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Natal/RN
2016
EDIVAN DA COSTA BEZERRA
Natal/RN
2016
Catalogação da Publicação na Fonte.
Impacto dos ajustes fiscais na arrecadação do ICMS, nos estados da Região Nordeste /
Edivan da Costa Bezerra. - Natal, RN, 2016.
52f. : il.
Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis, como parte dos requisitos para
obtenção do título em Bacharel em Ciências Contábeis.
BANCA EXAMINADORA
Dedico o presente trabalho a toda minha família, pela forma que me ensinaram a
vencer na vida bastando ser apenas eu mesmo, sem que eu precisasse passar por cima de
ninguém.
Não posso esquecer em especial da minha mãe, Ivone Barbosa da Costa, por acreditar
em mim e também por todo o esforço feito para que eu pudesse chegar à conclusão da minha
graduação. Mesmo sendo o sétimo filho dos oito que ela teve, pode ser o primeiro a concluir o
ensino superior, sem a sua ajuda não conseguiria, pois fez o impossível se torna possível me
motivando com a sua força de mulher guerreira.
AGRADECIMENTOS
Antes de qualquer coisa gostaria de agradecer a Deus, pelo dom da vida e por todas as
proteções e livramentos que Ele me proporcionou e ainda me proporciona em todos os dias de
minha vida.
Gostaria de agradecer de todo o meu coração a minha mãe Ivone Barbosa da Costa,
mulher guerra, pelo que fez e ainda faz por me, para que eu conseguisse chegasse ate aqui.
Entendo que nem todos os momentos foram fáceis, mas todos eles fizeram com que eu me
fortalecesse para continuar em frente, pois sabia que ela estava fazendo o melhor e tentando
de tudo dentro do possível, para que eu pudesse continuar na caminhada em direção a minha
formação superior.
Agradeço ao meu Pai, pois sei que apesar de tudo sempre quis o meu melhor das
pouquíssimas conversas que tenho com ele pode aprender muito sobre ter caráter.
A os meus irmãos, Adriana Barbosa da Costa, Josenildo Pereira da Costa, Josinaldo
Pereira da Costa, Joelma Pereira da Costa, Josineide Pereira da Costa, Josimar Pereira da
Costa e Cleiton Carlos da Costa, por todos os exemplos que me mostram nessa caminhada,
mesmo sendo o primeiro entre todos os filhos a ser formar sempre tive exemplos de vida de
todos para seguir em frente sem me deixar levar perante todas as dificuldades.
A os meus avós materno, Maria Barbosa da Costa (In memorian) e Ântonio Teófilo da
Costa (In memorian), são duas pessoas que não vão esta no dia da minha formação, pois Deus
as levou antes, mais contribuíram bastante para a minha graduação com suas experiências de
vida e seus carinhos.
A os meus familiares, gostaria de citar em especial o meu cunhado, Waltermir José da
Costa, que tenho o prazer de chamar de Tio, que é como um Pai para me, por tudo que me
ensinou e mostrou, por ser esse homem trabalhador dedicado à família. Não tive em minha
criação a presença do “Pai”, mais tive uma presença Paterna que foi a do meu tio que me
ajuda muito em especial nos momentos que um homem necessita da presença masculina é
nele que confio para conversar.
A minha namorada, Francianne Vitoria de Azevedo Silva, por todos os momentos de
apoio que ela proporcionou e por todas as cobranças que faz, para eu não desistisse na
caminhada.
Sou grato a Deus por me apresentar, Leticia Dayane Cardoso Alves e Hugo Rafael dos
Santos Silva, que são da turma de Ciências Contábeis 2012.2 (UFRN) e meus amigos que
nesses cinco anos de graduação vivenciei muitas alegrias e algumas tristeza com as suas
companhias. Assim como os amigos de outros períodos que no dia a dia nos corredores e nas
matérias paralelas que pagamos acabamos conhecendo e se tornando amigos, Alan Davisson
da Silva Pereira, Kleberson Lopes Santos, Lucas Allan Diniz Schwarz e Ricardo Janailton
Pinto da Costa.
Graças a Deus tenho amigos que me ajuda nos momentos complicados devido à vida
corrida que um estudante de graduação vive. Faz-se necessário ter pessoas assim ao lado que
apoia e ajude, por isso sou grato pela amizade de Yuri Santos de Medeiros e Vitória Beatriz
Barreto Insidio e Gledson Rafael Lima dos Santos.
Para uma melhor formação se faz necessário professores capacitados, e tive o
privilegio de ter, agradeço a todos os docentes da UFRN, que nesses cinco anos de curso me
proporcionaram aprendizados que levarei para a minha formação profissional. Gostaria de
agradecer em especial aos professores Josué Lins e Silva, por me ajudar no mercado de
trabalho e Pedro Lopes de Araújo Neto pela orientação nesse trabalho.
“Termos tantos defeitos para criticar em nós mesmos, então para que ficar criticando os
defeitos alheios?”.
Perante a situação econômica que se encontra o país, os Estados procuram soluções que
possam diminuir ou até mesmo acabar com a crise financeira que vem crescendo ao logo dos
anos, dificultando os investimentos do governo e consequentemente prejudicando a
sociedade. O ICMS por ser à maior fonte de receita dos Estados qualquer impacto que
aconteça com arrecadação desse imposto acarretará consequências financeiras e
consequentemente estruturais, por isso o presente trabalho tem como objetivo geral, analisar
as leis de ajuste fiscais do ano de 2016 dos Estados do Nordeste e evidenciar se ouve impacto
na arrecadação do ICMS de janeiro a julho dos últimos cinco anos e os Estados que não
tiveram mudanças na legislação serão analisadas apenas as variações na arrecadação se elas
foram positivas ou negativas em relação aos anos anteriores. Foi utilizada a pesquisa
descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, discorrendo sobre as Legislações que
incidiram nas mudanças de alíquotas de ICMS. Os valores da arrecadação foram corrigindo
pelo IPCA-E para que ficassem na mesma base de calculo. Após as analises realizadas para
evidenciar as variações na arrecadação, conclui-se que mais da metade dos Estados que
tiveram alterações na alíquota no ano de 2016 as suas arrecadações não superaram a dos anos
anteriores. Os valores arrecadados dos Estados que não tiveram variações nas alíquotas no
ano de 2016 foram menores que os anos anteriores. Confirmando assim a situação complexa
que se encontram os Estados, pois mesmo aumentando a alíquota, os valores não sofreram
aumentos comparados com anos anteriores.
