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O HOMEM E O TRABALHO:

EVOLUÇÃO HISTÓRICA.

PROF. MARCUS VINÍCIUS SORRILHA


Filósofo/Historiador
Psicopedagogo
INTRODUÇÃO
O trabalho está presente no cotidiano dos seres humanos desde a Pré-História.
Em cada período, o sistema de produção baseou-se em características
específicas, relacionadas, entre outras coisas, ao contexto histórico em que se
encontrava.
INTRODUÇÃO
De início, é importante ressaltar que, na história da humanidade, o
trabalho sempre esteve relacionado ao atendimento das
necessidades básicas de vida e à garantia da sobrevivência.
TRABALHO PRIMITIVO
Durante a Pré-História, especificamente na Idade da
Pedra Lascada, o trabalho humano passou a ser
aprimorado. Os seres humanos começaram a
construir ferramentas para caçar, para confeccionar
suas próprias vestimentas e para preparar os
alimentos.
Embora essas ferramentas fossem rudimentares, elas,
facilitavam aspectos relacionados ao trabalho dessa
época. Com o tempo, outros objetos foram sendo
criados e produzidos.
TRABALHO PRIMITIVO
Quando começou a desenvolver técnicas para
aprimorar sua subsistência e facilitar suas
atividades, o ser humano, na verdade, começou a
produzir o mundo ao seu redor por meio dos
objetos e dos significados atribuídos a eles.
Diferentemente dos outros animais, o ser humano
não produz apenas por instinto, mas, ao fazê-lo,
tem uma intenção específica e plena consciência
dessa ação, motivo pelo qual se diz que ele
organiza racionalmente o trabalho.
TRABALHO NA ANTIGUIDADE
Na Antiguidade, predominou o trabalho escravo,
que é um tipo de trabalho compulsório, ou seja,
trata-se de condição de trabalho imposta,
relacionada à perda da liberdade das pessoas que
são escravizadas.
Elas não são remuneradas e perdem sua liberdade
de escolha de ir e vir, sendo submetidas, por meio
da força e do poder, a outras pessoas. Civilizações
como Egito, Grécia e Roma mantinham esse
regime de trabalho.
TRABALHO NA ANTIGUIDADE
Trabalhadores escravizados na Antiguidade
chegavam a essa condição, principalmente, por
se tornarem prisioneiros de guerra, não
havendo, porém, um comércio de escravizados
intenso, como ocorreu séculos mais tarde, com
o tráfico de escravizados africanos que eram
levados para a América.
TRABALHO NA IDADE MÉDIA
Com o fim da Antiguidade e o início do período
que conhecemos como Idade Média, a
escravização de pessoas diminuiu e predominou
a chamada servidão, que também constituiu um
tipo de trabalho compulsório, pois impunha ao
servo obrigações em troca do direito de
permanecer nas terras do seu senhor e poder
cultivá-las.
A sociedade feudal era dividida em três
camadas sociais: clero, nobreza e campesinato.
O trabalho, por meio da servidão, era realizado
pelos camponeses, responsáveis pelo trabalho
com a terra e pela produção agrícola.
TRABALHO NA MODERNIDADE.
Com o fim da Idade Média, iniciou-se um período
no qual o comércio se intensificou, transformando,
também, as características do trabalho.
Com as expansões marítimas, os europeus
passaram a explorar a costa africana e chegaram à
América. A colonização do continente foi pautada
no trabalho de escravizados africanos que,
retirados de seus lugares de origem, eram forçados
a viver nas colônias e a trabalhar sem receber nada
em troca. Além do trabalho pesado, eram
submetidos a castigos e punições, caso não
cumprissem o que havia sido determinado pelos
seus proprietários.
TRABALHO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO.
No século XVIII houve o desenvolvimento da indústria, iniciado
na Inglaterra, conhecido como Revolução Industrial. O
surgimento das fábricas e os avanços tecnológicos do período
geraram a necessidade de se contratar mão de obra. Com isso,
muitas pessoas passaram, gradativamente, a trabalhar nas
cidades, e não mais no campo.

Antes da Revolução Industrial, o trabalho era manual e os


trabalhadores não recebiam um salário fixo. Eles vendiam seus
produtos como e quando podiam, recebendo, muitas vezes, outra
mercadoria em troca.
TRABALHO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO.
Após os processos de industrialização, surgiu outro modelo de
trabalho: o assalariado, ou seja, os trabalhadores passaram a
receber um salário fixo pelo trabalho realizado em sua jornada
que, na maioria das vezes, era excessiva. Um trabalhador, nessa
época, chegava a trabalhar até dezoito horas por dia. Muitas
fábricas e minas de carvão preferiam contratar mulheres e
crianças para poder pagar um valor menor de salário. Ainda
hoje, o trabalho assalariado está presente em várias sociedades
humanas.
TRABALHO NA ATUALIDADE.
Hoje enfrentamos problemas em relação ao trabalho, em
virtude da busca constante pela redução dos custos de
produção e, consequentemente, aumento do lucro. De várias
maneiras, a produção industrial automatizada tornou a mão
de obra humana obsoleta em muitos aspectos, forçando
aqueles que necessitam de vender sua força de trabalho para
sobreviver, principalmente aqueles que possuem menor grau

de especialização, a fazê-lo de forma cada vez mais barata.


TRABALHO NA ATUALIDADE.
Esse fenômeno tornou-se mais evidente em tempos mais
recentes se observarmos a realidade da produção de bens
de consumo em escala global, em que países em
desenvolvimento e com grande população se encontram no
topo se considerarmos o aspecto da produção industrial.
Entretanto, ao observarmos os índices de qualidade de vida
e de trabalho, vemos que a grande produção industrial não
se converte em melhoria de condição de vida para o
trabalhador que produz.

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