas estão nessa categoria. As
Ao longo do tempo, os elétrons fazem a mesma difra- chamadas curas espontâneas da medicina conven-
ção, como ondas, criando um padrão de interferência cional são definidas por essa escolha da pessoa
no anteparo, e a dualidade onda-partícula se confir- (Vide comprovação #3).
ma. Mas, como a ciência exige a reprodutibilidade, Comprovação #3 – Em 1978 Jonh Wheeler publi-
em 1974, os físicos italianos Pier Giorgio Merli, Gian cou o livro “Fundamentos matemáticos da física quân-
Franco Missiroli e Giulio Pozzi repetiram a experiência tica” e chocou a todos com a experiência da “opção
usando elétrons, um de cada vez, demonstrando que retardada”, que comprova que somente o observador
cada elétron interferia com ele mesmo como previsto é que cria o mundo lá fora; pois um fenômeno só será
na teoria quântica. Portanto, a experiência da dupla um fenômeno, se for um fenômeno observado, sem

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observação tudo está em um estado potencial. Por-
tanto, o passado também não existe, pois só acontece
realmente quando está sendo reportado no presente
(Wheeler, 1978).
Mais recentemente, em 2015, na Universidade da
Austrália, o Professor Andrew Truscott com seu aluno
Ph.D. Roman Khakimov (Figura 1) repetiram uma ex-
periência tipo dupla fenda, mas de forma semelhan-
te ao realizado por Jonh Wheeler na sua experiência
“opção retardada”. Desta vez eles usaram um átomo
inteiro de hélio. O incrível é que essa experiência
comprova que o átomo se comporta como energia,
ou seja, onda, quando não é observado, e, mais di-
fícil de acreditar ainda, esse experimento prova que
a realidade não existe até ser medida/observada. E
nesse experimento foi utilizado um átomo inteiro, o
que passa a demostrar que a física quântica também
pode ser aplicada a corpos maiores do que as partícu-
las de dentro do átomo. Isso é para chamar a atenção
para os céticos que dizem que a física quântica somen-
te serve para explicar o microcosmo, de coisas muito
pequenas, como as partículas de dentro átomo, que
são escalas muito menores. Com esse resultado, os
pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália
revelaram que a física quântica controla também o
macrocosmo, complementando a física clássica (Aus-
tralian National University, 2015).
Fig. 1. Professor Andrew Truscott (L) com o seu aluno Ph.D. Roman
Khakimov na Australian National University.
A natureza no nível quântico não é uma máquina
que segue, inexorável, seu caminho. Em vez disso, a
resposta que obtemos depende da pergunta que faze-
mos, do experimento que montamos, do instrumen-
to de registro que escolhemos. Estamos inescapavel-
mente envolvidos em fazer com que aconteça aquilo
que parece estar acontecendo (Wheeler apud Goswa-
mi, 2015, p. 83).
Quando se vê tantas evidências científicas publica-
das e muitas mais, que salientam a natureza quântica
do ser humano, sua formação energética mais profun-
da, estudada já dentro da matéria médica da biofísica
TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
quântica, é impossível acreditar que as terapias inte-
grativas são baseadas em pseudociência! Realmente,
apenas aqueles cientistas que, por serem obtusos,
sem a mente aberta para todas as possibilidades,
acreditam nessa alegação simplista, que não busca o
fundamento científico.
Falando em biofísica quântica, vamos lembrar que
a visão, a audição, o tato e o paladar são os sentidos
humanos totalmente modulados e coordenados pela
física quântica. Assim como o cérebro humano, que
funciona por ressonância, e tem os microtúbulos com
as proteínas qubits, fazendo superposição, da mesma
forma que o computador quântico. Na biofísica, a físi-
ca explica a biologia.
Dentro da explicação de como as células humanas
funcionam, encontra-se o trabalho científico publi-
cado em 1989, feito por Tian Y. Tsong, professor da
Universidade de Minesota, cujo nome é: “Acoplamen-
to Eletroconformacional de Ressonância: Um Meca-
nismo Proposto para Transduções de Energia e Sinal
por Proteínas de Membrana”. Nesse experimento, ele
consegue evidenciar a capacidade dos receptores de
menbrana, com suas nanoantenas tipo diapasões, le-
rem campos de energia e atrairem ou repelirem infor-
mação e/ou frequências de som e luz. Essas antenas
reconhecem as vibrações do que está passando no
capilar e usam o princípio da ressonância para acoplar
nos receptores, o que a célula esteja necessitando na-
quele momento. A célula é totalmente quântica. Mais
uma evidência científica (Tsong et al., 1989). A terapia
integrativa repassa informação benéfica para as mem-
branas celulares através de vibração e frequência.
