Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMISSÃO EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS:
Meus queridos animais: O sonho de ser veterinária iniciou pelo amor que
senti por uma cachorrinha chamada “Lili”. Ela me ensinou o que é amar sem
querer nada em troca. Hoje, continuo meu crescimento intelectual graças a Pepita,
Bombom, Julieta, Chica, Nina, Perrito, Félix e Safira.
Obrigada aos anjos de luz que me acompanham em toda parte e me guiam
para o melhor caminho. Ao Dr. Rogério e à Profa. Dra. Aguemi.
Por fim, quero agradecer aos meus clientes pelas palavras de incentivo e
por todos que ajudaram, direta ou indiretamente, nesse momento tão importante
na minha vida.
vi
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 1 - Principais compostos químicos encontrados na própolis. .... 7
Pág.
Quadro 1 - Ação da própolis sobre microrganismos diversos. ............... 9
LISTA DE FIGURAS
Pág.
SUMÁRIO
Pág.
RESUMO ......................................................................................................... 1
ABSTRACT ..................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3
2. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 4
2.1 - Própolis ................................................................................................. 4
2.1.1 - A história do uso da própolis ....................................................... 5
2.1.2 - Produção e consumo ................................................................... 6
2.1.3 - Composição ................................................................................. 6
2.1.4 - A própolis na nutrição humana ..................................................... 7
2.1.5 - Propriedades terapêuticas ........................................................... 8
A - Ação antimicrobiana ...................................................................................... 8
B - Ação anticancerígena .................................................................................... 8
C - Ação antioxidante .......................................................................................... 8
D - Ação cicatrizante e reparadora ...................................................................... 10
E - Ação anestésica e analgésica ........................................................................ 10
F - Ação imunestimulante .................................................................................... 10
G - Ação cardiovascular ...................................................................................... 10
H - Ação no tratamento dentário ......................................................................... 11
I - Ação no sistema respiratório ........................................................................... 11
J - Efeito repelente .............................................................................................. 11
H - Contra-indicações .......................................................................................... 11
2.1.6 - A própolis como antimicrobiano ................................................... 12
2.2 - Otite externa .......................................................................................... 13
2.3 - Malassezia spp e malasseziose ............................................................ 14
3. OBJETIVOS .................................................................................................. 18
3.1 - Principal ................................................................................................. 18
3.2 - Secundário ............................................................................................ 18
4. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 18
4.1 - Obtenção das culturas fúngicas ............................................................ 18
4.2 - Processamento inicial em laboratório ................................................... 18
ix
Pág.
RESUMO
ABSTRACT
The external otitis has always been a problem for dogs, especially in the
presence of malasseziasis. The yeast of the genus Malassezia is a potential
opportunistic pathogen in the optical microenvironment and may aggravate the
external otitis when conditions so permit. The control of the population of these
fungi is usually done with reasonable cost of drugs, has a relatively long time and
may bring side effects to the patient. This is where natural medicine is relevant.
The propolis, a product comes from the processing of pollen by the bee Apis
melifera, has remarkable effects on different organisms, including yeast fungi. As a
substance composed of diverse and complex antimicrobial fractions, it is possible
that its action also extends to Malassezia spp. The aim of this study was to assess
the effectiveness of alcohol and aqueous solutions of propolis on Malassezia spp
isolated from the aural environment of dogs. Forty samples of Malassezia spp
were evaluated facing the test of agar dilution, whilst the diameter of halos of
inhibition and correlating them with an inhibitory effect on growth. It was concluded
that propolis extracts have inhibitory effect of the in vitro growth of Malassezia spp
from the canine ear conduct, with minimal action by the aqueous extract and more
accentuated action by alcohol extract. It is possible to infer also that the ethyl
alcohol 96º alone has inhibitory effect on the in vitro growth of Malassezia spp from
the canine ear conduct.
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 - Própolis
Nos últimos anos, a própolis tem conquistado faixas cada vez mais amplas
de adeptos, que a utilizam confiantes em seu poder terapêutico. Cientificamente
está comprovado que os produtos apícolas podem ser usados isoladamente ou
associados a produtos farmacêuticos, pois apesar de sua composição complexa,
eles se caracterizam por não apresentar substâncias tóxicas dada à capacidade
das abelhas em distinguir e só coletar substâncias naturais inofensivas
(SZEWCZAK & GODOY, 1982).