Considering the current economic situation in the country, the federated states are looking for
solutions that may reduce or even end the financial crisis that has been growing over the
years, hampering government investments and consequently warming the society.
The Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), since it is the largest
source of income for the federated states, any change that occurs related to that tax incurs in
financial and structural consequences. Therefore, the present study has the objective of
analyzing the fiscal adjustment laws of 2016 of the Northeaste Region states’, and to show if
there is an impact of the ICMS collection from January to July of the last five years and the
states without bigger changes will be analyzed just to see if the variations were positive or
negative in relation to previous years. A descriptive research was used, with a qualitative and
quantitative approach, discussing the Legislations that focused on the changes in ICMS rates.
The collection amounts were corrected by the IPCA-E index. After the analyzed carried out to
show the variations in the collection, it is concluded that more than half of the states that had
increases in the tax rate do not surpass the collections from the previous years. The amounts
collected from the states that did not change their rates in 2016 were lower than in previous
years. This confirms the complex situation of the federated states, since even though the rate
is increasing, the amount have not increased compared to previous years.
Tabela 1 - Arrecadações do Estado da Bahia que não sofreram variações negativas em relação
a 2012 (em milhões) ................................................................................................................. 33
Tabela 3 - Arrecadações do Estado da Bahia acumulado de Janeiro a Julho (em milhões) ..... 34
Tabela 9 - Arrecadações do estado da Paraíba acumulado de Janeiro a Julho (em milhões) ... 37
Tabela 16 - Arrecadações do estado do Rio Grande do Norte que não sofreram variações
negativas em relação a 2012 (em milhões) ............................................................................... 40
Tabela 17 - Arrecadações do estado do Rio Grande do Norte que sofreram variações negativas
em relação a 2012 (em milhões) ............................................................................................... 40
Tabela 18 - Arrecadações do estado do Rio Grande do Norte acumulado de janeiro a julho
(em milhões) ............................................................................................................................. 41
Tabela 23 - Arrecadações do estado do Piauí que não sofreram variações negativas em relação
a 2012 (em milhões) ................................................................................................................. 43
Tabela 24 - Arrecadações do estado do Piauí acumulado de Janeiro a Julho (em milhões) .... 43
Tabela 27 - Arrecadações do estado do Ceará acumulado de Janeiro a Julho (em milhões) ... 45
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 18
3. METODOLOGIA................................................................................................................. 31
4.1 Analise vertical das arrecadações de ICMS dos Estados do Nordeste dos anos 2012 a 2016
.................................................................................................................................................. 33
4.1.1 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado da Bahia de 2012 a 2016 .............. 33
4.1.2 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado do Maranhão de 2012 a 2016 ....... 34
4.1.3 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado da Paraíba de 2012 a 2016 ............ 35
4.1.4 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado de Pernambuco de 2012 a 2016 .... 37
4.1.6 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado do Rio Grande do Norte de 2012 a
2016 .......................................................................................................................................... 40
4.1.7 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado de Alagoas de 2012 a 2016 ........... 41
4.1.8 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado do Piauí de 2012 a 2016 ............... 42
4.1.9 Analise vertical da arrecadação do ICMS do estado do Ceará de 2012 a 2016 .............. 44
4.1.10 Conclusão das analises verticais das arrecadações dos Estados do Nordeste ............... 45
4.2.1 Regressão linear múltipla das arrecadações dos Estados do Nordeste de 2012 a 2016 .. 46
1. INTRODUÇÃO
A crise financeira que atingi o Brasil vem crescendo rapidamente e os Estados são os
que mais sofrem, pois são eles que fornecem assistência para a população, contudo ao passar
dos anos sugiram distorções estruturais sérias, como por exemplo, aposentadorias precoces de
servidores, corrupções, lavagem de dinheiro que os Estados se encontram nessa situação
econômica.
No entanto, parte da crise financeira que se encontra os Estados se deve à grande
redução da economia e das receitas tributárias no país, gerando medidas irracionais como
cortes relevantes com segurança, saúde e educação, áreas essas sensíveis da população,
podendo aumentar a tensão social e politica, complicando assim obter uma saída sensata para
a crise.
Os Estados se encontram em uma crise que necessita da auxilio do governo federal,
mas o governo afirma que não tem como dar suporte, pois a crise esta muita elevada, no
entanto é exigindo dos Estados um ajuste fiscal especialmente em curto prazo, tal ajuste que o
governo federal mesmo não realiza.
De acordo com o impostômetro o ICMS é responsável por mais de 18% da receita
com imposto do Brasil, contendo uma das maiores alíquota existente no país, gerando mais de
350 bilhões de reais em arrecadação ao ano e tendo assim uma extrema importância a nível
nacional.
Devido a essas circunstancias o ICMS se torna o principal aliado para uma saída
racional do estado de calamidade que os Estados se encontram financeiramente devido a
expressa redução de suas receitas, consequentemente a população são os mais afetados com
essa diminuição na arrecadação, pois a redução da receita gera uma redução ainda maior nos
investimentos base.
Por ser o imposto que incide sobre as operações de circulação de mercadorias o
contribuinte final é o que paga a maior parte desse imposto, mostrando que para os Estados
saírem dessa situação o cidadão necessita contribuir mais, fazendo com que o governo
arrecade mais e consiga ajustar as suas contas.
Os Estados brasileiros necessitam diretamente da arrecadação do ICMS, pois é a sua
principal receita, contudo devido às mudanças fiscais que esta acontecendo no país eles
encontra-se em situações que necessitam realizações de mudanças, dessa forma alguns
realizaram ajustes fiscais para manter a estabilidade econômica evitando assim uma crise
financeira. Diante disso dos nove Estados que compõem a região Nordeste seis tiveram
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ajustes nas legislações que regulamentam o ICMS, buscando assim alavancar as suas receitas
com esse imposto.
O ICMS por ser um imposto de competência estadual cada um tem autonomia de criar
as suas próprias legislações, dessa forma são 27 legislações que regulamentam o ICMS no
Brasil tendo cada um as suas próprias particularidades, devido a essas diversidades houve
alguns Estados que não alteraram as suas alíquotas.
