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Mitologia Grega e a Atualidade

Desde sempre o ser humano necessitou de algo em que acreditar. No entanto, ao longo
dos tempos estas crenças bem como as suas respetivas formas de culto, têm vindo a
sofrer alterações. Mas se pararmos bem para analisar, as coisas terão modificado assim
tanto?

A mitologia entre os povos antigos era uma forma de estes se situarem no mundo, de
encontrarem o seu lugar entre os demais seres da natureza mas também um modo de
estabelecerem algumas verdades que não só explicassem alguns fenómenos culturais ou
naturais mas dessem forma à ação humana.

O pensamento mítico estava muito ligado à magia e ao desejo de que as coisas


acontecessem de determinado modo e dentro desta linhagem de pensamento enquadra-
se a mitologia grega. Inevitavelmente quando pensamos em mitologia associamos à
palavra grega, transportando-nos para um mundo místico e complexo a que toda esta
nos conduz.

Como forma de enquadramento, podemos afirmar que a mesma exerceu grande


influência no mundo, em particular sobre os povos do ocidente. Se inicialmente se
encontrava ligada a uma visão de carater religioso, com o passar dos tempos vai
perdendo esse mesmo carater e passa a um carater artístico, surgindo assim
compilações de mitos em narrativas, que mais tarde dão origem ao teatro, escultura,
pintura e cerâmica da Grécia Antiga.

Esta mitologia grega é também premiada por inúmeras figuras mitológicas entre elas
heróis, ninfas, sereias, centauros, górgonas, entre outras.

Os deuses gregos eram figuras imortais e tinham formas e sentimentos humanos, como
amor, ódio, bondade, fraqueza, entre outros.

A filosofia e a matemática foram “invenções gregas”.

Com o passar dos tempos nas cidades gregas, principalmente em Atenas, surgiram
estudiosos que fundamentaram a filosofia, como Sócrates, Platão e Aristóteles, que
começaram a duvidar das explicações originárias da mitologia e fizeram-se valer do uso
da razão para elaborar outras explicações acerca da vida e do homem.
Na minha opinião, nos dias de hoje, a filosofia e a mitologia ainda caminham juntas a
explicar a origem da vida e a sua existência.

Se por um lado temos um pensamento organizado, e gostamos de formular novas


questões e resolver problemas, evitando respostas prontas, por outro, tranquilizamo-nos
através do mito.

Embora a ciência seja importante e imprescindível à nossa construção do mundo, não


oferece por si só uma interpretação válida do real. Negar o mito, é negar a existência
humana, pois o mito foi a primeira forma de dar significado ao mundo.

Através da imaginação criamos histórias que nos dão tranquilidade e orientação nas
atividades diárias, por isso, o homem moderno, tal como o da antiguidade não é apenas
constituído pela razão, mas por afetividade e por emoção.

Se acreditamos num Deus criador de todas as coisas e a ele recorremos porque


acreditamos nele, também temos muitas outras coisas a trabalhar os nossos desejos.

Com base nestes cultos, na Antiga Grécia eram feitas cerimónias rituais, doações e
enumeras festividades, tal como encontramos ainda nos dias de hoje. Todas as
freguesias têm o seu Santo e a consequente festa anual cristã que passa a caracterizar
cada terra, fazendo parte do património imaterial da mesma e tornando-a diferente das
demais.

Os meios de comunicação trabalham os desejos e anseios, que existem na nossa


natureza inconsciente e primitiva, tal como os super-heróis dos desenhos animados e
das histórias aos quadradinhos.

Quem não se lembra do “Mickey” ou nunca sonhou com ele? Quem nunca quis ser
como o super-homem ou a “lady bug” que têm o dom de salvar as cidades?

No plano político também temos figuras que procuram transformar-se em heróis


populares dizendo lutar contra as injustiças.

Na vida quotidiana também frequentemente transformamos artistas e desportistas, em


modelos, já que são fortes, saudáveis e bem alimentados, logo um exemplo verdadeiro
para todos nós, um exemplo a seguir.
Através de um filme romântico, vemos como era ótimo termos aquele romance em
nossa casa, vivenciá-lo. O filme traz emoção e faz com que por breves instantes
façamos parte dele.

O mesmo se passa com uma telenovela, onde na maioria das vezes se travam lutas entre
o bem e o mal, portanto até aqui lidamos com valores míticos, que se encontram dentro
de todos nós.

E quem fala em filmes e telenovelas poderia também referir o teatro que ainda nos dias
de hoje tem uma enorme importância cultural para a sociedade, sendo que no mesmo
ainda conseguimos encontrar muitas críticas que se continuam a aplicar à sociedade
atual.

Quando apreciamos uma obra de arte, conseguimos deixar a nossa vida e mergulhar
naquilo que esta retratado na tela, gerando-nos a mesma sentimentos e emoções
inexplicáveis.

O mesmo acontece quando ouvimos um concerto. A música tem o dom de nos tirar do
nosso lugar e nos levar longe. Tem o dom de tornar momentos tristes em momentos
felizes, ou até o contrário. O ser humano consegue sair do real e viver o imaginário ou
então libertar o que lhe vai na alma através da mesma.

Numa apreciação global concluo que é totalmente impossível separar a mitologia da arte
pois através da arte estabelecemos contato com a mitologia grega.

A arte tem o dom de nos fazer sair de dentro de nós próprios para a incorporar e viver
para ela ainda que por breves instantes.

" A arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível" - Leonardo da


Vinci.

Muitos são os mitos que fazem parte da nossa vida, por isso, e por tudo o exposto,
arrisco-me a dizer que o mito é imortal, adapta psicologicamente o homem ao mundo,
logo permanece fortemente na sociedade atual.
Trabalho realizado por:

-Bárbara Soares Magalhães 10º Ict

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