Segundo GHISALBERTI (1979) e BANKOVA et al (1989), dentre os
produtos apícolas como mel, geléia real e pólen, a própolis vem se destacando
tanto pelas suas propriedades terapêuticas (atividade antimicrobiana,
antiinflamatória, cicatrizante e anestésica) quanto pela possibilidade de aplicação
na indústria farmacêutica e alimentícia.
Os efeitos terapêuticos são atribuídos aos diversos compostos fenólicos
que compõem a própolis (GRANGE & DAVEY, 1990). Destes, os flavonóides
podem ser considerados os principais compostos, encontrando-se, ainda, alguns
ácidos fenólicos e seus ésteres, aldeídos fenólicos, álcoois e cetonas (BANKOVA
et al, 1983; BANKOVA et al, 1992).
De acordo com BANKOVA et al (1999) e MARCUCCI et al (2001), a
atividade antibacteriana da própolis é maior contra bactérias Gram-positivas, pela
ação dos flavonóides, ácidos e ésteres aromáticos presentes na resina, os quais
atuariam sobre a estrutura da parede celular desses microrganismos por meio de
um mecanismo de ação ainda não elucidado.
As propriedades biológicas da própolis estão diretamente ligadas à sua
composição química. Esse fato se torna o maior problema para o uso desta
substância em fitoterapia, tendo em vista que a sua composição química varia
com a flora da região e época da colheita, com a técnica empregada e com a
espécie da abelha produtora (RAMOS, 1995).
5
A palavra própolis vem da língua grega pro (antes de) e polis (cidade), por
que os apicultores notaram que as abelhas construíam uma pequena parede de
própolis para proteger a entrada dianteira da colméia, que geralmente ficavam à
frente (antes de) das colônias (cidade) dos apicultores. Antigos textos gregos
referem-se à substância como um "curador para hematomas e chagas
suporadas". Em Roma, a própolis foi usada como emplastros para os mais
6
2.1.3- Composição
A - Ação antimicrobiana
B - Ação anticancerígena
Desde 1992 estudos in vitro vêm sendo realizados com a própolis para o
combate e inibição do aumento do carcinoma de câncer de útero (RAMOS, 1995).
Em estudos in vitro empregando ratos, houve controle de células neoplásicas de
ovário, mama, colo uterino, pulmão e estômago.
A substância reagente isolada na própolis e responsável por esse efeito
modulador em neoplasias é conhecida como artepelina C, porém mais estudos
necessitam ser realizados para elucidar o verdadeiro papel dessa proteína na
gênese e desenvolvimento de neoplasias.
C - Ação antioxidante
MICRORGANISMO AÇÃO
BACTÉRIAS
FUNGOS
VÍRUS
PROTOZOÁRIOS
F - Ação imunestimulante
G - Ação cardiovascular
J - Efeito repelente
H - Contra-indicações
1996).
Em 1925, WEIDMAN isolou de lesões de pele de rinocerontes indianos
uma levedura lipofílica não-dependente com gemulação unipolar em formato de
"garrafa", sendo primeiramente denominada como Pityrosporum pachydermatis,
posteriormente P. canis e, atualmente, conhecida como Malassezia
pachydermatis (CHANG, 1998).
Em seres humanos, as leveduras do gênero Malassezia estão relacionadas
aos quadros patológicos como pitiríase versicolor, dermatite seborréica e
dermatite atópica, que anteriormente eram apenas associados à espécie
Malassezia furfur (SCHLOTTFELDT et al, 2002).
Os microrganismos do gênero Malassezia pertencem à família
Cryptococcaceae, classe Blastomyces e subdivisão Deuteromycotina. A
classificação taxonômica de Malassezia (inicialmente Pytirosporum) foi revista por
GUÉHO et al em 1996, possuindo atualmente sete espécies: M. furfur, M.
globosa, M. obtusa, M. pachydermatis, M. restricta, M. slooffiae e M. sympodialis.
A M. pachydermatis é considerada um habitante normal e patógeno
oportunista do meato acústico externo de mamíferos, também podendo ser
encontrada no reto, região interdigital, tegumento, sacos anais e vagina (KENNIS
et al,1996; BOND et al, 2000; NASCENTE et al, 2004).