A principal mudança ocorrida na legislação foi à alteração na alíquota do ICMS saindo
de 17% para 18%, sobre compra e venda de mercadoria no mercado interno, porém o houve
alterações sobre outras operações que o incide o ICMS, tendo como principal objetivo
aumentar a arrecadação e estabilizar a economia.
A Teoria da Curva de Laffer tem uma ideia que a partir de certo ponto o aumento da
alíquota começa a ficar improdutivo para à arrecadação, pois a receita começa a diminuir ao
passar do tempo, gerando efeito contrario do esperado pelo governo. Causa uma analise sobre
as questões de diminuição de incentivos que as alíquotas dos impostos transmitem para a
economia, a ponto que essas alíquotas, são aumentadas, reduzir a receita tributária.
Tributação alta induz a evasão fiscal e motiva as atividades informais e ilegais. Isso
possibilita, falta de perspectivas positivas sobre os negócios em geral da economia formal,
limitando assim a base de calculo da tributação.
Com isso, diante às divergências sobre o ajuste fiscal, como o programa impactou
efetivamente no aumento da arrecadação do ICMS, e como se comportou a arrecadação dos
estados que não adotaram o aumento do imposto, mesmo perante a difícil conjuntura
econômica do país?
O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar se os ajustes fiscais promovidos
pelos Estados do Nordeste contribuíram para o aumento da arrecadação do ICMS.
II – Corrigir os valores das arrecadações de janeiro a julho dos últimos cinco anos pelo
IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial).
III – Utilizar analise vertical sobre os valores arrecadados dos anos de 2013 a 2016
comparando com os valores de 2012.
IV – Aplicar uma regressão linear múltipla, sobre os valores arrecadados dos Estados
do Nordeste dos últimos cinco anos, e identificar se algumas das constantes utilizadas tiveram
influencia na arrecadação.
1.2. Justificativa
Esta pesquisa é motivada pela vontade de analisar as Leis de Ajuste Fiscal com ênfase
nas mudanças de alíquotas de ICMS dos Estados do Nordeste.
O estudo é estabelecido para compreender se ouvi aumento ou perda real da
arrecadação do ICMS, depois das Leis de Ajuste Fiscal.
Por ser a maior receita dos Estados o ICMS é de suma importância e a permanência do
seu constante crescimento ou pelo menos a sua estabilidade o que não pode acontecer é uma
diminuição de arrecadação, pois acarretaria em diversas consequências para as finanças
publicas e consequentemente para a população.
Para não acontecer uma diminuição na arrecadação os governos estudam formas de
diminuir a inadimplência com ferramentas que analisam de forma mais precisa à apuração dos
contribuintes.
Além de evitar sonegações os Estados tem que tentar aumentar as suas receitas, pois
com o passar dos anos as suas despesas aumentam, para isso adotam leis que aumentam as
alíquotas de impostos em seus determinados Estados consequentemente obter um aumento de
suas receitas.
A presente pesquisa vai analisar se ouve ganho real na arrecadação dos Estados do
Nordeste que criaram Lei de Ajuste Fiscal, comparação com as arrecadações de anos
anteriores, e também como se comportou a arrecadação dos Estados que não tiveram
alterações nas alíquotas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. ICMS
Amorim (2007) traz que, “contribuinte é aquele que promove a operação com
incidência de imposto e sempre terá uma relação direta com o fato gerador”.
A perda do ICMS se da pelo acontecimento do fato gerador, é o instante que surgi à
obrigação tributária.
O Código Tributário Nacional dispõe em seus artigos 114 e 115, que:
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure
obrigação principal.
Harada (2008, p. 94), define fato gerador como a “saída física de mercadoria de
estabelecimento comercial, industrial ou produtos, sendo irrelevante o título jurídico de que
tal saída decorra e bem assim o fato desse título envolver ou não uma transmissão de
propriedade”.
A alíquota do ICMS é o percentual fixado pelos Estados e Distrito Federal que será
aplicado sobre a base de cálculo do tributo, assim obtendo o valor do crédito ou debito do
imposto. Essa porcentagem é exigida e estabelecida em lei.
Segundo Oliveira et al, alíquota é definida como “o percentual definido em lei que,
aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do tributo a ser recolhido, estando
também sujeita aos princípios constitucionais da legalidade, anterioridade e da irretroatividade
(Oliveira et al, 2003).
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Guerra fiscal ocorre devido às praticas competitivas entre os Estados do mesmo abito
federativo, disputando investimentos de empresas privadas, facilitando a suas instalações e
consequentemente a sua maneira de tributação, com a contra partida as empresas fornecer
trabalho e renda para a população residente daquela região movimentando assim a economia.
Vale frisar que a guerra fiscal não e algo exclusivo dos Estados, esse tipo de disputa
acontece entre os próprios Municípios e entre os Municípios e o Estado, entre a União e os
Municípios e também entre a União e seus Estados.
De acordo com Calciolari (2006, p. 17).
O flagrante descompasso entre as competências materiais e as possibilidades
orçamentárias dos entes políticos subnacionais acirra ainda mais a competição
interna desses entes por investimentos privados. Assim, a responsabilidade pela
guerra fiscal não pode ser imputada, de forma simplória, somente aos Estados ou
municípios. Sua principal causa é a falta de articulação da União ao estabelecer
políticas cooperativas de desenvolvimento nacional. (CALCIOLARI, 2006,
p. 17).
Para Klaus Marques (2010, p. 128) a diversidade econômica e social entre os Estados
aumenta cada vez mais a corrida em procura do crescimento individual de cada território e de
suas respectivas economias.
Outro fator importante para o início dos conflitos entre os entes públicos é a abismal
diferença de desenvolvimento entre eles. Hoje a República Federativa do Brasil
possui Estados muito à frente dos demais, no que se refere aos aspectos econômicos
e sociais. Visando a equilibrar ou, quando menos, diminuir a diferença que os
separam, entes com menor desenvolvimento buscam, com todos os meios de que
dispõem, atrair aos seus domínios territoriais empresas teoricamente capazes de
alavancar o seu crescimento. Portanto, são essas disparidades econômica, social e
política, tão visivelmente encontradas no seio da nossa Federação, que movem as
pessoas políticas de direito público a instaurar disputas tributárias, objetivando
sempre, desenvolvimento e maior arrecadação. (Klaus Marques 2010, p. 128)
Devido a todos esses possíveis complicações se faz necessário um estudo analítico dos
órgãos públicos na concessão de benefícios fiscais para assim conseguir um retorno financeiro
e social positivo para o Estado.
