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O trabalho, o significado histórico do conceito

Bárbara Magalhães 11ºIct AI

1.
a) A palavra latina tripalium está relacionada com objetos para diferentes fins.
Um deles servia para bater e debulhar as espigas de trigo e o outro servia para
sujeitar os cavalos no ato de lhes aplicar a ferradura ou um instrumento de
tortura.
b) Na antiguidade o ato de trabalhar estava destinado a escravos e mais tarde
aos assalariados.
c) Sobretudo desde do século XVIII, o trabalho, sendo a forma de sobrevivência
da maioria, também servia como valorização social do indivíduo. O trabalho
era um dever e também passou a ser um direito e o ócio só justificável depois
do cumprimento do trabalho.

2.
“Para fazer um grande trabalho um homem deve ser bastante ocioso tanto
quanto bastante aplicado.”
Significa que para conseguirmos dar o nosso melhor no que fazemos,
precisamos de ser aplicados, mas também de momentos de descanso, de forma
a repormos energias e a refletirmos sobre as coisas. Desta forma, a
probabilidade de evoluirmos, de dia para dia, é grande. Devemos portanto,
preferir um equilíbrio invés dos extremos, porque desta forma, a longo prazo,
ganharemos mais.

3.
Para mim, o trabalho é um meio para atingir um fim. Precisamos de trabalhar
para sobreviver, para ter uma vida minimamente estável.
No entanto, como grande parte do nosso tempo é passado no trabalho,
devemos escolher algo que vá de encontro ao nosso gosto, deixando de encarar
o mesmo como “trabalho” e passando a vê-lo como algo que fazemos por
prazer.
Desta forma, concluo que devemos ter um equilíbrio entre tudo, mas que o
trabalho vai ser sempre uma parte de nós.
4.
“A noção de trabalho no ocidente esteve quase sempre associada a dor, esforço
e fadiga”
Desde o início da civilização humana que o homem depende do trabalho para
sobreviver. Na pré história, dependiam da recoleção e da caça que migrava,
eram nómadas, e mais tarde com o aparecimento da agricultura e da
domesticação de gado, tornaram-se sedentários. Nesta época, ainda não existia
propriamente uma divisão de tarefas, tinham sim, por base, o princípio de
Trabalhos-Tarefa e a divisão era feita de forma natural, respeitando as aptidões
de cada um.
Com a criação das primeiras cidades, deu-se também a especialização do
trabalho, este, tornou-se a principal forma de ocupação das pessoas e contribuiu
para formar hierarquias sociais baseadas na riqueza e no poder. As disputas por
mais territórios, produziram uma sociedade de dominadores, onde reinava o
trabalho escravo, a mando dos homens livres.
Ao longo da história deram-se muitos anos de escravatura, no entanto, nem
sempre a escravatura implicava trabalho duro. Os escravos podiam exercer
várias funções, incluindo intelectuais e a alguns eram ainda lhes concedido
direitos e a possibilidade de obter liberdade. (aqui está uma das exceções)
Com a idade média surgiu o trabalho servil; após a revolução industrial o
assalariado e após a revolução do conhecimento, o trabalho de conhecimento.
(em Portugal, por exemplo, ainda não fizemos a transição do assalariado para o
de conhecimento)
Em resumo, podemos concluir que de uma forma geral, o trabalho está de facto
associado a dor, esforço e fadiga. No entanto, existem exceções. O caso
mencionado acima, e atualmente, porque apesar de suarmos muito e de
também nos exigir muito esforço, começamos a fazer algo com que nos
identificamos, que nos satisfaz e nos faz sentir realizados.

5.
O Taylorismo defendia os princípios de padronização e produção em massa;
especialização do trabalhador; máxima produção com máxima eficiência;
prémios, produtividade e possibilidade de promoção.
Este modelo foi posto em prática através do fordismo, que se baseou numa
linha de produção.
Era composto por uma esteira rolante que conduzia os automóveis, e cada um
dos seus funcionários produzia uma parte de cada um dos veículos, sem
precisar de se mover. Isto, acelerava o processo e exigia menor capacitação dos
funcionários, uma vez que só precisavam ser treinados para executar uma única
tarefa, e não a montagem do carro completa.
O Fordismo, apesar de ser bom para os empresários que investiam no negócio,
era negativo para os funcionários. Estes não recebiam mais qualificação,
executavam um trabalho repetitivo e desgastante e, além disso, recebiam baixos
salários, já que o intuito era reduzir os preços da produção.
Produzia-se em série para satisfazer a febre de consumo. Contudo, a euforia e a
obsessão em produzir cada vez mais e (nem sempre) melhor, no mais curto
espaço de tempo, levou à desvalorização e desumanização do operário.
O Fordismo entrou em declínio quando, em 1980, surgiu o Toyotismo, que era
um novo sistema de produção mais eficiente.
Com este novo sistema, deu-se uma mudança do perfil de consumo; surgiu o
individualismo; surgiu o TQN (Qualidade total); 0 Erros; "Just in Time" (Só se
faz na hora que é preciso). E começaram-se a seguir princípios como
flexibilidade, trabalho em equipa, rotatividade (qualquer um pode exercer
qualquer posto) e melhoria/formação contínua.

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