As diferenças em sua densidade populacional em determinadas regiões do
organismo, podem ser reflexos de alterações impostas aos hospedeiros, como
mudanças nas condições físicas, químicas e/ou imunológicas do animal
(CRESPO et al, 2002). Dessa maneira, os principais fatores condicionantes da
malasseziose são terapia antibacteriana prolongada, uso de substâncias
glicocorticóides, estados de hipersensibilidade (alergias), distúrbios da
ceratinização (seborréia), distúrbios nutricionais ou hormonais e enfermidades
intercorrentes (como neoplasias).
A detecção de fungos leveduriformes pode ser feita pela observação
microscópica direta do material suspeito (WHITE, 1992) e cultura dos agentes em
meios especiais (HUANG & LITTLE, 1993).
SALCEDO (1980) e HUANG & LITTLE (1993) sugeriram que a cultura do
16
fungo deve ser feita em meios contendo uma fonte lipídica como promotora de
crescimento, já que o fungo não se desenvolve satisfatoriamente em meios
micológicos simples. Esses autores aconselharam a adição de ácidos graxos
constituintes do cerúmen canino (ácidos esteárico, linoléico, margárico e oléico)
como lipídios preferenciais na preparação do meio de cultura. Para a produção de
energia, as leveduras do gênero Malassezia utilizam, preferencialmente, lipídios
como fontes de carbono, ou seja, são microrganismos lipodependentes. Isso faz
com que o substrato em que se desenvolvem seja caracterizado por uma alta
concentração de ácidos graxos de cadeias longas (COUTINHO, 2002). Entretanto,
M. pachydermatis é a única exceção no grupo, pois embora lipofílica, não é
lipodependente. O acréscimo de ácidos graxos ao meio de cultura usado para o
isolamento de M. pachydermatis apenas estimula o seu desenvolvimento, mas a
ausência dessas fontes lipídicas não impede o seu crescimento (COUTINHO,
2002).
O isolamento da levedura é realizado em meio de cultivo com ágar
Sabouraud ou ágar malte. A temperatura de incubação varia entre 25º e 41ºC por
24 a 48 horas (AKERSTEDT & VOLLSET, 1996). As colônias são opacas, de
coloração amarelo-creme, passando à marrom-alaranjado conforme o
envelhecimento; a superfície é redonda e a medida transversal é de 1-3mm; a
textura é seca, friável, granulosa e, algumas vezes, gordurosa (GUILLOT et al,
1996).
A detecção de Malassezia em exsudato de ouvidos enfermos é variável. As
diferenças entre os métodos de detecção do microrganismo fazem com que a
prevalência do fungo não seja a mesma nos diversos estudos. Entretanto, como
regra geral, a concentração dessa levedura no conduto auditivo é sempre mais
baixa naqueles caninos que não apresentam otopatia clinicamente detectável
(LEITE, 2003).
Por serem consideradas leveduras patogênicas oportunistas, Malassezia
spp possuem alto poder de infectividade, aumentando acentuadamente o número
de células fúngicas em animais que apresentem condições de umidade e calor no
meato acústico externo e na pele, assim como em casos de distúrbios
17
3. OBJETIVOS
3.1 - Principal
3.2 - Secundário
4. MATERIAL E MÉTODOS
A solução de própolis passou por diluições de 20%, 10%, 5%, 2,5%, 1,25 %
e 0,625%, distribuídas em tubos de ensaio estéreis 20x150mm, conforme disposto
na tabela 2.
Cada amostra leveduriforme foi testada frente a duas baterias distintas, de
acordo com o diluente utilizado: água destilada estéril ou álcool 96º.
O grupo-controle foi composto por tubos contendo álcool etílico 96° a 60%
e água destilada estéril.
Sentido da leitura
0,625% Controle
1,25% composto apenas
2,5% por
5% água destilada
10% estéril
20% ou
Controle álcool 96º
Figura 4 - Distribuição das diluições dos extratos aquoso e alcoólico de própolis para o teste de
difusão em ágar. DMV/UFLA, Lavras/MG, 2008.
5. RESULTADOS
Tabela 3 - Diâmetro dos halos de inibição (em mm) de Malassezia spp frente a diversas
concentrações aquosas de própolis. DMV/UFLA, Lavras/MG, 2008.
Tabela 4 - Diâmetro dos halos de inibição (em mm) de Malassezia spp frente a diversas
concentrações alcoólicas de própolis. DMV/UFLA, Lavras/MG, 2008.