2.3. CONFAZ
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam
extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou
outras leis de normas gerais expedidas pela União.
Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos
respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou
específico, por lei ou convênio.
Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados,
acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no
interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos. (Incluído pela Lcp nº 104, de
2001).
O ajuste fiscal é um conjunto de mecanismo dos governos que tem por finalidade
equilibrar as receitas e despesas publicas, para um melhor desenvolvimento do governo com a
sociedade, pois para um governo da assistência uma população necessita de dinheiro para
financiar seus projetos, e o ajuste fiscal chega com essa finalidade de alavancar as receitas e
diminuir as despesas gerando um superávit para o governo.
Augusto (2015, p. 12) diz que “Ajustes fiscais bem feitos afetam positivamente a
economia mesmo no curto prazo, via melhora de expectativas”.
O ajusto fiscal no Brasil é utilizado há bastante tempo para aderir à estabilidade das
contas publicas, pois tem na origem manter o equilíbrio nas receitas e despesas. Mais em um
país que vinha em constante crescimento e agora amarga déficit financeiro consecutivos como
fazer para voltar a cresce.
Almeida, Lisboa e Pessoa (2015) “Ao contrário da visão dominante, no entanto, a crise
fiscal não decorre apenas do descontrole das contas públicas nos últimos anos. A crise é mais
profunda e requer um ajuste mais severo e estrutura”.
Visando a estabilidade das contas publicas os governos cortaram diversos gastos e
investimentos e aumentaram as alíquotas de alguns impostos assim tendo uma diminuição nas
despesas e aumentos nas receitas conseguiriam um possível equilibro nas contas publicas.
Almeida, Lisboa e Pessoa (2015) “Preservamos um Estado que requer recursos
crescentes para manter o equilíbrio fiscal, o que significa a necessidade de aumentos
contínuos da carga tributária, comprometendo o crescimento e a geração de emprego”.
Os Estados para acelerar o crescimento econômico aumenta a sua carga tributaria
gerando diversas contra partida, pois automaticamente gera um aumento nos preços dos
serviços e produtos oferecidos, e esse custo a mais chega rapidamente ate o consumidor final
que na hierarquia do consumo é o que mais sofre com isso, pois perde investimentos em
melhoria na qualidade de vida e ganhar mais despesas com os diversos aumentos de preço.
27
O Ajuste Fiscal veio para tentar ajudar os Estados do Nordeste a saírem de uma
situação complicada em suas contas publicas. .
Crises de proporções graves como a do Brasil tendem a ser resultado de uma gestão
política sofrível. Com inflação em alta, o governo tende a elevar a taxa de juros; com juros
altos, o crédito fica escasso e diminui investimentos; com menos investimentos, cresce o
desemprego; com mais desemprego, cai à arrecadação do governo e a capacidade de
investimento.
A associação entre o que o Estado recolhe dos cidadãos e a receita efetiva que ele
obtém neste procedimento são definidas como a Curva de Laffer, que é um instrumento
utilizado para detectar que as alíquotas dos impostos podem fornecer distorções e
desincentivos que fazem, efetivamente, reduzir a receita pública à medida que as respectivas
alíquotas são aumentadas.
As alíquotas são as porcentagens do total que ficam para o governo, dessa forma
quando a alíquota do imposto é nula não há, evidentemente, receita e quando os impostos
alcançam os 100%, ninguém trabalharia para ficar sem rendimentos. Assim, os dois extremos
da curva correspondem a um nível nulo de receita pública.
Tributária
Curva de
Laffer
0 100
Segundo Fullerton (1982, p.3) “desde que Laffer desenhou sua famosa curva, tem
havido um intenso debate, sobre a possibilidade de uma relação inversa entre as alíquotas e as
receitas públicas”.
Esse mecanismo faz sentido, pois, quanto mais o estado quiser se apropriar do que
geramos de riqueza, menor será nosso interesse em trabalhar para pagar impostos. Por isso a
Curva de Laffer demonstra um ponto limite que quanto mais o governo aumentar a tributação,
em termos proporcionais não aumentaria a sua arrecadação, podendo inclusive começar a cair.
Tributação alta induz a evasão fiscal e motiva as atividades informais e ilegais. Isso
possibilita, falta de perspectivas positivas sobre os negócios em geral da economia formal,
limitando assim a base de calculo da tributação.
A presente teoria mostra que em quanto à carga tributaria se mantiver baixa, a ligação
é direta entre as variáveis, isto é, se haver um pequeno acréscimo da carga tributária este
possibilita um aumento no todo dos tributos arrecadados pelo governo. Apesar disso, depois
de obter um ponto extremo de arrecadação, a curva diminui e a ligação passa a ser oposta.
Vários países com a mesma carga tributária e diversas vezes até maior completamente
que a do Brasil fornece serviços públicos totalmente diferentes do que o governo brasileiro
fornece para a população. Portanto, o retorno dos impostos depende de outros fatores como
corrupção, educação e planejamento.
2.6. Legislações
É a forma que o pode publico utiliza para obrigar ou proibir as pessoas físicas e
jurídicas de fazer alguma coisa, uma dessa é que os governos estão utilizando é aumentar a
alíquota do ICMS para ter uma maior arrecadação.
Alguns dos Estados do Nordeste tiveram as suas Legislações de ICMS alteradas, para
obter mais receitas que são eles:
Sobre os fretes adquiridos no Estado também vai incidir o ICMS de 18%, entrar em
vigor a alíquota de 28% nas operações com cigarros, cigarrilhas, charutos e fumos
industrializados, tendo um aumento de 3%.
O Estado do Maranhão alterou alguns pontos de sua legislação de ICMS com ênfase
no Art. 2º Que passa a vigorar com a seguinte redação o inciso III do art. 23 da Lei nº 7.799
de 19 de dezembro de 2002, tendo o seu maior impacto à alteração da alíquota do ICMS, que
saiu de 17% para 18% e a adição de alguns incisos art. 5º da Lei nº 8.205, de 22 de dezembro
de 2004.