Têm-se muitas evidências científicas também para
explicar os benefícios na saúde e na qualidade de
vida, com o uso de produtos que carreiam energia,
como homeopatia, óleos essenciais e as essências
vibracionais florais, incluindo as que são elaboradas
com a tecnologia Quantum Health, essas do Sistema
Floral de Ação Quântica. Entretanto, o mais impor-
tante é a quantidade de casos de sucesso que chega
até mim frequentemente. E mais ainda, os pôsteres
apresentados no Congresso, anualmente, de casos de
sucesso, com comprovação clínica, laboratorial, por
fotos acompanhando a evolução e assim por diante.
Portanto, se tem a comprovação clínica, é porque a
terapia instituída tem resultado benéfico!
Na minha experiência como médica há mais de 35
anos, o uso das essências vibracionais do Sistema de
Ação Quântica, é a principal causa do aumento de reso-
lutividade de qualquer abordagem terapêutica, mesmo
a convencional, alopática e altamente tecnológica.
E, se ainda depois disso tudo ser exposto aqui, pre-
cisamos dar a prova de que o uso dos produtos florais
e/ou homeopáticos funcionam, com explicação cien-
tífica e dentro do que existe de mais moderno, pode-
-se citar o artigo publicado por Marzotto et al. (2014).
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Onde estatisticamente está comprovada a ação epi-
genética das altas diluições homeopáticas, provando
que a energia do produto homeopático desencadeia
regulação dos genes.
Para contribuir ainda mais com essas comprova-
ções científicas, em 2018, na revista científica muito
respeitada Nature Scientific Reports, foi publicado um
artigo que comprova o efeito de medicamento home-
opático na inibição da dor e inflamação. Foram usadas
as ultra-altas diluições (UHD) do remédio homeopá-
tico Toxicodendron pubensces ou Rhus tox, como é
mais conhecido, na dor neuropática em ratos. O estu-
do apresentou as seguintes conclusões: o tratamento
crônico com Rhus tox ultra diluído – especialmente
nas ultradiluições 1×1012 e 1 × 10−15 [= CH12 e CH15,
respectivamente] – por 14 dias foi capaz de melhorar
a dor neuropática e inibir alodinia [= sensação de dor]
provocada por frio, calor e trauma mecânico, bem
como melhorar a velocidade de condução do nervo
motor (MNCV) no nervo constrito. Notavelmente, o
tratamento com Rhus tox causou significativa redu-
ção dos níveis do fator de necrose tumoral (TNF-α) e
interleucina-1β (IL-1β) em comparação com o grupo
controle. A comprovação científica está muito bem
colocada nesse artigo, pois foram feitas lâminas com
cultura de células, e essas entraram em contato com
as UHD do Rhus tox, cada cultura com uma diluição.
Foi, então, que usando de alta tecnologia, os pesqui-
sadores identificaram os genes que estavam sendo re-
gulados, pelo produto (Magar et al., 2018).
Finalmente, já existem publicações favoráveis ao
uso dos florais? Um estudo piloto com crianças que
apresentavam Déficit de atenção com desordem hi-
perativa (ADHD), feito no Penn State Hershey Medical
Center, Monroeville, PA, revelou que o uso de essên-
cias florais foi eficaz em reduzir a desatenção e a hipe-
ratividade quando medido pelo CAP – Child Attention
Profile (p=.02). Também mostrou um resultado o do-
bro favorável na função global em relação ao grupo
controle, como medido pela CIS – Columbia Impair-
ment Scale (Satwant Kaur Mehta, 2002).
Os mais de cem (100) casos de sucesso publicados
nos Anais do Congresso de Saúde e Terapia Quântica
- CSTQ (ISSN 2446-7472), desde 2015 até 2018, con-
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ferem credibilidade de resultado para as essências
vibracionais com tecnologia Quantum Health. As re-
ferências bibliográficas e a seriedade com que esses
pôsteres são feitos, também permitem dizer que são
baseados em ciência.
Após essas colocações, fica para o leitor a respon-
sabilidade de criar a própria realidade, conforme as
teorias quânticas, definindo se os fundamentos das
terapias integrativas são aceitáveis como forma de ci-
ência. A minha realidade eu já criei!
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