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Desde sempre o ser humano necessitou de algo em que acreditar. No entanto, ao longo
dos tempos estas crenças bem como as suas respetivas formas de culto, têm vindo a
sofrer alterações. Mas se pararmos bem para analisar, as coisas terão modificado assim
tanto?
A mitologia entre os povos antigos era uma forma de estes se situarem no mundo, de
encontrarem o seu lugar entre os demais seres da natureza mas também um modo de
estabelecerem algumas verdades que não só explicassem alguns fenómenos culturais ou
naturais mas dessem forma à ação humana.
Esta mitologia grega é também premiada por inúmeras figuras mitológicas entre elas
heróis, ninfas, sereias, centauros, górgonas, entre outras.
Os deuses gregos eram figuras imortais e tinham formas e sentimentos humanos, como
amor, ódio, bondade, fraqueza, entre outros.
Com o passar dos tempos nas cidades gregas, principalmente em Atenas, surgiram
estudiosos que fundamentaram a filosofia, como Sócrates, Platão e Aristóteles, que
começaram a duvidar das explicações originárias da mitologia e fizeram-se valer do uso
da razão para elaborar outras explicações acerca da vida e do homem.
Na minha opinião, nos dias de hoje, a filosofia e a mitologia ainda caminham juntas a
explicar a origem da vida e a sua existência.
Através da imaginação criamos histórias que nos dão tranquilidade e orientação nas
atividades diárias, por isso, o homem moderno, tal como o da antiguidade não é apenas
constituído pela razão, mas por afetividade e por emoção.
Com base nestes cultos, na Antiga Grécia eram feitas cerimónias rituais, doações e
enumeras festividades, tal como encontramos ainda nos dias de hoje. Todas as
freguesias têm o seu Santo e a consequente festa anual cristã que passa a caracterizar
cada terra, fazendo parte do património imaterial da mesma e tornando-a diferente das
demais.
Quem não se lembra do “Mickey” ou nunca sonhou com ele? Quem nunca quis ser
como o super-homem ou a “lady bug” que têm o dom de salvar as cidades?
O mesmo se passa com uma telenovela, onde na maioria das vezes se travam lutas entre
o bem e o mal, portanto até aqui lidamos com valores míticos, que se encontram dentro
de todos nós.
E quem fala em filmes e telenovelas poderia também referir o teatro que ainda nos dias
de hoje tem uma enorme importância cultural para a sociedade, sendo que no mesmo
ainda conseguimos encontrar muitas críticas que se continuam a aplicar à sociedade
atual.
Quando apreciamos uma obra de arte, conseguimos deixar a nossa vida e mergulhar
naquilo que esta retratado na tela, gerando-nos a mesma sentimentos e emoções
inexplicáveis.
O mesmo acontece quando ouvimos um concerto. A música tem o dom de nos tirar do
nosso lugar e nos levar longe. Tem o dom de tornar momentos tristes em momentos
felizes, ou até o contrário. O ser humano consegue sair do real e viver o imaginário ou
então libertar o que lhe vai na alma através da mesma.
Numa apreciação global concluo que é totalmente impossível separar a mitologia da arte
pois através da arte estabelecemos contato com a mitologia grega.
A arte tem o dom de nos fazer sair de dentro de nós próprios para a incorporar e viver
para ela ainda que por breves instantes.
Muitos são os mitos que fazem parte da nossa vida, por isso, e por tudo o exposto,
arrisco-me a dizer que o mito é imortal, adapta psicologicamente o homem ao mundo,
logo permanece fortemente na sociedade atual.
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