Igualmente os incisos VIII e IX do art. 11: altera para 23%, a alíquota nas operações
internas realizadas com álcool anidro e hidratadas independentemente do modo de usa
utilização; e para 27%, nas operações internas realizadas com gasolina.
A alíquota de ICMS sobre todas as espécies de álcoois, exceto o álcool etílico anidro
combustível passa a ser 23%, no Estado do RN. Alguns produtos e alguns casos de energia
elétrica tiveram a sua alíquota aumentada para 25%. As bebidas alcoólicas, exceto aguardente
de cana ou de melaço; cigarros, fumos e seus derivados, cachimbo, cigarreiras, piteiras e
isqueiros e demais artigos de tabacaria; fogos de artifício; gasolina e álcool etílico anidro
combustível as suas alíquotas passam a vigorar a 27%. A alíquota que ira incidir sobre os
serviços de comunicação será de 28%.
31
O ICMS por diferencial de alíquota também sofre alterações passando a vigorar com
as seguintes com as seguintes formas de recolhimento.
3. METODOLOGIA
4.1 Analise vertical das arrecadações de ICMS dos Estados do Nordeste dos anos 2012 a
2016
Nesse tópico será apresentado às analises verticais realizadas nos Estados, sendo que a
base 100 é os valores de 2012 que é o primeiro ano analisado. Assim como serão analisados
os valores arrecadados dos Estados que não tiveram ajustes em suas alíquotas, observando o
desenvolvimento em relação aos anos anteriores.
Na tabela a cima pode-se verificar que a arrecadação do Estado da Bahia e muito alta,
porém mesmo com o aumento da alíquota o impacto financeiro não foi o maior dos últimos
cinco anos gerando assim um ponto negativo, pois o intuito de aumento de alíquota é
consequentemente aumentar a arrecadação. O ponto positivo, no entanto, é que os meses
acima mostram que não ouve alterações negativas em relação a 2012.
Apenas os meses de março e abril, foram os que tiveram variações negativas ao longo
dos cinco anos, como mostra a tabela seguinte.
Percebe-se que os valores arrecadados em 2016, continuam não sendo os maiores dos
últimos anos, com destaque para o mês de abril que teve a menor arrecadação junto ao mesmo
período de 2013, porém no ano de 2016, já estava em vigor alíquota maior que dos anos
anteriores e mesmo assim arrecadação foi menor.
Tabela 3 - Arrecadações
do Estado da Bahia
acumulado de Janeiro a
Julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 10.905,29 100
2013 R$ 11.589,47 106
2014 R$ 12.261,06 112
2015 R$ 11.814,50 108
2016 R$ 11.443,92 105
Fonte: Elaborado pelo autor.
À arrecadação do Estado esta crescendo nos últimos anos, percebesse que em 2016,
ocorreu um aumento em media de 20% comparado com o mesmo período de 2012.
Contribuindo para que o Estado se tornasse o quarto que mais arrecada ICMS no Nordeste.
35
A tabela a baixo mostra que os meses de janeiro e julho de 2015 e março de 2013
tiveram variações negativas em relação ao arrecadado em 2012, no entanto o ano de 2016
continua sendo o que mais se arrecadou com exceção de março que não foi o maior, mesmo
assim o valor foi superior ao arrecadado em 2012, 2013 e 2015 do mesmo período.
Tabela 6 - Arrecadações
do estado do Maranhão
acumulado de Janeiro a
Julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 2.939,93 100
2013 R$ 3.142,23 107
2014 R$ 3.215,57 109
2015 R$ 3.159,16 107
2016 R$ 3.474,14 118
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Estado está conseguindo arrecadar mais de três bilhões, em cada um dos períodos
estudados, gerando uma boa receita com impostos. No período onde a alíquota foi alterada se
identifica um aumento maior que os outros períodos sendo assim agradável ao Estado, pois se
torna um ponto positivo em razão do objetivo de aumento de alíquota que é alavancar a
receita com imposto.
Tabela 7 - Arrecadações
do estado da Paraíba
que sofreram variações
negativas em relação a
2012 (em milhões)
Anos Março
2012 R$ 349,04 100
2013 R$ 343,03 98
2014 R$ 465,85 133
2015 R$ 393,87 113
2016 R$ 361,71 104
Fonte: Elaborado pelo autor.
Como se pode observar apenas o mês de março sofreu alteração negativa em relação
ao mesmo período de 2012. O mês de março de 2014 foi o que obteve o melhor desempenho
em termos de arrecadação do Estado, superando até mesmo o próprio período de 2016, que já
tinha a alíquota de 18% entrada em vigor.
À arrecadação da Paraíba esta numa crescente muito otimista, pois a maioria dos
meses estudados tiveram variações positivas, como mostra a tabela seguinte.
Tabela 8 - Arrecadações do estado da Paraíba que não sofreram variações negativas em relação a
2012 (em milhões)
Anos Janeiro Fevereiro Abril Maio Junho Julho
2012 R$ 377,66 100 R$ 351,15 100 R$ 344,99 100 R$ 353,00 100 R$ 360,56 100 R$ 363,83 100
2013 R$ 452,26 120 R$ 397,76 113 R$ 389,65 113 R$ 386,95 110 R$ 404,66 112 R$ 436,16 120
2014 R$ 463,55 123 R$ 408,06 116 R$ 420,69 122 R$ 461,88 131 R$ 436,42 121 R$ 410,27 113
2015 R$ 508,28 135 R$ 424,18 121 R$ 433,33 126 R$ 427,93 121 R$ 408,28 113 R$ 408,50 112
2016 R$ 444,96 118 R$ 412,19 117 R$ 405,12 117 R$ 390,06 110 R$ 403,54 112 R$ 398,94 110
Fonte: Elaborado pelo autor.
Percebemos que as variações ocorridas nos meses acima mostram que à arrecadação se
mantem em constante aumento em relação a 2012 com todos os meses tento um aumento
acima de 10%, com alguns meses superando 20% e até mesmo 30%.