Gráfico 1 - Comportamento das medidas de diâmetro dos halos de inibição em teste de difusão
em ágar usando extrato alcoólico de própolis frente a cepas de Malassezia spp. DMV/UFLA,
Lavras/MG, 2008.
28
15
Diâmetro do halo (mm)
10
0 Concentração
6. DISCUSSÃO
7. CONCLUSÕES
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AYRES, M., AYRES Jr., M. Aplicações estatísticas em Basic. São Paulo: McGraw-
Hill, 1987. 310p.
BANKOVA, V.; POPOV, S.; MAREKOV, N.L. Isopentenyl cinnamates from popular
buds and propolis. Phytochemistry, v.28, n.50, p.871-873, 1989.
BANKOVA, V.; CHRISTON, R.; POPOV, S.; MARCUCCI, M.C.; TSVETKOVA, I.;
KUJUMGIEV, A. Antibacterial activity of essential oils from Brazilian propolis.
Fitoterapia, v.70, n.2, p.190-193, 1999.
CARLOTTI, D.N. Diagnosis and medical treatment of otitis externa in dogs and
cats. Journal of Small Animal. Practice, v.32, n.5, p.394-400, 1991.
CRISAN, I.; ZAHARIA, C.N.; POPOVICI, F.; JUCU, V.; BELU, O.; DASCÃLU, C.;
MUTIU, A.; PETRESCU, A. Natural propolis extract NIVCRISOL in the treatment
of acute and chronic rhinopharyngitis in children. Romanian Journal of Virology,
v.46, n.3-4, p.115-33, 1995.
GHISALBERTI, E.L. Propolis; a review. Bee World, v.60, n.2, p.59-84, 1979.
GREENWAY, W.; SCAYSBROOK, T.; WHATLEY, F.R. The composition and plant
origins of propolis: a report of work at Oxford. Bee World, v.71, n.3, p.107-118,
1990.
GUILLOT, J.; GUÉHO, E.; LESOURD, M.; MIDGLEY, G.; CHÉVRIER, G.;
DUPONT, B. Identification of Malassezia species: a practical approach. Journal of
Medical Mycology, v.6, n.1, p.103-110, 1996.
HUANG, H.P; LITTLE, C.J.L. Effects of fatty acids on the growth and composition
of Malassezia pachydermatis and their relevance to canine otitis externa.
Research on Veterinary Science, v.55, n.1, p.119-123, 1993.
KENNIS, R.A.; ROSSER Jr., E.J.; OLIVER, N.B.; WALKER, R.W. Quantity and
distribution of Malassezia organisms on the skin of clinically normal dogs. The
Journal of the American Veterinary Medical Association, v.208, n.7, p.1048-1051,
1996.
MOTA, R.A.; FARIAS, J.K.O.; SILVA, L.B.G.; LIMA, E.T.; OLIVEIRA, A.A.F.;
MOURA, R.T.D. Eficácia do Otomax no tratamento da otite bacteriana e fúngica
em cães. A Hora Veterinária, v.19, n.113, p.13-17, 2000.
MULLER, G.H.; KIRK, R.W.; SCOTT, D.W. Ear dermatoses. In:_____. Small
animal dermatology. 4th ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 1989. p.807-827.
NASCENTE, P.S.; CLEFF, M.B.; FARIA, R.O.; NOBRE, M.O.; XAVIER, M.O.;
MEIRELLES, M.C.A.; MELLO, J.R.B. Malasseziose ótica canina: inoculação
experimental e tratamento. Clínica Veterinária, v.5, n.55, p.54-60, 2005.
NASCENTE, P.S.; NOBRE, M.O.; MEINERZ, A.R.M.; GOMES. F.R.; SOUZA, L.L.;
MEIRELES, M.C.A. Ocorrência de Malassezia pachydermatis em cães e gatos.
Revista Brasileira de Medicina Veterinária, v.26, n.2, p.79-82, 2004.
ROJAS, N.M.; LUGO, S. Efecto antifúngico del propoleo sobre cepas del genero
Candida. In: Investigaciones cubanas sobre el propoleo - memorias del simposio
sobre los efectos del propoleo en la salud humana y animal. Varadero. 25 de
marzo 1988. p.42-54.
WOODY, B.J.; FOX, S.M. Otite externa: revisando os sintomas para descobrir a
causa determinante. Cães & Gatos, v.17, n.1, p.38-41, 1987.