Tabela 9 - Arrecadações
do estado da Paraíba
acumulado de Janeiro a
Julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 2.500,24 100
2013 R$ 2.810,47 112
2014 R$ 3.066,71 123
2015 R$ 3.004,36 120
2016 R$ 2.816,52 113
Fonte: Elaborado pelo autor.
Percebe-se que os anos de 2013 e 2014 que à arrecadação acumulada superou os três
bilhões sendo muito positivo ao Estado, contudo os valores arrecadados no ano de 2016 não
foram os maiores, estando em vigor à alíquota de 18%. Se tornando assim um ponto negativo
em termo de arrecadação, pois o esperado era que à arrecadação de 2016 fosse maior que os
anos anteriores.
Apenas o mês de maio não teve variações negativas em relação a 2012, como se pode
observa na tabela a baixo.
Tabela 10 - Arrecadação
do estado de Pernambuco
que não sofreu variações
negativas em relação a
2012 (em milhões)
Anos Maio
2012 R$ 1.107,96 100
2013 R$ 1.216,27 110
2014 R$ 1.192,18 108
2015 R$ 1.107,35 100
2016 R$ 1.123,29 101
Fonte: Elaborada pelo autor.
Tabela 11 - Arrecadações do Estado de Pernambuco que sofreram variações negativas em relação a 2012
(em milhões)
Anos Janeiro Fevereiro Março Abril Junho Julho
2012 R$ 1.347,12 100 R$ 1.099,58 100 R$ 1.131,28 100 R$ 1.170,39 100 R$ 1.181,15 100 R$ 1.148,05 100
2013 R$ 1.367,62 102 R$ 1.199,78 109 R$ 1.071,29 95 R$ 1.171,69 100 R$ 1.200,00 102 R$ 1.229,61 107
2014 R$ 1.388,41 103 R$ 1.242,36 113 R$ 1.372,71 121 R$ 1.178,95 101 R$ 1.261,97 107 R$ 1.198,48 104
2015 R$ 1.395,52 104 R$ 1.237,29 113 R$ 1.109,91 98 R$ 1.238,89 106 R$ 1.167,17 99 R$ 1.139,87 99
2016 R$ 1.192,87 89 R$ 1.078,66 98 R$ 1.036,61 92 R$ 1.107,75 95 R$ 1.098,83 93 R$ 1.098,44 96
Fonte: Elaborada pelo autor.
O estado de Pernambuco não vem bem em sua arrecadação, podendo vim a gerar
problemas financeiros para o governo, percebe-se que no ano de 2016 mesmo com a alíquota
maior à arrecadação diminuiu em todos os meses citados acima, acontecendo inverso do
esperado pelo governo, em janeiro a arrecadação foi menor 11% em relação a 2012 e 15% em
relação ao mesmo período do ano anterior.
Observa-se melhor como em 2016 a arrecadação do Estado não esta bem em relação
há outros anos com tabela seguinte.
Tabela 12 - Arrecadações
do estado de Pernambuco
acumulado de Janeiro a
Julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 8.185,54 100
2013 R$ 8.456,27 103
2014 R$ 8.835,04 108
2015 R$ 8.396,00 103
2016 R$ 7.736,44 95
Fonte: Elaborada pelo autor.
Devido o ICMS ser a maior receita do governo essa constante diminuição em sua
arrecadação pode vim acarretar uma crise financeira no Estado, mesmo com o aumento da
alíquota no ano de 2016 os valores arrecadados não foram superiores ao do mesmo período do
ano anterior, sendo até mesmo o menor valor arrecadado nos últimos cinco anos.
Sergipe é o estado que menos arrecada na região Nordeste, e para complicar ainda
mais esta vendo a sua arrecadação tributaria sofre diminuição ao longo do tempo, apenas três
meses do período estudado não teve variações negativas ao em relação a 2012.
39
O mês de março de 2014 teve um aumento muito alto em relação a 2012 e os anos
seguintes não conseguiu segui o mesmo padrão constata-se que os meses de 2016 as
arrecadações foram superiores a 2012, mais não as maiores dos últimos cinco anos, foram até
mesmo menor que o mesmo período do ano anterior.
O mês de abril teve as piores arrecadações de todo o período estudado, sendo que em
nenhum dos anos o valor foi superior ao de 2012, ficando alias menor entre 15% e 20%,
sendo um desastre financeiramente para o governo de Sergipe.
Os valores de 2016, em nenhum dos meses foram superiores a os dos outros anos
mesmo tento a alíquota, sofrido aumentado levando para baixo cada vez mais a receita com
ICMS, prejudicando financeiramente o funcionamento do Estado.
Tabela 15 - Arrecadações
do estado de Sergipe
acumulado de janeiro a
julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 1.808,11 100
2013 R$ 1.863,76 103
2014 R$ 1.932,77 107
40
Mesmo com a alíquota maior que os anos anteriores, o estado de Sergipe não
conseguiu no período de 2016 superar os valores arrecadados dos últimos quatro anos,
ficando entre 4% a 11% menor que os anos anteriores.
O estado do Rio Grande do Norte é quinto que mais arrecada ICMS na região
Nordeste e sua arrecadação bem aumentando, contudo houve variações positivas e negativas.
Outros três meses tiveram variações negativa em relação a 2012, como mostra a tabela
seguinte.
Os meses acima mostra que ouve variações negativas em relação a 2012, com
destaque negativo para os meses de janeiro e junho de 2016, pois mesmo com a alíquota
maior que as dos anos anteriores à arrecadação foi a pior dos últimos quatro anos.
41
Tabela 18 - Arrecadações do
estado do Rio Grande do
Norte acumulado de janeiro
a julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 2.810,13 100
2013 R$ 2.881,82 103
2014 R$ 3.028,69 108
2015 R$ 2.974,17 106
2016 R$ 3.033,64 108
Fonte: Elaborado pelo autor
Pode-se perceber que apenas os anos de 2014 e 2016 superaram os três bilhões em
arrecadação no período analisado, ficando próxima à arrecadação do estado do Maranhão,
contudo distante dos três que mais arrecada no Nordeste.
Quando mais o tempo passa se espera que à arrecadação aumente, por isso destaca-se
o ano de 2016, pois à arrecadação foi superior ao dos anos anteriores, podendo te sido levada
pelo aumento da alíquota que ocorreu no mesmo ano.
O Estado de Alagoas é o sétimo que mais arrecada ICMS no nordeste, os únicos meses
que sua arrecadação não sofreu variação negativa em relação ao mesmo período de anos
anteriores foram os meses de fevereiro, abril e maio, como mostra a tabela seguinte.
Foi constado que esse quatro meses analisados, tiveram muitas distorções em relação a
o ano de 2012, destacando-se os meses de janeiro, março e julho de 2016, que tiveram uma
arrecadação menor que o mesmo período de 2012, em especial o mês de janeiro que não
superou nenhuma arrecadação do mesmo período de anos anteriores.
O estado do Piauí arrecada apenas mais que o estado de Sergipe, sendo assim o oitavo
em arrecadação de ICMS da região Nordeste, contudo não ouve no Estado aumento de
alíquota e mesmo assim é um dos que menos tiveram variações negativas em relação os
valores arrecadados dos últimos quatro anos comparados com 2012.
43
Tabela 22 - Arrecadação
do estado do Piauí que
sofreram variações
negativas em relação a
2012 (em milhões)
Anos Março
2012 R$ 242,71 100%
2013 R$ 231,02 95%
2014 R$ 280,60 116%
2015 R$ 255,25 105%
2016 R$ 269,96 111%
Fonte: Elaborado pelo autor.
Apenas o mês de março de 2013 teve uma arrecadação menor que o ano de 2012,
mesmo sendo apenas o oitavo Estado em arrecadação do Nordeste sua arrecadação e
constante.
Tabela 23 - Arrecadações do estado do Piauí que não sofreram variações negativas em relação a
2012 (em milhões)
Anos Janeiro Fevereiro Abril Maio Junho Julho
2012 R$ 271,59 100 R$ 264,58 100 R$ 250,06 100 R$ 251,75 100 R$ 258,70 100 R$ 269,47 100%
2013 R$ 289,44 107 R$ 290,51 110 R$ 269,52 108 R$ 285,09 113 R$ 275,89 107 R$ 275,48 102%
2014 R$ 298,41 110 R$ 305,45 115 R$ 289,90 116 R$ 283,13 112 R$ 289,85 112 R$ 284,41 106%
2015 R$ 341,51 126 R$ 316,58 120 R$ 295,56 118 R$ 267,04 106 R$ 323,69 125 R$ 292,88 109%
2016 R$ 328,08 121 R$ 296,99 112 R$ 279,25 112 R$ 264,54 105 R$ 284,05 110 R$ 281,29 104%
Fonte: Elaborado pelo autor.
A maioria dos meses analisados ocorreu variações positivas em relação a 2012, como
se pode ver na tabela a cima, sendo muito positivo ao governo do Estado.
No entanto o governo teve ficar atento, pois todos os meses de 2016 à arrecadação
ficaram menores que o mesmo período do mês anterior, se continuar assim em médio prazo
pode trazer problemas financeiro ao Estado.
Tabela 24 - Arrecadações do
estado do Piauí acumulado
de Janeiro a Julho (em
milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 1.808,85 100
2013 R$ 1.916,94 106
2014 R$ 2.031,75 112
2015 R$ 2.092,53 116
2016 R$ 2.004,15 111
Fonte: Elaborado pelo autor.
44
Os valores arrecadados desde 2014 ficaram à cima de dois bilhões, no entanto em 2016 fico
menor que os períodos analisados dos últimos dois anos, sendo um ponto negativo para o
governo, que necessita alavancar as suas arrecadações com ICMS, pois essa é a sua maior
fonte de receita e assim não gera problemas futuros.
Constata-se que as variações negativas em relação a 2012 ocorreram apenas nos meses
de março de 2013 e em junho de 2016 e foram baixas, mostrando um desemprenho bom para
o Estado.
O ponto a ser a ser observado é que uma dessas variações é no ano de 2016, mesmo e
ainda foi o que menos arrecado nos últimos quatro anos.
Os meses que não tiveram variações negativas na arrecadação em relação a 2012 são
os seguintes.
Mesmo com os meses acima com variações positivas em relação a 2012 estão
agradáveis, no entanto a atual arrecadação do Estado esta passando por complicações,
percebe-se que esta sendo os menores valores dos últimos quatro anos, nesse atual cenário o
45
governo necessita de solução para conseguir alavancar as receitas para não prejudicar o
desenvolvimento econômico do Estado.
Tabela 27 - Arrecadações
do estado do Ceará
acumulado de Janeiro a
Julho (em milhões)
Anos Acumulado
2012 R$ 5.811,78 100
2013 R$ 6.100,55 105
2014 R$ 6.495,03 112
2015 R$ 6.273,70 108
2016 R$ 6.021,03 104
Fonte: Elaborado pelo autor
Quatro dos cinco últimos períodos analisados, à arrecadação superou os seis bilhões,
sendo que o resultado esta diminuindo nos últimos três períodos podendo vim a prejudicar
futuramente o Estado.
4.1.10 Conclusão das analises verticais das arrecadações dos Estados do Nordeste
Os Estados do Nordeste estão sentindo muito a crise que esta acontecendo no país,
pois a sua principal fonte de receita o ICMS esta diminuir em relação a os períodos anteriores,
por isso dos nove Estados que da região Nordeste seis deles tiveram reajuste em suas
alíquotas de ICMS, para assim tentar conter queda na arrecadação e no mesmo tempo
alavancar a receita com o imposto para não prejudicar a saúde econômica do Estado.
Foram analisados os valores arrecadados de janeiro a julho dos últimos cinco anos dos
Estados do Nordeste aplicando uma analise vertical que identificou que daqueles que tiveram
as suas alíquotas alteradas apenas o Maranhão e Rio Grande do Norte conseguiram que o ano
de 2016 à arrecadação superasse os últimos quatro anos. Já os Estados da Bahia, Pernambuco,
Sergipe e Paraíba não foram superiores a dos últimos anos, sendo os piores deles os de
Pernambuco e Sergipe que não superaram nenhum das arrecadações dos anos anteriores,
mesmo com as alíquotas alteradas. Pernambuco por sua vez é junto da Bahia os únicos que
arrecada no Nordeste mais de um bilhão por mês.
Dos Estados que não tiveram reajuste na alíquota como é o caso do Ceará, Piauí e
Alagoas à arrecadação de 2016 não foi a maior dos últimos anos, podendo a vim acarretar
possíveis mudanças na geração de receita com ICMS, pois não podem permanecer variações
negativas de um ano para o outro.
Será aplicada uma regressão linear múltipla sobre arrecadação, utilizando três
variáveis sendo elas a alíquota, crise e o logaritmo do tamanho do Estado. Analise será feita
para descobrir se houve aumento na arrecadação tributaria e se esta ligada a o aumento da
alíquota.
4.2.1 Regressão linear múltipla das arrecadações dos Estados do Nordeste de 2012 a
2016
Kolmogorov-
Smirnova
Variação %
Arrecadação
Estatística df Sig.
0,037 315 200*
* Este é um limite inferior da significância
verdadeira a Lillefors Sinnificance Correction
Fonte: IBM SPSS
A analise mostra que os desvio padrão estão distante da média, comprovando que a
regressão pode ser utilizada com confiança.
As médias informam onde mais os valores estão contidos dentro da amostra, quanto
mais distantes forem às médias encontradas em relação à média da variável dependente menos
relação vai existe entre as duas.
fundamental para a pesquisa. O erro padrão confirma a analise, pois o seu resultado foi 8,92%
afirmando o resultado da analise em 91,08%.
Quadro 5 – Coeficientes a
Coeficientes não Coeficientes Estatísticas de
padronizados padronizados colinearidade
Modelo T Sig.
Erro
B Beta Tolerância VIF
padrão
(Constante) -0,22 0,097 -2,23 0,0270
Variação %
0,001 0,003 0,017 0,26 0,7950 0,76 1,316
1 Alíquota
Log. Tamanho 0,024 0,011 0,123 2,167 0,0310 0,987 1,013
Crise -0,01 0,012 -0,047 -0,74 0,4610 0,769 1,301
a. Variável dependente: Variação % Arrecadação
Fonte: IBM SPSS
O valor utilizado da significância foi de 5%, sendo quando mais próximo desse valor
forem os resultados das constantes, mais influencias haverá entre a dependente e as
constantes.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No ano de 2016 seis dos nove Estados que compõem a região Nordeste tiveram as
suas alíquotas alteradas devido ao ajuste fiscal que esta ocorrendo no Brasil, o presente
trabalho teve como objetivo geral evidencia se o aumento da alíquota influencia na
arrecadação do estado positivamente.
Foi executada uma regressão linear múltipla, tente como variável dependente a
variação da arrecadação, para as constantes além da variação da alíquota foram usadas os
números 0 e 1 para representar a crise que afeta o país desde 2015 e foi encontra um
logaritmo da arrecadação do Estado, sendo assim a regressão mostrou que alguma dessas
constante tem impacto na variação da arrecadação.
O resultado obtido na analise vertical, comprovou que arrecadação dos Estados que
não tiveram aumento na alíquota o ano de 2016, que a suas arrecadações estão diminuindo,
sendo que em 2016 os valores arrecadados foram menores que os anos anteriores. Já os
Estados que tiveram as suas alíquotas alteradas, apenas os Estados do Maranhão e Rio Grande
do Norte, tiveram uma arrecadação constante e o ano que tiveram as suas alíquotas alteradas
foi superou aos últimos anos, os Estados da Bahia, Paraíba, Sergipe e Pernambuco, tiveram as
suas alíquotas alteradas em 2016, porém as suas arrecadações não seguiu os mesmo passos
ficando menor que os anos anteriores com destaque negativo para os Estados de Pernambuco
e Sergipe que tiveram o menor resultado dentro todos os Estados do Nordeste no ano de 2016,
mesmo tendo nesse ano uma alíquota maior que anos anteriores.
A Teoria da Curva de Laffer, afirma que a partir de certo ponto o aumento da alíquota
pode ser tonar um vilão para os Estados, tendo sentindo contrario do esperando, pois no lugar
de aumentar a arrecadação pode acarretar a sua diminuição. Perante as analises realizadas,
conclui-se que o aumento da alíquota não foi o bastaste para que os Estados do Nordeste
viessem a ter um aumento em sua arrecadação.
Contudo, esse trabalho pode servir como base para pesquisas futuras que venha
analisar as variações de arrecadações dos impostos, não sou do ICMS, porém dos diversos
que existem no Brasil.
50
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARQUES, Klaus Eduardo Rodrigues. A guerra fiscal do ICMS: uma analise crítica
sobre as glosas de crédito. São Paulo: MP Editora, 2010.
MELO, José Eduardo Soares de. ICMS Teoria e Prática. 4ª ed. São Paulo: 2000.
OLIVEIRA, Luis Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária. 8. ed. São Paulo:
Atlas, 2003.
PEREIRA, Francisco José de Andrade. Pacto Federativo e Guerra Fiscal entre os Estados.
São Paulo: Editora Shoba, 2010.
ROSSETTI, José Paschoal, et al. Finanças Corporativas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
BRASIL. Código Tributário Nacional, Lei n° 5.172 de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre
o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União,
Estados e Município. Brasília-DF, 25 de outubro de 1966. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172.htm>. Acesso em 15 de Setembro de 2016.
51
______. Lei nº 9.991 de 29 de outubro de 2015. Altera a Lei Estadual n.º 6.968, de 30 de
dezembro de 1996, que Dispõe sobre o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS), e dá outras providências. Disponível em: http://www.set.rn.gov.br/.
Acesso em: 13 ago. 2016.
______. Lei nº 10.329 de 30 de setembro de 2015. Altera o art. 5º da Lei Estadual nº 8.205,
de 22 de dezembro de 2004, para relacionar novos produtos e serviços sujeitos ao adicional de
dois pontos percentuais na alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias - ICMS, para
composição de receita do Fundo Maranhense de Combate à Pobreza e dá outras providências.
Disponível em: http://portal.sefaz.ma.gov.br/. Acesso em: 13 ago. 2016.
______. Lei nº 15.730, de 17 de março de 2016. Dispõe sobre o Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, agrupando em um único texto
normativo as normas previstas em lei sobre a matéria. Disponível em:
https://www.sefaz.pe.gov.br/. Acesso em: 13 ago. 2016